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A produção cinematográfica “A Baleia”, que rendeu o oscar de “Melhor Ator” para Brendan Fraser, conta a história de Charlie, um professor de literatura acometido por obesidade severa e que vive recluso, longe dos amigos, familiares e da filha Ellie, personagem de Sadie Sink, da qual se mantém distante desde que ela tinha apenas oito anos. Na trama, a história de Charlie aborda temas como obesidade, depressão, homossexualidade e o abandono afetivo, com a discussão sobre as consequências da ausência afetiva na vida de crianças e adolescentes. 

No filme, mesmo se mantendo afastado por escolha própria, o pai de Ellie continuou a contribuir financeiramente para o sustento da filha. Mas a postura dele causa o seguinte questionamento: será que somente pagar a pensão alimentícia é suficiente para o desenvolvimento de uma criança psicologicamente saudável?

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Segundo a advogada Melissa Maciel, especialista em Direito da Família, os deveres dos pais em relação aos filhos vão além de prover o sustento financeiro. “Os pais possuem o que nós denominamos no direito das famílias como poder familiar, que se configura como conjunto de direitos e deveres em relação aos filhos menores, divididos em dois blocos: material e emocional. Material é o que todo mundo conhece, que é de prover a subsistência através da pensão, e o emocional está atrelado ao dever de cuidado e criação dos filhos. Toda criança, e o adolescente, para se desenvolver de forma plena, precisa desse amparo afetivo”, argumentou.

Negligenciar afetivamente os filhos, não prestar assistência psíquica, moral e social ou omitir cuidados referentes à criação e educação são práticas configuradas como abandono afetivo. Ainda que não seja crime, a prática  pode levar o(a) genitor(a) ausente a pagar uma indenização, com base no Artigo 227 da Constituição Federal, que prevê como dever da família proteger crianças e adolescentes de toda negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 

"Ninguém é obrigado a dar afeto. Só que existe um dever de prover o amparo psicológico para garantir que esse menor cresça de forma plena. Os pais possuem um dever de preservar os filhos de qualquer negligência ”, afirmou Melissa. 

Em “A Baleia”, Ellie cresceu assustada, arredia e com dificuldade de se relacionar com as pessoas à sua volta, sinais de possíveis traumas causados pelo abandono paterno e que prejudicaram o seu desenvolvimento psicológico. Na vida real, uma jovem de 20 anos, que preferiu não ter a identidade revelada, relatou que, apesar de não ter ressentimentos, carrega muitas dores devido à ausência do pai. “Eu sinto que se eu tivesse o amor de pai, não teria desencadeado tantos gatilhos e seria uma pessoa mais forte, sinto que a maior parte do meu dos meus problemas psicológicos são por conta disso. Nunca tive e não tenho mágoa, mas dentro de mim sinto falta. Eu queria ter tido um amor paterno, acho que toda pessoa que quer ter o amor de um pai presente”, narrou. 

Assim como no filme, a jovem contou que recebe pensão alimentícia do genitor até hoje. No entanto, ela sente falta da presença física e do afeto. “Na minha vida ele só é presente de forma financeira, nunca deixou faltar nada e sempre que pode, ajuda. E pra falar a verdade, eu entendo que isso é uma forma de amor, ele está amando do jeito dele e acha que colocar a comida na mesa é uma forma de amor. Só que não é o suficiente, não supre a necessidade, não não supre o amor, o carinho, o cuidado”, lamentou. 

Crianças e adolescentes com pais ausentes podem desenvolver baixa autoestima, insegurança, medo excessivo, dependência emocional e, em alguns casos, depressão. De acordo com a consteladora familiar, hipinoterapeuta conversacional e mentora sistêmica Tayna Caroline, estar sempre na defensiva, apreensivo e ter baixa tolerância à frustração também podem ser marcas do trauma. 

“Essa pessoa pode se tornar, por exemplo, muito passiva. Imagina que ela tem um desafio profissional de se expor a oferecer o seu serviço para alguém. Então, ela vai estar em contato com uma experiência na qual pode receber um não ou se sentir frustrada. Para não entrar em contato com essa memória de dor, ela desiste de fazer esse movimento, ela desiste de tentar”, citou Tayna.

Além disso, um adulto com feridas de abandono na infância também pode refletir isso no campo dos relacionamentos afetivos. “Às vezes ele vai entrar em polo ou ativo ou passivo na relação. No polo passivo é a pessoa dependente, que precisa dos outros pra fazer tudo e não faz nada sozinha. Ou a pessoa entra num polo ativo, em que ela é uma doadora compulsiva, que faz sempre mais na relação. Ela se esforça muito para oferecer razões para a outra pessoa não ir embora, como um dia já fizeram lá atrás”, pontuou.

A terapeuta destacou, ainda, que o abandono também pode acontecer por parte de pais que estão presentes fisicamente, mas não atendem às necessidades emocionais dos filhos. “Como consequência dessa experiência, muitas vezes a criança pode desenvolver um um recurso de dependência muito forte e, para não entrar em contato com essa ferida, com essa dor de abandono, ela começa a criar recursos. Uma pessoa que sofreu um trauma de abandono em algum período primário é geralmente mais comunicativa; você olha e consegue ler o que ela está sentindo, porque se torna uma pessoa muito expressiva, já que lá atrás ela precisou desenvolver esses recursos para que tivesse suas necessidades atendidas”, explicou.

No Brasil, o abandono paterno é uma realidade assustadora. Somente no primeiro semestre de 2022, mais de 86 mil crianças foram registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento. O dado é ainda mais assustador se comparado ao de natalidade, já que 2022 também registrou o menor número de nascimentos dos últimos quatro anos. 

Por Kamilla Murakami (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O podcast UNAMA no Parazão de terça-feira (04) conversa com o atleta Djalma. Em 2023, ele passou pelo Tapajós e antes disso defendeu Remo e Paysandu, como volante, meia ofensivo e lateral. O papo foi sobre o sorteio da copa do Brasil, o primeiro jogo da fase final do Parazão, conhecer a carreira dele e vários outros assuntos. A apresentação é dos estudantes de Comunicação Social Beatriz Cobel, Rodrigo Sauma e Jamile Caldas.

UNAMA no Parazão é um projeto do curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia, sob comando do mestre e professor Antonio Carlos Pimentel. Você pode conferir o episódio toda terça-feira, às 12h30, na UNAMA FM 105.5, com publicação no LeiaJá (leiaja.com/pa). Clique no ícone abaixo e ouça o episódio.

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A poucos dias da Páscoa, o mercado está superaquecido com a venda de chocolate e ovos. Empreendedores que produzem produtos artesanais para o período já sentem o aumento nas vendas. Se nos últimos anos o ovo gourmet ou “ovo de colher” ganhou grande popularidade entre os consumidores, devido à variedade de opções de recheios, sabores e combinação de coberturas, esse ano os ovos inusitados caíram no gosto dos clientes.

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Uma doceria de Belém está comercializando o “empadovo”, ovo salgado feito de massa de empada. Simonny Galindo, 34 anos, doceira e proprietária da Galindo’s Cake, disse que há cerca de dois anos foi a uma loja comprar materiais e viu um tipo de forma de ovo que poderia ser levada ao forno e teve a ideia de começar a fazer uma opção para quem não é muito fã de doces. “Nosso empadovo é feito com uma massa de empada, feita com manteiga que derrete na boca. No recheio temos frango com catupiry, camarão com jambu, queijo cuia com presunto de peru. Ele é sempre um ovo bem diferenciado no nosso cardápio. Já temos encomendas dele desde antes de lançar nosso cardápio para a Páscoa 2023”, conta a empresária.

Outro produto inusitado que surgiu no mercado foi o “ovocoxinha”. “Nosso ovo de coxinha é feito com massa de coxinha com um delicioso recheio cremoso de frango.  A ideia surgiu devido à nossa demanda pelas minicoxinhas. Temos no tamanho de 250 gramas e de 500 gramas e já recebemos várias encomendas deles. Estamos estimando um aumento de 25% das vendas do ovo de coxinha para este ano”, conta Odinea Almeida, gerente da padaria Fortaleza do Humaitá, localizada no bairro de Batista Campos.

Ovo de pet

O mercado de confeitaria pet, produtos voltados para cães e gatos, também está com novidades para a Páscoa 2023. São variados tipos de biscoitos, bolos, salgadinhos e até ovos.

Taissa Barbosa, 52 anos, economista e proprietária de uma “Pet Couisine”, a Dog Free, que é famosa em Belém por produzir bolos de aniversários decorados, salgadinhos, docinhos e alimentação natural para cães e gatos, lançou um cardápio especial para os pets não ficarem de fora das comemorações da Páscoa.

A pet chef explica que todos os produtos são feitos com ingredientes que os animais de estimação podem comer, sempre com os cuidados quanto a alergias e intolerância alimentar. Para a Páscoa 2023 ela criou um cardápio que inclui biscoitos artesanais e ovos com variados tipos de recheios. “As ideias surgem do comportamento que observo nos meus pets. Por exemplo, eles amam coxinha. Então esse ano fiz o ovo sabor coxinha, além dos que já fabricava”, conta.

As encomendas estão em alta e com vários sabores esgotados. Taissa relata que muitos tutores sentem a necessidade de presentear seus pets também nas datas comemorativas. “Com a internet e as divulgações em redes sociais, as pessoas entendem que um mimo da Páscoa pro seu pet só agrega mais carinho e felicidade nesse dia”, assinala.

Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antopnio Carlos Pimentel).

Criado em 1902, pelo escritor James Matthew Barrie, Peter Pan é um dos personagens da literatura mais adaptados da história do cinema e da TV. Em 2023, mais de 100 anos depois do seu surgimento, o menino da Terra do Nunca segue no imaginário popular e ainda rendendo filmes e animações. Confira uma lista com os mais conhecidos, incluindo o próximo lançamento.

Peter Pan & Wendy (2023)

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Em 28 de abril, Peter ganhará mais uma adaptação. Peter Pan & Wendy é uma produção da Disney+, dirigida por David Lowery, e com Alexander Molony e Ever Anderson nos papéis principais. Jude Law também está no elenco, como o Capitão Gancho.

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Pan: Viagem à Terra do Nunca (2015)

Dirigido por Joe Wright, o filme conta como Peter Pan (Levi Miller), um órfão de 12 anos, é levado ao mundo mágico da Terra do Nunca e finalmente descobre seu destino: se tornar um herói. 

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Peter Pan Live! (2014)

Musical feito para a TV pelo canal NBC, que traz uma Peter Pan mulher (Allison Williams) e o premiado Christopher Walken como o Capitão Gancho.

Peter Pan (2003)

Obra pouco lembrada, traz Jeremy Sumpter como Peter Pan e Jason Isaacs como o Capitão Gancho.

Hook - A Volta do Capitão Gancho (1991)

Um das adaptações mais queridas, mesmo que mexa na história original. Aqui, Robin Williams é um Peter Pan já adulto, que precisa voltar à Terra do Nunca, quando o Capitão Gancho (Dustin Hoffman) sequestra seus filhos. Clássico da Sessão da Tarde, dirigido por Steven Spielberg.

As Aventuras de Peter Pan (1953)

Animação da Disney, responsável direta pela popularização do personagem ao redor do mundo.

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O advogado criminalista Ney Siqueira Mendes, professor emérito da UNAMA - Universidade da Amazônia e professor titular aposentado da Universidade Federal do Pará (UFPA), lança nesta terça-feira (4), às 18 horas, no auditório David Mufarrej, no campus Alcindo Cacela, o livro "O Direito ao alcance de todos". A obra foi escrita com a intenção de apresentar questões jurídicas em linguagem simples e acessível.

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"Ele foi escrito de uma forma simples, direta, sem o juridiquês", explica o autor. Segundo o advogado, o livro foi feito “para explicar ao homem comum, para o leigo, para o cidadão e para a cidadã, que ainda no Brasil de hoje não teve acesso à educação jurídica básica”. Também pretende levar conhecimentos básicos do Direito àqueles “que possuem ensino superior em outras áreas, mas desconhecem os mais simples assuntos jurídicos que permeiam a vida cotidiana e fazem parte de nossos dramas existenciais”.

Ney Siqueira Mendes destaca que o livro é uma forma acessível de oferecer uma introdução do Direito a todos aqueles que tenham curiosidade sobre como funciona o mundo jurídico e como debatê-lo de forma racional, “sem cair na tentação dos achismos”.

Jurista, advogado, historiador e professor, Ney Siqueira Mendes iniciou a vida no Direito em 1981, na cidade de Belém, onde já exercia atividade de docente no curso de História da Universidade Federal do Pará, desde 1973. No curso de Direito foi Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da UFPA. Lecionou Direito Penal, Introdução ao Estudo do Direito e Filosofia do Direito.

Respeitado e admirado por seus pares, nos anos de 1990, foi eleito pela classe para exercer o cargo de Juiz Eleitoral do Tribunal Regional Eleitora do Pará TRE/PA. Em 2013 obteve o título de Professor Emérito da UNAMA - Universidade da Amazônia.

Por Kátia Almeida (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O transtorno bipolar é uma condição caracterizada principalmente por alterações de humor que envolvem episódios depressivos e eufóricos. Os episódios depressivos se caracterizam por humor deprimido, desinteresse ou falta de prazer nas atividades habituais, dificuldade de concentração, isolamento social, perda ou aumento de apetite, sentimentos de inutilidade e pensamentos relacionados à morte. Já os episódios eufóricos (classificados como hipomaníacos ou maníacos, de acordo com a intensidade) se caracterizam por um período de humor persistentemente expansivo, elevado ou irritável, em que o indivíduo pode apresentar fala e pensamentos acelerados, hiperatividade, diminuição da necessidade de sono, aumento de comportamentos impulsivos e, em casos mais graves, evoluir para delírios. Os quadros podem durar dias ou semanas.

Segundo a psicóloga clínica Giovanna Maradei, 25 anos, os episódios provocam prejuízo acentuado na qualidade de vida e no funcionamento social e/ou profissional do indivíduo. “O tempo de realização do diagnóstico vai depender de diversos fatores. Em geral, os principais motivos que podem levar à demora desse diagnóstico incluem o desconhecimento sobre o tema por parte do profissional, o preconceito e o estigma relacionado aos transtornos mentais, que muitas vezes impedem o indivíduo e seus familiares de buscar ajuda profissional. Outro ponto importante a se destacar é que em muitos casos os episódios hipomaníacos/maníacos podem demorar a aparecer, induzindo o profissional ao erro”, destaca Giovanna.

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O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (30 de março) é uma data importante para que o estigma das doenças mentais seja combatido, mais informações cheguem à sociedade e as pessoas possam buscar diagnóstico, tratamento e uma melhora na qualidade de vida. “Falar e divulgar informações sobre o tema é, portanto, uma forma importante de diminuir o preconceito. No mais, é importante destacar que o diagnóstico de transtorno bipolar deve ser dado por um profissional de saúde mental devidamente regulamentado. Em caso de sofrimento, busque a ajuda de um psicólogo e/ou psiquiatra”, destaca Giovana.

A busca por um diagnóstico muitas vezes não é fácil para os pacientes. Engenheiro eletricista entrevistado para esta reportagem, que preferiu não ser identificado, conta que por muito tempo negou para si mesmo os sintomas e a ajuda. “Eu neguei em procurar ajuda durante muito tempo. Eu já começava a me sentir pra baixo e sem vontade alguma de estar vivo, até que houve a minha primeira tentativa de suicídio. Logo após isso procurei ajuda e comecei todos os tratamentos”, disse.

Ele foi diagnosticado também com ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, fobia social e a depressão também. “O diagnóstico de bipolaridade demorou um pouco mais a sair, pois a minha médica estava analisando ainda o meu tipo de transtorno de personalidade, que poderia ser Borderline, mas devido ao grande número de tentativas de suicídio foi batido o martelo de que se trava de Bipolaridade Tipo II (ou bipolaridade depressivo)”, revelou o engenheiro, que tem o diagnóstico há três anos.

Os estigmas de possuir e tratar um transtorno mental levam muitas pessoas a não procurarem ajuda ou até mesmo terem dificuldade de falar sobre isso com amigos, familiares e no trabalho. O engenheiro relata que muitas pessoas tratam o assunto na brincadeira. “Algumas pessoas sempre brincam quando alguém muda de humor repentino dizendo ‘olha bateu a bipolaridade’. Porém, a realidade é bem mais diferente do que essa rápida mudança de humor. A bipolaridade é como se fosse uma montanha-russa, literalmente tendo os altos e baixos. Basicamente é todo dia matando um leão pra passar por tudo isso, é uma luta contra algo que está dentro da sua cabeça, é como se você fosse o seu próprio inimigo. Mesmo assim, muitas das vezes consigo segurar as pontas e meter a cara no mundo”, desabafa.

Os pensamentos suicidas e de autoflagelação (ato de machucar-se) estão muito presentes nos relatos de pacientes diagnosticados com bipolaridade. O estudante Pedro Ribeiro, 21 anos, que foi diagnosticado há cerca de oito meses, procurou ajuda profissional após alguns episódios de tentativas de suicídios. “Em julho do ano passado eu tive uma crise muito forte, por questões sociais e pessoais, que influenciaram para que eu tivesse alguns pensamentos e tentativas de suicídio. Cheguei a ir para um hospital e logo após a saída de lá eu fui aconselhado a procurar um psiquiatra e psicólogo para fazer acompanhamento. Eu já fazia tratamento com um psicólogo, mas depois do ocorrido acabei mudando para uma outra abordagem para dar continuidade e comecei a tomar também medicamentos de regulação do humor”, conta o estudante. Ele também relata que no início do tratamento com os medicamentos sentiu vários efeitos colaterais, como sono excessivo, muita fome e emoções à flor da pele. A melhora começou a aparecer em um mês.

A psicóloga Giovanna Maradei fala sobre a importância de um tratamento multiprofissional para pessoas com bipolaridade. Segundo ela, a abordagem mais indicada consiste na combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso. “Além disso, a presença e o apoio da família são fatores fundamentais na prevenção de recaídas e, consequentemente, na melhora da qualidade de vida do indivíduo. Sem o acompanhamento adequado, a tendência do transtorno bipolar é a repetição de novos episódios depressivos e/ou de mania, resultando em um possível agravamento do quadro e na piora da qualidade de vida”, alerta.

Esse é o caso da acadêmica de Direito Leticia Cardoso, 24 anos, diagnosticada há cerca de sete anos com o Transtorno de Bipolaridade Tipo I. Após o falecimento do pai, ela desenvolveu um quadro profundo de depressão. Mesmo com o diagnóstico há alguns anos, Leticia estava atualmente fazendo somente terapia cognitiva comportamental com uma psicóloga e teve uma piora no quadro do transtorno. “Conversando com a minha psicóloga a gente viu a necessidade de entrar com os remédios, por que estou numa fase depressiva há alguns meses, que tem afetado muito a minha questão acadêmica e profissional”, desabafa.

A jovem estudante fala que fazer acompanhamento com profissionais foi muito importante para entender mais sobre sua doença. “Antes eu não entendia por que eu sentia certas coisas, não entendia por que eu agia de tais formas. E com o tratamento terapêutico consegui começar a identificar as fases. Quando estou na fase de depressão, eu tenho uma grande dificuldade nas minhas relações pessoais e principalmente na parte profissional, no trabalho, atrapalha muito. Só que com a terapia eu consigo identificar essas fases, consigo entender o que está acontecendo comigo e tentar me organizar de certa forma”, conta Leticia.

Se por um lado a fase depressiva da doença traz muitas dificuldades para os pacientes, a fase eufórica também pode ser perigosa. “É uma fase que engana a pessoa, você tem uma falsa sensação de felicidade, acaba fazendo gastos exorbitantes, não tem limites para muitas coisas. Como se pensasse ‘vamos viver, a vida é curta’ e não pensa em mais nada. Então acaba que isso atrapalha. Quando eu estive nessa fase, foi o momento que eu tive mais gastos na minha vida, pois eu não pensava no amanhã. Acabei estourando cartões de crédito, não tinha sono, era uma energia ligada no 220v, queria traçar metas, alcançar metas, muitas coisas ao mesmo tempo. E aí do nada vem a fase depressiva depois, sem motivo”, desabafa a estudante.

 Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Os ovos de chocolate são símbolos da Páscoa e fazem parte da tradição de muitos consumidores. Porém, com relação aos preços, o produto industrializado está mais caro que no ano passado. Custava, em média, R$ 56,00 em 2021, e passou para R$ 65,00 em 2022, com aumento de 14,7%. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o chocolate aumentou 12% nos últimos doze meses e está acima da inflação dos alimentos e do índice geral de 4,5%.

Análise da FGV indica que nos dois últimos anos apenas 10% dos consumidores optaram pelo ovo de chocolate industrializado. Por causa disso, ocorre uma tendência para substituir os ovos por outras opções mais favoráveis ao bolso, como barras de chocolate e, principalmente, ovos de Páscoa caseiro.

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Segundo o relatório trimestral Consumer Insights da empresa Kantar, no qual foi analisado o período entre 14 de março a 15 de maio de 2022, os ovos de chocolate artesanais já representam quase metade do volume consumido durante a Páscoa pelos brasileiros. O consumidor costuma comprar, em média, 500 gramas dos produzidos à mão e embalagens de 390 gramas dos industrializados.

A confeiteira Tamille Santos, moradora do município de Viseu, nordeste paraense, conta que houve um grande aumento na busca pelos ovos de Páscoa caseiros. "O agendamento para adquirir os produtos tem sido bem maior do que nos outros anos", afirmou. Ela trabalha há quatro anos com a venda de ovos artesanais e afirma que a época é o melhor período de vendas para os confeiteiros.

"Sempre prezo em oferecer um produto de qualidade aos meus clientes e procuro negociar produtos bons para oferecer valores acessíveis. Comecei a trabalhar com ovos de Páscoa em 2019. Mas, profissionalmente, trabalho desde 2021, pois foi neste período que comecei a ter base do investimento e do lucro que poderia obter, e usar o lucro para ampliar meu empreendimento", explicou Tamille.

A profissional de confeitaria disse que gastou mais na compra de materiais este ano do que na Páscoa passada e relata que a situação é em decorrência do aumento das barras de chocolate. "Em questão de outros materiais, comecei a comprar desde janeiro, para ter um desconto bom e economizar ao máximo", pontuou.

Na pré-Páscoa, quando é tirado produto para vender a pronta entrega, Tamille vende em torno de seis a oito ovos por dia. Por encomenda, ela vende entre três a cinco pedidos por dia para o feriado.

Tamille chegou a vender mais de 200 ovos de chocolate artesanais na Páscoa do ano passado e pretende alcançar uma nova meta este ano, dobrando o número de vendas. "Sempre tem uma tensão no início por conta dos possíveis preços, mas tento encaixar os valores para atender a demanda dos meus clientes e também tirar o meu lucro. Lembrando que a preparação da Páscoa sempre começa em janeiro, na pesquisa de valores de caixas, sacos e entre outros. Assim, conseguimos manter um preço mais acessível”, contou.

Por Vitória Reimão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Djedah Medeiros Braga, natural de Manaus, no Amazonas, no coração da floresta amazônica, tem apenas 16 anos e já é considerado um virtuose no violão, que significa pessoa habilidosa, com excessiva aptidão para realizar algo. Djedah começou a tocar aos 10 anos. O pai lhe presenteou com um violão pequeno e o menino se arriscou a aprender sozinho em casa. Hoje ele toca com perfeição e compõe suas próprias músicas em seu tempo livre.

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O jovem violonista compartilha, em suas redes sociais (no Instagram são 41 mil seguidores), suas composições e algumas delas vêm de sonhos. Ele diz sonhar com a melodia e o sentimento que ela transmite, por exemplo: “como é se apaixonar”. Às vezes a inspiração vem da rua, em um simples ato de ir a padaria. Ele ouve alguém cantarolando e, ao voltar para casa, pega o violão e começa a tocar.

Destro para escrever e canhoto para tocar, Djedah é o único de seus parentes mais próximos que toca algum instrumento. “Minha família sempre ouviu muita música, só os irmãos do meu avô que tocavam, mas eu nunca tive contato com eles e meu avô foi o único deles que não tocava”, disse Djedah.

Seu grande sonho é propagar o violão basileiro e a cultura de seu país pelo mundo. “Minha principal inspiração musical é o Heitor Villa-Lobos. No violão, Baden PowellYamandu Raphael Rabello. Mas também muito do cancioneiro, Chico Buarque e Caetano Veloso”, contou o violonista.

Das referências citadas por Djedah, Yamandu Costa teve carreira semelhante à do jovem músico de Manaus. Yamandu é um grande violonista e compositor que começou também muito cedo na música. Com 7 anos já estudava com o pai. Aos 17, se apresentou pela primeira vez em São Paulo. A partir daí passou a ser reconhecido internacionalmente por criar interpretações de rara personalidade no violão de 7 cordas.

A origem do nome Djedah é árabe. Jidá é uma cidade na Arábia Saudita e seu nome significa “avó do mundo”, que seria a própria Eva. O violonista contou que seu pai teve um sonho em que Deus dizia para ele dar esse nome ao filho, e assim ele fez.

Além do violão, Djedah também gosta de desenhar e tem talento. Segundo ele, a outra atividade de que mais gosta é ler. Djedah já leu clássicos como Machado de Assis, William Shakespeare, Edgar Allan Poe, Fernando Pessoa, entre outros, nacionais e internacionais.

Conheça mais de Djedah nas redes sociais e no Youtube:  https://www.youtube.com/@Djedah

Por Ana Paula Mafra (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Com o objetivo de incentivar e potencializar a presença feminina no universo do samba, o coletivo paraense “Tem mulher na roda de samba” vem ganhando espaço no cenário belenense, com música, discussão e reflexão sobre o tema.

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Cris Matos, coordenadora do Coletivo e intérprete da escola de samba Piratas da Batucada, disse que a iniciativa surgiu após a descoberta de um grupo que realiza, anualmente, um encontro nacional de mulheres na roda de samba. As artistas paraenses receberam convite para participar do evento e aceitaram.

 “No primeiro encontro nacional, em 2019, não conseguimos ir. Já no segundo, conseguimos reunir um grupo de mulheres para participar. Depois disso, vimos a possibilidade de ter um Coletivo nosso, independente do encontro nacional que acontece uma vez por ano. Que nós pudéssemos fomentar esse movimento de mulheres em Belém, para fortalecer nossa roda e conquistar novos espaços”, afirmou.

 Para Cris, que este ano completou uma década como intérprete de carro-som na mesma escola de samba, o principal intuito do grupo é juntar as mulheres, já que esse gênero musical ainda é muito masculino. “Não necessariamente machistas, mas masculinos. Somos mais fortes juntas. Um grupo de mulheres sempre é uma representatividade maior. Então, a gente está somando e fortalecendo a nossa roda”, enfatizou.

Ela ainda ressalta que as mulheres já estão fazendo história no universo do samba. “Este cenário que está se abrindo para que outras mulheres entrem nas escolas de samba é muito significativo. Tem escola que já tem duas, três. Isso pra gente já é muito importante, são conquistas”, celebrou Cris.

Espaço aberto

As rodas de samba promovidas pelo grupo são abertas ao público e sempre recebem novos integrantes que queiram participar do movimento. O Coletivo alcançou grandes feitos. Abriu o show do grupo “Entre Elas” em 2020, se apresentou no aniversário de Belém e também abriu o show da cantora Tereza Cristina na Bienal de artes de Belém de 2022.

A formalização do Coletivo ocorreu no ano passado, durante o quarto encontro nacional. “Fizemos uma grande roda de samba de mais de oito horas com as meninas do ‘Entre Elas’, que fecharam o nosso evento. Foi um show muito bonito. A partir disso, decidimos formalizar mesmo e montamos uma assembleia. O Coletivo completou um ano agora, mas o movimento já vem caminhando”, detalhou Cris.

