Tópicos | operação

O deputado estadual Kleber Cristian, conhecido como Binho Galinha (Patriota-BA), é apontado pela Polícia Federal (PF) como o chefe de uma milícia armada que atua em diversos municípios da Bahia. O parlamentar e a organização criminosa são alvo de uma operação policial realizada nesta quinta-feira (7) em Feira de Santana, no interior, e em cidades vizinhas. Entre os crimes cometidos pelo grupo, estão a prática de extorsão, agiotagem, receptação de cargas roubadas, jogo do bicho e mais. 

A ação, batizada como "El Patrón", é feita em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada. Além do parlamentar e civis, há também três policiais militares envolvidos no esquema. Eles seriam responsáveis pela atuação armada do grupo e também são investigados. Ao todo, são 10 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Inicialmente, havia pedido de mandado de prisão contra o deputado, mas a Justiça negou a solicitação da PF e autorizou apenas as buscas. 

##RECOMENDA##

"[Houve] a participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos", informam as autoridades.

Deputado estadual Binho Galinha, do Patriota. Foto: Reprodução/Internet

A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. 

"Consta na denúncia que, desde o ano de 2013, os denunciados integrariam organização criminosa armada liderada por Kléber Cristian Escolano de Almeida, alcunha 'Binho Galinha', e agiriam em comunhão de ações e desígnios, de forma consciente e voluntária, de forma permanente e estável, mediante divisão de tarefas, para o fim de ocultar e/ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e/ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de variadas infrações penais, em especial receptação de cargas roubadas/furtadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem, entre outras" diz a Polícia Federal. 

A Receita também encontrou inconsistências fiscais nas contas dos investigados, movimentação financeira incompatível com os recebimentos líquidos por função, além de imóveis e bens de alto valor não declarados. 

 

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) iniciou nesta terça-feira mais uma operação contra manipulação de resultados no futebol brasileiro. O MP-GO cumpriu mandados de busca e apreensão em oito cidades de cinco estados na investigação de sete partidas, uma delas envolvendo o Flamengo no Brasileirão do ano passado.

A chamada Operação Penalidade Máxima III foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), da Polícia Militar de Goiás, do Cyber Gaeco do Ministério Público de São Paulo e dos Gaecos dos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro, informou o MP-GO.

##RECOMENDA##

No total, as ações desta terça, que são um desdobramento das Operações Penalidade Máxima I e II, cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO), Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. A investigação apura possíveis condutas ilícitas que podem "configurar organização criminosa para fraudar resultados de partidas de futebol (crimes previstos na Lei nº 12.850/13 e nos arts. 198 e 199 da Lei Geral do Esporte)", explica o MP-GO.

O Ministério Público investiga grupo criminoso que tinha por objetivo aliciar jogadores para participar de esquema de manipulação de resultados em partidas do Brasileirão do ano passado e de Estaduais disputados neste ano. Os atletas receberiam pagamentos para levar cartão amarelo e/ou vermelho, fazer pênalti ou contribuir para o placar parcial ou total de uma partida, beneficiando apostadores que também faziam parte do esquema.

De acordo com o MP-GO, sete partidas estão sendo investidas nesta terceira etapa da operação. Uma delas é do Brasileirão do ano passado: Avaí x Flamengo. Há duas da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022: Náutico x Sampaio Corrêa e Náutico x Criciúma.

As demais são de Estaduais deste ano: Goiânia x Aparecidense, Goiás x Goiânia (ambos pelo Campeonato Goiano), Nacional x Auto Esporte e Sousa x Auto Esporte (Campeonato Paraibano).

O MP não revelou quais ações de cada jogo estão sendo apuradas, nem citou nome de jogadores supostamente envolvidos no esquema. Informou apenas que as partidas do Brasileirão e Série B foram disputados no segundo turno das respectivas competições.

A Polícia Civil de São Paulo recuperou 823 celulares em operação realizada nessa terça-feira (21), em endereços no centro da capital paulista. A maioria foi localizada na Rua dos Guaianases, em Santa Ifigênia. O local é considerado o epicentro da receptação de celulares na cidade. Foram apreendidos ainda 30 aparelhos de outros tipos, entre tablets, smartwatches e notebooks.

Agora, a polícia investiga se parte dos celulares recuperados foram furtados em shows do grupo mexicano RBD, que esteve na capital nos últimos dias - foram seis apresentações no total, duas delas no estádio do Morumbi, na zona sul, e outras quatro no Allianz Parque, na zona oeste.

##RECOMENDA##

Como mostrou o Estadão, pelo menos 15 pessoas prestaram queixa por furto somente no show realizado no último dia 12 no Morumbi, quando também houve relatos de arrastão na saída do estádio. No caso do Allianz Parque, foram outras 13 ocorrências de roubo contabilizadas na apresentação de sexta-feira, 17, segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

"A grande parte dos telefones apreendidos, telefones furtados e roubados, vem de shows ou aglomeração de pessoas", diz o delegado Wagner Carrasco, titular da 1.ª Delegacia Antipirataria do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A Polícia Civil, explica ele, ainda apura a origem da maior parte dos aparelhos, mas já há indícios de que parte deles foi subtraída em shows da banda mexicana. "Chegou aqui uma vítima que ela e o amigo foram vítimas no show do Rebelde (RBD)", afirma o delegado.

A operação realizada nesta terça, denominada Off Line 2, envolveu cerca de 50 agentes. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, a maior parte deles em quartos de pensões da Rua dos Guaianases, alvo frequente de operações da Polícia Civil contra a receptação de celulares.

"A gente está com essa investigação há um ano. Só nesse período, já foram realizadas três operações na Rua dos Guaianases", diz Carrasco. Como mostrou o Estadão, ação realizada pela polícia por lá em agosto resultou na prisão de um homem apontado pela polícia como "o maior receptador de celulares" do País. Foram encontrados 312 aparelhos em um endereço ligado a ele.

Dois suspeitos foram presos em flagrante

Nesta terça, além da Rua dos Guaianases, foram cumpridos mandados em endereços no Largo do Arouche e na Avenida da Liberdade. Duas pessoas foram presas em flagrante: um homem senegalês, de 35 anos, e uma mulher brasileira, de 23. As investigações continuam para identificar outros suspeitos.

Para quem teve um celular roubado e quer saber se o aparelho está entre os apreendidos, o caminho indicado pela Polícia Civil é registrar boletim de ocorrência. "Se a pessoa registrou boletim de ocorrência, nós vamos achar o Imei (código identificador) do celular da pessoa e vamos entrar em contato com ela", afirma o delegado Wagner Carrasco.

Em relação às ocorrências no show no Allianz Parque, a Polícia Civil disse, em nota, que todas as 13 ocorrências de furtos e roubos de celulares foram encaminhados ao 23° DP (Perdizes), onde são investigadas. "A equipe da unidade está empenhada e realiza diligências para a localização dos autores dos crimes, bem como pela recuperação dos aparelhos subtraídos".

Sobre os casos registrados no entorno do estádio do Morumbi, a Secretaria de Segurança Pública informou, em nota enviada à reportagem na última semana, que um homem foi preso por policiais com quatro celulares roubados. A SSP negou que tenha havido arrastão na saída do estádio.

"Imagens que circularam nas redes sociais indicando a atuação de vários criminosos, em uma ação conhecida por 'arrastão', se devem à movimentação de pessoas que começaram a correr com a presença de dois criminosos que estavam roubando telefones celulares", disse o texto. A pasta afirmou que, a partir de então, reforçou o policiamento no entorno de estádios que receberiam show.

Nove policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que participaram da operação que deixou dois mortos na Favela do Detran, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, foram detidos em flagrante na Diretoria de Polícia Judiciária Militar; eles foram ouvidos na Casa nesta terça-feira (21). A ação policial, que ocorreu na noite da segunda-feira (20), teria acontecido após uma denúncia de presença de homens armados e tráfico de drogas na comunidade, segundo a versão da Polícia Militar. 

A corporação citou que houve troca de tiros com o efetivo e que os suspeitos teriam sido alvejados em confronto. Já vizinhos e familiares alegam que não houve confronto e que o Bope chegou ao local atirando; outros relatos citam ainda que a família de Bruno Henrique Vicente da Silva, de 28 anos e um dos suspeitos, teria sido retirada da residência para não assistir ao que, supostamente, seriam execuções. Bruno era pai, casado e esperava o segundo filho. Ele também era o dono da casa onde o caso ocorreu. O segundo homem morto foi um amigo de Bruno, identificado como Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, de 31 anos. 

##RECOMENDA##

Imagens cedidas anonimamente à TV Globo mostram um registro de vídeo e áudio no qual um policial do Bope fala para outro “mata os cara”. Não há mais contexto para a declaração do PM e o material ainda deve ser periciado. As polícias Civil e Militar irão investigar o caso.  

Em entrevista nesta terça-feira (21), o diretor adjunto de Planejamento Operacional da Polícia Militar, coronel Fred Saraiva, divulgou as informações parciais sobre o caso. De acordo com o militar, os familiares das vítimas ainda não entraram em contato com a PM, o que pode dificultar na elucidação do caso. A câmera de vigilância que registrou, em vídeo, a operação, não pôde ser apreendida; no entanto, imagens cedidas devem auxiliar na investigação. As armas utilizadas na ação também foram apreendidas. 

"Com a chegada da equipe, foram avistados dois indivíduos em frente a uma residência. Os suspeitos fugiram, adentraram, e de lá efetuaram os disparos de arma de fogo. Essa é a versão dos policiais, de que houve entrada e revide, levando duas pessoas a óbito. [...] O que ocorreu na residência a gente ainda não tem como saber. Na verdade, esse é o objeto de apuração do procedimento realizado na Delegacia do Judiciário Militar. A atuação é para investigar o crime militar, a delegacia serve justamente para isso”, informou Fred.

[@#video#@] 

Perguntado sobre o procedimento de invadir a residência sem mandado de prisão ou apreensão, Fred disse que a equipe estava autorizada, pois teria flagrado suspeitos armados ainda em via pública, antes dos homens entrarem na residência onde posteriormente foram alvejados. “Numa situação de flagrância, é possível sim. Foi um flagrante de crime que iniciou em via pública. Os policiais não sabem a quem pertenceria aquela residência, então, a entrada de suspeitos numa casa poderia ensejar perigo a quem estivesse lá dentro”, acrescentou. 

Segundo Fred, a presença do tráfico de drogas é forte na comunidade e a PM não pode recuar no combate às organizações criminosas, mas também há preocupação sobre os excessos policiais e desvios de missão, o que feriria o código de conduta militar diretamente, podendo acarretar punição. O coronel ainda afirma que, caso seja confirmada, a conduta dos agentes pode resultar numa prisão administrativa pelo descumprimento de alguma norma administrativa da corporação ou uma atuação em flagrante por crime militar. 

"Há a possibilidade de crime de descumprimento de missão, por exemplo, se eles estavam indo para Casa Amarela, mas deliberadamente, sem ordem superior, desviaram para outro local, isso caracteriza um descumprimento de missão. [...] A gente precisa entender que existe a presença de tráfico em algumas comunidades e isso é grave, indivíduos violentos, relativamente bem armados e dispostos para o confronto. A gente não pode dizer que todo confronto tem sua origem na vontade do policial, pelo contrário, em troca de tiros, a vida do policial também está em risco", disse. 

Dois homens morreram durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) nessa segunda-feira (20), na Favela do Detran, comunidade no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Segundo a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), as mortes aconteceram durante um confronto entre o efetivo e suspeitos de tráfico de drogas. O caso aconteceu por volta das 19h30 e foi registrado por uma câmera de vigilância residencial. Imagens mostram o momento em que as equipes chegam armadas ao local, arrombam uma casa e, em seguida, abrem fogo. 

Poucos minutos depois, o mesmo registro mostra dois policiais removendo um corpo enrolado por um lençol branco e levando-o ao camburão. Os dois homens mortos foram identificados como Rhaldney Fernandes da Silva, de 31 anos, conhecido como “Moranguinho”, e Bruno Henrique Vicente da Silva, o “BH”, de 28 anos. Relatos de moradores citam, pelo menos, 20 disparos de arma de fogo durante a ação. Apesar da versão policial falar em troca de tiros, vizinhos e familiares alegam que a polícia já chegou atirando, sem a confirmação da denúncia.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a polícia, na casa, foram apreendidos 527 gramas e mais 28 embrulhos pequenos (“big-bigs”) de maconha, 150 pedras de crack, uma balança de precisão, dois revólveres calibre 38 e 12 munições, sendo nove deflagradas. O material das apreensões ainda não foi apresentado à imprensa.

Os suspeitos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, mas não resistiram aos ferimentos. "Houve troca de tiros entre as vítimas e o efetivo policial. As vítimas foram socorridas, porém não resistiam aos ferimentos", afirmou a Polícia Civil. 

Na manhã desta terça-feira (21), nove policiais, envolvidos na operação, foram ouvidos pela Diretoria de Polícia Judiciária Militar. Só após, será apurado se houve quebra dos protocolos policiais, para que se possa definir responsabilidades na operação. O caso foi registrado na Polícia Civil como tentativa de homicídio e homicídio decorrente de intervenção policial e as investigações seguem "até o esclarecimento do caso". 

[@#video#@]

Policiais federais fazem nesta terça-feira (14) uma ação contra o tráfico internacional de drogas ilícitas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo criminoso usava o Porto de Itaguaí, no Rio, para enviar cocaína para a África e a Europa. 

A Operação Nephelos cumpre um mandado de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão nas cidades fluminenses do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Itaguaí, Itaboraí e Angra dos Reis, além do município de Santos (SP).  

##RECOMENDA##

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal do Rio, que também determinou o bloqueio de bens, que seriam pertencentes a integrantes do grupo criminoso, no valor de R$ 3,15 milhões. A PF identificou imóveis, veículos, lanchas e cavalos, que eram usados para lavar dinheiro. 

As investigações começaram a partir de uma apreensão de 342 quilos de cocaína, que estavam escondidos em toras de madeira, no Porto de Itaguaí, em abril de 2021. O carregamento seria enviado à Europa.

Os investigadores conseguiram identificar a estrutura montada pela quadrilha para burlar as fiscalizações portuárias e aduaneiras. O grupo estaria envolvido ainda, segundo a PF, com o comércio ilegal de armas de fogo, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.  

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino (PSB), prestou novos esclarecimentos sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga a possível atuação de um grupo terrorista no Brasil. Sem citar Israel, o chefe da pasta ressaltou que a investigação foi iniciada antes da nova fase da guerra no Oriente Médio, e que não tem relação com aspectos da política externa. A declaração ocorre após o Governo de Israel emitir nota, alegando que “ajudou” o Brasil a identificar e a prender dois suspeitos de atuarem, no Brasil, pelos interesses do Hezbollah, grupo radical financiado pelo Irã. 

“O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais. Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu Flávio Dino. 

##RECOMENDA##

Nessa quarta-feira (8), a PF deflagrou uma operação para "interromper atos preparatórios de terrorismo e apurar um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas" no Brasil. Dois homens foram presos, apontados como "recrutados" pelo grupo Hezbollah. O grupo sob suspeita planejava ataques contra prédios da comunidade judaica no Brasil. Um dos alvos foi preso do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao retornar do Líbano. 

Após a prisão, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez uma publicação agradecendo o empenho das forças de segurança do Brasil e creditou o Mossad, órgão de inteligência israelense, pelos trabalhos que levaram às prisões dos possíveis membros da célula terrorista. Dino, apesar de ter reforçado a recorrência e importância das cooperações internacionais, destacou que, quando o relatório da operação estiver pronto, será compartilhado exclusivamente com o Judiciário brasileiro. 

“Quem faz análise da plausibilidade de indícios que constam de relatórios internacionais são os delegados da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso Poder Judiciário. Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é dever da Polícia Federal investigar, para confirmar ou não as hipóteses investigativas”, continuou. “A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais”. 

Por fim, o ministro informou que o órgão não investiga a política externa e que as investigações da Polícia Federal começaram antes da deflagração das tragédias em curso na cena internacional. Desde os anos 2000, a polícia brasileira investiga a relação do Hezbollah com grupos criminosos no Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).  

[@#video#@] 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 8, uma operação para "interromper atos preparatórios de terrorismo e apurar um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas" no Brasil. Batizada Trapiche, a ofensiva prendeu temporariamente dois investigados, apontados como "recrutados" pelo grupo Hezbollah. O grupo sob suspeita planejava ataques contra prédios da comunidade judaica no Brasil.

Um dos alvos foi preso do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Agentes da PF ainda fizeram buscas em onze endereços em Minas Gerais (7), Distrito Federal (3) e São Paulo (1). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Belo Horizonte.

##RECOMENDA##

De acordo com a PF, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas para tais delitos, somadas, pode chegar a 15 anos de reclusão.

Alvos no Líbano

Segundo o portal G1, a Polícia Federal acionou a Interpol para prender outros dois brasileiros que estão no Líbano e são investigados no bojo da Operação Trapiche. Os investigadores constataram inclusive que alguns dos suspeitos viajaram para Beirute, para encontros com o Hezbollah. As apurações tiveram início com informações colhidas pela inteligência dos Estados Unidos e de Israel.

O ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Pernambuco, Charles Andrews Sousa Ribeiro, e o empresário Sebastião Figueroa estão entre os cinco presos na Operação Brucia la Terra, deflagrada nesta quarta-feira (1º), pelo Ministério Público do Estado.

A investigação mira um esquema de fraudes em licitações do Detran que, segundo os promotores, teria desviado mais de R$ 64 milhões. A diretoria atual do departamento não é alvo do inquérito e, segundo o próprio Ministério Público, colabora com as autoridades.

##RECOMENDA##

"As fraudes em processos licitatórios envolveram uma intrincada rede de pessoas físicas e jurídicas, algumas de fachada, resultando em sobrepreços de até 2.425% em alguns itens licitados", informou o MP.

Charles Ribeiro pertence ao grupo político do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, que antes de assumir o cargo no governo Lula foi secretário das Cidades de Pernambuco. O ministro não é alvo da operação.

Armas, obras de arte, carros de luxo e quantias em dinheiro vivo ainda não contabilizadas, incluindo dólares e euros, foram apreendidos na operação.

A Justiça de Pernambuco também autorizou o sequestro dinheiro de pessoas físicas e jurídicas, o bloqueio de 29 imóveis e a apreensão de 28 veículos.

Entre os investigados, há empresários e funcionários públicos. Quatro servidores foram afastados das funções e 30 pessoas físicas e jurídicas estão temporariamente proibidas de fechar contratos com o poder público.

Os crimes investigados são organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. O inquérito é tocado em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 30ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital.

A reportagem busca contato com defesa dos citados. O espaço está aberto para manifestação.

O governo federal exonerou, nesta terça-feira (24), Paulo Mauricio Fortunato Pinto, então secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além dele, mais dois diretores do órgão foram dispensados.

Na sexta-feira passada (20), a Abin foi alvo de uma operação da Polícia Federal que prendeu dois servidores, Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli, suspeitos de fazerem uso de um software para espionar ilegalmente políticos, advogados, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram demitidos.

##RECOMENDA##

A circulação de trens no ramal Santa Cruz, que atende à zona oeste no Rio, permanece alterada na manhã desta terça-feira (24). Apesar de as estações entre Santa Cruz e Campo Grande terem sido reabertas, o início da circulação de trens se deu às 4h, mais tarde que o normal, e houve suspensão de trens especiais e expressos que atendem à região.

Milicianos atacaram uma composição de trem da Supervia que partia de Santa Cruz na noite de segunda (23),  e a cabine do veículo foi incendiada. Segundo a concessionária, passageiros e maquinista desembarcaram em segurança. Com o ataque, a circulação de trens foi suspensa entre Campo Grande e Santa Cruz, fechando seis estações.

##RECOMENDA##

Ônibus incendiado na Zona Oeste do Rio de Janeiro        Foto: Reprodução/X

Os ataques ocorreram após uma operação da Polícia Civil de combate à maior milícia do estado, que atua na zona oeste da capital. Matheus da Silva Rezende, o Faustão, acusado de ser um dos líderes da milícia na zona oeste da capital, morreu durante a ação, e milicianos iniciaram uma série de atentados ao transporte público.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, 35 veículos foram incendiados entre a tarde e a noite de ontem. Esse foi o maior ataque a ônibus já registrado em um único dia na cidade, segundo o sindicato.

Ao menos cinco veículos articulados do BRT também foram queimados, além de uma das estações do BRT Transoeste, que teve a circulação totalmente suspensa. O corredor é uma importante ligação entre Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande.

"A operação na zona oeste está em processo de normalização na manhã de hoje. As empresas do consórcio Santa Cruz estão empenhadas em regularizar o serviço no menor prazo possível", disse o Rio Ônibus.

A MOBI Rio, que opera o BRT, informa que os serviços dos corredores Transcarioca e Transolimpica estão operando normalmente, mas o Transoeste está com intervalos irregulares. Os serviços das linhas eventuais Pingo D'água, Magarça e Mato Alto, os "diretões", já começaram a funcionar, mas o diretão Santa Cruz x Alvorada ainda não.

Às 23h15 de ontem, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que o município retornou ao Estágio de Mobilização, devido à redução  dos impactos provocados pelos ataques a ônibus iniciados na tarde de ontem.

O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.

A Polícia Federal (PF) identificou mais dois alvos de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). O jornalista Glenn Greenwald e o marido dele, o ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ), que morreu em maio, estão na lista dos telefones rastreados por meio do sistema FirstMile. Os servidores suspeitos de terem feito o uso irregular da ferramenta foram detidos pela PF na sexta-feira (20), na Operação Última Milha.

Os celulares dos dois estão na relação de números de telefones entregues pela Abin ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A informação foi obtida pelo jornal O Globo com fontes da PF.

##RECOMENDA##

A Abin fez 33 mil monitoramentos ilegais por meio do programa durante a gestão de Bolsonaro. Segundo os investigadores, 1.800 usos do software foram destinados à espionagem de políticos, jornalistas, advogados, ministros do STF e adversários do governo do ex-presidente. Para não deixar vestígios, a "gangue Abin de rastreamento", como os investigadores têm chamado os servidores, apagou dos computadores a grande maioria dos acessos, segundo a TV Globo.

Glenn Greenwald fundou o site The Intercept Brasil e foi um dos responsáveis por noticiar o caso da "Vaza Jato", que mostrou mensagens interceptadas por hackers entre agentes da Operação Lava Jato. O jornalista americano se tornou conhecido após publicar uma série de reportagens sobre arquivos do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que denunciou espionagem ilegal de governos estrangeiros.

David Miranda foi vereador Rio de Janeiro e, depois, eleito deputado federal. David chegou à Câmara para assumir a vaga deixada por Jean Wyllys (PSOL-RJ), que desistiu de assumir o seu terceiro mandato e optou por deixar o País, em 2019, diante do número crescente de ameaças que passou a receber desde a eleição do então presidente Jair Bolsonaro. No Legislativo federal, teve diversos embates com o clã Bolsonaro.

O sistema FirstMile é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição. Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o software se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de deslocamento do dono do celular.

Segundo a PF, o grupo sob suspeita teria usado um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo do ex-presidente. À época, a agência era comandada por Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

Em nota, após a operação na sexta, a Abin diz que a Corregedoria-Geral da agência concluiu, em 23 de fevereiro de 2023, uma correição extraordinária - apuração interna - para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em dezembro de 2018. A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa no dia 21 de março. De acordo com a Abin, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021.

"Desde então, as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela Abin para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal. Todas as requisições da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas pela Abin. A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações. A Abin vem cumprindo as decisões judiciais, incluindo as expedidas na manhã desta sexta-feira (20). Foram afastados cautelarmente os servidores investigados", diz em nota.

Uma operação da Polícia Federal colocou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no centro de uma investigação sobre espionagem de políticos, advogados, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Nesta sexta-feira (20), dois servidores da agência foram presos sob suspeita de usar indevidamente um sistema de geolocalização de celulares do órgão. Segundo a PF, o sistema FirstMile fez 33 mil monitoramentos ilegais sob a gestão Bolsonaro.

Pelo menos 1,8 mil usos desse programa foram destinados à vigilância ilegal de adversários do governo do ex-presidente, conforme informações do jornal O Globo. A lista inclui um homônimo do ministro do Supremo Alexandre de Moraes - o que, para os investigadores, reforça a suspeita de que o magistrado tenha sido alvo do esquema de monitoramento pela agência. Para não deixar vestígios, a "gangue Abin de rastreamento", como são chamados os servidores alvo da operação, apagou dos computadores a grande maioria dos acessos, de acordo com reportagem da TV Globo.

##RECOMENDA##

O sistema FirstMile é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição. Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o software se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, informar o histórico de deslocamento de quem está com o celular (mais informações nesta página).

A PF afirmou que o grupo sob suspeita teria usado um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" para rastrear celulares "reiteradas vezes". À época, a Abin era comandada por Alexandre Ramagem, aliado de Bolsonaro e hoje deputado federal pelo PL do Rio.

Reunião

Na reunião ministerial de abril de 2020 - que levou à abertura de inquérito para apurar possível interferência de Bolsonaro na PF - o então presidente reclamou de não receber informações da PF e outros órgãos de segurança. "Sistemas de informações, o meu funciona. O meu particular funciona. Os que têm oficialmente desinformam. E, voltando ao tema, prefiro não ter informação a ser desinformado em cima de informações que eu tenho", disse.

Em nota, a Abin disse que a corregedoria-geral da agência concluiu, em fevereiro deste ano, correição extraordinária - uma apuração interna - para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em 2018. A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa no dia 21 de março. De acordo com a Abin, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021. Ramagem, por sua vez, afirmou que o FirstMile foi adquirido antes do governo Bolsonaro e que, ao assumir a agência, determinou uma auditoria interna e encaminhou o contrato do sistema de espionagem para a corregedoria interna.

Detidos

Os dois servidores presos ontem são Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycky. Eles foram detidos no Distrito Federal. Em 2016, Izycky participou como palestrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre crimes cibernéticos, na Câmara dos Deputados. Ele atuou em investigações contra terrorismo cibernético por ocasião da visita do papa Francisco ao Brasil, em 2013, e da Copa do Mundo de 2014. Naquele período, atuava também em questões de segurança envolvendo os Jogos Olímpicos do Rio, realizados em agosto de 2016.

De acordo com a PF, "além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão".

Além de vasculharem a sede da Abin, em Brasília, agentes fizeram buscas em endereços em São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina. As ordens foram expedidas por Alexandre de Moraes, que determinou, ainda, o afastamento de cinco funcionários da agência - dois eram diretores do órgão. Na casa de um deles, Paulo Maurício, a PF apreendeu quase US$ 172 mil em espécie durante as diligências. Outro alvo da operação é o filho do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro. Caio Cesar dos Santos Cruz teria participado das tratativas de venda do programa usado indevidamente para espionagem.

Crimes

A investigação mira possíveis crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. As defesas dos citados não foram localizadas pela reportagem.

A Abin é o órgão principal do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e tem como função fornecer informações estratégicas ao Palácio do Planalto. Os informes são enviados ao Executivo via relatórios, com a finalidade de evitar possíveis ameaças ao estado democrático de direito e à soberania nacional. O atual diretor-geral da Abin é Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa Civil da Presidência da República demitiu, na noite desta sexta-feira (20), os dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que foram presos pela Polícia Federal, suspeitos de estarem envolvidos com a espionagem ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, advogados e jornalistas.

De acordo com a nota publicada pela pasta, o motivo da demissão foi outro. A Casa Civil afirma que Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli cometeram infrações administrativas ao interferirem no pregão que contratou uma empresa de tecnologia para "coleta de dados e diversas fontes da internet". Eles teriam se apresentado como "sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO" no processo de licitação.

##RECOMENDA##

A operação da Polícia Federal desta sexta-feira vasculhou a sede da Abin e 25 endereços espalhados em todo o País. A corporação afirma que o sistema FirstMile foi usado 1.800 vezes para monitorar os passos de autoridades através do uso dos sinais de 2G, 3G, 4G e 5G.

Leia a íntegra da nota da Casa Civil:

Demissão de servidores da Abin

A Casa Civil da Presidência da República informa que foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta sexta-feira (20), a demissão dos servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A decisão foi tomada após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076).

O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet.

Ao assim procederem, os servidores incorreram nas seguintes infrações administrativas:

1. Violação de proibição contida expressamente em lei - atuação em gerência e administração de sociedade empresária - Art. 117, inciso X, da Lei 8112/90;

2. Improbidade Administrativa por violação de dever mediante conduta tipificada em lei como conflito de interesse - Conforme artigo 132, inc. IV da Lei nº 8.112/1990, c/c Arts. 4º e 5º, incisos III, IV e V, e 12, todos da Lei nº 12.813/2013, e artigo 11 da Lei 8.429/92.

3. Violação do regime de dedicação exclusiva a que se submetem todos os ocupantes do cargo de Oficial de Inteligência da ABIN - Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008 (art. 2º, I, "a", c/c art. 6º, § 1º).

Um dos alvos da operação Última Milha - aberta nesta sexta-feira, 20, para investigar o uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência para rastrear celulares ilegalmente - é o filho do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz. Caio Cesar dos Santos Cruz teria participado das tratativas de venda do programa usado indevidamente para espionagem.

A ofensiva prendeu os servidores Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky em Brasília nesta manhã por suposto uso do sistema FirstMile para rastrearem celulares 'como meio de coerção indireta para evitar a demissão' em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

##RECOMENDA##

Além disso, os agentes vasculharam 25 endereços em quatro Estados e no Distrito Federal em busca de provas sobre supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

As ordens foram pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin, entre eles dois diretores atuais do órgão.

Na casa de um deles, Paulo Maurício, a PF apreendeu US$ 171.800,00 em espécie durante as diligências cumpridas nesta manhã. A sede da Abin também foi alvo de buscas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (20), a Operação Última Milha para prender dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção. As ordens já foram cumpridas no Distrito Federal.

Agentes ainda vasculham nesta manhã 25 endereços em Brasília (18), Alexânia (GO - 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP - 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC - 1) e Palhoça (SC - 1).

##RECOMENDA##

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin.

A ofensiva mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado o sistema da Abin - um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo Jair Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem.

Os servidores presos nesta manhã teriam usado o "conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão" em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

Dezenas de dragas - embarcação usada no garimpo - foram destruídas pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma operação para combater a extração ilegal de ouro no leito do rio Madeira, em Porto Velho.

Ao todo, 144 balsas usadas por garimpeiros da região foram inutilizadas. A prática é permitida por lei em caso de crime ambiental, para evitar novas infrações. O trabalho envolveu 60 policiais federais e quatro servidores do Ibama e se estendeu por segunda e terça-feira na operação batizada de Metal Líquido.

##RECOMENDA##

A PF estima que cada draga emite quatro toneladas de poluentes, com a queima de combustíveis, e meio quilo de mercúrio por semana.

O mercúrio é usado no garimpo pela capacidade de aderir ao ouro, o que facilita a separação do metal precioso. Depois dessa seleção, o metal é aquecido até evaporar. A maior parte vai para a atmosfera e, com as chuvas, chega aos rios. Por ser um metal altamente tóxico, pode comprometer a saúde de animais e humanos.

"Conseguimos atingir o objetivo de minimizar a atividade de mineração nos rios do Estado, que só causa prejuízos à população", afirma a delegada Larissa Magalhães Nascimento, superintendente regional da Polícia Federal em Rondônia.

A PF informou que estudos feitos pela equipe de perícia técnica da corporação demonstraram a contaminação de ribeirinhos e comunidades indígenas que vivem ou consomem água e peixes provenientes de regiões com alta densidade de dragas de garimpo de ouro. Os índices encontrados, segundo a Polícia Federal, foram três vezes superiores ao limite indicado pela Organização Mundial da Saúde.

Uma operação de retirada de não indígenas das terras Apyterewa e Trincheira Bacajá, no estado do Pará, mobiliza, nesta segunda-feira (2), o Ministério dos Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional de Segurança Pública, além de mais 11 órgãos ambientais, de segurança pública e inteligência. Cerca de 1,6 mil famílias vivem ilegalmente na região.

De acordo com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), 2,5 mil indígenas dos povos Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrim, distribuídos em 51 aldeias, vivem nas duas terras indígenas que abrangem parte dos municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio. Há ainda registro de indígenas isolados com contato recente com não indígenas na região.

##RECOMENDA##

A Secom informou ainda que a operação acontecerá de forma semelhante a ação ocorrida na Terra Indígena Alto Rio Guamá (Tiarg), nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia e Paragominas, no nordeste do Pará. De maio para junho o governo negociou a saída pacífica de 1,6 mil não indígenas da terra onde vivem 2,5 mil indígenas dos povos Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias próximas ao Rio Guamá.

Segundo a Funai, a presença de estranhos no território indígena, além de representar uma ameaça à integridade dos povos que ali vivem, também pode causar danos ambientais, já que alguns ocupantes promovem a destruição da vegetação nativa para praticar atividades como criação de gado e garimpo, de forma ilegal.

A medida cumpre uma determinação judicial de devolução da posse e cumprimento do direito de uso exclusivo das terras indígenas pelos povos originários, conforme o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Os outros órgãos que atuam na força-tarefa são o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Comando Militar do Norte, Ministério do Trabalho e Emprego e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Pelo menos seis pessoas morreram nesta sexta-feira, 22, durante megaoperação conjunta das forças de segurança na Bahia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, entre os mortos estão dois suspeitos de chefiar o tráfico de drogas em comunidades de Salvador.

Batizada de Operação Saigon, a ação desta sexta conta com cerca de 400 agentes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. A operação acontece na região do bairro de Águas Claras. Até o fim da manhã, além dos seis mortos, 15 suspeitos haviam sido presos. Os policiais tentam cumprir um total de 43 mandados, incluindo de busca e apreensão.

##RECOMENDA##

De acordo com a SSP, dentre os mortos estão Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como "Firmino", que seria uma das lideranças do tráfico de drogas no bairro de Águas Claras. Outro suspeito que morreu na ação é Gilmar Santos de Lima, o "Capenga". Segundo a secretaria de Segurança, ele acumula uma extensa ficha criminal por tráfico de drogas e homicídio.

A mãe e a mulher de Capenga foram presas. Com elas, a polícia encontrou drogas e R$ 8 mil em dinheiro. A mulher do suspeito estava com uma arma.

Crise na segurança pública

Na semana passada, o policial federal Lucas Monteiro Caribé foi morto durante operação conjunta das polícias em Salvador. Na sequência, pelo menos nove pessoas foram mortas em ação da polícia.

A Bahia enfrenta uma crise de segurança pública e também tem registrado alto índice de letalidade policial. Dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que as mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado mais do que quadruplicaram desde 2015. Naquele ano, a taxa de ocorrências desse tipo era de 2,3 para cada 100 mil habitantes. No ano passado, chegou a 10,4.

A Bahia é governada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 16 anos. A Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública - e muito em função dos resultados apresentados na naquele Estado, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022.

Fotos: Haeckel Dias/Ascom-PC

A Polícia Federal realiza duas operações de combate a crimes ambientais nos estados do Acre e Amazonas. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 mandados de busca e apreensão e seis mandados de proibição de acesso e frequência à área florestal.

No Acre, a Operação Terra Prometida teve início após denúncias de moradores da região sobre desmatamento nas terras da Floresta Estadual do Antimary, no município de Sena Madureira. Foram identificados 598 hectares de área desmatada, com prejuízos que alcançam um valor aproximado de R$18 milhões, segundo apontam as investigações da Polícia Federal.

##RECOMENDA##

Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato, que foi condenado a 27 anos de prisão por ser o intermediário que contratou os executores da missionária Doroty Stang, no Pará, é um dos alvos da Operação Terra Prometida. Ele foi beneficiado com redução de pena pela delação premiada e teve a condenação reduzida para 18 anos de reclusão.

Grilagem de terra

No sul do estado do Amazonas, a Operação Xingu identificou 800 hectares de mata nativa amazônica desmatada, entre os municípios de Boca do Acre e Lábrea. As investigações apontam a prática de grilagem de terra pública para criação de gado, que teria causado prejuízo ambiental de cerca de R$ 17 milhões.

Estariam envolvidos nos crimes um grileiro, dois pecuaristas e um técnico de georreferenciamento, responsável por regularizar, de forma ilegal, imóveis rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Cadastro Ambiental Rural.

Os investigados pelas operações podem responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro, com penas, que somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.

 

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando