Tópicos | outorga

Ganha força, dentro do governo, a tendência de a Infraero pagar sua parte na taxa de outorga do aeroporto do Galeão e continuar como sócia do grupo que o administra. A decisão de governo não está tomada, segundo informou nesta quarta-feira (16) o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa. Mas ele admitiu que, dado o cenário de incerteza sobre o futuro das concessões, o mais prudente seria o governo permanecer no negócio mais este ano.

Quanto aos demais aeroportos dos quais a Infraero é sócia - Guarulhos, Viracopos, Brasília e Confins - já está certo que a estatal pagará a sua parte, o que significará um desembolso da ordem de R$ 1 bilhão. Os recursos para isso já estão assegurados, informou o ministro.

##RECOMENDA##

A dúvida remanesce sobre o aeroporto do Galeão, cuja receita bruta é insuficiente para pagar a taxa de outorga, de R$ 900 milhões ao ano. Arrematado num lance ambicioso de R$ 19 bilhões, quase o quádruplo do preço mínimo fixado em edital, o negócio enfrenta dificuldades para se manter.

Se o governo sair agora da concessão, realizará uma perda de R$ 1 bilhão, explicou o ministro. "Mas, se ficarmos, vamos ter mais R$ 2 bilhões de prejuízo, mais R$ 3 bilhões, mais R$ 4 bilhões?", questionou. Ele aguardava ontem uma avaliação sobre a perspectiva futura do Galeão para avançar nas discussões sobre o que fazer.

Um fator chave para mudar o futuro do Galeão está nas mãos do próprio governo: a Medida Provisória (MP), em elaboração, que busca dar uma solução às concessões problemáticas, sobretudo aquelas que estão em poder das construtoras investigadas na Lava Jato. Uma das versões tinha um dispositivo que permitia aos aeroportos mudar o plano de pagamento da taxa de outorga - peça fundamental no plano de recuperação do consórcio Rio Galeão. Mas o artigo foi retirado.

Porém, observou Quintella, nada impede que o Congresso, ao apreciar a MP, inclua novamente o dispositivo e autorize a reprogramação da outorga. "Aí, a 'evaluation' do Galeão, que está deste tamanhinho, vai crescer", disse. Ou seja, a MP pode modificar radicalmente, a avaliação sobre esse quadro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após impasse na disputa pela água do principal manancial paulista, a renovação da outorga do Sistema Cantareira foi adiada para maio de 2017. Em nota divulgada nesta terça-feira (20), a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que a decisão de adiar pela terceira vez a definição das novas regras de operação dos reservatórios foi tomada em consenso entre os agentes envolvidos. Antes da crise hídrica, o Cantareira abastecia cerca de 14 milhões de pessoas na Grande São Paulo e nas regiões de Campinas e Piracicaba.

A renovação da outorga - a atual é de 2004 - estava prevista para outubro de 2014, mas acabou sendo adiada para este mês por causa da crise de estiagem no sistema, a pior em 84 anos de registros. No dia 8 deste mês, contudo, um dia antes do prazo final para a apresentação da proposta conjunta da ANA e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), do governo Geraldo Alckmin (PSDB), a renovação foi postergada para dezembro de 2015 por falta de acordo entre os dois órgãos gestores.

##RECOMENDA##

Agora, a definição das regras operacionais do Cantareira que havia sido prevista para o dia 15 de dezembro só será feita daqui a um ano e meio. "Considerando a complexidade do tema e a qualidade das propostas apresentadas, entendemos que a conclusão da nova outorga do Sistema Cantareira deve ser adiada para maio de 2017, para que seja feita uma discussão com a máxima qualidade técnica e convergência", afirma a ANA.

A agência federal destaca que o adiamento da renovação da outorga "não gera prejuízo à operação do sistema". Desde março de 2014, as regras para exploração do Cantareira pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e pelos municípios da região de Campinas vêm sendo definidas pela ANA e pelo DAEE em comunicados conjuntos.

