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O Relógio do Juízo Final, que mede simbolicamente o fim dos tempos, marcou, nesta terça-feira (24), que a humanidade jamais esteve tão perto do cataclismo planetário devido à guerra na Ucrânia, às tensões nucleares e à crise climática.

O Boletim dos Cientistas Atômicos, que descreve o relógio como uma "metáfora do quão próxima está a humanidade da autoaniquilação", moveu os ponteiros de 100 segundos para 90 segundos para a meia-noite.

A cada ano, a junta de ciência e segurança do Boletim e seus patrocinadores, entre os quais figuram 11 prêmios Nobel, tomam a decisão de reposicionar os ponteiros deste relógio simbólico.

Até agora, o mais próximo que esteve da meia-noite, a hora fatídica que esperam que nunca chegue, tinha sido 100 segundos. O relógio permaneceu nessa posição por dois anos, desde janeiro de 2020.

Mas as coisas pioraram. Em um comunicado, o Boletim afirma que, neste ano, adianta os ponteiros "devido, em grande parte, mas não exclusivamente, à invasão da Ucrânia por parte da Rússia e ao maior risco de uma escalada nuclear".

Também pesam "as ameaças contínuas representadas pela crise climática e o colapso das normas e instituições globais necessárias para mitigar os riscos associados com o avanço das tecnologias e as ameaças biológicas como a covid-19", acrescentou.

Quando o Relógio do Juízo Final foi criado, em 1947, depois da Segunda Guerra Mundial, faltavam sete minutos para a meia-noite. O relógio chegou a ficar a 17 minutos para o horário do apocalipse depois do fim da Guerra Fria, em 1991.

O Boletim dos Cientistas Atômicos foi fundado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, que produziu as primeiras armas nucleares.

O novo conjunto de regras da União Europeia que classifica as usinas de gás e energia nuclear como favoráveis ao meio ambiente receberam o "selo verde" do Parlamento Europeu nesta última quarta-feira (7). Essas fontes de energia foram reconhecidas como importantes para mudar os efeitos climáticos causados pelo excesso de carbono na atmosfera terrestre.

Em 2 de fevereiro de 2022, a Comissão aprovou, em princípio, um ato delegado climático complementar que inclui, em condições estritas, atividades específicas de energia nuclear e de gás na lista de atividades econômicas abrangidas pela taxonomia da UE.

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A União Européia destaca que os critérios para as atividades específicas de gás e nuclear "estão em consonância com os objetivos climáticos e ambientais da UE e ajudarão a acelerar a transição dos combustíveis fósseis sólidos ou líquidos, incluindo o carvão, para um futuro neutro do ponto de vista climático". 

Uma vez que a Comissão Europeia considera que o investimento privado em atividades relacionadas com o gás e a energia nuclear tem um papel a desempenhar na transição ecológica, propôs a classificação de determinadas atividades nestes domínios como atividades de transição que contribuem para atenuar as alterações climáticas.

A inclusão de determinadas atividades de gás e nucleares é limitada no tempo e depende de condições específicas e requisitos de transparência.

278 deputados votaram a favor da resolução, 328 votaram contra e 33 se abstiveram. Era necessária uma maioria absoluta de 353 eurodeputados para o Parlamento Europeu vetar a proposta da Comissão Europeia. Se nem o Parlamento nem o Conselho formularem objeções à proposta até 11 de julho de 2022, o Regulamento Delegado Taxonomia Climática da UE entrará em vigor e será aplicável a partir de 1 de janeiro de 2023.

No dia 27 de abril de 1986, Pripryat, uma cidade no centro-norte da Ucrânia, era evacuada em decorrência do desastre nuclear de Chernobyl. Conhecida por ser o centro habitado mais próximo da usina de Chernobyl, Pripryat se tornou uma cidade fantasma após o desastre no meio da década de 80. O nome da cidade é derivado de um córrego que passa próximo a região.

O acidente de Chernobyl é até hoje o maior acidente nuclear da história. A tragédia ocorreu na usina V. I. Lenin, na extinta União Soviética. Milhares de vidas foram perdidas durante o acontecimento e, segundo especialistas, esta passagem contribuiu para acelerar o fim já previsto da União Soviética.

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O acidente de Chernobyl aconteceu à 1h e 23 minutos da madrugada do dia 26 de abril de 1986. A falha que levou ao desastre aconteceu no reator 4 da usina de Chernobyl e, atualmente, é considerado como resultado de falha humana, uma vez que os  operadores descumpriram diversos passos do protocolo de segurança. Além disso, os reatores RBMK (usados na usina) tinham em seu projeto um grave erro estrutural, que permitiu que o desastre acontecesse.

O incêndio no reator 4 se estendeu durante dias. Após a explosão, o reator nuclear ficou exposto e o incêndio jogou na atmosfera uma grande quantidade de materiais radioativos. O vento foi responsável por espalhar o material radioativo na atmosfera, principalmente para o norte de Pripryat. Rapidamente os níveis de radiação puderam ser medidos em países próximos como a Polônia, Áustria, Suécia, Bielorussia e até em lugares mais distantes como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.

Segundo o relatório da ONU, o acidente radioativo foi responsável pela morte de cerca de 4 mil pessoas, incluindo vítimas decorrentes de sequelas da radiação nuclear. Ativistas ecológicos como o Greenpeace sustentam que o número de mortes pode ter atingido os 93 mil.

As autoridades soviéticas realizaram um esforço para abafar a repercussão e as testemunhas que poderiam ter informações sobre o acidente, porém, diversos anos depois autores e produções audiovisuais se dedicaram a aprofundar o conhecimento sobre o acidente. O livro de Svetlana Alexijevich, Vozes de Tchernóbil, se dedica a ouvir testemunhas e sobreviventes do acidente de Chernobyl, como bombeiros, oficiais e moradores envolvidos no desastre. Outra produção mais recente da HBO+ é a série “Chernobyl”, que acompanha cronologicamente as horas que precedem e sucedem o acidente, mostrando os processos de manipulação midiática, erros humanos e também a determinação necessária para conter o maior desastre nuclear da história.

Por Matheus de Maio

Com a chegada da guerra à central nuclear ucraniana de Zaporizhia, nesta sexta-feira (4), o diretor da Agência Internacional de Energia Nuclear, Rafael Grossi, informou que, apesar do incêndio causado pelo ataque russo, não houve vazamento de material radioativo. No entanto, destacou que a integridade de parte da usina foi comprometida.

Em seu pronunciamento, Grossi se disponibilizou a viajar o quanto antes para Chernobyl e orientar um acordo de segurança nuclear entre os países.

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"Durante a noite, projéteis atingiram um prédio dentro da planta do local. Este prédio, devo repetir, não faz parte do reator. Não é um dos reatores. É uma construção de treinamento adjacente aos reatores. Isso causou um incêndio localizado, que foi controlado", explicou.

Grossi reforçou que todos os sistemas de segurança dos seis reatores não foram afetados, mas a integridade física da usina foi comprometida. "Temos a sorte de não haver vazamento radioativo", alertou.

Críticas da OTAN

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, classificou a ocupação russa como “irresponsável”.

Antes da reunião extraordinária com ministros das Relações Exteriores dos países que compõem a OTAN, em Bruxelas, Stoltenberg indicou que os riscos do ataque demonstram que a Rússia deve retirar suas tropas da região.

"Vimos relatos sobre o ataque contra a central nuclear. Isto demonstra a irresponsabilidade desta guerra e a importância de acabar com ela. E a importância da Rússia retirar todas as suas tropas e engajar-se de boa fé nos esforços diplomáticos", apontou.

O secretário procurou se distanciar do conflito e disse que a OTAN não faz parte da guerra, mas lembrou que a organização oferece suporte à Ucrânia e implementou "sanções sem precedentes" à Moscou.

"A Otan é uma aliança defensiva. Não buscamos guerra, conflito com a Rússia", considerou.

Os negociadores que tentam salvar o acordo nuclear com o Irã se reunirão neste domingo (20), depois da vitória do ultraconservador Ebrahim Raisi nas eleições presidenciais realizadas na quinta-feira na República Islâmica.

Esta nova reunião faz parte das discussões regulares que começaram no início de abril com o objetivo de que os Estados Unidos voltem ao acordo histórico de 2015 e que o Irã cumpra novamente com os limites de seu programa nuclear em troca de um alívio das sanções.

Mikhaíl Ulyanov, o enviado russo nas negociações presididas pela União Europeia, disse que na reunião de domingo será "decidido o caminho a seguir".

"Um acordo sobre o restabelecimento do acordo nuclear está ao alcance das mãos, mas ainda não está finalizado", escreveu ele no Twitter no sábado.

As partes do acordo -- Reino Unido, China, Alemanha, França, Rússia e Irã-- se reuniram em Viena com participação indireta dos Estados Unidos em abril para salvar o acordo, que promete a Teerã um alívio das sanções em troca de reduzir seu programa nuclear.

Entretanto, em 2018 o ex-presidente americano Donald Trump se retirou do pacto e voltou a impor sanções, o que levou o Irã a intensificar suas atividades nucleares a partir de 2019.

O ultraconservador Ebrahim Raisi foi declarado vencedor das eleições presidenciais do Irã no sábado, com quase 62% dos votos.

A atividade incomum em um reator de energia nuclear na China chamou a atenção internacional, após duas empresas francesas admitirem problemas, mas assegurarem que eles serão tratados com segurança. Inaugurada há dois anos, a Usina Nuclear de Taishan, na Província de Guangdong, está sob vigilância por um problema no circuito de um de seus reatores do tipo EPR, construído em parceria com a EDF, principal concessionária de energia da França.

Em comunicado, a empresa, coproprietária da usina, disse que certos gases nobres se acumularam na água e no vapor ao redor das barras de combustível de urânio, no coração do reator. No entanto, a direção garante ter procedimentos para lidar com esse acúmulo de gases, descrito como um "fenômeno conhecido".

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Framatome, uma afiliada da EDF e construtora dos reatores, disse que houve um problema de desempenho, mas a instalação estava operando dentro de seus parâmetros de segurança. Na China, a usina garantiu, na noite de domingo (13), que nenhum vazamento no meio ambiente foi detectado. No entanto, a TV americana CNN disse ontem que a Framatome havia procurado ajuda dos EUA, citando uma "ameaça radiológica iminente" na central nuclear de Taishan.

A emissão dos chamados gases nobres - xenônio ou argônio, que são gerados durante a fissão nuclear -, detectada no circuito primário do reator, seria causada por uma degradação do revestimento de alguns elementos físseis, explicou a EDF, sem especificar quantos desses elementos foram afetados.

Um reator do tipo EPR contém 241 conjuntos físseis, cada um consistindo de 265 hastes. "O circuito é projetado para que (os gases) sejam coletados e tratados", disse a empresa. "A presença de determinados gases nobres no circuito primário é um fenômeno conhecido, estudado e previsto pelos procedimentos operacionais dos reatores."

"Deve haver bainhas metálicas (das hastes) vazando, deixando passar gases nobres que contaminam o fluido primário", declarou a vice-diretora-geral do Instituto Francês para Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear, Karine Herviou, à agência France Presse. "Dito isso, a contaminação do fluido primário não significa liberação para o meio ambiente", ressaltou, explicando que há duas barreiras de contenção. "Não sabemos os valores, a concentração, não sabemos a extensão do fenômeno. Não há grande preocupação, por enquanto, levando em conta o que sabemos."

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, declarou que, nesta fase, não há nenhuma indicação de que tenha ocorrido um incidente radiológico.

Os dois reatores de Taishan são até agora os únicos EPRs em serviço no mundo. Outros desses reatores de terceira geração estão em construção na Finlândia, na França e no Reino Unido. A China tem cerca de 50 reatores em operação e é o terceiro país com mais reatores, atrás de EUA e França.

Segundo a CNN, a Framatome teria entrado em contato com os EUA para solicitar autorização de assistência técnica para resolver uma ameaça radiológica iminente. Não se sabe por que o aval americano é necessário para intervir. Ainda de acordo com a TV, as autoridades de segurança chinesas também aumentaram os limites aceitáveis de radiação fora do local para evitar o desligamento da usina.

Já a operadora da central, China General Nuclear Power Group - estatal proprietária de 70% da planta de Taishan -, divulgou um comunicado assegurando que os indicadores ambientais da usina estavam normais. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um cientista nuclear iraniano descrito como o guru do programa nuclear iraniano foi baleado na rua em uma cidade perto de Teerã.

Mohsen Fakhrizadeh foi emboscado na cidade de Absard, 70 km a leste de Teerã. Quatro agressores abriram fogo depois que testemunhas ouviram uma explosão. Os esforços para tentar salvar Fakhrizadeh falharam e seu guarda-costas também foram feridos.

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O Ministério da Defesa iraniano confirmou a morte de Fakhrizadeh em um comunicado. "Durante o confronto entre sua equipe de segurança e os terroristas, Mohsen Fakhrizadeh ficou gravemente ferido e foi levado ao hospital", disse o comunicado.

"Infelizmente, a equipe médica não conseguiu reanimá-lo e, há poucos minutos, esse importante cientista, após anos de esforço e luta, atingiu um alto grau de martírio."

Fakhrizadeh foi identificado pelo primeiro-ministro de Israel em uma apresentação pública em 2018 como o diretor do projeto de armas nucleares do Irã. "Lembrem-se desse nome, Fakhrizadeh", disse Binyamin Netanyahu durante a apresentação.

Na época, ele acusou o Irã de esconder e expandir seu conhecimento sobre armas nucleares, dizendo que a inteligência israelense havia obtido informações sobre um depósito de meia tonelada de material nuclear do país.

O ataque foi confirmado pela TV estatal iraniana, mas depois negado pela Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI) antes de ser confirmado pelo ministério da Defesa.

Fotos do suposto local do ataque também apareceram nos sites de notícias iranianos. As forças de segurança bloquearam a avenida onde ocorreu o ataque. Um porta-voz dos militares israelenses disse: "Não comentamos sobre notícias na mídia estrangeira". O gabinete do primeiro-ministro de Israel disse que não comentaria "sobre tais relatos".

Os relatos confusos da mídia iraniana refletem as altas tensões dentro do país, em meio a relatos de que a inteligência israelense e o serviço secreto receberam luz verde para organizar ataques a instalações nucleares iranianas antes que Donald Trump deixe a Casa Branca.

O ataque acontece uma semana depois de uma visita do secretário de Estados americano, Mike Pompeo, a Israel, e de uma não confirmada e histórica viagem do premiê israelense Binyamin Netanyahu a Arábia Saudita.

Muitas autoridades iranianas acreditam que Trump, em conjunto com Israel e a Arábia Saudita, está determinado a enfraquecer ou antagonizar o Irã antes da transferência do poder nos EUA em 20 de janeiro.

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, disse que está disposto a se juntar novamente ao acordo nuclear com o Irã e suspender algumas sanções econômicas, desde que o Irã volte a cumprir o acordo, especialmente sobre seus estoques excedentes de urânio enriquecido.

Israel e a Arábia Saudita querem que os EUA permaneçam fora do acordo e continuem com uma política de sanções econômicas.

Fakhrizadeh está em uma lista de nomes de autoridades que sofreram sanções dos EUA, e era considerado o principal detentor do conhecimento iraniano sobre o programa nuclear do país.

Brigadeiro-general do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e professor de física na Universidade Imam Hussein, que forma integrantes da Guarda Revolucionária, Fakhrizadeh era considerado um homem envolto em mistério.

Até abril de 2018, nenhuma fotografia dele estava disponível publicamente e, após a morte de vários outros cientistas nucleares, uma camada adicional de sigilo e segurança foi colocada em torno dele, em um esforço para protegê-lo contra assassinos do serviço secreto de Israel.

Ele assumiu o comando do Centro de Pesquisa de Física do Irã em 1988 e, em seguida, tornou-se chefe de pesquisa do Instituto de Física Aplicada, de onde o programa secreto de pesquisa nuclear do Irã foi conduzido.

Ele nunca havia sido entrevistado por um membro da AIEA, órgão de vigilância nuclear da ONU, mas foi citado em seus relatórios. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A Coreia do Norte disse que irá retomar discussões nucleares com os Estados Unidos no sábado (05), reavivando um processo de desnuclearização que está estagnado desde que uma reunião de cúpula realizada no Vietnã em fevereiro terminou sem um acordo.

Os dois lados planejam um encontro preliminar na sexta-feira (04), seguido por conversas entre autoridades no dia seguinte, segundo a primeira vice-ministra de Relações Exteriores norte-coreana, Choe Son-hui, que foi citada pela mídia estatal. Choe está entre os principais interlocutores do líder norte-coreano Kim Jong-un com os EUA. A mídia estatal não especificou onde as negociações irão ocorrer.

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O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido para comentar a respeito. Já um representante da presidência da Coreia do Sul elogiou a retomada das discussões e disse estar ansioso para que as conversas mostrem progresso.

No mês passado, Pyongyang já havia sinalizado que desejava retomar as discussões com Washington. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Iraque se ofereceu, neste domingo, para mediar a crise entre dois de seus principais parceiros, os Estados Unidos e o Irã, em meio a crescentes tensões no Oriente Médio.

O ministro de Relações Exteriores do Iraque, Mohammed al-Hakim, fez a oferta durante uma entrevista coletiva em Bagdá junto com seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif. "Estamos tentando ajudar e ser mediadores", disse al-Hakim, acrescentando que Bagdá "vai trabalhar para alcançar uma solução satisfatória". Ele destacou que o Iraque é contra ações unilaterais tomadas por Washington.

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Nas últimas semanas, as tensões entre Washington e Teerã aumentaram após os EUA enviarem um porta-aviões e bombardeiros B-52 para o Golfo Pérsico por uma ameaça ainda não detalhada que o país vê vindo do Irã. Os EUA também planejam enviar mais 900 soldados para o Oriente Médio, além dos 600 que já estão lá.

Zarif disse que o Irã "não violou o acordo nuclear" assinado em 2015, e pediu que nações europeias se esforcem para preservar o acordo após a saída dos EUA no ano passado.

A Coreia do Norte advertiu que poderia reavivar uma política estatal que visa fortalecer seu arsenal nuclear se os EUA não retirarem sanções econômicas contra o país. O comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores norte-coreano na noite desta sexta-feira, ocorreu em meio a uma sensação de desconforto entre Washington e Seul sobre o uso de sanções e pressões para que a Coreia do Norte renuncie a seu programa nuclear.

O comunicado informou que a Coreia do Norte pode trazer de volta sua política de "avanço duplo", com foco simultâneo em sua força nuclear e no desenvolvimento econômico, se os Estados Unidos não mudarem sua postura. O País não chegou a ameaçar abandonar as negociações nucleares em curso com os Estados Unidos. Mas acusou Washington de prejudicar os compromissos assumidos pelo líder norte-coreano Kim Jong Un e pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em sua reunião de junho, em Cingapura, de trabalhar em direção a uma Península Coreana livre de armas nucleares, sem descrever como e quando isso teria ocorrido.

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Em uma entrevista com Sean Hannity, da Fox News, na sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que pretendia conversar com seu colega norte-coreano na próxima semana, aparentemente referindo-se à autoridade norte-coreana Kim Yong Chol. Pompeo não indicou o loal ou a data do encontro, que provavelmente será focada em persuadir a Coreia do Norte a tomar medidas mais firmes em direção à desnuclearização e na programação de uma segunda reunião entre Trump e Kim Jong Un.

"Resta muito trabalho, mas estou confiante de que iremos manter a pressão econômica até que o presidente Kim cumpra o compromisso que fez ao presidente Trump em junho, em Cingapura", disse Pompeo.

A declaração do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, divulgada no nome do diretor do Instituto de Estudos Americanos do ministério, disse que "melhoria das relações e sanções são incompatíveis".

"Os EUA pensam que suas repetidas 'sanções e pressões' levam à 'desnuclearização'. Não podemos deixar de rir de uma ideia tão tola", disse. O ministério descreveu a retirada das sanções lideradas pelos EUA como uma ação correspondente às medidas "pró-ativas e de boa vontade" da Coreia do Norte, aparentemente se referindo à suspensão unilateral dos seus testes nucleares e ao fechamento de um campo de testes nuclear.

Após uma série de testes nucleares e de mísseis no ano passado, Kim voltou-se para a diplomacia quando encontrou Trump e em três cúpulas com o presidente sul-coreano Moon Jae-in, que fez pressão para reativar a diplomacia.

No entanto, a Coreia do Norte tem jogando duro desde as cúpulas, insistindo que as sanções sejam retiradas antes de qualquer progresso nas negociações, o que tem alimentado dúvidas sobre se Kim abriria mão de um programa nuclear que ele vê como sua maior garantia de sobrevivência.

Antes de seu primeiro encontro com Moon, em abril, Kim disse que o país deveria mudar seu foco para o desenvolvimento econômico, já que sua política nuclear tinha alcançado uma "grande vitória". Ele também declarou que a Coreia do Norte interromperia os testes de mísseis nucleares e de longo alcance. O país desmantelou seu campo de testes nucleares em maio, mas não convidou especialistas para observar e verificar o evento.

A declaração desta sexta-feira marca a primeira vez que a Coreia do Norte diz que poderia retomar testes de armas e outras atividades nucleares desde que Kim sinalizou uma nova política de estado, em abril. "Se os EUA se mantiverem comportando arrogantemente sem mostrar qualquer mudança na sua posição, e ao mesmo tempo sem compreender corretamente a nossa demanda, DPRK pode acrescentar uma coisa à política de estado que dirige todos os esforços para a construção econômica, adotada em abril, e, como resultado, a palavra "pyongjin" pode aparecer novamente", afirmou o comunicado, referindo-se à Coreia do Norte pelo seu nome oficial, a República Democrática Popular da Coreia. "Pyongjin" significa "avanço duplo".

Fonte: Associated Press

Autoridades russas criticaram intenção do presidente norte-americano Donald Trump de retirar os Estados Unidos do tratado de controle de armas nucleares com a Rússia. O vice-ministro de Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse à agência de notícias estatal Tass neste domingo (21) que abandonar o tratado seria "um passo muito perigoso.

Para Ryabkov, a ação de Trump "causará a mais séria condenação de todos os membros da comunidade internacional que estão comprometidos com a segurança e com a estabilidade". "Condenamos as continuadas tentativas de obter concessões por parte da Rússia por meio de chantagem, ainda mais num assunto com importância para segurança internacional, segurança de armas nucleares e para manutenção de estabilidade estratégica", acrescentou.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou neste sábado (20) que vai retirar os Estados Unidos do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como INF, com a Rússia. Segundo Trump, Moscou violou o acordo. Ele, porém, não deu detalhes sobre sua acusação. "Vamos encerrar o acordo e, em seguida, vamos desenvolver armas", a menos que a Rússia e a China concordem com um novo acordo, disse Trump, que ainda acusou os russos de terem violado o tratado "por muitos anos".

O senador Konstantin Kosachev, chefe do comitê de Relações Exteriores, afirmou ainda por meio de seu perfil no Facebook que a saída dos Estados Unidos do tratado poderia significar que "a humanidade está prestes a ver completo caos na esfera de armas nucleares". Para ele, o abandono do tratado poderia prejudicar seriamente os esforços pela não-proliferação de armas nucleares.

O presidente russo Vladimir Putin ainda não comentou o anúncio de Washington, mas a Rússia nega ter violado o tratado que proíbe o uso de mísseis de curto e médio alcances assim como impede testes, produção e alocação de mísseis terrestres. A Rússia desenvolve um sistema de mísseis conhecido como 9M729, mas Moscou afirma que está cumprindo as regras do acordo.

À agência de noticias RIA Novosti, Ryabkov disse ainda que Moscou já comunicou Washington repetidamente que não há razões para acusar a Rússia de violar o acordo. De acordo com ele, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, deve se encontrar com o assessor de Segurança Nacional norte-americano John Bolton na segunda-feira, em Moscou. Fonte: Dow Jones Newswires.

A agência nuclear da ONU informou que seu principal inspetor se demitiu com efeito imediato, num momento em que o trabalho da agência no Irã está mais uma vez em foco.

A Agência Internacional de Energia Atômica não deu uma razão para a súbita demissão de Tero Varjoranta, afirmando no sábado que não fará comentários sobre questões pessoais confidenciais.

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Varjoranta, que esteve no cargo por quase cinco anos, será substituído temporariamente por Massimo Aparo, um engenheiro nuclear italiano que foi, mais recentemente, o principal inspetor da agência para o Irã.

A decisão chega poucos dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado que os Estados Unidos se retirariam do acordo nuclear de 2015 com o Irã, destinado a manter o programa de armas atômicas de Teerã sob controle.

A agência diz que não há indicações de que o Irã esteja violando o acordo. Fonte: Associated Press.

Informações advindas da Coreia do Sul apontam que o líder norte-coreano Kim Jong Un planeja fechar o local de testes nucleares do país em maio e revelar o processo para especialistas e jornalistas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

O porta-voz presidencial de Seul, Yoon Young-chan, disse no domingo que Kim fez esses comentários durante o encontro com o presidente sul-coreano Moon Jae-in, na sexta-feira.

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Ainda segundo ele, Kim também teria dito que o presidente Donald Trump vai aprender que ele "não é uma pessoa" que dispara mísseis contra os Estados Unidos. A reunião de Kim-Trump foi antecipada para maio ou junho.

Yoon disse ainda que a Coreia do Norte planeja reajustar seu fuso horário atual ao da Coreia do Sul. A Coreia do Norte, em 2015, criou o seu próprio "horário de Pyongyang", com o relógio 30 minutos atrás do da Coreia do Sul.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, defendeu os tuítes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre ter um "botão nuclear" maior e mais poderoso que o do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Na coletiva de imprensa diária da Casa Branca, Sanders disse que não acha que os tuítes de Trump sejam "uma provocação", mas sim uma defesa dos americanos, acrescentando que as pessoas deveriam se preocupar com a "sanidade mental" de Kim.

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A declaração de Sanders vem na esteira de tuítes de Trump na noite de terça-feira em resposta à afirmação de Kim Jong-un de que ele tem um botão nuclear em sua mesa. "Eu também tenho um botão nuclear, que é muito maior e mais poderoso que o dele. E o meu botão funciona!", afirmou o presidente americano. Fonte: Associated Press.

O conselheiro para a Segurança Nacional do governo de Donald Trump, H.R. McMaster, aumentou o tom contra a Coreia do Norte e disse que os Estados Unidos podem fazer uma "guerra preventiva" contra Pyongyang.

"Se me pedirem se temos planos para uma guerra preventiva, eu respondo que sim, uma guerra para por fim às ameaças de ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos", disse McMaster em uma entrevista à emissora "MSNBC".

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O conselheiro informou que "o presidente Trump foi muito claro sobre isso e disse que não tolerará mais as ameaças" feitas por Kim Jong-un. "Para ele, é intolerável que eles tenham armas nucleares que podem ameaçar os EUA. A opção militar está na mesa", acrescentou.

No entanto, ele reconheceu que declarar guerra a Pyongyang "é algo muito caro, que poderia causar um sofrimento imenso, sobretudo, à população sul-coreana". 

A Coreia do Norte ameaçou lançar um ataque nuclear "no coração dos Estados Unidos", caso o governo do presidente Donald Trump tente realizar alguma mudança no regime de Kim Jong Un, informou a agência de notícias estatal norte-coreana nesta terça-feira.

Na semana passada, em um fórum, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, Mike Pompeo, fez alusão à possibilidade de uma mudança no regime norte-coreano. "Se os EUA se atreverem a mostrar até o menor sinal de tentativa de remover nossa liderança suprema, lançaremos um golpe implacável no coração dos EUA com o nosso poderoso aparato nuclear", disse a KCNA.

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De acordo com a agência norte-coreana, as observações de Pompeo "passaram do limite, e agora ficou claro que o objetivo final do governo Trump é a mudança de regime".

O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Cho Myoung-gyon, se reuniu nesta terça-feira com o embaixador japonês Yasumasa Nagamine para tratar da situação na Península. Enquanto isso, um dos encarregados das negociações nucleares da Rússia, Oleg Burmistrov, visitou a Coreia do Norte para tratar do quadro, segundo a imprensa estatal norte-coreana.

De acordo com uma autoridade militar citada pela rede americana CNN, há sinais de que a Coreia do Norte prepara mais um teste de míssil. O governo de Seul afirmou que monitora atentamente a situação, mas que não discutirá abertamente questões de inteligência.

Nas últimas semanas, a tensão que permeia a relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte é o assunto mais citado na imprensa internacional. Provocações mútuas, ameaças nucleares e o uso da retórica agressiva entre os países se intensificaram em 2017 e levantaram o alerta de uma Terceira Guerra Mundial.

A relação dos dois países nunca foi amistosa. Os EUA e a Coreia do Norte têm desavenças antigas, desde a Guerra da Coreia, na década de 1950. Na época, a Força Aérea americana bombardeou e usou o químico ‘napalm’ em regiões norte-coreanas, matando um total de 20% da população do país.

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Já entre os anos de 1958 e 1991, os EUA mantiveram armas nucleares destinadas a um possível uso contra os norte-coreanos no território da Coreia do Sul. Já o país asiático, que havia assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TPN), em 1985, foi acusado pelos americanos de desenvolver atividades nucleares irregularmente. Em 1993, o país anunciou a saída do Tratado. 

Treze anos após a saída do TPN, em 2006, a Coreia testou a primeira bomba atômica com sucesso. Mais quatro testes nucleares foram realizados nos anos 2000.  Desde então, a relação do país com o ocidente se estremeceu a diversas sanções foram impostas aos norte-coreanos por causa dos testes atômicos.

No dia 8 de abril de 2017, um novo teste de míssil frustrado foi realizado pela Coreia do Norte. Em resposta, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ter enviado "uma arma muito poderosa" para a península coreana. No último dia 24 de abril, o site oficial norte-coreano Uriminzokkiri declarou que os Estados Unidos serão "varridos da face da Terra" se desencadearem uma guerra na península.

Para entender se o mundo está à beira de um novo conflito nuclear em nível global, o LeiaJa.com consultou especialistas em Geopolítica mundial e Relações Internacionais. Os estudiosos consultados entendem que as chances de um conflito nuclear entre os países são remotas, nas condições atuais.

Para o cientista político e especialista em Relações Internacionais, Thales Castro, a comunidade internacional tem que estar atenta aos fatos, mas a chance uma nova guerra mundial é uma realidade distante. “A Coreia tem muito a perder diante do potencial bélico dos EUA. Já os norte-americanos sabem que não podem ser muito incisivos nessa relação porque existem países aliados no comércio exterior no entorno da Ásia, como o Japão e a própria China”, afirmou Castro.

O estudioso acredita que as ameaças devem seguir no campo da retórica agressiva porque uma eventual guerra seria mais negativo do que positivo para ambos os países. “A imprensa norte-coreana utiliza essa tônica de expressões como varrer do mapa e dizimar americanos. É uma retórica repetitiva e apesar de não ser vazia, falta muita substancialidade. Soa mais como provocação e propaganda política interna, já que na Coreia os aparelhos de mídia são controlados pelo estado”, apontou Thales.

Especialista em Segurança Internacional e Relações Internacionais, o professor Antônio Lucena faz uma ressalva de que na administração do republicano Donald Trump houve um aumento da tensão entre os países. Para ele, assim como a auto-afirmação da política norte-coreana, o presidente dos EUA também precisa se legitimar com seus eleitores. “É uma tendência natural as farpas continuarem pela importância do fortalecimento na política interna”, explicou.  

Lucena admite que na política internacional nada pode ser totalmente descartado, muito menos uma guerra na península coreana, apesar disso, o pesquisador não acredita em um conflito armado. “Atualmente não temos as mesmas condições da 2ª Guerra Mundial, como a grande potência que era a Alemanha nazista”, diz. Para o professor, uma das razões que poderiam levar ao conflito armado seria o ataque da Coreia do Norte a alguma base dos EUA ou a construção do míssil balístico intercontinental. “Ele teria condição de atingir os americanos com uma ogiva nuclear e, nesse caso, acho que o Trump reagiria militarmente”.

De acordo com Lucena, o desenvolvimento de armas nucleares é muito importante para a Coreia do Norte por serem o único impeditivo de uma invasão norte-americana. “Durante o governo Obama houve uma tentativa frustrada para o país abandonar as armas. Com esses equipamentos, a tendência é que eles evitem uma possível invasão, assim como aconteceu no Afeganistão e no Iraque”, afirmou.

Já Marcos Costa Lima, professor do departamento de Ciência Política da UFPE e coordenador do Instituto de Estudos da Ásia, defende que o futuro da situação entre os países é uma incógnita. “Não dá pra saber se teremos um conflito. Os líderes dos dois países são desequilibrados e radicais, representando um perigo para o mundo. A situação se complica mais ainda porque ao que parece a Coreia do Norte não vai retroceder”, lamentou.

Fotos:Ed Jones/AFP

A sugestão feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que as sanções contra a Rússia poderiam ser retiradas caso o país reduza seu efetivo nuclear tiveram uma recepção fria em Moscou.

Em uma entrevista com o Times of London, publicada no domingo (15), o republicano indicou que ele pode retirar as sanções impostas à Rússia após a anexação da Crimeia, em 2014, caso os russos concordem em reduzir a quantidade de armas nucleares.

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O país não está tão ansioso pela retirada das sanções a ponto de "sacrificar algo, especialmente em relação à segurança", afirmou Konstantin Kosachev, presidente do Conselho de Relações Exteriores da Câmara Alta do Parlamento.

Em comentários publicados pela agência RIA Novosti, Kosachev afirmou também que os comentários de Trump deveriam ser tratados com cautela, uma vez que este não era um pronunciamento oficial. Trump assume nesta quinta-feira.

Washington, juntamente com a União Europeia, impôs diversas rodadas de sanções econômicas contra a Rússia após Moscou anexar a Crimeia e interferir no conflito do leste da Ucrânia.

O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, também deu uma resposta cautelosa ainda no domingo.

"Vamos esperar ele assumir o cargo antes de dar alguma resposta às suas iniciativas", disse. Ele acrescentou que a Rússia nunca discute as sanções com outros países e que não pretende fazê-lo.

Também no domingo, o diretor da CIA, John Brennan, afirmou que Trump não tem "um completo entendimento das capacidades da Rússia ou de suas ações em todo o mundo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Em entrevista à CNN, o chanceler russo Sergei Lavrov falou sobre as declarações de militares norte-americanos a repeito de uma guerra iminente entre EUA e Rússia: “Deixo isso para a consciência deles”, rebateu o chefe da diplomacia russa.

Apesar do aumento das tensões entre Washington e Moscou, Lavrov não acredita que os dois países estão realmente à beira da guerra. "Bem, eu não penso assim. Absolutamente não é nossa intenção. Lemos, é claro, sobre as declarações de militares norte-americanos de que a guerra é inevitável com a Rússia. Deixo isso na consciência deles", disse ele à CNN.

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Discutindo os acordos nucleares internacionais, o chanceler russo disse ainda que foram os EUA os culpados por violar a cooperação com Moscou na área. "No que se refere ao acordo sobre plutônio, eu espero que você saiba que os Estados Unidos não cumpriram as suas obrigações porque eles não puderam, eles de fato mudaram o método de utilização do plutônio, que estava descrito no acordo, e o acordo tornou-se inválido. Nós [a Rússia] implementamos nossa obrigações e vamos continuar a fazê-lo", disse ele.

"Alguns outros acordos foram sobre a cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos em questões nucleares, energia nuclear, mas eu expliquei a John Kerry [secretário de Estado dos EUA] há muito tempo — dois anos e meio atrás, logo após a crise ucraniana. O Departamento de Energia enviou uma nota formal para a Federação Russa dizendo que, sob as circunstâncias, eles estavam suspendendo toda a cooperação no âmbito desses acordos", contou o chanceler russo.

O Pentágono e outros países chamaram o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte de "mais um flagrante de violação" das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como uma "grave provocação".

O secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook, que viaja nesta sexta-feira (9) para a Noruega juntamente com o secretário de Defesa, Ash Carter, disse que Carter permanecerá em contato com os aliados sul-coreanos, bem como amigos e aliados da região para chegarem a um acordo de medidas a serem tomadas.

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A Coreia do Norte confirmou na madrugada desta sexta-feira a realização de mais um teste nuclear. O lançamento do míssil nuclear ocorre oito meses após o último teste ordenado por Pyongyang e é o quinto registrado até o momento. A explosão foi a mais forte até então.

A vizinha Coreia do Sul, que identificou o teste nuclear a partir de um tremor de terra de 5,3 graus, classificou a explosão como um ato de "fanatismo despreocupado

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também disse que o quinto teste nuclear da Coreia do Norte, se confirmado, é uma violação clara das numerosas resoluções da Conselho de Segurança da ONU e um total desrespeito das repetidas demandas da comunidade internacional.

Amano disse em um comunicado que o teste é "profundamente preocupante e um ato lamentável". A organização do Tratado Compreensivo de Proibição de Testes Nucleares também disse que o teste, se confirmado, "constitui uma violação da norma universalmente aceita e que tem sido respeitada pelos 183 países desde 1996".

O secretário-executivo da agência, Lassina Zerbo, disse que o teste desta sexta-feira parece ter sido um pouco maior do que o registrado em 06 de janeiro.

Na Ásia, o chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, chamou a Coreia do Norte de "fora da lei" e afirmou que o Japão irá considerar intensificar as suas próprias sanções, junto com as imposições da ONU. Atualmente, o Japão proíbe entrada de cidadãos norte-coreanos e a reentrada de idosos membros da associação de norte-coreanos residentes permanentes no Japão. Eles também proíbem a entrada de todos os navios norte-coreanos.

Outro país importante que condenou o teste foi a China, uma condenação chave para Pyongyang, uma vez que a China é seu único grande aliado. O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado criticando a Coreia do Norte pela realização de um teste com "desrespeito" às objeções internacionais e que a China "se opõe resolutamente". No final, o ministério exortou a Coreia do Norte para evitar qualquer comportamento que "piore a situação". O comunicado, porém, não indicou se a China vai tomar qualquer ação imediata ou apoiar novas sanções.

Na Europa, a França condenou veementemente o teste nuclear e pediu para que o Conselho de Segurança da ONU enfrente rapidamente o problema. A Presidência francesa pediu para que a comunidade internacional se una contra esta nova provocação. Fonte: Associated Press

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