Tópicos | Otávio Noronha

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha, determinou, em documento assinado nessa sexta-feira (24), que ABC e Náutico, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, será de portões fechados. A decisão ocorre após o time pernambucano apelar contra o jogo com torcida única, dos donos da casa, indicada pelas autoridades do Rio Grande do Norte.

O estado passa por uma situação crítica de segurança pública, com ataques de bandidos à prédios públicos e incêndios em carros e ônibus. Tanto que a Força Nacional, formada por policiais de vários estados, foi deslocada para auxiliar na contenção dos atos violentos. Este contexto foi considerado pelo presidente do STJD.

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Na decisão, Noronha afirma que não pode contestar a decisão de autoridades locais - como ocorreu em jogos no estado de Pernambuco - mas precisa garantir o equilíbrio desportivo, que, para ele, seria desrespeitado em caso de realização do jogo apenas com a torcida do ABC.

Vale lembrar que o próprio Náutico desrespeitou a decisão do STJD no mais recente clássico contra o Sport, deixando entrar apenas torcedores do Timbu nos Aflitos.

Confira a decisão do presidente do STJD:

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A decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio Noronha de migrar do regime fechado para prisão domiciliar o ex assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, acusado de operar o esquema de rachadinha, repercutiu de diversas formas. Uma delas, na verdade, acabou sendo uma lembrança. O ministro foi o mesmo que tirou de Bolsonaro a obrigatoriedade de mostrar seus exames, após suspeita que ele tivesse contraído a covid-19. 

Em seu twitter, o deputado federal do Psol Marcelo Freixo chamou atenção para a coincidência: "O ministro João Otávio de Noronha, que mandou Queiroz e a esposa, que está foragida, para a prisão domiciliar, é o mesmo que derrubou a obrigatoriedade de Bolsonaro apresentar os resultados de seus exames de covid".

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O motivo da decisão de Otávio Noronha, conforme disse o STJ, foi o estado de saúde de Queiroz, que está com câncer e que necessita dos cuidados da sua esposa, que está foragida e mesmo assim teve concedido o direito de prisão domiciliar. Entretanto, chama atenção o fato da corte já ter analisados pedidos de situações de grupos de riscos em relação a pandemia em presídios e ter negado as requisições de prisão domiciliar. 

Noronha já recebeu elogios públicos do presidente Jair Bolsonaro, como na ocasião da posse do Ministro da Justiça André Mendonça. "Prezado Noronha, permita-me fazer assim, presidente do STJ. Eu confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com Vossa Excelência", afirmou o líder do executivo na ocasião. 

Suas decisões que, de certa forma, favorecem Bolsonaro foi motivo de questionamentos em torno da imparcialidade do presidente do STJ. Para a coluna de Leonardo Sakamoto no UOL a professora da FGV Direito-SP Eloísa Machado a decisão escancara uma seletividade e politização do poder judiciário.

"Seletividade porque o próprio presidente da corte negou uma série de habeas corpus, inclusive coletivo, para pessoas do grupo de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas durante a pandemia", ressalta. "E politização porque essa seletividade parece estar orientada para agradar o governo Bolsonaro, o que tem sido comum das decisões de Noronha", pontua. 

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