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A indicação do diplomata Nestor Forster para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos avançou mais um passo nesta quinta-feira (6). O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), leu o relatório sobre a mensagem da Presidência da República que submete o nome de Forster à apreciação do Senado Federal. Após a leitura, foi concedida vista coletiva.

A sabatina está marcada para a próxima quinta-feira (13). Se for aprovada pela CRE, a indicação ainda dependerá da confirmação do Plenário do Senado.

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O presidente Jair Bolsonaro formalizou o nome de Nestor Forster no fim de outubro, após o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), desistir do cargo. A indicação de Eduardo enfrentou resistência de parlamentares e levantou a discussão sobre um possível caso de nepotismo.

Interlocução Brasil-EUA

Nascido em 1963 em Porto Alegre (RS), Nestor José Forster Junior ingressou na carreira diplomática em 1986. Desempenhou funções como a de chefe do Setor de Política Comercial da embaixada em Washington (1992–1995); chefe do Setor Econômico da embaixada em Ottawa (1995–1998); e chefe do Setor Financeiro da embaixada em Washington (2003–2006). Mais recentemente, passou a ser o encarregado de Negócios da mesma embaixada.

O relator ressaltou a importância do relacionamento do Brasil com os Estados Unidos. Para o senador, o ambiente favorável na relação bilateral só é possível graças à vigorosa interlocução entre os respectivos governos que, em sua avaliação, adquiriu novo impulso com a posse do presidente Jair Bolsonaro.

“A circunstância de ambos os chefes de Estado compartilharem semelhante pauta de valores favorece a possibilidade de se revigorar o diálogo bilateral, bem como inaugurar novas iniciativas entre Brasília e Washington. Essa aliança está amparada em uma agenda de longo prazo, traduzida em arrojada integração econômica, comercial e energética”, afirma Nelsinho Trad.

Beirute

Durante a reunião desta quinta-feira, também foi lido o relatório sobre a indicação de Hermano Telles Ribeiro para a embaixada em Beirute, no Líbano. A sabatina também ocorrerá na próxima quinta-feira (13).

Relator da Mensagem 87/2019, o senador Esperidião Amin (PP-SC) destacou que o Brasil tem a maior comunidade mundial de libaneses e descendentes do mundo, estimada entre 7 milhões e 11 milhões de pessoas. Já a atual comunidade de brasileiros no Líbano conta com mais de 17 mil pessoas.

Esperidião Amin menciona ainda, no parecer, a existência de tratativas entre os dois países para a celebração de um futuro Acordo de Livre Comércio Mercosul-Líbano. Documento enviado pelo Ministério das Relações Exteriores ao Senado classificou o acordo como “de baixa sensibilidade interna e com boas perspectivas de aumento das exportações brasileiras”. Em dezembro de 2019, Brasil e Líbano também assinaram um acordo de cooperação na área de defesa.

Biografia

Hermano Telles Ribeiro nasceu em Berna, na Suíça. Ele atuou em missões no Exterior, como cônsul-geral adjunto em Paris (1992-1994) e serviu nas embaixadas em Caracas (1995-1996), Tóquio (2001-2005) e Paris (2005-2008). Foi cônsul-geral em Atlanta (2011-2016) e, a partir de 2016, passou a chefiar a Representação Permanente do Brasil junto aos Organismos Internacionais em Londres.

*Da Agência Senado

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (22), que poderá indicar o diplomata Nestor Foster para assumir a Embaixada do Brasil em Washington, caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desista do posto. Segundo Bolsonaro, é Eduardo quem vai definir até o final deste mês se quer ter seu nome submetido à aprovação do Senado ou se ficará na liderança do PSL na Câmara.

O presidente falou com a imprensa instantes antes de seguir para a cerimônia de coroação do imperador japonês, Naruhito, em Tóquio.

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Há alguns meses, a indicação de Foster para a Embaixada do Brasil nos EUA era dada como certa por integrantes do Itamaraty. Em junho, ele foi promovido ao topo da carreira justamente para poder ocupar o posto. Um mês depois, no entanto, diplomatas foram surpreendidos pela possibilidade de Bolsonaro indicar o filho Eduardo.

Embora tenha conseguido a aprovação do governo americano, o presidente enfrenta dificuldades para viabilizar o nome do filho no Senado. A crise no PSL também contribuiu para esfriar ainda mais as chances de Eduardo. Agora, Bolsonaro considera que seria mais estratégico o filho ajudar a "pacificar" o partido e a "catar os cacos" deixados pela crise interna.

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