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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai acompanhar a situação emergencial decretada em Maceió pelo afundamento de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem.

De acordo com o CNJ, o agravamento da situação será analisado pelo Observatório de Causas de Grande Repercussão, órgão que tem a função de monitorar processos sobre desastres e demais questões com grande repercussão.

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A questão do afundamento provocado pela mina é acompanhada pelo observatório desde 2019. Estão em tramitação na Justiça pelo menos três ações civis públicas que tratam dos danos ambientais provocados pela empresa e para anular o acordo feito pela prefeitura de Maceió para indenização pelos prejuízos causados com o afundamento.

Mais cedo, o governo federal autorizou o reconhecimento do estado de situação de emergência na capital alagoana.

A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos dias abalos sísmicos devido à movimentação da cavidade de uma das minas da Braskem.

Nessa quinta-feira (30), a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina 18, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.

A Defesa Civil de Maceió informou que a última medição apontou que a movimentação vertical acumulada na área é de 1,42 metro e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.

Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências e que a área está isolada desde terça-feira (28). A empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020.

Paredes com figuras da exposição estão descascadas e escada histórica está suja. (Marília Parente/LeiaJá)

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Parte do patrimônio que constitui o Sítio Histórico de Olinda, no Grande Recife, o Observatório Astronômico da Sé está com um de seus três pavimentos interditados. O Espaço Ciência, que administra o equipamento, restringiu o acesso ao local depois que as chuvas registradas no mês passado provocaram uma série de infiltrações nos pavimentos superiores.

No local, a reportagem do LeiaJá observou um cenário de abandono, composto por poças de água no piso, acervo danificado e forte mau cheiro. A escada de ferro fundido instalada em meados de 1900, durante o império de Dom Pedro II, está coberta por uma espessa camada de sujeira, que também inviabiliza o acesso adequado aos andares superiores. 

Assim, a exposição permanente "A Próxima Fronteira", que ocupa os três pavimentos da estrutura, tem sido apresentada aos turistas de forma parcial. Do lado de fora, também é possível observar que a pintura da fachada do prédio não foi concluída. Entre os funcionários do equipamento, há ainda o temor de que os telescópios guardados na estrutura sejam danificados pelas chuvas.

Há uma semana, a advogada Danielly Freire levou seu filho, de quatro anos, para conhecer o Observatório, mas só teve acesso a um terço da exposição. 

"Meu filho tem se interessado por planetas, satélites e telescópios. Pensei que seria legal ele ver um observatório astronômico de perto. Gostamos de ver um telescópio de verdade e receber a explicação das monitoras. Infelizmente, só conseguimos ver o térreo, que tem uma pequena exposição, o resto do espaço estava interditado", conta. 

Na ocasião, em razão das chuvas, os dois andares superiores estavam fechados para visitação. "Acho que, se melhor cuidado pelo poder público, o espaço tem potencial pra ser mais atrativo às crianças, e difundir uma cultura de acesso à ciência e aos estudos astronômicos no geral", completa Danielly.

Trecho alusivo a marte ficou interditado após chuvas. (Marília Parente/LeiaJá)

Termo de cooperação não foi assinado

Há cerca de dois anos, o Governo de Pernambuco enviou à Prefeitura de Olinda um termo de cooperação para administração do Observatório. A gestão municipal, contudo, nunca assinou o documento. Agora, nos bastidores, a expectativa é a de que a Secretaria Estadual de Ciênia Tecnologia e Inovação (SECTI) elabore uma nova proposta.

Por meio de nota, a Prefeitura de Olinda disse que realizou, na semana passada, uma reunião com representantes do Governo. No encontro, ficou decidido que a gestão municipal faria uma vistoria técnica ao Observatório para realizar um "levantamento de todas as necessidades do equipamento e um posterior plano de trabalho, quando serão definidas as intervenções e um cronograma de atividades".

Confira a nota na íntegra:

"Em reunião com representantes do Governo do Estado, na semana passada, ficou definido que a Prefeitura de Olinda fará uma vistoria técnica do Observatório da Sé até a próxima semana para fazer um levantamento de todas as necessidades do equipamento e um posterior plano de trabalho, quando serão definidas as intervenções e um cronograma de atividades. Até lá, ficou acordado que o Espaço Ciência, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, e que gerencia as atividades no local, tomaria providências para mitigar riscos para os funcionários e visitantes, interditando parte do equipamento e ajustando o horário de funcionamento para o público". 

Importância histórica

Construído em estilo neoclássico, o Observatório Astronômico da Sé foi fundado em 1890, durante o governo de Alexandre José Barbosa Lima. A escolha do local de sua edificação remonta ao perímetro em que o astrônomo francês Emmanuel Liais observou e descreveu o Cometa Olinda, em 26 de fevereiro de 1860.

Dentre os acontecimentos científicos que marcam a estrutura está a importante observação do trânsito de Vênus, em 6 de dezembro de 1882, a primeira missão internacional de ciência básica do Brasil, a qual também contou com postos de observação no Rio de Janeiro, na Ilha de São Tomás (atualmente parte das Ilhas Virgens Americanas) e na cidade de Punta Arenas, no Chile.

Posicionamento

O Espaço Ciência também se posicionou a respeito da denúncia por meio de nota, reproduzida abaixo, na íntegra:

"O Núcleo de Comunicação do Espaço Ciência informa que o Observatório Astronômico do Alto da Sé configura como um ponto de atuação do museu e não como uma instituição inserida na Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Inovação, sob o qual ele responde.

O Espaço Ciência reconhece a importância cultural do Observatório e atua em função da valorização desse espaço. É de competência do museu: desenvolver programação inteiramente gratuita com objetivo de divulgação e construção de conhecimentos científicos, exibições e oficinas educativas.

Por fim, o EC realizou uma reunião com representantes da Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda, reafirmando o interesse em manter as atividades no Observatório, bem como de reestruturar o plano de trabalho para o desenvolvimento de medidas.

A partir disso, estamos construindo novas estratégias de parceria técnica com o município de Olinda para manutenção da preservação desse patrimônio, o que representa um dos focos da nova gestão do EC.

Destacamos ainda que o acesso integral aos três pavimentos ocupados pela exposição intitulada “A próxima fronteira” (iniciada em 2010), localizada no interior do Observatório Astronômico do Alto da Sé, encontra-se parcialmente disponível, devido a questões de manutenção. Já os equipamentos destinados à observação astronômica compõem o acervo do EC e são disponibilizados aos visitantes com acompanhamento de monitores da casa."

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) respondeu por meio do Núcleo de Comunicação do Espaço Ciência, que é gerido pela própria pasta. Apesar disso, o posicionamento oficial não oferece prazos acerca de possíveis intervenções estruturais visando a preservação do Observatório Astronômico da Sé. Confira a nota da SECTI na íntegra:

"O Núcleo de Comunicação do Espaço Ciência informa que o Observatório Astronômico do Alto da Sé configura como um ponto de atuação do museu e não como uma instituição inserida na Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Inovação, sob o qual ele responde. O Espaço Ciência reconhece a importância cultural do Observatório e atua em função da valorização desse espaço. É de competência do museu: desenvolver programação inteiramente gratuita com objetivo de divulgação e construção de conhecimentos científicos, exibições e oficinas educativas.

Por fim, o EC realizou uma reunião com representantes da Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda, reafirmando o interesse em manter as atividades no Observatório, bem como de reestruturar o plano de trabalho para o desenvolvimento de medidas A partir disso, estamos construindo novas estratégias de parceria técnica com o município de Olinda para manutenção da preservação desse patrimônio, o que representa um dos focos da nova gestão do EC.

Destacamos ainda que o acesso integral aos três pavimentos ocupados pela exposição intitulada “A próxima fronteira” (iniciada em 2010), localizada no interior do Observatório Astronômico do Alto da Sé, encontra-se parcialmente disponível, devido a questões  de manutenção. Já os equipamentos destinados à observação astronômica compõem o acervo do EC e são disponibilizados aos visitantes com acompanhamento de monitores da casa".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, instituiu o "Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais", conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). O ato também estabelece a sistemática de atuação do novo órgão da pasta.

A portaria aponta como competências do Observatório: monitorar casos de condutas violentas contra jornalistas e comunicadores sociais; apoiar as investigações relacionadas ao assunto; criar e manter banco de dados com indicadores sobre atos de violência contra jornalistas e comunicadores sociais; e sugerir a adoção de políticas públicas voltadas à garantia do pleno gozo das funções dos jornalistas e comunicadores sociais, em articulação com as demais áreas competentes.

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O novo órgão será coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do ministério, a quem também caberá editar ato que discipline a composição, o funcionamento e os demais aspectos relacionados às atividades do Observatório.

"Será instrumento determinante do Observatório a instalação de audiências públicas e reuniões abertas com representantes de Organizações Não Governamentais - ONG's e de Organizações da Sociedade Civil - Oscips, de forma a garantir a participação cidadã", diz a portaria. "A participação no Observatório não ensejará qualquer remuneração para os seus membros e os trabalhos nele desenvolvidos serão considerados prestação de relevante serviço público", completa.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou nesta terça-feira (17), em publicação no Twitter, que instalará o Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas. De acordo com o ministro, a proposta do observatório é dialogar com o Poder Judiciário "e demais instituições do sistema de justiça e de segurança pública", publicou.

A criação do Observatório é um pedido antigo das entidades sindicais de jornalistas que registraram aumento das agressões à imprensa durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e acontece após encontro do ministro com entidades sindicais.

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Na reunião, Dino também recebeu documentos com ações para promover a proteção à vida e à integridade dos profissionais da comunicação no Brasil. A ação vem em um momento de crise para os profissionais da imprensa.

No dia 8 de janeiro, durante atos golpistas em Brasília por bolsonaristas radicais, houve 16 casos de agressão a jornalistas, segundo o levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Em seu mandato, Bolsonaro chegou a desmentir meios de comunicação e fazer ataques a profissionais de jornais da oposição. No ano passado, o ex-presidente perdeu um processo contra uma jornalista da Folha de S. Paulo por danos morais.

Estatísticas mostram que hoje, no Brasil, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) representam 99% do total de empreendimentos em operação no mercado e respondem por 27% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Os dados estão na pesquisa do Observatório Ibero-Americano de MPMEs (micro, pequenas e médias empresas), que envolve 125 pesquisadores de Instituições de Ensino Superior (IESs) ibero-americanas de 15 países, entre os quais estão Espanha, México, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Uruguai e países da América Central como Costa Rica, República Dominicana, Panamá, entre outros. Parte dessas nações tem vínculo com a FAEDPYME – Fundación para Analisis Estrategico Y Desarrollo de la PYME.

A UNAMA - Universidade da Amazônia integrou o comitê brasileiro do Observatório, por meio do Núcleo de Estudos em Práticas de Gestão Organizacional da Amazônia (NEGOA), e gerenciou a aplicação da pesquisa em MPMEs nos Estados do Pará e Rondônia. Os resultados foram apresentados em dezembro de 2021.

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Coordenador do trabalho na região Norte, doutor em Economia, o professor Sérgio Castro Gomes, do programa de Pós-Graduação em Administração (PPAD) da UNAMA, ressalta em entrevista ao LeiaJá como as MPMEs vêm gerando impactos positivos no Brasil.

As MPMEs geraram 66.926 novos empregos até novembro de 2021, segundo dados das pesquisas. Na pandemia, assinalou o professor, houve um aumento das pequenas empresas no mercado. O desemprego, observou Sérgio Gomes, fez com que muitas pessoas passassem a empreender.

Nos últimos 15 meses, as MPMEs foram responsáveis por cerca de 70% dos novos postos de trabalho. Três de cada quatro empregados no Brasil foram contratados por pequenas empresas - negócios que respondem por 40% da massa salarial. No entanto, apenas 1% das empresas atua no setor de exportações.

“É importante entender a realidade das empresas para dar um retorno aos agentes econômicos", afirmou Sérgio. Segundo ele, as pesquisas ajudam os empreendedores a tomar decisões e procurar estratégias para melhorar e buscar novos mercados.

O professor também falou sobre como os pequenos negócios sofreram impactos da pandemia. “A pesquisa tem um contexto nacional e ibero-americano, faz parte de um observatório de micro e pequenas empresas e tem como objetivo entender como as empresas se organizam e como passam pelo impacto nesse momento da covid-19”, destacou.

Com a pandemia, 67% das MPMEs mantiveram suas atividades, contra 98% das grandes; 20% das MPEs encerram suas atividades, definitivamente, informou a pesquisa.

O ambiente econômico do Estado do Pará, apesar de toda a insegurança provocada pela pandemia nos últimos dois anos, ainda sinaliza uma perspectiva empreendedora do paraense e mostra confiança na retomada do crescimento. A empreendedora Eloise Sousa, de 29 anos, contou como iniciou seu projeto em meio à pandemia. “Em junho de 2020, vi tubos de fios de malha e peguei emprestado de uma amiga para tentar fazer crochê, que havia aprendido com minha mãe quando criança. As pessoas passaram a se interessar pelo produto e foi aí que surgiu o 'TEART', se tornando minha fonte de renda, desde então”, relatou.

Eloise acredita na importância do empreendedorismo. “Em meio ao caos de uma quarentena inesperada, descubro um hobby e consequentemente um negócio. Não pude deixar de me apaixonar por fios de malha e por todo o universo de oportunidades que eles me trouxeram”, finalizou.

DADOS DA PESQUISA SOBRE AS MPMEs NO BRASIL

• Representam 99% do total de empresas;

• Respondem por 27% do PIB;

• Representam 52% dos empregos formais;

• Absorvem 70% das novas vagas de emprego;

• Respondem por 40% da massa salarial;

• E por apenas 1% das exportações;

• 42% delas morrem entre 1 e 4 anos.

As instituições acadêmicas dos países envolvidos na pesquisa buscam realizar análises periódicas (anuais) sobre as estratégias, expectativas, demandas e dificuldades das empresas. Assim, podem oferecer informações para a tomada de decisões.

Na pesquisa de 2021, “O impacto econômico da pandemia de covid-19 nas MPMEs", foram aplicados cerca de 9.500 questionários. Em 2022, o comitê brasileiro retomará o estudo a partir do tema “Digitalização e desenvolvimento sustentável em MPMEs”.

Reportagem de Amanda Martins e Clóvis de Senna.

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O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) referente às semanas epidemiológicas 37 e 38 (de 12 a 25 de setembro) mostra que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de óbitos de 42,6% e de internações de 27,7%.

Segundo a Fiocruz, o quadro atual mostra que, uma vez que a população vem sendo beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos. “Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média e a mediana acima de 60 anos”, dizem os cientistas.

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Para os pesquisadores, apesar da queda dos indicadores, o momento ainda exige cuidado. A análise do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) observa que, mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes. Isso, na avaliação dos pesquisadores, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam a hospitalização ou a óbito. A incidência da síndrome é um parâmetro de monitoramento da pandemia de Covid-19, uma vez que o SARS-CoV-2 é responsável por 96,6% dos casos virais de SRAG registrados desde 2020.

Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos Covid-19 adulto mostra que 25 unidades da Federação estão fora da zona de alerta com taxas inferiores a 60%.

Passaporte vacinal

O Boletim também aponta o passaporte de vacinas como importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil. Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o território nacional, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.

Para os pesquisadores, é importante que sejam elaboradas diretrizes em nível nacional sobre o passaporte de vacinas para evitar a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo obtidos com a ampliação da vacinação. “Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da  Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmam.

Com o objetivo de combater a pandemia do novo coronavírus, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançou um observatório on-line que reúne informações sobre as ações e pesquisas desenvolvidas pela instituição. O site é alimentado por uma curadoria formada por pesquisadores da UFPE, além disso, até o momento já foram cadastrados 134 planos de pesquisas que têm a covid-19 em todas as abordagens para investigação. 

No ambiente virtual já estão postados projetos de pesquisas, informações e contatos dos pesquisadores envolvidos, assim como o departamento ou laboratório em que o estudo é vinculado. Também constam no site todas as matérias produzidas pela Assessoria de Comunicação (Ascom-UFPE) que abordam o tema da covid-19. Além disso, todas as ações que os campi do Agreste e de Vitória de Santo Antão estão promovendo pelo enfrentamento ao coronavírus, como por exemplo a produção de máscaras 3D para hospitais.  

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Para a pró-reitora, Carol Leandro o portal é fundamental para manter a população informada. “ O portal será um suporte seguro para a sociedade se manter informada com bases científicas a respeito desse assunto. A sociedade vai poder acompanhar o desenrolar das pesquisas, além de tomar conhecimento das ações pontuais que todos os campi da Universidade estão adotando para enfrentar a pandemia”, disse.

Com o intuito de tornar o acesso às informações mais eficiente, foram criados eixos temáticos, diagnóstico de identificação do vírus, economia e sociedade, políticas públicas de saúde e indústrias criativas.  

“A iniciativa visa a disseminação do conteúdo e o conhecimento gerados através dos estudos interdisciplinares relacionados a esse novo tipo de vírus. Estamos disponibilizando iniciativas científicas que congregam muitos saberes convergentes para o mesmo propósito”, relata o diretor de Pesquisas da Propesq, professor Pedro Carelli.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, lançou neste sábado, 24, no Rio de Janeiro, para prefeitos, secretários e políticos do Estado, o Observatório Legislativo da Intervenção Federal da Segurança Pública do Estado do Rio.

A ideia é acompanhar de perto a intervenção decretada no dia 16 de fevereiro, dando transparência aos dados que serão produzidos pelo Exército, como prisões e operações, e acompanhando o orçamento destinado.

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"O planejamento (da intervenção) ainda está sendo elaborado. Queremos que saia o mais rápido possível, porque não podemos ficar nesse limbo, de ter a intervenção, mas não ter o planejamento", disse Maia ao encerrar o evento que lotou o auditório de um hotel na zona sul do Rio.

Perguntado se a ação realizada pelo Exército na sexta-feira, 23, de fotografar e fichar os moradores de três favelas do Rio, não seria um abuso contra os direitos humanos, Maia se esquivou dizendo que "é muito perigoso criticar a operação no seu início", mas afirmou que assim que o Observatório for instalado, na próxima quinta-feira (1º de março), as ações da intervenção serão analisadas e se tiver havido abuso, "a denúncia será encaminhada para órgãos competentes".

Ele afirmou que o Estado "não está sofrendo um momento de restrição de direitos" e que a população "acha positiva a intervenção". "Não é ele (Estado) que impede o direito de ir e vir delas (pessoas), é o tráfico", concluiu.

Mais cedo, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) afirmou que políticos fluminenses vão formar também uma Comissão Externa para fiscalizar a intervenção, e criticou o comportamento do Exército até o momento.

"Não tem planejamento, o decreto (da intervenção) é um cheque em branco para as Forças Armadas, vamos acompanhar e denunciar qualquer abuso", disse a jornalistas.

Rodrigo Maia não soube informar quantas pessoas formarão o Observatório, mas garantiu que será composto apenas por servidores federais, que ficarão sediados no Rio de Janeiro. Além da fiscalização da intervenção, o observatório vai acompanhar também a situação da educação e da saúde do Rio, para diagnosticar como esses setores podem melhorar, evitando que o "jovem vá para o tráfico", nas palavras de Maia.

A vista do topo da Torre Alta da Amazônia é incrivelmente monotemática: floresta verde a perder de vista, em todas as direções. Construída numa região de mata preservada, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, ela é o local ideal para discutir a relação entre biosfera e atmosfera.

Aparelhos conectados à torre monitoram continuamente uma série de parâmetros relacionados à formação de nuvens, fluxo de gases, radiação solar, cobertura foliar, dispersão de partículas e vários outros fatores que influenciam a interação entre o clima e a floresta.

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O tamanho da torre é crucial neste momento: quanto mais alto é feita a medição, maior é a área representada por ela. O ar coletado a 325 metros de altitude carrega informações de centenas de quilômetros quadrados de floresta ao redor.

O monitoramento a longo prazo também é essencial, por causa das variações naturais que ocorrem ano a ano.

"O Atto foi construído para ser um projeto de décadas", diz o pesquisador Antonio Manzi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que coordenou a criação e implementação do observatório pelo lado brasileiro, atuando pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) até 2015. "São dados que vão nos permitir representar a Amazônia de forma muito mais realista nos modelos meteorológicos e climáticos."

Uma das perguntas fundamentais que os cientistas esperam responder é se a Amazônia é uma fonte ou um "sumidouro" de gás carbônico. Ou seja: ela mais emite ou mais absorve carbono da atmosfera?

Não é uma conta fácil. Estudos recentes indicam que as florestas tropicais do mundo, fragilizadas pelo desmatamento e degradação ambiental, estão emitindo mais carbono do que conseguem absorver. Mas numa floresta do tamanho da Amazônia é difícil extrapolar qualquer coisa. O Atto permitirá ver como esse fluxo funciona numa floresta intacta. "Para todos os cientistas que estudam mudanças climáticas, a Amazônia é uma peça-chave", diz a pesquisadora Susan Trumbore, do Instituto Max Planck. A subutilização da torre, segundo ela, seria um prejuízo para a ciência mundial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É só olhar para o céu para ver uma lua cheia maior e mais luminosa. Na próxima segunda-feira, o satélite estará mais perto da Terra, oferecendo um espetáculo inédito em quase 70 anos. "Os observadores terão a impressão de que a Lua é gigante", diz à AFP Pascal Descamps, do Observatório de Paris.

Haverá uma "superlua", resultado de dois fenômenos astronômicos concomitantes: a fase de Lua cheia e o momento em que o astro, cuja órbita é elíptica, estará o mais perto possível da Terra. Por isso parecerá maior e mais brilhante do que o normal.

A Lua atingirá seu perigeu, o ponto de órbita mais próximo ao centro do nosso planeta, às 11h22 GMT (9h22 de Brasília) e estará cheia às 13h52 GMT (11h52 de Brasília). Ao anoitecer, será vista a partir do mundo inteiro. "Uma superlua pode ser até 14% maior e 30% mais luminosa que uma Lua cheia no seu apogeu" (posição na sua órbita na que se encontra mais afastada da Terra), segundo a Nasa.

Há uma "superlua" a cada ano e 48 dias, mas "algumas são mais 'super' que outras", explica o astrônomo francês. Na segunda-feira, a Lua estará a 'apenas' 356.509 km da Terra - a distância média é de 384.400 km. 

"É necessário remontar a 26 de janeiro de 1948 para ter uma superlua cuja distância em relação à Terra seja menor" do que essa", afirma Pascal Descamps. E teremos que esperar até 25 de novembro de 2034 para que a Lua se aproxime mais de nós. Daí que, desta vez, ela foi batizada de "superlua extra", uma acumulação de prefixos utilizada pela Nasa.

Ilusão de ótica

Todos poderão aproveitar o espetáculo, inclusive os que costumam dormir cedo. Basta olhá-la quando ela aparecer.

"Se for observada ao nascer, o efeito da superlua será dobrado, devido a um efeito conhecido como ilusão lunar", diz Pascal Descamps. Esta ilusão de ótica faz com que o satélite da Terra pareça maior quanto está perto do horizonte do que quando está alto no céu.

Além disso, "como o sistema Terra/Lua se aproximará da época do ano em que está mais perto do Sol (em 4 de janeiro de 2017), a Lua vai receber mais luz solar do que o habitual, o que também aumentará seu brilho aparente", de acordo com a Associação Astronômica Irlandesa (IAA).

Observável a partir de todos os lugares (se as condições meteorológicas permitirem, é claro), o show será para todos visível a olho nu. Mas, com binóculos ou um telescópio, a superfície lunar poderá ser escrutada como nunca.

Nunca se sabe, talvez possamos ver rostos, animais ou outras figuras na superfície do astro, como contam lendas antigas. "E compreender por que nossos antepassados imaginavam ver coisas na Lua", comenta Mark Bailey, diretor emérito do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte. Para este astrônomo, eventos como esse têm a vantagem de incentivar os cidadãos a olharem para o céu.

"Precisamos tentar fazer com que as pessoas estejam mais atentas para perceber seu ambiente natural", disse o cientista, que lamenta que prestemos tão pouca atenção a esta Lua que se apresenta todas as noites sobre nossas cabeças.

Começou a ser erguida, no coração da selva amazônica, uma torre de 330 metros de altura que vai monitorar de forma contínua, por pelo menos 20 anos, as complexas interações entre a atmosfera e a floresta. Repleto de instrumentos científicos de alta tecnologia, o observatório - que será o maior e mais completo do gênero no mundo - medirá com precisão sem precedentes os fluxos amazônicos de calor, água e gás carbônico, além de analisar minuciosamente os padrões de ventos, umidade, absorção de carbono, formação de nuvens e parâmetros meteorológicos.

Com o estudo das trocas de massa e energia que ocorrem entre o solo, a copa das árvores e o ar acima delas, a Torre Alta de Observação da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) deverá gerar conhecimento inédito sobre o papel do ecossistema amazônico no contexto das mudanças climáticas globais.

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A logística para a construção da estrutura e os esforços empreendidos para viabilizar o projeto foram dignos de uma epopeia. Em 2007, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, formalizaram a parceria para construir o observatório - um sonho de décadas.

Foi preciso realizar extensos estudos para escolher o local, pois, destinada a monitorar o sensível ambiente amazônico, a torre precisaria ser construída longe de qualquer aglomeração humana. Ela deveria também se situar em uma área de terra firme da floresta, o que permitiria extrapolar para todo o bioma os dados obtidos.

Ao longo de sete anos, cientistas, técnicos e operários percorreram incansavelmente o trajeto que vai de Manaus até o local escolhido para a torre: depois de 170 quilômetros de estrada até o Rio Uatumã, na região da Barragem de Balbina, é preciso rodar mais 40 km em estradas de terra, em carros com tração nas quatro rodas. A partir daí, segue-se um trecho de 65 km em lanchas até uma trilha de 13 km mata adentro. "Tínhamos de percorrer essa trilha em quadriciclos, usando um trator para os equipamentos mais pesados. Era um caminho acidentado e difícil", contou um dos coordenadores do projeto Atto, Antonio Manzi, do Inpa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de mortes no conflito na Síria, que já dura três anos, superou 150 mil pessoas, disse o grupo ativista Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres. O observatório ressaltou ter documentado 150.344 mortes no embate, que começou em março de 2011. A contagem tem como base informações recebidas pelo grupo de uma rede de informantes dentro da Síria.

Em janeiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter parado de atualizar a contagem de mortes na Síria porque não conseguia mais verificar as fontes de informação. O último levantamento, do fim de julho, totalizava pelo menos 100 mil mortos no conflito.

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Das 150.344 pessoas que morreram no conflito, a maioria - ou 75.487 - era de civis, incluindo 7.985 crianças e 5.266 mulheres, disse o observatório. Entre os mortos, também estavam 26.561 combatentes rebeldes, 35.601 soldados sírios, 22.879 combatentes de milícias leais ao presidente Bashar Assad e 11.220 combatentes estrangeiros que lutavam ao lado da oposição.

Nesta terça-feira, confrontos entre o governo e rebeldes se concentraram em vários subúrbios da capital, Damasco, controlados pela oposição e na província de Alepo, no norte do país, onde os rebeldes conseguiram conquistar áreas extensas e distritos inteiros da cidade de Alepo. Os rebeldes capturaram esses pontos em uma ofensiva em 2012. O grupo também relatou embates na província de Daraa, no sul do país, local onde começou o levante.

A agência de notícias oficial da Síria, Sana, disse que os terroristas, termo que usa para descrever os rebeldes, dispararam morteiros contra um distrito controlado pelo governo em Alepo, matando cinco pessoas e ferindo outras 26. Ainda conforme a Sana, uma pessoa morreu e duas outras ficaram feridas em ataques separados com morteiros nos distritos de Zablatani e Abassyeen da capital. Fonte: Associated Press.

Estrelas de um novo tipo, cuja luminosidade é mutável e se diferencia das "variáveis ou pulsantes", foram descobertas por uma equipe suíça de astrônomos do Observatório de La Silla, Chile, revelou nesta quarta-feira a revista "Astronomy and Astrophysics". A descoberta se baseia na medição regular de mais de 3.000 estrelas situadas no agrupamento galático NGC 3766 ao longo de sete anos.

A descoberta foi feita por uma equipe de astrônomos de Genebra, que trabalhou com o telescópio suíço Euler, instalado no Observatório de La Silla, que pertence ao Observatório Europeu Austral (ESO). Nesse agrupamento galático, a equipe de Nami Mowlavi descobriu um grupo de 36 estrelas que apresentam "ínfimas variações de sua luminosidade, da ordem de 0,1% do brilho normal das estrelas", indicou o ESO em um comunicado.

A periodicidade dessas variações está entre duas e vinte horas. Essas estrelas de novo tipo, que ainda não receberam um novo, são levemente mais quentes e brilhantes que o Sol, indicou o ESO. "A existência desta nova classe de estrelas variáveis constitui um desafio para os astrofísicos", explicou Sophie Saesen, uma das integrantes da equipe de pesquisa.

"Os modelos teóricos atuais não preveem que a luz varie periodicamente e nosso esforço consiste, por isso, em conhecer melhor o comportamento desse novo tipo de estrela", acrescentou. A origem das variações é desconhecida, mas os astrônomos observaram que algumas parecem ter uma rotação rápida, superior a sua "velocidade crítica", limite a partir do qual as estrelas se tornam instáveis e ejetam matéria ao espaço.

"Nestas condições, a rotação rápida terá um impacto importante em suas propriedade internas", afirmou Nami Mowlavi. O estudo das variações de luminosidade das estrelas variáveis ou pulsantes criaram um novo ramo da astrofísica, a asterosismologia (ou astrosismologia, ou sismologia estelar).

A Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC) lança no dia 1º de junho o Observatório Brasileiro da Economia Criativa (Obec), que vai coordenar a implantação de unidades como essa em todos os estados. No mesmo dia, será lançado o Fórum Permanente da Economia Criativa.

O assunto é tema de seminário que começa hoje (10) em Nova Friburgo, no Rio, com a participação da  secretária de Economia Criativa do MinC, Cláudia Leitão. O Seminário Serrano de Economia Criativa irá até amanhã e tem o objetivo de  mostrar aos empreendedores da região como podem transformar elementos como inovação e criatividade em ferramentas para atingir o desenvolvimento econômico. A ideia é inserir a economia criativa como estratégia de desenvolvimento para a região serrana do estado do Rio.

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A secretaria  está liberando recursos, no valor de R$ 7 milhões, para bolsas na área de software (programas de computador) em 14 estados. Em 2013, o projeto será ampliado para mais 13 estados. “Até 2013, já teremos um observatório de pesquisa para essa economia em cada estado. São recursos destacados da secretaria para as universidades federais”, disse Cláudia. Ela explicou que esses observatórios vão ajudar a medir a dimensão da economia criativa nos estados. A expectativa é divulgar, ainda este ano, os primeiros números relativos ao setor.

No dia 1º de junho, também será assinado convênio entre a secretaria e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), visando à formulação da Conta Satélite da Cultura, que vai desagregar os dados dessa área. “Daqui a quatro anos, teremos o Produto Interno Bruto (PIB) dessa economia, ou seja, o que os segmentos criativos agregam ao PIB brasileiro”. O IBGE já está trabalhando há três meses com a secretaria nesse projeto.

Claudia Leitão assina, no dia 31 de maio, parceria  com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Como o Brasil tem 27 estados, mas apenas 18 institutos de pesquisa estaduais, a secretária disse que a ideia  é, a partir do convênio com o Ipea, estimular a criação  de institutos onde eles não existem. Essa é a meta até 2014. “Um estado não pode deixar de ter um instituto de pesquisa. Como é que ele formula política pública se não tem informação, dados, sobre ele próprio?”, indagou.

O Ipea já está trabalhando na criação de uma cesta de indicadores para os estados. Enquanto o instituto cuidará do aspecto qualitativo dos dados, a pesquisa de campo será feita pelo IBGE.  “São dois braços fundamentais para nós”.

Serão firmadas ainda parcerias com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Vamos criar linhas de economia criativa em todas as fundações de amparo à pesquisa no Brasil”. Segundo a secretária, por meio do programa Ciência sem Fronteira, lançado recentemente, pesquisadores brasileiros terão recursos para  estudar nas maiores universidades estrangeiras que  abordam a economia criativa.

Ela anunciou que em setembro deste ano será promovido um seminário com a Capes para discutir a primeira pós-graduação em economia criativa no Brasil. “Há um entendimento de que essa economia é subterrânea, é informal, movimenta muitos arranjos produtivos locais (APLs). As pessoas estão trabalhando e a gente não tem como dizer quanto essa economia movimenta no Brasil”. O interesse é identificar as vocações estaduais e regionais, para que possam ser incentivadas.

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