 A próxima apresentação das sambistas já tem data agendada. Será no dia 16 de abril, na Cervejaria Flor do Lúpulo, na travessa Almirante Wandenkolk, 690, no bairro do Umarizal, em Belém. O evento comemora um ano de aprovação, na Câmara Municipal de Belém, do Projeto de Lei que instituiu o Dia Municipal da Mulher Sambista, celebrado em 13 de abril, em homenagem ao aniversário da sambista Dona Yvone Lara.

O coletivo tem em torno de 50 pessoas, entre musicistas, técnicas de som, cantoras, produtora, intérpretes, compositoras, cenógrafa e coordenadora para organizar contratos e eventos. “A gente já vai dar início a uma oficina de percussão, para ter um amadurecimento melhor das nossas próprias musicistas e futuramente ter outras oficinas para formar outras mulheres. Hoje já não é só um show. Pensamos realmente em uma rede de apoio de mulheres sambistas, para cantar, compor, produzir, aprender e capacitar”, adiantou Cris.

Experiência

Vera Salgado, sambista e integrante do colaborativo, reforça que o Coletivo é uma grande união de mulheres para fortalecer o samba feito por mulheres. “Nesse espaço, que sempre foi muito masculino e muito machista, muitas mulheres já conseguiram romper há algum tempo”, comentou. “É o caso de Creuza Gomes, que está no nosso Coletivo e é uma veterana.”

Segundo Vera, a voz feminina faz uma determinada harmonia dentro do samba. “Pouquíssimas escolas de samba em Belém tinham uma voz feminina no carro-som. Essa harmonia que ela faz junto com a bateria é um quesito superimportante, ajuda muito na questão do critério. A gente está nisso pelo reconhecimento da potência da nossa voz junto com os homens. Isso soma na harmonização da escola”, afirmou.

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Por Suellen Santos e Julia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A Esmac recebeu o Flamengo na tarde de quarta-feira (29) pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro Feminino Sub-20, no estádio do Souza, em Belém. A equipe rubro-negra carioca venceu pelo placar de 4 a 0, com gols das atletas Mariana Fernandes (3) e Laysa.

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A partida que estava programada para começar às 15 horas, mas atrasou cerca de 15 minutos em decorrência da falta de ambulância. Sob chuva, o time paraense se lançou ao ataque no primeiro minuto da partida. Aninha mandou uma bola na trave da arqueira rubro-negra Isa Cruz. Depois desse lance, a equipe carioca acordou e foi para o ataque.

A goleira da Esmac, Alice, brilhou e segurou o ataque carioca. No finalzinho do primeiro tempo, após uma falha da zaga, a atacante Maria Fernandes abriu o placar, 1 a 0 Flamengo.

No segundo tempo não foi diferente. A goleira da Esmac estava em uma tarde inspirada, e fez diversas defesas grandiosas. Em um ataque pela ponta esquerda, as meninas da Gávea conseguiram um pênalti aos 34 do segundo tempo. Mariana Fernandes bateu com muita maestria e converteu, fazendo seu segundo gol.

Aos 39, o Flamengo enfiou uma bola entre a zaga da Esmac, Mariana Fernandes bateu no canto direito, fazendo seu “hat-trick”. E para fechar a conta, em jogada individual, Laysa invadiu a área pela esquerda e chutou a bola, que desviou na zagueira da Esmac e morreu no fundo da rede, gol que liquidou a partida. Já no final houve uma confusão entre as atletas e Maria, do Flamengo, acabou recebendo o cartão vermelho.

A Esmac é a lanterna do grupo D, sem nenhum ponto marcado na competição. O próximo jogo da equipe paraense será dia 19 de abril, contra o CRESSPOM-DF, em Ceilândia, no Distrito Federal.

Por Beatriz Reis e Maurilo Tardelly (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Fundada em 1846, a Biblioteca Arthur Vianna (BPAV) comemorou 152 anos de história a serviço da comunidade paraense, no último sábado (25), com programações especiais gratuitas, no Centur – Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves, em Belém. Atualmente, a biblioteca existe como uma instituição pública que tem o objetivo de promover o acesso à informação e difundir bens culturais paraenses.

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O espaço costumava receber, aproximadamente, mil usuários por dia. Após a pandemia de covid-19 (2020-2022), esses números caíram. Hoje, a frequência é de, em média, 600 a 700 pessoas por dia.

Tainara Cardoso, bibliotecária que atua na Fonoteca Satyro de Mello, um dos departamentos da biblioteca Arthur Vianna, falou sobre projetos da instituição. “São desenvolvidos projetos de incentivo e promoção da leitura, como: Múltiplas Visões, Literatura para Gente Miúda, Varandas Literárias, Ilustra, Pesquisa em Pauta e Sonoridades, dentre outros realizados nos diversos espaços da biblioteca", explicou. Alguns dos projetos também são realizados nas bibliotecas setoriais do Curro Velho, Casa das Artes e Casa da Linguagem.

A biblioteca Arthur Vianna possui um acervo físico de aproximadamente 800 mil volumes, com uma vasta variedade de formatos. Segundo a bibliotecária Tainara, a BPAV disponibiliza ao público Obras Raras, com acesso em endereço eletrônico. "Esse é um trabalho importante para que pesquisadores, estudantes e comunidade em geral possam ter acesso a obras de valor para a história do Pará e do Brasil. Além disso, é possível fazer consultas ao acervo físico pela internet”, diz.

Novos papéis

As bibliotecas vêm assumindo outros papéis para a sociedade, além do local propriamente para acesso à informação, afirma Tainara. "Pela necessidade emergente de espaços de convivência e interação social, em que o aspecto cultural também possa ficar em evidência", disse.

Tainara usa como exemplo as Usinas da Paz, em que o Estado do Pará, por meio do projeto Ter Paz, disponibiliza diversos serviços para a população, e a biblioteca é um ambiente confortável para estudo. Também ali são desenvolvidos projetos de leitura, de acesso a cursos e oficinas, de projetos pedagógicos, dentre outros.

"A Biblioteca Pública é um equipamento eminentemente cultural, de fomento e relacionamento entre diversas pessoas, grupos e comunidades da sociedade", destaca a bibliotecária.

Entre os serviços ofertados estão um acervo de livros e revistas em braille, audiolivros, além de outros recursos tecnológicos, como programas de computador com acessibilidade, óculos de leitura, lupa eletrônica e piso tátil para usuários cegos e de baixa visão.

História

A Biblioteca homenageia Arthur Otávio Nobre Vianna, farmacêutico, nascido em 11 de novembro de 1973, em Belém do Pará. Ainda na escola, Arthur Vianna escrevia artigos para o jornal estudantil “A Mocidade”. Também publicava artigos na imprensa.

Foi fundador da Mina Literária, da Sociedade de Estudos Paraenses, do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará e da Academia Paraense de Letras. Renunciou à cadeira número 1 por julgar-se sem competência literária. Em 1889, Arthur Vianna foi nomeado diretor da Biblioteca Pública do Estado – atual Biblioteca Arthur Vianna, localizada no Centur.

A BPAV teve sua origem no Liceu Paraense, atual colégio estadual Paes de Carvalho. Em 1871, foi transferida pelo político Joaquim Pires Machado Portela, que viria a ser seu primeiro diretor.

Por David Nogueira e Kátia Almeida (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Em comemoração ao mês da mulher, nos dias 29 e 30 de março, uma “Feira de Moda e Artesanato” reúne pequenas empreendedoras no hall da UNAMA - Universidade da Amazônia, com o objetivo de promover esses pequenos negócios. A feira é aberta ao público e seguirá das 8 até às 21 horas. Alunos, professores e colaboradores da universidade poderão contar com uma variedade de produtos voltados ao artesanato, roupas, produtos de papelaria, bombons e comidas regionais, joias e bijuterias, além de cosméticos e produtos de beleza, dentre outros. 

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A feira foi uma oportunidade para Natália Mendes, de 30 anos, empreendedora e responsável pela “NM Papelaria”, loja 100% on-line. Durante a ação, ela pôde expor para venda artigos de material escolar e de papelaria. “É a segunda ou terceira vez aqui na UNAMA. E é muito importante esse momento. Tanto para captar novos clientes quanto até, quem sabe, incentivar aqui os universitários a seguir nesse ramo do empreendedorismo, mostrar pra eles que é possível. Eu sou engenheira ambiental de formação, mas optei por seguir no empreendedorismo, em uma área totalmente diferente da minha de formação”, contou Natália. 

A feira também é uma forma de fidelizar os clientes, como conta Natália. Ela soube da iniciativa por meio do Projeto Andorinhas, que conta com diversos colaboradores de áreas diversas com o objetivo de promover a economia solidária. “Eu não tenho ponto físico. Então, essas oportunidades que a gente tem com feira o cliente consegue pegar no produto e testar. É muito diferente do que a gente vê em uma foto. Esse momento, além de captar clientes, é para ele conhecer mesmo a loja, criar confiança para, posteriormente, comprar com a gente on-line”, disse a empreendedora. 

O professor João Cláudio Arroyo, coordenador do grupo de Mestrado Profissional em Gestão de Conhecimentos da UNAMA, diz que o encontro busca soluções concretas para problemas reais como a efetivação do direito ao trabalho. “Com esse encontro, avançamos na busca de soluções concretas que podem inspirar políticas públicas, a partir dos princípios e estratégias da Economia Solidária, dos talentos e habilidades das mulheres, de sua vontade e capacidade de trabalho intelectual e prático”, disse o mestre em Economia.

Gabriela Gutierrez e Gabriel Pires (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

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Histórias da repressão no regime militar de 1964 no Pará são resgatadas no "Relatório Final Paulo Fontelles Filho" que será apresentado em sessão solene nesta sexta-feira, 31 de março, no auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), às 10 horas. O documento é formado por uma coleção de três obras, divididas em Tomos I, II e III, e apresenta distintas dimensões sobre os Direitos Humanos e a Ditadura Civil-Militar.

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O Tomo I apresenta os antecedentes históricos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e a luta pela criação da Comissão Estadual da Verdade do Pará (CEV-Pará). O primeiro documento também faz uma breve contextualização da política paraense.

Já o Tomo II contempla a imprensa paraense na ditadura. Enquanto o Tomo III é composto por um capítulo que trata de Ditadura e Gênero, relacionado ao debate sobre Justiça de Transição (situação atual, sugestões para efetivação nacional, repercussões no Estado do Pará e as recomendações).

Segundo o deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a Comissão Estadual da Verdade foi instalada a partir de lei estadual enviada pelo Executivo. “Ela foi designada legalmente para investigar e levantar o contexto do regime militar em território paraense e seus significados para a construção e formação democrática no exercício da cidadania paraense”, explica o parlamentar.

A Comissão, que foi instalada em 1° de setembro de 2014, desenvolveu investigações em três frentes. Foram as Comissões Estaduais da Verdade do Jornalista, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Camponesa.

“Ela desenvolveu atividades que foram desde oitivas (que são atos extrajudiciais em que testemunhas e acusados são ouvidos sem a presença de advogado) com ex-governadores, ex-deputados, como também líderes sindicais cassados no período da ditadura, com torturados políticos do período da ditadura. Foram também levantadas informações da imprensa do período”, diz Carlos Bordalo sobre a Comissão.

Vítimas do regime

As informações investigadas pela CEV-Pará estão reunidas nos três volumes do Relatório Final da Comissão da Verdade e Memória do Estado do Pará. Esse é o último documento oficial que narra, com detalhado registro documental, as graves violações aos direitos humanos cometidas durante o regime militar na Amazônia paraense.

Histórias como a de Virgílio do Sacramento, liderança rural assassinada nos anos 80, do escritor e jornalista Benedito Monteiro, das ex-presas políticas Isa Cunha e Hecilda Veiga e o assassinato do deputado estadual João Batista estão entre os casos violentos do período que constam na obra.

A data escolhida para o lançamento do Relatório marca os 59 anos do golpe militar de 1964. Para além do dia do evento, o título também carrega grande significado. “O ativista político Paulo Fonteles Filho (morto em 2017) junto com o doutor Egídio Sales Filho, que também já faleceu, foram os dois expoentes maiores da mobilização e da construção do projeto da Comissão Estadual da Verdade”, explica o deputado Bordalo.

“Homenagear Paulo Fonteles Filho é homenagear esse esforço, mas também a tradição, a luta deste ativista e do seu pai Paulo Fonteles”, continua o parlamentar. O pai do ativista que dá nome ao Relatório Final foi assassinado por pistoleiros em 1987 por conta das lutas políticas em prol dos camponeses e da reforma agrária no Pará.

Fio da História

O presidente da Comissão de Direitos Humanos explica ainda a importância de que documentos como o Relatório Final cheguem ao conhecimento da sociedade. “Cada vez que um acontecimento histórico vai se distanciando das gerações presentes é muito importante que esse fio condutor histórico seja oferecido para as gerações do presente compreenderem e entenderem os significados da história”, diz o deputado.

A publicação do documento, de acordo com Carlos Bordalo, é uma maneira de fazer com que as memórias dos chamados “Anos de Chumbo” não sejam esquecidas e evitem que propostas ditatoriais virem realidade novamente. “É fundamental que a memória e a justiça sejam constantemente relembradas para que nunca mais se repitam etapas sombrias, nebulosas”, completa o parlamentar.

O deputado ainda acrescenta a necessidade do apoio ao regime democrático. “Sem democracia não é possível construir justiça social; não é possível pensar-se num país menos desigual, no respeito aos direitos fundamentais, porque qualquer projeto que tem que se viabilizar fora da democracia é antagônico à ideia de uma sociedade plural, democrática, de uma sociedade que lida bem com a sua própria diversidade”, diz Bordalo.

A publicação do Relatório foi feita pela Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPa), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, com recursos de emenda parlamentar do deputado estadual Carlos Bordalo e da ex-deputada estadual Marinor Brito. Os 300 exemplares impressos serão enviados com prioridade para as Bibliotecas Públicas do Estado e para outras de referência nacional. A obra estará disponível na íntegra, para o público em geral, no site do Poder Legislativo do Estado e da Sociedade Paraense de Direitos Humanos.

