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A polícia do Nepal anunciou, nesta quarta-feira (10), que prendeu um guru de 33 anos que seus seguidores acreditam ser uma reencarnação de Buda e que era procurado sob a acusação de estupro e sequestro.

Ram Bahadur Bomjan, conhecido como "Buddha Boy", adquiriu notoriedade na adolescência quando teve a capacidade, segundo seus seguidores, de meditar durante meses imóvel, sem água, comida ou sono.

Ele é acusado há muito tempo de ter agredido fiéis física e sexualmente.

"Foi preso depois de se esconder durante vários anos", disse o porta-voz da polícia, Kuber Kadayat, à AFP.

O guru foi detido em Katmandu sob um mandado de prisão emitido pelo estupro de uma menor em um 'ashram' no distrito de Sarlahi, ao sul da capital.

Segundo a polícia, durante a sua detenção foram descobertas 30 milhões de rúpias nepalesas – o equivalente a mais de 219 mil dólares ou 1 milhão de reais, na cotação atual – em dinheiro, além de moeda estrangeira.

As acusações contra ele datam de uma década. Em 2010, recebeu dezenas de denúncias de violência.

O guru explicou que batia nas vítimas porque elas atrapalhavam a sua meditação.

Uma freira de 18 anos o acusou em 2018 de estuprá-la em um mosteiro.

No ano seguinte, a polícia abriu outra investigação depois que famílias relataram o desaparecimento de quatro de seus fiéis. Essa investigação não produziu nenhum resultado até agora, disse o chefe da polícia criminal, Dinesh Acharya, nesta quarta-feira.

Um casal LGBTQ do Nepal obteve sua certidão de casamento, anunciaram as autoridades nesta quinta-feira (30), um marco no sul da Ásia cujos protagonistas descreveram como uma vitória "para todos".

Maya Gurung, mulher transgênero de 41 anos, e Surendra Pandey, um homem de 27 anos, se casaram em um cerimônia hindu em 2017 e na quarta-feira receberam a certidão em uma localidade do distrito de Lamjung.

O registro foi emitido após uma decisão favorável da Corte Suprema.

O tribunal emitiu em junho uma ordem provisória que permite aos casais transexuais e do mesmo sexo registar o seu casamento e solicita ao governo que crie um novo registo temporário para estas uniões, enquanto se aguarda legislação apropriada.

"Estamos muito contentes e orgulhosos", disse Maya Gurung à AFP.

O casal contatou primeiro as autoridades do distrito, que rejeitaram seu pedido. Mas as autoridades locais estavam mais acessíveis ao tema, segundo seu advogado, Rounik Raj Aryal.

O Nepal tem uma das legislações mais progressistas do sul da Ásia em relação aos direitos LGBTQ, graças às reformas de 2007 que proíbem a discriminação com base em gênero ou na orientação sexual.

Desde 2015, emite passaportes com a opção "outro" para categorias de gênero, não se limitando a "homem" ou "mulher".

Ainda assim, a comunidade LGBTQ do Nepal, com mais de 900 mil membros, ainda enfrenta discriminação, especialmente no emprego, na saúde e na educação.

Helicópteros e tropas terrestres correram para ajudar as pessoas feridas em um forte terremoto que sacudiu distritos no noroeste do Nepal pouco antes da meia-noite de sexta-feira, 3, matando pelo menos 128 pessoas e ferindo dezenas de outras, disseram as autoridades neste sábado.

As autoridades disseram que o número de mortos deve aumentar, observando que as comunicações foram cortadas em muitos lugares. No hospital regional da cidade de Nepalgunj, mais de 100 leitos foram disponibilizados e equipes de médicos ficaram à disposição para ajudar os feridos.

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"Eu estava dormindo profundamente quando, de repente, tudo começou a tremer violentamente. Tentei correr, mas a casa inteira desabou. Tentei fugir, mas metade do meu corpo ficou enterrado nos escombros", disse Bimal Kumar Karki, uma das duas primeiras pessoas a serem levadas para o hospital regional.

"Eu gritei, mas todos os meus vizinhos estavam na mesma situação e gritavam por socorro. Levou quase meia hora ou uma hora até que os socorristas me encontrassem", disse ele.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terremoto teve uma magnitude preliminar de 5,6 e ocorreu a uma profundidade de 18 km. O Centro Nacional de Monitoramento e Pesquisa de Terremotos do Nepal disse que o epicentro foi em Jajarkot, que fica a cerca de 400 quilômetros a nordeste da capital do Nepal, Katmandu.

No início do sábado, helicópteros de resgate voaram para a região para ajudar e as forças de segurança no local estavam retirando os feridos e mortos dos escombros, disse o porta-voz da polícia do Nepal, Kuber Kadayat.

As tropas estavam limpando estradas e trilhas nas montanhas que foram bloqueadas por deslizamentos de terra provocados pelo terremoto. Helicópteros transportaram profissionais da área médica e medicamentos para os hospitais da região.

O primeiro-ministro Pushpa Kamal Dahal também voou em um helicóptero com uma equipe de médicos. Dahal liderou uma revolta comunista armada de 1996 a 2006, que começou nos distritos atingidos pelo terremoto.

No distrito de Jajarkot, o epicentro do terremoto, 92 pessoas foram confirmadas como mortas e outras 55 ficaram feridas, disse Kadayat. O terremoto matou pelo menos 36 pessoas no distrito vizinho de Rukum, onde várias casas desabaram, e pelo menos 85 pessoas feridas foram levadas ao hospital local, disse ele.

As autoridades de segurança trabalharam com os moradores durante toda a noite, na escuridão, para retirar os mortos e feridos das casas caídas.

O terremoto, que ocorreu quando muitas pessoas já estavam dormindo em suas casas, foi sentido na capital da Índia, Nova Délhi, a mais de 800 quilômetros de distância.

Os terremotos são comuns no montanhoso Nepal. Um terremoto de magnitude 7,8 em 2015 matou cerca de 9 mil pessoas e danificou cerca de 1 milhão de estruturas.

A vizinha Índia se ofereceu para ajudar nos esforços de resgate.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, publicou nas mídias sociais que estava profundamente triste com a perda de vidas e os danos causados pelo terremoto no Nepal. "A Índia é solidária com o povo do Nepal e está pronta para oferecer toda a assistência possível", disse ele.

Uma adolescente de 16 anos morreu na terça-feira (8) no Nepal devido a picada de cobra enquanto dormia, no distrito de Baitadi, segundo o jornal local The Kathmandu Post. Ela estava cumprindo o chhaupadi, uma prática ilegal em que mulheres são forçadas a ficar em "cabanas menstruais", fora de suas casas, enquanto estão menstruadas.

Bina Bhatt, vice-presidente do município rural Pancheshwar, disse ao The Kathmandu Post que ela estava "dormindo do lado de fora de sua casa em um galpão durante seu ciclo menstrual quando ocorreu o incidente". Segundo ele, ela provavelmente foi mordida pela cobra na meia-noite de terça-feira.

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O ritual chhaupadi é ilegal no Nepal, mas continua sendo seguido por muitas mulheres. Segundo a tradição supersticiosa, mulheres hindus são proibidas de participar de atividades sociais e familiares enquanto estão menstruadas por "estarem impuras". Assim, elas ficam isoladas nas chamadas cabanas de menstruação, locais sem condições sanitárias, e muitas vezes sem janela ou luz.

A morte da adolescente é a primeira fatalidade relatada em chhaupadi desde 2019, segundo o The Guardian. Parwati Budha Rawat, 21, morreu depois de passar três noites em uma cabana ao ar livre. A morte dela foi o quinto caso relatado naquele ano. Ela havia acendido uma fogueira para se aquecer enquanto permanecia na "cabana do período" e morreu devido à inalação de fumaça.

Em 2017, Tulasi Shahifue, uma jovem de 18 anos, morreu no distrito de Dailekh depois de ser mordida duas vezes por uma serpente venenosa também ao ser isolada em uma cabana por estar menstruada.

Cinco turistas mexicanos e um piloto nepalês morreram, nesta terça-feira (11), em um acidente de helicóptero pouco depois da decolagem, anunciaram as autoridades do Nepal.

O avião da Manang Air decolou perto de Lukla, porta de entrada para expedições para escalar o Everest, nesta terça-feira e seguia para a capital Katmandu com cinco viajantes mexicanos e um piloto nepalês a bordo.

O helicóptero perdeu contato oito minutos após a decolagem, informou a Autoridade de Aviação Civil do Nepal (CAAN) em comunicado, que também confirmou que as vítimas são cinco mexicanos (três mulheres e dois homens) e o piloto nepalês.

"Os seis corpos foram recuperados e levados para Katmandu", disse à AFP Pratap Babu Tiwari, diretor do Aeroporto Internacional de Tribhuvan.

Dois helicópteros e várias equipes terrestres foram mobilizados para uma missão de busca e resgate, mas não conseguiram pousar perto do local do acidente devido ao clima.

"As equipes no terreno levaram os corpos para os helicópteros, que conseguiram pousar nas proximidades", disse Tiwari.

Lhakpa Sherpa, morador da área que se juntou aos esforços de busca e resgate, disse que o local do acidente é "muito assustador".

"Parece que o helicóptero primeiro colidiu com uma árvore e depois caiu no chão. Deixou um pequeno buraco no chão", disse ele.

O primeiro-ministro, Pushpa Kamal Dahal, expressou seu "pesar" pelo acidente, segundo seu gabinete no Twitter, enquanto a embaixada do México na Índia indicou, na mesma rede social, que está "em comunicação contínua e trabalhando com as autoridades nepalesas em relação ao trágico acidente".

- Problemas de segurança aérea -

O Nepal tem uma indústria em expansão de helicópteros privados, que transportam turistas e cargas para cantos remotos deste país do Himalaia, onde o acesso rodoviário é limitado ou inexistente.

Mas o país é conhecido por sua fraca segurança aérea. O incidente desta terça-feira é o mais recente de uma série de acidentes aéreos no país.

Em maio, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas quando um helicóptero caiu no leste do Nepal após deixar uma carga para um projeto hidrelétrico.

Em 2015, durante as operações de resgate após um terremoto devastador, vários acidentes de helicópteros custaram mais de uma dúzia de vidas.

O Nepal tem algumas das pistas de aviação mais remotas e difíceis do mundo, flanqueadas por picos nevados que representam um desafio significativo até mesmo para pilotos experientes.

O clima também pode mudar rapidamente nas montanhas, criando condições de voo muito difíceis. O setor de aviação do Nepal também foi afetado pela falta de treinamento de pilotos e problemas de manutenção.

Em janeiro, um acidente de avião no oeste do país matou 72 pessoas. O avião, da Yeti Airlines, caiu em um desfiladeiro, quebrou em pedaços e pegou fogo ao se aproximar da cidade de Pokhara (centro).

Em 2018, um avião da US-Bangla Airlines caiu perto do Aeroporto Internacional de Katmandu, conhecido por sua dificuldade para pousos e decolagens, um acidente que deixou 51 mortos e 20 feridos em estado grave.

Em 1992, no acidente aéreo com mais vítimas na história do Nepal, 167 pessoas morreram quando um avião da Pakistan International Airlines caiu quando se aproximava do aeroporto de Katmandu.

Apenas dois meses antes, um avião da Thai Airways caiu perto do mesmo aeroporto, uma tragédia que matou 113 pessoas.

A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de entrar em seu espaço aéreo por razões de segurança.

Os filhos do neozelandês Edmund Hillary e do nepalês Tenzing Norgay Sherpa presidiram nesta segunda-feira (29), no Nepal, a celebração do 70º aniversário da histórica conquista do Everest, a montanha mais alta do mundo, por seus pais.

"Por muitas razões, não foram apenas Ed Hillary e Tenzing Norgay que alcançaram o cume do Everest, mas toda a humanidade", disse Peter Hillary em uma escola fundada por seu pai, Edmund, na isolada localidade de Khumjung, a 3.790 metros de altitude.

"De repente, cada um de nós podia partir", acrescentou.

A conquista do "Teto do Mundo", que culmina aos 8.849 m de altitude, em 29 de maio de 1953, mudou o montanhismo para sempre e cobriu de glória o neozelandês e seu guia nepalês no mundo todo.

