Tópicos | operadores

Nesta segunda-feira (7), operadores de telemarketing protestaram por direitos e melhores condições de trabalho em frente à Liq Corporações, no bairro de Santo Amaro, área Central do Recife. Seguranças estão espalhados nos andares do prédio para evitar depredações.

Com roupas pretas em símbolo de luto e cartazes de cobrança, os funcionários não assumiram os postos de trabalho nesta manhã. O grupo se reuniu na antiga sede da Contax, localizada na Rua Vinte e Quatro de Agosto, por volta das 10h.

Uma lista com as reivindicações foi divulgada pelos trabalhadores, dentre elas, o pagamento de adicional noturno, das férias atrasadas, registro correto na carteira de trabalho e reajuste salarial.

O texto também denuncia que a empresa cobra metas abusivas e aponta que os colaboradores sofrem com abuso de autoridade, agressão psicológica, constrangimento e ameaças internas.

"Tem pessoas que desde dezembro não receberam as férias. Estamos no mês 2 e o pessoal que tirou férias não recebeu ainda", relatou um funcionário identificado como Gonçalves. "Eles depositam três passagens em nossa conta e quando a gente vai sacar, isso aí já tira um pedaço da gente. A gente tá praticamente pagando para vir trabalhar", continuou.

##RECOMENDA##

À meia-noite deste domingo (21) clientes das operadoras foram surpreendidos com o horário de celulares e computadores adiantados em uma hora. Nas redes sociais os internautas não perdoaram o erro e as operadoras foram, alvos de reclamações e piadas. No twitter o horário de verão antecipado está entre os assuntos mais comentados.

Mesmo com a adiamento do horário de verão definido ainda no final do ano passado, a programação automática das operadoras de telefonia não foi corrigida. A mudança do início do horário de verão, para o dia 4 de novembro, foi feita pelo presidente Michel Temer a pedido do ministro Gilmar Mendes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

##RECOMENDA##

Temer assinou um decreto para reduzir o período com o objetivo de evitar conflitos com as eleições. É que se o novo horário já estivesse em vigor, no domingo que vem, quando os brasileiros voltam as urnas para o segundo turno da eleição presidencial e para governador em 13 estados e no Distrito Federal, a diferença de fuso horário no Acre em relação à Brasília, por exemplo, seria de três horas.

Até o fechamento dessa reportagem as operadoras ainda não haviam explicado o motivo da alteração no horário.

Mais confusão

Na semana passada o mesmo problema ocorreu em aparelhos de clientes da operadora Tim. A empresa reconheceu que um problema de sistema fez com que alguns modelos de smartphones tivessem o relógio adiantado. Na nota, a Tim disse lamentou o ocorrido e pediu desculpas aos clientes pelo inconveniente.

Como a nova data de início do horário de verão coincidirá com o primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Planalto também chegou a anunciar o início para o dia 18 de novembro, mas logo voltou atrás. De acordo com a Casa Civil da Presidência, o decreto que faria a alteração não foi publicado no Diário Oficial da União.

O Ministério Público Federal defendeu a manutenção das prisões preventivas de três acusados de serem operadores da suposta organização liderada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB).

A primeira turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região julga nesta quarta-feira (29) os méritos dos habeas corpus de Luiz Paulo Reis, apontado como "testa de ferro" do ex-secretário de Obras Hudson Braga; Wagner Jordão Garcia, coletor de taxa de propina, e Sérgio Castro de Oliveira, entregador de propina à família de Cabral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

Em despacho na noite de sexta-feira (10), o juiz Sérgio Moro deu prazo de mais 15 dias para que a Polícia Federal conclua o inquérito que apura as suspeitas de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção envolvendo os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz. Acusados de atuar como operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras eles foram presos nos Estados Unidos e retornaram ao Brasil no dia 25 de fevereiro.

"Apesar das provas já referidas na decisão em questão, apontando, em cognição sumária, provas de materialidade de crimes e indícios de autoria em relação ao investigado (Jorge Luz), afigura-se salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para melhor análise do material apreendido", assinalou o juiz que afirmou ainda que não prorrogará novamente o inquérito. O prazo inicial para a conclusão das investigações era neste sábado, 11, e a PF pediu a prorrogação para concluir a análise de todo o material apreendido, incluindo os aparelhos celulares dos lobistas.

##RECOMENDA##

A prisão preventiva deles foi decretada, no Brasil, por Moro na 38ª fase da Lava Jato, chamada de Blackout. Deflagrada no dia 23 de fevereiro, a operação também cumpriu 15 mandados de busca e apreensão na residência e nas empresas dos investigados no Rio de Janeiro. Além disso, o juiz Sérgio Moro também decretou o bloqueio de R$ 50 milhões dos investigados.

Jorge Luz e seu filho Bruno são acusados de movimentarem pelo menos US$ 40 milhões em propinas para agentes públicos e políticos do PMDB, em cinco contratos da Petrobras, no Brasil, Argentina e África. Aos 73 anos, o "empresário" Jorge Luz é um dos maiores lobistas da Petrobras, atuando na estatal desde, pelo menos, 1986. Ele é considerado por investigadores da força-tarefa de Curitiba o verdadeiro "homem-bomba" do PMDB.

Relatório de informação do Ministério Público Federal mapeou nove empresas ligadas ao lobista que seriam usadas para ocultar movimentação ilegal de dinheiro, em especial, em contratos da Petrobras.

A Lava Jato considera ter identificado a rede de empresas de Luz usadas para lavar dinheiro. Por meios delas, a força-tarefa quer chegar aos valores pagos nos negócios já delatados por outros investigados e expandir as apurações.

A defesa de Jorge e Bruno Luz não quis se manifestar sobre o a decisão de Moro.

Um relatório da Receita Federal mostra que o operador de propinas Apolo Santana Vieira, um dos supostos donos da jato que caiu com o ex-governador Eduardo Campos (PSB), em 2014, não tinha bens registrados em seu nome, apesar de manter uma vida luxo e movimentar milhões em suas contas. O documento é parte da Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato.

Apolo teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, mas a ordem foi revogada antes da deflagração da operação, no dia 23 de fevereiro, porque ele negocia acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

##RECOMENDA##

A maior parte dos bens declarados por Apolo Santana Vieira é de cotas de participação nas empresas que é sócio e de planos de previdência. Não há veículos nem imóveis declarados em seu nome, informa o relatório de informação da Receita, em Curitiba, anexado aos autos da Blackout.

Segundo o documento, outro levantamento do órgão apontou que "grande parte de seus bens estariam em nome de suas empresas ou em nome de terceiros". A Receita listou as empresas do investigado.

"Os veículos de luxo que ele e sua família utilizam e mais uma lancha de 46 pés, todos em nome de suas empresas, estariam avaliados em cerca de 5 milhões de reais. O apartamento onde residiria atualmente está avaliado em cerca de R$ 3 milhões".

Pernambucano, o operador é um dos supostos donos do jato Cessna, modelo Citation 560 XLS, prefixo PR-AFA, que caiu com o ex-governador de Pernambuco, em Santos (SP), no dia 14 de agosto de 2014, quando ele era candidato a presidente da República pelo PSB.

Apolo, como é conhecido, foi preso em 21 de junho de 2016, alvo da Operação Turbulência, por ordem da 4ª Vara Federal Criminal do Recife. Ele e outras quatro pessoas são acusadas de manterem empresas de lavagem de dinheiro, em Pernambuco, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões - um dos negócios, é o da compra do jato. O empresário também já foi processado por importações fraudulentas de pneus da China.

Na Blackout, última fase da Lava Jato, que tem como alvos centrais os operadores de propinas do PMDB Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, Apolo é acusado de ter envolvimento com a corrupção nos contratos dos navios-sondas - para exploração de petróleo em águas profundas - Vitoria 10000 e Petrobrás 10000. Foram identificados pagamentos para a conta da offshore Zago Inc, mantida no banco Safra, em Luxemburgo, que seria de Apolo, pelo operador Julio Gerin Camargo - delator da Lava Jato.

"Apolo Santana se apresenta como profissional voltado para a lavagem de ativos e vale-se constantemente de contas no exterior para circular valores ilícitos, o que justifica o recebimento de valores de propina oriundos do navio-sonda Vitória 10.000 em conta oculta no exterior, operação que deve ter sido realizada em favor de algum agente político", informa o Ministério Público Federal.

