Tópicos | Nelsinho Baptista

Outrora 'porto seguro' de muitos técnicos brasileiros, há tempos que o espaço no comando técnico dos times japoneses foi ocupado por profissionais do leste europeu e também pelos próprios japoneses. O último técnico nacional que resistiu até o início da semana na Liga J1 (Primeira Divisão) foi Nelsinho Baptista. Ele acaba de encerrar sua segunda passagem pelo Kashiwa Reysol.

O início irregular na Liga J1 de 2023 fez o treinador de 72 anos encerrar o seu trabalho. O brasileiro é o técnico estrangeiro mais longevo no Japão, tendo trabalhado por lá durante 17 anos, atravessando quatro décadas - 1990, 2000, 2010 e 2020.

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A presença brasileira no Japão agora se restringe a Fábio Carille, ex-Corinthians, que dirige o V-Varen Nagasaki, que disputa a J2 - Segunda Divisão. No momento é o quarto colocado em uma competição que reúne 22 clubes e apenas os dois primeiros colocados - campeão e vice - garantem o acesso.

A despedida de Nelsinho Baptista aconteceu na derrota para o Yokohama FC, por 1 a 0, em casa, no último sábado. O resultado, porém, poderia ter sido outro. O Kashiwa Reysol finalizou três vezes mais do que o adversário, mas não conseguiu balançar as redes.

Diante do momento de instabilidade, o treinador brasileiro achou melhor abrir caminho para outro profissional e deixa o Kashiwa Reysol na 16ª colocação da Liga J1, com 11 pontos conquistados em 13 rodadas. São duas vitórias, cinco empates e seis derrotas.

"Os resultados não estavam acontecendo e vinha ficando uma situação insustentável. O futebol é igual no mundo todo e o resultado é muito importante, apesar da história que a gente tem no clube. Chegou um momento que sentamos e achamos melhor encerrar meu ciclo no Reysol e no Japão", disse o treinador.

O trabalho de Nelsinho Baptista foi atrapalhado por causa da mudança de estratégia da diretoria, depois das últimas contratações feitas ano passado - como o volante Dodi (hoje no Santos) e o atacante Pedro Raul (do Vasco) - não vingarem. O clube decidiu apostar em um grupo mais jovem e local.

Embora boa parte dos jogadores não tivesse a experiência necessária para defender uma camisa pesada como a do Kashiwa Reysol na Liga J1, o treinador conseguiu dar um padrão ao time, que fez partidas equilibradas e tinha a expectativa de evoluir durante o campeonato.

Os últimos resultados, porém, não apagam a história vitoriosa de Nelsinho Baptista no Japão. Treinador estrangeiro com mais tempo na Terra do Sol Nascente - 17 anos -, ele comandou Verdy Kawasaki, Nagoya, Vissel Kobe e Kashiwa Reysol, onde teve duas passagens e estava desde 2019.

Em seu currículo, Nelsinho Baptista tem três títulos da Liga J1 - dois com o Verdy Kawasaki e um com o Kashiwa Reysol - e dois da Copa Liga Japonesa - um com o Verdy e outro com o Kashiwa -, além de outras conquistas, como Liga J2, Copa do Imperador, Supercopa do Japão e Copa Suruga Bank - todos com o Kashiwa.

Ex-Ponte Preta, Corinthians, Guarani, Palmeiras, Internacional, Sport, São Paulo, Portuguesa, Goiás, São Caetano e Santos, Nelsinho Baptista ainda vai ficar um período no Japão porque sua filha caçula está em ano escolar.

Nelsinho Baptista, o mais longevo técnico estrangeiro no futebol japonês, acaba de bater mais uma marca após 18 anos dirigindo clubes por lá. No final de semana ele atingiu a marca de 200 vitórias quando seu clube, o Kashiwa Reysol, venceu por 1 a 0 o Cerezo Osaka, pela 35ª rodada da J.League, a primeira divisão do país.

Este expressivo número também é histórico e conquistado apenas por quatro técnicos que já passaram pela J.League desde sua formação, em 1993. Além do brasileiro Nelsinho Baptista, o sérvio Mihailo Petrovic e os japoneses Nishino e Hasegawa Kenta.

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Entre idas e vindas, durante três décadas, Nelsinho comandou quatro clubes: Verdy Kawasaki, Nagoya Grampus, Vissel Kobe e Kashiwa Reysol. Profissional dedicado e obcecado pelas vitórias, Nelsinho chega a se emocionar ao comentar sobre esta sua 200ª vitória.

"No futebol o objetivo é vencer. A gente planeja, se dedica no trabalho do dia-a-dia e leva para campo aquela disposição de ganhar os jogos. E vencer 200 vezes não é para qualquer técnico. A cada vitória a gente se fortalece. Então, realmente estou muito feliz e orgulhoso de atingir esta marca, porque é um momento especial para minha carreira. Eu sou reconhecido e reverenciado, justamente, por toda a minha extensa e bonita história no futebol japonês", comentou Nelsinho, com sentimento de realização estampado no sorriso.

A marca veio em uma vitória suada, conquistada com um gol aos 41 minutos do segundo tempo, marcado por Takuma Ominami. Num misto de sacrifício e emoção, o Reysol atingiu os 40 pontos, em 14º lugar, e confirmou sua presença na elite na temporada de 2022. Este era o objetivo do clube, campeão da segunda divisão em 2019, já sob o comando do técnico brasileiro, e que planejava em dois anos apenas se manter entre os 20 melhores times do Japão.

O planejamento do clube coincidiu com os dois anos atípicos, de 2020 e 2021, vividos sob o estigma na covid-19. Razões a mais para Nelsinho Baptista comemorar: "Este ano tivemos uma série de problemas físicos devido ao excesso de jogos, jogadores doentes com covid e alguns até com lesões graves. Trabalhamos dentro de um universo limitado pelas circunstâncias, nem por isso, deixamos de ter o prazer de brigar pelos nossos objetivos. É uma conquista da determinação e da perseverança, que são qualidades praticadas e admiradas pelo japonês."

