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A Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou, nesta quinta-feira (17), a revogar a emblemática lei de saúde do ex-presidente Barack Obama, o que permitirá que milhões de americanos continuem com cobertura médica.

A decisão da mais alta corte, tomada por maioria de sete de seus nove juízes, representa uma derrota para o ex-presidente Donald Trump, que tentou por todos os meios suprimir a lei, mais conhecida como Obamacare.

A resolução, a terceira que trata dessa lei, foi baseada em um argumento jurídico, segundo o qual o Texas (sul) e os demais estados republicanos que interpuseram o recurso não tinham fundamento para fazê-lo.

O recém-eleito presidente democrata, Joe Biden, classificou como "cruel" esta última tentativa dos republicanos de derrubarem uma lei que se mostrou especialmente útil durante a pandemia de Covid-19.

Em sua forma original, o Obamacare obrigava todos os americanos, mesmo aqueles com boa saúde, a adquirirem um seguro, sob risco de sanções financeiras, e exigia que as empresas admitissem qualquer clientes em potencial, independentemente de seu estado de saúde.

Essa reforma forneceu cobertura de saúde a 31 milhões de americanos que antes não a tinham, mas os republicanos sempre consideraram o seguro obrigatório um abuso do poder do governo.

A Suprema Corte confirmou a lei em 2012, determinando que as sanções econômicas poderiam ser consideradas impostos e justificavam a intervenção governamental.

Quando chegou à Casa Branca, Trump tentou revogar a lei no Congresso, mas sofreu uma derrota amarga.

Em 2017, porém, os congressistas republicanos conseguiram modificá-la, reduzindo para zero as multas por falta de seguro.

Vários estados republicanos então apresentaram novos recursos, argumentando que a lei não era mais válida.

Em dezembro de 2018, um juiz federal no Texas concordou, argumentando que, sem essa "pedra angular", toda lei seria inconstitucional.

E foi justamente essa sentença que a Suprema Corte anulou nesta quinta-feira.

"Não decidimos a questão da validade da lei, mas o Texas e os outros demandantes não são competentes para levantá-la", escreveu o juiz progressista Stephen Breyer em nome da maioria de seus colegas.

A administração do presidente Donald Trump pediu à Suprema Corte na noite de quinta-feira (25) a revogação do chamado "Obamacare", um sistema que forneceu seguro de saúde para milhões de americanos.

O terceiro desafio a essa histórica lei, formalmente conhecida como Lei de Assistência Acessível (ACA), surge no momento em que os Estados Unidos registram suas taxas mais altas de infecção desde que a pandemia da Covid-19 atingiu o país.

Por essa lei, milhões de americanos devem adquirir um seguro de saúde, ou enfrentar uma penalidade fiscal que era considerada um "mandato individual".

Em 2017, porém, o Congresso eliminou a multa para as pessoas que não se inscreveram, suprimindo uma parte crucial do dispositivo desenvolvido pelo governo do presidente Barack Obama.

O Departamento de Justiça (DoJ) argumenta que "o mandato individual não é separável do restante da lei".

"O mandato agora é inconstitucional como resultado da eliminação da multa, por parte do Congresso, por não conformidade", alega a pasta.

Como resultado, "toda ACA deve cumprir o mandato individual", alega.

O Departamento de Justiça também argumenta que a cobertura que protege as pessoas com doenças preexistentes e determina que as seguradoras não possam rejeitar clientes, devido à sua idade, sexo, ou situação de saúde, também deve ser revogada.

A Suprema Corte tratará do caso a partir de seu próximo mandato, que começa em outubro. Jornais americanos afirmam que é improvável que seja examinado antes da eleição presidencial de novembro.

A presidente da Câmara dos Representantes (Deputados), a democrata Nancy Pelosi, condenou a medida do governo Trump e chamou de "um ato incomum de crueldade" durante a pandemia.

Se aprovada, afirma Nancy, cerca de 130 milhões de americanos podem perder as proteções da ACA, e até 23 milhões podem ficar sem seguro algum.

"Não há justificativa legal, nem desculpa moral, para que o governo Trump tire a assistência médica dos americanos", completou.

Os Estados Unidos foram particularmente afetados pela pandemia do novo coronavírus e, ao contrário da Europa e de partes do leste da Ásia, nunca desceram de seu pico.

Hoje, 29 estados experimentam novas ondas de infecções, com quase 40.000 novos casos registrados, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

As autoridades de saúde estimam que cerca de 24 milhões de pessoas possam ter sido infectadas em algum momento, 10 vezes mais do que o número oficialmente registrado de cerca de 2,4 milhões.

Os congressistas republicanos devem recuar das suas intenções de revisar programas sociais e desmantelar o Affordable Care Act (ACA), conhecido como Obamacare, devido a preocupações de que eles não consigam reunir apoio suficiente antes das eleições legislativas e para governadores deste ano.

Em vez disso, eles devem adotar uma agenda reduzida e focada em questões básicas, que incluem o financiamento do governo, a elevação do teto da dívida e um acordo sobre imigração.

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No ano passado, o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, citou planos ambiciosos para atacar os programas assistenciais que ele diz desencorajar os beneficiários a trabalhar. No entanto, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, afirmou nos últimos dias que ele não tem interesse em gerar uma revisão partidária numa Casa onde os republicanos possuem uma maioria estreita de 51 a 49.

Depois de se encontrar com os líderes republicanos em Camp David, o presidente Donald Trump pareceu mais alinhado com McConnell, dizendo que os republicanos iriam analisar se mudanças discretas nos programas de assistência social poderiam trazer apoio a democratas.

O partido republicano assumiu o controle de Washington há um ano com a esperança de revogar o Obamacare, reformar o sistema tributário, renovar os programas sociais, entre outras mudanças.

Sob o risco de perder uma ou ambas as Casas em novembro, os republicanos querem evitar controvérsias a respeito de políticas que têm pouca chance de serem aprovadas no Senado, onde a maior parte dos projetos precisa de 60 votos. Os senadores estão especialmente cientes dos planos de reformar programas sociais, os quais permanecem altamente populares, segundo pesquisas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Senadores do Partido Republicano sinalizaram nesta terça-feira que buscarão uma revogação de uma medida prevista no Obamacare. O requisito em questão é a obrigação de que a maioria dos americanos tenha seguro saúde.

Os senadores republicanos se reuniram para discutir a medida, que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse anteriormente que deveria fazer parte do plano tributário. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell (Kentucky) disse que estava otimista de que a revogação da medida seria incluída no plano fiscal. O senador republicano Tom Cotton (Arkansas) emitiu uma declaração dizendo que a proposta estará presente na medida tributária.

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"Estou otimista de que a inserção da revogação da obrigação de ter um seguro saúde será útil", disse McConnell a repórteres nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com três votos de republicanos e de 48 democratas, o Senado dos Estados Unidos rejeitou mais uma tentativa de mudar a reforma de saúde feita pelo ex-presidente Barack Obama na madrugada desta sexta-feira (28).

Alinhados à oposição a Donald Trump, o senador John McCain - que voltou ao Senado poucos dias depois de ser diagnosticado com câncer cerebral -, e as senadoras Lisa Murkowski e Susan Collins votaram contra a chamada "skinny bill" ("lei magra") do Affordable Care Act. Com isso, a terceira tentativa de mudar o projeto foi derrotado por 51 a 49.

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A medida não revogaria inteiramente o "Obamacare", mas mudaria alguns pontos considerados fundamentais por Trump, tirando a cobertura de saúde de cerca de 16 milhões de pessoas.

"3 republicanos e 48 democratas deixaram o povo americano para baixo. Como eu disse desde o início, deixe o Obamacare implodir e depois lidaremos com isso", escreveu Trump logo após a derrota.

A revogação do "Obamacare" era uma das promessas de campanha do republicano, que sempre chamou o programa de "desastre". A líder republicana do Senado, Mitch McConnel, informou estar "decepcionada" com a votação e disse que é preciso "andar para frente", sem especificar se tentará por o projeto de novo na pauta.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu  aos republicanos que "simplesmente revoguem" a reforma da saúde promulgada por seu antecessor, Barack Obama, e iniciem o trabalho do zero, após o bloqueio criado nas fileiras conservadoras, incapazes de chegar a um acordo sobre uma proposta alternativa.

"Os republicanos devem simplesmente revogar o falido Obamacare e agora trabalhar em uma nova reforma da saúde. Os democratas se unirão", disse Trump, ontem (17) através da sua conta pessoal numa rede social.

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A mensagem foi divulgada após o presidente saber que a oposição de alguns senadores do seu próprio partido fez fracassar mais uma vez a proposta da saúde republicana para revogar e substituir o Obamacare.

Os senadores que anunciaram sua oposição à proposta são Mike Lee e Jerry Moran, que se uniram assim a Susan Collins e Rand Paul. Os quatro republicanos viraram as costas para o texto.

Com a oposição dos quatro republicanos e os 48 senadores democratas unidos em bloco contra a revogação do Obamacare, os votos favoráveis à nova proposta ficariam abaixo dos 50 necessários.

Apesar de diversas tentativas, mesmo com a maioria republicana nas duas câmaras, Trump não conseguiu aprovar a revogação e substituição da reforma da saúde de Obama, uma das grandes promessas eleitorais do magnata.

Segundo estudos independentes do escritório de Orçamento do Congresso, entre 22 e 24 milhões de pessoas perderiam seus planos de saúde nos próximos dez anos com as propostas dos republicanos.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (4) o projeto de lei promovido pelo presidente Donald Trump para substituir o sistema de seguros médicos privados conhecido como Obamacare.

Uma versão anterior do projeto para anular o Obamacare fracassou em março, boicotada pela oposição tanto de moderados como de conservadores dentro do Partido Republicano.

Os que apoiam a nova versão, que deverá ser analisada e votada no Senado, a defendem como parte de um sistema de livre mercado, centrado no paciente.

Como funcionaria o novo sistema?

Estes são os pontos-chave do sistema de saúde atual - que ajuda 20 milhões de americanos a terem cobertura, mas que foi criticado por aumentar os prêmios e outros custos - e as mudanças propostas pelo plano republicano.

- Fim da cobertura obrigatória -

Nos Estados Unidos, o seguro médico é basicamente privado. Cerca de metade dos americanos tem cobertura através de seus empregadores, com frequência a um custo razoável, segundo a Kaiser Family Foundation.

Cerca de um terço dos americanos estão cobertos pelos planos do governo, seja através do Medicare, para os maiores de 65 anos, ou do Medicaid, o programa de seguros para pessoas de baixa renda.

O resto tem que se virar por conta própria: compram seguros ou não têm cobertura e pagam pelos seus gastos médicos. Os custos para estes grupos podem ser muito altos.

Sob as reformas de Barack Obama, as pessoas devem obter um seguro de saúde ou pagar uma multa.

Esperava-se que o fato de obrigar pessoas jovens e saudáveis a adquirir o seguro de saúde serviria para compensar os custos médicos para os americanos mais pobres, idosos e doentes.

O projeto de lei promovido pelos republicanos e aprovado nesta quinta-feira na Câmara pretende gerar um sistema de créditos fiscais destinado a ajudar as pessoas a comprar seguros de saúde.

Mas os democratas alertam que esses créditos são em média menores do que os subsídios incorporados nos prêmios do Obamacare, especialmente para os americanos idosos que ainda são contemplados pelo Medicare.

- Mantém medidas populares -

Apesar dos pedidos republicanos durante a campanha eleitoral do ano passado para acabar completamente com o Obamacare, o projeto substituto pretende manter duas disposições muito populares.

Uma é a que permite aos dependentes permanecer no plano de seguro de seus pais até os 26 anos de idade; a outra impede que as companhias de seguros neguem a cobertura a qualquer pessoa devido a condições preexistentes, embora alguns analistas tenham expressado preocupação de que as reformas propostas para proteger esses pacientes sejam inadequadas.

- Reformas republicanas -

As personas sem seguro não seriam multadas sob um novo plano, que já não obrigaria à cobertura individual.

A liderança do Partido Republicano convenceu vários céticos com uma emenda que acrescenta um suplemento de oito bilhões de dólares em cinco anos destinado a cobrir os custos de seguros para pessoas com doenças preexistentes.

Os estados poderiam solicitar a isenção de algumas cláusulas que eram chave no Obamacare, incluindo uma que exigia uma cobertura mínima de serviços considerados essenciais, como os cuidados de maternidade e os serviços de emergência.

Também seriam capazes de optar por não seguir uma regra que proíbe as seguradoras de cobrar mais dos que têm problemas médicos.

Nesses estados as seguradoras poderiam, portanto, oferecer planos de cuidados mais baratos - e potencialmente mais mesquinhos.

Teriam que criar programas alternativos para mitigar os riscos das seguradoras com pacientes de "alto custo", que poderiam se agrupar em "consórcios de alto risco" subsidiados publicamente.

O Obamacare permitiu a expansão do Medicaid, um programa de cuidados médicos administrado pelos estados para indivíduos e famílias de baixos recursos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu perfil no Twitter para criticar, novamente, a imprensa americana e o atual sistema de saúde do país. "Qualquer um (especialmente a mídia Fake News) que pensa que o ato de revogar e substituir o Obamacare está morto não sabe do amor e da força do Partido Republicano", afirmou.

Amplamente criticado durante a campanha eleitoral pelos republicanos, o Ato de Cuidado Acessível, que ficou conhecido como Obamacare, continua em vigor no país, após um novo projeto de saúde, feito pelos líderes republicanos da Câmara dos Representantes, ter sido rejeitado pelo setor conservador do partido, o Freedom Caucus. Essa ala conservadora republicana vem sendo alvo do presidente Trump, que chegou a ameaçar alguns deputados do Freedom Caucus para que se unam ao restante do Partido Republicano em outras votações.

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Durante a manhã, Trump disse que "as conversas sobre a revogação e a substituição do Obamacare foram e estão indo em frente, e vamos continuar até que um acordo seja atingido". 

A Casa Branca minimizou, nesta quinta-feira, insinuações de que o presidente Donald Trump teria falhado em fechar um acordo para reformar o sistema de saúde americano, conhecido como Obamacare, alegando que o atraso desta votação crucial não significa um problema substancial.

Um funcionário da Casa Branca disse que "a votação será feita pela manhã para evitar que se vote às 3h da madrugada".

"Pensamos que isso deve ser feito à luz do dia, não em altas horas da noite, e estamos confiantes de que o projeto de lei vai passar pela manhã", acrescentou a fonte.

A maioria republicana no Congresso dos Estados Unidos deu nesta segunda-feira (6) o pontapé inicial para a reforma do sistema de seguro de saúde e a revogação da reforma de Barack Obama, ao revelar um texto elaborado em acordo com o presidente Donald Trump.

"Nosso projeto de lei transfere o poder de Washignton para os americanos", declarou Kevin Brady, presidente de uma das comissões da Câmara de Representantes encarregada da reforma. "É hora de virar a página e de salvar nosso sistema de saúde desta lei desastrosa", disse Paul Ryan, presidente da Câmara.

O "Obamacare" foi votado em 2010 pela maioria democrata da época e permitiu a mais de 20 milhões de americanos ter acesso a um seguro saúde. Os republicanos, que controlam atualmente os poderes Executivo e Legislativo, se comprometeram há alguns anos revogar a reforma democrata, mas divergem sobre a forma de substituí-la.

O projeto revelado na segunda-feira, que será debatido nos próximos meses pelos legisladores, anula a obrigação universal de adquirir um seguro e reduz a intervenção do Estado.

O texto mantém, não obstante, dois dos pontos centrais do Obamacare: a possibilidade para as crianças de se inscreverem no seguro de seus pais até os 26 anos e a proibição de que as companhias de seguro discriminem os pacientes em função de seus antecedentes médicos.

Entretanto, um ponto do novo sistema deverá provocar manifestações por parte da ala conservadora do Partido Republicano: a instauração de um crédito fiscal de entre 2.000 e 14.000 dólares por ano para ajudar os cidadãos a pagar seu seguro.

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 12, após um debate de sete horas, o primeiro passo para revogar a lei de reforma da saúde do governo Obama, conhecida como Obamacare.

51 Senadores votaram a favor e 48 contra, os líderes da câmara planejam levar a medida para apreciação da casa já nesta sexta-feira, 13. A medida instrui comitês da Câmara e do Senado a rechaçar, em até duas semanas, a política de subsídios governamentais para a aquisição de planos de saúde, apelidado de Obamacare.

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O presidente eleito Donald Trump, defendeu em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (11) o fim do Obamacare e prometeu apresentar ao Congresso um programa substituto, simultaneamente a aprovação de Tom Price, sua indicação para secretário de saúde. 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta terça-feira Tom Price, um forte crítico do atual sistema de saúde pública, conhecido como 'Obamacare', como secretário de Saúde de seu futuro governo, em um sinal de que cumprirá a promessa de modificar a legislação.

Político conservador e ex-cirurgião ortopédico, Price "está excepcionalmente qualificado para conduzir nosso compromisso de desmontar e substituir o sistema Obamacare", expressou Trump em uma nota oficial.

Entre os objetivos de Price, acrescenta o texto, está ajudar a elaborar "um sistema de saúde que seja acessível a todos os americanos".

Promessa da campanha eleitoral que levou Obama à Casa Branca em 2008, o sistema 'Obamacare' proporcionou até agora proteção de saúde a 20 milhões de americanos, através de seguros privados.

O sistema ajudou a reduzir em 10% da população - o nível mais baixo da história - que carece de qualquer sistema de saúde.

Em sua campanha eleitoral, Trump disse que pretende manter apenas dois aspectos do atual sistema: permitir aos jovens a permanecer em um plano de saúde de seus pais até os 25 anos e proibir que as seguradoras neguem contratos a pessoas com problemas pré-existentes.

Em sua nota oficial, Price afirmou que "há muito o que fazer para que tenhamos um sistema que funcione para pacientes, famílias e médicos".

O futuro secretário da saúde acrescentou que também pretende elaborar um sistema que "seja líder na cura e prevenção de enfermidade e que seja baseado em regras de bom senso".

O Partido Democrata reagiu de imediato, e o novo líder no Senado, Charles Schumer, disse que colocar Price à frente da secretaria de Saúde equivale a "pedir à raposa que cuide do galinheiro".

Os republicanos obtiveram uma vitória, nesta quinta-feira, sobre a Lei de Saúde promovida pelo presidente Barack Obama - o Obamacare -, depois que uma juíza federal considerou que parte de seu modo de financiamento viola a Constituição americana.

A juíza Rosemary Collyer, de um tribunal federal de Washington, deu razão aos republicanos, maioria na Câmara de Representantes. Segundo ele, o Obamacare usava ilegalmente recursos públicos para reduzir o custo do seguro médico e dos gastos médicos para a população de baixa renda.

Estão em jogo cerca de US$ 175 bilhões que o governo Obama deve repassar para as seguradoras em uma década para reduzir o custo do seguro médico para alguns beneficiários.

A juíza considerou que a secretária de Saúde, Sylvia Burwell, e os serviços financeiros da Casa Branca atribuíram fundos sem aval do Congresso.

Sugerir que esses serviços "são objeto de uma demanda orçamentária de milhares de milhões de dólares sem analisar as regulações pertinentes está nos limites da credulidade", afirmou a juíza, nomeada pelo antecessor de Obama, o republicano George W. Bush.

A juíza ordenou a suspensão de qualquer pagamento futuro, mas freou sua decisão à espera de uma eventual apelação.

"A decisão de hoje sobre o 'Obamacare' representa uma vitória para o povo americano e para os republicanos da Câmara, que se esforçaram para defender o Estado de Direito", reagiu o ex-presidente republicano da Câmara de Representantes John Boehner.

"É lamentável que os republicanos tenham empreendido ações judiciais financiadas por fundos públicos para levar, novamente, uma batalha que sempre perdem", declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

"Perdem essa batalha há seis anos. E vão perdê-la de novo. Confiamos no argumento jurídico que apresentaremos", acrescentou.

Uma Suprema Corte profundamente dividida voltou a se debruçar sobre o futuro do chamado "Obamacare" pela segunda vez em três anos, nesta quarta-feira, após um novo desafio à polêmica reforma de Saúde do presidente americano, Barack Obama.

Nesse debate fortemente politizado, as opiniões dos nove magistrados se estabeleceram segundo as preferências partidárias. Assim como já havia ocorrido em 2012, o conservador presidente da mais alta instância judicial americana, John Roberts, será o fiel da balança.

O veredito deve ser anunciado nesta quinta-feira.

Em uma "saga que nunca termina", nas palavras da juíza Elena Kagan, os atores são os mesmos: o governo Obama, defendido pelo procurador Donald Verrilli, contra quatro demandantes do estado republicano da Virgínia (leste), representados pelo carismático Michael Carvin.

O que está em jogo é crucial. A principal corte do país pode derrubar um dos pilares da "Obamacare", o que, inevitavelmente, levaria ao desmantelamento de todo o projeto.

Repetindo o padrão de 2012, os quatro juízes progressistas referendaram seu franco apoio à lei promovida pelo presidente Obama.

Se o texto for derrogado, "teremos uma espiral de morte, que a lei queria evitar", alegou a juíza Sonia Sotomayor.

Para Sotomayor, "não haverá garantias de cobertura" e "os custos de todos os seguros (médicos) vão aumentar", em caso de falência da lei.

"Mas acham que o Congresso ficará sentado, enquanto acontecem todas essas desastrosas consequências?" - rebateu o juiz conservador Antonin Scalia.

Além de Scalia, os críticos do "Obamacare" deverão contar, certamente, com os votos dos juízes também conservadores Samuel Alito e Clarence Thomas.

Já o juiz Anthony Kennedy se mantém indeciso.

"Esse caso reflete um grave problema constitucional", afirmou, destacando a "ambiguidade" da lei e, ao mesmo tempo, seu medo de que sua derrogação ponha em risco o sagrado federalismo americano.

Enquanto isso, o juiz presidente da Suprema Corte, John Roberts, que salvou a lei no último minuto em 2012, praticamente não se pronunciou durante a audiência, bem mais longa do que o previsto.

Mais uma vez, os juízes têm em suas mãos a sobrevivência do sistema de Saúde. Mais de dez milhões de americanos já aderiram ao plano.

A questão é se os milhões destes beneficiários que se inscreveram em um seguro de saúde através do site do governo têm ou não direito a exonerações fiscais.

Aprovada em 2010, a reforma pela qual o presidente democrata tanto lutou repousa em três pilares:

- a obrigação das seguradoras de dar uma cobertura de saúde ao alcance de todos os americanos, estando saudáveis ou doentes;

- a obrigação de cada pessoa ter um seguro, sob pena de multa, para permitir uma redistribuição a favor dos pobres e dos doentes: este princípio foi ratificado pela Suprema Corte há três anos;

- ajuda fiscal para permitir às pessoas com renda mais baixa ter um seguro de saúde: é este dispositivo que agora é combatido pelos opositores da reforma de Obama.

Desde a entrada em vigor da lei, em janeiro de 2014, os americanos podem aderir a um seguro de saúde em seu estado ou, caso seu estado se negue a fornecê-lo diretamente, no ministério da Saúde, que pôs à sua disposição o site healthcare.gov.

No entanto, dos 50 estados da União, 34 - a maioria governada por republicanos - se negaram a adquirir "bolsas de intercâmbio", um sistema que habilita a concorrência entre companhias e os contratos de seguros.

O "Obamacare" propõe ajudas fiscais aos americanos que adquirem seguros de saúde nestas bolsas "estabelecidas pelos estados". O futuro da lei reside nestas quatro palavras.

Se a Suprema Corte decide interpretá-las em um sentido restritivo, a lei entrará inevitavelmente em uma "espiral da morte", argumenta o Conselho de Cidadãos pela Liberdade da Saúde.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, considerou que "a lei é realmente clara".

"Você precisa tirar quatro palavras completamente fora de contexto de um texto de 900 páginas e distorcê-las para dar a elas o sentido que os demandantes desejam", comentou, depois da audiência desta quarta.

O secretário de imprensa da Casa Branca divulgou neste domingo (28) o comunicado que revela os planos dos líderes republicanos da Câmara. De acordo com o documento, os políticos querem adiar um ano a reforma de saúde, conhecida como Obamacare, como condição para concordar em financiar o governo. A proposta teve rejeição imediata do líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, e deixou o Congresso em um impasse sobre como evitar a paralisação do governo norte-americano.

O comunicado ressalta que o Congresso tem dois trabalhos a fazer: "aprovar orçamentos e pagar as contas que já acumulou". "Os republicanos no Congresso tiveram a chance de simplesmente continuar com a resolução que mantém o governo funcionando por mais algumas semanas. Mas, ao invés disso, eles decidiram que preferem se ater a um ponto ideológico demandando a sabotagem da lei da saúde", consta no documento.

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O texto diz ainda que o republicanos já tentaram adiar a lei por mais de 40 vezes e falharam, e que eles sabem que esta demanda é "imprudente e irresponsável". "O presidente mostrou que ele está disposto a melhorar a saúde. Qualquer membro do Partido Republicano que votar para o adiamento do Obamacare, estará votando para a paralisação. Está na hora de a Câmara ouvir o povo americano e agir, como o Senado tem feito, de forma razoável, para aprovar uma lei que mantenha o governo funcionando", concluiu o informe.

A Câmara encontra-se em recesso neste momento. A expectativa é de que a reunião seja realizada nesta noite de sábado para votação, ainda sem horário determinado. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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