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O município de Niterói, no Grande Rio, iniciou nesta quinta-feira (21) um processo de flexibilização das regras de isolamento social. A cidade havia entrado em lockdown (bloqueio de todas atividades não essenciais) no último dia 11, devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado do Rio.

Segundo a prefeitura, a saída do lockdown segue um plano desenvolvido por técnicos municipais, representantes dos empresários e especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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No plano adotado por Niterói, o município seguirá um sistema de cores: vermelho (lockdown), laranja, amarelo e verde (normalidade).

Hoje, a cidade entrou no nível laranja, que permite que algumas atividades não essenciais voltem a ser realizadas, mas com restrições. As autoridades sanitárias do município continuarão acompanhando a curva de casos de covid-19, para definir se fica no nível laranja, retorna ao vermelho ou progride para o amarelo.

De acordo com a prefeitura, o município só retomará o nível verde quando houver uma vacina contra o novo coronavírus.

O mesmo sistema de cores foi adotado ontem pelo estado do Rio de Janeiro, de acordo com a ocupação de leitos hospitalares e curva de contaminação: vermelho, amarelo e verde. A diferença é que o estado está no nível vermelho, mas o governador não decretou lockdown.

Dados divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde mostram que o estado tem 30.372 casos confirmados e 3.237 mortes por Covid-19. Niterói registra 1.968 casos (a segunda cidade com mais casos no estado) e 65 mortes (o quinto maior número entre os municípios fluminenses).

A ministra das Infraestruturas e Transportes da Itália, Paola De Micheli, anunciou nesta quarta-feira (20) que todos os aeroportos do país serão reabertos a partir do dia 3 de junho.

A declaração é dada dois dias depois do transporte ferroviário voltar a funcionar com uma frota maior desde que as medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 foram impostas.

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"Será possível reabrir todos os aeroportos a partir de 3 de junho, quando as transferências inter-regionais e internacionais serão permitidas novamente e as restrições de transporte não serão mais aplicáveis", afirmou a política italiana.

De acordo com De Micheli, o governo também permitirá viagens entre regiões com "baixo risco" de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Hoje, o aeroporto de Fiumicino, em Roma, foi reaberto gradualmente com a decolagem de um Air France para Paris, o primeiro dos três planejados para esta semana. O voo AF-1305, no entanto, foi com um número limitado de passageiros, respeitando as regras de distanciamento social determinadas na chamada Fase 2.

Da Ansa

O sistema prisional do estado de São Paulo registrou 22 mortes por Covid-19, sendo dez agentes penitenciários e 12 internos, desde o início da pandemia. Foram confirmados 30 casos entre os presos e 54 casos entre os servidores. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

De acordo com a secretaria, os internos com suspeita de covid-19 são isolados e, quando considerados casos confirmados, mantidos na enfermaria durante o período de tratamento. Os agentes penitenciários são afastados do trabalho.

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A secretaria informou ainda que as unidades prisionais passaram a exigir o uso de máscaras de proteção reutilizáveis, além de suspender atividades coletivas, alternar horários de alimentação no refeitório, intensificar a limpeza das áreas e restringir a entrada de pessoas. Outra medida adotada foi a distribuição de produtos de higiene como álcool em gel e sabonete.

Na ausência de acordo político para implementar um aplicativo anticoronavírus, as pessoas que testaram positivo para o novo vírus são contatadas por telefone para rastrear seus contatos, dando origem a uma nova profissão: "rastreador de Covid-19".

Todas as manhãs, cerca de sessenta pessoas com seus laptops e headsets, dividem as ligações na plataforma N-Allo, um dos "call centers" associados à operação iniciada pelo governo belga.

Neste reino de 11,5 milhões de habitantes, onde o vírus deixou mais de 9.000 mortos, esse "rastreamento" é levado muito a sério, especialmente quando as autoridades autorizaram há quinze dias um desconfinamento muito progressivo por medo de uma nova onda epidêmica.

Entre os funcionários da N-Allo, Pierre Fournier explica que se apresentou quando soube que cada uma das regiões belgas estava contratando centenas de pessoas para essa operação sem precedentes que busca identificar possíveis portadores do vírus.

"Eu queria contribuir com meu pequeno grão de areia para a localização e erradicação da pandemia", disse à AFP este consultor de 65 anos.

Sua tarefa, assim como os demais funcionários no call center experientes ou inexperientes, é estabelecer uma lista de pessoas com as quais os pacientes entraram em contato durante um período de dez dias, dois dias antes dos primeiros sintomas até sete dias depois.

Se o contato excedeu 15 minutos a menos de 1,50 metros, a pessoa que esteve em contato é considerada "de alto risco", e outro "rastreador" fica responsável por avisá-la.

O objetivo é "reduzir os círculos de contaminação e fazer avançar o desconfinamento", resume Gladys Villey, da Mutualité Partenamut, que em Bruxelas organiza esse tipo de segunda rede de prevenção.

Se, após 24 horas, a pessoa considerada de "alto risco" e que deve ficar isolada por 14 dias em casa não atender o telefone, assistentes sociais, paramédicos ou ambulâncias organizam uma visita domiciliar, explica.

- Aplicativo móvel, um "complemento" -

"Enviamos profissionais acostumados a entrar em contato com pacientes doentes e que dominam vários idiomas, o que facilita as coisas", diz Villey. Na Bélgica, existem 185 nacionalidades representadas.

Das 340 visitas realizadas na região de Bruxelas desde o início da operação, em 11 de maio, apenas "de 20% a 30%" se recusaram a colaborar, "felizmente uma minoria", ressalta a responsável.

"Muitas pessoas têm medo de nos fornecer informações. Tentamos tranquilizá-las, explicando que tais dados permanecem apenas em nossas mãos", enfatiza.

Tranquilizar, criar um clima de confiança, mostrar empatia independentemente da idade do interlocutor... Os "rastreadores" da linha de frente, contratados por um período de três meses, receberam algumas dicas durante as sessões de treinamento.

Por sua vez, os médicos de família costumam avisar os doentes de que eles entrarão em contato. "Já criaram uma lista de contatos. Realmente não há efeito surpresa. A ligação geralmente leva de 10 a 15 minutos", explica Fournier.

Atualmente, a operação está "em andamento". Os pacientes fornecem em média "um ou dois nomes", uma vez que viram poucas pessoas durante os dois meses de confinamento, explicam os organizadores.

Mas, "à medida que o desconfinamento progredir, o número de contatos fornecidos aumentará", juntamente com o trabalho dos rastreadores, estima Xavier Brenez, diretor geral da Mutualités Libres, para quem um aplicativo móvel será um "complemento".

"O sistema de call center e agentes de campo continua fragmentado, pois não permite identificar casos de contato em locais públicos ou em transportes públicos", acrescenta.

O planeta superou, nesta quinta-feira (21), o marco de cinco milhões de casos de novo coronavírus, com uma situação contrastante entre a China, pronta para declarar a "vitória" sobre o vírus, e o continente americano, onde o balanço não para de aumentar.

De acordo com uma contagem da AFP feita a partir de fontes oficiais, pelo menos 5.006.730 casos de infecção foram registrados até o momento em todo o mundo, entre os quais 328.047 mortes.

Continente mais afetado, com quase 2 milhões de casos, incluindo 328.047 fatais, a Europa continua no caminho de uma normalização muito lenta. Quase todas as praias voltarão a abrir ao público nesta quinta na Córsega, enquanto Chipre reabre suas escolas, cafés, restaurantes e salões de cabeleireiro.

Na Espanha, o uso obrigatório de máscara a partir dos seis anos de idade começou a valer em todos os locais públicos, quando não é possível manter a distância física, inclusive na rua.

Uma medida comemorada por Cristina Quevedo Jorquera, que é professora. "Ainda haverá contaminações com a máscara, mas sem uma máscara, seria como pular na água sem saber nadar", explicou a mulher à AFP.

O impacto econômico continua sendo sentido duramente no Velho Continente, com uma maior contração da atividade no setor privado em maio, mas em um ritmo mais lento do que em abril, segundo a empresa Markit.

Em um caótico setor de transporte aéreo, a companhia britânica Easyjet anunciou a retomada de alguns voos a partir de 15 de junho, principalmente em "rotas domésticas no Reino Unido e na França", com medidas sanitárias a bordo.

No outro extremo do mundo, os bares reabriram nesta quinta-feira na Nova Zelândia, depois das escolas e comércios.

"Em geral, não bebo cerveja ao meio-dia, mas é bom, tem o gosto de uma volta ao normal", disse Jim Hall, de 70 anos, desfrutando de uma cerveja Guinness em Wellington.

- "Vitória" na China -

Na China, onde a epidemia surgiu em dezembro na cidade de Wuhan, os 3.000 deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP) se reunirão a partir de sexta-feira (22) para o grande evento anual do regime comunista de Xi Jinping.

A oportunidade para comemorar o fim da epidemia no território, mesmo que o país tema uma segunda onda, num contexto de ressurgimento do vírus em determinados locais nas últimas semanas.

A sessão do parlamento "deve dar a Xi Jinping a oportunidade de proclamar a vitória total na 'guerra do povo' contra o vírus", prevê a cientista política Diana Fu, da Universidade de Toronto (Canadá).

Nos Estados Unidos, onde a pandemia continua causando estragos, Donald Trump acusou Pequim na quarta-feira (20) de ser responsável por uma "matança no mundo".

O presidente americano, muito criticado por sua gestão da crise sanitária e que deseja a todo custo reativar a economia de seu país alguns meses antes das eleições presidenciais, insiste em um retorno à normalidade, em particular defendendo um G7 presencial nos Estados Unidos.

Seu otimismo contrasta com a situação em seu país, o mais afetado no mundo em número de infecções (1,55 milhão de casos) e óbitos. A Universidade Johns Hopkins anunciou na quarta-feira à noite mais de 1.500 mortes adicionais em 24 horas, elevando o total para mais de 93.400, incluindo quase um terço somente em Nova York.

- "Genocídio" temido no Brasil -

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembrou na quarta-feira que a pandemia está longe de ser contida, com 106.000 novos casos detectados em 24 horas em todo o mundo, um recorde.

O Brasil está agora na linha de frente, passando por uma aceleração acentuada da epidemia, com um balanço diário que chegou a 1.179 mortes. Mas o presidente Jair Bolsonaro continua minimizando o perigo do vírus e criticando o confinamento.

O fotógrafo franco-brasileiro Sebastião Salgado, de 76 anos, que passou a vida imortalizando com suas lentes as condições dos mais pobres e do seu ambiente degradado, teme que os povos indígenas da Amazônia sofram um "genocídio" por falta de atenção médica na região.

Ele lançou uma campanha em favor dos povos da Amazônia, que já coletou mais de 261.000 assinaturas, porque "nós realmente corremos o risco de uma enorme catástrofe" com "a eliminação de um grupo étnico e sua cultura", disse ele à AFP.

Sob pressão do chefe de Estado brasileiro, o Ministério da Saúde recomendou na quarta-feira o uso da cloroquina e de seu derivado, a hidroxicloroquina, para pacientes que sofrem de uma forma leve de Covid-19.

Na pendência de uma vacina e de um remédio, o uso deste medicamento é controverso, porque seu efeito contra o coronavírus ainda não foi comprovado.

Vislumbre de esperança: pesquisadores demonstraram que macacos vacinados ou infectados com o novo coronavírus desenvolveram anticorpos que permitem a proteção contra uma nova infecção.

No México, a possível retomada do campeonato de futebol está mais distante depois que oito jogadores do time Santos Laguna deram positivo.

"Isso complica singularmente o cenário", admitiu o proprietário do Santos, Alejandro Irarragorri, no canal de televisão esportiva TUDN.

Situação difícil também no Peru, o segundo país mais afetado da América Latina depois do Brasil, com a superação na quarta-feira das 100.000 contaminações e 3.000 mortes.

E no Chile, que contabiliza 50.000 casos, distúrbios têm acontecido em razão da fome em Santiago.

O Equador, outro país fortemente afetado na América Latina, em particular a cidade portuária de Guayaquil, que iniciou seu desconfinamento na quarta, enfrenta um novo problema: dois terços dos presos em uma prisão no centro do país estão contaminados.

Na prisão de Ambato, uma cidade nos Andes, "420 pessoas" tiveram resultados positivos, dois dos quais morreram, disse um funcionário da administração penitenciária na quarta-feira.

O Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (20), um novo documento com orientações para o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19.

A nova diretriz traz como recomendação a aplicação da droga também para casos leves, dependendo de decisão médica. Até então, a orientação do Ministério da Saúde era de emprego do medicamento em casos de média e alta gravidades.

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O tema vinha sendo objeto de debates no governo, entre autoridades de saúde e entre pesquisadores. O presidente Jair Bolsonaro já havia se pronunciado diversas vezes a favor do uso do medicamento. Os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich divergiam do presidente na questão do uso da cloroquina nos casos de covid-19.

Nas diversas pesquisas realizadas até agora, não há consenso sobre evidências científicas da eficácia da prescrição da substância. Duas delas, uma da Fundação de Medicina Tropical no Amazonas e outra da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, colocaram essas dúvidas.

Em entrevista coletiva hoje no Palácio do Planalto, representantes do governo defenderam a iniciativa, argumentando que esta não obriga, e sim orienta o médico, que possibilita a oferta do medicamento aos que se tratam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que é uma providência necessária diante das mortes causadas pela covid-19.

Sobre a decisão brasileira, o diretor executivo da Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan, disse todos os países estão na posição de aconselhar os cidadãos sobre o uso de remédios em seu território. “Contudo, neste estágio, nem a hidroxicloroquina, nem a cloroquina tiveram sua eficácia comprovada em relação à covid-19. Foram emitidos alertas por várias autoridades sobre os efeitos colaterais da droga e muitos países limitaram seu uso para estudos clínicos ou na supervisão em hospitais”, afirmou.

A Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira divulgaram um documento de recomendações para o tratamento farmacológico da covid-19, que analisa diversas drogas cogitadas para lidar com a doença.

A cloroquina e a hidroxicloroquina são enquadradas como de risco importante, e a recomendação é contra o uso de rotina. As evidências da eficácia são consideradas baixas. Classificação semelhante ocorre no caso em que essas drogas são ministradas de forma conjunta com azitromicina. A orientação de evitar usos de rotina também é feita em relação a drogas como tocilizumabe, glicocorticosteroides e lopinavir.

Para a coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Débora Melecchi, o protocolo desrespeita a ciência porque inexistem estudos que indiquem eficácia do uso de cloroquina para sintomas leves, inclusive neste momento. O que há até agora são artigos e estudos que concluíram que a utilização não está tendo efeito positivo e há efeitos colaterais, como problemas cardíacos, acrescenta Débora.

Na opinião de Débora, caso os estudos verifiquem um efeito positivo, o remédio pode ser usado, mas antes disso é temerário. “Os riscos à vida das pessoas estão grandes. Além disso, o protocolo traz termos de consentimento deixando na mão do familiar a decisão sobre vida e morte do paciente. Sabe-se lá quantos brasileiros poderão vir a morrer pelo uso do medicamento”, diz.

Consultado pela Agência Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) respondeu que não se pronunciaria sobre o documento e que sua posição está descrita no Parecer nº 4, de 23 de abril. Segundo o parecer, os médicos têm liberdade para receitar os medicamentos em situações de sintomas leves, em acordo com pacientes, alertando para o fato de que não existem trabalhos que comprovem o benefício da droga para o tratamento da covid-19.

Porém, o parecer traz ponderações. “A administração de um medicamento que não tem efeito  comprovado como  alternativa para o tratamento de pacientes com maior gravidade assume, muitas vezes de forma equivocada, que o benefício será maior que o prejuízo. Entretanto, frequentemente, não é possível saber se um medicamento não testado para determinada doença terá maior benefício ou maior prejuízo se não houver um grupo controle”, diz o texto.

A Agência Brasil entrou em contato também com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e com o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e aguarda retorno.

 

 

Teve início, nesta quarta-feira (20), o drive-thru de vacinação contra a gripe Influenza, organizado pela Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, tendo como público alvo professores e pessoas com deficiência. A programação vai até sexta-feira (22), no horário das 15h30 às 18h, no estacionamento do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG), no bairro de Piedade.

Para ter acesso ao serviço, basta apresentar documento oficial com foto, declaração, prescrição ou laudo médico comprovando a deficiência. Para os professores, é solicitada a comprovação do exercício da profissão.

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“Na atual conjuntura, a vacinação no drive-thru é mais um meio de proteção. Não só facilita, mas também evita aglomeração de pessoas”, disse a professora Carmem Lúcia. O também professor Ricardo Bastos ressaltou a importância de se vacinar contra a gripe Influenza porque ela provoca sintomas parecidos com os da Covid-19. “No drive-thru, além de respeitar o distanciamento entre as pessoas, preserva quem é de grupos de risco, como é o meu caso, que sou hipertenso”, disse Bastos.

No próximo sábado, o drive-thru será estendido para todos os grupos prioritários, das 8h ao meio dia. Nesta ação, que faz parte da terceira fase da campanha nacional de vacinação contra a influenza, serão aplicadas 3 mil doses. Em Jaboatão, mais de 107 mil pessoas já foram imunizadas.

*Da assessoria 

A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), vinculada à Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), montou uma verdadeira força-tarefa para tirar todas as dúvidas da população sobre a quarentena em Pernambuco. Mais de 60 pessoas estão diretamente envolvidas no trabalho de responder as manifestações dos cidadãos num prazo de até 24 horas. Desde a última quinta-feira (14) até esta quarta-feira (20), às 14h, foram contabilizados 2.630 contatos nos três canais de comunicação disponibilizados pela administração estadual, com 83% deles respondidos imediatamente e 96% dentro do período determinado.

“Recebemos esse desafio do governador Paulo Câmara e estamos nos empenhando ao máximo para atender todas as demandas. Reforçamos a equipe da nossa ouvidoria de imediato e conseguimos engajar todos nessa atividade porque temos a consciência da necessidade de ajudar a população num momento tão delicado”, comentou a secretária e ouvidora-geral do Estado, Érika Lacet.

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A diretora da OGE, Elisa Andrade, revelou que o volume de manifestações superou as expectativas iniciais. “As pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre a quarentena, mas essa grande procura também significa que a ouvidoria é reconhecida como um importante canal de comunicação entre a administração pública e a sociedade. É o reconhecimento pela credibilidade do trabalho que a nossa rede desempenha há 11 anos”, destacou.

Para tirar dúvidas sobre a quarentena, o cidadão pode entrar em contato com a OGE por meio do teleatendimento (ligação para o número 162, sem custos de telefone fixo ou móvel), do site (www.ouvidoria.pe.gov.br) ou e-mail (ouvidoria@ouvidoria.pe.gov.br).

 

Brasília, 20 de maio de 2020: Os Estados Unidos anunciam assistência adicional de US$ 2,5 milhões ao Brasil para mitigar os impactos à saúde e socioeconômicos da COVID-19. Até o momento, o total de recursos oferecidos chega a aproximadamente US$ 6,5 milhões (o equivalente à R$ 37 milhões). O novo fundo de US$ 2 milhões (R$ 10,5 milhões) será direcionado à saúde e fornecerá apoio imediato às comunidades vulneráveis da Amazônia. Uma nova assistência humanitária, de US$ 500.000 (R$ 2,8 milhões), apoiará os esforços de resposta da COVID-19 aos refugiados e as comunidades anfitriãs no Brasil. Essa assistência soma-se aos US$ 950.000 anunciados em 1º de maio para apoio econômico a populações vulneráveis. Além disso, o governo dos EUA, por meio dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), anunciou em 19 de maio, aproximadamente US$ 3 milhões em fundos globais de saúde à resposta da saúde pública do Brasil à COVID-19.

No anúncio de hoje, o embaixador Todd Chapman destacou: “Estou muito satisfeito que esse recurso adicional para saúde e assistência humanitária, direcionado a populações vulneráveis ​​no Brasil, principalmente na região amazônica, ajudará milhares daqueles que mais precisam. Também demonstra claramente nossa forte parceria bilateral e nosso compromisso contínuo com o povo brasileiro”.

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A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) trabalhará com sua rede de parceiros do setor privado e da sociedade civil, e em coordenação com o governo brasileiro, para mobilizar rapidamente o fundo de US$ 2 milhões para ajudar comunidades vulneráveis da região amazônica, em resposta a pandemia. Essa abordagem reflete o compromisso da USAID, sob sua Iniciativa de Novas Parcerias, de elevar a liderança local ao se envolver com parceiros novos e desfavorecidos. As atividades incluirão comunicação de risco e engajamento da comunidade, prevenção e controle de infecções, incluindo água e saneamento, e apoio a redes de segurança social, como fornecimento de kits de alimentos e higiene para comunidades remotas em auto-isolamento.

O Departamento de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado está fornecendo US$ 500.000 (R$ 2,8 milhões) em apoio a Organização Internacional para Migrações (OIM) à resposta global da COVID-19 no Brasil. Especificamente, reforçará os recursos e a capacidade para lidar com as crises humanitárias existentes em locais com grandes fluxos de migrantes vulneráveis ​​devido à pandemia. Os esforços da OIM ajudarão a impedir a disseminação do vírus entre refugiados e migrantes vulneráveis ​​no país, por meio de atividades que incluem assistência humanitária, apoio a centros de isolamento e tratamento, programas de saúde e higiene, atividades de proteção e apoio à gestão da migração.

Por meio da generosidade do povo norte-americano e da ação do governo dos EUA, os Estados Unidos continuam demonstrando liderança global diante da pandemia do COVID-19. O povo norte-americano continua a provar que são os humanitários mais generosos do mundo, comprometendo-se hoje com um adicional de US$ 162 milhões em resposta à COVID-19, elevando o total para mais de US$ 1 bilhão desde o início do surto, em todo o mundo. Consulte esta Ficha Técnica para obter mais informações. Os Estados Unidos continuarão com a discussão e o compromisso contínuos de trabalhar em conjunto com o Brasil para melhorar a vida de nossos cidadãos e buscar maneiras de ajudar outras pessoas na região e além de combater à COVID-19.

Siga embaixador Chapman no Twitter @USAmbBR. As informações são atualizadas regularmente em nosso site. As nossas contas do Twitter, Facebook, Instagram e Flickr também fornecem atualizações regulares.

*Da assessoria Assessoria de Imprensa da Embaixada dos EUA em Brasília

A pandemia da covid-19 que assolou o mundo inteiro deixará marcas e mudanças na normalidade que conhecemos. Umas dessas mudanças já prevista por especialistas em aviação foi divulgada pela Associação Internacional de Transportes Aéreos. Os vôos podem ter uma série de restrições e cuidados após a pandemia. 

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As possíveis alterações já são debatidas e analisadas por especialistas. "Não existe uma única medida que reduza o risco e permita um reinício totalmente seguro. Porém, protocolos implementados globalmente e reconhecidos pelos governos podem ajudar a alcançar o resultado desejado. Temos pouco tempo para chegarmos a um acordo sobre os padrões iniciais de retomada. Se não dermos esses primeiros passos de maneira harmonizada, passamos muitos anos recuperando um terreno que não deveria ter sido perdido", disse Alexandre de Juniar, CEO da organização.

 A primeira das mudanças é em relação a embarques que não devem acontecer sem que as empresas testem os passageiros, situação que já acontece com a Emirates em alguns destinos. Medição de temperatura também já é realizada por algumas empresas como Frontier Airlines e a Etihad. A medição pode ser feitas com aparelhos especializados e com câmeras térmicas. 

Filas serão evitadas a todo custo e as máscaras, já obrigatórias em diversos países, serão implementadas entre as medidas. Até mudanças nos designs dos aviões como foi apresentada pela italiana Aviointeriors que pode ter cabines e cadeiras viradas para trás pode ser uma das mudanças.

Robôs para limpezas e higienização dos passageiros e também das malas podem ser inseridos como obrigação das companhias além de diversas outras alterações como uso de telefones para avisar da proximidade do passageiro evitando aglomerações nas filas. 

 

Governadores de 25 das 27 unidades da federação participaram, nesta quarta-feira (20), de uma reunião virtual, para definir os principais assuntos que pretendem tratar com o presidente Jair Bolsonaro e ministros, marcada para quinta-feira (21), por videochamada. Entre os assuntos, os governadores discutirão a ajuda federal a estados e municípios e a necessidade de critérios científicos para a adoção de medidas de enfrentamento ao novo coronavírus.

Os governadores também debateram os impactos e as medidas que cada estado e o Distrito Federal vêm adotando para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

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Após o término da reunião, o governador de São Paulo, João Doria, declarou que os chefes dos executivos estaduais estão abertos ao diálogo e buscando proteger a vida da população. “Hoje (20), fizemos uma reunião com 25 dos 27 governadores. O sentimento de São Paulo e, certamente, posso aqui interpretar, dos demais governadores, é para proteger a vida, obedecer a ciência, respeitar a orientação da medicina e [amanhã] fazermos uma reunião em paz”, disse Dória.

O chefe do Executivo do Ceará, Camilo Santana, manifestou o desejo de que a conversa entre governadores e representantes do governo federal transcorra em clima “respeitoso e proveitoso, em benefício da população”.

“Este não deve ser um momento de disputa partidária ou ideológica, mas da união de todos para ações efetivas para o Brasil”, escreveu Santana em sua conta pessoal no Twitter.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, defendeu a importância da troca de informações, principalmente de experiências exitosas. “Este é o caminho. Temos que buscar as experiências dos estados. Nesse momento de distanciamento social e atividade econômica paralisada, precisamos ter cientificidade e método para sair da crise”, defendeu Dino na reunião.

No Twitter, Wilson Lima, governador do Amazonas, disse que a reunião da manhã serviu para que os governadores “ajustassem a pauta” que pretendem apresentar ao presidente e a seus ministros. “Será uma nova oportunidade para agradecer o apoio federal [ao Amazonas] e reforçar as demandas que ainda temos. A união de esforços é indispensável”, escreveu Lima.

Wellington Dias, governador do Piauí, já tinha manifestado, ontem (19), que a reunião desta quinta-feira (21) é uma oportunidade para o país definir ações integradas e coesas de enfrentamento ao novo coronavírus e as consequências econômicas da pandemia. “Considero muito importante esse diálogo para um plano unificado e assim enfrentarmos juntos o inimigo em comum que é o coronavírus”.

Outro governador que participou da reunião virtual desta manhã e que, desde ontem, já tinha se manifestado sobre a intenção de pedir ao governo federal tranquilidade para atender as orientações da comunidade científica e órgãos especializados foi o gaúcho Eduardo Leite.

Em seu Twitter, Leite comentou a possibilidade da proposta de veto ao reajuste dos salários de servidores públicos ser um dos itens da discussão com Bolsonaro e seus ministros. “Se isso acontecer, manifestarei meu apoio a esse veto”, antecipou o governador do Rio Grande do Sul. “Além disso, farei um apelo no sentido de atendermos a ciência, dar segurança nas condições de enfrentamento ao coronavírus para garantir segurança à população para que, assim, possamos criar um ambiente [adequado] à retomada econômica”, acrescentou.

* Colaborou Elaine Patricia Cruz, repórter da Agência Brasil

Governadores de 25 das 27 unidades da federação participaram, hoje (20), de uma reunião virtual, para definir os principais assuntos que pretendem tratar com o presidente Jair Bolsonaro e ministros, marcada para amanhã (22), por videochamada. Entre os assuntos, os governadores discutirão a ajuda federal a estados e municípios e a necessidade de critérios científicos para a adoção de medidas de enfrentamento ao novo coronavírus.

Os governadores também debateram os impactos e as medidas que cada estado e o Distrito Federal vêm adotando para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Após o término da reunião, o governador de São Paulo, João Doria, declarou que os chefes dos executivos estaduais estão abertos ao diálogo e buscando proteger a vida da população. “Hoje (20), fizemos uma reunião com 25 dos 27 governadores. O sentimento de São Paulo e, certamente, posso aqui interpretar, dos demais governadores, é para proteger a vida, obedecer a ciência, respeitar a orientação da medicina e [amanhã] fazermos uma reunião em paz”, disse Dória.

O chefe do Executivo do Ceará, Camilo Santana, manifestou o desejo de que a conversa entre governadores e representantes do governo federal transcorra em clima “respeitoso e proveitoso, em benefício da população”.

“Este não deve ser um momento de disputa partidária ou ideológica, mas da união de todos para ações efetivas para o Brasil”, escreveu Santana em sua conta pessoal no Twitter.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, defendeu a importância da troca de informações, principalmente de experiências exitosas. “Este é o caminho. Temos que buscar as experiências dos estados. Nesse momento de distanciamento social e atividade econômica paralisada, precisamos ter cientificidade e método para sair da crise”, defendeu Dino na reunião.

No Twitter, Wilson Lima, governador do Amazonas, disse que a reunião da manhã serviu para que os governadores “ajustassem a pauta” que pretendem apresentar ao presidente e a seus ministros. “Será uma nova oportunidade para agradecer o apoio federal [ao Amazonas] e reforçar as demandas que ainda temos. A união de esforços é indispensável”, escreveu Lima.

Wellington Dias, governador do Piauí, já tinha manifestado, na terça-feira (19), que a reunião desta quinta-feira (21) é uma oportunidade para o país definir ações integradas e coesas de enfrentamento ao novo coronavírus e as consequências econômicas da pandemia. “Considero muito importante esse diálogo para um plano unificado e assim enfrentarmos juntos o inimigo em comum que é o coronavírus”.

Outro governador que participou da reunião virtual desta manhã e que, desde ontem, já tinha se manifestado sobre a intenção de pedir ao governo federal tranquilidade para atender as orientações da comunidade científica e órgãos especializados foi o gaúcho Eduardo Leite.

Em seu Twitter, Leite comentou a possibilidade da proposta de veto ao reajuste dos salários de servidores públicos ser um dos itens da discussão com Bolsonaro e seus ministros. “Se isso acontecer, manifestarei meu apoio a esse veto”, antecipou o governador do Rio Grande do Sul. “Além disso, farei um apelo no sentido de atendermos a ciência, dar segurança nas condições de enfrentamento ao coronavírus para garantir segurança à população para que, assim, possamos criar um ambiente [adequado] à retomada econômica”, acrescentou.

 

Macacos vacinados ou infectados pelo novo coronavírus desenvolveram anticorpos que lhes permitem se proteger de uma nova infecção, segundo dois estudos publicados nesta quarta-feira pela revista "Science".

"Nossas descobertas aumentam o otimismo em relação à possibilidade de se desenvolver vacinas contra a Covid-19", aponta um comunicado de Dan H. Barouch, pesquisador que realizou ambos os estudos no Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC) de Boston. "Serão necessárias novas pesquisas para responder a algumas perguntas importantes sobre a duração desta proteção" e as especificidades das vacinas contra o Sars-CoV-2 desenvolvidas para o homem, assinalou.

"Estes primeiros estudos a mostrar que os primatas não humanos podem desenvolver imunidade contra o Sars-CoV-2 são promissores", considerou a revista científica.

No primeiro estudo, nove macacos adultos foram infectados com o vírus. Após se recuperarem, eles foram expostos a uma segunda infecção, 35 dias depois. Todos mostraram "poucos ou nenhum sintoma."

"Estes dados indicam que a infecção pelo vírus provocou uma imunidade" em macacos, concluíram os autores, ressaltando as "diferenças importantes" envolvendo a infecção em seres humanos.

No segundo estudo, os pesquisadores aplicaram vacinas experimentais em 35 macacos adultos. Quando eles foram infectados por via nasal com o vírus, seis semanas depois, "apresentavam níveis de anticorpos no sangue suficientes para neutralizá-lo em duas semanas", aponta a revista.

Estes níveis foram similares aos detectados em seres humanos em vias de recuperação após a infecção pelo novo coronavírus, apontaram os pesquisadores.

"São estudos muito animadores", estimou o pesquisador Lawrence Young, da Universidade de Warwick, que não participou dos trabalhos. Mas as infecções pelo novo coronavírus "seriam diferentes no homem, principalmente a capacidade do vírus de infectar muitos outros tecidos e células nos seres humanos. As respostas imunológicas também seriam muito diferentes", assinalou.

Nesta quinta-feira (21), 12.700 toneladas de alimentos serão distribuídos aos artesãos cadastrados no município de Jaboatão dos Guararapes, localizado na Região Metropolitana do Recife. A iniciativa é da prefeitura da cidade e se dá por conta da pandemia do Covid-19 e o impacto econômico causado na vida desses trabalhadores.

As primeiras entregas das cestas básicas acontecerão das 9h às 16h, no Centro de Orientação Permanente à Economia Solidária (Copes), em Piedade; e das 14h às 17h, no Mercado das Mangueiras, em Prazeres. As próximas entregas acontecerão amanhã, na sede da Regional 1 (Jaboatão Centro) e na Regional 3 (Curado). Na próxima segunda-feira (25), será a vez dos artesãos de Jaboatão Centro, Cavaleiro e Muribeca.

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“Desde que essa crise teve início, ficamos preocupados não só com as consequências da doença, mas, também, com a perda da renda das pessoas. Compreendemos a situação dos artesãos, que praticamente deixaram de comercializar seus produtos, e incluímos a categoria na relação de trabalhadores beneficiados com cestas básicas. Esse é o momento de todos se unirem e ajudarem uns aos outros para que possamos superar essa crise”, aponta o prefeito Anderson Ferreira.

*Com informações da assessoria

 

Como publicado nesta segunda-feira (18) pelo LeiaJá, a Ocupação Miguel Lobato nas proximidades de Maranguape II em Paulista é onde a luta de famílias faz morada para fugir da situação precária em que vivem. Sem ter onde morar, as famílias começaram a chegar a partir de outubro do ano passado e desde então têm cobrado das instituições um auxílio para sair dali. 

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--> Apelo e esperança se misturam na Ocupação Miguel Lobato

Mas o destino de todo o mundo se viu diante de um vírus mortal, que basicamente obrigou o mundo a se resguardar em quarentena. E além das dificuldades já apresentadas pela reportagem, outra barreira se colocou diante das famílias. 

Sem grandes oportunidades, muitos que vivem naquela região dependiam, até então, de trabalho na rua como venda de pipoca e água, serviços de faxinas, serviços na construção civil, entre outros. Tudo parou, mas a fome não quer saber.

"A gente vai para rua, catar reciclagem, pegar um peixe, pegar siri no mangue porque agora nesta crise não tem como trabalhar, ninguém quer dar emprego", conta a moradora Mienia Oliveira. Mas com o surgimento do covid-19, a vida se alterou.

Djane Cabral da Silva e seu esposo Roberto Bezerra da Silva vivem exatamente nessa situação. O encontro com nossa equipe foi por acaso, enquanto gravamos com a moradora Josélia, Djane e seu marido Roberto tentavam melhorar ao lado da casa da entrevistada, o barraco recém-adquirido, após terem furtado o anterior. Lá dentro, nossa equipe escutou o relato da moradora da ocupação. 

Por volta das 8h da manhã o casal começa a caminhada em direção ao mangue para mais um dia de trabalho. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Antes com a segurança das faxinas semanais e das suas vendas como pipoqueira no bairro do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, eram poucas as vezes que precisava ir ao mangue para completar a renda. No entanto, a pandemia da covid-19 tornou a longa caminhada em busca de caranguejos e marisco mais frequente. 

São pouco mais de 3 km entre a Ocupação e o mangue, de onde Djane e sua família tiram seu sustento. Nossa equipe seguiu com o casal para acompanhar um dia de trabalho da família. Seguimos com Djane e Roberto pelas margens da PE-022, rumo ao mangue. No longo caminho, nossa equipe ouviu deles que a relação com a lama, os caranguejos e mariscos é paternal. 

"Meu pai ensinou eu (sic) e meus irmãos dentro do mangue nunca roubar ninguém, nem traficar porque não vale a pena", conta Djane que ainda completa: "Tenho orgulho de mim". Durante a caminhada, por diversas vezes, citou sua mãe 'que estava chegando' e também seu pai já falecido. Sua maior preocupação é com sua família. Sua luta, segundo ela, é pensando nos filhos, especialmente quando fala da ocupação e da batalha pela moradia.

"Essa doença proibiu a gente de trabalhar né?", lamenta, enquanto carrega no carrinho de mão o material do seu trabalho. "A vida se tornou mais difícil e eu e minha família nos viramos aqui dentro do mangue. Isso faz passar o tempo da gente feliz. Trabalhando a gente esquece os problemas, stress".

Djane retira baldes cheios de lama e de lá vem o esperado marisco após um processo de limpeza exaustivo. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Durante 11 anos as faxinas tornaram as idas ao mangue menos frequentes. Mas a sensação é de que apesar de toda a dificuldade, o mangue sempre entregou o sustento de sua família e a relação aparente é de gratidão. Agora o ‘pão de cada dia’ é retirado “só do mangue”. Todos os dia da semana a caminhada extensa e trabalho pesado fazem parte da vida de Djane. Quando não vende o produto é consumido: “passa fome quem quer”, diz enaltecendo o mangue. 

São horas com lama até os joelhos, retirando baldes e baldes com mariscos. O marido Roberto, não tão íntimo do mangue, fica de fora separando o material que precisa ser retirado um a um, do meio dos dejetos e da lama que vem do mangue. 

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"O que eu ganho é para botar alimento dentro de casa". Agora sem as faxinas, Djane passa seus dias com água do mangue até os joelhos. "Se eu chegar aqui 9 ou 10 horas da manhã quando eu saio daqui são duas, três horas da tarde. O tempo passa, a gente até esquece, né? me sinto outra pessoa", revela. 