Agora faltam apenas três jogos para o término da temporada. É a chance do Kashiwa Reysol pontuar e melhorar a sua posição na tabela, desde já de olho em 2022. Aos 71 anos, Nelsinho Baptista é o único técnico brasileiro na J.League. Na temporada 2021, Levir Culpi chegou a dirigir o Cerezo Osaka, mas com apenas duas vitórias em 17 jogos, acabou demitido. Assim terminou sua terceira passagem pelo clube.

A queda de Jair Ventura no Sport, nesta segunda-feira (5), escancarou uma rotina na Ilha do Retiro. Nos últimos anos, vem sendo comum a troca de treinadores no Leão, antes de acabar o mês de abril, mesmo que ele venha prestigiado do ano anterior. Jair Ventura, por exemplo, fez uma boa Série A em 2020, livrando o clube do rebaixamento quase certo. Com contrato renovado em março, a ideia era mantê-lo até o fim de 2021, mas foi demitido exatamente um mês depois.

Porém, a queda por conta de um mau início de temporada não é novidade na Ilha do Retiro. Ano passado, Guto Ferreira tinha vindo de um 2019 muito bom: foi campeão pernambucano e comandou o time na Série B, conquistando o acesso à primeira divisão. Mas começou 2020 mal das pernas e não resistiu è eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, para o Brusque.

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Em 2019, a história já tinha sido parecida, mas com um treinador contratado há bem menos tempo. Milton Cruz chegou ao Sport em dezembro de 2018, assim que Milton Bivar venceu as eleições e assumiu a presidência do clube. Só durou dois meses e sete jogos. No dia 18 de fevereiro, caiu após ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, pela Tombense.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Nelsinho Baptista não foi uma demissão, mas entra na conta, porque foi precoce. O ano era 2018 e o cenário era de festa. O campeão da Copa do Brasil estava de volta, 10 anos depois. Mas a festa virou um enterro. No dia 24 de abril, o experiente treinador pulou do barco e saiu detonando a diretoria rubro-negra, falando até em atrasos salariais. Com Nelsinho, o Sport foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, diante do Ferroviário-CE e, no Campeonato Pernambucano, saiu na semifinal para o Central. O técnico ainda iniciou a Série A, mas não conseguiu vencer nas duas primeiras rodadas.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A lista segue. Em 2017, Daniel Paulista foi efetivado como treinador. No ano anterior, como interino, havia conseguido livrar o time do rebaixamento. A temporada seguinte começou bem, Daniel classificou o Leão para a quarta fase da Copa do Brasil, para a segunda fase da Copa do Nordeste e para as semifinais do Pernambucano. Mesmo assim, caiu em março, pois a diretoria rubro-negra achou que o futebol do time estava fraco.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Para encerrar a lista, outro caso de um treinador que encerrou o ano com o clube na Série A, mas não aguentou o início da temporada seguinte. Paulo Roberto Falcão chegou à Ilha do Retiro em setembro de 2015 com a promessa de um trabalho a longo prazo. Só que, em 2016, foi tudo por água abaixo. Em abril, após ser eliminado pelo Campinense, na semifinal da Copa do Nordeste, o Rei de Roma foi dispensado.

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O Campeonato Japonês voltará a ser disputado em 4 de julho, informou a organização da competição nesta sexta-feira. O técnico brasileiro Nelsinho Baptista já definiu o cronograma do Kashiwa Reyson para voltar aos trabalhos, respeitando os protocolos de saúde para evitar o contágio do novo coronavírus.

"O estado de emergência foi muito respeitado pela população. A volta aos treinos será em 1º de junho. Nós fizemos treinos online e voltaremos a treinar na próxima segunda-feira em grupos de sete atletas na primeira semana, na segunda semana serão dois grupos de 14 atletas e na terceira semana todos grupos", explicou o treinador.

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O Campeonato Japonês voltará com portões fechados para evitar o contágio da covid-19. A medida da volta do futebol foi tomada após relaxamento na quarentena. O Campeonato Japonês teve apenas uma rodada disputada e foi paralisado em 26 de fevereiro. No Japão, a J-League cancelou os rebaixamentos. Ainda assim, as divisões inferiores terão acessos.

Baptista tem larga experiência no futebol japonês. Técnico estrangeiro que mais trabalhou lá, ele soma mais de 15 anos de atuação no Japão, entre idas e vindas. Sua primeira experiência foi em 1990 pelo Verdy Kawazaki, pelo qual foi bicampeão nacional em 1994 e 1995.

Entre 2003 e 2005, o treinador brasileiro comandou o Nagoya. A primeira oportunidade no Reysol foi em 2009. No ano seguinte, ele garantiu o acesso e o título da J-League 2. Além de ter participado do Mundial de Clubes, Nelsinho foi campeão da Copa do Imperador e da Supercopa Japonesa em 2012. No ano de 2013, levou a Copa da Liga Japonesa. Em 2014, festejou a Copa Suruga. Antes de voltar ao Reysol, o treinador passou pelo Vissel Kobe.

O técnico Nelsinho Baptista não voltou ao Brasil. Ele faz a sua quarentena no Japão, onde treina o Kashiwa Reysol. Lá, a paralisação do futebol começou mais cedo, em fevereiro, quando a J-League, principal competição do país, parou. O treinador afirmou que está bem, respeitando as recomendações do governo local e elogiou a disciplina dos japoneses.

"Graças a Deus estamos bem, estamos tranquilos. Respeitando as recomendações do governo. É um país menor, mas disciplinado. Então, estamos aguardando. Paramos nosso trabalho dia 22 de fevereiro. Fizemos o primeiro jogo pela J-League e vencemos o Sapporo por 4 a 2. Após a estreia, o campeonato parou", disse o treinador brasileiro de 69 anos ao Estado.

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"Nós, depois de uns 10 dias, também paramos os treinamentos porque havia risco de formar grupos e alguém estar contaminado. A própria diretoria fez uma reunião e nós decidimos parar. Estamos parados até hoje. Mas fizemos um cronograma para que os jogadores possam realizar um trabalho indo em grupos menores à academia do clube, fazendo os treinamentos, cumprindo o cronograma", revelou.

Nelsinho Baptista foi contratado pelo Kashiwa Reysol no ano passado para tirar o time da J-League 2, equivalente à segunda divisão. O treinador brasileiro não só obteve o acesso, como foi campeão com 84 pontos em 42 rodadas. Foram 25 vitórias, nove empates e apenas oito derrotas, além de 85 gols a favor e 33 tentos tomados. Agora, o objetivo é manter a boa fase na elite. "A volta da J-League será discutida no dia 23 de abril, quando terá uma reunião na federação. A expectativa para voltar aos treinos é na primeira quinzena de maio para que o campeonato volte em junho. Estamos aguardando", contou.

Além disso, o brasileiro tem objetivos concretos para esta temporada. "Reforçamos os setores que observamos no ano de 2019 para a necessidade de uma qualidade melhor. Os objetivos do time, com essa montagem, é um sonho grande. O Reysol é um time que já foi campeão, sabe como é ser campeão. Recuperamos a auto estima no ano passado. Estou confiante em um bom trabalho", completou.

A animação do treinador vem da troca de peças. Ele, desta vez, preferiu jogadores jovens e japoneses. Os estrangeiros foram preteridos na lista de reforços, uma vez que no Japão só cinco podem atuar. "Nós mantivemos uma base. Fomos muito prudente nisso. Trocamos algumas peças que não tiveram resultado convincente em 2019. Buscamos peças com mais qualidade, sempre para melhorar o elenco. Nós tivemos uma reunião com a diretoria e nós investimos mais em atletas japoneses. Atletas jovens, promissores que ainda têm muito trabalho pela frente. O clube direcionou para essa condição. Contratamos jogadores japoneses com qualidade, jovens, com alguma experiência. O resultado até aqui tem sido muito bom", comentou o comandante nascido em Campinas, no interior de São Paulo.

O técnico, ao lado de sua família, está muito bem adaptado à cidade de Kashiwa, que fica perto de Tóquio - são separadas por apenas 40 quilômetros. Kashiwa tem perto de 500 mil habitantes. "Eu me lembro de Campinas nos anos 80. Aqui é uma cidade tranquila, sem violência e com tudo que é necessário para se viver bem", ressaltou.

Nelsinho Baptista conhece muito bem o Japão. São mais de 15 anos no país asiático. Não por acaso, ele é o técnico estrangeiro que mais trabalhou lá. A sua primeira experiência no país foi em 1990 pelo Verdy Kawazaki. Ainda no clube, foi bicampeão japonês em 1994 e 1995.

Entre 2003 e 2005, o treinador comandou o Nagoya Gramphus Eight. A primeira oportunidade no Kashiwa Reysol foi em 2009. No ano seguinte, garantiu o acesso e o título da J-League 2. Além de ter participado do Mundial de Clubes da Fifa em 2011, Nelsinho Baptista foi campeão da Copa do Imperador e da Supercopa Japonesa em 2012. No ano de 2013 levou a Copa da Liga Japonesa. Em 2014, festejou a Copa Suruga. Antes de voltar ao Reysol, passou pelo Vissel Kobe.

"Os problemas maiores são da vida, desse vírus. A gente estava em um início muito bom, motivação muito grande, compreendemos e estamos orando para os nossos governantes lá no Brasil e aqui no Japão tenham uma coerência, uma unidade muito maior do que a gente está vendo. Isso é o mais importante no momento. Quando a gente puder trabalhar, a gente vai voltar com a mesma motivação e, logicamente, vamos continuar o trabalho para voltar a vencer. Em primeiro lugar precisamos vencer o vírus, o mundo ficar mais tranquilo, com mais saúde e para a gente viver a vida", finalizou Nelsinho Baptista.

Enquanto o português Jorge Jesus brilha no comando do Flamengo, o brasileiro Nelsinho Baptista, de 70 anos, faz história no Japão. O time dirigido por ele, o Kashiwa Reysol, fechou a temporada da J-League 2 - segunda divisão do Japão - de forma contundente. No sábado, cravou um impressionante 13 a 1 em cima do Kyoto Sanga, num recorde no futebol do país, bem como também o queniano Olunga se tornou o maior goleador de um só jogo ao balançar as redes oito vezes.

Em entrevista ao Estado, ele admitiu surpresa com estas marcas. "Na verdade isso parece coisa do passado, dos tempos do Santos de Pelé que ganhava de oito, nove, dez gols. A temporada aqui na segunda divisão foi bastante dura e equilibrada, então um placar alto de três ou quatro gols já seria algo de destaque. Mas 13 gols é um recorde que deve demorar muitos anos para cair", comentou Baptista, confessando que "nem em sonho imaginaria numa despedida desta forma".

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Como na penúltima rodada o Reysol já tinha garantido a sua volta à elite, um ano após sua queda, e o título da competição, o objetivo era brindar a torcida com uma vitória na 42ª rodada, a última do campeonato, dentro de casa. Por isso, a comissão técnica passou a semana toda cobrando seriedade dos jogadores. Mesmo porque o adversário ocupava a sétima posição e brigava para ficar entre os seis primeiros colocados para disputar uma repescagem que poderia dar uma vaga na elite em 2020.

"Foi uma tarde de muita qualidade e determinação. Fechamos de forma brilhante e, porque não, inesperada, o ano de 2019. Fiquei impressionado e gratificado", resumiu Nelsinho, destacando ainda os oito gols marcados por Olunga, atacante de 25 anos e que defende a seleção do Quênia, da África. Um recorde também em número de gols marcados por um só jogador no Japão.

Olunga terminou a competição com 27 gols, dois a menos do que Leonardo, ex-atacante do Santos, que fez 29 gols pelo Albirex Niigata, que fechou a temporada em décimo lugar. Os outros gols da partida tiveram a marca brasileira. Cristiano da Silva fez três e Matheus Sávio, ex-Flamengo e CSA, fez um, com o japonês Segawa completando o placar histórico.

"Os nossos jogadores estavam pilhados e deu certo. Foi impressionante. A gente esperava uma vitória e até por dois ou três gols, mas 13 gols é a primeira na minha carreira. No fim, a torcida festejou, a cidade está contente e vamos pensar com calma, desde já, no futuro", disse Nelsinho, que tem mais dois anos de contrato com o clube.

Com atropelada na partida final, o Kashiwa Reysol fechou sua campanha somando 84 pontos em 42 rodadas, com 25 vitórias, nove empates, oito derrotas, 85 gols marcados e apenas 33 sofridos. O acesso já tinha sido garantido na rodada passada. O vice-campeão Yokohama, com 79 pontos, também garantiu o acesso.

Nelsinho é o técnico estrangeiro que mais tempo trabalhou no Japão. No total foram 15 anos, distribuídos em três décadas. Começou nos anos 90 com o Verdy Kawazaki, pelo qual sagrou-se bicampeão japonês em 1994 e 1995. Depois teve idas e vindas, como numa ponte aérea de um lado a outro do planeta, nas duas décadas do século XXI.

Por coincidência, em 2010, ele também tinha tirado o Reysol da segunda divisão com o título para brilhar na elite japonesa nos anos seguintes. Até 2014 ele colecionou títulos, como de campeão japonês de 2011, mesmo ano em que participou do Mundial de Clubes. Conquistou ainda a Copa do Imperador e a Supercopa Japonesa em 2012. No ano de 2013 levou a Copa da Liga Japonesa e, em 2014, a Copa Suruga ao bater o Lanús, da Argentina.

Após o novo triunfo pelo Kashiwa Reysol, a custo de muitas horas de dedicação e longe da família, Nelsinho Baptista sonha em cumprir seu contrato de mais dois anos. "É um desafio muito maior. Mas já estamos preparando e executando o plano para 2020. Enquanto Deus me der forças eu fico dentro de campo. Cada desafio me deixa ainda mais motivado. Me sinto bem de saúde e me fortaleço a cada vitória. O futebol, como a vida, sempre nos reserva algo no dia seguinte. Quem não gosta de vencer, ainda mais por 13 gols?", finalizou.

O Sport venceu o último jogo do Brasileirão: 2 x 1 no Santos, na Ilha do Retiro, neste domingo (2). Resultado que serviu para nada na luta contra o rebaixamento. A vitória da Chapecoense sobre o São Paulo e o empate do Vasco diante do Ceará foram os resultados que prejudicaram o Leão.

O time acabou o Campeonato Brasileiro da Série A em 17º lugar, com 42 pontos. A campanha foi irregular, com altos e baixos, mas o problema maior foi na parte financeira. O atraso de salários, algo raro pelas bandas da Abdias de Carvalho nos últimos anos, voltou a assombrar o clube.

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Após estrear na Série A perdendo para o América, em Belo Horizonte, e empatar a segunda partida, contra o Botafogo, na Ilha do Retiro, Nelsinho Baptista pedia demissão do Sport. O treinador, contratado ainda em 2017, saiu atirando para todo lado, com críticas severas à diretoria rubro-negra.

O cenário era de terra arrasada, mas com Claudinei Oliveira como novo técnico, o Leão começou uma arrancada que nem o mais otimista torcedor poderia imaginar. Antes da parada para a Copa do Mundo, foram 5 vitórias, 3 empates e apenas duas derrotas, que deixaram o time em uma posição confortável na tabela.

Mas o mês de julho chegou trazendo uma má fase que acabou com a lua de mel entre time e torcida: 11 derrotas, dois empates e apenas uma vitória, que levaram o time para a zona de rebaixamento. Claudinei não resistiu e entregou o cargo. Milton Mendes assumiu a batata quente, e, logo na estreia, foi goleado pelo Atlético-MG por 5 x 2.

Parecia que o novo comandante iria apenas cumprir tabela, mas o time reagiu. Foram 4 vitórias, incluindo aí um 4 x 3 contra o Grêmio, em Porto Alegre, que fizeram o time sonhar. Mas veio uma sequência de 5 jogos sem vitórias que fizeram o Leão voltar ao Z4 e chegar na última rodada em 18º lugar, precisando vencer o Santos na Ilha e torcer por outros resultados.

O triunfo veio, mas a tabela não ajudou. O Sport volta à Série B do Campeonato Brasileiro, após cinco anos na elite do futebol nacional e terá uma grande queda de receita. Ainda em 2018, o clube passará por um processo eleitoral que promete pegar fogo. O futuro rubro-negro será turbulento.

O ex-treinador do Sport e comandante do título de campeão da Copa do Brasil de 2008 Nelsinho Baptista soltou o verbo sobre a atual situação da equipe rubro-negra. Em entrevista ao canal Fox Sports, o técnico declarou que, para ele, o Sport retrocedeu nos últimos anos.

"O Sport não evoluiu. O Sport retrocedeu. O Sport não cresceu. É a mesma mentalidade, os mesmos diretores, as mesmas pessoas. O Sport era um time que atingiu, em 2009, uma condição de crescer e não cresceu", disse. 

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Nelsinho, que retornou ao Leão no final do ano passado e deixou o clube detonando toda a diretoria, afirmou que saiu muito irritado do Sport. "O grupo perdeu 7 jogadores, desses, 5 eram titulares, e o nível de contratação somado à condição econômica, era muito baixo para fazer a contratação que tinha que ser feito. Além de que eu fiquei quatro meses lá e não recebi", finalizou.

Na apresentação de Eduardo Baptista como novo treinador do Sport, nesta quinta-feira (16), um assunto era impossível ficar de fora da coletiva de imprensa: a saída de seu pai, Nelsinho Baptista, que comandou o Leão no início do ano e saiu no fim de abril, detonando a direção rubro-negra e reclamando de salários atrasados.

Eduardo, no entanto, preferiu fugir da polêmica. “Eu sempre fui criado no livre arbítrio. Meu pai sempre deu as direções e deixou as decisões para a gente tomar. Ele participou da construção dessa equipe, conversei com ele algumas situações que penso em usar, conversamos bastante de parte tática. Referente ao clube, é o pensamento dele, eu respeito. Não tenho que falar se ele está certo ou errado. Aqui é um clube que me acolheu e, de novo, em um momento difícil, fui escolhido e sei que meu pai respeita todas as decisões que eu tomar, assim como eu respeito as dele", limitou-se a dizer.

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Como já comandou o primeiro treino, Eduardo já falou do time. “Minha dúvida, neste momento, é com relação aos volantes e qual a condição de Hernane. Não temos muito tempo, fizemos três treinos em um, só tinha hoje para montar equipe e vamos levar essa dúvida amanhã, passar atletas, trabalhar bola parada e seguir definido para encarar o Santos. Temos uma dúvida nos volantes, temos Neto, Ferreira, sei que posso contar com Gabriel, assisti os últimos cinco jogos inteiros. Marlone é atleta da minha confiança, nosso artilheiro, melhor assistente, vale o voto de confiança, atleta que tenho relação muito boa com ele", garantiu.

Durante a coletiva, o novo comandante também comentou outros assuntos. Confira os tópicos:

Saída em 2015

"Aquela saída foi meu erro, demorei para passar informação. Ela vazou e magoou diretores. Tenho carinho pelo Arnaldo, vivemos momentos intensos juntos, ele me ajudou, eu o ajudei, foram trocas. Não tive oportunidade de falar com ele e tenho muita vontade de conversar."

"Àqueles que talvez tenham mágoas, venho aqui de peito aberto. Eu era um treinador no início, a gente vivia um momento de muita pressão e acabou que achei que talvez minha saída melhorasse, como melhorou. Falcão chegou e deu continuidade. Não faria de novo, vejo que foi erro."

Saída de Anselmo

"Esse mesmo time já bateu no G4. Já ouvi falar que foi a saída de um jogador que mudou isso. Mas não acredito, não era um Pelé ou um Messi."

Retorno em 2018

"O Eduardo que volta hoje é diferente, mais maduro, mas a essência é a mesma. Vontade de buscar, necessidade de conseguir algo mais, saber que a gente não sabe tudo e vou morrer não sabendo. Um cara mais maduro do que há quatro anos. Não vejo o Sport como trampolim, vejo com a missão de acabar bem o ano.”

 

Enquanto o ambiente do Sport se mostra conturbado pelos problemas financeiros do clube e principalmente pelas fortes declarações do treinador Nelsinho Baptista, a postura de Daniel Paulista é amena. Cauteloso, o ex-volante comentou seu desligamento da função de auxiliar-técnico do Sport, em entrevista ao LeiaJá na tarde desta quinta-feira (26). 

Daniel foi demitido do cargo logo após a polêmica saída do técnico Nelsinho Baptista. Segundo ele, não houve justificativa por parte da diretoria. “Não houve argumento, simplesmente fui comunicado que tinha que sair. Agora é vida que segue para os dois”, explicou Daniel Paulista.

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Sobre as fortes declarações de Nelsinho, Daniel Paulista preferiu não expor uma opinião. “Não vou entrar neste mérito. Nelsinho é um grande profissional. É lógico que o clube passa por um momento complicado. Torço agora que as coisas se acertem. Logo estaremos empregados em novas oportunidades”, disse Daniel.

Em 2016 e no ano passado, Daniel Paulista assumiu o Sport com sério risco de rebaixamento. Os números desfavoráveis colocavam o clube pernambucano como sério candidato a cair para a Série B do Campeonato Brasileiro, no entanto, nos dois anos, Daniel salvou o Leão, mas foi trocado do comando do time por treinadores mais “experientes”. De acordo com ele, as trocas não podem ser consideradas injustas.

“Procuro não ver por esse lado. O clube é profissional e ele tem o total direito de optar pelos profissionais que devem trabalhar na sua empresa. Lógico que fico chateado, porque estava desenvolvendo um bom trabalho. Agora é dar prosseguimento a nossa carreira individual”, comentou Daniel Paulista. 

Ao analisar sua época como treinador do Sport, Daniel acredita que teve um bom desempenho. “Meu trabalho foi muito produtivo, muito satisfatório. Foi um trabalho árduo, muito difícil de acontecer, momentos complicados nas ocasiões. Trato como duas conquistas. Quando muitas pessoas não acreditavam, nós conseguimos reverter esses quadros”, argumentou. A análise é parecida quando ele se refere à função de auxiliar-técnico. “Desempenhei meu papel de auxiliar da melhor maneira possível, procurando ajudar todos os treinadores que passaram. Tenho um relacionamento de respeito com todos eles”, completou.

Campeão da Copa do Brasil como jogador do Sport em 2008, Daniel, que carrega o status de ídolo para a torcida, não descarta um retorno ao Leão. “Não guardo mágoa de ninguém, só tenho a gradecer ao clube, porque sempre me tratou com muito carinho. Sou muito jovem, estou iniciando uma nova trajetória na minha vida. Futuramente, quem sabe (retorno ao Sport)? Estou saindo e deixando as portas abertas”, declarou o ex-volante.

Daniel Paulista agora pensa em seguir carreira como treinador. Revelou também que, no ano passado, foi convidado para treinar alguns clubes, entre eles o Náutico, mas negou tudo por estar empregado pelo Sport na época. Por fim, ainda em entrevista ao LeiaJá, ele agradeceu o carinho da torcida rubro-negra. “Fico feliz por ter esse reconhecimento com o torcedor. Acabo recebendo esse carinho nas ruas. O torcedor do Sport sabe que é muito importante para a equipe e com certeza o Sport é muito forte quando tem a torcida ao seu lado”, concluiu.

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Em menos de uma semana, o Sport viveu momentos de muita intensidade. Na última segunda-feira (23), o Leão empatou com o Botafogo, na Ilha do Retiro. Já na terça (24), o treinador Nelsinho Baptista fez fortes críticas à diretoria rubro-negra e deixou o comando clube. Em resposta à Nelsinho, a diretoria falou sobre os acontecimentos e ao final do dia, o auxiliar técnico Daniel Paulista foi demitido. Na quarta (25), o presidente Arnaldo Barros convocou uma entrevista coletiva para falar da atual situação financeira do clube e respondeu às críticas da torcida à sua gestão. Por fim, o Sport ainda anunciou Claudinei Oliveira como o mais novo treinador.

Em entrevista coletiva na última quarta-feira (25), no Centro de Treinamento rubro-negro, o meia Everton Felipe afirmou que os inúmeros acontecimentos não se restringem apenas à direção ou comissão, mas que também afeta o elenco. "Não vou chegar aqui e falar mentira de que não atinge. Atinge sim. O grupo não fica bem com essa situação. É complicado. Fica um clima muito ruim, muito pesado. Mas tem que aprender a lidar com isso. Aprender a explicar algumas coisas e deixar algumas coisas fluirem. O mais importante é focar nos três pontos que é o que a gente mais precisa", disse.

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"Queria muito vir aqui e falar que está tudo bem, mas não está. Mas a gente tem que trabalhar nessa situação que a gente tem. A gente não pode baixar a cabeça e esperar a fase passar sem fazer nada. A fase vai passar quando a gente começar a ter resultados dentro de campo. Todo mundo sabe que no futebol é assim, se o time começa a ganhar, tudo começa a fluir de maneira bem dinâmica, tudo começa a ficar bom do nada. E se vier resultado negativo, tudo piora. O Sport está passando por um momento muito difícil. Eu nunca tinha passado por isso aqui. Mas faz parte. Temos que manter o foco, tentar tirar da cabeça tudo isso que está acontecendo. É difícil, mas não tem o que fazer. A gente tem contrato com o clube. Está atrasado algumas coisas? Está. Mas o clube vai dar um jeito de pagar esses débitos que eles tem, mas para isso o resultado tem que aparecer dentro de campo", completou.

Mesmo com tantas novidades, o meia Everton Felipe afirma que a melhor maneira de esquecer os problemas é focando no próximo jogo do Sport, que será no próximo domingo (29), contra o Paraná, em Curitiba. "Nós, do futebol, temos que aprender a lidar com essas situações que vão acontecer em vários momentos da carreira. As trocas de treinadores em momentos que ninguém espera. Mas é seguir em frente, continuar trabalhando. A gente não vem aqui para esconder o que está acontecendo dentro do clube. Mas eu sou atleta do Sport, todos os  jogadores são atleta do clube, todos tem contrato e temos que cumprir com as obrigações. A gente tem o jogo domingo, e o treinador que vier agora, que é o Claudinei, temos que trabalhar e ficar focados no jogo", disse.

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A última terça-feira (24) foi bastante agitada dentro do Sport. O treinador Nelsinho Baptista pediu demissão e ainda fez duras críticas à diretoria rubro-negra. Mesmo depois que o ex-técnico saiu com fortes palavras contrárias à direção, o presidente Arnaldo Barros garantiu que não queria demití-lo. O dirigente também falou sobre Claudinei Oliveira. O novo comandante foi anunciado na manhã dessa quarta-feira (25).

"Nelsinho passou, não era nossa intenção demitir o treinador, mas não podemos chorar pelo leite derramado. Temos que virar a página e nos concentrarmos para o jogo de domingo. As informações que eu tenho é que Claudinei é o técnico com o perfil que nós queremos", disse Arnaldo. A próxima partida do Sport será no domingo (29), contra o Paraná, às 16h, no Durival Britto. O Leão é o 17º na tabela, com apenas um ponto conquistado. 

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Durante uma entrevista realizada na sala da presidência, na manhã desta quarta-feira (25), o presidente do Sport, Arnaldo Barros, desmentiu as declarações do ex-atleta rubro-negro André, que afirmou ter salários atrasados. O dirigente não se mostrou satisfeito com o fato de que a saída do jogador ainda seja assunto, mesmo ele já estando em outro clube. Arnaldo também fez questão de falar sobre as declarações do ex-treinador do Leão, Nelsinho Baptista, que também afirmou estar em situação de atraso com as suas imagens. 

"O atleta André se dirigiu ao Grêmio depois de muita demora. O atleta está treinando, já jogou, ai se pergunta sobre a saída dele do Sport. Qual a finalidade dessa pergunta? É de desestabilizar. Oatleta saiu daqui chateado pois não teve as coisas do seu interesse. Se o Sport tivesse com 3 meses de salários atrasados, ele colocava o Sport na justiça e saía livre para o Grêmio. Mas ele não fez porque não estava atrasado", afirmou.

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Em relação ao atual ex-treinador do Sport, Arnaldo Barros garantiu que o profissional não tinha tempo suficiente de trabalho dentro do clube para ter seus salários atrasados. "Como Nelsinho pode ter quatro meses imagens atrasadas se ele não tem nem quatro meses no clube? Ele foi admitido em janeiro. Não estamos atualiuzados com ele, isso é verdade, mas ele não tem essas imagens todas atrasadas", disse.

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A terça-feira (24) foi realmente conturbada no Sport. Após Nelsinho Baptista entregar o cargo e sair detonando a diretoria rubro-negra. e o vice-presidente de futebol, Guilherme Beltrão, responder as críticas do ex-treinador, outra notícia pegou a torcida de surpresa.

Daniel Paulista foi desligado das suas funções pelo clube agora à noite. O auxiliar-técnico até comandou o treino na reapresentação, e esperava-se que ele dirigisse o time contra o Paraná, no próximo domingo (29), em Curitiba.

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Como atleta, Daniel defendeu o Leão em 2008, quando foi campeão da Copa do Brasil, e depois no período de 2009 a 2011. No cargo de auxiliar técnico, em três oportunidades precisou assumir a função de treinador, tendo como principal marca o fato de sempre salvar o time do rebaixamento, como aconteceu no ano passado.


Como era de se esperar, a diretoria de futebol do Sport reuniu a imprensa para falar sobre a saída conturbada de Nelsinho Baptista. O treinador deixou o clube pernambucano, nesta terça-feira (24), fazendo severas críticas aos cartolas rubro-negros.

O vice-presidente de futebol, Guilherme Beltrão, foi o responsável pela maioria das explicações. “Recebemos com surpresa (o pedido de demissão). Nem fui comunicado sobre essa coletiva”, disse, sobre a entrevista onde o técnico anunciou seu desligamento do clube.

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No cargo desde fevereiro, o dirigente fez questão de lembrar que chegou depois de Nelsinho e ironizou algumas declarações do ex-comandante. “Não tenho muito a comentar as declarações dele. Estamos aqui por conta do fracasso na Copa do Brasil, relutei muito, mas como não poderia faltar a uma instituição que amo, resolvi assumir. Na remontagem do elenco, encontramos problemas. Começamos o Brasileiro perdendo e mantivemos o treinador, acreditando no comando dele. Eu estava preparado para ele dirigir o time contra o Paraná”, disse.

Um dos citados por Nelsinho em seu desabafo de despedida, o diretor de futebol Leonardo Lopez, esclareceu a queixa no técnico sobre ele. Em entrevista a uma rádio local, antes do jogo contra o Botafogo, o dirigente teria dito que “futebol é resultado”, declaração que teria ofendido o antigo treinador.

“Foi uma entrevista normal. Falei que futebol é resultado, um clichê que todo mundo usa, mas ganhou-se uma proporção maior. Tivemos várias situações e a diretoria deu apoio o tempo todo. Fomos pegos de surpresa. Mas a gente não veio aqui lavar roupa suja. A gente agradece a Nelsinho, o que tinha que ser esclarecido foi esclarecido e vamos olhar para frente. Domingo tem jogo importante, já estamos trabalhando para ter treinador o quanto antes, pois queremos virar a página”, garantiu Lopez.

De novo com a palavra, Guilherme Beltrão reconheceu o valor de Nelsinho para a história do clube, mas alfinetou a campanha de 2018 e comentou a acusação de “terrorismo” no CT. “Não vejo um grande dano com a saída dele. Se o time tivesse evolução, teria em 4 meses. Não vencemos um jogo fora de casa, só o Santos do Amapá. Se terrorismo for cobrança, for tirar as pessoas da zona de conforto eu assumo. Esse ciclo se encerra, o Sport é grato a ele e ele tem que ser grato ao Sport”, disse.

Sobre a situação financeira, o cartola não escondeu as dificuldades que vêm tendo. “O Sport hoje deve a CLT, que venceu dia 5, e a ‘imagem’ que venceu dia 20. Isso, hoje, se chama quase rigorosamente em dia. Não estou acomodado em estar atrasado. Estamos lutando para pagar”, revelou.

Sobre o novo técnico rubro-negro, Beltrão afirma já ter um perfil traçado para sair no mercado. “Treinadores jovens que já fizeram bons trabalhos, em clubes que não tinham as mesmas condições de clubes maiores”, contou.

 

Nelsinho Baptista não é mais técnico do Sport. Pressionado pelos maus resultados do Leão em 2018, o treinador já balançava. Porém, foi ele mesmo que acabou pedindo para sair. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (24), o agora ex-técnico rubro-negro falou sobre os motivos que o levaram a entregar o cargo.

Com fortes críticas à direção do clube, Nelsinho se despediu da Ilha do Retiro em tom de desabafo. "A realidade é essa hoje, eles têm que ter os pés no chão para o Sport sair dessa situação. Eles fazem terrorismo no CT, só trazem problemas pra gente, nunca soluções, nós é que estamos tendo que buscar a solução. Estou fora. Não consigo trabalhar com pessoas desse naipe. Querem enganar o torcedor”, bateu.

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Nelsinho também falou da atual situação financeira do time. “A debandada de atletas que saíram daqui foi muito grande. Mesmo o Sport sendo um grande clube não consegue repor a peças com a mesma qualidade. Além de perder jogadores importantes, tinha crise para trazer jogadores para suprir. Me criticaram aqui dentro porque falei da crise, mas é verdade. Eu estou no Sport há quatro meses e não recebi uma (direito de) imagem ainda. E o pior tudo, ninguém me dá uma satisfação”, queixou-se.

Em meio a tantas críticas, Baptista fez questão, porém, de elogiar torcida e elenco. “O grupo é jovem que pode produzir o que produziu ontem. Lógico que precisa de tranquilidade, se não tiver isso, fica difícil. Sinto pela instituição e pelo torcedor. Agradeço o apoio”, afirmou.

Em sua última declaração, Nelsinho atacou até direções passadas e afirmou que não deve mais voltar a comandar o Leão. “Acho que meu ciclo no Sport acabou. Esta é a minha última passagem. Eu devia ter feito isso há 10 anos, para que pessoas como essas não trabalhasse mais aqui. Estou fazendo isso pelo Sport, pela instituição. Se eu tiver que parar hoje eu paro, vou viver minha família. Estou fazendo isso pelo torcedor. Em 2009 aconteceu isso e o Sport caiu. Não estou saindo calado, estou denunciando. É fácil criticar jogador, treinador, mas e a diretoria?”, questinou, antes de deixar a sala de imprensa.



O Sport poderia ter saído da ilha do Retiro, nesta segunda-feira (23), com uma vitória diante do Botafogo. O gol carioca aos 49 da segunda etapa deixou um gosto amargo na torcida, mas o que se viu em campo foi uma equipe aguerrida que até ganhou aplausos no fim do confronto.

“Acho que realmente foi uma grande partida, o resultado não foi aquele que deixou o vestiário feliz, mas foi importante. Temos condições de dar uma continuidade a esse trabalho. Falei para eles no vestiário: mostramos a nossa capacidade de entrega”, disse o técnico Nelsinho Baptista.

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O treinador ainda aproveitou a entrevista coletiva após o jogo para explicar as alterações que fez no decorrer do embate. “Gabriel pediu para sair, estava sentindo o músculo. Neto Moura, depois dos 25, estava cansando e coloquei o Felipe Bastos para fazer a função. Andrigo saiu e Everton Felipe entrou porque eu queria um jogador de mais velocidade”, contou.

Falando em Everton Felipe, autor do gol rubro-negro, Nelsinho esclareceu como vem sendo a sua volta ao time. “Falo com ele, obviamente ele sente as adaptações, os reflexos, a decisão de jogadas. Ele entrando aos poucos vai ganhando confiança”, afirmou.

 

O Sport estreia no Campeonato Brasileiro no próximo domingo (15), contra o América-MG, às 11h, em Belo Horizonte. Visando a partida, o time rubro-negro realizou seu último treinamento na manhã desta sexta-feira (13), na Ilha do Retiro. A movimentação ainda contou com a presença de vários torcedores que foram ao estádio apoiar a equipe antes da viagem. Mesmo sem revelar a escalação, o treinador Nelsinho Baptista garantiu que já definiu o time titular.

"Tá definido. Nós tivemos essas duas semanas de trabalho, mas essa última foi muito produtiva, deu para fazer as avaliações e criar um plano B. O time está consciente do que é um Campeonato Brasileiro. Estamos iniciando bem tranquilo. Nós nos preparamos para tirar proveito de alguns fatores e também nos precavermos. É muito difícil dizer as dificuldades que vamos ter. Temos a necessidade de todos ajudarem com ou sem a bola. Ter a possibilidade de criar um poder ofensivo e traduzir em gols", disse Nelsinho.

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O único jogador confirmado pelo treinador Nelsinho Baptista foi o lateral-direito Raul Prata, que vai jogar na lateral-esquerda, no lugar de Sander. "O Raul Prata também tem essa versatilidade. Nós conversamos e eu vou colocá-lo. A gente vai observar também. Nós não temos ainda uma opção pra esse setor, e em um jogo assim fora de casa a gente tem essa oportunidade de usar essa opção", afirmou.

Com muitos novatos na equipe, Nelsinho Baptista também afirmou que prevê algumas dificuldades com o entrosamento da equipe, mas garantiu que o time vai se fortalecer a cada jogo. "Acho que o importante é que todos os jogadores que nos trouxemos foram observados. Tiramos informações com profissionais. São jogadores que estão buscando um espaço e têm qualidade para isso. Logicamente eles sabem que estão vestindo uma camisa pesada, que tem muita tradição, muita pressão e muita cobrança. Esperamos que eles se sintam à vontade. Jogar bem ou não é uma questão do jogo, mas é importante que eles tentem. E a torcida tem que perceber isso, no início vamos ter algum problema, como todo time tem. Mas aquele guerreiro que o torcedor do Sport gosta, nós vamos ter em campo", finalizou.

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Querendo cada vez mais o apoio do seu torcedor, os portões da Ilha do Retiro ficaram abertos para que os rubro-negros pudessem acompanhar o último treino do Sport antes da estreia no Campeonato Brasileiro. A tabela da Série A do Leão começa com um confronto contra o América-MG, no próximo domingo (15), às 11h, em Belo Horizonte. 

Mesmo embaixo de chuva, a torcida do Sport atendeu ao chamado do clube e compareceu. Cerca de 200 torcedores fizeram muito barulho nas cadeiras do estádio. Durante todo o treino, a torcida  demonstrou seu apoio ao time. A cada gol marcado no coletivo, os rubro-negros comemoravam. Um dos jogadores que mais receberam apoio por parte dos torcedores, foi o goleiro Agenor. O atleta vai substituir o camisa um Magrão, que está lesionado. 

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Para o técnico Nelsinho Baptista, o apoio da torcida tem um papel fundamental para todo o time do Sport neste momento. "A importância da torcida, na Ilha principalmente, é muito importante para o time, para os jogadores e para todos nós do Sport. Essa presença do torcedor hoje nos motiva. Ela motiva o grupo, o início do trabalho, do Campeonato. E isso é importante que a gente tenha o apoio deles no Campeonato Brasileiro. A força da Ilha sempre foi o torcedor, empurrando, apoiando o time, e é isso que a gente espera que aconteça nesse início de Brasileiro". Ao final do treino, os jogadores aplaudiram a torcida como forma de agradecimento pela presença. Confira as fotos:

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Na disputa do terceiro lugar do Campeonato Pernambucano, quem se deu melhor foi o Sport. Na última segunda-feira (2), o Leão encarou o Salgueiro na Ilha do Retiro e venceu o Carcará por 3 x 0. Para o treinador Nelsinho Baptista o saldo da partida foi bastante positivo para todo o elenco. "Nós tivemos um ritmo de jogo bom, conseguimos nos impor, fazer uma marcação adiantada. No primeiro tempo criamos oportunidades, mas a finalização não saiu da forma esperada. No segundo, o time continuou com um bom ritmo e fez os gols", afirmou Nelsinho segundo informações do site oficial do Sport.

Para o Sport, a partida não serviu apenas como uma chance de fechar de forma mais honrosa a competição, como também o jogo serviu para avaliar alguns atletas da base como Pablo Pardal, que foi o destaque da partida, além de Eldder e Brendo. Sobre o garoto Pardal, Nelsinho o comparou com um ex-atacante que foi ídolo do Sport na década de 90. "Tiveram jogadores novos com a gente, trabalharam bem nos treinos. O Pablo me chamou a atenção. Lembra muito o biotipo de Leonardo. Procuramos ajudá-lo em campo, encostamos o Gabriel nele, para deixar ele sempre com apoio. Os outros entraram pouco, mas mostraram que têm qualidade, só precisam ser lapidados", afirmou.

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Com o fim do Campeonato Pernambucano para o Sport, o foco do Leão fica agora voltado, totalmente, para o Campeonato Brasileiro. A equipe rubro-negra estreia no dia 15 de abril, contra o América-MG, em Belo Horizonte. O técnico Nelsinho também falou sobre a montagem do grupo para a competição. "Todos os jogadores que estão chegando foram observados, não foram indicados. Nós observamos bastante os Estaduais, tiramos informações com profissionais que trabalharam com os atletas. São jogadores que não tiveram um grande destaque no futebol brasileiro ainda, mas estão vindo nesse caminho", finalizou.

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