Membros das respectivas famílias se juntaram a moradores e autoridades locais na manhã de hoje para inaugurar o Escritório de Turismo Sir Edmund Hillary, instalado no mesmo prédio da escola inaugurada em 1961.

Lâmpadas foram acesas em frente aos retratos de Edmund Hillary e Tenzing Norgay Sherpa. Seus filhos, Peter Hillary e Jamling Norgay Sherpa, cortaram a fita vermelha, inaugurando o centro, oficialmente.

Um museu renovado também foi inaugurado em nome de Tenzing Norgay em Namche Bazar, o maior centro turístico na estrada do acampamento-base do Everest.

Em Katmandu, autoridades e centenas de montanhistas participaram de uma manifestação com faixas comemorativas.

Os melhores alpinistas nepaleses, entre eles Kami Rita Sherpa, apelidado de "o homem do Everest", que alcançou o cume pela 28ª vez na semana passada, foram homenageados em uma cerimônia.

Sanu Sherpa, o único que já escalou duas vezes os 14 picos mais altos do mundo, pediu ao governo que apoie os guias nepaleses, que assumem enormes riscos para acompanhar alpinistas estrangeiros em suas subidas.

Nas últimas sete décadas, mais de 6.000 pessoas escalaram o pico mais alto do mundo, de acordo com o site Himalayan Database. Mais de 300 alpinistas perderam suas vidas no mesmo período de tempo, incluindo 12 este ano.

Com cinco alpinistas desaparecidos no momento, 2023 é um ano recorde em termos de mortalidade no Everest.

Os hospitais no Nepal começaram, nesta terça-feira (17), a entregar às famílias os corpos das vítimas da queda do avião dois dias atrás, na pior tragédia aérea que atingiu o país em três décadas.

O avião, um ATR 72 bimotor da empresa nepalesa Yeti Airlines com 68 passageiros e quatro tripulantes a bordo, caiu em um precipício perto do aeroporto de Pokhara (centro), porta de entrada para alpinistas do mundo todo.

Todos os ocupantes do avião morreram, conforme as autoridades. Entre eles, havia seis crianças e 15 estrangeiros, identificados como cinco cidadãos indianos, quatro russos, dois coreanos, uma argentina, um australiano, um irlandês e um francês.

Desde o acidente, as equipes de resgate trabalham sem trégua para recuperar os restos mortais das vítimas entre os fragmentos do avião, a fuselagem e os assentos incinerados no fundo do precipício, a cerca de 300 metros de profundidade.

Até esta terça-feira, 70 corpos dos 72 foram recuperados, disse o policial AK Chhetri à AFP.

"Encontramos um corpo ontem à noite. Mas eram três pedaços. Não temos certeza se são três corpos, ou apenas um. Isso será confirmado mais tarde com um teste de DNA", explicou.

"As buscas pelos corpos desaparecidos foram retomadas. Hoje (terça-feira), mobilizamos quatro drones para isso e ampliamos o raio de busca para três quilômetros, em vez de dois", acrescentou.

Pelo menos dez corpos foram transportados em um caminhão do Exército do hospital Pokhara para o aeroporto, para serem transferidos para a capital, Katmandu. Três foram devolvidos às suas famílias em Pokhara, e outros seriam transferidos durante o dia.

- Famílias em luto -

"Deus tirou uma pessoa tão boa de nós", lamentou Raj Dhungana, tio da passageira Sangita Shahi, de 23 anos, do lado de fora do hospital de Pokhara.

Procedente de Katmandu, o ATR 72 caiu pouco antes das 11h locais (2h15 no horário de Brasília) de domingo (15) perto do aeroporto de Pokhara, a segunda maior cidade do Nepal.

Ainda não se sabe a causa do acidente, mas um vídeo divulgado nas redes sociais – apurado por um parceiro da AFP – mostrou como o avião girou bruscamente para a esquerda, ao se aproximar do aeródromo, enquanto se ouvia uma forte explosão.

As caixas-pretas do navio ainda não foram encontradas.

Segundo a agência Press Trust of India (PTI), a piloto, Anju Khatiwada, entrou na aviação civil nepalesa após a morte do marido em um acidente com um pequeno avião de passageiros em 2006.

Entre o drama das muitas famílias que perderam parentes no acidente do voo da Yeti Airlines, que caiu em um desfiladeiro enquanto tentava pousar em um aeroporto recém-inaugurado na cidade turística de Pukhara, no Nepal, a história da copilota do avião chamou a atenção do mundo. Um porta-voz da companhia aérea confirmou à agência de notícias britânica Reuters que Anju Khatiwada, que fazia parte da tripulação no voo, perdeu o marido, também piloto de avião, em um acidente em 2006.

"O marido dela, Dipak Pokhrel, morreu em 2006 na queda de um avião Twin Otter da Yeti Airlines em Jumla", disse o porta-voz da companhia aérea Sudarshan Bartaula, ao comentar a situação envolvendo Anju Khatiwada.

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Ainda de acordo com o porta-voz, Anju, de 44 anos, conhecia o trajeto entre Katmandu e Pokhara, que já havia feito anteriormente, e tinha mais de 6.400 horas de voo. Ela fazia parte da equipe da Yeti Airlines desde 2010. "Ela conseguiu o treinamento de piloto com o dinheiro que recebeu do seguro após a morte do marido", explicou Bartaula.

Sem esperança de encontrar sobreviventes, o Nepal decretou um dia de luto nacional nesta segunda-feira, 16. Havia 68 passageiros a bordo e 4 tripulantes, o que configura a pior catástrofe deste tipo no país em três décadas.

O acidente de domingo (15) é o mais mortal desde 1992, quando todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram quando ele colidiu com uma colina enquanto tentava pousar em Katmandu.

O Nepal é lar de oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Monte Everest, e tem um histórico de acidentes aéreos. De acordo com o banco de dados de segurança da aviação da Flight Safety Foundation, houve 42 acidentes fatais de aviões no país desde 1946.

Um porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal disse que um gravador de dados do voo e um gravador de voz da cabine foram recuperados do local do acidente. Os gravadores, encontrados nesta segunda-feira serão entregues aos investigadores.

As equipes de resgate ainda estão procurando nos destroços, que estão espalhados por um desfiladeiro de 300 metros.

Ainda não está claro o que causou a queda do avião, que ocorreu a menos de um minuto de voo do destino final, em meio a um dia ameno e de ventos calmos.

Um dos passageiros do avião fez uma transmissão ao vivo do acidente. As imagens mostram o passageiro e depois a paisagem. De repente, as imagens ficam distorcidas e é possível escutar barulhos de engrenagem e pessoas gritando, quando o vídeo passa a mostrar um incêndio.

A aeronave bimotor ATR 72, operada pela Yeti Airlines, completava o voo de 27 minutos da capital, Kathmandu, para Pokhara, 200 quilômetros a oeste. Ele transportava 68 passageiros, incluindo 15 estrangeiros, além de quatro tripulantes, informou a Autoridade de Aviação Civil do Nepal em comunicado. Os estrangeiros incluíam cinco indianos, quatro russos, dois sul-coreanos e um Irlandês, um australiano, um argentino e um francês. (Com agências internacionais).

Sem esperança de encontrar sobreviventes, o Nepal vive um dia de luto nacional nesta segunda-feira (16) após o desastre aéreo no domingo que matou pelo menos 68 pessoas, entre elas uma argentina, na pior catástrofe deste tipo no país em três décadas.

A esperança de encontrar algum sobrevivente entre as 72 pessoas a bordo do avião que caiu no Nepal no domingo é "nula", disse à AFP Tek Bahadur KC, chefe do distrito de Taksi, onde o avião caiu no domingo.

"Até agora recuperamos 68 corpos. Estamos procurando por mais quatro corpos... estamos rezando por um milagre. Mas a esperança de encontrar alguém vivo é nula", afirmou.

O avião, um ATR 72 da companhia Yeti Airlines que saiu de Katmandu, capital do Nepal, caiu com 72 pessoas a bordo - 68 passageiros e quatro tripulantes - pouco antes das onze da manhã, horário local (02h15 no horário de Brasília) perto de Pokhara (centro), onde deveria pousar.

A aeronave em chamas foi encontrada em um precipício de 300 metros de profundidade, entre o antigo aeroporto construído em 1958 e o novo terminal internacional inaugurado em 1º de janeiro em Pokhara, porta de entrada para alpinistas do mundo todo.

Soldados usaram cordas para retirar corpos do fundo do precipício entre o final do domingo e início desta segunda-feira.

"A busca foi interrompida por causa da névoa. Vamos retomá-la em uma ou duas horas, quando o tempo melhorar", informou o policial AK Chhetri na madrugada desta segunda-feira.

"Trinta e um (corpos) foram levados para hospitais", disse o oficial à AFP.

A bordo do avião estavam 14 estrangeiros: cinco cidadãos indianos, quatro russos, dois coreanos, um australiano, um irlandês e um francês, segundo o porta-voz da companhia aérea, Sudarshan Bardaula.

Uma passageira argentina que foi identificada como Jannet Sandra Palavecino, de 58 anos, mãe de duas filhas e natural da província de Neuquén (sudoeste), também estava no avião, segundo o jornal La Nación de seu país.

Após o acidente, os socorristas tentaram apagar o fogo entre os restos do avião, um ATR 72 movido por dois motores turboélice.

- Como uma bomba -

Em comunicado datado de Toulouse, no sudoeste da França, a ATR, fabricante do avião, especificou que se tratava de um modelo 72-500, acrescentando que seus especialistas estavam “totalmente comprometidos em apoiar tanto a investigação quanto o cliente”, a companhia aérea.

Num vídeo compartilhado nas redes sociais, cuja autenticidade a AFP não conseguiu verificar, o avião é visto voando baixo sobre uma área residencial antes de se inclinar de forma brusca para a esquerda, e então se ouve uma forte explosão.

"Estava andando quando ouvi uma forte explosão, como se uma bomba tivesse explodido", contou Arun Tamu, de 44 anos, que estava a cerca de 500 metros do local do impacto e que transmitiu um vídeo ao vivo nas redes com os restos do avião em chamas.

- Histórico de acidentes aéreos -

O setor aeronáutico do Nepal cresceu muito nos últimos anos, tanto no transporte de mercadorias quanto no transporte de turistas.

No entanto, devido à falta de treinamento da equipe e a problemas de manutenção, as empresas geralmente sofrem com problemas de segurança. A União Europeia, portanto, proibiu todas as transportadoras nepalesas de entrar em seu espaço aéreo.

O país do Himalaia também possui algumas das pistas mais remotas e complicadas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que tornam a aproximação desafiadora até mesmo para pilotos experientes.

As companhias indicam que o Nepal não possui infraestrutura para estabelecer previsões meteorológicas precisas, principalmente nas regiões mais remotas e de difícil relevo montanhoso, onde foram registrados acidentes fatais nos últimos anos.

O acidente deste domingo é o mais mortal no Nepal desde 1992, quando todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram quando caiu perto de Katmandu.

Um avião com 72 pessoas a bordo caiu pouco antes do pouso em Pokhara, no Nepal, e ao menos 67 morreram, informou a companhia aérea Yeti Airlines e a polícia local neste domingo (15).

No entanto, o número de vítimas é confuso, com emissoras nepalesas chegando a afirmar que não há sobreviventes na tragédia. Das 72 pessoas, 68 eram passageiros e quatro eram tripulantes, sendo que muitos estrangeiros estavam no voo, já que Pokhara é conhecida por ser um local de montanhismo e peregrinação religiosa.

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As equipes de resgate continuam a atuar no local em busca de possíveis sobreviventes e também procurando as caixas-pretas da aeronave.

O voo havia partido da capital Kathmandu com destino ao aeroporto de Seti George, mas o acidente ocorreu por volta das 10h50 (hora local).

A aeronave era um ATR-72 e, conforme imagens divulgadas pelas redes sociais, praticamente se dividiu em duas partes. Vídeos pouco antes do acidente mostram o avião já voando desgovernado e virando para o lado esquerdo bruscamente antes do estrondo da queda.

O dia estava claro no momento do acidente e as causas precisarão ser estudadas.

A presidente do Nepal, Bidhya Devi Bhandari, afirmou estar "chocada" com o desastre e decretou um dia de luto nacional para essa segunda-feira (16). Esse é um dos piores acidente aéreos da história do país.

Da Ansa

O assassino francês Charles Sobhraj, conhecido como "A Serpente" e que cometeu uma série de homicídios na Ásia na década de 1970, foi libertado nesta sexta-feira (23) de uma prisão do Nepal.

Sobhraj, de 78 anos e que inspirou a série da Netflix "O Paraíso e a Serpente", foi levado para o serviço de imigração, de onde será expulso para a França, informou a polícia.

O francês estava preso desde 2003 nesta república da região do Himalaia pelo assassinato de duas turistas americanas.

A Suprema Corte do Nepal ordenou na quarta-feira a libertação antecipada de Sobhraj por motivos de saúde e sua expulsão para a França no prazo máximo de 15 dias.

Ele deveria ter deixado a prisão na quinta-feira, mas problemas logísticos e jurídicos adiaram a libertação.

As autoridades penitenciárias disseram à AFP que, após receberem os documentos judiciais relevantes, entregariam Sobhraj ao serviço de imigração.

"Assim que ele for entregue à Imigração, os próximos passos serão decididos. Ele tem um problema cardíaco e deseja receber tratamento no hospital Gangalal de Katmandu", afirmou o advogado Gopal Shiwakoti Chintan.

O 'serial killer' passou por uma cirurgia de coração aberto em 2017. A saída da prisão está de acordo com a lei nepalesa que permite a libertação de prisioneiros gravemente doentes que cumpriram 75% de sua sentença, segundo o tribunal.

Sofisticado

O ministério das Relações Exteriores da França informou que ainda não recebeu um pedido de expulsão de Sobhraj do governo do Nepal.

Em caso de notificação do pedido, a França será obrigada a atendê-lo porque Sobhraj é cidadão francês", explicou um porta-voz do ministério.

Charles Sobrahj, um francês de origem vietnamita e indiana, começou a percorrer o mundo no início dos anos 1970 até chegar à capital tailandesa Bangcoc.

Fingindo ser um negociante de joias, fez amizade com as vítimas, muitas delas mochileiros ocidentais, os quais drogava, roubava e matava.

"Ele odiava mochileiros, via-os como jovens, pobres e viciados em drogas", disse à AFP a jornalista australiana Julie Clarke, que entrevistou Sobhraj. "Ele se considerava um herói do crime", acrescentou.

Suave e sofisticado, ele teria cometido o primeiro assassinato em 1975, quando matou uma jovem americana, cujo corpo foi encontrado em uma praia em 1975. Apelidado de "assassino do biquíni", ele foi vinculado a mais de 20 homicídios.

O outro apelido, "A Serpente", veio de sua capacidade de assumir outras identidades para fugir da Justiça e se tornou o título da série de sucesso da Netflix e BBC baseada em sua vida.

Ele foi preso na Índia em 1976 e passou 21 anos na prisão, com uma breve saída em 1986, quando fugiu e foi recapturado no estado costeiro de Goa.

Libertado em 1997, viveu em Paris, onde foi pago para dar entrevistas, mas voltou ao Nepal em 2003. Foi visto no distrito turístico de Katmandu e detido em um cassino.

No ano seguinte, um tribunal condenou-o à prisão perpétua pelo assassinato em 1975 da turista americana Connie Jo Bronzich.

Uma década depois, foi condenado pelo assassinato do parceiro de Bronzich, um canadense.

Atrás das grades, Sobhraj reiterou sua inocência nas duas mortes, dizendo que nunca esteve no Nepal antes da viagem que o levou à prisão.

Nadine Gires, uma francesa que morou no mesmo edifício que Sobhraj em Bangcoc, afirmou no ano passado à AFP que ele era "culto e cortês".

"Ele não era apenas um vigarista, sedutor e ladrão de turistas, mas também um assassino perverso", comentou.

As equipes de emergência do Nepal recuperaram os corpos das 22 pessoas que estavam a bordo de um avião de passageiros que caiu na cordilheira do Himalaia, informaram nesta terça-feira as autoridades, que pretendem iniciar o processo de identificação das vítimas.

"Todos os corpos foram encontrados", confirmou Deo Chandra Lal Karn, porta-voz da Autoridade de Aviação Civil, à AFP.

Os controladores do tráfego aéreo perderam contato com a aeronave, um Twin Otter da companhia nepalesa Tara Air, pouco depois da decolagem na manhã de domingo de Pokhara, oeste do Nepal, com destino a Jomsom, um destino popular de montanhistas.

Os destroços do avião foram encontrados um dia depois, a mais de 4.000 metros de altitude.

Dez cadáveres foram transportados na segunda-feira de helicóptero para a capital do Nepal, Katmandu.

Os 12 restantes permaneceram no local do acidente, de difícil acesso e afetado por más condições meteorológicas que dificultaram a operação de retirada.

Quase 60 pessoas foram mobilizadas na missão de resgate, incluindo membros do exército e da polícia, guias de montanha e moradores locais.

Muitos escalaram quilômetros para chegar ao local do acidente e vários acamparam no local.

A causa do acidente ainda deve ser determinada. O porta-voz do aeroporto de Pokhara, Dev Raj Subedi, afirmou que a aeronave não pegou fogo e parece ter colidido contra uma rocha.

Quatro indianos e dois alemães estavam a bordo. Os quatro indianos eram um casal divorciado, a filha de 15 anos e o filho de 22, que estavam de férias.

"Havia uma ordem judicial para o pai passar 10 dias com a família a cada ano, então estavam em uma viagem", afirmou o policial indiano Uttam Sonawane à AFP.

De acordo com o site da Rede de Segurança Aérea, o avião foi fabricado pela empresa canadense De Havilland e fez seu primeiro voo há mais de 40 anos, em 1979.

A Tara Air é uma filial da Yeti Airlines, uma companhia aérea nacional de propriedade privada que tem voos para destinos remotos do Nepal.

A empresa teve um acidente fatal em 2016, na mesma rota, quando um avião com 23 pessoas a bordo caiu na encosta de uma montanha no distrito de Myagdi.

O setor aéreo do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas entre áreas de difícil acesso, assim como alpinistas estrangeiros.

Mas o país enfrenta grandes problemas de segurança, com pilotos mal treinados e problemas de manutenção de aeronaves. A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de acessar seu espaço aéreo por razões de segurança.

Além disso, o país possui algumas das pistas mais remotas e difíceis, cercadas por picos nevados e condições climáticas variáveis, onde o pouso representa um desafio até para os pilotos mais habilidosos.

As equipes de resgate do Nepal recuperaram nesta segunda-feira (30) 16 corpos de vítimas de um avião de passageiros que caiu no domingo (29) no Himalaia com 22 pessoas a bordo.

Os controladores do tráfego aéreo perderam contato com a aeronave, um Twin Otter da companhia nepalesa Tara Air, pouco depois da decolagem de Pokhara, oeste do Nepal, na manhã de domingo.

O avião seguia para Jomsom, um destino popular de montanhismo.

Helicópteros do exército e de empresas privadas rastrearam a zona montanhosa remota, com o apoio de equipes em terra, mas as buscas foram suspensas no domingo à noite devido às condições meteorológicas.

As buscas foram retomadas nesta segunda-feira e o exército divulgou uma foto de peças do avião, incluindo uma asa com a matrícula 9N-AET, encontradas na montanha.

"Até o momento recuperamos 16 corpos e as equipes estão procurando os seis restantes. As possibilidades de sobrevivência são pequenas, mas nossos esforços para encontrá-los prosseguem", declarou o porta-voz da Autoridade de Aviação Civil, Deo Chandra Lal Karn.

No local do acidente trabalhavam quase 60 pessoas, incluindo militares, policiais, guias de montanha e moradores da região.

As autoridades afirmaram que o avião "sofreu um acidente" a 14.500 pés (4.420 metros) de altura, na zona de Sanosware, na localidade de Thasang, distrito de Mustang.

"Analisando as imagens que recebemos, parece que o avião não pegou fogo. Tudo está espalhado no local. O avião parece ter colidido com uma grande rocha na colina", disse o porta-voz do aeroporto de Pokhara, Dev Raj Subedi.

Quatro indianos e dois alemães estavam a bordo. Os demais passageiros eram nepaleses, incluindo um engenheiro de computação, a esposa e as duas filhas, que haviam acabado de retornar dos Estados Unidos.

Os quatro indianos, um casal, a filha e o filho, de 15 e 22 anos, estavam de férias, segundo fontes de Nova Délhi.

Pradeep Gauchan, funcionário do governo local, afirmou que o tempo ruim dificulta a operação de resgate.

"Os helicópteros estão aguardando que as nuvens desapareçam", disse.

De acordo com o site da Rede de Segurança Aérea, o avião foi fabricado pela empresa canadense De Havilland e fez seu primeiro voo há mais de 40 anos, em 1979.

A Tara Air é uma filial da Yeti Airlines, uma companhia aérea nacional de propriedade privada que tem voos para destinos remotos do Nepal.

A empresa teve um acidente fatal em 2016, na mesma rota, quando um avião com 23 pessoas a bordo caiu na encosta de uma montanha no distrito de Myagdi.

O setor aéreo do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas entre áreas de difícil acesso, assim como alpinistas estrangeiros.

Mas o país enfrenta grandes problemas de segurança, com pilotos mal treinados e problemas de manutenção de aeronaves. A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de acessar seu espaço aéreo por razões de segurança.

Um avião com 22 pessoas a bordo desapareceu neste domingo (29) numa zona montanhosa do Nepal, anunciou a companhia aérea Tara Air, explicando que as condições meteorológicas complicadas dificultam as buscas.

"Um voo doméstico com destino a Jomsom que decolou em Pokhara (centro-oeste) perdeu contato", disse à AFP Sudarshan Bartaula, porta-voz da Tara Air.

Havia 19 passageiros e três tripulantes no avião, acrescentou.

"Estamos tentando localizar a área onde o avião pode ser encontrado", acrescentou Bartaula.

Dois helicópteros foram mobilizados para as operações de busca, que serão difíceis devido à pouca visibilidade, disse Phanindra Mani Pokharel, porta-voz do Ministério do Interior.

"O mau tempo provavelmente atrapalhará a operação de busca. A visibilidade é tão ruim que você não consegue ver nada", disse Pokharel.

Jomsom é um destino popular para trekkers no Himalaia, a cerca de 20 minutos de voo de Pokhara, que fica a 200 quilômetros a oeste de Katmandu.

O transporte aéreo no Nepal cresceu muito nos últimos anos, graças ao grande número de turistas, grande parte deles amantes da montanha, e também ao comércio em lugares remotos que não podem ser acessados de outra forma.

Mas este pobre país do Himalaia tem um histórico de segurança sombrio devido a pilotos mal treinados e problemas de manutenção de aeronaves.

A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de acessar seu espaço aéreo por razões de segurança. O país também tem trilhas muito perigosas, localizadas entre montanhas cobertas de neve.

Em março de 2018, um avião da empresa de Bangladesh US-Bangla Airlines caiu perto do aeroporto de Katmandu, matando 51 pessoas. O acidente mais dramático ocorreu em 1992, quando 167 pessoas perderam a vida quando um avião da Pakistan International Airlines caiu perto do aeroporto de Katmandu. Dois meses antes, um avião da Thai Airways havia caído nessa mesma área, matando 113 pessoas.

Pelo menos três alpinistas franceses desapareceram depois que uma avalanche atingiu a área do Nepal onde eles estavam, perto do Monte Everest, segundo informações de grupos de montanhismo neste domingo (31).

Os alpinistas estavam tentando escalar um pico de aproximadamente 6.000 metros (19.700 pés), relatou o The Himalayan Times.

“Ainda não temos informações claras sobre o número de pessoas desaparecidas”, disse à AFP o presidente da Associação Nacional de Guias de Montanha do Nepal, Ang Norbu Sherpa.

"Enviamos uma equipe muito experiente de cinco guias de montanha. Eles estão a caminho e iniciarão a operação de busca a partir de amanhã (segunda-feira) de manhã."

De acordo com a Federação Francesa de Clubes de Alpes e Montanhas (FFCAM), uma equipe de oito alpinistas deixou a França rumo ao Nepal no final de setembro em busca de alcançar vários picos ao sul de Ama Dablam, de 6.812 metros, na região do Everest.

Três deles deixaram a equipe em 24 de outubro para escalar um pico perto de Ama Dablam, mas não dão notícias desde 26 de outubro, disse o grupo em um comunicado divulgado neste domingo.

Um helicóptero enviado pelo FFCAM para procurá-los "avistou trilhas de escalada e também detritos de uma avalanche de grande escala". Segundo a nota, "hoje um helicóptero com uma equipe de resgate correu para o local para tentar encontrar possíveis sobreviventes".

Stephane Benoist, do organizador da expedição GEAN, afirmou ao jornal francês Dauphine Libere que estava "em choque, devastado" pelo desaparecimento de Thomas Arfi, Louis Pachoud e Gabriel Miloche.

Um funcionário do departamento de turismo do Nepal disse ao Himalayan Times que os alpinistas não obtiveram permissão das autoridades para escalar a montanha.

Quase 200 pessoas morreram na Índia e no Nepal em inundações e deslizamentos de terra causados por fortes chuvas esta semana - disseram as autoridades locais nesta quinta-feira (21), alertando sobre mais episódios de chuva forte.

Na Índia, já são 102 mortes relacionadas com as tempestades e, no vizinho Nepal, as autoridades elevaram o balanço anterior de 31 para 88 óbitos nesta quinta-feira.

Entre os mortos no Nepal está uma família de seis pessoas, incluindo três crianças, cuja casa foi soterrada por um deslizamento de terra e escombros.

"Todos os comitês de gestão de desastres estão trabalhando ativamente em operações de resgate e socorro", disse o oficial de emergência Dijan Bhattarai, observando que polícia e exército foram mobilizados.

No estado indiano de Uttarakhand (norte), na cordilheira do Himalaia, as autoridades confirmaram a morte de 55 pessoas, nove a mais do que no boletim anterior.

As chuvas intensas danificaram estradas e pontes nesta área e deixaram várias localidades isoladas. O governo também mobilizou o Exército para conseguir chegar aos milhares de habitantes incomunicáveis.

O secretário de gestão de desastres, S Murugeshan, afirmou que este balanço pode aumentar, porque ainda há muitos desaparecidos. Entre eles, estão 20 turistas que foram fazer uma excursão a uma geleira.

Cinco pessoas morreram no estado de Bengala Ocidental, no leste do país, arrastadas pelas águas nas colinas da cidade de Darjeeling. Entre as vítimas fatais, há duas meninas de oito e dez anos de uma mesma família.

"A lama, as rochas e a água que desciam pelas colinas de Darjeeling danificaram 400 casas, e milhares de pessoas foram levadas para longe dos rios", disse à AFP o ministro de Gestão de Desastres, Javed Amhed Khan.

Além disso, "centenas de turistas estão isolados em um complexo de Darjeeling (...) Os deslizamentos de terra bloquearam rodovias e estradas na região", acrescentou.

O serviço meteorológico lançou um alerta vermelho para o estado, com advertências de que as chuvas extremas vão continuar em Darjeeling e em outras cidades próximas nesta quinta-feira.

Em Kerala, no sul da Índia, onde 42 pessoas morreram desde a semana passada, o departamento meteorológico também registrou fortes chuvas em pelo menos três distritos.

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O Nepal introduziu pela primeira vez o terceiro gênero em seu censo, uma medida que a comunidade LGBTQIA+ da nação do Himalaia espera que lhes forneça mais direitos.

Funcionários do Escritório Central de Estatísticas visitaram casas em todo o país, de 30 milhões de habitantes, desde sábado passado, fornecendo aos entrevistados a opção de escolherem a menção "outros" como gênero, além das opções "homem" e "mulher".

O Nepal possui algumas das leis mais progressistas do sul da Ásia sobre homossexualidade e direitos de pessoas trans, após reformas históricas aprovadas em 2007, que proíbem qualquer discriminação por gênero ou orientação sexual.

Em 2013, introduziu um terceiro grupo de gênero nos documentos de cidadania e o Nepal começou a emitir passaportes com a opção "outros" dois anos depois.

No entanto, os ativistas dos direitos dos homossexuais e transexuais nepaleses afirmam que a comunidade LGBTQIA+, estimada em cerca de 900.000 pessoas, ainda sofre discriminações, principalmente no trabalho, sistema de saúde e educação.

Os militantes LGBTQIA+ denunciam que a falta de dados dificulta o acesso a benefícios aos quais têm direito.

"Quando houver dados após o censo, poderemos usá-los como prova para pressionarmos a favor de nossos direitos. Poderemos levantar demandas proporcionais à dimensão (da nossa comunidade) na população", destacou Pinky Gurung, presidente do grupo de direitos LGBTQIA+ Blue Diamond Society.

No entanto, entre as mais de 70 perguntas que integram o formulário do censo, há apenas uma relacionada ao gênero, o que leva seus críticos a afirmarem que os resultados ainda serão limitados.

Cinco pacientes com Covid-19 morreram por asfixia esta semana em um hospital no Nepal, devido à falta de oxigênio no sul do país, que atravessa um agravamento da crise sanitária e que dispõe de um sistema de saúde ainda mais precário do que o da Índia.

O número de novos casos diários multiplicou por 60, elevando o total para 9.000 desde abril. Cerca de mil pessoas morreram nos últimos dez dias.

Desde o início da pandemia, o Nepal registrou 422.349 casos e 4.252 mortes, mas, assim como na Índia, esse balanço não parece refletir a realidade.

Cerca de metade das pessoas testadas são diagnosticadas com a doença, e os casos graves continuam a chegar aos hospitais, onde os cilindros de oxigênio se esvaziam muito mais rápido do que são enchidos.

Em Katmandu, alguns hospitais anunciaram que já não podem admitir novos pacientes, cujas famílias procuram desesperadamente um leito.

Cinco pacientes em terapia intensiva em um hospital de Rupendehi (sul) morreram por asfixia esta semana.

"Nossos veículos faziam fila para recarregar os cilindros em três estações de recarga diferentes, mas nenhum chegou a tempo", disse à AFP Bishnu Gautam, médico do hospital provincial de Lumbini.

