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Após reunião realizada nesta sexta-feira (23), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio do seu Conselho Universitário (Consun), decidiu a forma de ingresso em cursos de graduação, para o primeiro semestre deste ano. Impossibilitada de promover vestibular presencial, em razão da pandemia da Covid-19, a instituição de ensino adotou notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como meio de aprovação, bem como permitirá o resultado de vestibulares anteriores.

Os candidatos poderão utilizar notas do Enem e de vestibulares, apenas de edições de 2017 a 2020. A UFRGS destaca, porém, que essa decisão é excepcional, em decorrência do novo coronavírus, e que pretende, assim que possível, retomar o processo seletivo presencial para o segundo semestre deste ano.

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“Será utilizada a melhor nota entre todas as provas realizadas, após a ponderação para o curso escolhido. Para o semestre 2021/2, está prevista a realização do Concurso Vestibular, caso futuramente as condições sanitárias permitam a efetivação do processo, com um prazo de publicação do edital para no mínimo cinco meses antes do início desse segundo semestre letivo”, informou a Universidade.

São oferecidas 3.980 vagas em cursos de graduação. Administração, medicina, medicina veterinária, engenharia civil, jornalismo, história, odontologia, pedagogia e ciências da computação são apenas algumas das formações ofertadas. Confira a lista completa.

Utilizando o CPF do candidato participante, a instituição de ensino coletará as notas e realizará um cálculo para identificar o “melhor conceito” de cada participante. “Serão desconsideradas eventuais ausências, desqualificações pela falta de nota mínima ou inexistência de notas em algum ano, a fim de não prejudicar o candidato. No caso do Enem, seguirá o mesmo índice mínimo de 450 pontos nas provas objetivas e 500 na redação”, detalhou. A UFRGS promete divulgar, em breve, o cronograma de inscrições para os candidatos interessados.

Exceção

O curso de música, como tem uma prova de habilitação específica, terá exame virtual e chance de aprovação em anos anteriores, considerando os vestibulares de 2017 a 2020.

Estudantes brasileiros, enfim, podem amenizar a ansiedade. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na noite desta segunda-feira (29), o resultado da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que permite o acesso a universidades públicas e privas. Confira as notas da prova.

O resultado corresponde à versão impressa do Enem, à prova digital, além do Enem para pessoas privadas de liberdade. “Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do Governo Federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link ‘Esqueci minha senha’. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha”, informou o Inep.

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Também está disponível a nota da redação, que varia de zero a mil. Os candidatos ainda devem consultar as notas individuais, no que diz respeito às áreas do conhecimento cobradas no processo seletivo: Linguagens, Humanas, Ciências da Natureza e matemática.

Sobre os treineiros, o resultado do Enem impresso, apenas para fins de autoavaliação, será publicado no dia 28 de maio de 2021. A consulta também será realizada na Página do Participante.

A edição impressa do Enem 2020 foi realizada nos dias 17 e 24 de janeiro deste ano, enquanto a versão digital foi aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Enem PPL, por sua vez, ocorreu em 23 e 24 de fevereiro, quando também foi realizada a reaplicação da prova.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) promete divulgar, após as 18h desta segunda-feira (29), o resultado da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com as notas da prova, estudantes podem concorrer a vagas em universidades públicas e privadas.

O resultado é correspondente à versão impressa do Enem, à prova digital, além do Enem para pessoas privadas de liberdade. Segundo o Inep, as notas poderão ser consultadas na Página do Participante.

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“Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do Governo Federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link “Esqueci minha senha”. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha”, detalhou o Instituto.

Também estará disponível a nota da redação, que varia de zero a mil. Os candidatos ainda consultarão as notas individuais, no que diz respeito às áreas do conhecimento cobradas no processo seletivo: Linguagens, Humanas, Ciências da Natureza e matemática.

Sobre os treineiros, o resultado do Enem impresso, apenas para fins de autoavaliação, será publicado no dia 28 de maio de 2021. A consulta também será realizada na Página do Participante.

A edição impressa do Enem 2020 foi realizada nos dias 17 e 24 de janeiro deste ano, enquanto a versão digital foi aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Enem PPL, por sua vez, ocorreu em 23 e 24 de fevereiro, quando também foi realizada a reaplicação da prova.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou, nesta terça-feira (14), o cancelamento da prova presencial prevista para os dias 4, 5 e 6 de julho devido à pandemia do novo coronavírus. Esta decisão foi tomada pela comunidade escolar e o pessoal envolvido na realização do Vestibular 2020.2.

A instituição decidiu, também, que o processo seletivo para a oferta das 60 vagas para o curso de medicina do Campus de Araranguá e das vagas remanescentes do Vestibular 2020, em diversos cursos de graduação, será por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) das edições de 2017, 2018 ou 2019. Os interessados devem ficar atentos ao calendário do processo seletivo, bem como o regramento do certame, que será publicado no site da Coperve após o retorno das atividades de ensino presencial.

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Ainda era domingo, 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu publicamente que uma foto da proposta de redação tinha vazado. Como a divulgação nas redes sociais só foi feita quando os participantes já estavam fazendo as provas, o posicionamento do ministério foi manter o Enem. “Tudo segue normal”, disse o ministro no evento que se configurou como o primeiro em uma sequência de erros e polêmicas. 

Meses depois, em 17 de janeiro de 2020, com os vazamentos sendo investigados pela polícia e pouco antes de divulgar as notas dos participantes, Weintraub afirmou que em 2019 o primeiro exame da gestão Bolsonaro foi “o melhor Enem de todos os tempos” e tentou justificar sua satisfação: “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", disse o ministro. 

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A divulgação dos resultados dos participantes, que começaram a questionar as notas baixas demais para o número de acertos, forçou o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a admitir a inconsistência nas notas de cerca de seis mil estudantes que fizeram as provas do Exame

Em meio a batalhas judiciais contra as notas do Enem, o calendário do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas do Governo Federal que chegaram a ser suspensos por liminares, os participantes do Enem passam a desconfiar cada vez mais da segurança da prova, enquanto na visão de Alexandre Lopes, presidente do Inep, o erro nas notas “não foi significativo”. Diante disso, cabe o questionamento: Afinal foi mesmo o melhor Enem de todos os tempos, como avalia o ministro da Educação? 

Paulo Uchôa/LeiJáImagens/Arquivo

Estado de letargia

Ao avaliar os resultados do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub afirmou que esta edição do exame “fecha uma grande era”, além de afirmar que não houve polêmica nem “ideologia”. Questionada sobre como analisa o posicionamento do governo, a professora de português, redação e literatura Fernanda Pessoa lembra que as controvérsias começaram muito antes dos erros nas notas, quando, por exemplo, temas como a Ditadura Militar não aparecem na prova. Ela também apontou outras contradições. 

“Quando o tema da redação foi democratização do acesso ao cinema no Brasil, o país passando por uma fase de retirada de investimento do cinema, da Ancine, da cultura. Primeiro ponto completamente controverso é discutir democratização de acesso ao cinema em um momento em que não se tem investido em arte. Principalmente dentro da análise do preconceito ideológico, do que já aconteceu de censura”, explicou a professora.

Comparando o caso de 2019 com erros do Enem de outros anos, Fernanda explica que “já tinha tido um vazamento no Enem há muito tempo só que na época reconheceram o erro e cancelaram o exame. Este ano a sensação que eu tenho, se eu tivesse que resumir tudo numa palavra seria letargia”.

Ela continua, explicando que “existem empresas no Brasil que são especialistas em calibragem da TRI, na minha opinião é a única forma de tornar o processo transparente. (...) Eu acho que todos os erros deste ano não se comparam. Na minha opinião, erro de retirada de conteúdo importante, o erro da nota, vazamento de resultado antes da hora e o não reconhecimento. Eu acho que o mais complicado é você não aparecer para explicar o que está acontecendo e não haver nenhum tipo de investigação”. 

Para a professora, o abalo emocional sofrido pelos estudantes é, com certeza, a maior consequência de todos os problemas constatados no Enem 2019. “Eu recebi aluno que o sonho foi medicina a vida toda, foi para agronomia. Outra o sonho era medicina, mas passou em direito, foi para direito na federal. Tanto a gente vai ter mais um profissional frustrado porque tá indo para uma área porque a nota deu como tem chance de esse menino entrar na faculdade, começar a cursar, depois abandonar a vaga, volta pro cursinho e a vaga fica ociosa”, disse Fernanda. 

Antônio Cruz/Agência Brasil

“O ministro, aparentemente, está despreparado”

Para o professor de redação e linguagens Isaac Melo, a avaliação que o ministro da Educação faz a respeito do Enem 2019 “não é verdade”. “Imagina a seguinte situação: eu faço um concurso envolvendo milhões de pessoas em todo o Brasil, que para a sua execução gasta milhões de reais, e ter a clareza de seu resultado questionado. Como assim? Como é que eu corrijo uma prova de uma cor, tendo o sistema entendido que é outra? Isso é um problema gravíssimo!”, criticou ele. 

O professor Isaac afirma que é difícil pensar em perfeição ao organizar uma prova do tamanho do Enem, mas que se faz necessário buscar minimizar as falhas e responder melhor a problemas e tentativas de fraude.

“Já houve uma edição do Enem em que a prova foi vazada. Quando a gente tem uma prova de redação, uma fotografia que sai antes, significa que por trás existe um crime de determinada pessoa e fica-se questionando se a prova vai ou não ser aplicada, se a pessoa acertou ou não aquele tema. Mas, dessa vez, dois problemas me pareceram completo despreparo, falta de qualidade de um planejamento mais sério, falta de conhecimento e domínio do que seria a aplicação de uma prova da magnitude do Enem”, disse o professor. 

Ainda de acordo com Isaac, o descrédito dos estudantes em relação à segurança do Enem aumenta com o fato de que os erros cometidos na edição de 2019 não têm origem em fatores externos, mas no próprio esquema de logística do exame. “O erro que aconteceu foi da gráfica, o sistema de dentro da coisa errou, então isso significa dizer que existe um problema que não foi percebido a tempo. É um problema de dentro da própria ideia de estratégia logística de correção da prova, então é culpa do governo. O ministro, aparentemente, está despreparado para lidar com a pauta para a qual ele foi contratado, convocado e posto na condição de ministro da Educação”, disse o professor.

Entre os erros cometidos pelo governo em busca de uma solução para o problema, Isaac cita a demora para agir. “O governo quando não responde a todos os e-mails direcionados na tentativa de revisar a nota que foi tirada, então isso já vai descredibilizar e ao mesmo tempo aterrorizar [o estudante]. O que é sonho vira pesadelo”, declarou Isaac. 

Para devolver clareza e credibilidade ao Enem, e também ao Sisu, o professor Isaac Melo aponta a divulgação de quais questões são fáceis médias ou difíceis e suas respectivas pontuações conforme a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Além disso, o professor também defende um aumento da transparência da concorrência do Sisu durante o período de inscrição. 

“Supondo que um aluno está na posição 30 de um curso de medicina com 120 vagas, a gente tem que saber quem são essas 120 pessoas com nome completo, número de inscrição, nota e pesos. Este ano o sistema permitiu, por uma falha, que o aluno colocasse como primeira e segunda opção, a mesma faculdade e mesmo curso. Ele aparecia mais de uma vez, isso já deixava muito claro que havia um grave problema nesse processo de listão”, disse.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia federal vinculada ao MEC, em busca de uma posição sobre o debate levantado pela reportagem. No entanto, até o momento da publicação não obtivemos nenhum retorno.

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou em entrevista à Rádio Gaúcha que o problema com a correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atingiu cerca de 6 mil pessoas. Ainda segundo o ministro, o impacto é “baixo” e o problema será resolvido ainda nesta segunda-feira (20). 

“A gente já tem o número de pessoas e vai ser corrigido hoje à noite”, disse Weintraub. “Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas”, afirmou Weintraub. 

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Desde que o problema com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi constatado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma estar verificando e corrigindo as notas dos participantes prejudicados. Apesar da proximidade com o início das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), não haverá nenhuma alteração no cronograma do programa de acesso ao ensino superior.  

As inscrições para o Sisu, que seleciona estudantes através das notas do Enem para vagas em instituições de ensino superior públicas, terão início nesta terça-feira (21) e seguem até a próxima sexta-feira (24), em seu site oficial. De acordo com informações oficiais divulgadas no site do Inep, o motivo para não adiar o período de inscrições é que o trabalho da força-tarefa do instituto será concluído nesta segunda-feira (20), sem prejuízos aos estudantes ou ao andamento do Sisu. 

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“O Inep tranquiliza os participantes do Enem 2019 e informa que segue o trabalho de varredura na base de dados para detectar e solucionar cada um dos casos individualmente. O instituto informa ainda que todo o trabalho será finalizado até segunda-feira, 20, e, portanto, sem nenhum prejuízo em relação ao cronograma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Nenhum participante será prejudicado”, declarou a autarquia ligada ao MEC.   

Entenda o caso

Após a liberação das notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, vários estudantes reclamaram de notas demasiadamente baixas nas redes sociais. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) admitiu que uma falha da gráfica contratada pelo Ministério da Educação (MEC) causou inconsistências nas notas de parte dos alunos na tarde de sábado (18).

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As notas dos estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 serão divulgadas na próxima sexta-feira (17). Além de controlar a ansiedade, nos dias que antecedem o resultado os feras precisam entender como a nota é calculada, se organizar para planejar os próximos passos e ficar por dentro das novidades para o próximo Enem. 

Diferentemente dos vestibulares tradicionais em que cada questão vale o mesmo número de pontos, o Enem utiliza outro conjunto de modelos matemáticos, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), para determinar a nota dos participantes. 

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De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a TRI permite comparar diferentes edições do ENEM e é calculada a partir de uma régua que mede o nível de conhecimento dos estudantes. Os concluintes de 2009 estavam no meio dela, com 500 pontos, e as perguntas que têm nível de dificuldade abaixo de 500 na régua são consideradas fáceis, enquanto as que passam esse patamar são consideradas difíceis.    

Em cada prova, o participante deve conseguir respostas consistentes, ou seja, se acerta questões mais difíceis, também deve apresentar êxito nas mais fáceis. Quando o aluno erra uma questão fácil e acerta outra considerada difícil, de acordo com a TRI, há a possibilidade de “chute”, reduzindo a pontuação dada à questão. Por essa razão, é possível que participantes com o mesmo número de acertos tirem notas diferentes.  

Após ver os resultados, muitas vezes os estudantes obtêm notas menores do que esperavam e ficam frustrados com os resultados alcançados, julgando que a nota obtida foi baixa. De acordo com a professora de redação e linguagens Josicleide Guilhermino, a avaliação da nota deve se basear não apenas no curso desejado, mas também no programa de acesso ao ensino superior no qual o aluno irá se inscrever. 

“Por exemplo, o candidato que deseja se inscrever no Prouni precisa ter pelo menos, uma média geral mínima de 450 pontos para ele se inscrever e vai subindo a depender do curso. No Fies também 450 pontos no mínimo, mas a cada semestre as exigências se modificam. O Sisu é o mais buscado porque ele é acessado através do Enem e não existe uma pontuação mínima, mas só seleciona os melhores candidatos, por ser nacional”, explicou a professora. 

 Ainda de acordo com Josicleide, no caso do Sisu, por exemplo, uma boa forma de os alunos terem ideia de em que patamar está a sua nota em relação à concorrência é analisar as notas de corte para aprovação na instituição e no curso desejado no ano anterior. “Cursos como medicina, engenharia e direito costumam ter médias acima de 700. Já outros cursos, como as licenciaturas giram em torno de 550, então o critério de desempenho varia de estudante para estudante porque isso depende do curso que ele deseja e a instituição que pretende estudar”, afirmou ela. 

A nota do Enem oferece várias possibilidades de utilização para o estudante que fez a prova. Desde forma de ingresso em instituições de ensino superior públicas e privadas no Brasil, programas de financiamento estudantil até a seleção para universidades estrangeiras, os estudantes devem ficar atentos a todas as opções disponíveis para o seu perfil. 

Sistema de Seleção Unificada (Sisu)

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é uma plataforma online que seleciona estudantes duas vezes por ano para universidades públicas e institutos federais em todo o território nacional. Para participar da edição do primeiro semestre de 2020, que terá 237.128 vagas em cursos de graduação, distribuídas entre 128 instituições, é necessário ter feito o Enem 2019 e obter nota maior que 0 na redação. As inscrições devem ser feitas a partir da próxima terça-feira (21) até o dia 24 de janeiro através do site do Sisu. Para fazer login no sistema, os estudantes devem digitar o número de inscrição e senha do Enem, que podem ser recuperados pela Página do Participante

Através do site do Sisu, os estudantes poderão pesquisar as vagas nos cursos,  instituições de ensino e turnos desejados, selecionando duas opções de curso para a qual podem concorrer simultaneamente. É necessário lembrar que a prioridade de seleção e aprovação será para a primeira opção que estiver selecionada ao final do prazo de inscrições do sistema de seleção, não sendo permitido se matricular no curso da segunda opção caso o candidato seja aprovado na primeira. Os candidatos que não forem classificados ao final do processo podem optar por aguardar na lista de espera. 

Vestibulares

Muitas instituições de ensino superior privadas no Brasil têm suas próprias provas de vestibular, mas também dão aos candidatos a opção de ingresso através da nota do Enem. Dessa maneira, o estudante faz as provas do exame, apresenta suas notas à instituição após um cadastro e, em caso de aprovação, pode iniciar o curso. 

Programa Universidade Para Todos (Prouni) 

O Programa Universidade Para Todos (Prouni) concede bolsas integrais e parciais a estudantes egressos de escolas públicas com renda per capita familiar máxima de até três salários mínimos em instituições privadas de ensino superior. Além disso, os estudantes devem ter feito o Enem, com nota mínima de 450 pontos em cada prova e maior que 0 na redação. 

Em 2020.1, as inscrições devem ser feitas de 28 a 31 de janeiro no site do Prouni. A divulgação do resultado da primeira chamada será realizada em 4 de fevereiro. O período de comprovação das informações fornecidas na inscrição vai de 4 a 11 de fevereiro. 

O prazo para registro no SisProuni e emissão dos termos pelas instituições (primeira chamada) vai de 4 a 14 de fevereiro, com divulgação dos resultados da segunda chamada em 18 de fevereiro. Já o período de comprovação de informações e eventual processo seletivo próprio das instituições de ensino na segunda chamada vai de 18 a 28 de fevereiro. Já o registro do SisProuni será de 18 de fevereiro a 3 de março. 

Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem por objetivo financiar o pagamento de cursos superiores privados avaliados positivamente pelo Ministério da Educação (MEC) que realizem a adesão ao programa. 

Os estudantes que atenderem aos critérios de renda terão o valor do curso custeado de forma parcial ou integral por uma instituição financeira e, após terminar os estudos, um prazo para pagar o valor. Também é necessário ter feito o Enem e obtido média maior ou igual a 450 nas provas de múltipla escolha, sem zerar a redação. 

Atualmente, o programa tem duas modalidades: O Novo Fies com juro zero, para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; já o P-Fies tem uma escala de financiamento que varia conforme a renda de cada candidato, para estudantes com renda familiar per-capita de até cinco salários mínimos. 

No primeiro semestre de 2020, as inscrições serão realizadas de 5 a 12 de fevereiro no site do Fies. O resultado será divulgado no dia 26 de fevereiro e o prazo de complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados vai de 27 de fevereiro a 2 de março. Já a pré-seleção em lista de espera será de 28 de fevereiro a 31 de março. 

Universidades Estrangeiras

Além de entrar no ensino superior brasileiro, os estudantes que fazem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm a possibilidade de utilizar a nota como processo de ingresso para universidades estrangeiras. Entre as universidades de fora do Brasil que aceitam as notas do Enem, a maioria está em Portugal, mas também há opções em outros países, como no Reino Unido, Irlanda, França, Canadá e Estados Unidos.

Enem Digital

Para este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá novidades, sendo a realização do projeto piloto do Enem Digital a principal delas. A medida foi anunciada pela primeira vez em julho de 2019 pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, que previu a aplicação da prova digitalizada em 2020 para 100 mil alunos, com um custo de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Por enquanto, a adesão ao formato digital é opcional para os participantes, mas o desejo do ministério é que a partir de 2026 todos os participantes façam a prova digitalizada. As cidades que têm previsão de aplicação do projeto piloto são Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). 

A expectativa do governo é que a prova digital inclua vídeos, infográficos e a lógica dos games. No entanto, o MEC reconhece que ainda há desafios ao projeto. "Para podermos fazer o Enem Digital, temos que ter escolas conectadas", disse o ministro da Educação, durante coletiva de imprensa em novembro de 2019. Por essa razão, na mesma época, o governo anunciou outro programa, o Educação Conectada Terrestre, para implementar internet de fibra óptica em cerca de 24.500 escolas. 

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Estudantes oriundos de escolas públicas, com idade de 18 a 21 anos, poderão utilizar notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CHN). Essa é uma das propostas do Projeto CNH Social, aprovado nessa quinta-feira (10) pela Assembleia Legislativa de Goiás.

O objetivo da iniciativa é qualificar e habilitar cidadãos de baixa renda para propiciar acesso gratuito à primeira Carteira Nacional de Habilitação. A isenção contemplará taxas do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), bem como de aulas teóricas e práticas.  

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“A segunda e definitiva votação no plenário da Casa definiu o fim da tramitação da proposta no legislativo. Com um maciço apoio da base aliada, o projeto, enviado pelo governador Ronaldo Caiado e proposto pelo Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), foi aprovado pelos 33 deputados estaduais presentes no plenário nesta tarde”, detalhou o Detran-GO.

O projeto, caso seja aprovado, será dividido em três categorias: Estudantil, Rural e Urbana. No que diz respeito à modalidade Estudantil, cuja intenção é selecionar os candidatos por meio das notas obtidas no Enem, as vagas deverão ser preenchidas conforme o desempenho dos estudantes no Exame.

Cidadãos com mais de 21 anos poderão ser beneficiados com o CNH Social Rural. Eles devem ter, no mínimo, o ensino fundamental, bem como precisam ter desempenhado atividade rural e comprovar declaração de aptidão do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf – pessoa física).

Na categoria Urbana, o projeto prevê beneficiar “inscritos no Cadastro Único dos programas sociais governamentais”. Além disso, “as vagas serão destinadas a quem preencher os critérios sociais, for maior de 21 anos e tiver o ensino fundamental”. Outra exigência é que os candidatos não tenham sido condenados judicialmente nas esferas cível ou criminal e que não tenham renda familiar maior que dois salários mínimos.

O projeto seguirá agora para o Poder Executivo. A previsão é que seja sancionado pelo governador de Goiás Ronaldo Caiado. Havendo a aprovação, deverão ser beneficiadas, a princípio, 8 mil pessoas.

A Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) divulgou edital que disponibiliza 687 vagas em 40 cursos superiores diferentes para candidatos que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2011 e 2018. As inscrições devem ser feitas pela internet até 23h59 desta quarta-feira (19).

Para efetuar a inscrição, que é realizada por meio do site da instituição de ensino, é necessário que o candidato tenha em mãos o CPF, número de inscrição do ano que tenha feito o Enem e a renda familiar. Das 687 vagas, 406 são de ampla concorrência, 176 para candidatos pretos/pardos e 105 para candidatos indígenas. Para concorrer, é necessário que o candidato tenha atingido nota mínima de 300 pontos.

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Ao todo, 15 campi diferentes têm graduações disponíveis. Entre os cursos oferecidos estão pedagogia, ciências biológicas, administração, química e letras. Confira todos os cursos e quantidade de vagas para ampla concorrência e cotas no edital do exame. Em caso de empate, o desempate será definido, respectivamente, pela menor renda familiar, maior nota da redação, maior nota na prova de linguagens, matemática, ciências da natureza e, por fim, ciências humanas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na manhã desta quinta-feira (20) microdados referentes ao desempenho de cada escola com mais de dez inscritos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2005 e 2015.

Os dados detalhados foram divulgados em tabela, que designava a média geral das provas de Ciências Humanas, Linguagens, Ciências da Natureza, Matemática e Redação de acordo com cada ano. No caso da prova de Matemática e suas Tecnologias, o estado com mais escolas no top 10 foi Minas Gerais, com quatro colocados. Oito das dez escolas são de autarquia federal. As outras duas, de autarquia estadual.

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A maior média entre as escolas segundo os dados mais recentes, de 2015, foi 772,63, alcançada pelo Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Além de MG, os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e São Paulo também fazem parte da lista. Confira:

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A Universidade de Porto, em Portugal, está selecionando estudantes brasileiros com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os cursos podem oferecer descontos de até 50% nas mensalidades, a depender do desempenho do participante.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC) do Brasil, os estudantes precisam pagar uma taxa de 100 euros para cada graduação escolhida, bem como devem comprovar nacionalidade brasileira. Eles ainda não devem residir em Portugal há mais de dois anos, entre outras exigências. 

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Os interessados devem se inscrever até 2 de fevereiro por meio do site oficial da universidade. Conheça os cursos, exigências e investimentos para participação nas graduações

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