Por Maria Clara Passos, Victor Sampaio e Beatriz Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Será na sexta-feira (31), a partir das 19 horas, na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 5, esquina com Assis de Vasconcelos), em Belém, a Viração Literária, um evento artístico e cultural que terá na programação o lançamento do livro "Conta de mentiroso", do poeta e professor Paulo Nunes, com ilustração da artista plástica Claudia Cruz. Também será lançada a segunda edição do livro "Insagrado das traquinagens", do mesmo autor, ilustrado por Tadeu Lobato, mestre das artes plásticas paraenses. Ambos os livros foram editados por Andréa Pinheiro, da Amo! Editora.

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A programação do evento constará de performances literárias, tendo a contadora de histórias Ana Selma Cunha como âncora, além de exposição varal das ilustrações de Tadeu Lobato e Cláudia Cruz. Haverá, ainda, declamação de poemas, bate-papo com os artistas e outras maquinações lúdicas.

Segundo Paulo Nunes, doutor e pesquisador de literatura, professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a Casa da Linguagem foi escolhida a dedo para o evento, visto que “é o templo da palavra poética em Belém”. “Na Casa, temos encravadas as energias criativas de Max Martins, Maria Lúcia Medeiros, mestres de muitas gerações”, afirmou.

A entrada é gratuita. Os livros serão autografados durante o evento.

Da Redação do LeiaJá.

O podcast UNAMA no Parazão desta terça-feira (28) tem uma conversa com o jornalista Felipe Campos, apresentador do Portal Arquibancada, da Rádio Clube, sobre o Re x Pa válido pela Copa Verde e a última rodada do Campeonato Paraense. na pauta, também, está a reinauguração do Mangueirão, com as primeiras impressões após a reforma do maior estádio do Pará. Ainda rolou um bate-papo descontraído sobre o começo da carreira de Felipe. A apresentação é dos estudantes de Jornalismo Rodrigo Sauma, Iury Costa e Roberta Pamplona.

UNAMA no Parazão é um projeto do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia, sob comando do mestre e professor Antonio Carlos Pimentel. Os episódios vão ao ar toda terça-feira, às 12h30, na rádio UNAMA FM 105.5, com publicação no LeiaJá (leiaja.com/pa). Clique no ícone abaixo e ouça.

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Com a transição do jornalismo impresso para o jornalismo on-line em grandes veículos de imprensa, o formato digital constitui, atualmente, 34% das redações no Brasil. Os dados são de um levantamento divulgado pelo Atlas da Notícia em fevereiro de 2022.

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Em Belém, as redações até então tradicionais passaram por mudanças ao longo dos anos e se tornaram integradas, com diversas áreas relacionadas com o digital. Profissionais precisaram se adequar à rotina de produção e apuração de reportagens, enquanto outros já chegam ao mercado de trabalho adaptados com as transformações da profissão.

Quem passou por esse processo de transição foi o jornalista Dilson Pimentel. Repórter há mais de 30 anos nos jornais O Liberal e Amazônia, o paraense viu de perto a redação se tornar integrada. Ele conta que a chegada da “era dos portais” tornou a distribuição de conteúdo ainda mais imediata.

Dilson destaca que essa realidade se tornou ainda mais intensa quando precisou trabalhar de home office durante o pico da pandemia de covid-19, em 2020. Sem poder ir às ruas, o processo de apuração era feito a distância, por meio da internet.

“Eu sou oriundo do jornalismo impresso. Antes, a gente produzia e escrevia uma matéria e ela era publicada na edição impressa do jornal do dia seguinte. Em tese, a gente teria um pouquinho mais de tempo para trabalhar aquele texto. Hoje, no digital, tudo é muito imediato. Tudo é muito urgente. Você acaba de produzir o material, acaba de escrever e já tem que publicar. Claro, confirmando, checando as informações na velocidade da informação. No on-line, quem publica primeiro já sai na frente. E essa velocidade me assusta. No jornalismo você precisa ter muito cuidado”, assinalou Dilson.

“Eu me adaptei bastante a essa nova realidade, esse mundo virtual. Eu continuo aprendendo e ainda tenho muita limitação tecnológica, mas acho que avancei muito. Percebi que, durante o período que eu fiquei trabalhando em casa, é que mesmo a distância eu conseguia fazer muita matéria legal. Consegui manter o padrão de qualidade e isso pra mim foi isso é muito importante”, disse Dilson.

Por outro lado, o jornalista comenta que essa realidade trouxe vantagens, como o rápido alcance das notícias pelos leitores. “A gente consegue divulgar os problemas com mais rapidez. E, com mais rapidez, as providências começam a ser adotadas. ‘Belém começa o dia com muita chuva, com muito alagamento'. Então, você já começa a postar as primeiras notícias imediatamente. Aquilo vai mobilizando as autoridades para que deem uma resposta muito rápida. Se fosse no jornal impresso, só sairia no dia seguinte”, exemplificou.

Em meio a esse fenômeno do imediatismo causado pela internet, Dilson reforça que valores como a responsabilidade social e a ética durante a apuração e redação das reportagens — que são pilares do jornalismo — se mantiveram. Princípios esses que devem guiar os jornalistas, conforme pontua o repórter. “A gente não pode esquecer esse cuidado com as pessoas que a gente retrata nas nossas matérias.  A gente usa muito esse termo personagem. Mas não são personagens. São vidas, são histórias. E esse cuidado tem que permear sempre o nosso trabalho”, declarou Dilson.

Nova geração

Camila Azevedo tem 23 anos e é jornalista e formada desde 2021. Foi contratada pelo jornal O Liberal logo que se formou e lá foi o primeiro emprego dela depois de formada. Como alguém que começou a trabalhar já em meio à influência digital no jornalismo, a profissional afirma que a experiência que teve como estagiária de redes sociais na Record TV foi fundamental para que ela tivesse um contato mais próximo com o universo digital. “Na época isso foi muito importante pra mim, tanto para eu ter o contato profissional quanto pra eu entender o que eu queria e gostava”, afirmou Camila.

Segundo ela, a influência das novas mídias e internet impactou diretamente o trabalho, pois o tornou ainda mais instantâneo. Anteriormente, o público só conseguia ter acesso a informações de forma mais tardia, diferentemente do que acontece hoje. “Tá tudo muito rápido. Se aconteceu alguma coisa agora, que a gente chama de factual, daqui [da redação] a gente [jornalistas] já consegue apurar e as outras pessoas conseguem ter acesso quase que imediatamente à informação”, revelou ela.

Outra característica significativa que a repórter aponta é o fato de trabalhar em uma redação integrada, onde o mesmo conteúdo está disponível em diversas plataformas e de formas diferentes. “É muito desafiador porque a gente precisa ter agilidade, correr contra o tempo, apurar e até dar aquela determinada informação na frente dos outros canais de comunicação, por exemplo”, contou.

Mesmo tendo nascido na época da transformação digital e ser de uma geração que tem maior facilidade com esses meios, Camila afirma que enxerga a importância de se estar constantemente se adaptando e modernizando, pois a realidade muda rapidamente. Mesmo que o cotidiano de trabalho exija essa rapidez, é importante considerar que o conteúdo não pode perder a qualidade, pontua a repórter.

“A gente ter esse cuidado de passar a informação do jeito certo é fundamental. O nosso compromisso com o leitor, com a população, para que assim a gente consiga fazer do jornalismo a função social que ele tem. Independente de novas tecnologias, a gente precisa fazer com que essa premissa básica de informar o leitor seja cumprida”, concluiu.

Por Gabriel Pires e Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).









 

 

 

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A UNAMA - Universidade da Amazônia promoveu nos dias 23 e 24 de março, em Belém, o 2° Encontro de Design Gráfico, com o tema "A indústria e o Design Gráfico". O evento contou com palestra da jornalista Elen Neris, gerente de Comunicação da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), e um bate-papo com Thyago Rego, diretor da Talent Design e Marketing, no auditório David Mufarrej, do campus Alcindo Cacela. Também ocorrram oficinas de animação digital com o professor Robson Macedo e de impressão 3D, com o professor Flávio Andrade.

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O professor Robson Macedo, publicitário e organizador do evento, explicou que o curso de Design da UNAMA está tentando consolidar o encontro como um momento de compartilhamento de informações entre alunos e professores ou profissionais. A primeira edição teve o intuito de sensibilizar e colocar a ideia em prática.

Flávio Andrade, palestrante de “Impressão 3D, fundamentos e usos”, disse que a oficina foi proveitosa e interessante, para despertar a curiosidade dos alunos sobre a  tecnologia inovadora que é a impressão 3D. O professor também afirmou que é muito importante oficinas iguais a essa para difundir o conhecimento da inovação, já que existem tecnologias às quais os alunos não têm fácil acesso.

Igor Castro, aluno do curso de Design, destaca que é muito importante eventos como esse porque os estudantes conseguem ver nas oficinas práticas outras camadas do design e a possibilidade de conhecer profissionais da área. Ele espera desenvolver suas habilidades, conhecer novas ferramentas e encontrar inspirações.

Para a aluna de Design Gráfico Júlia Gomes, essas oficinas e palestras permitem ensinar novidades que agreguem à carreira profissional e que explorem diversos ramos. O estudante de Design Gráfico Arthur Ferreira Almeida contou que espera aprender como manusear uma máquina de impressão 3D.

Por Matheus Silva, com fotos de Leonardo Araújo e Beatriz Reis (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).



 

 

Aos 72 anos, a artesã paraense Lusia Palheta vem ganhando o coração do público da rede social TikTok com vídeos curtos em que fala de suas experiências assistindo a produções do leste asiático que possuem formato similar ao de séries e novelas, os doramas ou dramasNos últimos anos, esse tipo de produção se popularizou e ganhou espaço em catálogos de streamings, como Netflix, Star+ e Prime Video.

Foi em uma dessas plataformas que Lusia descobriu esse universo. “Tenho uma televisão no meu quarto e uma vez eu entrei e minha neta estava assistindo ‘O Rei de Porcelana’. Então comecei a assistir junto com ela e a partir daí me apaixonei”, conta.

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O perfil do TikTok de Lusia tem quase 15 mil seguidorese e é administrado pela neta, de quem também foi a ideia de redirecionar o perfil da avó para esse tipo de conteúdo. “Como eu gosto muito de doramas, nós achamos bom compartilhar com as pessoas. Então foi assim que aconteceu. Aí eu comecei a falar sobre os atores e as atrizes que eu gosto”, disse a artesã, que não esperava o tamanho da recepção que obteve com seus vídeos.

Lusia relatou que a paixão pelos doramas lhe ajudou a passar por um momento difícil em sua vida pessoal. “Foi pra mim uma tábua de salvação, me ajudou muito, muito mesmo.”

A pedido da redação do LeiaJá Pará, a Vó dos Doramas, como se denomina Lusia em algumas de suas redes sociais, separou seu top 5 de dramas favoritos, todos disponíveis nos serviços de streaming Netflix e Viki.

5- Vinte e Cinco, Vinte e Um/ Twenty-FiveTwenty-One— Conta a épica história de amor entre Na Hee-Do (Kim Tae-Ri) e Baek Yi-Jin (Nam Joo-Hyuk), acompanhando os altos e baixos de seu relacionamente entre 1998 e 2021. Na Hee-do é membro do time de esgrima de sua escola, mas devido a uma crise na educação sul-coreana o esporte é cortado do currículo. Mas ela consegue entrar para uma equipe nacional de esgrima. Já Baek Yi-Jin vê o negócio do seu pai ir à falência. Isso acaba levando a uma mudança drástica na vida do garoto que perto todos os confortos que tinha.

4- Jardim De Meteoros/ Meteor Garden — Dong Shancai entra na universidade dos seus sonhos determinada a se destacar. Lá, ela se depara com a panelinha dos alunos de elite e descobre o amor.

3- Mergulhando Em Seu Sorriso/ Falling Into YourSmile — No mundo ultracompetitivo dos e-Sports, a equipe masculina ZGDX OPL é incomparável, assim como seu exército de fãs apaixonadas. Mas quando uma das estrelas do time sofre uma lesão na mão, o capitão Lu Si Cheng, conhecido por sua personalidade forte, não terá pressa em escolher um substituto. A pequena Tong Yao, por sua vez, é uma jogadora amadora em ascensão – obcecada por OPL. Suas habilidades são excepcionais, mas ela tem a firme convicção de que, no mundo dominado pelos homens dos jogos profissionais, o amor é um grande impedimento – mesmo que seu ex-namorado fosse um jogador.

2- Desgraça Ao Seu Dispor/ Doom At Your Service — Tak Dong Kyung (Park Bo Young) tem tido pouca sorte na vida. Há alguns anos, os pais dela foram mortos em um acidente inesperado. Ela respondeu a isso se dedicando ao trabalho como editora de romances na internet. A má sorte bate novamente sua porta quando é diagnosticada com um tumor cerebral cancerígeno. Numa noite, ela sobe até a cobertura e pede aos céus para acabarem com seu sofrimento. Mas desta vez, seu clamor foi atendido. Suas palavras invocam um misterioso ser celestial chamado MyeolMang (Seo In Guk), um intermediário entre os humanos e os céus. Ele chega e diz a ela que pode realizar seus desejos — se ela estiver disposta a pagar um preço final.

1- Mulher Forte, Do Bong Soo/ Strong Woman Do Bong-soon — Bong-soon (ParkBo-young) não é uma mulher comum. Ela é uma mulher que possui força sobre-humana, que pode esmagar objetos com as próprias mãos quando os segura com muita força. Embora BongSoon anseie por ser uma mulher elegante e delicada pela qual os homens se apaixonam, ela não pode renunciar seu poder. Felizmente, este é o atributo especial permite que ela consiga um emprego como guarda-costas de Ahn Min Hyuk, o herdeiro com tendências excêntricas que administra uma empresa de jogos.

Por Beatriz Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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