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Usados quando Jair Bolsonaro queria fazer fotos e ter um contato mais próximo com apoiadores, os cercadinhos foram uma das marcas do governo passado. Nove notas fiscais pagas com o cartão corporativo apontam que o ex-presidente gastou pelo menos R$ 44.364,59 com os gradis. 

O gasto total ainda depende da digitalização de todo os comprovantes, mas indicam que Jair Bolsonaro contratou o cercadinho até quando esteve de férias em Santa Catarina. Na ocasião, a estrutura custou mais de R$ 12 mil e foi montada em frente ao Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul. Na mesma viagem, Bolsonaro usou um jet-ski da Marinha para se divertir. 

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O cercadinho também foi usado em aeroportos e na entrada de locais dentro e fora da agenda oficial do ex-presidente. Nos momentos mais graves da pandemia do coronavírus, Bolsonaro provocava aglomerações e desestimulava o uso de máscaras. Já durante a campanha do ano passado, ele chegou a tropeçar e cair em uma das grades. 

De férias nos Estados Unidos, Bolsonaro não comentou sobre as primeiras revelações dos seus gastos com o cartão corporativo. Diariamente ele publica conteúdos sobre sua gestão nas redes sociais. 

O Microempreendedor Individual (MEI) é uma sigla que se refere aos profissionais autônomos que administram seu próprio negócio e são formalizados de acordo com a legislação federal.

Os requisitos exigidos para se tornar um MEI incluem possuir renda fixa anual de até R$ 81 mil; não possuir filial da empresa; contratar, no máximo, um funcionário, que receba até um salário-mínimo ou o piso da categoria; não se tornar titular, sócio ou administrador de outra empresa; e se encaixar em uma das ocupações permitidas.  

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A emissão de nota fiscal é uma das etapas que integram o processo de transação comercial. Em relação ao MEI, esse procedimento é dispensado para o consumidor pessoa física, exceto quando solicitado, consoante o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Caso o comprador da mercadoria ou serviço for uma pessoa jurídica, a emissão de nota fiscal é obrigatória, e pode ser realizada por ambas as partes. Confira os principais tipos de nota fiscal e como emiti-las: 

Nota Fiscal Avulsa e Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) 

A Nota Fiscal Avulsa é emitida individualmente, e é indicada para empreendedores que não vendem com grande frequência, ou não têm obrigatoriedade de concedê-los. Os profissionais devem solicitar uma autorização na Secretaria do Estado da Fazenda (Sefaz), e conferir as regras para cada estado. 

Já a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica corresponde ao mesmo serviço, mas é concedida apenas quando o órgão da região oferta de maneira virtual. 

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) 

Trata-se de um comprovante de compra e venda de produtos, e pode ser utilizado por qualquer empresa que possuir CNPJ ou CPF + IE (produtor rural) e seja credenciada pela Sefaz. O Serviço Brasileiro de Empreendedorismo (Sebrae) oferece um programa de emissão gratuita para todo o país.

Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) 

Consiste em um documento digital, que visa comprovar as vendas presenciais ou venda para entrega em domicílio em operações internas, sem geração de crédito de Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMs). Para adquirir a NFC-e, ela deve ser validada pela Secretaria da Fazenda e emitida por um programa emissor da nota fiscal, que pode ser encontrado na internet.  

Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) 

Essa nota fiscal é utilizada para o registro de prestação de serviços, e pode ser utilizada por qualquer empresa que possua CNPJ e seja contribuinte do Imposto Sobre Serviços (ISS). O processo de emissão deve ser realizado através da Secretaria de Finanças do município.  

A partir de 2023, haverá uma padronização nacional que irá facilitar a vida dos empreendedores, permitindo que a NFS-e seja emitida por um único meio em todo o país, o site do Simples Nacional.

