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O técnico Abel Ferreira não revelou como pretende armar o time do Palmeiras a partir de agora quando não poderá contar com o atacante Dudu (machucado) até o final da temporada. O treinador, em entrevista coletiva após o empate sem gols com o Deportivo Pereira, afirmou que a tática usada vai depender do adversário.

"Não há substituto para o Dudu porque ele é único. Posso armar a equipe com três ou até mesmo quatro zagueiros, algo não muito comum no futebol brasileiro. O que eu fiz aqui hoje não foi nada de novo, pois já havíamos atuado desta forma nesta Libertadores", disse o treinador, referindo-se à utilização de Luan, Murilo e Gustavo Gómez.

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Abel afirmou que o segundo jogo frente ao Deportivo Pereira não foi bom porque o adversário veio sem responsabilidade e não quis jogar. "Não foi uma partida bem jogada", afirmou o português.

Na semifinal da Libertadores, o Palmeiras vai enfrentar o Boca Juniors, que eliminou o Racing nos pênaltis,após dois duelos sem gols. A próxima fase da Libertadores terá sua disputa dos jogos de ida entre 26 e 28 de setembro, enquanto a volta está agendada para acontecer entre 3 e 5 de outubro. A equipe alviverde fará o primeiro duelo na Argentina e decide, no Allianz Parque, se volta à final

O Palmeiras vai à Neo Química Arena no domingo, às 16 horas, para encarar o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Mayke, ainda no gramado do Allianz Parque, nesta quarta-feira, revelou que o time atuou diante do Deportivo Pereira já de olho no clássico.

Motivo de muita reclamação do Vasco, a anulação do gol marcado por Paulinho contra o Palmeiras foi avaliada pela Comissão de Arbitragem da CBF como a decisão correta a ser tomada frente a um lance dessa natureza. Presidente da comissão, Wilson Seneme deu explicações em seu programa semanal, exibido no site da CBF, dessa vez ao lado de Péricles Bassol, gerente de VAR, e Giullano Bozzano, gerente técnico.

No lance, Vegetti cabeceia dentro da área, em condição de impedimento, e o zagueiro palmeirense Murilo salva em cima da linha. Depois disso, Richard Ríos afasta com um chutão e a bola fica com o vascaíno Paulinho, fora da área, que bate forte e marca um golaço. O árbitro Wilton Pereira Sampaio anulou o gol após análise do VAR. Para o Vasco, contudo, a intervenção de Ríos teria criado uma nova jogada de ataque, não relacionada à posição irregular. Neste caso, o gol seria legal.

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De acordo com a CBF, contudo, o lance preenche os critérios para caracterizar a continuidade da "fase de ataque", termo técnico utilizado pelos árbitros. Seneme explicou os detalhes que determinam o que seria o início de uma nova jogada. "O jogador tem que estar sem pressão nenhuma, ou que a bola vá para um companheiro dele. Não é só o fato de ele tirar a bola da área", disse. "Os defensores, inclusive, estão posicionados ainda para defender o que seria uma sequência da jogada. Estão sob efeito da primeira jogada", completou.

Giuliano Bozzano detalhou outras especificações da regra. "A bola tem que sair não só da área, mas dos arredores da área. Vamos supor que ele conseguisse afastar essa bola, essa bola saísse desses arredores ou fosse para um companheiro de equipe. Se fosse para o meio campo, teria saído dos arredores da área", afirmou.

"Na hora que ele (Paulinho) chuta, ele está livre para chutar, tudo em função de um primeiro impedimento", acrescentou Péricles Bassol. "O time de verde não criou uma nova fase de ataque. Ele rechaçou um perigo iminente, que é a fase de ataque da equipe de branco. A gente tem a manutenção fase de ataque pela equipe branca, sim", conclui

Quando o lance o correu, o jogo estava empatado sem gols. Mais tarde, no segundo tempo, um belo gol de Raphael Veiga definiu a vitória por 1 a 0 para os palmeirenses. Após a partida, o Vasco publicou uma nota dizendo que iria à CBF para contestar a decisão. "O equívoco da arbitragem influenciou diretamente no andamento do jogo e, consequentemente, em seu resultado. Novamente, já que não é a primeira vez que isso acontece no Campeonato Brasileiro, o clube irá apresentar uma formal reclamação à Confederação Brasileira de Futebol", diz o comunicado.

Após deixar o campo ainda no primeiro tempo da partida com o Vasco, Dudu teve confirmadas nesta segunda-feira lesões no joelho direito. O atacante terá que ser submetido a cirurgia e não deve mais entrar em campo para defender o Palmeiras na atual temporada. O time paulista é o vice-líder do Brasileirão e está nas quartas de final da Copa Libertadores.

Dudu sofreu uma torção no joelho direito, com ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e lesão no menisco. Ainda no Allianz Parque, no domingo, a condição de Dudu já preocupava comissão técnica e elenco palmeirense.

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No vestiário, os médicos realizaram as primeiras avaliações, no qual suspeitaram de lesão do ligamento cruzado anterior - fato que foi confirmado nesta segunda-feira. Ele foi substituído por Breno Lopes ainda no primeiro tempo, aos 43 minutos.

O Palmeiras não divulga prazo de recuperação da lesão dos seus jogadores e adota uma postura cautelosa, aguardando as primeiras respostas do atacante após a operação clínica. Dudu iniciará nesta semana a fisioterapia e passará por cirurgia nos próximos dias, ainda sem data marcada.

A ruptura do LCA é uma das mais preocupantes entre os atletas de alto rendimento. Bruno Henrique, atacante do Flamengo, ficou afastado por quase um ano após sofrer lesão do tipo, em 2022, e teve de passar por reconstrução ligamentar. Em cenário semelhante, Dudu deve retornar somente no início do próximo ano, para a disputa do Campeonato Brasileiro.

Aos 31 anos, Dudu foi preservado em muitos momentos pelo técnico Abel Ferreira nesta temporada - foi titular em dois terços dos jogos do Brasileirão - e, nos números, ficou abaixo de seu desempenho usual. Em 42 jogos disputados, marcou três gols e deu sete assistências.

Com a lesão confirmada, perderá a reta final do Campeonato Brasileiro - no qual o Palmeiras está na vice-liderança, atrás do Botafogo - e da Libertadores. Nesta quarta-feira, a equipe alviverde enfrenta o Deportivo Pereira para garantir vaga nas semifinais.

O jogo entre Palmeiras e Vasco, neste domingo (27), ficou marcado por dois golaços. O primeiro deles, entretanto, vem carregado de polêmica. Isso porque o árbitro Wilton Pereira Sampaio optou por cancelar o gol de Paulinho, alegando impedimento no cruzamento de Lucas Piton. Em nota emitida ainda neste domingo, o Vasco diz que vai à CBF para contestar a decisão.

"O Vasco da Gama contesta a interferência do VAR e a anulação do gol legítimo do Paulinho, na partida deste domingo (27/08), diante do Palmeiras. O equívoco da arbitragem influenciou diretamente no andamento do jogo e, consequentemente, em seu resultado. Novamente, já que não é a primeira vez que isso acontece no Campeonato Brasileiro, o clube irá apresentar uma formal reclamação à Confederação Brasileira de Futebol", diz o comunicado.

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No lance, o atacante Vegetti cabeceou e encobriu Weverton, que saiu errado com as mãos, mas Gustavo Gómez tirou de cabeça sem grandes problemas. Na sequência da jogada, Paulinho bateu de fora da área e fez um golaço de longe. O VAR foi acionado e atrasou o jogo em longos três minutos para anular o gol em razão de impedimento na origem da jogada.

A reclamação, no entanto, ocorre pois há uma contradição na jogada que seria considerada a correta para interpretação do lance. A discussão gira em torno do fato de Richard Rios ter criado uma nova jogada para o lance ao chutar a bola para frente, afastando-a da área, o que validaria o gol cruzmaltino. Na ocasião, o jogo estava 0 a 0 e continuou na igualdade após a anulação.

Seja com a torcida ou com o próprio Palmeiras, Abel Ferreira está cheio de moral. Perto de celebrar três anos à frente da equipe alviverde, o técnico português já se consolidou como um dos maiores da história do clube. Nesta sexta-feira, a presidente Leila Pereira demonstrou este carinho e gratidão presenteando o comandante com uma camisa e uma placa em homenagem aos 200 jogos no comando do time.

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Abel, que chegou ao Palmeiras em 30 de outubro de 2020, na verdade tem 205 partidas à frente da equipe, com saldo de 120 vitórias, 46 empates e 39 derrotas. O português é o 6º treinador que mais dirigiu o time, atrás de Rubens Minelli, que soma 253 compromissos. Levando em consideração toda a comissão técnica portuguesa, considerando os jogos em que Abel esteve ausente da beira do campo, o número sobe para 229 partidas, sendo 132 vitórias, 55 igualdades, 42 tropeços, com 397 gols marcados e 186 sofridos.

Quando a sala de troféus vem à pauta, a moral de Abel cresce ainda mais. O treinador de apenas 44 anos é o segundo maior vencedor da história do Palmeiras ao lado de Vanderlei Luxemburgo. Cada um tem oito títulos. Oswaldo Brandão é o maior, com dez.

"Sem dúvida nenhuma, você é um dos maiores treinadores da história do Palmeiras", destacou Leila Pereira em comunicado oficial. A dirigente, que é bastante criticada pela torcida alviverde por conta da baixa movimentação no mercado de contratação, também fez questão de exaltar as conquistas e a parceria que irá se estender no futuro.

"Nós não cansaremos de agradecer pelos momentos fantásticos que passamos e vamos continuar passando juntos. Nos enche de orgulho o seu trabalho, a sua dedicação, o seu foco e a sua vontade de vencer", disse a presidente.

Os oito títulos de Abel Ferreira com o Palmeiras são: Copa Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2022), Campeonato Paulista (2022 e 2023), Campeonato Brasileiro (2022) e Supercopa do Brasil (2023). O português ainda é o treinador com mais finais disputadas: 11 em 15 torneios eliminatórios.

O Palmeiras eliminou o Atlético Mineiro pelo terceiro ano seguido em um mata-mata da Libertadores. Depois de ganhar por 1 a 0 no Mineirão há uma semana, nesta quarta-feira (9), o time de Abel Ferreira criou oportunidades para sair do Allianz Parque vencedor. Não o fez, mas segurou o empate sem gols com o rival de Minas e assegurou seu lugar na próxima fase.

Garantido nas quartas de final sequencialmente desde 2018, o Palmeiras vai enfrentar o Deportivo Pereira. Estreante em Libertadores, o modesto time colombiano surpreendeu ao eliminar o Independiente del Valle, do Equador, atual campeão da Copa Sul-Americana. Dias e horários das partidas das quartas de final ainda serão definidos pela Conmebol.

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Como em 2021 e em 2022, Palmeiras e Atlético protagonizaram dois jogos equilibrados e nervosos. E, mais uma vez, o vencedor foi a equipe paulista, que Palmeiras joga todas as suas fichas na competição continental, na qual busca ser o primeiro clube brasileiro tetracampeão.

Iniciado com sete minutos de atraso devido ao mal estar do bandeirinha Juan Pablo Belatti, que teve de ser substituído pelo quatro árbitro, Pablo Gaston Echavarria, ambos argentinos, o jogo no Allianz Parque se apresentou favorável ao Palmeiras. Apenas o time de Abel Ferreira, com a vantagem adquirida no Mineirão, atacou.

Foram ao menos quatro oportunidade claras que, se bem executadas no primeiro tempo, dariam maior tranquilidade aos anfitriões. Empurrado por sua torcida, o Palmeiras encontrou brechas na espaçada defesa atleticana e não foi às redes graças à ineficiência de seus ataques, sobretudo Artur, que mandou para fora e em cima de Éverson as duas melhores oportunidades da etapa inicial. Antes, o goleiro atleticano havia feito grande defesa em cabeceio de Gustavo Gómez. Dudu, Rony e Gabriel Menino também arriscaram.

O Atlético nada fez senão esticar bolas longas para Hulk, que esteve bem marcado por Murilo. Foram apenas duas finalizações dos mineiros contra dez dos paulistas.

Incomodado com o que viu, Felipão sacou Pavón e Hyoran no intervalo e lançou mão dos ex-são-paulinos Igor Gomes e Patrick. Seu time, com mais meio-campistas, passou a ter mais a bola, mas continuaram frequentes os lançamentos para Hulk se virar, e o Palmeiras permaneceu mais agressivo e perigoso.

Ocorre que todas as decisões ofensivas do time alviverde foram erradas. Dudu, com problemas em sua panturrilha, não foi o Dudu que a torcida idolatra, e Artur, em noite infeliz, continuou perdendo gols.

O Atlético, mesmo em desvantagem, demorou a se lançar ao ataque, e só conseguiu incomodar o Palmeiras, de fato, depois dos 20 minutos. Paulinho, também em noite pra se lamentar, perdeu a melhor oportunidade. Quando ela apareceu, o atacante driblou Weverton e chutou no lado de fora da rede.

O Palmeiras recuou, passou a jogar com três volantes depois que o jovem Fabinho e o colombiano Richard Ríos foram a campo, e se defendeu com competência das investidas dos mineiros. Copeiro, o time paulista avança de fase mais uma vez.

Ao Atlético, resta a disputa do Brasileirão, no qual tem de se recuperar para tentar disputar a Libertadores de novo no ano que vem. Felipão, com a eliminação, continua pressionado.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 0 X 0 ATLÉTICO-MG

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Richard Ríos), Gabriel Menino e Raphael Veiga (Fabinho); Artur, Rony e Dudu (Jhon Jhon). Técnico: Abel Ferreira.

ATLÉTICO-MG - Everson; Saravia (Pedrinho), Igor Rabello (Maurício Lemos), Jemerson e Guilherme Arana; Battaglia (Edenílson), Otávio e Hyoran (Patrick); Pavón (Igor Gomes), Paulinho e Hulk. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Gabriel Menino, Rony, Saravia, Gómez, Murilo e Edenílson.

PÚBLICO - 40.527 torcedores.

RENDA - R$ 3.956.406,51.

LOCAL - Allianz Parque.

O Palmeiras recebe o Atlético-MG, nesta quarta-feira (9), às 21h30 (horário de Brasília), no Allianz Parque, pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. A torcida do Verdão possui mais de 32.000 ingressos para o confronto. A TV Globo, o Globoplay e a Paramount são responsáveis pela transmissão do jogo.  

Na partida de ida, o Palmeiras venceu, no Mineirão, pelo placar de 1 x 0, gol de Raphael Veiga. Com isso, o clube paulista leva a vantagem do empate para avançar. Os comandos de Abel Ferreira chegaram para o início do mata-mata com a melhor campanha da primeira fase, obtendo 15 pontos – cinco vitórias e apenas uma derrota. Sendo assim, o Palmeiras decide em casa até uma eventual semifinal.

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Por sua vez, o Galo bateu o São Paulo por 2 a 0, no Morumbi, no fim de semana, pelo Brasileirão, e conquistou a sua primeira vitória sob o comando de Felipão. “O Palmeiras tem a vantagem em números no Allianz. Pode ter alguma situação que vá nos fazer pensar em determinado momento do jogo e fazer alguma coisa diferente, mas em princípio vamos manter mais ou menos o grupo que temos aqui ou que iniciou a partida. Aos poucos eu vou ganhando um ou outro jogador”, destacou o técnico.

Prestes a encarar o Fluminense, no Maracanã, neste sábado, o Palmeiras embarca rumo ao Rio nesta sexta-feira, a bordo do avião comprado recentemente pela presidente Leila Pereira para ajudar na logística do clube. É o primeiro voo da delegação palmeirense na aeronave modelo E190-E2, que tem 98 lugares e é avaliada em US$ 64 milhões (R$ 310 milhões).

O avião pertence à Placar Linhas Aéreas, nova empresa de Leila no ramo da aviação, e será colocada à disposição de outros clubes para fretamento. O próprio Palmeiras usará a aeronave por meio da contratação da empresa, mas, no momento, a Placar não pode comercializar voos pois ainda não obteve a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil.

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Diante deste cenário, o deslocamento para o Rio será custeado por Leila Pereira, sem qualquer custo aos cofres do clube. A delegação palmeirense se desloca até Sorocaba, a cerca de 90 quilômetros da capital, para decolar de um hangar de propriedade da empresa da presidente palmeirense. Na volta para São Paulo, após o jogo, o desembarque será em Guarulhos.

A ideia de adquirir o avião partiu da própria Leila. A iniciativa visa gerar uma economia para o Palmeiras, que, segundo apuração do Estadão, gasta em torno de R$ 1,5 milhão por mês com viagens do elenco para as partidas no Brasil e fora dele. A aeronave pode voar sem necessidade de escalar para todos destinos da América do Sul, evitando o desgaste dos jogadores em voos comerciais.

Como contrapartida à economia que pode ser gerada aos cofres do clube, Leila ganha publicidade e dinheiro ao alugar o avião a outros clubes também e para empresas interessados quando não estiver sendo utilizado. Até por isso, o avião não tem as cores do Palmeiras. Ele é azul e branco e apresenta o nome da companhia aérea.

Atlético Mineiro e Palmeiras se enfrentam hoje (2) às 21h30 (horário de Brasília) no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, pela oitavas de finais da Libertadores. O duelo já conta com mais de 40 mil ingressos vendidos.

Quem passar do confronto, enfrenta o vencedor do confronto de Deportivo Pereira (Colômbia) e Independiente del Valle (Equador). O jogo será exibido na TV Globo e no streaming do Paramount +.

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O Galo se classificou como segundo colocado no Grupo G, ficando atrás do Atlético PR. Na primeira fase foram três vitórias, duas derrotas e um empate. O Palmeiras terminou a fase de grupos com a liderança do Grupo C.

Aos poucos recuperando a confiança que demonstrou nos últimos anos, o Palmeiras visitou o ameaçado América-MG neste domingo, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, e não tomou conhecimento do oponente. Na Arena Independência, o time paulista soube controlar o jogo e goleou os mandantes por 4 a 1. Agora, muda o foco para encarar o Atlético-MG, pela Copa Libertadores, na próxima quarta-feira.

A sonora vitória sobre o América-MG traz ainda mais paz para o Palmeiras, que encerrou um jejum de cinco jogos sem vencer após superar o Fortaleza por 3 a 1 na rodada anterior. Os três pontos somados em Minas Gerais colocam o time de Abel Ferreira na 3ª colocação, com 31 pontos. A equipe mineira se afundou ainda mais na zona de rebaixamento, na frente apenas do Vasco, lanterna com nove pontos.

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Refém de sua condição na tabela e com o apoio massivo de sua torcida, foi o América quem tentou ditar o ritmo no início. Logo aos 5 minutos, o time mineiro já tinha três escanteios a seu favor, sendo o primeiro aos 30 segundos após desvio no arremate de Benítez. Do outro lado, sem pressa, o Palmeiras pareceu saber exatamente quando controlar a bola e quando acelerar o ritmo.

Foi então que a equipe paulista começou a goleada. Paulinho Bóia tomou o primeiro amarelo aos 15 minutos após chutar o rosto de Rony quando tentou afastar a bola. Na sequência, o placar saiu do zero. Aos 17, Murilo confirmou a fama de "mortal" do Palmeiras nas bolas paradas e, de cabeça, completou o cruzamento de Gabriel Menino direto no gol.

Paciente, o Palmeiras mostrou sabedoria ao crescer no momento certo do jogo. Rony, quase fez aos 22, mas marcou aos 25. Novamente após bola parada, o camisa 10 ficou com a bola dentro da área após cobrança de escanteio, limpou os marcadores e estufou as redes de Mateus Pasinato. Um clima de preocupação tomou conta de um lado, enquanto do outro predominou a serenidade.

Não só o ataque palmeirense se mostrou eficaz, mas a defesa também fez a diferença. Se ofensivamente as laterais se mostravam ótima oportunidade de atacar o América, Benítez foi muito bem marcado por Gabriel Menino e Zé Rafael. A empolgação foi tanta que aos 36, Gómez abusou da força e tomou um cartão amarelo como punição.

Foi o momento que o América tentou reacender no jogo. Aos 38, Nicolas descontou para o clube mandante no melhor estilo "Roberto Carlos": de falta a longa distância. É bem verdade que a bola desviou em Gabriel Menino e deslocou Weverton, mas o que valeu foi a confiança que o gol devolveu aos mineiros. Pedrinho e Mastriani, nos acréscimos, quase conseguiram empatar, mas o árbitro apitou o final da primeira etapa antes disso.

Os dois times voltaram dos vestiários sem mudanças. Se de um lado Vagner Mancini tentou apostar no bom início que seu time mostrou, Abel Ferreira acabou com seus planos. O Palmeiras não só manteve o domínio da partida, como ampliou. Novamente pelo alto, aos 7 minutos, Artur cabeceou e deslocou Pasinato após cruzamento de Mayke e aumentou ainda mais a vantagem. Restou ao comandante mineiro promover, então, três mudanças em sua equipe.

Mas o Palmeiras se mostrou determinado a não correr riscos desnecessários e foi pra cima do América. Aos 13, Rony venceu a defesa e decretou a goleada alviverde após lindo passe de primeira do Raphael Veiga. O VAR traçou as linhas, mas não houveram dúvidas quanto ao lance.

Com o placar nas mãos - não só pela ampla vantagem, mas também pelo domínio do jogo -, Abel Ferreira fez trocas para poupar alguns titulares pensando no jogo de quarta-feira, diante do Atlético-MG, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

AMÉRICA-MG 1 X 4 PALMEIRAS

AMÉRICA-MG - Mateus Pasinato; Daniel Borges, Éder, Iago Maidana e Nicolas; Alê (Breno), Emmanuel Martínez (Lucas Kal) e Benítez (Juninho); Paulinho Bóia (Matheusinho), Mastriani (Rodrigo Varanda) e Pedrinho. Técnico: Vagner Mancini.

PALMEIRAS - Weverton; Mayke (Marcos Rocha), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Richard Ríos), Gabriel Menino e Raphael Veiga (Luis Guilherme); Jhon Jhon, Rony (Flaco López) e Artur (Breno Lopes). Técnico: Abel Ferreira.

GOLS - Murilo, aos 17, Rony, aos 25, e Nicolas, aos 38 minutos do primeiro tempo. Artur, aos 7, e Rony, aos 13 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Paulinho Bóia, Gustavo Gómez, Juninho.

ÁRBITRO - Braulio da Silva Machado (SC-Fifa).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena Independência, em Belo Horizonte (MG).

A insatisfação do torcedor do Palmeiras com sua presidente, Leila Pereira, está atravessando fronteiras. A cobrança por reforços na equipe alviverde se intensificou primeiro após a compra de um avião por parte da mandatária. Depois, pela eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil. Agora os protestos chegaram aos Estados Unidos.

Leia Pereira está atualmente em Nova York e uma torcida organizada do Palmeiras aproveitou a oportunidade e chamou a atenção da presidente de uma maneira muito peculiar. Foi alugado um telão em plena Times Square um dos lugares mais turísticos e com altíssimo fluxo diário de pessoas de Manhattan. As mensagens "cadê nossos reforços" e "cumpra suas palavras e promessas" foram exibidas em português e em inglês, além de mostrar imagens da torcida em frente à Academia de Futebol.

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Além da mensagem nas ruas de Nova York, a torcida ainda se manifestou nas redes sociais. "Já que ela tá de férias, enquanto a torcida inteira do Palmeiras está pedindo reforços. O protesto chega até ela", escreveu.

No Brasileirão, o Palmeiras atualmente ocupa a 5ª colocação, com 28 pontos, numa área da tabela bastante acirrada. A equipe alviverde entra em campo neste domingo contra o América-MG, fora de casa. Na Libertadores, tem pela frente o Atlético-MG pelas oitavas de final. A primeira partida acontece na próxima quarta-feira, mesma data em que será encerrada a janela de transferências.

Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam, na manhã desta terça-feira (25), um homem suspeito de ter envolvimento na morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa no dia 8 de julho, nos arredores do Allianz Parque, em São Paulo, antes de um jogo com o Flamengo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a prisão ocorreu no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele será apresentado na unidade policial daquele estado e depois seguirá para São Paulo.

O caso, que antes estava com a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), foi assumido pelo DHPP no dia 14 de julho, por determinação da Justiça. Segundo a delegada Ivalda Aleixo imagens da briga que resultou na morte da jovem de 23 anos estavam sendo analisadas e a polícia também ouviu novas testemunhas. No dia 16, a perícia criminalística da Polícia Civil esteve na rua Padre Antônio Tomás, uma das que cercam o Allianz Parque, onde Gabriela foi morta, para reconstituir a cena do crime virtualmente.

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Imagens que circulam nas redes sociais mostram ao menos dois torcedores, um flamenguista e um palmeirense, atirando garrafas durante o tumulto. Um vídeo gravado pelo canal ESPN exibe um homem de barba e camiseta clara lançando uma garrafa em direção aos torcedores do Palmeiras que estavam do outro lado de uma divisão de metal que separava as torcidas.

De acordo com a delegada Ivalda, esse homem de barba não é o principal suspeito, mas um deles. Outras imagens mostram um torcedor do Palmeiras, com uma mochila nas costas e vestindo a camisa verde do time, arremessando o que parece ser uma garrafa de vidro. O objeto explode na proteção de metal que dividia as duas torcidas. Gabriella Anelli aparece na parte de cima da tela, de jaqueta branca e calça azul marinho.

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant'Anna. A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, "se mostrou açodado e despreparado para conduzir as investigações".

Saad declarou reiteradas vezes publicamente que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, Santiago deu outra versão. Ele disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, "mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira" de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A MORTE DE GABRIELA

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 deste mês depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no dia 8, na partida entre Palmeiras e Flamengo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, (SSP) ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave ao Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos perto dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção.

Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida precisou ser paralisada por das vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

Com alguns jogos de atraso, finalmente o Palmeiras homenageou Weverton pelos 300 jogos defendendo o clube. Nesta quinta-feira, o goleiro recebeu uma camisa comemorativa com a marca histórica das mãos do vice-presidente Paulo Buosi. Celebrou o feito e aproveitou para mandar uma mensagem de esperança aos torcedores, um tanto desconfiados após a equipe cair de produção e só ganhar uma vez nas últimas oito partidas. "Coisas vão voltar ao normal."

Agora com 308 jogos disputados na equipe, Weverton revelou que o grupo está focado e trabalhando muito para já desencantar contra o Fortaleza, na abertura da rodada do Brasileirão, sábado, no Allianz Parque.

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"Vamos continuar fazendo o que fazemos de melhor, que é trabalhar e se dedicar", afirmou o goleiro, nesta quinta-feira. "O torcedor palmeirense sabe bem o que podemos entregar dentro de campo. É natural que algumas vezes não fluam como esperamos, mas temos a certeza de que as coisas vão voltar ao normal", disse, confiante.

O camisa 21 se apega aos feitos da equipe nos últimos anos para passar a mensagem otimista. "Já provamos o nosso valor e estamos aqui todos os dias para que possamos entregar nosso melhor desempenho dentro de campo para que as vitórias voltem", enfatizou. "Há tantos anos mantendo esse elenco, na hora da adversidade, a gente se olha e sabe que vai melhorar. No futebol, do mesmo jeito que a bola bate e entra, tem dias que ela vai bater e sair, faz parte. Temos de ter tranquilidade nesse momento, trabalhar muito, lutar muito e se dedicar para as vitórias virem."

A expectativa é de casa cheia diante do Fortaleza para a equipe voltar ao G-4. E a força das arquibancadas é apontada como um diferencial. Atualmente o Palmeiras figura no sexto lugar, com os mesmos 25 pontos de São Paulo e Fluminense, mas abaixo nos critérios de desempate.

"Quantos jogos já ganhamos graças ao torcedor fazendo a diferença? Sabemos reconhecer, sabemos que o Palmeiras é muito mais forte quando tem essa união. Dentro do nosso estádio, então, nem se fala", avaliou. "Que o torcedor continue acreditando na gente, continue fazendo a sua parte, nos incentivando e lotando o estádio. Somos fortes com eles do nosso lado, e não tenho dúvidas de que no sábado ele vai nos apoiar, nos incentivar como sempre tem feito."

O clamor por união é um dos pilares para o retorno dos triunfos e do bom futebol. Poupados no 0 a 0 com o Internacional, Rony e Dudu voltam e Abel Ferreira terá suas principais peças em campo. Impedido de jogar a Copa do Brasil contra o São Paulo por ter defendido o Red Bull Bragantino, Artur é outro titular confirmado.

"Ninguém quer passar por momentos difíceis, mas eles também nos fortalecem, nos preparam para o que vem pela frente. Essa é uma frase que o Abel tem falado, pois já passamos por isso em outras temporadas", lembrou Weverton. "Suportamos bem, continuamos mantendo nossos princípios, nossas renúncias, nossas tarefas, e isso nos prepara para alcançar coisas grandes lá na frente. Temos feito um grande ano já, fomos campeões da Supercopa e do Paulista, e temos ainda Libertadores e Brasileirão. Vamos trabalhar para que seja o melhor ano possível."

Sobre a homenagem pelos 300 jogos, ele agradeceu a lembrança e já fez prognóstico por novas marcas. Do atual elenco, ele só perde de Dudu, que atuou 439 vezes. No século, ainda fica atrás do ídolo Marcos, que atuou por 392 vezes.

"Sou um cara realizado e satisfeito. Tenho muita alegria de vir aqui todos os dias e me preparar. Enquanto tiver essa alegria e essa disposição, vou me preparar, olhar para a frente e ver que posso atingir mais marcas, mais jogos, chegar lá no topo", projetou. "Isso só se conquista com o trabalho, não com o nome e nem com o que foi feito no passado. Cada vez mais temos de provar que merecemos estar jogando, completar números."

A 'lei do silêncio' instituída pelo Palmeiras depois da polêmica coletiva do auxiliar João Martins, há duas semanas, terminou neste domingo (16). No Beira-Rio, onde o time paulista empatou sem gols com o Internacional, pela 15ª rodada do Brasileirão, o técnico Abel Ferreira voltou a se sentar na cadeira de uma sala de imprensa e respondeu com calma às perguntas feitas pelos jornalistas. Ao longo da entrevista, disse sentir-se amado pelos palmeirenses, falou sobre a má fase do time e questionou as acusações de xenofobia feitas pela CBF contra Martins.

Eliminado pelo rival São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil, em jogo disputado na quinta-feira, o Palmeiras começou a sentir a pressão de parte da torcida, que fez protestos no sábado. Neste domingo, o time chegou ao quinto jogo sem vitória, e Abel defende que uma sequência como esta é mais natural do que a fase mágica vivida pelo clube nos últimos anos sob seu comando.

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"Não conheço campeões que só ganham, os campeões são os que levam as pancadas e continuam. Se querem um treinador que só ganha títulos, descubram, porque não sei onde está. O treinador que só ganha não sou eu, eu também perco. Já tinha avisado no último ano.Não sei até quando ia durar, iríamos perder. As pessoas que têm sede de zoar o Palmeiras, o treinador, tem a oportunidade agora. E nós temos que ter mentalidade de campeão, aguentar, nos dedicarmos ao trabalho", disse.

Quanto questionado sobre a insatisfação dos torcedores em razão do momento ruim, Abel disse ter testemunhado mais manifestações de apoio do que críticas. "Eu vou te falar dos torcedores que vêm falar diretamente comigo. Até hoje, ganhando ou perdendo, as duas palavras que eu mais ouço, nem minha mulher e minhas filhas dizem tanto quanto os torcedores: amo você. ‘Os torcedores do Palmeiras dizem que me amam mais que você e minhas filhas’, digo à minha esposa", afirmou. "Os torcedores verdadeiros que vêm falar comigo. Eu não sei quem está atrás de um blog, se é um verdadeiro torcedor do palmeiras, ou alguém em busca de tumulto e confusão", completou.

DEFESA DE JOÃO MARTINS

Aparentemente tranquilo, Abel só endureceu um pouco mais o tom ao comentar a situação de João Martins. Após o empate por 2 a 2 com o Athletico-PR, no dia 2 de julho, o auxiliar fez insinuações e disse que "o sistema" estaria prejudicando o Palmeiras, por isso o time não teria condições de se tornar um clube dominante como ocorre na Europa. Em resposta dura, a CBF acusou Martins de xenofobia e levou o caso ao STJD.

"Não adianta falar mais com os árbitros, vou deixá-los em paz. Eu disse ao advogado: 'fique tranquilo, o Palmeiras pode mandá-lo embora que não vai ter mais problema nenhum, nem comigo, nem com minha comissão'. Infelizmente, querem caçar o João. Vou ficar atento ao que vão fazer com o João e o que vão fazer com os outros que falaram a mesma coisa. Vou ficar atento a isso. Vou ter de perceber o que quer dizer xenofobia. Eu nunca estive em um país em que ouvi tanto esse termo. Nem sabia o que era isso. Xenofobia, racismo, preconceito… nunca ouvi tanto como aqui", disse.

Após o caso, Palmeiras defendeu Martins e proibiu jogadores e comissão técnica de darem entrevistas, decisão que foi mantida nos últimos três jogos - dois com o São Paulo pela Copa do Brasil e um com o Flamengo no Brasileirão. Depois da eliminação para os são-paulinos, quinta-feira, o diretor de futebol Anderson Barros foi o único que falou.

CHANCE DE ALCANÇAR O BOTAFOGO E ELOGIO A COLEGAS

O português pouco falou comentou o silêncio adotado nas duas últimas semanas, mas aproveitou para falar o que gostaria de ter dito caso tivesse concedido entrevista na quinta-feira, após o clássico. "Depois que perdemos para o São Paulo, se eu fosse na conferência de imprensa, e só não fui porque o Barros não deixou, ia ser muito simples. Ia dar parabéns. Para mim, o Dorival é um dos três melhores treinadores brasileiros. Dorival, Renato Gaúcho e o interior da seleção e do Fluminense (Fernando DIniz). A partir daí, não tenho muito a dizer".

Abel também falou sobre a chance de alcançar o Botafogo na disputa pelo título do Brasileirão. Em sexto lugar, com 25 pontos, o time alviverde está a 14 pontos da equipe carioca, isolada na liderança com 39. "A única coisa que tenho que fazer é ajudar meus jogadores. O Botafogo merece estar 14 pontos à frente", resumiu.

O treinador ainda falou que a má fase não o assusta e que está preparado para ser demitido, se tal momento chegar. Até brincou, comparando-se a Pep Guardiola, do Manchester City. "Estou preparado. Depois de vir aqui, onde a média é três meses, e ficar três anos, estou preparado para treinar os melhores do mundo. Como fazem os melhores do mundo. O único que ainda não foi despedido foi o Guardiola… ah, e eu, esqueci. Quando chegar a minha vez de ser despedido, sei muito bem como isso funciona", disse.

Palmeiras e São Paulo entram em campo hoje, às 20h, no Allianz Parque, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Quem se classificar vai enfrentar o vencedor do confronto entre América-MG e Corinthians.

Na primeira partida, o São Paulo venceu por 1 a 0, no Morumbi, e tem a vantagem do empate para avançar à semifinal. O time tricolor defende uma invencibilidade de quatro partidas e vem com dois reforços: os dois atacantes Luciano e Calleri treinaram normalmente nos últimos dias e devem estar em campo. Por outro lado, Alan Franco e Pablo Maia devem ser desfalques.

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Ao Verdão, resta vencer por um gol de diferença para levar a decisão aos pênaltis ou por dois ou mais gols de vantagem para avançar no tempo normal. Com pressão para a partida desta noite, o time não vence há três jogos e engatou uma sequência ainda pior no Brasileirão, com quatro partidas sem vitória e agora 12 pontos atrás do líder Botafogo. 

O Prime Video transmite a partida e o GE acompanhará os lances em tempo real.

A Fifa anunciou nesta quinta-feira (13) que vai pagar US$ 209 milhões, equivalente a R$ 1 bilhão, aos clubes que cederam jogadores para a Copa do Mundo do Catar, disputada em novembro e dezembro do ano passado. No Brasil, seis clubes serão beneficiados: Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Santos, Atlético-MG e Athletico-PR.

No total, a Fifa vai distribuir o valor para 440 clubes de 51 países diferentes, em referência aos 837 jogadores que estiveram no Mundial. Pelos cálculos da entidade, cada atleta tem direito a US$ 10.950 (quase R$ 53 mil, pelo câmbio atual) por dia na Copa do Mundo, independente de quantos minutos esteve em campo ao longo da competição.

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Trata-se de cifra superior ao que foi distribuído aos clubes após a Copa do Mundo da Rússia, disputada em 2018. Na ocasião, a Fifa calculou o valor de US$ 8.530 (R$ 41 mil). Na prática, o valor será pago aos clubes, e não aos jogadores.

O montante será direcionado às confederações às quais os times estão ligados. No caso dos times brasileiros, o dinheiro será transferido para a Conmebol e terá a CBF como intermediária entre a entidade sul-americana e os clubes brasileiros.

O Flamengo será o time que receberá o valor mais alto: US$ 883.335 (R$ 4,2 milhões). O time carioca é seguido por Palmeiras (US$ 368.664/R$ 1,7 milhão), São Paulo (US$ 309.349/R$ 1,5 milhão), Atlético-MG (US$ 129.580/R$ 630 mil), Athletico-PR (US$ 91.253/R$ 440 mil) e Santos (US$ 15.513/R$ 72,5 mil).

O clube que mais embolsará em nível mundial será o Manchester City, com US$ 4.596.445, equivalente a R$ 22,2 milhões. O Barcelona vem logo atrás, com US$ 4.538.955 (R$ 21,9 milhões), sendo seguido por Bayern de Munique (US$ 4.331.809/R$ 20,9 milhões)), Real Madrid (US$ 3.836.302/R$ 18,6 milhões) e Paris Saint-Germain (US$ 3.835.389/R$ 18,5 milhões).

De acordo com a Fifa, os valores vão beneficiar ainda times menores de diferentes países. Serão 78 clubes de segunda divisão, 13, de terceira, cinco, de quarta, e até um de uma quinta divisão.

Entre os países, o primeiro colocado entre as somas a serem recebidas é a Inglaterra, com 46 times recebendo um total de US$ 37.713.297 (R$ 182 milhões). Na sequência, vem a Espanha, a Alemanha, a Itália e a França.

Na América do Sul, a liderança ficou com a Argentina, que embolsará US$ 2.118.909 (R$ 10,2 milhões), à frente do Brasil, que somou US$ 1.797.696 (R$ 8,6 milhões). O argentino River Plate foi o time do continente que liderou a lista, com US$ 1.204.547 (R$ 5,8 milhões), deixando o Flamengo em segundo - o Palmeiras foi o quarto colocado da América do Sul.

Em termos de confederações, a Conmebol só ficou à frente das entidades que regem o futebol da África (US$ 4.569.981/R$ 22 milhões) e da Oceania (US$ 95.816/R$ 459 mil). A entidade sul-americana somou US$ 5.842.969 (R$ 28 milhões), contra US$ 158.903.585 (R$ 767 milhões) da Uefa, a primeira colocada da lista.

A distribuição de parte do lucro da Copa do Catar faz parte de um programa de benefícios criado pela Fifa em parceria com a Associação dos Clubes Europeus, que vale até 2030. A estimativa é de que os valores alcancem US$ 355 milhões para as edições de 2026 e 2030 da Copa do Mundo.

"O Programa de Benefícios aos Clubes é um exemplo claro de como a Copa do Mundo da Fifa tem um impacto positivo sobre os clubes de futebol por todo o globo", declarou o presidente da entidade, Gianni Infantino.

Está sendo velado nesta terça-feira o corpo de Gabriela Anelli Marchiano, torcedora do Palmeiras de 23 anos morta no entorno do Allianz Parque, em São Paulo, após estilhaço de uma garrafa de vidro arremessada por um flamenguista atingir seu pescoço. O velório no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, começou às 6h e tem previsão para ser encerrado às 13h, quando o corpo será enterrado.

A primeira parte da cerimônia foi reservada a amigos e familiares de Gabriela. Depois, às 10h30, o portão foi aberto também para não convidados.

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O velório reuniu muita gente, incluindo torcedores do Palmeiras e membros de todas as organizadas ligadas ao clube, que vestiam trajes alusivos às torcidas. Muitos também foram ao cemitério com a camisa do Palmeiras.

A jovem fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal uniformizada palmeirense, e namorava com um integrante da Porks, outra uniformizada. Ela estava perto da sede da Porks, em um dos acessos ao Allianz Parque, quando estilhaços da garrafa lançada por um torcedor do Flamengo acertaram a veia jugular de seu pescoço e a glândula tireoide.

"Esses malucos que fazem isso têm que pagar. É o que eu desejo", desabafou o avô paterno da palmeirense. Usando uma jaqueta da Mancha Alvi Verde, o pai da jovem, Ettore Marchiano Neto, contou que o Palmeiras "era a vida" da filha. "A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais", resumiu.

Ele e a mulher, Dilcilene Prado Anelli, acompanhavam a filha nas partidas do Palmeiras. Inclusive foram ao Allianz Parque no último sábado, quando Gabriela foi morta pela garrafa de vidro atirada por um flamenguista. "Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Mas claro que, quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela", afirmou o pai.

"Desde pequena até os 23 anos sempre foi muito carinhosa, extremamente família, muito apegada aos avós", detalhou o tio, Bruno Tadeu Anelli, outro a se revoltar com a violência no futebol que, desde janeiro deste ano, já vitimou oito torcedores no País. "Estádio é um lugar em que não deveria haver violência, mas a sociedade está doente, precisando de cura".

LEGADO

A mãe, Dilcilene, foi quem mais conversou com a imprensa. Emocionada e também vestida com trajes da Mancha Alvi Verde, ela defendeu a organizada da qual a filha fazia parte e avisou que continuará o legado da filha. "A Gabi amava a torcida e eu vou continuar o legado dela", declarou.

"Dói muito. Nunca imaginei ver minha filha na UTI e depois no caixão. Cai a ficha, me dá um desespero, mas a força que vem lá de cima é muito grande", continuou a mãe, para quem a segurança do jogo "foi bem falha". "Isso tem que parar. Tem que ter mais amor ao próximo. Não estamos falando de futebol, estamos falando de vidas."

No local, familiares, amigos e torcedores do Palmeiras prestaram suas últimas homenagens. Foi possível ver ao menos 20 coroas de flores ao lado do caixão.

TRAGÉDIA NO ENTORNO DO ALLIANZ PARQUE

O crime aconteceu por volta das 17h45 do último sábado, isto é, mais de três horas antes do início do jogo entre Palmeiras e Flamengo, na rua Padre Antônio Tomas, entre os portões C e D, este que dá acesso aos torcedores visitantes. Havia uma proteção de metal para separar os flamenguistas dos palmeirenses, mas ela não foi suficiente para evitar a morte da torcedora. Uma outra pessoa também foi ferida pelos estilhaços de vidro.

O autor do crime, de acordo com a polícia, é Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, torcedor do Flamengo. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na segunda-feira e vai responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Segundo disse ao Estadão o delegado César Saad, que é titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), e investiga o caso, Leonardo Felipe atirou a garrafa no momento em que a divisória de metal que separava a torcida local e visitante foi aberta para a passagem de uma viatura da Guarda Civil Metropolitana.

Gabriela foi socorrida no posto de atendimento do Allianz Parque. Ao ser constatada a gravidade dos ferimentos, ela foi encaminhada à Santa Casa, onde ficou internada e passou por cirurgia. A palmeirense teve duas paradas cardiorrespiratórias, ficou em coma induzido e morreu na madrugada de segunda-feira.

Tiago Leifert se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter no início desta semana após se posicionar sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras de 23 anos atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa antes da partida com o Flamengo, no sábado, no Allianz Parque. Para o apresentador, a palmeirense "assumiu o risco" pelo fato de ser membro de uma torcida organizada.

Leifert comentou sobre o assunto pela primeira vez durante uma transmissão ao vivo no canal "Canal 3 na Área", pela manhã, no YouTube, poucas horas após a confirmação da morte de Gabriela. Ao lamentar o caso, o apresentador disse equivocadamente que a torcedora foi atingida durante um confronto entre palmeirenses e flamenguistas na Rua Palestra Itália. A briga à qual ele se refere, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), aconteceu na Rua Caraibas, já durante a partida. A torcedora foi atingida antes mesmo de a bola rolar, por volta das 18h20.

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O apresentador reconheceu o erro e foi às redes sociais fazer um mea culpa pela desinformação por meio de um vídeo. No entanto, Leifert afirmou que pelo fato de Gabriela ser membro de uma torcida uniformizada, a Mancha Alvi Verde, ela "assumiu um risco". Ele aproveitou a oportunidade e citou também a necessidade de um debate sobre o papel das uniformizadas no País.

"Cometi um erro baseado nos relatos de Polícia Militar e imprensa, mas a gente já tem mais detalhes sobre o que aconteceu. Eu tinha dito que a torcedora que foi assassinada estava no confronto do portão A, mas ela estava próxima ao portão B, o visitante. Então peço desculpas", disse.

"Porém, a gente precisa conversar sobre o que está acontecendo nos estádios. Eu não estava espalhando fake news. Ela era de uma organizada. Não muda o fato, mesmo se ela estivesse no portão B provocando. Mas, hoje, quem é de torcida organizada assume um risco. Todas as tragédias que acontecem são de organizada e é isso que precisa ser discutido. Por que as organizadas estão por aí e, em um dia como hoje, meu erro de informação é tão mais importante do que um confronto de organizada. Estou há semanas dizendo que alguém vai morrer e esse problema ninguém discute", completou.

A morte de Gabriela Anelli foi confirmada pelo irmão da palmeirense na segunda-feira. Ela estava internada desde sábado em estado grave no Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades do portão C, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraibas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

César Saad, titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), informou que o suspeito de cometer o crime foi identificado como Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. Ele declarou ser membro de uma organizada do Flamengo, mas teria ido ver o jogo sozinho. Segundo o delegado, o suspeito teve o flagrante convertido em prisão preventiva pela Justiça e vai responder por homicídio doloso consumado.

Foi a oitava morte de torcedor no futebol brasileiro em 2023. Os quatro grandes clubes do futebol paulista, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos, divulgaram nota oficial conjunta pedindo o "fim da impunidade a criminosos" de torcidas e cobrando das autoridades atitudes mais firmes para "restaurar a paz no futebol".

O torcedor do Flamengo preso pelo assassinato do palmeirense Gabriela Anelli confessou ter atirado a garrafa de vidro que matou a jovem, no último sábado (9). A informação foi confirmada pelo delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil (Dope), César Saad, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band.

“Ele alega que realmente arremessou [a garrafa]. Primeiro confessou, depois disse que jogou pedras de gelo nos palmeirenses. Nós vimos, por imagens", contou o delegado. 

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"Por volta de 17h30, as câmeras externas do Allianz mostram que quatro vans de torcedores do Flamengo chegam no portão de acesso de entrada dos visitantes. Ali que começou a provocação, o xingamento. Torcedores descem, havia divisória, mas tinha uma brecha. Ali foi aberto e começou a discussão que culminou na morte com o arremesso da garrafa", detalhou César Saad. 

O delegado ainda contou que o homem é carioca, mora no Rio de Janeiro e teria ido a São Paulo apenas para assistir o jogo. Ele também é ex-integrante de uma torcida organizada do Flamengo.

Gabriela Anielli, torcedora do Palmeiras que foi morta por um caco de vidro após confusão nos arredores do Allianz Parque na partida contra o Flamengo, é a oitava vítima de brigas no futebol brasileiro em 2023. Estilhaços de um caco de vidro oriundo de uma briga de torcida acabou matando a jovem de apenas 23 anos de idade. Mas esse não é um caso isolado no território nacional.

Em março deste ano, um jogo que envolveu flamenguistas brigando com vascaínos terminou com uma pessoa morta. Em abril, foi a vez de torcedores do Flamengo e Fluminense brigarem e acabaram gerando mais uma morte. 

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Também em março deste ano, torcedores de CSA e Confiança se enfrentaram pelas ruas da capital cearense e um torcedor do CSA foi morto depois de levar barradas de ferro. No mesmo mês, e no mesmo estado, a briga foi entre torcedores do Ceará e Iguatu que terminou com mais uma morte.

No Recife em maio deste ano torcedores de Santa Cruz e Campinense se enfrentaram, e mais uma morte foi registrada. Em Belém do Pará, um torcedor do Corinthians foi atingido por um rojão em conflito e acabou morrendo.

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