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Billie Eilish, na qualidade de superestrela, e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, aclamado como tal, foram os protagonistas de um show pelo planeta na noite desta quinta-feira (22), aos pés da Torre Eiffel, em Paris.

Dado o número de camisas com o rosto da cantora californiana de 21 anos entre o público jovem, composto por cerca de 20.000 pessoas, Billie Eilish era a grande atração da noite.

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Mas o primeiro a receber uma grande ovação não foi Lenny Kravitz, nem Jon Batiste, nem H.E.R., nem Finneas, o irmão e colaborador de Billie Eilish, que também tem produções solo.

Lula roubou a cena ao tomar a palavra em favor do planeta em uma das intervenções previstas entre uma e outra música para defender o meio ambiente.

Convidado para participar de uma cúpula para um novo pacto financeiro mundial ante o desafio climático que acontece nesta quinta e sexta em Paris, por iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron, Lula também subiu ao palco do evento "Power Our Planet" (Empodere o nosso planeta).

Com terno escuro e camisa azul, o presidente brasileiro reafirmou sua meta de "desmatamento zero" na Amazônia, entre a ovação do público.

Os espectadores puderam comparecer ao concerto gratuito mediante inscrição prévia no site da ONG Global Citizen e com o compromisso de retransmitir nas redes ações em favor do planeta.

Em uma noite repleta de simbolismo político, a primeira surpresa musical foi Common, rapper americano convidado de Jon Batiste, que improvisou acompanhado por teclado e saxofone com as palavras "Paris", "France" ("França", em inglês) e "Power Our Planet".

Mas a grande estrela da noite foi Billie Eilish, com uma apresentação em formato curto: três músicas, com violão e teclado, acompanhada por seu irmão Finneas.

Seus admiradores, chorando na primeira fila, cantaram junto e a plenos pulmões as letras dos temas, entre eles "Happier Than Ever".

Usando calças, camisa com listras azuis e brancas e gravata, a jovem estrela do pop pediu "uma mudança completa do sistema em favor do planeta agora".

Fotos: ANNA KURTH / AFP

 Uma bebê com menos de dois meses foi internada com as duas pernas e a clavícula quebradas no Hospital Municipal de João Pinheiro, em Minas Gerais, nessa segunda (22). Os pais foram presos por suspeita de terem agredido a filha.

O tenente Marcos da Polícia Militar relatou ao Sputnik que a mãe disse que as lesões foram causadas por um acidente com o carrinho, ainda na última sexta (19). Ele teria destravado sozinho e atingido as pernas da filha.

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Os médicos desconfiaram da versão da mãe, pois a bebê também apresentava outros machucados no rosto. Uma radiografia foi realizada e confirmou que as lesões não foram provocadas por um acidente com carrinho, e sim, por golpes com muita força.

Novamente questionada pela PM após o resultado dos exames, a mulher mudou a versão e disse que a menina estava com o pai quando começou a chorar. Ela indicou que não sabia o que ele havia feito. 

O homem foi preso por suspeita de maus-tratos e a mãe detida por omissão de socorro. Por conta da gravidade dos ferimentos, a bebê foi transferida ao Hospital Regional Antonio Dias, em Patos de Minas, onde permanece acompanhada por médicos.

É muito comum ver em algumas famílias as crianças se espelharem nos adultos. Quando crescem, muitas delas seguem à risca a expressão "filho de peixe, peixinho é". No universo das celebridades esse ditado também se aplica. O LeiaJá destaca filhos que seguiram os mesmos caminhos de pais famosos.

Fiuk

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Fiuk coleciona no currículo diversos trabalhos na dramaturgia brasileira. Apesar do sucesso arrebatador entre os jovens, o rapaz tem o DNA artístico do pai. O ex-participante do BBB segue os mesmos passos de Fábio Jr., nome conhecido na TV, cinema e música.

Patrícia Abravanel

Se tem uma coisa que corre também no sangue do clã Abravanel é o talento. Patrícia Abravanel que o diga. Integrante do quadro de apresentadores do SBT, a comunicadora abriu o coração para ser uma pessoa do entretenimento. Trilhando a estrada de Silvio Santos, Patrícia vem se consolidando cada vez mais com seu carisma à frente das câmeras. A apresentadora é um grandes nomes da emissora paulista.

Bárbara Evans

Considerada um dos grandes nomes da moda brasileira, Monique Evans viu a luz do seu profissionalismo atingir Bárbara Evans. A moça já estampou - e ainda continua estampando - diversas capas de revistas, além de estrelar campanhas publicitárias. É possível ver na internet mãe e filha arrasar juntas em alguns trabalhos.

Pedro Novaes

Pedro Novaes tem o sobrenome bem conhecido do público de casa. O rapaz simplesmente é filho dos atores Marcello Novaes e Letícia Spiller. Como não podia ser diferente, ele também foi picado pelo bichinho do entretenimento. Além de atuar, Pedro também é músico. A veia de cantor é a mesma de Letícia, que já soltou a voz como cantora nos discos de Xuxa Meneghel. Quando era uma das paquitas da rainha dos baixinhos, ela chegou a gravar dois álbuns com as outras meninas do grupo.

Sandy e Junior

Impossível falar de talento na família e não citar uma dupla que arrebatou crianças, jovens e adultos por 17 anos. Sandy e Junior não pensaram duas vezes quando bateram o pé para ter a mesma profissão do pai, o cantor Xororó. No documentário A História, os irmãos contaram que chegaram a colocar o sertanejo contra a parede quando eram pequenos. Com o aval de Xororó e da mãe, Noely, Sandy e Junior construíram uma carreira sólida e encantadora.

Fotos: Reprodução/Instagram

A Índia se tornará o país mais populoso do mundo no final de abril, ultrapassando a China, de acordo com uma estimativa da Organização das Nações Unidas publicada nesta segunda-feira (24).

"A China vai ceder em breve a primeira posição que ocupou por muito tempo como o país mais populoso", informou em nota publicada em Nova York o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA).