O acusado foi responsável por receber USD 510 mil na conta Zago de propina do contrato do navio-sonda Petrobras 10.000. A conta recebeu USD 19.620.124,68 entre 2005 e 2011 e repassou USD 12.552.582,90, segundo a Lava Jato. A conta foi aberta pelo escritório panamenho Mossack & Fonseca, já alvo das investigações.

Lavagem

No âmbito da Operação Blackout, relatório de informação da Receita aponta que há indícios de ocultação de movimentação de dinheiro nas contas de declarações fiscais de Apolo.

"No ano de 2008 o contribuinte declarou ter recebido rendimentos no valor total de R$ 1.529.980,41 e a sua movimentação a crédito foi de R$ 243.827,54, ou seja, há uma diferença de R$ 1.286.152,87 em recursos recebidos que não circularam em suas contas bancárias", informa a Receita.

"Importante para a investigação destacar, também, que entre os anos de 2012 a 2015 não se verificou em Dimof que o contribuinte teve movimentação financeira, mas declarou em sua DIRPF ter recebido nesses quatro anos um montante de R$ 1.053.444,87, ou seja, essa quantia também circulou a margem do sistema bancário."

"Apenas pelas análises dos dados constantes dos sistemas da RFB (Receita) não é possível determinar o motivo pelo qual o contribuinte deixou de movimentar seus recursos por contas bancárias, na maioria das vezes não utilizam os bancos para que não se deixem "rastros" de recursos ilícitos ou que por algum motivo se quer ocultar a origem", registra o auditor fiscal da Receita Roberto Leonel de Oliveira Lima, da equipe da Lava Jato, em Curitiba.

"Sabe-se que um recurso muito utilizado pelos órgãos de persecução criminal é justamente a quebra do sigilo bancário e a não utilização de contas bancárias é uma maneira de se ‘proteger’ de tal medida."

Defesa

O empresário pernambucano Apolo Santana Vieira, um dos investigados na Operação Blackout, afirmou, nesta sexta-feira que seu patrimônio encontra-se declarado na Receita Federal. Ele negou ter bens em nome de terceiros, como consta no Relatório e destacou que o próprio Relatório 'espelha todas as empresas que participo como sócio ou acionista'.

Apolo Santana Vieira disse ainda que nunca foi operador financeiro de propinas através de lavagem de dinheiro em contas correntes no exterior e que também nunca tratou com políticos sobre qualquer espécie de propina.

Atuando na importação e distribuição de pneumáticos, além de investir em outras áreas como pescados, cosméticos e securitização de títulos, ele disse. "Nesta condição de empresário, não sou nem nunca fui fornecedor de qualquer produto ou serviço para órgãos públicos em qualquer das esferas de governo. E, apesar da inclusão do meu nome na Operação Blackout, nas centenas de delações realizadas no bojo da Operação Lava Jato, meu nome nunca foi citado em nenhuma delas."

Apolo declarou ainda que não recebeu qualquer recurso oriundo de propina do contrato do navio sonda Petrobrás 10000, bem como não manteve nenhuma relação empresarial ou pessoal com qualquer das pessoas citadas ou envolvidas na Operação Blackout.

Com relação à incompatibilidade das movimentações financeiras alegadas no Relatório da Receita Federal, ele esclareceu que, seus recursos foram devidamente declarados sendo parte na conta de lucros distribuídos - decorrentes de suas participações societárias -, e que foram reinvestidos diretamente em outras empresas. Razão pela qual não circularam em suas contas correntes.

Sobre o imóvel localizado na Reserva do Paiva, que consta no Relatório da Receita Federal como sendo de propriedade do empresário, ele esclareceu que não chegou a concretizar a compra, sendo distratado em dezembro de 2016 e resultou num crédito de R$ 1.032.733,00.

Com relação às posições financeiras mantidas no exterior, ele foi taxativo. "Elas não têm nenhuma relação com lavagem de dinheiro para operação de propina. Todas foram devidamente declaradas e incluídas na Lei nº 13.254/2016 que instituiu o repatriamento de recursos mantidos no exterior através do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT)."

O PMDB, partido do presidente Michel Temer (PMDB), tem quatro operadores de propinas identificados pela Lava Jato no esquema de corrupção na Petrobras: Jorge e Bruno Luz, João Augusto Henriques e Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Os dois primeiros - pai e filho - foram presos na sexta-feira, 24, nos Estados Unidos, alvo da 38ª fase da operação.

Com três anos de investigações, a Lava Jato fecha o cerca contra políticos do PMDB. O partido controlava a Diretoria de Internacional da Petrobras, no esquema de fatiamento da áreas estratégicas da estatal por partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva. À partir de 2007, a legenda também teve participação na área de Abastecimento, junto com o PP.

##RECOMENDA##

Considerados por investigadores da força-tarefa, em Curitiba, engrenagem da complexa e sofisticada máquina de corrupção engendrada na Petrobras, por políticos agentes públicos e empresários, os operadores de propina foram nos três anos de Lava Jato os principais pontos de expansão da investigação - que se encontra em seu momento de maior contraofensiva política.

É da Diretoria Internacional o estrondoso episódio da compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Sob o negócio, paira a acusação de prejuízo de cerca de R$ 800 milhões, como a do Tribunal de Contas da União (TCU). A Lava Jato tem um inquérito aberto, em que já foram identificados pagamentos de propinas e irregularidades no negócio.

Além da aquisição de refinarias no exterior, a diretoria cota do PMDB cuidava das compras de plataformas de exploração de petróleo fora do Brasil, da aquisição de campos de exploração de petróleo e gás.

Operadores

Fernando Baiano foi o primeiro operador do PMDB preso pela Lava Jato. Ele foi detido em novembro de 2014, acusado de atuar em nome do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró.

O lobista fechou em 2015 acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e conseguiu o direito de cumprir prisão domiciliar - a partir de novembro de 2015 - por suas revelações. Ele citou propinas para o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA), nos negócios de Pasadena, entre outros.

Ex-Internacional entre 2003 e 2008, Cerveró teve que fazer delação premiada, após o operador do PMDB confessar seu envolvimento no esquema e a arrecadação de valores para os políticos do partido - que lhe davam sustentação no cargo.

João Henriques é um ex-executivo da Petrobras, que depois de deixar o cargo passou a atuar como lobista. Além de abrir portas na estatal para empresários, operacionalizava a corrupção de agentes públicos e políticos, para garantir benefícios nas disputas de mercado por contratos.

Henriques foi preso em setembro de 2015, mesmo mês em que Fernando Baiano fechou sua delação premiada com a força-tarefa. Segundo a Lava Jato, ele tinha relação direta com o ex-diretor de Internacional Jorge Zelada, preso desde julho de 2015 e que sucedeu Cerveró no cargo.

Foi das investigações que tinham como alvo os dois operadores ligados ao PMDB que a Lava Jato chegou à Blackout. A 38ª fase levou para a cadeia o mais antigo operadores de propinas da Petrobras, que foi citado em delações premiadas como elo da corrupção com medalhões do partido. O lobista está preso desde sábado, 25, no Brasil.

Com ameaças veladas de Eduardo Cunha de virar delator e agora a prisão de mais um operador de propinas do PMDB, as chances de um deles buscar a força-tarefa para fazer revelações aumenta, na avaliação de investigadores.

Defesa

A assessoria do PMDB diz:

"O presidente do PMDB, senador Romero Jucá, afirma que os envolvidos nesta operação "não tem relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB."

Alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Blackout, os lobistas Jorge e Bruno Luz, apontados como operadores do PMDB, informaram à Justiça Federal no Paraná que retornam ao Brasil às 8h da manhã deste sábado, 25, chegando no aeroporto de Brasília. Mais cedo, a Polícia Federal divulgou nota informando que eles foram detidos pela polícia de imigração americana, o que a defesa nega."

Em petição encaminhada à Justiça, os advogados Gustavo Alves Pinto Teixeira e Rafael Cunha Kullman informaram que os dois "retornarão espontaneamente" ao País e embarcarão em um voo comercial que sai dos Estados Unidos às 22h25 desta sexta-feira, 24.

##RECOMENDA##

"Ao que tudo indica no momento, eles haviam omitido informações às autoridades americanas e também estariam irregulares. Ainda não há previsão de eventual extradição ao Brasil ou expulsão", disse a nota da PF. A defesa dos lobistas nega que eles estejam irregulares nos EUA e afirma que eles estão somente sob observação das autoridades depois que seus nomes foram incluídos na lista vermelha da Interpol.

Bruno deixou o Brasil no dia 16 de agosto e seu pai Jorge no último dia 11 de janeiro. Ambos viajaram para os Estados Unidos e, segundo a Operação Blackout, não havia registro de que tenham retornado ao País. Segundo os advogados, eles vão retornar ao Brasil por livre vontade.

De acordo com a Procuradoria da República, Jorge Luz e Bruno Luz têm quatro negócios da Petrobras que supostamente envolveram propina. Na lista estão a compra do navio-sonda Petrobras 10.000, o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000, a venda da empresa Transener e o fornecimento de asfalto pela empresa Sargeant Marine.

O lobista Jorge Luz omitiu seus lucros à Receita depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada, em março de 2014. A informação consta do relatório do Ministério da Fazenda enviado à Polícia Federal e integra o inquérito da Operação Blackout, 38ª etapa da maior investigação já desfechada no País contra a corrupção.

Luz e seu filho Bruno tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro. Eles são considerados pelos investigadores como os principais operadores de propinas do PMDB no esquema instalado na Petrobras. A Procuradoria da República sustenta que Jorge e Bruno distribuíram US$ 40 milhões a ex-diretores da estatal e a senadores do PMDB. Para o juiz Sérgio Moro, os indícios da investigação apontam para a "atuação criminal profissional" de Jorge e Bruno.

##RECOMENDA##

Os únicos bens que atualmente constam sob o CPF de Jorge Luz é uma carretinha Reboque Karmann Ghia Re 280 do ano de 1992, que vale, aproximadamente, R$ 1 mil e um terreno de R$ 15 mil na Ilha do Marco, no município de Maracanã, no interior do Pará.

Para despistar a origem do dinheiro recebido como propina de contratos fechados por seu intermédio, Luz manteve seu CNPJ responsável apenas como procurador da offshore TBC Equity Ltda.

No Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, consta que Luz foi sócio de apenas duas empresas - a Total Express Participações Ltda, que teve baixa em 2015, e a GEA Projetos Eireli, da qual saiu em 2011. Entre 1990 e 1997, foi responsável pela empresa FBR Comércio e Indústria Ltda-ME.

Embora não apareça em seu CNPJ, a investigação comprovou que Jorge Luz se manteve no controle, por meio de familiares, não só da GEA Projetos, mas de diversas outras empresas. Hoje, a empresa está em nome de sua irmã, Maria de Nazaré Luz Lopes.

Segundo as investigações, Luz chegou a fechar contrato direto entre GEA e a diretoria de Abastecimento, então gerida pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, no valor de R$ 5,2 milhões.

Costa disse, em sua delação premiada, que só foi mantido diretor da estatal petrolífera no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por intermédio de Luz, a pedido do PMDB.

A GEA também chegou a ser contratada pelo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na época em que Costa era um dos diretores e detinha ampla influência na Petrobras.

Luz, no entanto, permanece como usufrutuário da GEA. "Aparentemente preservando o poder de decisão e o direito aos resultados obtidos pela sociedade. Tanto assim, que continuou recebendo valores a título de distribuição de lucros, que foram declarados como isentos (nas suas declarações de renda de pessoa física de 2012 e 2014)", diz o relatório.

"É comum às empresas ligadas a Jorge Luz e aos seus familiares não atualizarem junto ao CNPJ as alterações promovidas em seus quadros societários e Capital Social, dificultado o trabalho fiscal. Nas Declarações de Bens e Direitos das DIRPF, as participações societárias são informadas em número de quotas, sem referências percentuais, as quais frequentemente são aumentadas, diminuídas, confusamente transacionadas entre os sócios e familiares, encobrindo o real valor do Capital Social total das empresas. Tanto assim, que nas Declarações de Bens e Direitos das DIRPF do período considerado, Jorge Luz declara possuir outras participações societárias, não informadas ao CNPJ", destaca o documento.

As empresas Rota Engenharia e Arquitetura (atual Rota Rio Empreendimentos Imobiliários) e Rede Engenharia Empreendimentos e Participações Ltda. (atual Rede Rio Empreendimentos Imobiliários) não aparecem nas declarações de Luz. No entanto, essas empresas são sediadas no mesmo endereço e têm o mesmo sócio administrador, Keizo Akamatsu, que também foi sócio administrador e responsável da Total Express Participações Ltda.

Consta nos sistemas da Receita que a Rede Engenharia teria como sócia majoritária a Total Express e, como minoritários, os mesmos três sócios dessa empresa - Jorge Luz, Akamatsu e Paulo Roberto Leite Pereira.

Por sua vez, a Rota seria constituída pela Rede e pela Esege Empresa de Serviços de Engenharia Ltda. , que também possui o mesmo endereço cadastral e o mesmo sócio administrador da Rota e da Rede. A sócia majoritária detentora de 99,99% da MMA Empreendimentos e Participações Ltda, foi igualmente baixada no dia 9 de fevereiro de 2015 - quando a Lava Jato já investigava Luz -, assim como a Total Express.

Nas suas declarações de pessoa física de 2009 a 2015, Luz comunica o recebimento de rendimentos tributáveis pagos pelo INSS de 2009 a 2011 também pela Rede Engenharia. Porém, sua principal fonte de rendimentos nos anos calendários 2008 a 2014 foram valores significativos de lucros, declarados isentos, distribuídos pela empresa GEA Projetos, da qual não é mais sócio, mas é usufrutuário.

Já na sua declaração de 2015, relativa a 2014, quando foi deflagrada a Operação Lava Jato, Luz declarou não ter mais recebido lucros isentos distribuídos por suas empresas, "mas apenas rendimentos singelos provenientes do Fundo do Regime Geral de Previdência Social", diz a investigação.

Contudo, segundo o relatório, na relação declarada de pessoa física, os valores referem-se, em grande parte, a direitos decorrentes de empréstimos que ele teria concedido a familiares e a empresas ligadas, além de suposta manutenção de dinheiro em espécie. "Ou seja, são valores de difícil comprovação e existência duvidosa", afirma o documento.

Em todas as declarações de bens e direitos do período analisado consta apenas um único imóvel, a posse de parte de um terreno situado na Ilha do Marco, em Maracanã (PA), com valor histórico de R$15.961,38 em 1986.

Não há registro em Declarações de Informações sobre Movimentação Financeira que Luz tenha mantido, como primeiro titular, contas bancárias de depósito ou de poupança. Também não há informações de transações imobiliárias realizadas por Luz declaradas em Declarações de Operações Imobiliárias (DOI) pelos cartórios no período analisado.

"Porém, dados das Declaração de Operações com Cartões de Crédito (DECRED), disponíveis a partir do ano base 2010, revelam que o contribuinte utilizou cartões de créditos de diferentes instituições financeiras", aponta o relatório.

Na avaliação do Ministério Público Federal, "o afastamento formal de Jorge Luz e Bruno Luz da sociedade de empresas trata-se de artifício utilizado para distanciar os investigados dos crimes cometidos por meio das pessoas jurídicas através de negócios simulados".

Defesa

A defesa de Jorge e Bruno Luz foi questionada pela reportagem, mas informou que não iria comentar o caso.

O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira (10) que os dois alvos da Operação Dragão, 36ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira (10) Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran foram responsáveis por lavar mais de R$ 50 milhões para empresas investigadas no esquema. O juiz federal Sérgio Moro expediu mandado de prisão preventiva contra Adir Assad.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, os dois são 'operadores financeiros especializados na lavagem de capitais de grandes empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato'.

##RECOMENDA##

"A partir das investigações foram encontradas diversas evidências de que os operadores utilizaram-se de mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, entre os quais o uso de contas bancárias em nome de offshores no exterior, a interposição de empresas de fachada e a celebração de contratos falsos", diz nota da Procuradoria da República, no Paraná.

A investigação aponta que 'as provas coletadas em fases anteriores da Operação Lava Jato, somadas à análise das informações obtidas por intermédio de afastamentos de sigilo bancário, fiscal e telemático, permitiram identificar que os referidos operadores financeiros participaram ativa e continuamente do grande esquema criminoso de corrupção investigado pela força-tarefa'. A força-tarefa afirma que também foram colhidos depoimentos e provas por meio de acordos de colaboração, 'em que executivos confirmaram a natureza dos repasses financeiros aos envolvidos com o objetivo de praticar a lavagem dos capitais'.

De acordo com a Procuradoria, Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por ele controladas.

"Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar pagamentos de propina, como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior Trading Engenharia, que repassaram, respectivamente, R$ 9.104.000,00 e R$ 25,5 milhões ao operador financeiro entre 2011 e 2013. No mesmo período, outras empresas contratadas pela administração pública também realizaram depósitos de mais de R$ 18 milhões com o mesmo destino", aponta a nota do Ministério Público Federal.

A força-tarefa sustenta que 'as investigações também comprovaram que Adir Assad, por meio de transferências de contas mantidas por suas empresas em território nacional, repassou R$ 24.310.320,37 para Rodrigo Tacla Duran'. Empresas relacionadas a Ivan Orefice Carratu, ligado a Rodrigo Duran, receberam de Adir Assad a quantia de R$ 2.905.760,10, segundo a Procuradoria.

As equipes policiais estão cumprindo 18 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva na Operação Dragão. Nota da PF informa que aproximadamente 90 policiais federais estão cumprindo as determinações judiciais em cidades dos estados do Ceará, São Paulo e Paraná.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.

O nome "dragão" dado à investigação policial é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.

Os registros são das planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado por

Os telefones celulares dos estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte deverão acrescentar o dígito 9 à frente dos números celulares para fazer chamadas a partir do dia 31 de maio. O objetivo é aumentar a disponibilidade e padronizar os números da telefonia móvel no País.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), após a data, as ligações marcadas com oito dígitos ainda serão completadas por um tempo determinado, para adaptação das redes e dos usuários. Gradualmente haverá interceptações e os clientes de operadores receberão mensagens com orientações sobre a nova forma de discagem. Após o período de transição, não será mais possível realizar chamadas com o padrão antigo.

##RECOMENDA##

O 9º dígito deverá ser acrescentado, no momento da discagem, por todos os usuários de telefone fixo e móvel que liguem para números registrados nestes Estados, independentemente do local de origem da chamada. Até agora, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Amazonas, Maranhão, Amapá e Roraima passaram pela mudança.

Para facilitar a vida dos usuários, diversos aplicativos adicionam, automaticamente, o 9º dígito aos números de telefones da agenda de contatos. Confira abaixo uma algumas ferramentas para Android, iOS e Windows Phone que facilitam a atividade:

9 Dígitos

Aplicativo que promete atualizar os números rapidamente e permite visualizar, previamente, quais contatos serão modificados. Para os mais esquecidos, a ferramenta ainda envia lembretes sobre a data em que o 9º dígito vai começar a vigorar no estado selecionado.

O 9 Dígitos está disponível gratuitamente na App Store.

Vivo 9º Dígito

Aplicativo oficial da Vivo para que os usuários possam atualizar sua agenda. Os números de celular das áreas que tiveram alterações serão rapidamente modificados para o novo formato, incluindo o dígito 9 no início.

O aplicativo é gratuito e pode ser baixado por clientes de todas as operadoras na App Store e Google Play.

BR9

O BR9 é um aplicativo para Windows Phone criado para incluir o nono dígito em telefones. A ferramenta, no entanto, não identifica quais contatos devem ser alterados automaticamente. É preciso selecioná-los em uma lista para, posteriormente, permitir a edição dos números.

O BR9 está disponível gratuitamente na Windows Phone Store

Para compensar a queda na movimentação de contêineres, alguns terminais estão apostando em novos serviços para incrementar a receita. Um deles é a integração logística, em que a empresa cuida do transporte da carga do cliente desde a saída do navio até a entrega na porta da empresa. Tanto Santos Brasil como Libra têm essas opções no portfólio.

O diretor comercial da Santos Brasil, Mauro Salgado, afirma que, há algum tempo, a empresa se prepara para esse momento de maior concorrência e perda de mercado. Além de manter a qualidade dos serviços no terminal, a companhia decidiu oferecer mais opções de transporte. "Compramos a (empresa de logística) Mesquita em 2007 para melhorar o atendimento aos nossos clientes. Fazemos o transporte rodoviário, o esvaziamento do contêiner e a armazenagem. A ideia é oferecer razões para que ele continue trabalhando com a gente."

##RECOMENDA##

A Libra Terminais também tem unidades voltadas para armazenagem e gestão de transporte intermodal até o terminal marítimo ou gestão da entrega da mercadoria importada até o destino final. A empresa tem armazéns alfandegados e unidades de gestão de transportes em Campinas, Uberlândia, Santos e Cubatão. Outra oportunidade de negócios é a cabotagem. Com mais espaços nos terminais, as grandes empresas de navegação podem descarregar os contêineres em Santos e depois uma outra companhia faz a distribuição pela costa brasileira. "Hoje, com o nível de ocupação mais baixo, o volume de transbordo está entre 30% e 40% acima do verificado no ano passado", diz Salgado.

Nesse mercado, no entanto, a Santos Brasil terá de concorrer novamente com a Embraport. O terminal também tem três linhas voltadas para cabotagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades estão investigando a causa do descarrilamento de um trem no sul do Novo México, neste sábado (30), que matou três operadores ferroviários depois que a locomotiva despencou 12 metros por um vale estreito.

De acordo com a polícia, os três mortos foram Donald White, de 38 anos, Steven Corse, 60, e Ann Thompson, 50. Não havia passageiros no trem.

##RECOMENDA##

Segundo o porta-voz da polícia do estado Emmanuel T. Gutierrez, a causa do acidente ainda é desconhecida. O descarrilamento aconteceu perto da comunidade de Bayard, cerca de 120 quilômetros a noroeste de Las Cruces. Fonte: Associated Press

Estão abertas 200 vagas para operador de telemarketing no Grupo Provider para atuar no Recife. Quem tiver interesse de concorrer deve ir à seleção de segunda a sexta, no horário das 9h ou 13h30, até o dia 21 de junho, na Faculdade FASE, na Avenida Cruz Cabugá, região central da capital pernambucana. Há oportunidades também destinadas aos portadores de necessidades especiais.

Para participar do processo seletivo, o interessado deve ter o ensino médio completo, habilidade com negociação e argumentação. É desejável também ter experiência com vendas, cobrança, negociação de dívidas e contato com clientes. Além disso, o candidato deve ter aptidão para cumprir metas de atendimento.

##RECOMENDA##

De acordo com informações publicadas nesta semana pelo Procon, o setor de telefonia foi que mais gerou reclamações em 2012. No ano passado, mais de 172 mil consumidores registraram queixas junto ao órgão por conta de algum problema na utilização dos serviços ou mesmo por não concordar com valores a serem pagos.

O vice-líder de reclamações é o ramo dos bancos comerciais, que juntos somaram 169 mil queixas. As operadoras de cartão de crédito aparecem em terceiro, com 154 mil queixas. Confira a lista dos 10 setores que mais deram trabalho para os consumidores no ano passado:

##RECOMENDA##

A nova operação de câmbio em caixas eletrônicos será feita em equipamentos que ainda não existem no Brasil. Comuns na Europa e Estados Unidos, as chamadas "máquinas cambiadoras" permitem que diferentes moedas sejam trocadas automaticamente. O terminal será instalado e operado por instituições financeiras autorizadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira o uso desses terminais de autoatendimento para operações cambiais.

No equipamento, o brasileiro que viajar ao exterior pode, por exemplo, introduzir reais e obter dólares ou euros. Estrangeiros que visitam o Brasil podem fazer a operação contrária. "No equipamento tradicional, só é permitido o saque, operação que vai para a fatura do cartão ou da conta. Na nova máquina, o cliente poderá trocar moedas. Se colocar reais, vai sair a moeda estrangeira", explicou o secretário executivo do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira.

##RECOMENDA##

Assim como no câmbio tradicional, a troca de dinheiro acontece mediante a identificação do cliente. Nas novas máquinas, o procedimento será feito com o uso de um cartão bancário internacional, como um cartão de crédito. O dado servirá apenas para identificação, sem que ocorra outro registro da conta utilizada.

Na transação de câmbio, a instituição financeira responsável pela máquina poderá operar livremente com a taxa de compra e venda. Também poderá ser cobrada uma tarifa, desde que prevista pelas atuais regras do BC. Nos caixas eletrônicos, o limite por operação será equivalente a US$ 3 mil.

Siqueira acredita que as novas máquinas não vão incentivar o uso do câmbio para fins ilegais, como a lavagem de dinheiro. "O cliente será identificado e pode estar sujeito a explicar operações. Transações são acompanhadas e podem cair no radar do BC, que pode cobrar explicações das instituições financeiras ou ainda cair no COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)", disse o representante do BC.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando