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O Tribunal de Apelação do Vaticano condenou, nesta terça-feira (23), o padre italiano Gabriele Martinelli a dois anos e meio de prisão por corrupção de menores, devido a relações sexuais mantidas em 2008 e 2009 com um adolescente um ano mais novo que ele.

"É um dia importante para o meu cliente, porque, após muitos anos de sofrimento, a violência que ele sofreu realmente foi reconhecida", disse à AFP Laura Sgrò, advogada da vítima.

"Esperamos que esta decisão possa, de alguma forma, levar a uma reflexão ainda mais profunda sobre o abuso sexual na Igreja", acrescentou.

Os fatos começaram em 2007 no pré-seminário de São Pio X, no Vaticano, quando Martinelli e a vítima ainda eram adolescentes de 14 e 13 anos, respectivamente.

Os abusos teriam continuado por cinco anos, até 2012, quando Martinelli tinha 19 anos.

Em outubro de 2021, o tribunal penal do Vaticano absolveu o padre das acusações de estupro do mesmo menor, quando ambos viviam no seminário São Pio X.

O tribunal, que também julgou na época o ex-reitor da instituição acusado de cumplicidade, considerou que não havia dúvidas sobre as relações sexuais entre o padre e sua suposta vítima, mas que os elementos não eram suficientes para provar a coação por meio de violência ou ameaças.

Em segunda instância, o Tribunal de Apelação da Cidade do Vaticano reclassificou nesta terça-feira os fatos como corrupção de menores.

Martinelli, ordenado padre em 2017, foi condenado a dois anos e meio de prisão e a uma multa de mil euros (R$ 5.830, na cotação atual), conforme a decisão à qual a AFP teve acesso.

O tribunal considerou que o padre não é punível pelos fatos até 2 de agosto de 2008, pois era menor de 16 anos. No entanto, durante o período entre 9 de agosto de 2008 e 19 de março de 2009, o acusado já havia atingido a maioridade sexual, ao contrário de sua vítima.

O pré-seminário de São Pio X abriga crianças e adolescentes que estudam em uma escola privada no centro de Roma e ajudam durante as missas celebradas na Basílica de São Pedro. Alguns deles decidem depois tornar-se padres e ir estudar em um seminário.

O pároco Raimundo Diniz reclamou da qualidade da decoração de um casamento na Igreja Nossa Senhora de Santana, em Boquim, em Sergipe. Durante uma missa antes do matrimônio, no último sábado (6), ele chegou a indicar que os noivos eram pobres.

O religioso disse aos fiéis que não faria a comunhão na nave central da igreja por conta do tapete colocado para o casamento.

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"Não é tapete, é um negócio muito devagar, que escorrega, né? Para não dizer que é coisa ruim. Foi essa condição que os noivos tiveram, infelizmente. Fazer o que? A gente percebe que as coisas são bem simples, que a arrumação é bem simples, né? Deve ser um casal pobre", disse o padre.

Ainda durante a missa, Raimundo determinou a proibição de tapetes parecidos nos próximos eventos. "Quando vieram arrumar a igreja para casamento ou para formatura, se for carpete assim que o povo escorrega, não deixe colocar não. Se acontecer um acidente, quem é que vai responder? É a igreja né? A partir de hoje, eu tomo essa decisão", anunciou.

Ele ainda sugeriu que a ornamentação do casamento não era decente. "Se não pode fazer uma arrumação decente não arrume. Mas para fazer armengo, aqui mais não. Me perdoem se estou sendo duro, mas é para evitar acidentes".

Após a repercussão da sua fala nas redes sociais, o pároco pediu desculpas na página da paróquia. Ele disse que não teve intenção de ofender, apenas tinha o propósito de resguardar a vida das pessoas e reforçar os cuidados com a ornamentação da igreja.   

O aniversário de 75 anos do padre Júlio Lancellotti, famoso por organizar ações de assistência a pessoas em situação de rua em São Paulo, mobilizou nas redes sociais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns de seus aliados nesta quarta-feira, 27.

O sacerdote é próximo do atual governo. Em 11 de dezembro, ele discursou no Palácio do Planalto em cerimônia de lançamento do Plano Ruas Visíveis - voltada à população sem casa. Antes, em setembro, recebeu a medalha de Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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"Hoje é aniversário do querido amigo padre Júlio. Um homem que representa em seus atos os valores humanistas do cristianismo. Desejo muita saúde e disposição para seguir lutando pelos que mais precisam. Um abraço", escreveu Lula em seu perfil no X, novo nome do Twitter.

"Esse dia é seu, companheiro. A sua luta pelos direitos humanos é algo que nos enche de orgulho. Andamos juntos na luta!", escreveu o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), depois de dizer que conhece o sacerdote há décadas. "São 75 anos de muita luta, heroísmo e vontade de transformar o Brasil em um mundo melhor", afirmou o ministro.

"Hoje celebramos a vida deste ser humano excepcional, que nos serve de inspiração ao colocar o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo em prática com suas ações diárias", escreveu o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues. A ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas), chamou o padre de "grande homem, inspiração na defesa dos mais pobres".

O governo da Nicarágua, liderado por Daniel Ortega, libertou 12 sacerdotes detidos e os enviou ao Vaticano após um acordo com a Santa Sé. 

Entre os religiosos, porém, não está dom Rolando Álvarez, que mais uma vez teria se recusado a deixar o país. 

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A informação consta em nota oficial divulgada pelo governo de Ortega nesta quinta-feira (19).

No texto, a Nicarágua explica que "depois de conversações frutíferas com a Santa Sé" foi alcançado um acordo para transferir ao Vaticano os 12 sacerdotes que, por diferentes razões, foram processados. Todos viajaram hoje para Roma, capital da Itália.

"O governo de Reconciliação e Unidade Nacional da República da Nicarágua não esgotou os recursos para garantir e defender a paz tão cara às famílias nicaraguenses", acrescenta.

O Executivo de Ortega reforça ainda que "este acordo alcançado com a intercessão de altas autoridades da Igreja Católica da Nicarágua e do Vaticano representa a vontade e o compromisso permanente de encontrar soluções, em reconhecimento e encorajamento de tanta fé e esperança que sempre anima os fiéis nicaraguenses, que são a maioria".

Os padres expulsos e enviados ao Vaticano são Manuel Salvador Garcia Rodriguez, José Leonard Urbina Rodriguez, Jaime Ivan Montesinos Sauceda, Fernando Israel Zamora Silva, Osman José Amador Guillen e Julio Ricardo Norori Jimenez.

A lista também inclui Cristóbal Reynaldo Gadea Velasquez, Alvaro José Toledo Amador, José Ivan Rye Terceiro, pastor Eugenio Rodríguez Benavidez, Yessner Cipriano Pineda Meneses e Ramon Angulo Reyes.

Por sua vez, dom Rolando Álvarez, que foi condenado a mais de 26 anos de prisão por "traição", após se recusar a deixar o país rumo aos Estados Unidos junto com outros 222 presos políticos, não foi libertado e enviado ao Vaticano.

Todos os sacerdotes "serão recebidos em Roma, segundo os acordos, por funcionários da Secretaria de Estado da Santa Sé".

A Igreja Católica da Nicarágua é alvo de uma campanha do governo que tem como objetivo prender ou expulsar padres e freiras do país. Neste ano, a repressão se intensificou com os religiosos denunciando agressões e a vigilância do governo sobre cerimônias.

Da Ansa

O padre Airton Freire, acusado de violência sexual, se tornou réu após a Justiça aceitar as denúncias do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que haviam sido recebidas pela Vara Única da Comarca de Buíque. As informações foram confirmadas nesta segunda-feira (7). 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou por meio de nota que “os processos de apuração dos crimes contra a dignidade sexual devem correr integralmente em segredo de justiça, preservando-se a intimidade da própria vítima.” 

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Padre Airton, da Fundação Terra, é preso em Arcoverde 

Padre Airton Freire está preso em cela isolada 

Padre Airton Freire é transferido para hospital no Recife 

Entenda o caso 

Em maio deste ano, uma mulher acusou o padre de ter sido o mandante do estupro do qual foi vítima, durante um retiro espiritual em agosto de 2022. Após sua denúncia, outras vítimas se pronunciaram, entre elas um homem. Dos cinco inquéritos abertos para investigar o caso, dois foram concluídos, resultando na prisão do padre e no mandado contra outros três funcionários, Jailson Leonardo da Silva, Landelino Rodrigues da Costa Filho e outro homem cujo nome não foi divulgado pela polícia. Landelino foi preso no final de julho. 

Além do padre Airton, os três funcionários também são mencionados pela Justiça, considerados réus nos casos.

A Arquidiocese de Campinas, no interior de São Paulo, afastou o padre Silvio Sade Tesche da função sacerdotal após denúncias de ofensas racistas. Ele era vigário paroquial da Basílica Nossa Senhora do Carmo, uma das igrejas mais importantes da arquidiocese. O padre é acusado de ter chamado uma bancária de "neguinha" e "mula", e um manobrista de "macaco". A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público. A defesa do sacerdote nega o teor da acusação.

Os casos aconteceram no ano passado em um prédio comercial da região central de Campinas e foram registrados na Polícia Civil. No primeiro evento, no dia 30 de setembro, o padre teria se negado a deixar a chave do seu carro com o manobrista, um homem de 57 anos.

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O homem explicou que era norma do edifício e o padre teria reagido com agressão verbal, chamando-o de "macaco", além de ter batido com a mão em seu peito. Ao cobrar explicações, o padre teria dito que "era por isso que não gostava de negro" e o chamado de "petista filho da p...."

O outro episódio, ocorrido um mês depois, envolveu funcionárias de uma agência bancária que funciona no mesmo edifício. Inicialmente, o padre se indispôs aos gritos com uma recepcionista de 23 anos, a quem chamou de "burra" e "neguinha", após ela ter informado que a gerente não poderia atendê-lo de imediato. A gerente acorreu em defesa da funcionária e também foi ofendida, sendo chamada de "burra, incompetente e boçal", segundo a denúncia.

Os dois casos foram denunciados à Polícia Civil e resultaram na abertura de inquéritos. Em junho, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e tornou o padre réu.

"O MPSP ofereceu denúncia que foi recebida pelo juízo, tendo sido apresentada resposta à acusação. Confirmado o recebimento da denúncia, se seguirão audiência de instrução, debates e julgamento", informou o MP. Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial - ofensa em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional - foi equiparado ao racismo, mas os eventos que envolvem o padre são anteriores à nova lei.

No último dia 18, a Arquidiocese de Campinas publicou decreto assinado pelo arcebispo dom João Inácio Müller proibindo o padre Silvio do exercício do ministério sacerdotal "dentro e fora dos limites territoriais da Diocese, até que seja determinado o contrário".

Conforme o documento, a medida foi tomada "no intuito de prevenir escândalos, proteger a liberdade das pessoas envolvidas e tutelar o curso da justiça". O padre continua com direito à remuneração de dois salários mínimos - R$ 2,6 mil - para seu sustento, mas deve arcar com as custas de sua defesa. A arquidiocese abriu também uma investigação prévia sobre a conduta do sacerdote, levando em conta as denúncias apresentadas contra ele.

A reportagem procurou o padre Silvio Tesche, mas o secretariado da paróquia informou que ele se encontra em recolhimento e não se manifestará. A defesa do padre Silvio Tesche disse que os fatos não se passaram da forma como foram denunciados pelas vítimas. "Tendo em vista os princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, a defesa técnica e o acusado somente se manifestarão nos autos do processo", disse, em nota.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira (24), um padre, de 33 anos, suspeito de abusar sexualmente de duas crianças​, de 11 e 12 anos.

De acordo com a polícia, as vítimas frequentavam uma paróquia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (capital), onde o autor exercia o sacerdócio. Ele foi afastado das funções em razão de uma ordem judicial.

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O autor se apresentou na delegacia com seu advogado após o mandado de prisão preventiva ser decretado pela Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 20 anos de prisão.

Com informações da PCRJ

O padre católico Airton Freire, de 63 anos, acusado de estupro, foi transferido para o Real Hospital Português, no Recife, na manhã deste domingo, 23, por causa do agravamento de suas condições de saúde. Preso preventivamente desde o último dia 14, ele já havia sido levado na tarde de sábado, 22, para o Hospital Memorial Arcoverde, em Arcoverde, no sertão de Pernambuco, após uma crise de hipertensão.

A assessoria do Real Hospital Português confirmou a transferência do padre, mas informou não ter autorização para divulgar o seu estado de saúde. Segundo informou a assessoria do padre a veículos de imprensa locais, a transferência para a capital foi decorrente de "um princípio de acidente vascular cerebral que requer cuidados especializados".

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O padre foi acusado de estupro por uma fiel de sua igreja em Arcoverde, a personal stylist Sílvia Tavares de Souza. Segundo a vítima, o crime teria ocorrido em agosto do ano passado, na sede da Fundação Terra, uma instituição criada pelo religioso para atender pessoas socialmente vulneráveis. Segundo o Ministério Público de Pernambuco, que pediu a prisão preventiva do padre no último dia 14, há cinco inquéritos policiais abertos contra ele.

Na denúncia, Sílvia afirma que um motorista e segurança do padre a ameaçou com uma faca e a forçou a ter relações sexuais com ele, por ordem do religioso, que se masturbou enquanto assistia à cena. Moradora do Recife, ele contou ter conhecido o padre em 2019, quando buscava ajuda para tratar uma depressão.

O MP, que pediu a prisão do suspeito, disse que a medida cautelar é necessária para garantir a continuidade da investigação, afastar o risco de novos delitos e assegurar a proteção às vítimas que procuraram a tutela do Estado. Três promotores foram designados para acompanhar o caso, que é tratado como sigiloso pela Justiça.

A Diocese de Pesqueira, a qual o padre Airton é vinculado, afastou o clérigo do exercício da função sacerdotal.

O padre Geraldino Rodrigues de Proença foi afastado pela Diocese por 30 dias para cuidar da saúde. A decisão foi tomada após uma mulher portando uma arma de airsoft invadir a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Arapongas-PR, na última quinta-feira (13).

No momento do incidente o padre se encontrava na igreja. A mulher entrou na paróquia e se trancou dentro do banheiro. O Samu e a Polícia Militar foram acionados e, em uma negociação de cerca de três horas, ela acabou se entregando e foi levada para uma UPA.

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Embora o religioso não tenha ficado ferido, a Diocese, por meio do Bispo Dom Carlos José, anunciou que o Padre Geraldino ficará afastado para cuidar de sua saúde.

Por Mateus Moura.

Nesta quarta-feira (31), a personal stylist Silvia Tavares de Souza foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, na área central do Recife, para cobrar a conclusão das investigações contra o padre Airton Freire de Lima. Em denúncia, ela afirmou que foi estuprada por ordem do religioso, durante um retiro espiritual em agosto de 2022.

Silvia afirma que participou pelo menos 25 retiros espirituais organizados pelo padre desde 2019, na Fazenda Malhada, em Arcoverde, no Sertão do estado. Seu contato com o padre se estabeleceu porque ela o procurou para pedir ajuda no tratamento de uma depressão.

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Em um dos eventos, Airton Freire de Lima, de 66 anos, conduziu a mulher até um espaço afastado, que chamava de "casinha". Lá, pediu a ela uma massagem e ordenou que seu motorista, Jailson Leonardo da Silva, de 46 anos, a estuprasse. Silvia disse que o padre se masturbou durante o crime.

A denúncia foi efetivada em dezembro de 2022 e o caso corre em segredo de Justiça, sendo investigado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela Polícia Civil. Na terça-feira (30), o padre de 66 anos foi suspenso pela Diocese de Pesqueira, no Agreste.

No Palácio, a vítima foi recebida pela secretária executiva de Políticas para Mulheres, Juliana Gouveia. Ela disse que a demora na conclusão do caso se deve ao cuidado para que não haja intercorrências. A secretária também garantiu que está oferecendo apoio psicológico e jurídico à vítima.

A Polícia Civil afirmou que "está empenhada nas investigações, atuando de forma técnica e com compromisso". A corporação também disse que, "no momento, não é possível fornecer mais informações, pois o caso segue sob segredo de Justiça".

O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, líder da Diocese de Anápolis, em Goiás, foi condenado a pagar R$ 10 mil como indenização ao médico Olímpio Moraes Filho. Em 2020, o religioso publicou um texto em que acusava o obstetra de assassinato por ter realizado um aborto legal em uma criança vítima de estupro. 

A menina de 10 anos engravidou após ser violentada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo, e foi transferida ao Recife para interromper a gestão no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Apesar de ser autorizado pela Justiça, políticos de direita e grupos religiosos tentaram invadir o prédio para impedir o procedimento e realizaram um ato em frente à unidade. O caso ganhou repercussão nacional e aqueceu o debate sobre os casos previstos para o aborto na legislação. 

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Em sua decisão, o juiz Adriano Mariano de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), entendeu que houve constrangimento moral. O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz ainda pode recorrer da condenação.

A defesa alegou em juízo que o texto criticava o procedimento abortivo no Brasil de forma genérica e que a palavra usada foi "assassínio" e não "assassino", segundo o g1

"Apesar da liberdade de expressão, não se pode imputar a uma outra pessoa comentários ofensivos que abalem sua imagem pessoal e profissional baseados em temas polêmicos que inclusive dividem opiniões. Portanto, a liberdade de expressão e de pensamento não é direito absoluto e deve ser exercida em respeito à dignidade alheia para que não resulte em prejuízo à honra, à imagem e ao direito de intimidade da pessoa”, destacou o magistrado para basear a sentença.

Em nota, a Diocese de Anápolis disse que não vai se manifestar e reforçou que as ações do padre são de cunho individual. 

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O corpo do padre Douglas Leite, de 35 anos, cujo desaparecimento foi registrado na última quarta, dia 8, em Fervedouro (Minas Gerais), foi localizado nesta quinta-feira, 9, em Miradouro, também na região da Zona da Mata. A perícia oficial da Polícia Civil compareceu ao local e encaminhou o corpo para o Posto Médico-Legal de Muriaé. A Diocese de Caratinga também confirmou a morte do padre, que atuava na Paróquia de Santa Bárbara, em Fervedouro.

Na última terça-feira, por volta das 10h30, o padre saiu pela cidade de Fervedouro juntamente com um amigo, também padre, para um almoço em São Francisco do Glória, um percurso de pouco mais de 10 km. Por volta de 11h45, ele teria retornado sozinho para Fervedouro, não sendo mais visto.

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A Polícia Civil iniciou então as investigações à procura do padre a partir de depoimentos de populares que o conheciam e relataram o sumiço do religioso. A Polícia encontrou o veículo do padre - um fusca - abandonado na cidade de Miradouro, próximo ao restaurante onde ele teria almoçado. O corpo também foi encontrado próximo ao local do abandono do veículo.

"Ainda não confirmamos o que aconteceu, estamos em andamento nas investigações. Estamos aguardando a realização dos exames periciais e laudo do IML de Muriaé (MG) para confirmar a causa da morte", disse o delegado de polícia Glaydson Ferreira.

De acordo com a polícia, a informação é de que dias antes do desaparecimento do padre, ele teria pedido dinheiro emprestado, e portanto, trabalha-se com a hipótese de extorsão.

A assessoria da Polícia Civil ressaltou ainda que as apurações prosseguem e nenhuma linha de investigação foi descartada. O caso está sendo investigado pela 34ª Delegacia de Polícia de Miradouro, com apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, DHPP, de Muriaé.

Nascido em Conceição de Ipanema, na região do Vale do Rio Doce, o padre Douglas Leite foi ordenado em agosto de 2021.

Em decisão judicial, o padre Osvaldo Donizeti da Silva e o Bispado de Catanduva, no interior de São Paulo foram condenados a pagar uma indenização de R$ 210 mil por abuso sexual contra menor de idade. O crime aconteceu quando a vítima tinha 11 anos.

A condenação foi expedida pelo juiz Marcos Vinicius Krause Bierhalz, da Vara Única de Urupês (SP), que entendeu que o padre “Osvaldo valeu-se da condição de sacerdote que lhe fora imbuída pelo Bispado corréu para a prática do abuso sexual, aproveitando-se do isolamento da requerente durante o sacramento da confissão”.

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Segundo os autos do processo, o crime aconteceu em 2013, durante uma confissão que a criança deveria realizar para participar da primeira eucaristia, rito comum na igreja católica. Após a confissão, feita em uma sala fechada, o padre agarrou a criança e a beijou à força, além de pegar em suas nádegas. O homem ainda fez a vítima tocar na sua genitália. O abuso parou apenas porque uma colega da criança esbarrou na porta, assustando o padre.

Ao saber do ocorrido, a família recorreu à polícia para relatar e exigir justiça. Ainda segundo o juiz, a criança foi exposta para além do crime cometido.  "Ademais, a circunstância de ter o abuso ocorrido em evento público – ainda que em cômodo reservado – e a ampla repercussão dos fatos na pequena cidade de Sales contribuíram para a exposição do nome e imagem da menor ao escrutínio", declara em um trecho da decisão.

A vítima, atualmente com 20 anos de idade, afirma que até hoje carrega “sequelas emocionais” causadas pelo abuso sofrido na infância. O padre Osvaldo, conhecido como Barrinha, já havia sido condenado em duas instâncias pelo crime cometido, e chegou a ficar preso por um ano, mas já está solto e voltou a realizar missas.

A Diocese de Catanduva, que foi incluída na condenação, se pronunciou por meio de nota, declarando que vai aguardar toda a conclusão do processo para poder comentar o caso, "sobretudo pelo segredo de justiça decretado pelo Poder Judiciário."

O Bispado também afirma que mesmo que não possa responder por atos individuais dos membros do clero, "sempre irá colaborar e prezar pela boa aplicação da Justiça e das leis, para que, o bem e a ordem social sejam mantidos."

Um padre foi baleado quando seguia para uma missa na noite da sexta-feira (24) em Petrolina, Sertão de Pernambuco. Breno Gomes Paixão, de 43 anos, foi atingido de raspão no pescoço.

Segundo a investigação, o padre estava em um carro seguindo para o distrito de Rajara, na zona rural, onde faria uma missa na Paróquia Nossa Senhora das Dores. No caminho, dois homens em uma moto se aproximaram e efetuaram os disparos.

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O padre foi encaminhado para uma unidade de saúde e segue internado. No sábado (25), a Diocese de Petrolina informou que o religioso está evoluindo satisfatoriamente no seu quadro clínico. "Como restam fragmentos de bala na região do pescoço, a equipe que o acompanha realizará, nos próximos dias, novos exames e procedimentos", declarou a Diocese.

Não há informações de suspeitos presos até o momento. A motivação do crime também é desconhecida.

Um padre foi afastado de suas funções em uma comunidade religiosa na Zona Leste de São Paulo, após presidir uma cerimônia de casamento coletiva, voltada a uniões homoafetivas. Apesar da Arquidiocese de São Paulo não ter dito explicitamente que o afastamento foi por esse motivo, foi notificado um erro grave de conduta e que “merece apuração”. O religioso em questão é Ivanildo Assis Mendes Tavares, de 39 anos, natural de Cabo Verde, mas radicado no Brasil desde 2012. 

Em 2013, Padre Assis iniciou um trabalho intenso ao lado da população de rua, encarcerada, de pessoas negras e LGBTQIA+. Sua atuação na comunidade São José Operário da Vila Prudente comoveu diversos grupos de fiéis, que têm se movimentado para pedir a revogação da decisão da Igreja. 

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A cerimônia coletiva aconteceu no último dia 22 de outubro, em Franco da Rocha, e também foi interreligiosa. 20 casais foram abençoados não apenas pelo padre Assis, mas também a iyálorisá Tania ti Oyá, o pastor Sérgio Cunha e o kardecista José Lúcio Arantes. Ao menos três casais abençoados eram gays. O evento acontece há 15 anos na cidade. 

Após a benção ao casamento, Assis foi afastado. A decisão foi do Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. Na carta de afastamento, o Arcebispo alega que o padre participou de uma "simulação de sacramento", conduta que é proibida pelo código canônico, uma espécie de ordenamento jurídico que rege a Igreja Católica. Com isso, o padre está proibido de celebrar sacramentos e de exercer suas funções sacerdotais. 

O afastamento gerou um abaixo-assinado publicado pela Comunidade São José Operário nas redes sociais, onde mais de 2.500 pessoas assinaram o documento pedindo que Dom Odilo reconsidere a punição. O título da carta diz que “Entre a lei e o amor, escolhemos o amor!” e pede que a Igreja Católica reconsidere o afastamento do padre. 

O documento foi escrito por lideranças de cinco comunidades carentes da região Episcopal Belém, onde o padre atua: a Favela de Vila Prudente, a Favela Jacaraípe, Favela Ilha das Cobras, Favela Haiti e Favela da Sabesp, todas na Zona Leste. Segundo a Arquidiocese de São Paulo, a comunidade da Vila Prudente continuará sendo assistida pastoralmente pelo setor episcopal do Belém. 

"As comunidades católicas da Vila Prudente continuarão a ser atendidas pastoralmente e a “retirada do uso de Ordem” ao referido Padre na Arquidiocese de São Paulo, como já dito, é cautelar, podendo ser mudada, após serem esclarecidos os fatos e as suas consequências e a depender da aceitação do sacerdote de observar as normas da Igreja", disse. 

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O padre Airton Freire, de 66 anos, criador da Fundação Terra, passou por uma cirurgia endovascular neste sábado (3). De acordo com o boletim médico divulgado pela assessoria do religioso, Freire passou por um vazamento decorrente do tratamento de um problema na aorta e precisou substituir uma prótese aórtica que havia implantado 20 anos atrás. O paciente foi levado ao bloco cirúrgico por volta das 8h e o procedimento foi finalizado “com sucesso”. 

Em dezembro de 2002, o padre Airton Freire teve um aneurisma dissecante da aorta, tipo A e B, até as ilíacas, o que resultou na colocação de uma prótese biológica, substituída na cirurgia recente. Na literatura médica, o vazamento pelo qual Freira passou é chamado também de “endoleak”. 

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No último dia 28 de novembro, o padre sentiu-se mal antes da celebração da missa das 18h, na Comunidade de Vida da Malhada, e foi levado ao Hospital Memorial de Arcoverde, onde ficou internado na UTI. No dia seguinte, foi transferido ao Recife e desde então, está internado em um hospital particular. 

“O paciente Airton Freire de Lima foi submetido neste sábado, 03/12/2022, a uma cirurgia endovascular para correção de um endoleak tipo III, por fadiga de uma endoprótese implantada há 20 anos em um hospital de São Paulo. O procedimento foi concluído com sucesso e sem intercorrências pela equipe coordenada por seu Dr. Carlos Abath, e acompanhada pelo seu cardiologista Dr. Marcos Magalhães. O paciente ficará em observação na UTI por um dia, com alta hospitalar prevista para a próxima segunda-feira”, comunicou o médico Carlos Abath, radiologista intervencionista e cirurgião endovascular. 

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Um padre de 63 anos foi encontrado morto por funcionários da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Guaíra, no oeste do Paraná, na fronteira com o Paraguai. A informação foi confirmada pela Diocese de Toledo, que fica na mesma região. Os funcionários acharam o corpo do padre José Aparecido Bilha ao chegarem para o início do expediente, na manhã desta segunda-feira (21).

A confirmação da morte do pároco se deu por meio de nota da diocese. O comunicado, porém, não informou o local da paróquia onde o corpo estava nem se havia algum ferimento. O padre estava na cidade desde 2020.

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"Externamos condolências à família Bilha e à comunidade católica de Guaíra, especialmente desta paróquia, que foram surpreendidos pela triste notícia. Informamos ainda que o caso está sendo investigado pelas autoridades de segurança pública e acompanhado pela Diocese", diz trecho da nota.

A Polícia Civil, que está investigando o caso, informou apenas que aguarda laudos complementares para auxiliar no andamento das investigações. A imprensa local divulgou suspeitas de motivação política e de suicídio. A reportagem tenta contato com a polícia sobre as linhas de investigação.

O velório do padre começou ainda na noite de segunda-feira, em Assis Chateaubriand, também no oeste do Paraná. Uma missa foi realizada na cidade. O sepultamento está previsto para ocorrer após as 15h desta terça-feira, 22, no cemitério municipal. Também nesta terça, haverá outra missa, comandada pelo bispo diocesano Dom João Carlos Seneme.

José Aparecido Bilha nasceu em Astorga, no norte do Paraná, e tinha 28 anos de sacerdócio. Ele cursou Filosofia, em Toledo, e Teologia, em Curitiba e Londrina. Conforme a diocese, Bilha foi pároco em Assis Chateaubriand, Quatro Pontes, Toledo e Formosa do Oeste, além de Guaíra.

Cansado dos constantes furtos que a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Piedade, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, vem sofrendo, o padre Francisco Caetano resolveu deixar uma faixa na entrada do local informando aos ladrões que "seus companheiros" já tinham passado por lá.

"Senhores ladrões, seus companheiros já levaram todos os aparelhos de ar-condicionado desta capela. Não venham mais perder tempo aqui", diz a faixa. 

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Segundo declaração do padre à imprensa local, cerca de 10 aparelhos de ar-condicionado já foram levados pelos criminosos, causando um prejuízo que chega a R$ 100 mil. Os equipamentos começaram a ser furtados no início da pandemia. 

O religioso aponta que, além dos aparelhos, fiação de cobre e de metal também foram levados pelos assaltantes, que acessaram a igreja pelo telhado. 

Investigação

A Polícia Civil de Pernambuco informou que o caso está sob investigação, já tendo sido instaurado um inquérito policial e as diligências estão em andamento para apurar os fatos. "É necessário reforçar a importância do registro do Boletim de Ocorrência por parte das vítimas, para que a PCPE possa tomar as medidas cabíveis", destaca a polícia para a importância de quem tenha sido vítima de algum roubo na localidade - além da igreja.

Com informações de Jameson Ramos.

De passagem pelo Agreste de Pernambuco, o padre Márcio Cândido dos Santos teve cerca de R$ 24 mil e a picape da igreja roubados em Caruaru. O suspeito distribuiu parte da quantia e camisas da igreja nas ruas da cidade. Ele foi preso após denúncia anônima e apresentou uma versão diferente do que foi dito pelo religioso.

O criminoso, identificado como Evandro Gabriel Santana, de 24 anos, disse que foi abordado pelo padre com uma proposta de carona para o Centro, mas se irritou por não ter sido deixado no local combinado.

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"Fiquei com raiva e roubei mesmo, o dinheiro e a Toro, porque ele não me deixou onde eu queria. Ele ia para o Centro e eu também, mas ele passou direto. Fiquei com raiva e tomei mesmo. Peguei e distribuí uns R$ 20 mil. [Eu dizia] ‘olha o dinheiro, quem quer dinheiro? Vamos, galera, chega aí’. Só depois que me autuaram é que eu descobri que ele era padre", contou o Evandro, preso na última terça-feira (5).

Líder da paróquia de São José, na cidade de Canapi, em Alagoas, padre Márcio publicou um depoimento nas redes sociais em que revela uma versão diferente do roubo. 

O religioso explicou que precisou de atendimento médico após passar mal na volta de um retiro no município de Camocim de São Félix, quando foi abordado por um homem armado próximo ao hospital. Evandro negou que estava armado.

“Quando eu estava estacionando o carro, esse indivíduo me pediu que eu levasse ele no centro. É nítido que este estava totalmente drogado, e com uma arma na cintura, não sei se de fogo ou branca. Eu corri para dentro do hospital e ele ficou lá. Depois, roubou o carro da paróquia, (onde) estava o dinheiro”, apontou o religioso.

Padre Márcio ainda esclareceu que a quantia foi ofertada por fiéis e pagaria as camisetas de uma peregrinação promovida pela igreja, além de outros gastos como a compra de uma mesa e caixas de som.

A congregação emitiu uma nota de repúdio nas redes sociais e se mostrou indignada com os "argumentos ausentes de verdade e dignidade" feitos por Evandro contra a honra do padre.

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A TV Cultura é uma emissora de televisão fundada por Roberto Costa de Abreu Sodré, então governador do estado de São Paulo, em 1960. Apesar das circunstâncias de sua criação, a Cultura não é uma televisão governamental. A organização é mantida pela Fundação Padre Anchieta, entidade privada instituída pelo governo de São Paulo, e custeada por doações obtidas junto à iniciativa privada, sob forma de apoios, licenciamentos, serviços e coproduções.

A Fundação Padre Anchieta (Centro Paulista de Rádios e TVs Educativas) é administrada por um conselho constituído por representantes de instituições educativas e culturais, públicas e privadas do país (Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de São Paulo, Universidade de Campinas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdades Mackenzie, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Associação Brasileira de Imprensa, entre outras).

##RECOMENDA##

Um dos princípios mais importantes da TV Cultura é o de não veicular comerciais. Os anunciantes, através de apoios culturais ou projetos especiais, vinculam seu produto ou marca a um programa específico, previamente selecionado. A abertura para as inserções é feita em forma de chancelas de seis segundos, exibidas na abertura, intervalos e encerramento do programa.

 

A TV Cultura dedicou por anos atenção especial aos temas da infância. O primeiro passo em direção à produção própria de seus programas infantis aconteceu ainda na década de 70, quando a emissora adaptou a série Vila Sésamo, em parceria com a TV Globo e a Children’s Television Workshop. Desde então, a emissora passou a investir em mais programas infanto-juvenis, como o Revistinha, Cocoricó, X-tudo, Glub-Glub, Castelo Rá-Tim-Bum e outros. A produção do Castelo rendeu à TV Cultura diversos prêmios, incluindo o do Festival Internacional de Nova Iorque.

No campo do jornalismo, a Cultura foi a primeira emissora brasileira a retransmitir a CNN (Cable News Network). A grade da emissora conta com programas jornalísticos através do dia, como o Jornal da Cultura (duas edições) e Opinião Nacional,  como também a revista cultural Metrópolis e o informativo ecológico Repórter Eco. O programa Roda Viva ficou marcado por ser palco de importantes debates na televisão brasileira, ao entrevistar presidentes, senadores, deputados, governadores e outros, acompanhando as discussões do ambiente político em diferentes épocas. 

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