Até o final de abril, a Índia terá 1.425.775.850 de habitantes, "igualando e superando a população da China continental", especifica o documento.

Em 19 de abril, um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estimou que a população indiana seria de 1,429 bilhão de habitantes no final do ano contra 1,426 bilhão da China.

"A população da China alcançou um pico de 1,426 bilhão de habitantes em 2022 e começou a diminuir. As projeções indicam que o tamanho da população chinesa poderia cair para menos de um bilhão no final do século, enquanto a população indiana continuará crescendo por várias décadas", diz o diretor do departamento, Li Junhua.

De acordo com os dados oficiais publicados no início do ano, a população da China diminuiu no ano passado pela primeira vez desde 1960-1961, ocasião em que se registrou que a fome, iniciada em 1959, causou dezenas de milhões de mortes como resultado da política econômica do "Grande Salto Adiante" decretada por Mao Tsé-Tung.

Paradoxalmente, a queda populacional na potência asiática ocorre após a flexibilização da política do filho único, estabelecida em 2021.

O custo de vida e os anos da medida de controle de nascimentos no país seriam algumas das causas da baixa natalidade, a qual se soma a educação e a inserção da mulher no mercado de trabalho, que atrasam cada vez mais a idade da maternidade.

A Índia, por sua vez, não tem dados oficiais sobre o número de habitantes desde o último censo demográfico em 2011. O novo censo, realizado a cada dez anos, deveria ter sido feito em 2021, mas foi adiado pela pandemia de covid-19.

Apesar disso, os críticos ao governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi o acusam de atrasá-lo deliberadamente para não ter que divulgar dados confidenciais, como o desemprego, antes das eleições nacionais em 2024.

A economia indiana tem tido dificuldades para criar empregos para os milhões de jovens que entram no mercado de trabalho a cada ano. Metade da população do país tem menos de 30 anos.

Criança já havia sido internada entre a última sexta (7) e o sábado (8). (Pixabay)

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Na noite do último domingo (9), uma menina de quatro anos de idade morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Mateus Leme, em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar, os médicos informaram que o corpo da criança tinha sinais de estupro. 

A menina havia sido internada pela manhã, com náuseas e vômito. No fim da tarde, ela permaneceu em observação sob os cuidados da mãe. Quando o médico retornou para examiná-la, contudo, encontrou a criança morta.

A mãe alegou que ficou junto da criança, mas não percebeu que ela havia falecido por estar mexendo no celular. Os médicos observaram a existência de fortes indícios de violência sexual nas partes íntimas da menina, motivo pelo qual acionaram a polícia. 

A criança já tinha sido internada na última sexta-feira (7) com os mesmos sintomas estomacais. Após ser atendida, ela foi liberada no sábado (8).

A Polícia Militar deu voz de prisão aos pais por abandono de incapaz. Eles foram conduzidos para a Delegacia de Plantão de Betim.

No ano 2000, os Estados Unidos registraram um caso de autismo a cada 150 crianças observadas. Em 2020, houve um salto nos registros: um caso do transtorno a cada 36 crianças. As estatísticas são do órgão de saúde Centers of Disease Control and Prevention (CDC), que divulgou os dados atualizados na semana passada - já que eles sempre são anunciados pelo menos três anos após a coleta.  

No Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado anualmente no dia 2 de abril, cientistas que estudam o espectro detalharam que as principais hipóteses do aumento dos casos são: maior acesso da população aos serviços de diagnóstico; formação de profissionais capazes de detectar o transtorno; ampliação da conscientização do que é autismo e possíveis fatores ambientais que colaboram para a maior frequência de TEA.

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Apesar de não existirem estatísticas referentes à população brasileira, é possível usar os números do CDC como uma referência do que está ocorrendo aqui no país. “São números que podem ser extrapolados para o mundo inteiro”, garantiu o pesquisador na área de genética na Universidade da Califórnia (EUA), Alysson Muotri. 

ORIGENS DIVERSAS

O autismo tem causas genéticas e ambientais. Em geral, ele é poligênico, ou seja, mais de um gene afetado. “A lista de genes alterados que podem levar ao autismo tem crescido muito nos últimos anos. Saem trabalhos quase semanalmente sobre isso. Mas acho que estamos chegando perto de um platô: são cerca de mil”, explicou Muotri.

O transtorno pode ter origem hereditária, de mutação nova e de mutação por causa dos gametas. Os sinais são: não estabelece contato visual, não olha quando é chamado pelo nome, não gosta do toque, anda na ponta dos pés, tem seletividade alimentar, gestos repetitivos, entre outros. Apresentar um ou mais desses comportamentos não significa que a criança tenha autismo, mas levanta a necessidade de os pais procurarem o pediatra.  

A avaliação é multidisciplinar, a partir de uma sequência de consultas e observações clínicas com diferentes profissionais na área de saúde. É recomendado iniciar o tratamento o quanto antes. O tratamento comprovado cientificamente é a terapia cognitiva-comportamental (ABA), que busca dar ao indivíduo as habilidades necessárias para que ele seja mais independente. No entanto, há pacientes que respondem melhor a esses estímulos do que outros.

De acordo com um estudo feito no ano passado do Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre – RS), o autismo em meninos é quatro vezes mais frequente do que em meninas. Contudo, não há uma resposta única para explicar o porquê dos casos de autismo aumentaram nas últimas duas décadas.  

Um homem morreu após cair da janela de um apartamento no quarto andar de um prédio em Icaraí, na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio, na noite dessa quinta-feira (23). O acidente aconteceu após ele esfaquear os próprios pais e quebrar o braço da mãe, em uma situação familiar que ainda será apurada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Antes de cair, ele também incendiou a casa onde vivia com a família, enquanto o pai e a mãe estavam no local. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado para a ocorrência às 20h05. Segundo a corporação, o incêndio foi totalmente controlado e as duas pessoas feridas foram encaminhadas para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, por uma unidade de Charitas e do 3º Grupamento de Bombeiros Militares (Centro). 

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Inicialmente, a ocorrência era de agressão por arma branca. No local, o caso evoluiu para uma tentativa de homicídio e posteriormente um incêndio. A identidade das vítimas e do acusado não foram reveladas. Em imagens feitas por populares, é possível ver que a cena da ocorrência foi rodeada por um grande grupo de pessoas e alguns dos vizinhos foram orientados a deixar o prédio. 

Uma pesquisa realizada pela plataforma Preply apontou Goiânia, capital de Goiás, como a cidade mais mal-educada do Brasil. Por outro lado, Brasília (DF) foi eleita campeã de gentileza. O estudo ouviu 1,6 mil moradores locais e residentes das principais cidades do país. 

Entre os aspectos avaliados, o estudo levou em consideração atitudes como não prestar atenção aos pedestres no trânsito, falar muito alto em público e se distrair ao celular. Os resultados, contudo, não agradaram os goianienses, bem como pessoas de outros lugares que escolheram viver na cidade. 

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"Eu não vejo isso. Goiânia tem um povo muito acolhedor com quem é de fora, até de outros lugares, países... Discordo totalmente dessa pesquisa. ‘Tá’ com nada, quem fez isso aí ‘tá’ revoltado”, criticou a vendedora Clarissa Ribeiro ao G1. Ela é natural do Pará. 

Ao jornal, o casal de criadores de conteúdo paulistas Rafael Manteufel e Tiago Reis, que estão na cidade de passagem, também discordaram dos resultados. “Ficamos uma semana em solo goiano e a gente só tem coisa boa para falar, fomos muito bem recebidos”, afirma Thiago Reis.

A média de economia, quando se utiliza a energia solar em substituição à elétrica, chega a até 90%. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

O setor, que vem crescendo muito no Brasil, já ocupa o 3º lugar em geração de energia, perdendo apenas para eólica e elétrica.

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O país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O restante corresponde às usinas de grande porte.

O número é considerado histórico pelo setor e, com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início do ano que vem.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que os crescentes reajustes nas contas de luz e a redução dos custos para instalação das placas fotovoltaicas explicam o crescimento desse tipo de energia no país.

A energia solar é considerada uma fonte limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, essa  energia evitou a emissão de quase 28 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na geração de eletricidade.

O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio é de R$ 25 mil e para indústrias, de até R$ 200 mil. Sauaia afirmou ainda que esses valores devem cair. Como a redução nas contas mensais é alta, o investimento é recuperado em poucos anos.

Desde 2012, de acordo com dados da Absolar, a energia solar garantiu R$ 10 bilhões em novos investimentos no Brasil, além de 640 mil empregos. A arrecadação aos cofres públicos foi de quase R$ 40 bilhões.

No Japão, pátria da Sony e da Nintendo, o vício em videogames é um problema social que, como em outros lugares, se agravou com a pandemia e que as autoridades locais não conseguem administrar.

Todos os meses, um grupo de pais se reúne em Tóquio para compartilhar suas histórias de como lidam com seus filhos viciados em videogames, seja em console, computador, tablet ou celular.

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"Meu único consolo é que ele está cumprindo sua promessa de desligar durante a noite", diz um homem, falando de seu filho, enquanto outro conta que levou seu filho a um centro de desintoxicação digital.

As crianças japonesas começam a jogar videogame cada vez mais cedo, e muitas têm passado muito mais tempo desde a pandemia de Covid-19, que reduziu a prática de atividades ao ar livre, ressalta Sakiko Kuroda, fundadora do grupo de apoio em Tóquio.

De acordo com um estudo do Ministério da Educação publicado em abril, 17% das crianças japonesas com entre 6 e 12 anos jogam videogame por mais de quatro horas por dia, em comparação com 9% em 2017.

Entre 12 e 15 anos, um salto semelhante foi observado.

Muitos pais não sabem como lidar com o problema e há "falta de atenção do governo e da indústria", denuncia Kuroda.

Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece oficialmente o transtorno por jogos eletrônicos (Gaming disorder). Trata-se de um padrão de comportamento que prejudica a capacidade de controlar a prática dos games, de modo a priorizá-los em detrimento de outras atividades e interesses.

Esse transtorno é difícil de diagnosticar e quantificar porque os jogos geralmente se sobrepõem a outras atividades online (como streaming e redes sociais).

- Problemas subjacentes -

Outros países asiáticos adotaram medidas, algumas radicais, para combater esse fenômeno.

Há mais de um ano, os menores de 18 anos na China só podem jogar videogame por no máximo três horas por semana.

Para fazer cumprir a regra, são utilizadas técnicas de reconhecimento facial e de controle de identidade.

A Coreia do Sul, por outro lado, abandonou no ano passado uma regra que proibia crianças menores de 16 anos de jogar jogos de computador online entre meia-noite e 6h.

Mas no Japão não há nenhuma medida restritiva em nível nacional.

Em 2020, o departamento de Kagawa, no oeste do país, aprovou a proibição de menores de 18 anos de jogar por mais de uma hora por dia, mas não forneceu meios para aplicá-la.

Muitos pais e especialistas acreditam que o vício esconde um desconforto mais profundo e que, em alguns casos, pode até ser positivo para a criança.

Nesse sentido, uma mãe explicou à AFP que os videogames se tornaram uma "tábua de salvação" à qual sua filha se agarrou para lidar com os problemas que tinha na escola.

Há três anos, quando ela tentou confiscar seu tablet, sua filha, que tinha 10 anos na época, disse: "Prefiro morrer a que ele seja tirado de mim".

Takahisa Masuda, assistente social de 46 anos, ficou viciado na adolescência, quando sofria bullying na escola. Segundo ele, o vício o salvou: "Pensei em suicídio, mas queria terminar Dragon Quest".

Assim, ao invés de recomendar medidas drásticas de abstinência, o que o Dr. Susumu Higuchi, diretor de um centro médico contra vícios em Kurihama (sudoeste de Tóquio), recomenda é o apoio psicológico e atividades coletivas, como esportes, arte, cozinha...

Mas, segundo Higuchi, tanto o governo quanto a indústria precisam se envolver mais.

"É necessário um equilíbrio ao abordar a questão (...) Mas, atualmente, tenho a impressão de que as medidas para controlar os efeitos negativos são varridas pela promoção" dos videogames, aponta.

 O Brasil estreou na Copa do Mundo do Catar nesta quinta-feira (24), em um disputado jogo contra a seleção da Sérvia, com um placar de 2x0. O sabor da vitória fica melhor ainda quando se aprende um prato típico do país dos Bálcãs.

A Sérvia tem uma culinária bastante rica e diversificada. O prato principal é feito, em geral, com carnes e legumes variados, cozidos em fogo lento ou assados. Um dos pratos deles é o Leskovac muckalica, feito de várias maneiras, mas apenas uma é original: a carne deve primeiro ser grelhada e depois colocada em uma panela. Ou melhor ainda, em uma panela de barro. Ele é servido quente, com um bolinho fino, queijo e salada. 

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 Ingredientes:  

1 kg de pescoço de porco, com gordura  

200g de bacon fresco carnudo  

4 – 5 cebolas grandes  

10 pimentões assados, descascados e picados 

500g de tomates pelados, e talvez engarrafados do armazenamento de inverno, o ketchup não é uma boa opção 

2 cabeças de alho  

2 ou 3 pimentas secas  

Sal, pimenta e legumes a gosto 

1,5 colheres (sopa) de óleo  

 Modo de preparo:  

Polvilhe a carne com legumes, corte em bifes mais grossos e depois em cubos de tamanho médio; Para grelhar, o melhor é fazer espetos, depois de grelhar retire a carne dos espetos, pode envolver as fatias em bacon ou assar o bacon à parte e depois juntar aos legumes.

Enquanto isso, pique finamente a cebola e esfregue duas colheres de sopa de sal, para que perca o sabor picante; Cozinhe em óleo até derreter completamente, mexendo sempre, acrescentando água morna; Quando a cebola estiver frita, acrescente os pimentões e os tomates picados e o alho picado.

Refogue até que o líquido evapore; Adicione a carne, despeje um pouco de água e cozinhe até que os legumes se transformem em uma massa compacta.

Tempere a gosto. 

A Amazon está lançando no Brasil um novo recurso de assistente virtual Alexa, batizado de Amazon Kids, que é o conjunto de funcionalidades específicas que são dirigidas às famílias com crianças de 3 a 12 anos. A inteligência artificial é preparada para dar respostas lúdicas aos pequenos e permite que os pais controlem o que os seus filhos acessam nos dispositivos Echo.

Pelo próprio aplicativo Alexa, os pais ou responsáveis já podem configurar um perfil infantil cadastrando ID de voz ou visual dos filhos, o que vai permitir que a Amazon Kids reconheça-os e adapte a experiência. Com essa nova configuração, os adultos vão conseguir evitar dor de cabeça com compras, por exemplo, que estão bloqueadas por padrão ao reconhecer a voz infantil. 

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A inteligência artificial também foi preparada para restringir o acesso das crianças aos conteúdos explícitos. Outra promessa da empresa é a possibilidade de programar a hora de dormir e criar momentos de pausa no uso dos dispositivos. Os pais também decidem se os pequenos poderão controlar dispositivos de casa inteligente e quais contatos de voz e de vídeo eles podem fazer.

A partir desta terça-feira (1) a Clínica-Escola de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG) abre as inscrições para atendimento presencial e on-line aos pais/cuidadores de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e também para o acompanhamento pedagógico para as crianças autistas a partir de cinco anos de idade. O atendimento ocorre de segunda a sexta, das 8h às 22h, e aos sábados das 8h às 15h. 

A iniciativa tem como objetivo orientar os responsáveis sobre como é o comportamento destas crianças e quais são os níveis e especificidades de cada situação, para auxiliá-los na criação e no desenvolvimento psicossocial. Além do acompanhamento pedagógico com o suporte de professores e estudantes do curso de Pedagogia, os serviços aos adultos incluem psicoterapia individual e grupo de apoio. As sessões são realizadas por acadêmicos e profissionais. A Clínica fica localizada na rua Dr. Nilo Peçanha, 47 – no prédio I da unidade Centro.

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 Segundo a psicóloga responsável pela Clínica-Escola de Psicologia da UNG, Camila Tufano, o cuidador de uma pessoa com TEA também precisa de assistência psicológica para ser fortalecido e estruturado emocionalmente. “Surgem diversas dúvidas e até sensação de impotência de como ajudar os nossos filhos/familiares com esse diagnóstico. O autocuidado é importante, principalmente para os responsáveis, que passam despercebidos pela sociedade e que muitas vezes abrem mão da própria vida para cuidar de quem ama”, explicou a psicóloga. 

 

O grupo de pais e ex-alunos do Colégio Santa Cruz, que defende voto à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve nesta sexta-feira, 28, na praça em frente da escola para distribuir rosas e propor debates sobre política. Nesta semana, como mostrou o Estadão, a atuação do movimento, que é permitida nas eleições, levou a bate boca e confusão em grupos de WhatsApp. Um pai os acusou de "doutrinar crianças" e o vídeo da discussão viralizou nas redes sociais.

Em uma mesa no canteiro central da Avenida Arruda Botelho, em Pinheiros, onde fica a escola, havia botons com dizeres como "Eu voto pela Amazônia" ou "Eu voto pela Democracia". Pôsteres de designers independentes que faziam referência ao candidato do PT e adesivos da campanha também estavam à disposição. Para ajudar nas conversas, integrantes do movimento usavam cards que diziam, por exemplo: "Colocou em sigilo de 100 anos vários assuntos de interesse público. Isso foi bom ou ruim?" Um saxofonista tocava enquanto mães e pais distribuíam rosas brancas e vermelhas.

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O Santa Cruz é um tradicional reduto da elite paulistana, com um projeto de ensino humanista, reconhecido como um dos melhores do País. A direção não quis se manifestar. A escola não tem ligação com o grupo, do qual também não fazem parte professores.

"A gente não quer a comunidade do Santa Cruz rachada", disse a advogada Maria Fernanda Alves Pallerosi, que tem dois filhos na escola, faz parte do movimento e esteve no ato nesta sexta-feira . "Mas é importante descriminalizar essa questão, as crianças não podem achar que ficar na praça e expressar em quem vai votar são crimes", completa.

Durante o ato, que ocorreu no horário de saída da escola, alguns pais se aproximaram com o celular para gravar o que os integrantes do movimento diziam aos estudantes. Uma caminhonete passou xingando palavrões. Outros questionaram por que o grupo estava na frente do colégio. Alguns adolescentes se recusaram a receber as flores e levantaram a bandeira do Brasil.

"Eles estão expressando da forma deles, a gente acolhe, tenta acalmar, eu acho que faz parte, desde que não tenha violência. A gente quer conversar e não afastar as pessoas", disse a médica Suzana San Juan, mãe de três alunos do Colégio Vera Cruz, que também fica na zona oeste e organizou o mesmo movimento. Nesta sexta-feira, ela participou do ato no Santa Cruz com a filha de 5 anos.

No vídeo que foi compartilhado em redes sociais, o empresário Marcos Pastore se aproxima do grupo, na segunda-feira, 24, e diz "você não vai doutrinar criança aqui, eu vou chamar a polícia". Especialistas afirmam que não há crime em manifestar opiniões políticas em ambientes públicos, como a praça.

Procurado pelo Estadão, Pastore afirmou que não concorda com um movimento com esse objetivo perto da escola. "O debate sobre política tem que ser trazido para dentro da escola, com tempo dividido entre todos os candidatos, com os mesmos direitos e na idade adequada", disse. Ele tem um filho de 13 anos na escola, que estava presente quando ele discutiu com o grupo.

Depois do incidente, o movimento que se intitula "Frente Ampla pela Democracia, pela Paz e pela Vida, com Lula e Haddad" soltou uma nota em que diz que "longe de querer doutrinar pessoas, o propósito é contribuir com um debate respeitoso, tratando de temas fundamentais para o País". No mesmo dia, houve panfletagem de adesivos de Jair Bolsonaro (PL) na porta do Santa Cruz, algo que não tinha ocorrido até então.

A professora de Direito da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Direito à Educação, Nina Ranieri, diz que "não é crime manifestar sua preferência política em um espaço público". "O ideal era depois debater com o filho, ouvir argumentos, não impedir as pessoas de se manifestarem", diz ela, em referência aos pais que discordaram da ação.

Fernanda Paes Leme é aquele tipo de famosa que sempre fala o que quer e não tem receio das pessoas apontarem o dedo e a ficarem julgando seja lá pelo o que for. A atriz, que está com os seus 39 anos de idade, comentou durante o seu Podcast Quem Pode, Pod que quando posou nua para a Playboy não contou para a família sobre as fotos.

- Não contei para os meus pais que eu ia posar para a Playboy. Aí quando eu fiz as fotos, eu avisei: Gente, eu fiz as fotos e tal...

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Vale lembrar que a artista já tinha comentado anteriormente durante uma entrevista para o canal Theodoro Cochrane que teria posado naquela época apenas por dinheiro, e isso era super normal entre as famosos.

- Eu ganhei cachê fechado. Na época que eu fiz, as vendas não eram essa loucura toda. Eu fiz para comprar um apartamento. Foi por dinheiro mesmo. E eu comprei.

Os pais da menina britânica Madeleine (Maddie) McCann, cujo desaparecimento gerou grande repercussão internacional há 15 anos, perderam nesta terça-feira (20) um processo perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) relativo a um livro escrito sobre o caso por um inspetor policial português.

Gerald Patrick McCann e Kate Marie Healy apresentaram um recurso em 2017 perante este tribunal, considerando que as declarações feitas por este ex-inspetor no livro sobre seu suposto envolvimento no desaparecimento de sua filha de três anos minaram sua reputação e sua presunção de inocência.

Assim como fez a Justiça portuguesa, o TEDH considerou que "no caso de a reputação dos denunciantes ter sido afetada, não é pela tese defendida pelo autor do livro, mas pelas suspeitas que foram levantadas contra eles" durante uma investigação altamente divulgada na mídia.

"Eram informações que o público tinha amplo conhecimento antes mesmo (...) da publicação do livro em questão", insistiu o tribunal, que considera que a Convenção Europeia dos Direitos Humanos não foi violada por Portugal.

Madeleine McCann desapareceu em 3 de maio de 2007, pouco antes do seu quarto aniversário, na Praia da Luz, estância balnear no sul de Portugal, onde passava férias com os pais e um grupo de amigos.

Seu desaparecimento deu origem a uma campanha internacional excepcional para tentar encontrá-la. Fotos de Maddie, com seus cabelos castanhos e seus grandes olhos claros, deram a volta ao mundo.

Após 14 meses de investigações, marcadas sobretudo pela acusação dos pais, antes de ser absolvida, a polícia encerrou o caso em 2008, mas o reabriu cinco anos depois.

Foi só em junho de 2020 que o caso acelerou repentinamente, quando o Ministério Público de Brunswick (Alemanha) anunciou que havia chegado à convicção de que a menina estava morta e que o suspeito era um homem de 43 anos, detido em Kiel (norte da Alemanha) por outro caso. O suspeito foi denunciado em abril a pedido da Justiça portuguesa.

Quando ouviram o relato de uma paciente de 19 anos que disse ter filhos gêmeos de pais diferentes, há algumas semanas, inicialmente a equipe que a atendia não se atentou para o fato de que estavam, segundo os profissionais de saúde envolvidos no caso, diante de um caso de superfecundação heteropaternal. Mas a informação chamou a atenção do médico Túlio Jorge Franco, que buscou entender a história. O caso aconteceu na cidade de Mineiros, em Goiás.

Ela contou que teve relações sexuais com dois parceiros diferentes no espaço de tempo de algumas horas. Quando deu à luz gêmeos, ela acreditava que o primeiro era o pai biológico dos bebês, mas o teste de DNA confirmou a paternidade de apenas um. Um segundo teste foi então realizado com o outro parceiro, trazendo a confirmação de que as crianças eram filhas de pais diferentes.

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"É uma situação muito rara, mas eventualmente acontece. A superfecundação heteropaternal ocorre quando você tem a fecundação de dois óvulos da mesma mulher pelo sêmen de dois homens diferentes, em um período curto de tempo, de horas", explica Franco, que conta ter listado apenas 20 registros do tipo em todo o mundo.

Segundo ele, o caso foi descoberto quando a jovem buscou atendimento, por outras questões de saúde, em uma faculdade em que Franco dá aulas, a Famp Faculdade Morgana Potrich. O ambulatório da instituição funciona como uma unidade de saúde, na cidade de Mineiros.

Franco relata que, de tão rara, a ocorrência é muitas vezes desconhecida mesmo por profissionais da área da saúde. Hoje, a equipe está reunindo informações para documentar o caso e pretende publicá-lo em um periódico científico internacional. "A ideia é notificar, porque realmente é algo que as pessoas não conhecem", pontua.

Hoje com um ano e quatro meses, os gêmeos nasceram a termo (após as 39 semanas de gestação, quando os bebês são considerados prontos para o nascimento). De acordo com Franco, a mãe, que tem também uma filha um pouco mais velha, tem recebido suporte de agentes de assistência social da Prefeitura.

No ano passado, um caso similar foi descrito em revista científica, a Biomedica, pela Universidade Nacional da Colômbia. Os pesquisadores narraram um caso de superfecundação heteroparental após uma mulher buscar teste de paternidade na instituição em 2018.

Nas mãos da assistente de gestão Jeane Lima, da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professor Cândido Duarte, localizada no bairro de Apipucos, Zona Norte do Recife, estão as atas da última reunião realizada no dia 4 de agosto na instituição de ensino. Ao mostrá-las à reportagem, nota-se que ao lado dos nomes de cada estudante está a assinatura de mães ou responsáveis. Ao todo, há 263 discentes e sete turmas na EREM, sendo 90 adolescentes apenas nas duas classes do 1º ano. Nas anotações, a assistente de gestão mostra que desse número, 12 homens foram apontados, no ato de matrícula, como responsáveis pelos filhos dentro do ambiente escolar.

Ao LeiaJá, Jeane, que havia realizado um breve levantamento do quantitativo de pais, ou seja, da figura paterna, no encontro promovido pela escola no início do mês, salienta que essa presença não foi expressiva, em comparação à frequência das mães ou avós, tampouco, chegou a 50%. “No último encontro família-escola, realizado no dia 4 de agosto, compareceram, ao todo, 79 pais ou responsáveis. Dessa quantidade, apenas sete foram homens", expõe.

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Valmira Maria de Amariz, que é gestora da escola há quatro anos, relata que durante o ano letivo são promovidos quatro plantões pedagógicos, além de apresentação da escola e diversos projetos. Dinâmicas que viabilizam a participação da família. No entanto, ela reforça que, para além dos eventos e reuniões, há possibilidade e abertura para recepção dos pais fora desse período. “Nós costumamos estender esse prazo para que os pais possam vir até a escola. Não precisa ser naquela data específica, mas o importante é estar presente para saber como anda o rendimento do aluno e o que está sendo feito na escola”, pontua.

Ata de presença no encontro família-escola (à esquerda) e equipe gestora da EREM Professor Cândido Duarte. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A ausência ou baixa adesão dos homens no acompanhamento escolar dos filhos pode ser enxergada sob algumas perspectivas e justificativas que envolvem, por exemplo, questões sociais e de gênero como observa Priscila Cavalcanti, educadora de apoio da Professor Cândido Duarte. “Há uma questão cultural bem grande que coloca o homem na função de provedor do lar, o que sustenta a família. Por outro lado, cabe à mulher o cuidado com a casa e com os filhos”. 

Ponto de vista que também é pontuado pelo gestor da Escola de Referência em Ensino Fundamental (EREFEM) e Médio Lions de Parnamirim, no bairro de Dois Irmão, também situada na Zona Norte da capital pernambucana, Manoel Vanderley dos Santos Neto. “A gente vive dentro de um contexto em que o patriarcado ainda é muito forte. Há também pais presos, assim como, um grande número de mães solo e, quase que na mesma proporção, muitos meninos não têm sequer o nome do pai registrado na certidão”, frisa.

No Brasil, ter o nome do genitor no registro de nascimento parece privilégio. Nos dados disponibilizados no Portal da Transparência do Registro Civil, nos módulos ‘pais ausentes’ e ‘reconhecimento de paternidade’, aponta-se que nos dois últimos anos, o quantitativo de crianças sem o nome do pai documentado atingiu mais de 320 mil, sendo 160.407 em 2020 e 167.399 ausências de paternidade na certidão em 2021.

Manoel Vanderley dos Santos Neto, gestor da Lions de Parnamirim. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

No cargo de gestão na rede estadual de ensino dee Pernambuco há cinco anos, sendo dois meses à frente da Lions de Parnamirim, que atende alunos, em regime integral, do ensino fundamental II e ensino médio e, no turno da noite, o público da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Manoel reforça que o contato entre a escola e a família é realizado ostensivamente por meio de convites, reuniões e projetos.

Atualmente, ele e a equipe gestora da EREM Professor Cândido Duarte criaram grupos no WhatsApp para facilitar a comunicação para além dos muros das escolas. Mesmo com a simplificação do contato e acompanhamento a distância, o quantitativo de pais [homens] nesses grupos, de acordo com os gestores das instituições, é quase inexistente.

Outra realidade

A vivência dos alunos da EREM Professor Cândido Duarte e Lions de Parnamirim não é a mesma dos 482 estudantes do Colégio Santa Emília, instituição particular, situado na cidade de Olinda, Região Metropolitana do Recife. À reportagem, Érika Ângelo, que é coordenadora pedagógica da instituição, afirma que a presença da figura paterna é bem comum nas reuniões e eventos em geral. “É uma cultura que se construiu aos longos dos 38 anos. O colégio preza muito pela parceria da escola com a família. Ao logo dos meus 12 anos como pedagoga e coordenadora pedagógica, eu sinto que, a cada dia, os pais conquistam mais espaço na participação diária das atividades escolares dos filhos”.

Em sua análise e contexto no colégio particular, Érika reforça que a comunidade paterna vem assumindo o protagonismo do acompanhamento escolar que antes era constituído, majoritariamente, pelas mães. Além disso, ela aponta que nos três segmentos do ensino médio (1º, 2º e 3º anos) há um número considerável de pais (homens) presentes. Essa participação equilibrada também é uma diferenciação entre o Santa Emília e as escolas estaduais citadas anteriormente, em que o maior comparecimento é percebido nas turmas do 1º ano.

Presença é reconhecimento do esforço

Fabiana Santos, psicóloga do SOEP infantil do Colégio GGE, unidade Caruaru, destaca que a presença da figura paterna, seja ela o pai, avô ou tio, é importante para o desenvolvimento do aluno. Além disso, quando é percebida pelo estudante, a participação e interesse pelas atividades executadas e dinâmicas geram um reconhecimento de esforço. "Muitos pensam: eu tenho um espaço na vida do meu pai", aponta.

“A priori, a criança se empenha nas atividades escolares para receber um elogio e reconhecimento paternos e à medida que se desenvolve começa a entender seus méritos e evoluções, se dedicando também em busca de uma autorrealização. Os pais, ressaltando a figura paterna, têm sua relevância neste processo, legitimando o esforço do seu filho ou filha, validando suas conquistas, apoiando e acreditando na superação das possíveis dificuldades que possam surgir no decorrer da vida da criança”, esclarece.

De acordo com a psicóloga, quando existe essa ausência paterna, não é aconselhado a mãe assumir o papel que cabe ao genitor. "Ao tentar suprir esse papel, que é do pai, a figura materna acaba trazendo para si uma grande sobrecarga. As mulheres já têm um grande papel, que é o de mãe, e ao assumir mais uma responsabilidade, além do aumento da carga, pode vir acompanhado de frustração", alerta.

Ponto fora da curva

No quesito participação na vida escolar da filha Maria Victória, de 12 anos, o artista e interventor urbano Marquinho ATG faz questão de manter a assiduidade. Além de levar e buscar Victória em uma escola particular, Marquinhos está informado sobe o rendimento e comportamento da filha. No entanto, o artista pondera e relata que a dinâmica não foi sempre assim. “No início, eu trabalhava e fazia faculdade de fotografia. Não tinha muito tempo para acompanhar a vida escolar dela. Então, comecei a suprir essa ausência inicial e passei a acompanhar sempre, a compartilhar esse cuidado com a minha esposa”, explicou ao LeiaJá.

Durante a entrevista, ele relatou que a sua presença no antigo colégio de Maria Victória chegou a causar estranhamento e certo constrangimento. “Uma vez fui chamado pela coordenação da escola dela [Victória]. Chegaram a questionar por que eu ‘ia’ tanto na escola, se eu era separado da mãe dela. Foi a segunda vez na vida que fui chamado atenção na escola”. Para ele, o que justificaria a postura do antigo colégio da filha foi pelo “jeito alternativo, uso de bermuda e tatuagem”. "Chorei bastante e, mesmo com tudo resolvido, optamos por mudar ela de escola", disse.

Marquinhos ATG com a filha Maria Victória. Foto: aquivo pessoal

Com a chegada da adolescência de Victória, Maquinhos já começou a delegar algumas responsabilidades para, assim, estimular a autonomia e diminuir a dependência. “Eu deixo claro o que é da minha responsabilidade, mas também, digo qual parte cabe a ela”, ressalta. Para o interventor urbano, o acompanhamento paterno é necessário. “É importante que os pais se façam presente”, comenta.

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Celebrado no Brasil anualmente no segundo domingo de agosto – neste ano, comemorado no dia 14 –, o Dia dos Pais homenageia aqueles que se dedicam a oferecer o melhor para os filhos. A figura paterna tem papel importante na formação das pessoas.

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Para Aloísio Carvalho Junior, propagandista vendedor da indústria farmacêutica, ser pai é preparar os filhos, por meio de exemplos e atitudes, a viver em um mundo cheio de desafios. “Nós nunca sabemos tudo e sempre estamos prontos para aprender e ensinar, e precisamos ter um equilíbrio em todas as áreas; pessoal, profissional e espiritual”, acrescenta.

O propagandista diz que possui uma boa relação com as duas filhas – Anne Louise Monteiro e Vitória Monteiro – e, por ter sido pai cedo, teve muito o que aprender e isso acabou refletindo no relacionamento com Anne Louise, que é especial. Ele conta que procura conversar, estar presente e procura não influenciar nas decisões delas, mas mostra as consequências de cada escolha.

Aloísio relata que aprendeu sobre as responsabilidades da paternidade antes da hora e fala sobre a beleza da experiência. “Tudo que sou hoje é consequência dessa situação. Foi cedo demais, amadureci precocemente, mas amo minhas filhas e não sei o que seria de mim sem elas”, afirma.

Ser pai também é saber lidar com os desafios do dia a dia. Aloísio acredita que o mundo atual traz informações que podem edificar ou prejudicar a formação do caráter dos filhos. Devido à necessidade do sustento familiar, os pais são forçados a transformar a quantidade do tempo em qualidade – o que demanda sabedoria diária.

Ainda sobre desafios, o propagandista comenta a respeito de uma situação inesperada que viveu com a filha no supermercado e relata que se tratava de algo que, geralmente, a esposa costumava lidar. “Tentei manter a calma e conversar sobre a situação com minha filha, pois ela paralisa nessas horas e eu também [risos]”, relembra.

Para ele, os ensinamentos mais valiosos da paternidade envolvem a empatia e a compreensão ao próximo. “Buscar a outra verdade e entender que, muitas vezes, a idade, o ambiente e outros podem explicar algumas decisões. Ouvir antes de julgar e tentar levar a reflexão e não impor minhas ideias”, acrescenta.

O professor Silvio Tadeu e a esposa Ana Paula Simões Castro estão à espera do primeiro filho, o Arthur – nascimento previsto para setembro. O pai de primeira viagem já consegue dizer o que é a paternidade no ponto de vista dele. “Entendo que ele [Arthur] é a materialização de todo o amor que eu sinto pela mãe dele. Hoje, ele é, junto com minha esposa, a coisa mais importante da minha vida”, define.

Silvio conta que já conversava com a esposa a respeito de terem um filho há algum tempo e que a experiência de descobrir que seria pai foi incrível. “Quando tivemos a certeza, ficamos extremamente felizes e esperançosos. Acho que realmente acreditamos em um futuro com propósito”, relembra.

Desde a descoberta, o professor revela ter aprendido que há a existência de um propósito. “Entender que existe uma pessoa que depende de mim e que aprenderá comigo. Falando em aprender, estamos estudando bastante, desde o parto até o desenvolvimento cognitivo, postura e alimentação”, acrescenta.

Silvio também confessa estar empolgado com a espera de Arthur e diz que quer muito conhecer o filho e mostrar o mundo todo a ele. Ainda sobre as expectativas, o professor explica que a rotina é adaptável e que o importante é participar de todos os momentos, ver e sentir todas as evoluções.

O professor acredita que comemora o Dia dos Pais todos os dias e revela o que pretende fazer nesta data. “O feriado vai ser o dia em que vou visitar o meu pai e ouvir todas as histórias que eu puder”, diz.

Para o coordenador comercial Moreno Lima, pai do Bernardo – um anjinho no céu, como carinhosamente o nomeia – e Benício, 4 meses, a paternidade é um dos momentos mais solenes da vida. “É o teu coração batendo fora do teu corpo. É uma experiência única para quem tem a oportunidade de ser agraciado por um filho ou filha. Nós pedimos muito a Deus para estar vivendo esse momento. Eu só tenho gratidão por esse status, por essa condição de ser pai”, afirma.

Para Moreno e a esposa Raynara Lima, após perdas gestacionais, com a chegada de Benício, este ano, as comemorações trazem mais sentido. “Quando a gente perdeu o nosso filho, se ela já não deixava esse momento passar, agora que não deixa. Isso me remete às lembranças que me emocionam, que me fragilizam, mas ao mesmo tempo eu tenho alegria de compartilhar. Com o Benício vai ser o primeiro ano, mas eu já vivenciava isso com as memórias do meu filho, com a minha esposa”, relembra.

Apesar da vivência corrida, Moreno fala que depois que se torna pai é que, então, há uma determinação e sentido na vida. “Fazer do mundo propício para que seu filho tenha o melhor. E, realmente, tudo o que a gente faz agora é em prol dele. É algo que evidencia, digamos assim, a sua existência no mundo. Agora a gente ganha mais esse entusiasmo, mais alegria, vontade de crescer, de fazer melhor e de explorar muito mais o mundo”, diz.

Moreno enfatiza que, para que os filhos tenham um reflexo de caráter, amor e alegria, o pai deve ser o exemplo. “Como vou cobrar uma atitude se eu não inspiro essa pessoa? Ser pai é justamente isso: é ter atitude; é ser exemplo; é, realmente, olhar para si e pensar ‘eu preciso ser o melhor’”, pondera.

Para quem pretende ser pai, o coordenador comercial deixa o recado: “Não há alegria maior. Eu tenho um exemplo disso – tenho um superpai, que até hoje é muito presente na minha vida. Você se descobre e não imagina tudo o que é capaz de fazer por uma pessoa”. Moreno também avalia as responsabilidades. “Não é somente o mar de rosas. É uma vida que vai ficar sob sua responsabilidade por toda uma eternidade”, conclui.

No vídeo acima, veja outros depoimentos sobre a experiência da paternidade.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Uma fala de Karina Bacchi durante seu podcast, nessa quinta-feira (11), foi recebida pelo público como uma indireta para Giovanna Ewbank. Sem citar nomes, a youtuber criticou a agressividade da reação de uma mãe em defesa dos filhos. 

Na conversa com a 'Supernnanny' Cris Poli, Bacchi comentou sobre um caso que repercutiu recentemente na mídia. "Teve um caso que apareceu na mídia de uma mãe que parece que os filhos sofreram preconceito. Ela para defender os filhos, xingou muito aquela pessoa, cuspiu, bateu e todo mundo a favor daquela pessoa: 'poxa, que máximo! Ela fez é pouco porque uma mãe leoa faz isso, tem que fazer isso para defender o filho'", disse. 

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No último dia 30, Giovanna Ewbank xingou uma mulher que proferiu insultos racistas e xenofóbicos contra seus filhos, Titi e Bless, e outros africanos em um restaurante, em Portugal. 

A ex-atriz também limitou a postura que uma mãe deve adotar nesses casos e criticou quem apoia o que Giovanna fez. "Eu concordo que a gente tem que defender os nossos filhos, mas eu não acredito que a defesa esteja em cuspir, em xingar, em bater, em agredir e o povo achando que a pessoa fez pouco", acrescentou. 

Para Bacchi, as reações dos pais também servem como ensinamento aos filhos. "Eu acho que a gente tem que defender nossos filhos, mas que exemplo a gente está dando nas nossas reações, na forma da gente reagir? Então, o mundo está aplaudindo isso e achando um máximo. Isso me choca também", considerou. 

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