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O navio humanitário "Ocean Viking" atracou nesta sexta-feira (11) no porto militar de Toulon, sul da França, com 230 migrantes resgatados no Mediterrâneo, na costa da Líbia.

Depois de passar três semanas no mar em uma busca infrutífera por um porto seguro na Itália, o "Ocean Viking" chegou ao cais na cidade francesa às 8h50 locais (4h50 de Brasília).

Este é o primeiro desembarque na França de um navio que ajuda os migrantes no Mediterrâneo, após uma disputa diplomática com a Itália, que se negou a permitir o acesso a seus portos.

"De maneira excepcional recebemos este navio, levando em consideração os 15 dias de espera no mar que as autoridades italianas fizeram os passageiros sofrerem", declarou na quinta-feira o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin.

O ministro criticou o comportamento "incompreensível e contrário ao direito internacional" da Itália, que tem um governo de extrema-direita, e alertou para "consequências" nas relações bilaterais.

O "Ocean Viking" tentou inicialmente atracar nas costas da Itália, as mais próximas do local onde os migrantes foram resgatados.

O governo italiano negou o acesso, alegando que outras nações devem assumir uma responsabilidade maior na recepção ao migrantes que tentam chegar à Europa a partir do norte da África a cada ano.

Os migrantes, que incluem mais de 50 crianças, serão levados para uma zona de espera internacional para aguardar a tramitação das solicitações de asilo.

A embarcação humanitária da ONG SOS Mediterranée, Ocean Viking, resgatou neste domingo (26) 75 migrantes que estavam em "uma embarcação inflável sobrecarregada e em perigo" em águas líbias, aumentando para 90 o número de sobreviventes a bordo, indicou a ONG em comunicado.

Entre os resgatados neste domingo, "nenhum dos quais possuía coletes salva-vidas, estão 34 menores desacompanhados, quatro mulheres grávidas, oito crianças e um bebê de 9 meses", detalhou a ONG sediada em Marselha, no sul da França.

Na sexta, o Ocean Viking já havia resgatado 15 pessoas "que estavam em perigo em uma embarcação de fibra de vidro em águas internacionais em frente à Líbia", indicou a SOS Mediterranée. Estes resgatados também não levavam coletes salva-vidas.

Com a ação deste domingo, o número de resgatados a bordo da embarcação humanitária, fretada pela ONG em associação com a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, chega a 90.

Cerca de 17.000 pessoas cruzaram o Mediterrâneo Central desde o início deste ano, segundo Ministério do Interior italiano.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 1.553 pessoas perderam a vida ou desapareceram no Mediterrâneo em 2021.

O navio humanitário Ocean Viking recebeu autorização da Itália para desembarcar os 180 migrantes resgatados no mar na Sicília, anunciou a ONG SOS Mediterranean neste domingo(05).

"Recebemos instruções das autoridades marítimas italianas para desembarcar os sobreviventes no Porto Empedocle. O navio (Ocean Viking) está no momento navegando para o porto e sua chegada é esperada para amanhã de manhã (segunda-feira)", explicou a ONG a um repórter da AFP a bordo.

Os 180 migrantes, entre paquistaneses, norte-africanos, eritreus e nigerianos, foram resgatados em quatro diferentes operações no Mediterrâneo entre 25 e 30 de junho.

Após vários pedidos às autoridades italianas e malteses, o Ocean Viking só havia recebido respostas negativas dos dois países. A tensão aumentou repentinamente e o navio declarou "estado de emergência" na sexta-feira.

Alguns migrantes ameaçaram a tripulação, outros pularam na água e tentaram suicídio. A chegada no domingo de um médico italiano prometendo um desembarque próximo acalmou a situação.

Os migrantes foram testados para Covid-19 e serão colocados em quarentena.

Após o desembarque do "Open Arms" na ilha italiana de Lampedusa, agora chegou a vez do barco humanitário "Ocean Viking", com 356 migrantes a bordo, que nesta quarta-feira (21) aguarda permissão das autoridades italianas para atracar.

O governo da Itália não respondeu a nenhum dos vários pedidos de desembarque do "Ocean Viking", a última embarcação humanitária no Mediterrâneo, afirmou à AFP Frédéric Penard, diretor de operações da SOS Méditerrannée, que opera com o navio em parceria com a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Pelo décimo dia consecutivo, o "Ocean Viking" se encontra praticamente retido no canal da Sicília, entre Malta e Lampedusa. Depois que as autoridades de Malta proibiram no último momento o abastecimento com água e combustível, a tripulação precisa economizar os recursos.

Diante de jovens africanos que passaram por muitas dificuldades antes do resgate no Mediterrâneo, os comandantes do "Ocean Viking" explicaram a situação crítica no "Open Arms", o que levou alguns tripulantes a pular na água para tentar chegar a nado à costa de Lampedusa.

"Como está previsto no Direito Marítimo, solicitamos primeiros socorros em 9 de agosto aos centros de coordenação de resgates no mar da Itália e Malta para que designassem um porto, no qual as pessoas resgatadas poderiam desembarcar. Até o momento não recebemos nenhuma resposta da Itália e outra negativa da parte de Malta", explicou Penard.

O diretor da ONG declarou que "vários Estados europeus querem acabar com as resoluções caso a caso e estabelecer um sistema" continental de recepção de migrantes.

"Isto é o que pedimos, mas estas pessoas devem desembarcar de modo imediato. As negociações europeias não podem acontecer ao mesmo tempo que 300 pessoas estão bloqueadas no mar em condições difíceis", completou.

Nenhum migrante a bordo acompanhou a crise política em Roma, com a renúncia do primeiro-ministro Giuseppe Conte, mas receberam a notícia do desembarque do "Open Arms", após 19 dias no Mediterrâneo.

"Que Deus nos ouça", afirmou Hanil, um sudanês de 22 anos, que está no "Ocean Viking" com o irmão pequeno Adam, ao lado do qual abandonou seu país há cinco anos.

Os 85 migrantes que a embarcação da SOS Méditerrannée resgatou em um primeiro momento em 9 de agosto já estão há 13 dias a bordo. "Sabem para onde vamos? Quando chegaremos?", perguntam os migrantes.

As perguntas provocam irritação, o que resulta em momentos de brigas a bordo, uma consequência da inatividade, da falta de higiene e, sobretudo, da incerteza.

O diretor da missão da MSF na Líbia, Sam Turner, disse à AFP que "o sofrimento destas pessoas está sendo prolongado no Mediterrâneo e outras morrerão, pois nos impedem de fazer nossas operações de resgate".

Turner recordou que, de acordo com a Guarda Costeira da Líbia, quase metade dos barcos de migrantes que zarpam da Líbia naufragam, o que significa que "centenas de pessoas desaparecem sem deixar vestígios".

O navio humanitário Ocean Viking, da ONG SOS Méditerrannée, resgatou neste domingo 81 pessoas em sua terceira operação de socorro, e já navega com 251 migrantes, após três dias patrulhando águas líbias, comprovou a AFP, presente a bordo.

Um bote de borracha azul transportava dezenas de homens, a maioria sudaneses, que zarparam da líbia na noite de ontem e aplaudiram o navio humanitário quando o viram chegar.

O Ocean Viking segue patrulhando águas internacionais a menos de 100km de Trípoli.

"Estamos sozinhos na área, os guarda-costas líbios não respondem", informou à AFP o coordenador das operações de busca e resgate da SOS Méditerrannée, Nicholas Romaniuk.

Quase dois terços das pessoas resgatadas pela embarcação nos últimos três dias são de nacionalidade sudanesa. Um total de 81% delas têm entre 18 e 34 anos, e 17% são menores de idade.

O Ocean Viking é sucessor do Aquarius e navega com bandeira norueguesa.

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