Essa mecanismo, afirma a agência, "continuará sendo adotado até a aprovação da nova outorga". Em 15 dias, os agentes envolvidos na outorga vão encaminhar propostas de uma nova agenda para as discussões da renovação.

Participaram da reunião o presidente da ANA, Vicente Andreu, o secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, o diretor do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Marley de Mendonça, além de representantes do consórcio, da agência e do comitê da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, da Companhia de Saneamento de Campinas (Sanasa) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O novo prazo para renovação da outorga pode coincidir com a entrega parcial da transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Cantareira. Autorizada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) neste mês, ela deve transferir 5,1 mil litros por segundo da Represa Jaguari (Paraíba do Sul) para o reservatório Atibainha (Cantareira), aumentando a segurança hídrica da região. Segundo Alckmin, a obra deve ser concluída em um ano e meio ou dois anos, ou seja, entre abril e outubro de 2017.

Impasse

Além da crise hídrica atual, que colocou o Cantareira há mais de um ano no volume morto, a falta de acordo entre os agentes é o principal motivo para o adiamento da outorga. Diante das incertezas sobre qual a capacidade real e segura de produção de água do manancial, a Sabesp quer manter o direito de retirar até 33 mil litros por segundo para abastecer a Grande São Paulo enquanto que as cidades do PCJ querem dobrar a exploração do sistema de 5 mil para 10 mil litros por segundo.

Além disso, a ANA e o DAEE, órgãos que regulam a operação do sistema, também divergem sobre as regras operacionais que devem valer pelos próximos dez anos. O DAEE propõe que a meta de vazão (água liberada das represas) para atender o interior seja medida em pontos espalhados nos cursos dos rios, e não mais na saída dos reservatórios. Com isso, afirma, seria possível evitar descargas desnecessárias e guardar mais água no sistema.

Para a ANA, contudo, a proposta provocaria uma perda de 48% no volume de água liberado para o interior pelo "modelo de faixas" que estava sendo discutido entre os órgãos. Nele, os gestores definiram cinco faixas de operação que variam de acordo com o nível de armazenamento do sistema.

Na faixa úmida, por exemplo, que vai de 85% a 100% da capacidade, seria permitido que a Sabesp retirasse os 33 mil litros por segundo das represas, o máximo permitido, e o PCJ, 8 mil l/s. Já na faixa de restrição, entre 20% e 30%, a captação seria reduzida para 23 mil l/s e 4 mil l/s, respectivamente.

Abaixo de 20%, o sistema entraria em uma operação especial, como ocorre hoje. A Sabesp capta 13,2 mil l/s para atender cerca de 5,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo - antes da crise eram 8,8 milhões -, e outros 1,5 mil l/s são liberados para o PCJ, onde cerca de 5 milhões de pessoas dependem do manancial.

A informação publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S; Paulo de que o modelo de outorga voltará a ser adotado nas concessões de ferrovias para socorrer o caixa federal causou desconforto no grupo que acompanha o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reuniões em Washington. Houve uma preocupação de que a notícia contaminasse o resultado das reuniões do governo com investidores estrangeiros.

O grupo tem conversado com investidores no intuito de criar um diálogo realista, que desperte a confiança do setor privado. A expectativa é de que as concessões sejam apresentadas como um programa estruturante e de longo prazo, que nada tem a ver com o ajuste fiscal em curso.

##RECOMENDA##

"É uma alternativa entre várias outras em estudo", minimizou um integrante da delegação sobre o modelo de outorgas. A comitiva em Washington e integrantes da equipe econômica em Brasília confirmaram o plano, mas se empenharam para negar que sua execução esteja atrelada ao ajuste fiscal.

"A opção pela outorga é considerada um dos possíveis mecanismos para a seleção do investidor que fará o uso mais eficiente da concessão. É importante não distorcer a discussão e tratar os prós e contras de cada opção de maneira técnica", disse um membro da delegação.

Ele acrescentou que Levy coloca, como objetivos das concessões em infraestrutura, a retomada do crescimento e o aumento da competitividade. No entanto, há dentro do governo quem defenda a medida como uma forma de abrir uma nova fonte de recursos que garanta a meta de superávit primário para este ano.

Apesar das dificuldades evidentes nas contas da União, integrantes do governo informaram que está em estudo a possibilidade de bancar, com recursos públicos, parte dos investimentos necessários para viabilizar algumas concessões ferroviárias. Seria uma Parceria Público Privada (PPP). Essa opção faz parte de um cardápio com pelo menos três tipos de engenharia financeira que está em discussão no governo.

As outras possibilidades são o modelo lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2012 (menor tarifa) e a cobrança de outorga. A ideia é manter aberta a possibilidade de atuar com as diversas formas, que serão acionadas conforme o perfil do empreendimento, segundo o governo. No entanto, fica mais difícil para o Tesouro bancar o modelo de PPP nesse momento de ajuste fiscal.

A novidade é o uso de recursos públicos para complementar o investimento necessário à construção das linhas. Esse sinal vai na direção de atender a pressões que já estavam nos bastidores desde o lançamento do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Os empreendedores consideram que há riscos muito elevados na construção de novas linhas, principalmente aquelas que cortam áreas de floresta. Há os que defendem até que essas ferrovias sejam construídas como obras públicas, e só depois concedidas - como parece ser o destino da Norte-Sul. Nessas PPPs, o governo se oferecerá para complementar o investimento, o que torna a medida difícil de ser aplicada no curto prazo. Venceria o candidato que pedir a menor cobertura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A renovação da outorga para utilização da água do sistema Cantareira pode ficar para 2016, afirmou nesta quarta-feira o diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Para Andreu, o maior desafio será não a disputa entre o interior e a capital - o Cantareira é o represamento dos rios da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) para abastecimento das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas -, mas a definição das regras de operação.

"O grande desafio é a construção de novos procedimentos acordados que entendam melhor a dinâmica que foi imposta pela crise", disse o diretor-presidente da ANA, que participou de um fórum sobre sustentabilidade hídrica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O importante é abrir o processo, porque os modelos anteriores estão mostrando seus limites."

##RECOMENDA##

Os dados hidrológicos de 2014 e janeiro de 2015 (os piores da série histórica, iniciada em 1930) terão de ser incorporados à discussão e podem levar a uma revisão nos limites de retirada de água do sistema. Além disso, apesar de as chuvas terem aumentado em fevereiro e março, não se sabe qual será o comportamento hidrológico durante o restante do ano - e a ocorrência de novas mínimas históricas poderão mudar os parâmetros para a segurança do sistema. "Podemos chegar a outubro sem uma situação (definida). Só o cenário de 2014 não é suficiente, a não ser que (a chuva) volte ao normal", afirma o diretor-presidente. "Mas temos que lembrar que 2015 teve o pior janeiro da série histórica. A menos que volte a chover e a gente tome 2014 como o pior ano."

A autorização de exploração do sistema foi dada em 2004 pela ANA, órgão federal, e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), estadual, para a Sabesp. Ela valia por dez anos e venceu em meados do ano passado, durante o auge da crise hídrica e de abastecimento em São Paulo, mas foi prorrogada por um ano. "Se, ao chegarmos próximo do final (do processo), em outubro, nós verificarmos que não estamos suficientemente seguros das novas regras, evidente que é possível definir novos prazos", afirmou Andreu, fazendo uma ressalva. "Mas penso que não é prudente já partir da premissa que devemos adiar por mais um ano a renovação."

O Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e a Agência Nacional de Águas (ANA) devem adiar para agosto de 2015 a renovação da outorga do Sistema Cantareira, que dá direito à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de retirar água de represas formadas por rios da região de Campinas e abastecer 47% da Grande São Paulo. Os órgãos vão se reunir para tomar a medida e evitar que a crise do sistema prejudique o debate.

"Estamos negociando ainda com a ANA. Nessa escassez, discutir outorga agora não tem clima", afirmou o diretor-presidente do DAEE, Alceu Segamarchi, nesta quinta-feira (20), em Campinas. A outorga vence em agosto deste ano. Segamarchi negou que seja uma decisão política. "É uma decisão conjunta. Todo mundo, os comitês, todos estão pensando a mesma coisa."

##RECOMENDA##

A outorga foi renovada pela primeira vez em 2004. No processo, tanto a Sabesp como as cidades do interior fazem seus pedidos sobre o volume de água a ser usado. Hoje, a Grande São Paulo tem direito a até 31 mil litros de água por segundo e a região de Campinas a 5 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro de Aviação Civil, Moreira Franco, assinou portaria que aprova o Plano de Outorga Específico (POE) para exploração do Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf, localizado no município de São José dos Campos, no Estado de São Paulo. A exploração ficará sob responsabilidade da Infraero. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 14. Segundo o texto, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) e o Comando da Aeronáutica (Comaer) definirão em instrumento específico as áreas destinadas às operações da aviação civil no aeroporto.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informa no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 29, que apresentou ao Ministério dos Transportes o plano de outorga para concessão da BR-163/MS. O lote rodoviário, de 1.423,3 quilômetros, integra a terceira etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais, que ainda inclui trechos da BR-101/BA; BR-262 ES/MG; BR-153 GO/TO; BR-050 GO/MG; BR-163/MT; e BR-060/153/262 DF/GO/MG.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou, nesta quinta (8), no Diário Oficial da União o Procedimento Simplificado de Outorga, que vai permitir que as empresas obtenham uma única autorização para a exploração de serviços de banda larga fixa, telefonia fixa e TV por assinatura. Segundo a agência, com o procedimento simplificado, milhares de prestadores poderão praticar ofertas triple play, agregando mais facilidades e valor ao negócio.

Será cobrado um valor único para a outorga dos três serviços, que custará R$ 9 mil. Atualmente, quem quiser obter as autorizações separadamente paga cerca de R$ 27 mil, segundo a Anatel. Para aqueles que optarem pela oferta exclusiva de banda larga fixa, o preço público cai de R$ 9 mil para R$ 400,00. Ficará a critério da prestadora solicitar autorização para prestar dois ou três serviços previstos no procedimento.

##RECOMENDA##

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial da União o Procedimento Simplificado de Outorga, que vai permitir que as empresas obtenham uma única autorização para a exploração de serviços de banda larga fixa, telefonia fixa e TV por assinatura. Segundo a agência, com o procedimento simplificado, milhares de prestadores poderão praticar ofertas triple play, agregando mais facilidades e valor ao negócio.

Será cobrado um valor único para a outorga dos três serviços, que será R$ 9 mil. Atualmente, quem quiser obter as autorizações separadamente paga cerca de R$ 27 mil, segundo a Anatel. Para aqueles que optarem pela oferta exclusiva de banda larga fixa, o preço público cai de R$ 9 mil para R$ 400,00. Ficará a critério da prestadora solicitar autorização para prestar dois ou três serviços previstos no procedimento.

##RECOMENDA##

O diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) Hélio Mauro França avalia que o aumento da Taxa Interna de Retorno (TIR) do trem-bala, de 6,32% para 7%, gera "atratividade suficiente" para o projeto, que tem leilão marcado para 19 de setembro. Com a nova TIR, o valor mínimo da outorga cobrada no leilão caiu de R$ 70,31 para R$ 68,08/Trem.KmEquivalente.

Segundo França, o mercado e a própria EPL estimavam uma nova TIR entre 8% e 8,5% para o empreendimento mas, quando os parâmetros financeiros da concessão foram atualizados, o resultado foi uma taxa de 7%. "O importante é o efeito disso na taxa de retorno do acionista, que inclui o financiamento, que aumentou dois pontos porcentuais, de 11,57% para 13,6%", disse o executivo a jornalistas na tarde desta terça-feira, 2.

##RECOMENDA##

Ele destacou ainda que a expectativa de pagamento de outorga ao longo dos 40 anos de concessão é de R$ 30 bilhões. A cifra, de acordo com França, supera a estimativa de custo das obras do trem de alta velocidade (TAV) que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, em torno de R$ 27 bilhões.

Critério de desempate

O diretor da EPL informou que outra mudança no edital de operação do leilão do trem-bala, publicado na edição desta terça do Diário Oficial da União, foi o critério de desempate no leilão. No edital anterior, os lances eram calculados levando em consideração o maior valor de outorga junto ao menor custo estimado para a construção da infraestrutura. O desempate se daria então pelo valor da outorga. Com a nova regra, em caso de empate nos lances para a outorga, o desempate beneficiará o competidor que tenha maior experiência na operação de trens de alta velocidade.

"Queremos selecionar o melhor operador, o mais experiente", disse França. "A estimativa de custo das obras de infraestrutura foi questionada porque poderia levar a uma subestimativa desse gasto, e o Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu uma mudança nesse quesito", justificou.

Investidores locais

O governo pretende estimular investidores locais a participar da gestão da operação do trem-bala, sendo sócios de operadores com experiência internacional. Segundo ele, os competidores estrangeiros procuram não apenas investidores no projeto, mas também parceiros que possam tomar conta do negócio. França lembrou ainda que os fundos de pensão podem entrar como sócios estratégicos dos vencedores do leilão, em um modelo apelidado no mercado de "fundo noiva".

O valor do contrato de operação do Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro aumentou em quase R$ 2,5 bilhões. Com isso, as receitas que poderão ser obtidas ao longo de 40 anos pelo concessionário que vencer o leilão, marcado para 19 de setembro, passaram de R$ 241,738 bilhões para R$ 244,199 bilhões.

De acordo com o edital revisado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e publicado nesta terça-feira, 02, no site da Agência, além dos recursos advindos das passagens, cuja tarifa-teto foi mantida no texto do edital em R$ 0,49 por quilômetro (mais a correção pelo IPCA quando o modal entrar em operação), a concessionária do trem-bala poderá contar com receitas extraordinárias, explorando outros serviços complementares ao transporte de passageiros e mesmo o espaço nas estações. De acordo com o contrato, a ANTT terá direito a 9% dessa receita líquida extraordinária, que será revertida para a modicidade tarifária.

##RECOMENDA##

O governo federal decidiu reduzir de R$ 70,31 para R$ 68,08/Trem.KmEquivalente o valor mínimo da outorga do Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, o trem-bala. O novo valor é uma das alterações feitas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no edital de licitação do trem-bala, cuja versão modificada está disponível nesta terça-feira, 02, no site da Agência.

Com essa decisão, o valor da outorga pelo direito de explorar o serviço, atualmente estimado em R$ 27,6 bilhões, vai cair algo como R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

##RECOMENDA##

Pelo texto do edital, as propostas serão julgadas pelo critério da maior oferta para a administração, ou seja, será considerada a melhor proposta aquela que oferecer o maior valor pela outorga. Esse valor será ofertado pelas concorrentes na sessão pública do leilão, prevista para o dia 19 de setembro na sede da BM&FBovespa às 14 horas.

O novo texto do edital mantém a tarifa-teto, que não poderá ser superior a R$ 0,49 por quilômetro e será atualizada pelo IPCA quando o trem entrar em operação. E, apesar do atraso no leilão, cujo última tentativa havia sido para 29 de maio deste ano, o prazo para entrada em operação comercial do trem-bala também foi mantido para o fim de junho de 2020, com a entrega da infraestrutura para a concessionária dos trens um ano e meio antes, em janeiro de 2019.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando