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A Polícia Federal (PF) vasculhou três endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (10) para colher provas sobre o possível recrutamento de adolescentes pelo grupo jihadista Estado Islâmico. As diligências foram realizadas por ordem da 2ª Vara Federal de Belo Horizonte.

A investigação teve início a partir da prisão de um brasileiro, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que estava prestes a embarcar para se juntar ao Estado Islâmico. A detenção ocorreu em 11 de junho.

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Após acessarem o celular do preso, os investigadores descobriram que ele, através de aplicativos de mensagens, teria recrutado adolescentes para também integrarem o EI.

Segundo a PF, o caso é investigado como crime de corrupção de menores, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Como o crime sob suspeita teria sido praticado em ambiente virtual, a pena é de um a quatro anos de reclusão para cada jovem recrutado.

Além disso, uma eventual sentença contra o investigado pode ser mais pesada em razão de ele ter tentado induzir os menores a cometer infrações previstas na Lei de Terrorismo, consideradas crime hediondo.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (9), a segunda fase da Operação Jogada Ensaiada, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por manipular resultados de partidas de futebol. Entre os envolvidos na atividade, estão empresários, jogadores de futebol e apostadores registrados em sites de apostas. Pelo menos 12 mandados de busca e apreensão foram emitidos a partir da cidade de Aracaju, em Sergipe, mas endereços em outras 10 cidades devem ser alvo das investigações. 

De acordo com a PF, as buscas acontecerão também em Araguaina (Tocantins), Assu (Rio Grande do Norte), Belo Horizonte (Minas Gerais), Campina Grande (Paraíba), Fortaleza (Ceará), Igarassu (Pernambuco), Rio de Janeiro, São Paulo e Sumaré (São Paulo). 

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A operação, cuja primeira fase foi deflagrada em outubro de 2022, estava alocada apenas em Sergipe. No entanto, as investigações revelaram um esquema de âmbito nacional. Foram identificados diálogos nos quais empresários (representantes de jogadores), apostadores e dirigentes combinavam manipulação de resultados de partidas de futebol com objetivo de obter ganhos ilícitos em sites de apostas. Estima-se que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 11 milhões. 

Até o momento, foram identificadas manipulações em jogos de diversos campeonatos estaduais e nos campeonatos brasileiros das séries D e C. Os investigados responderão por crimes previstos na lei geral do esporte e organização criminosa. 

A viúva de Filipe do Nascimento, garçom de 22 anos e uma das 16 pessoas mortas pela Polícia Militar durante a Operação Escudo na Baixada Santista, afirmou ter mudado de Estado após a morte do marido. Em entrevista ao Fantástico deste domingo (6), ela refutou a versão de que o assassinato teria resultado de um confronto entre o marido e os policiais.

"O vizinho falou assim para mim: 'eu vi quando o policial pegou teu marido, jogou lá dentro da casa e lá deram três tiros", disse a viúva ao programa. Segundo ela, policiais militares estiveram no barraco em que ela vivia com Filipe, na comunidade Morrinhos 4, no Guarujá (SP), olharam os documentos do marido e depois voltaram ao local.

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Filipe teria sido executado em outro barraco, a cerca de 30 metros do local onde morava, segundo a versão da viúva. Ela afirma que ele não possuía arma de fogo e que foi capturado quando pegou uma bicicleta para ir ao supermercado comprar macarrão.

"Eu vi um policial pegando a bicicleta e jogou dentro do mangue. Eu falei: 'Policial, essa bicicleta é minha'. A gente era pobre, mas não era traficante. A gente não era ladrão. A gente não era assassino", afirmou ela.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo confirmou que Filipe não possuía antecedentes criminais. Ele era de Pernambuco, trabalhava como garçom em um quiosque da Praia das Astúrias, no Guarujá, e sonhava em ser influenciador.

"A gente ficava tirando um barato, ficava falando que ia ser famosinho. Não chegava problema dele pra mim", afirmou o ex-patrão de Filipe, Douglas Brito, também ao Fantástico.

Operação Escudo

A Operação Escudo foi iniciada no último dia 28, em resposta ao assassinato do soldado Patrick Bastos dos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Desde então, ela resultou em 16 mortes causadas por policiais e já é a mais letal do Estado desde 2006.

A ação policial na Baixada Santista tem sido alvo de uma série de denúncias de agressões e torturas, que ainda estão sendo apuradas. A quantidade de relatos chama a atenção de órgãos de controle. Na última semana, a Defensoria Pública do Estado pediu o "fim imediato" da ação policial no Guarujá e que todos os agentes envolvidos nas 16 mortes de civis sejam temporariamente afastados.

A versão da SSP afirma que as mortes decorreram de conflitos e que os casos são investigados. Em um balanço parcial divulgado neste domingo, a pasta informou que a Operação Escudo já resultou em 160 prisões e na apreensão de quase 480 quilos de drogas ilícitas.

A Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo afirma que a Secretaria da Segurança Pública (SSP), atualmente sob a gestão de Guilherme Derrite, dificultou o acesso do órgão a boletins de ocorrência no começo desta semana. A consulta poderia auxiliar no acompanhamento da Operação Escudo, deflagrada na Baixada Santista na última sexta-feira (28) após o assassinato de um policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) no Guarujá, no litoral paulista.

A ação policial já resultou na morte de 16 civis desde então, segundo balanço oficial, o que faz dela a operação mais letal da PM desde 2006. A Ouvidoria tem tido papel central na coleta de denúncias de agressão, tortura e execução pela população.

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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, todas as mortes decorreram da reação de policiais militares e as ocorrências estão sendo investigadas. A pasta nega que tenha havido interrupção no fornecimento dos boletins de ocorrência.

A Ouvidoria afirma que, anteriormente, uma equipe composta por uma delegada e uma escrivã auxiliava o órgão a obter os boletins de ocorrência registrados nas delegacias. A partir da última segunda-feira, 31, no entanto, a equipe teria sido proibida de pesquisar os documentos para a Ouvidoria.

"Isso tem prejudicado a Ouvidoria inclusive a verificar se está ou não tendo homicídios de autoria desconhecida, que pode ser o tipo de homicídio que caracteriza as mortes, sobre as quais estão chegando denúncias, de pessoas em situação de rua", afirmou o ouvidor da Polícia do Estado, Cláudio Silva.

Segundo ele, foram recebidas informações de que pessoas em situação de rua poderiam estar sendo assassinadas, mas o órgão ainda não conseguiu apurar mais a fundo essas informações. "A Secretaria da Segurança Pública tirou o acesso aos boletins de ocorrência da Ouvidoria", disse o ouvidor.

Silva afirma que uma série de denúncias têm sido recebidas pelo órgão desde que a Operação Escudo foi deflagrada, na última semana. "A situação é avassaladora, do ponto de vista do nível de tensão e aterrorizamento que as pessoas estão", disse ele, que esteve no Guarujá nesta quarta-feira, 2, pela segunda vez na semana.

"Tivemos informação de invasão de casa, inclusive com invasão de banheiro de mulher tomando banho. Agressões físicas, agressões mentais, especialmente a crianças e adolescentes", acrescentou. Como mostrou o Estadão, uma família relata que uma das vítimas foi morta dentro de casa em Santos.

Conforme boletins de ocorrência obtidos pelo Estadão, houve disparos de fuzis por policiais em boa parte das ações. Em um dos casos, policiais relataram ter desferido nove tiros de pistola durante uma ação com um só suspeito. Diante dos relatos, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo pediu o "fim imediato" da operação.

Em depoimento à CPI do MST, Guilherme Derrite minimizou as denúncias e disse que não passam de uma "narrativa". O termo também foi usado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em coletiva de imprensa nesta semana.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que "não houve interrupção no fornecimento dos boletins de ocorrência para a Ouvidoria". "Os pedidos de BOs feitos pelo órgão continuam sendo atendidos seguindo todos os preceitos legais", disse. A pasta disse ainda estar à disposição da Ouvidoria para esclarecimentos.

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

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A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. "Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda", explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, defendeu a Operação Escudo, realizada pela Polícia Militar de São Paulo, que matou pelo menos 14 pessoas no Guarujá, no litoral do Estado. Em depoimento à CPI do MST, ele disse que as denúncias de tortura enviadas ao ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Cláudio Silva, são uma "narrativa" e elogiou a conduta do governo estadual.

"O que existe, pela primeira vez no Estado de São Paulo, é um governador que tem coragem de enfrentar o crime organizado", afirmou Derrite. Ele foi questionado pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) sobre o que ela chamou de "chacina". "Vivenciamos a segunda maior chacina do Estado de São Paulo, só perde para o Carandiru", disse Sâmia. "Não há nenhuma prova de qualquer uma dessas pessoas tenham alguma coisa a ver com o assassinato desse policial."

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O assassinato do soldado militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na última quinta-feira, 27, desencadeou uma grande operação policial nos últimos dias para encontrar os suspeitos envolvidos no crime.

Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

À Rádio Eldorado, o ouvidor das polícias de São Paulo relatou a denúncia de uma pessoa que foi morta, que, antes de ser assassinado, estava com o filho de oito meses no colo e entregou à mãe. "Tem denúncias de tortura e de pessoas adoecidas mentalmente. Tem denúncia de uma pessoa que estava com o filho de oito meses no colo e foi entregue para a mãe e essa pessoa foi morta. Tem denúncias de invasão a casas, de que policiais encapuzados e sem identificação invadem casas. Tem ainda denúncias de agressão contra crianças e adolescentes. Há denúncias de que só estão morrendo os moradores, e os criminosos já não estão mais lá. Tem relatos de que todas as pessoas que têm passagem criminal vão morrer", disse Silva.

Sâmia lamentou o assassinato do policial e reforçou críticas à postura de Derrite. "O senhor acha que é razoável lidar com o tema da segurança pública dessa forma. Mas é um tema sério", afirmou a deputada.

Derrite também afirmou que visitou os dois policiais militares baleados em Santos nesta terça-feira, 1º. Ambos sobreviveram aos ataques.

O secretário de Segurança de São Paulo está na Câmara dos Deputados para relatar as ações do Estado para coibir as invasões de terra em São Paulo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em São Paulo, está um dos maiores palcos de disputas de terra do País: o Pontal do Paranapanema. A região fica no extremo oeste do Estado, perto da divisa com o Paraná.

A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o último envolvido na morte do policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi preso na madrugada desta quarta-feira (2), em Santos. Ele é irmão do homem apontado pela pasta como autor do disparo que matou o policial, preso no domingo (30).

De acordo com a SSP, o suspeito se entregou para os agentes da equipe PM Vítima da Corregedoria da Polícia Militar (PM). Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele, o homem foi preso após prestar depoimento.

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Além dos irmãos, a polícia prendeu um homem na sexta-feira (28) por participação no crime. No mesmo dia, um homem que também teria participado do assassinato do policial foi morto pela PM.

Mesmo após essa prisão, a SSP informou que a Operação Escudo segue “para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado”. Na segunda-feira (31), o secretário da pasta afirmou que a operação terá duração de no mínimo 30 dias.

Integrante da Rede de Proteção Contra o Genocídio, Marisa Fefferman está no Guarujá para um ato, na tarde desta quarta-feira (2), em repúdio às mortes cometidas pelas forças do estado e disse que o clima é de terror. Segundo ela, os policiais estão entrando nas casas e todo o território está se sentindo ameaçado.

“Eles [moradores] estão falando que é um clima de terror total, de tensão total, as pessoas estão morrendo de medo. As pessoas estão com muito medo de ir para o ato porque é pressão o tempo inteiro, escolas fechando, igrejas fechando, está uma tensão imensa. Estão em pleno terror, é isso que eles estão dizendo”, disse.

Entenda

O soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi baleado em Guarujá, litoral paulista, no último dia 27. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. A secretaria informou que ele foi atingido por um disparo de calibre 9 milímetros (mm).

Após o assassinato do policial, o estado deu início à Operação Escudo, que até o momento matou 14 pessoas na Baixada Santista, conforme informou o governador Tarcísio Freitas em coletiva de imprensa realizada ontem (1°). Ele avaliou, desde a divulgação dos primeiros óbitos, que não houve excesso da força policial na operação.

A Ouvidora da Polícia do estado de São Paulo afirma ter recebido relatos de uma atuação violenta em Guarujá por parte das forças de segurança e de ameaças constantes à população das comunidades da cidade.

“Diversos órgãos de Direitos Humanos e movimentos sociais vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação. A morte violenta do soldado PM e dos civis são inaceitáveis. Nada, nem nenhuma assimetria se justifica quando se clama por justiça e segurança para todos”, disse, em nota, o ouvidor da Polícia Claudio Silva na segunda-feira (31).

Douglas Belchior, integrante da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro), afirmou, também na segunda, que relatos dos moradores da região apontaram a ocorrência de violações. “Eu tive acesso a fotografias de vítimas desta ação desta semana cujos corpos estão marcados com queimaduras de cigarro. Então há sim evidências de torturas”, contou.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (2) a Operação 3FA, que investiga a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro deste ano, e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de São Paulo, além de três mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

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Em nota, a corporação informou que as ações ocorrem no escopo de um inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ, que tramitou na Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de uma pessoa com prerrogativa de foro.

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.”

As inserções fraudulentas, segundo a PF, foram feitas com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita e que permitiram aos criminosos ter controle remoto dos sistemas.

“Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica”, concluiu a corporação.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, postou que os mandados judiciais são relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições.

“Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”.

 

A Polícia Militar (PM) de São Paulo prendeu na madrugada desta quarta-feira (2) em Santos, o último suspeito de envolvimento na morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá, na quinta-feira (27), no Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo. Trata-se do irmão do homem apontado como o autor do disparo que matou Reis e que já tinha sido preso no domingo (30).

"O suspeito se entregou para os agentes da Corregedoria PM. Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele, o homem foi preso após prestar depoimento", disse em nota a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP). Na terça-feira (1°), a Polícia Civil havia pedido a prisão dele.

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Conforme a secretaria, além dos irmãos, a polícia já tinha prendido um homem na sexta-feira (28) por participação no crime. No mesmo dia um criminoso que também participou do assassinato do policial morreu ao entrar em confronto com a PM.

Operação Escudo

A ação policial teve início na sexta-feira, após o soldado Reis ser morto. Até terça-feira (1°) a polícia prendeu 35 criminosos, apreendeu mais de 20 kg de drogas e 13 armas, de longo e curto alcance.

O assassinato do soldado Reis desencadeou uma grande operação policial nos últimos dias para encontrar os suspeitos envolvidos no crime. Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

Os dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar, foram baleados quando faziam patrulhamento, na noite de quinta-feira, no município do litoral.

O soldado Reis foi atingido na região do tórax, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quando recebia atendimento. O cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya foi baleado na mão esquerda. Ele foi internado e permaneceu em observação na sexta-feira.

Na terça-feira, outros dois policiais foram baleados por criminosos em Santos. Uma policial foi baleada pelas costas, no bairro Campo Grande, quando fazia patrulhamento.

Após o crime, os criminosos fugiram em direção ao morro São Bento, segundo a SSP. Lá, atacaram uma viatura do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e balearam outro policial, atingido com um tiro na perna. Na troca de tiros um dos criminosos foi baleado e morreu. Os dois policiais foram hospitalizados e passam bem.

Mesmo após a prisão dos envolvidos no assassinato do policial, a Operação Escudo continua em toda a Baixada Santista.

Sobe o número de mortos na operação

Subiu para 14 o número de mortos durante a operação policial realizada no Guarujá, segundo informações divulgadas na terça-feira pela SSP. Até segunda-feira, 31, eram dez óbitos.

Apesar da polícia alegar que a ação ocorre para inibir o tráfico de drogas e trazer segurança à população, o clima é de tensão e medo na região em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista. Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios.

Ouvidoria investiga ação da polícia

No domingo, 30, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirmou que dez pessoas tinham sido mortas durante a operação policial no Guarujá para encontrar o suspeito de atirar e matar o policial militar Reis. O número de mortos subiu depois disso.

Na ocasião, a SSP negou abusos e confirmou três mortes "após resistência às abordagens policiais" em três pontos diferentes do Guarujá. Posteriormente, na manhã de segunda-feira, 31, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a ação havia deixado oito pessoas mortas. Até o fim do dia, eram dez mortos. Ele negou que tenha havido excessos e disse que a polícia atuou de modo "profissional". Com os novos registros, o número chegou a 14, conforme as últimas atualizações.

O Ministério Público do Estado de São Paulo também disse que vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo, deflagrada após o assassinato do soldado Reis.

A deputada Delegada Ione Barbosa (Avante-MG) afirmou nesta terça-feira (1º) que os mortos pela Polícia Militar de São Paulo no Guarujá, litoral paulista, "mereceram morrer". Em pronunciamento na Câmara, ela ainda defendeu a execução de pessoas como instrumento para se descobrir o responsável pelo assassinato de um policial.

"E, com certeza, essas dez mortes, desculpe aqui, são de pessoas que mereceram, porque a polícia, com certeza, não mata à toa. Mata por necessidade. Para salvar o cidadão de bem ou para salvar a própria vida. Se é necessário matar dez pessoas para chegar até uma pessoa que matou um policial, que seja", disse, durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

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O governo de São Paulo ainda não esclareceu as circunstâncias que resultaram na morte de pelo menos dez pessoas pela tropa estadual durante uma operação desencadeada após assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, na última quinta-feira, 27. Entre elas, haveria até um homem com esquizofrenia e um vendedor ambulante encontrado com queimaduras de cigarro e um corte no braço.

O número oficial de mortes por ações policiais desde o assassinato do soldado chegou a 14 nesta terça-feira. A Ouvidoria da Polícia Militar estuda outros casos e o total pode chegar a 19.

Apesar de a deputada, oriunda de carreira policial, ter tratado como legítimo matar pessoas para se investigar a autoria de um assassinato de policial, a legislação brasileira não prevê essa prática. Moradores do Guarujá têm relatado casos de tortura e de abusos policias durante operações. Essas medidas também não encontraram amparo na lei e são consideradas criminosas.

A deputada sustentou em seu pronunciamento que a polícia não mata sem motivo. Contudo, há inúmeros casos de execuções sumárias sob investigação e também já comprovadas. Especialistas apontam que as mortes em série no Guarujá seguem a lógica da "operação vingança". Os casos de violência policial são a base dos debates sobre a implementação de câmeras em uniformes de policiais.

Dados divulgados em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostraram que as polícias brasileiras mataram 6.430 pessoas em 2022. No ano anterior, foram 6.524 óbitos registrados. Em números absolutos, Bahia e Rio de Janeiro tiveram mais casos no ano passado: 1.464 e 1.330, respectivamente.

Com a repercussão da crise no Guarujá, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que "não houve excessos". Ele classificou a atuação dos policiais como "profissional" e prometeu dar continuidade à operação.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, por sua vez, disse "houve uma reação imediata que não parece, neste momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido".

Quem é a deputada?

A delegada Ione Barbosa foi a deputada federal mais votada em Juiz de Fora. Na Zona da Mata mineira, obteve 44.084 votos. Ao todo, foi eleita por 52.630 pessoas. Ela apoiou a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Em 2020, Ione Barbosa disputou a Prefeitura de Juiz de Fora, mas acabou em terceiro lugar. Como delegada, atuou na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e na 4ª Delegacia de Polícia Civil.

Além de formada em Direito, é mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com pesquisa sobre violência contra mulheres.

Subiu para 13 o número de mortos durante a Operação Escudo realizada em Guarujá, no litoral de São Paulo, segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 1º, pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

"Treze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação", disse a SSP. Mais cedo, o órgão havia confirmado 12 mortes, mas atualizou o número no começo desta tarde. Até segunda-feira, 31, eram dez óbitos.

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O assassinato do soldado militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na quinta-feira, 27, desencadeou uma grande operação policial nos últimos dias para encontrar os suspeitos envolvidos no crime. Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

Reis e o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, da Rota, um dos batalhões de elite do Estado, foram baleados durante patrulhamento. Reis foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Alfaya foi atendido e permaneceu em observação na sexta-feira, 28.

Conforme a SSP, a Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. Ainda de acordo com a pasta, 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Entre eles está o suspeito de atirar e matar o policial militar Reis.

O suspeito foi preso no domingo, 30. Ele se entregou ao lado do Terminal Santo Amaro, na zona sul da capital paulista. Ele foi levado para Corregedoria da PM e, de lá, para a delegacia responsável pelo caso, no litoral.

Por determinação da SSP, todos os casos são investigação pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

"As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM", disse em nota.

Moradores relatam medo de andar na rua: ‘Pode ter confronto entre policial e bandido’

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista. Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios.

"Todo mundo está com medo de andar na rua à noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido", disse Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta-feira. "Quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso."

"‘Tá' feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer", contou Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila Edna.

Ouvidoria investiga ação da polícia no Guarujá; governo nega abusos

No domingo, 30, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirmou que dez pessoas tinham sido mortas durante a operação policial no Guarujá para encontrar o suspeito de atirar e matar o policial militar Reis.

Na ocasião, a SSP negou abusos e confirmou três mortes "após resistência às abordagens policiais" em três pontos diferentes do Guarujá. Posteriormente, na manhã de segunda-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a ação havia deixado oito pessoas mortas. Até o fim do dia, eram dez mortos. Ele negou que tenha havido excessos e disse que a polícia atuou de modo "profissional".

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo continuará por pelo menos 30 dias.

Ministério Público também vai investigar operação da PM

O Ministério Público do Estado de São Paulo vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo, deflagrada após o assassinato do soldado Reis.

Na segunda-feira, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou três promotores da Baixada Santista para, ao lado do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), instaurar procedimentos para analisar as ações da Polícia Militar no episódio.

Um perfil atribuído a um ex-policial militar e outro supostamente de um policial militar em atividade com mais de 140 mil e 29 mil seguidores no Instagram, respectivamente, fizeram postagens comemorando a morte de baleados pela Polícia Militar de São Paulo na operação que ocorreu no Guarujá, na Baixada Santista, que deixou dez mortos, de acordo com o governo estadual.

Nos stories, um ex-soldado que se apresenta como Paulo Mandalho compartilhou vídeos com uma música que diz "hoje as pessoas vão matar. Hoje as pessoas vão morrer". Ao passo em que o boletim de mortos era atualizado, o perfil atribuído ao ex-soldado fazia novas postagens, comemorando e utilizando músicas como "Brilha Brilha Estrelinha" ao fundo.

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"Rota está igual Tele Sena. Com resultados de hora em hora", disse Mandalho em uma das postagens. Após ter suas atitudes na rede social divulgadas pela Ponte Jornalismo, ele disse "obrigado por me citarem na matéria" e comemorou em seguida os números de engajamento e novos seguidores. O Estadão não conseguiu contato com Mandalho.

Já o perfil atribuído ao soldado Diogo Raniere escreveu que "hoje as pessoas vão matar" em uma publicação nos stories, de acordo com prints e vídeos que circulam nas redes sociais. Depois, compartilhou uma imagem que diz: "Não façam movimentos bruscos, boinas pretas na área", junto a uma atualização sobre o número de mortos contabilizados pela polícia.

A cada atualização sobre número de mortos, o soldado também fez uma nova postagem comemorando. "Estamos na expectativa do décimo. Estamos só esperando. Quando chegar a informação, eu já mando para vocês aqui", disse Raniere, conforme mostra um dos vídeos.

Nesta segunda-feira (31), apenas uma postagem falando sobre os mortos na operação continuava ativa no perfil de Raniere. Trata-se de um vídeo em que policiais aparecem fazendo buscas em uma comunidade do Guarujá. "A caçada não para!", escreveu o soldado, junto a oito emojis de caixão. Consultado pela reportagem por meio do Whatsapp, o soldado Raniere afirmou que não quer se pronunciar sobre o caso.

Procurada, a Meta, empresa responsável pelo Instagram, não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Questionada pelo Estadão, a Secretaria de Segurança Pública não esclareceu se investiga a autoria do conteúdo. A pasta afirmou que "que todas as mortes resultantes de ações policiais estão sendo rigorosamente investigadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM)".

Ainda de acordo com a pasta, neste ano cinco policiais da reserva e um em serviço morreram na Baixada Santista. "A fim de manter a segurança na cidade do Guarujá, a polícia irá prosseguir com a Operação Escudo por, pelo menos, 30 dias, com reforço policial na região."

Entenda o caso

A operação da Polícia Militar foi desencadeada após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, de 30 anos, na quinta-feira (27). Questionado sobre denúncias da população local, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que "não houve excesso". "Houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações."

A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado que morreu. Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada, não há ocorrência que não seja investigada. Todas vão ser investigadas." O governador pontuou que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma".

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos, mas a Secretaria entende que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de "narrativas".

"Não chegou oficialmente nenhuma informação ou indício sobre caso de tortura", afirmou. Segundo Derrite, o vídeo gravado pelo suspeito de ter disparado contra Reis antes de se entregar a polícia, dizendo que faria isso para "acabar com a matança" foi uma instrução de seu advogado para "reforçar as narrativas".

Colaboraram Marco Antônio Carvalho e Fabio Grellet.

A investigação policial aponta que o suspeito de ter disparado contra o policial da Rota, Erickson David da Silva, de 28 anos, seria uma das novas lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) que despontam na Baixada Santista. 'Deivinho' conheceu a facção há sete anos e teria recebido lições de tiro em uma das células do grupo criminoso instaladas nos morros existentes na região.

O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Silvio de Cillo Loubeh, que atuou na investigação e repressão aos saques de trens na Baixada Santista, acredita que os traficantes atiraram contra a polícia para proteger o ponto de tráfico. "Infelizmente, essa é a realidade da Baixada Santista. Nesses lugares a polícia é sempre recebida a tiros." Segundo ele, o atirador fazia parte da chamada "contenção" - grupos de pessoas armadas que protegem o ponto de tráfico.

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"Isso acontece em Santos, no Rádio Clube; em Cubatão, na Vila Esperança e na Vila dos Pescadores; em São Vicente, em Fazendinha, Dique do Piçarro, Dique da Caixeta e Sambaiatuba; e no Guarujá, na Vila Zilda. Se a polícia intensificar as operações, vamos ter mais confrontos", afirma Loubeh.

Investigações conduzidas em 2020 pelo MP-SP mostraram a ação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista. Na ocasião, foi identificado que o traficante Frank Cavalcante Nobre, além de exercer a função de "cadastro final" na região do litoral paulista, também coordenava o tráfico de rua do PCC no Amazonas. Frank foi preso em agosto daquele ano, em Cubatão, mas outras lideranças ocuparam seu posto rapidamente.

Alguns chefes do PCC até são oriundos da Baixada Santista, como é o caso de André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos criminosos mais procurados do Estado. Também está foragido, mas sem abandonar a região, o traficante André Luiz dos Santos, o Keko, uma das pontes do PCC com o tráfico internacional.

Dificuldades enfrentadas

Um policial militar lotado no Guarujá, e que falou ao Estadão sob a condição de não ser identificado, contou as dificuldades que os policiais de fora, enviados para reforçar o policiamento na região, estão enfrentando.

"O pessoal aqui é mais fechado, mais desconfiado e solidário entre eles. Tem morro, mangue, muita 'quebrada'. Quem não conhece fica exposto", disse ele. Segundo o agente, o PM da Rota morto não teve tempo de conhecer a região. "Nesse aspecto, estava vulnerável", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista desde o fim da semana passada, após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na quinta-feira (27). Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios. "Todo mundo está com medo de andar na rua de noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido, e quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso", diz Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta.

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas entre sexta, 28, e domingo, 30. E a Polícia Civil do Guarujá confirmou mais duas mortes em confrontos na tarde desta segunda, 31. A operação continuará por pelo menos 30 dias. "Tá feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer", disse Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila Edna.

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Ao menos três tiroteios ocorreram ontem, segundo relatos ouvidos pelo Estadão. Um deles teria sido na região da Paecara, a poucas quadras da Avenida Santos Dumont, e outro em Conceiçãozinha, próximo do centro, nos arredores do terminal rodoviário. "Aqui do lado tem uma lanchonete que fica sempre cheia, mas agora está vazia", diz um comerciante que não quis se identificar. Viaturas passam em alta velocidade pelas principais ruas da cidade a todo momento. "Está uma insegurança muito grande, todo mundo tenso", disse.

Governo

Questionado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã de ontem que "não houve excesso". "Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem de ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada", disse, ressaltando que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma". "Nós temos uma polícia treinada e que segue à risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto."

Tarcísio destacou que "aqueles que resolveram se entregar foram presos". "O autor do disparo (contra o PM da Rota) foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir." Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Outras quatro continuam em processo de identificação. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta.

Arma

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma usada no disparo contra o policial. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos.

Direitos humanos

Representantes de entidades de proteção aos direitos humanos e de controle policial, além de entidades da sociedade civil, viajaram ao Guarujá nesta segunda-feira, para apurar denúncias de abuso policial e tortura de moradores sem ligação com o tráfico de drogas.

Participaram da comitiva integrantes da Ouvidoria das Polícias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar o caso.

Claudio Aparecido da Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, assinou um documento publicado também nesta segunda-feira em que aponta o relato de movimentos sociais sobre uma série de possíveis violações de direitos na cidade do litoral paulista. "Diversos órgãos de direitos humanos vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação." (COLABORARAM GONÇALO JUNIOR e MARCO ANTÔNIO CARVALHO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, nesta segunda-feira (31), que a operação da Polícia Militar no Guarujá ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas. A ação foi desencadeada após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) no fim da semana passada. Questionado sobre denúncias da população local, o governador disse que "não houve excesso". "Houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações."

Tarcísio concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta manhã para falar sobre a operação. Neste domingo, a Ouvidoria das Polícias relatou ter contabilizado dez pessoas mortas durante a operação da PM na Baixada Santista, mas o número confirmado pelo governo até aqui foi de oito mortes. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta-feira (27).

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"Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem que ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem que ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse o governador.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada, não há ocorrência que não seja investigada. Todas vão ser investigadas." O governador pontuou que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma".

"Nós temos uma polícia treinada e que segue a risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto", disse Tarcísio nesta manhã.

Ele destacou que "aqueles que resolveram se entregar, foram presos". "O autor do disparo foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir para repelir a ameaça."

Ângulo do disparo superou proteção do colete do soldado

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma que realizou o disparo contra o policial Reis. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre de 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete a prova de balas quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito do agente.

Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Os outros 4 continuam em processo de identificação.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos, mas a Secretaria entende que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de "narrativas".

"Não chegou oficialmente nenhuma informação ou indício sobre caso de tortura", afirmou. Segundo Derrite, o vídeo gravado pelo suspeito de ter disparado contra Reis antes de se entregar a polícia, dizendo que faria isso para "acabar com a matança" foi uma instrução de seu advogado para "reforçar as narrativas".

O secretário disse que a operação contra o crime organizado e o tráfico de drogas na baixada santista continuará acontecendo por pelo menos 30 dias. Ela faz parte do projeto "Impacto Litoral". A Secretaria de Segurança Pública pretende aumentar o número de policiais militares na região a partir de 2024, com a contratação de novos agentes.

Nota fiscal de salgado levou investigadores a suspeitos

Derrite disse ainda que o homem que se apresentou como o autor do disparo contra o soldado é a pessoa que realmente está envolvida no crime, segundo apontam indícios coletados pelos investigadores.

A polícia teria encontrado uma nota fiscal no local do crime e, a partir disso, chegou a um estabelecimento comercial em que uma uma mulher - supostamente envolvida no crime e posteriormente presa - teria comprado um salgado horas antes. A partir disso, foram investigadas câmeras de segurança na região e encontrada a suspeita, que delatou outros criminosos, alguns deles também já presos.

"Temos provas testemunhais dos outros indivíduos presos confirmam que o Ericson foi o autor do disparo", disse Derrite. Um outro suposto envolvido no crime continua sendo procurado pela polícia.

Ouvidoria vai pedir imagens de câmeras dos policiais

Neste domingo, a Ouvidoria havia relatado dez mortes decorrentes da operação. "Temos registros de 8 boletins de ocorrência com 10 mortos. Mas temos uma informação ainda não confirmada de mais 2 mortes. Se confirmadas, serão 12 vítimas de quinta-feira até hoje", afirmou o ouvidor Claudio Aparecido da Silva ao Estadão.

O ouvidor afirma que vai pedir as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos na operação. "Instauramos procedimento para acompanhar as apurações e vamos pedir as imagens das câmeras corporais. Vamos pedir os laudos necroscópico, balísticos, residuográfico e de local", afirmou. 

A Polícia Civil prendeu o suspeito de atirar e matar o policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na quinta-feira (27), no Guarujá, litoral de São Paulo. A informação foi confirmada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pelo Twitter.

"Atenção. O autor do disparo que matou o soldado Reis, no Guarujá, acaba de ser capturado na Zona Sul de São Paulo. Três envolvidos já estão presos, após trabalho de inteligência encabeçado pela @PMESP. A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune", escreveu o governador na noite deste domingo (30).

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A morte do soldado militar desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias depois de ter causado comoção entre os policiais. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

Na Operação Escudo, pelo menos três homens morreram em abordagens policiais desde a quinta-feira, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá. Os soldados foram atacados quando faziam o patrulhamento na Vila Zilda.

O ponto de origem do disparo foi identificado a partir da nota fiscal de uma lanchonete que estava com um dos suspeitos. Investigadores prenderam uma mulher que "exercia uma função logística" para os suspeitos, comprando alimentação.

A Polícia Civil realizou 15 prisões neste domingo, 30, na Rua dos Gusmões, local da concentração de dependentes químicos da Cracolândia, na região central de São Paulo. De acordo com os policiais, um dos detidos era procurado pela Justiça.

A Secretaria de Segurança Pública informou que um criminoso havia sido autuado em flagrante por tráfico de drogas no mesmo local, há dois dias, mas foi solto em audiência de custódia no sábado, 29. Hoje foi autuado novamente. Doze pessoas foram presas em flagrante por associação ao tráfico e tráfico de drogas.

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Foram apreendidas 75 porções de cocaína, 39 de maconha, 16 de k9, além de dois pedaços de crack e três tijolos de maconha.

Participaram da operação 60 policiais civis em 30 viaturas, de acordo com a SSP. Agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) realizaram a contenção dos dependentes químicos, enquanto os agentes da Polícia Civil prendiam criminosos citados em um relatório de inteligência.

Quatro operações em oito dias na Cracolândia

A mesma tática tem sido adotada nas últimas operações, que se tornaram cada vez mais frequentes. Esta foi a quarta operação em cerca de uma semana. Até então, 24 pessoas foram presas desde o dia 22, incluindo um homem e uma mulher que seriam líderes do tráfico de drogas local. Do total de presos, ao menos 16 tinham antecedentes criminais.

Um homem de 44 anos preso em flagrante na quarta-feira, 27, foi apontado por investigadores como um dos principais fornecedores de crack da região. Segundo o Governo do Estado, ele estava com 1,5 kg de crack e R$ 12 mil em dinheiro quando foi abordado pela polícia, na Rua dos Andradas.

As investigações teriam identificado que o homem trazia semanalmente matéria-prima para a produção da droga do Guarujá, na Baixada Santista. Ainda de acordo com o Governo, ele tem outros 10 passagens pela polícia, por crimes como roubo, estelionato, tráfico, receptação e furto. Também na quarta, outra operação fez cinco prisões, de três homens e duas mulheres, além da apreensão de dinheiro e da droga sintética M4.

Já a mulher de 23 anos apontada como liderança do comércio ilegal de drogas foi presa no dia 22, durante uma ação conjunta da polícia, que identificou 16 alvos, presos em flagrante. Dezoito pessoas foram presas, duas foragidas da Justiça. Segundo o Governo, todos passaram por audiência de custódia, dos quais seis conseguiram liberação. Um balanço do Estado aponta que 1.322 suspeitos foram presos na Cracolândia no primeiro semestre.

As operações se tornaram mais comuns desde que usuários de drogas realizaram ataques a ônibus, uma viatura, um caminhão de lixo, além de outros carros, no dia 11. O caso assustou moradores e comerciantes da região de Campos Elíseos, República e Santa Ifigênia. Duas pessoas foram presas e duas outras ficaram feridas.

Três homens morreram no Guarujá, litoral norte de São Paulo, em abordagens policiais desde que dois membros das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar, foram baleados durante patrulhamento na quinta-feira (27).

O policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morreu quando recebia atendimento; já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, está internado e não corre de risco de morte.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, três homens morreram neste sábado "após reagirem a abordagens policiais em diferentes locais, no Parque Estuário; na Vila Baiana e no bairro Pae Cará". Ainda de acordo com o órgão, "a operação continua em andamento, intensificando a busca pelos suspeitos".

Na Operação Escudo, a polícia prendeu quatro homens, com idades entre 22 e 33 anos, e uma mulher, de 27 anos. Além das prisões, foram aprendidos cocaína (a quantidade não foi divulgada) e materiais utilizados para preparo e comercialização da droga. Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Patrick Bastos Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá.

O ponto de origem do disparo foi identificado a partir da nota fiscal de uma lanchonete que estava com um dos suspeitos. Investigadores prenderam uma mulher que "exercia uma função logística" para os suspeitos, comprando alimentação.

Os soldados foram atacados quando faziam o patrulhamento na Vila Zilda na quinta-feira. "Os PMs do 1º Batalhão de Choque faziam patrulhamento pela comunidade quando foram atacados por criminosos armados que efetuaram disparos de arma de fogo", informou a SSP. A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil para o registro dos fatos.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (19), a Operação Bet, com o intuito de obter provas sobre manipulação de resultados no Campeonato Gaúcho e em competições amadoras. A ação aconteceu através da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A operação, que contou com 11 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de busca pessoal, agiu em Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa e Nova Prata e Pelotas. Computadores, celulares, documentos foram apreendidos e uma loja de jogo do bicho foi fechada na operação.

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Segundo a polícia, a investigação suspeita que dirigentes, integrantes de comissão técnica e até ex-jogadores estariam envolvidos nos crimes junto a empresários e investidores. Há suspeitas ainda de que as manipulações tenham acontecido também no Brasil inteiro.

Em março deste ano, duas brasileiras ficaram 38 dias presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha. A prisão se deu porque foi encontrada cocaína em malas que tinham os nomes das brasileiras. Ocorre que as malas não eram delas, houve a retirada das etiquetas de suas malas regulares e sua colocação em malas contendo cocaína em seu interior.

A Polícia Federal comprovou essa troca de etiquetas e, através de outras diligências, demonstrou a inocência das brasileiras, que após o envio das provas às autoridades alemãs, foram soltas e retornaram ao Brasil.

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À época, a própria Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos identificou e prendeu os responsáveis que atuaram no aeroporto.

O caso gerou grande repercussão e o aprofundamento das investigações levou a Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos a identificar os mandantes do crime, bem como outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.

Hoje a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Colateral, visando ao cumprimento de 45 mandados judicias, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo.

Dentre os presos, estão os executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas, bem como, e mais importante, os mandantes do crime, responsáveis não apenas pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa, mas por inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Da assessoria

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