Levantamentos preliminares feitos pelos auditores internos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mostram que a instituição gastou cerca de R$ 100 mil em vinhos durante a gestão de Rogério Caboclo, presidente afastado da entidade após denúncias de assédio moral e sexual. Relatório com notas fiscais obtido pelo Estadão registra a aquisição de 171 garrafas de vinho com valores unitários que variavam de R$ 250 a R$ 1,8 mil.

As maiores compras dos vinhos foram registradas em maio de 2020, de R$ 14 mil, e julho do mesmo ano, de R$ 16 mil. Uma outra nota fiscal com valor total com dois dígitos, R$ 10 mil, foi emitida no último dia 30, após a decisão da Comissão de Ética da CBF de afastar Caboclo da presidência da instituição por 30 dias. No último dia 3 de julho, o afastamento foi prorrogado por mais 60 dias.

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Por meio de nota, Rogério Caboclo afirmou que os vinhos comprados estão dentro de seu valor de mercado e que as compras ocorreram para abastecer eventos sociais. "A gestão do presidente Rogério Caboclo na CBF cortou despesas e aumentou a receita da entidade. Para isso, um dos critérios adotados foi o da eficiência nos gastos. Os vinhos comprados estão todos dentro de seu valor de mercado. As aquisições ocorreram para abastecer eventos sociais, que são comuns e frequentes na entidade", informou a assessoria de Caboclo.

As garrafas de vinho compradas pela CBF são citadas no depoimento prestado à Comissão de Ética do Futebol Brasileiro por uma vítima de assédio moral e sexual de Rogério Caboclo. O documento foi compartilhado com o Ministério Público Federal.

Como mostrou o Estadão, das cinco páginas que compõem o depoimento, duas são dedicadas aos relatos de suposto comportamento alcoólatra por parte de Rogério Caboclo. De acordo com a depoente, o presidente afastado da CBF ingeria bebidas alcoólicas durante o expediente na sede da instituição e em compromissos externos.

O documento registra ainda que o suposto vinho escolhido por Caboclo era o português "Cartuxa Reserva", que as garrafas eram custeadas pelo setor de compras da CBF, e que o diretor financeiro não era consultado sobre as compras que eram autorizadas diretamente pelo presidente afastado.

As notas fiscais obtidas pela reportagem registram a compra de 126 garrafas do vinho mencionado no depoimento da vítima que denunciou os supostos abusos de Caboclo. Das 18 notas que constam no relatório preliminar feitos pelos auditores internos da CBF, 16 mencionam o vinho caracterizado como o preferido do presidente afastado da instituição.

Na mesma nota enviada à reportagem, Caboclo voltou a afirmar que foi afastado da CBF sem "direito à defesa". "Vale destacar que o presidente Rogério Caboclo foi afastado da presidência sem sequer ter direito a apresentar defesa. O ex-presidente da CBF Marco Polo Del Nero, que foi banido do futebol, tenta retomar o controle da CBF por meio de laranjas e, para isso, organizou um complô para retirar Caboclo do cargo, inclusive com o uso de dossiês com conteúdo falso."

A Receita Federal identificou que as vendas registradas por meio de notas fiscais eletrônicas em todo País reagiram em junho e atingiram o maior patamar do ano, com uma média diária de R$ 23,9 bilhões. O crescimento chegou a 15,6% na comparação com maio e a 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Essas notas funcionam como um "termômetro" da atividade econômica porque registram negócios que ocorrem diariamente.

Depois do fundo do poço observado em abril devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus, o secretário da Receita, José Tostes, avalia que os dados do registro diário das notas fiscais em todas as regiões sinalizam o início de uma recuperação importante, embora ainda "aquém" do que o País precisa.

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O mais importante, segundo ele, foi a reversão da tendência de queda brutal de abril. "É um retrato da economia real. O que está registrado aqui é o que foi vendido", ressalta.

O mapeamento diário das vendas para mensurar o impacto do coronavírus, ao qual o Estadão teve acesso, mostra também que nem todas as empresas foram impactadas negativamente. Um grupo de 200 mil empresas conseguiu manter o volume de vendas mesmo durante a pandemia. Entre os setores nesta condição estão construção civil , informação e comunicação, supermercados e farmácias, além da agroindústria e da indústria extrativa e de transformação.

A alta das compras públicas pelo governo federal, Estados e municípios para atender às necessidades das medidas de combate e tratamento da covid-19 - como construção de hospitais de campanha, compra de equipamentos e contratação de pessoal - também ajudou.

Outro fator que segurou as vendas foi o próprio programa de auxílio emergencial de R$ 600, distribuído à população mais vulnerável, e que atendeu as necessidades imediatas de consumo dos mais pobres que ficaram sem renda.

Os dados da Receita mostram que as quantidades de notas fiscais eletrônicas emitidas ficaram em junho acima dos níveis anteriores ao impacto da covid-19, ocorrido em março. No acumulado do ano, as vendas em 2020 e 2019 se equivalem, em termos reais.

A melhora já havia começado em maio, quando as vendas cresceram 9,1% em relação a abril, mas ainda apresentavam queda de 16,8% ante o mesmo mês do ano passado. Após o pico de R$ 180 bilhões de vendas na última semana de maio, as semanas de junho mostraram vendas superiores a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi (R$ 137 bilhões). A última semana de junho registrou vendas de R$ 177 bilhões.

'Trajetória'

As quantidades de notas fiscais eletrônicas subiram gradualmente após o choque da covid-19 (na 13.ª semana) e permanecem maiores do que no início do ano. "Precisaremos de mais tempo e de muitas outras medidas para retomar uma trajetória sustentável de crescimento, porém, essa reversão foi importante e a constatação de que o fundo de poço foi em abril", ressalta o secretário da Receita.

As notas incluem as vendas das empresas para administração pública; de companhia para companhia como, por exemplo, de um distribuidor para uma atacadista; e as vendas das empresas diretamente para o consumidor final. Um convênio assinado com os Estados vai permitir a inclusão dos dados do varejo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, passou a semana reforçando o discurso de que os primeiros indicadores mostram recuperação da economia brasileira em junho. "Abril foi o fundo do poço, em maio começou ligeira recuperação e junho acelerou", disse ele na sexta-feira, durante evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib).

Ele tem cobrado da equipe dados mais aprofundados sobre o movimento de recuperação econômica depois da pandemia. Como mostrou o Estadão, ele vai criar uma secretaria especial sobre estudos econômicos, reunindo IPEA, IBGE e a Secretaria de Política Econômica.

Web dita ritmo de negócios

O isolamento social durante a pandemia da covid-19 fez disparar as vendas pelo comércio eletrônico. Em junho, o crescimento das notas fiscais eletrônicas referentes a vendas pela internet chegou a 73% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo o secretário da Receita Federal, José Tostes, o comércio eletrônico foi a grande força motriz das compras, que deixaram de ser feitas presencialmente nos grandes centros comerciais. A média diária chegou a R$ 670 milhões durante o mês passado.

O crescimento do comércio eletrônico já estava forte antes da pandemia e, com o isolamento e o fechamento do comércio, ganhou ainda mais força. "Certamente vai continuar depois da pandemia. É uma adaptação a uma nova cultura, assim como estamos nos adaptando ao trabalho remoto", disse o secretário.

Segundo Tostes, a tendência de crescimento do comércio eletrônico vai continuar porque novos hábitos estão sendo criados. "Há um longo caminho a percorrer, mas estamos na direção certa no rumo da recuperação."

Como mostrou reportagem do Estadão, em pouco mais dois meses de pandemia foram abertos 107 mil novos estabelecimentos criados na internet, segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), entre 23 de março e 31 de maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Jair Bolsonaro encheu o tanque do carro com mais de mil litros de gasolina comum. Exatamente 1.003,46 litros.

Ao menos é o que está na nota fiscal de um posto na Barra da Tijuca (Auto Serviço Rocar), zona oeste do Rio de Janeiro. Emitida em 7 de janeiro de 2009, com valor de R$ 2.608,00 na ocasião, corrigidos para R$ 4.833,38 atuais (IGP-M do último mês de fevereiro). Embora não exista carro com tal capacidade no tanque, foram reembolsados sem objeção pela Câmara como parte da “cota parlamentar” do então deputado federal pelo PP, partido de Paulo Maluf. Dinheiro público.

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Nota fiscal:

Reembolso da Câmara:

Os altos valores em notas fiscais para reembolso de combustível do agora presidente não ficaram por aí.

A reportagem cruzou os dados entre a base de dados públicos do congresso, as notas fiscais de cada abastecimento apresentadas por Bolsonaro, obtidas via “Lei de Acesso à Informação” da Câmara dos Deputados (que funciona com independência da LAI do governo federal) e dos relatórios do serviço de reembolso da “Coordenação de Gestão Parlamentar”, subordinada ao “Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade da Câmara”.

Em onze idas a dois postos de gasolina do Rio, o Rocar (Barra da Tijuca) e o Pombal (Tijuca), entre 7 de janeiro de 2009 e 11 de fevereiro de 2011, o então deputado usou o equivalente a R$ 45.329,48 (valor corrigido pelo IGP-M a partir da soma de cada nota. Ver tabela abaixo). Uma média de R$ 4.120,86 a cada ida nesses dois postos.

O cruzamento de dados entre notas fiscais, reembolsos e presença em plenário revela uma série de outros fatos: o abastecimento em dois diferentes postos do Rio no mesmo dia, apesar dos muito litros comprados. E mostra também datas em que abasteceu no Rio mas as votações do congresso revelam presença em Brasília.

Como no dia 14 de abril de 2009, em que solicitou nota do Posto Pombal (Tijuca) no valor de R$ 2440,20 (R$ 4.564,38 atuais pelo IGP-M de fevereiro) e, apesar dos 938,90 litros consumidos (e reembolsados), teve outro abastecimento feito em seu nome, CPF, endereço e cota parlamentar. No mesmo dia. O outro foi em Jardim Sulacap (Posto Romântico), zona oeste do Rio, valendo R$ 134,77 (R$252,09 corrigidos). No entanto, nessa mesma data em que apresentou gastos com cerca de mil litros de gasolina para reembolso com dinheiro do contribuinte em dois estabelecimentos do Rio, o então deputado federal pelo PP, de Paulo Maluf, estava em Brasília, onde assinou presença na Sessão Ordinária Nº 67 da Câmara.

Nota fiscal:

Reembolso da Câmara:

Assim como no dia 14 de abril de 2009, aquele dos mil litros em abastecimento nos postos da Tijuca e de Jardim Sulacap estando em Brasília, a história se repetiu diversas vezes.

No dia 2 de junho de 2009, quando realiza despesa de R$ 2542,00 (R$ 4.765,28 atuais) no Posto Rocar carioca, Jair Bolsonaro estava presente na Sessão Extraordinária Nº 133, em Brasília.

Também em 28 de outubro de 2009, a nota de R$ 1.818,00 (R$ 3.424,20 atuais), emitida no Auto Posto Pombal do Rio para abastecimento de 691,52 litros, encontra o deputado na Sessão Extraordinária Nº 296 do congresso.

Nota fiscal:

Reembolso da Câmara:

AS 11 NOTAS DE JAIR BOLSONARO:

5 NOTAS AUTO POSTO POMBAL:

14 de Abril de 2009: R$ 2440.20 corrigido pelo IGP-M: R$ 4.564,38

21 de Setembro de 2009: R$ 2479.00 corrigido pelo IGP-M: R$ 4.688,80

28 de Outubro de 2009: R$ 1818.00 corrigido pelo IGP-M : R$ 3.424,20

12 de Fevereiro de 2010: R$ 1550.60 corrigido pelo IGP-M: R$ 2.905,47

11 de Fevereiro de 2011: R$ 1885.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.167,80

Total Auto Posto Pombal: R$ 18.750,65

6 NOTAS POSTO ROCAR:

7 de janeiro de 2009: R$ 2.608,00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.833,38

26 de março de 2009: R$ 2.600,00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.827,30

02 de Junho de 2009: R$2542.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.765,28

22 de Junho de 2009: R$ 2101.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.938,57

11 de Agosto de 2009: R$2076.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.698.20

4 de Junho de 2010: R$ 2510.00 Corrigido pelo IGP-M R$ 4.516,10

TOTAL ROCAR: R$ 26.578,83

TOTAL EM NOTAS POMBAL E ROCAR: R$ 45.329,48

11 notas entre abril de 2009 e fevereiro de 2011: média de R$ R$ 4.120,86 por abastecimento

A verba indenizatória existe desde 2001. Em 2009, novas regras foram estabelecidas pelo Ato da Mesa 43/2009, através do qual não está previsto o reembolso da cota de combustível para assessores parlamentares, não sendo assim possível que, nos dias em que aparece em Brasília para votação como registrado, tenha notas emitidas em seu nome no Rio de Janeiro.

O sobrenome Bolsonaro sofre investigações por mau uso de verbas parlamentares, conhecidas como “rachadinhas”. Flávio Bolsonaro, filho do presidente, atualmente senador pelo Rio de Janeiro, foi denunciado por fazer parte, segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, de uma organização criminosa onde cerca de R$ 2,3 milhões foram movimentados nesse esquema de “rachadinha”, em que funcionários do então deputado estadual devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.

Uma das peças principais do esquema apontado pelo MPE é Fabrício Queiroz, ex-policial militar, acusado de envolvimento com as milícias do Rio de Janeiro e homem de confiança de longa data de Jair Bolsonaro. Queiroz, a mulher e duas filhas foram empregados do gabinete de Flavio Bolsonaro. Na investigação da “rachadinha”, consta um cheque no valor de R$ 24 mil depositado por Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Outra peça importante no esquema era o ex-pm e envolvido com milícias Adriano da Nóbrega, assassinado esse ano.

Três diferentes endereços de Jair Bolsonaro aparecem nas notas fiscais reembolsadas com dinheiro público

Três diferentes endereços foram dados para emissão das notas fiscais nos postos de gasolina. Os três são confirmados como de Jair Bolsonaro. Um deles é o do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, o “Vivendas da Barra”.

Os outros dois estiveram no noticiário recente como partes de casos não esclarecidos por Bolsonaro. Um deles, na rua Maurice Assuf, na Barra da Tijuca, foi comprado em 2002 juntamente com sua então mulher, Ana Cristina Valle, mas não aparecia na declaração de bens do deputado nas campanhas seguintes.

Já outro endereço que aparece nos recibos é o da Rua Divisória, em Bento Ribeiro, subúrbio do Rio, onde morou com a ex-mulher, Rogéria Nantes, e três filhos até meados dos anos 90.

A casa seguiu como propriedade de Bolsonaro e foi declarada no valor de R$ 40 mil ao Tribunal Superior Eleitoral nas últimas eleições, tendo sido usada como comitê de campanha. Ficou conhecida depois que um áudio de Fabrício Queiroz foi obtido pela Folha de São Paulo, onde o “faz-tudo” do presidente comenta com terceiro que o amigo havia dito para exonerar Cileide Barbosa Mendes do gabinete do filho Carlos, onde constava como funcionária e pergunta ao interlocutor se ela seguia morando na casa de Bento Ribeiro. O objetivo da demissão do gabinete era desvincular o nome de Cileide de ligação com a família.

Outro lado:

Jair Bolsonaro: A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da República e enviou questionamento sobre os gastos de Jair Bolsonaro com combustível enquanto deputado mas não obteve resposta.

Postos Rocar e Pombal: A reportagem não conseguiu contato com os proprietários dos dois estabelecimentos.

Por Lúcio de Castro, da Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo

A Receita Federal apreendeu 2,7 mil encomendas sem nota fiscal durante a Operação Black Friday, realizada entre os dias 25 e 28 de novembro no Centro de Tratamento de Cargas e Encomendas dos Correios em Indaiatuba, Região Metropolitana de Campinas (SP).

O valor estimado das mercadorias, a maioria celulares e computadores, é de R$ 700 mil.

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Também foram apreendidos 200 gramas de ecstasy.

A operação teve apoio de cão de faro.

Em parecer enviado à Justiça, o Ministério Público Federal afirma que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), viola a Constituição do País ao manter em sigilo notas fiscais de gastos de senadores com verba da cota parlamentar.

Desde que assumiu a presidência do Senado, em fevereiro, Alcolumbre se recusa a atender a pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação (LAI) para que seu gabinete informe despesas com a verba parlamentar.

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No dia 18, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Alcolumbre briga na Justiça para manter as notas emitidas até junho em sigilo. Desde julho, por pressão de entidades da área da transparência e de líderes partidários, o portal do Senado passou a divulgar as cópias das notas fiscais. A decisão, no entanto, não é retroativa e os gastos de Alcolumbre e dos demais senadores anteriores a julho continuam em sigilo.

O Ministério Público Federal se manifestou no processo aberto na 1.ª Vara da Justiça Federal em Uberlândia (MG). No documento de oito páginas, ao qual o Estado teve acesso, o procurador da República Leonardo Andrade Macedo emitiu parecer favorável ao prosseguimento da ação popular e afirmou que Alcolumbre desrespeita a Lei de Acesso e que a advocacia do Senado "age de má-fé" ao defender, na Justiça, a manutenção do sigilo das notas.

"É inequívoco que o presidente do Senado viola diretamente os dispositivos constitucionais ao não disponibilizar informações quanto aos seus atos e dos demais senadores. Fica claro que está havendo o descumprimento das normas de acesso à informação e da transparência", diz trecho do documento.

Na ação, o Ministério Público ainda argumenta que Alcolumbre busca confundir a Justiça ao afirmar que a comprovação dos gastos com a verba indenizatória de gabinete, por se destinar à sociedade como um todo, "deve ser vista em contexto mais amplo, considerando prerrogativas específicas das atividades dos parlamentares".

"Tal raciocínio beira a má-fé. Ora, então toda verba pública, que, por princípio, se destina à sociedade, não deve ter seus gastos comprovados e informados nos portais da transparência?", questionou o Ministério Público na manifestação.

Desde que Alcolumbre assumiu a presidência do Senado, o setor de Transparência da Casa se negou a responder a 45 pedidos de informações, o triplo de negativas registradas no mesmo período dos três anos anteriores. O Senado e Alcolumbre não se manifestaram até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A General Shopping Brasil, rede responsável por Parque Shopping Maia, Internacional Shopping Guarulhos, Shopping Bonsucesso e Poli Shopping Guarulhos, propôs essa campanha com o intuito de arrecadar as notas fiscais dos clientes nas 1.300 urnas colocadas ao lado dos caixas das lojas para posteriormente, reverter a verba arrecadada para instituições carentes.

Essa ação beneficiará três instituições: a Associação Cristã de Moços (ACM/YMCA), em São Paulo, e em Guarulhos, o Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC), no bairro Uirapuru, local que auxilia crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, incentivando o esporte, atividades culturais e recreativas, e a Maternidade Jesus, José e Maria, hospital beneficente que já realizou mais de 75 mil partos humanizados em mulheres carentes.

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A participação na campanha é bem simples: basta depositar a nota fiscal sem CPF em qualquer uma das urnas, ao lado dos caixas ou nas praças de alimentação dos shoppings. As urnas ficarão disponíveis até o final do mês de outubro. (Por Caroline Nunes)

Ministério Público Estadual (MPE) ampliou a investigação contra o vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), suspeito de reter parte dos salários de seus funcionários juntamente com o assessor Edson Roberto Pressi, e agora apura a existência de um esquema de emissão de notas fiscais superfaturadas.

Na quinta-feira, 31, Erick de Almeida, que foi responsável por manter o site do vereador e as páginas nas redes sociais, afirmou ao promotor Cassio Conserino que foi obrigado por Pressi e Marquito a emitir suas notas mensais ao gabinete do vereador. O valor das duas era de quase R$ 7 mil. Ele ficava com R$ 3.900 e o restante era repassado para o vereador.

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Almeida prestou serviços de fevereiro de 2013 até janeiro deste ano. Ao todo, foram emitidas 162 notas fiscais e gastos quase R$ 167 mil, e praticamente 50% desse valor voltou para o gabinete, segundo a denúncia. Ele afirmou também que, como era tratado como funcionário do gabinete, foi obrigado a emitir uma nota extra para receber o 13º salário, que também teve parte do valor devolvido para o parlamentar.

Segundo Almeida, ele recebia os pagamentos em dinheiro de Pressi. Uma vez, o assessor o pagou por meio de transferência bancária. Segundo o promotor, a testemunha ainda disse que, se não emitisse as notas, seus serviços seriam suspensos. "Houve clara intenção de constranger a testemunha. Há indícios de concussão (extorsão praticada por funcionário público)."

Conserino já ouviu quatro testemunhas que relataram as irregularidades e forneceram seus extratos bancários. Marquito e Pressi são procurados pelo Estado desde o dia 24, mas se recusam a falar sobre as denúncias.

Câmara Municipal

Na quinta-feira, 31, em plenário, Marquito negou as acusações. Ele disse que vai exonerar a chefe de gabinete, que é mulher de Pressi, para apurar "com mais isenção os fatos". Segundo ele, as denúncias são "precipitadas e midiáticas". (Colaborou Fabio Leite)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após quase 15 dias de a Polícia Federal (PF) fazer buscas e apreensões na concessionária da família do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), no Recife, a defesa do parlamentar se manifestou nesta terça-feira (28). Foram enviados à imprensa comprovantes de depósitos bancários feitos pelo cliente Prime Refeições e Lanches LTDA na conta da empresa da família do deputado que motivaram a realização da investigação. 

Segundo os documentos, Cristiane Couto e Ivo Queiroz, donos da empresa Prime Refeições e Lanches LTDA, proprietária do restaurante Boungustaio, em Boa Viagem, compraram, em 2011, veículos na concessionária ADPL Motors, da família de Eduardo da Fonte, e fizeram – segundo comprovantes encaminhados à PF – dois depósitos, nos valores de R$ 30mil e de R$ 16.610,00 mil, como parte do pagamento. O restante foi financiado pela Caixa Econômica Federal.

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De acordo com alegação da defesa, o valor depositado pela Prime Refeições para compra dos veículos foi repassado pelo Posto da Torre (pivô da Operação Lava Jato). No entanto, a cópia da documentação de venda dos veículos foi entregue ao delegado da Polícia Federal e à justiça. Fora esse documentos, a defesa de Eduardo da Fonte também adiantou que outros pontos que o envolveram na Operação Lava Jato já foram esclarecidos à justiça.

A Prefeitura de Camaragibe, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, lança nesta sexta-feira (8) o Programa Educação Fiscal. A intenção da ação é destacar a importância social da arrecadação de notas fiscais.

Nesta manhã, está sendo realizada a solenidade de lançamento do Programa, no auditório da Prefeitura. Também será apresentado o concurso Nota 10, que tem como objetivo fazer com que as escolas municipais recolham notas fiscais no comércio municipal, no período que vai de hoje até 30 de novembro.

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Para fortalecer o recolhimento das notas fiscais, serão realizadas palestras nas escolas, cuja intenção é sensibilizar diretores, professores e alunos. A Prefeitura também destaca que os tributos recolhidos são investidos em saúde, educação, segurança, entre outros serviços públicos. 

No início de cada ano, o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) é sempre um nome presente na lista de pagamentos dos cidadãos brasileiros. Para reduzir o valor da taxa do imposto, uma medida, ainda pouco conhecida pelos recifenses, pode ser um auxílio financeiro dos mais atraentes. Exigir a inserção do número do CPF nas notas fiscais em diversos estabelecimentos possibilita um abatimento de até 50% do IPTU. 

O procedimento é simples: ao consumir em qualquer local que preste serviço, como escolas, estacionamentos, cabeleireiros, lojas e postos de gasolina, o contribuinte deve pedir a inclusão do CPF na nota fiscal. Durante todo o ano, as notas emitidas automaticamente geram crédito para descontar no valor do Imposto Predial. “Em novembro, abre-se a janela para a pessoa indicar em qual imóvel ela deseja ter o abatimento. Pode ser o imóvel de familiares, aqueles onde a pessoa é locatário”, informou o gerente geral da Secretaria de Finanças do Recife, Prosperino Sarubbi. 

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Contudo, para indicar o imóvel, o contribuinte precisa se cadastrar no site da Prefeitura do Recife. “Só entrar no site, no link da Nota Fiscal, e se cadastrar no sistema. Lá você escolhe o e-mail para receber o controle das notas emitidas, mesmo se não quiser imprimir, você gerencia”, contou Sarubbi. Segundo o gerente, a proposta da Prefeitura é mudar a cultura da população em não pedir nota, auxiliando, consequentemente, na reversão dos recursos para obras públicas na própria cidade. 

Prosperino afirmou que, de 2012 para 2013, o valor abatido no IPTU por conta da inclusão do CPF aumentou consideravelmente. Em 2012, o número passou dos R$ 2,5 milhões, enquanto que, no passado, o número quase atingiu a casa dos R$ 4 milhões. 

Sorteios – Outra medida para conscientizar a população a exigir as notas são os sorteios oferecidos para quem pôr o número do CPF. São quatro sorteios por ano, mas cada um com subdivisões de prêmios: R$ 50 mil, R$ 20 mil, R$ 10 mil e mais 500 premiações de R$ 50. Para estes não há necessidade de cadastro, já que o cupom é gerado automaticamente após a emissão das notas.

Estabelecimentos comerciais de Jaboatão dos Guararapes que não emitirem a Nota Fiscal Eletrônica do município serão multados. Segundo a Secretaria Municipal de Gestão Integrada, Fazenda e Administração, as empresas podem receber notificações no valor de R$ 500 por dia. Os contribuintes podem denunciar irregularidades no serviço de emissão do documento eletrônico através do telefone 0800-281-1925 ou pelo site da Prefeitura. 

O serviço começou a vigorar em todo o município no dia 2 de dezembro. Jaboatão se une às cidades do Recife, Cabo de Santo Agostinho e Olinda, únicas em Pernambuco a oferecerem a ferramenta. Para estimular a exigência por parte dos consumidores, aqueles que pedirem a inclusão do número do CPF na nota podem reduzir em até 50% as taxas do IPTU do ano de 2015.

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“É só pedir ao prestador do serviço o cadastro do CPF na nota que, automaticamente, é gerado crédito para o contribuinte. Vale lembrar que esta vantagem financeira só será possível para quem estiver em dias com seus tributos”, informou o secretário-executivo da Receita de Jaboatão, Eromir Moura. De acordo com o gestor, o procedimento é benéfico em três vieses: na economia dos moradores da cidade, na redução de custo com impressões das empresas e no maior controle por parte da Secretaria (todas as notas ficam registradas no sistema). 

Além dos descontos no IPTU, um programa intitulado “Nota Premiada” distribuirá prêmios para os contribuintes que incluírem o CPF nas notas fiscais. Anualmente, três sorteios distribuirão R$ 300 mil, cada um com prêmios individuais que variam de R$ 500 a R$ 100 mil. As datas dos sorteios em 2014 ainda não foram divulgadas. 

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