- Falta de oxigênio -

Gaurav Sharda, presidente da Associação da Indústria de Oxigênio do Nepal, explica que a demanda cresceu acima da capacidade de produção.

"Todas as fábricas de oxigênio em Kathmandu operam 24 horas por dia e fornecem oxigênio na capacidade máxima. Só podemos encher 8.000 cilindros por dia, mas a demanda é muito maior", explica Sharda.

O chefe do centro de operações de emergência do ministério da Saúde, Samir Kumar Adhikari, declarou o país em "situação de crise".

"Se 20% das milhares de pessoas isoladas em casa precisassem de leitos hospitalares e cuidados, não poderíamos dar conta", ressaltou.

As razões para o agravamento da doença no Nepal são semelhantes às de seu vizinho indiano.

Apesar do grande aumento de casos no início de abril, o governo continuou a autorizar e até mesmo a organizar festas religiosas e congregações políticas.

Muitos nepaleses foram ao festival indiano do Kumbh Mela, que teve a participação de milhões de devotos hindus. Além disso, muitos viajantes indianos passaram pelo Nepal até que os voos internacionais da Índia fossem suspensos.

- Ajuda internacional -

A associação médica nepalesa exortou os políticos a "adiarem seus cálculos políticos" e priorizarem o salvamento de vidas.

O Nepal depende da Índia para a maior parte de suas importações, mas o gigante asiático teve de congelar suas exportações de vacinas em março para imunizar sua própria população. Com isso, forneceu ao Nepal somente metade do que havia reservado.

Neste país de 30 milhões de habitantes, somente 2,4 milhões de vacinas foram administradas. Apenas 1% da população recebeu ambas as doses.

O Nepal agora se volta para a China. Esta semana, enviou um avião para buscar a primeira carga de 400 cilindros de oxigênio. Pequim forneceu 800.000 doses de sua vacina ao Nepal.

Os nepaleses no exterior se mobilizam para conseguir ajuda emergencial para o país com a hashtag #vaccines4nepal (vacinas para o Nepal), enquanto senadores americanos discutem ajuda para contribuir com o país.

A coordenadora residente da ONU no Nepal, Sara Beysolow Nyanti, afirmou que o país precisa de ajuda "urgente".

"Temos um fardo semelhante ao da Índia, mas menos capacidade de lidar com a situação", disse ela à AFP, enquanto pediu ao mundo que "tome consciência da vulnerabilidade do Nepal".

Na segunda-feira, o governo pediu ajuda, principalmente de oxigênio, equipamentos de terapia intensiva e vacinas.

"Se a ajuda que solicitamos não chegar, entraremos em uma situação terrível e muito difícil de administrar", declarou Adhikari, funcionário do Ministério da Saúde.

O Nepal flexibilizou as medidas de quarentena para os turistas estrangeiros com a esperança de receber mais alpinistas em suas montanhas e recuperar a indústria turística, devastada pela pandemia.

Os turistas estrangeiros serão submetidos a testes anticovid em sua chegada e devem permanecer em quarentena até que obtenham resultados negativos, de acordo com as novas regras.

Até o momento, eles precisavam respeitar uma quarentena de sete dias, o que obrigava os alpinistas a planejar uma estadia prolongada no Nepal.

"Com a decisão, esperamos que alpinistas e mochileiros que estavam adiando expedições ou viagens devido às regras rígidas voltem ao Nepal", declarou à AFP Mira Acharya, diretora do Departamento de Turismo do país.

Os estrangeiros, no entanto, terão que apresentar um certificado de vacinação ou um resultado negativo de teste PCR antes de entrar no país.

O Nepal concedeu 45 permissões de escalada para os diversos montes do Himalaia e prevê a chegada de quase 300 alpinistas estrangeiras apenas ao Everest (8.849 metros).

No ano passado, a pandemia foi declarada pouco antes do início da temporada de escaladas, o que obrigou o Nepal a fechar as fronteiras. O impacto foi devastador para milhares de pessoas no país, de guias até funcionários de hotéis, que vivem da indústria do alpinismo.

Antes da pandemia, o Nepal teve problemas para responder ao grande fluxo de alpinistas que pretendiam escalar o Everest, o que provocou acidentes, incluindo alguns fatais.

Em 2019, a temporada de primavera registrou um número recorde de alpinistas no Everest, 885, dos quais 644 partiram do sul e 241 iniciaram a escalada pela face norte, no Tibete.

A temporada terminou com 11 mortes e pelo menos quatro foram provocadas pelo número excessivo de alpinistas.

O homem mais baixo do mundo capaz de caminhar, segundo o livro Guinness dos Recordes, morreu nesta sexta-feira (17) no Nepal, informou sua família.

Khagendra Thapa Magar, que media 67,08 centímetros, faleceu devido a uma pneumonia em um hospital de Pokhara, a 200 quilômetros de Katmandu, onde morava com os pais. Ele tinha 27 anos.

"Entrava e saía do hospital por causa da pneumonia. Mas desta vez, seu coração também estava mal. Morreu hoje", disse à AFP Mahesh Thapa Magar, seu irmão.

Com a morte de Magar, o colombiano Edward "Niño" Hernández, um DJ de reggaeton com 70,21 centímetros de altura, retomou o título de homem mais baixo do mundo com mobilidade, indicou o Guinness.

Magar foi declarado o homem mais baixo do mundo em 2010, após completar 18 anos, quando foi fotografado exibindo um certificado não muito menor que ele.

Mas em seguida, perdeu o título quando foi descoberto o nepalês Chandra Bahadur Dangi, que tinha 54,6 centímetros, e foi nomeado o homem móvel mais baixo do mundo.

Mas quando Dangui morreu, em 2015, Magar recuperou o recorde.

"Era tão pequenino que quando nasceu, cabia na palma da mão e era difícil dar banho nele por ser tão pequeno", contou seu pai, Roop Bahadur, segundo o Guiness World Records.

Enquanto homem mais baixo do mundo, Magar viajou para mais de uma dezena de países e visitou emissoras de TV da Europa e dos Estados Unidos.

Magar se tornou garoto propaganda de uma campanha de turismo do Nepal, onde aparecia como o menor homem do mundo promovendo um país conhecido por ter a montanha mais alta, o monte Everest.

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