No decorrer do dia, chegaram o cunhado, irmãos e a mãe de Djane. Todos parecem se sentir em casa no ambiente. Cada um com sua pesca. O filho de Djane fica observando a procura pelos caranguejos. Os cachorros aproveitam enquanto a maré alta não torna tudo em um grande pântano e Djane seguia enchendo seus baldes para poder ter o que comer quando o sol fosse embora.

Roberto separa tudo que foi pescado pela esposa Djane. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Depois do governador de Pernambuco Paulo Câmara e do Secretário Estadual de Saúde, André Longo, mais um integrante do governo do Estado contraiu a covid-19. A vice-governadora Luciana Santos confirmou nas redes sociais, nesta quarta-feira (20), que testou positivo para a doença. 

Segundo o comunicado, Luciana Santos recebeu na manhã desta quarta o resultado do exame. A vice-governadora está assintomática, ficará em isolamento e "trabalhando de maneira remota". 

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Diagnosticado com Covid-19, o secretário de saúde André Longo reforçou em um vídeo a importância da quarentena e do respeito ao isolamento social.

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O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), questionou um processo da Prefeitura do Recife, relativo à dispensa de licitação no valor de R$ 4,3 milhões, para aquisição de  ventiladores pulmonares a uma pessoa jurídica vinculada a uma empresa veterinária.

“Mais uma vez o Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), está fazendo um esforço enorme para fazer do Recife a capital dos escândalos do coronavírus. Você já ouviu falar que em algum pet shop se vende aparelho respiratório?”, disparou Marco Aurélio

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Nas redes sociais, o parlamentar demonstra estranheza nos processos que chegam a R$ 11 milhões para aquisição dos equipamentos a empresa Brasmed Veterinária. “É no mínimo estranho uma empresa do ramo veterinário ter ligação com o comércio de respiradores”, escreveu o parlamentar.

*Da assessoria 

"É a primeira vez que eu mergulho na água em meses. É a melhor sensação do mundo!", disse Daria, que logo pela manhã decidiu aproveitar a reabertura das praias em Israel após dois meses de confinamento.

No início de abril, quando as primeiras medidas de confinamento foram impostas para limitar a propagação do coronavírus, o fechamento das praias não chocou ou decepcionou ninguém, enquanto as temperaturas ambiente e da água ainda estavam frias.

Mas, com o início do desconfinamento nas últimas semanas e uma onda de calor escaldante, alguns israelenses não esperaram a autorização oficial para dar um mergulho.

No sábado, durante o sabbat, milhares de pessoas desafiaram as medidas em vigor nas praias de Tel Aviv para pegar sol e se refrescar nas águas do Mediterrâneo, ainda na ausência de salva-vidas.

A abertura de 124 praias vigiadas em todo o país ao público nesta quarta-feira marcou o início oficial da temporada de verão.

Inicialmente, estava programada para 1º de abril, mas depois foi adiada para 1º de junho, devido à pandemia da COVID-19, e postergada por mais 10 dias.

Usando camisetas laranja fosforescentes, os barraqueiros da praia de Tel Aviv instalaram espreguiçadeiras e guarda-sóis na areia, tomando o cuidado de respeitar as diretrizes da distância, sob o olhar julgador de muitos pedestres, que caminham apenas para respirar ar fresco ao sol.

Daria, de 30 anos, de biquíni e com as costas decoradas com tatuagens coloridas, chegou à praia ao nascer do sol. "Por causa do calor, cheguei às 5H45, ansiava por esse momento", confidencia à AFP.

"Dois meses sem nadar por causa do coronavírus, tive a impressão de ficar deprimida", desabafa Dalia Cohen, 72 anos, com um sorriso largo.

- Dois metros de distância -

As autoridades têm dificuldades em aplicar medidas de distanciamento social.

Em teoria, ainda se exige uma distância de dois metros entre as pessoas nas praias, desde que os grupos não possam exceder seis indivíduos, decidiu o governo, que procura concretizar o desconfinamento enquanto teme uma eventual segunda onda de contágio.

Israel, com cerca de nove milhões de habitantes, registrou 16.600 casos de mortes por COVID-19 e 278 mortes. A epidemia teve uma incidência mais alta entre os judeus ortodoxos, chamados "haredies" ("tementes a Deus" em hebraico).

"Tel Aviv é diferente porque não há haredies, mas muitos turistas trouxeram o vírus", disse Teah Harel, 29, à AFP.

Com o sol e agora o mar, muitos agora esperam apenas uma coisa: a reabertura dos bares. A menos que haja uma segunda e rápida onda de infecções, seu desejo será realizado em uma semana, em 27 de maio, o que traria de volta à liberal Tel Aviv seu verdadeiro clima de verão.

Desde que o novo coronavírus começou a percorrer diversos continentes dezenas de eventos presenciais, marcados para acontecer em 2020, começaram a ser cancelados. No universo da tecnologia, feiras como a E3, Gamescom, Tokyo Game Show, Game Developers Conference, do Google, o F8 do Facebook, a GPU Technology Conference da Nvidia , o Google I / O 2020, e muitas outras, tiveram que se re-adequar ao formato virtual ou adiar seus encontros para o ano que vem. 

Porém, quem achou que não haveriam eventos do tipo este ano, enganou-se. Aproveitando que a Alemanha está reabrindo, aos poucos, suas atividades a IFA, uma das feiras de consumo de dispositivos eletrônicos mais importantes da Europa, confirmou o primeiro evento presencial pós-pandemia. A feira acontecerá de 3 a 5 de setembro em Berlim, capital do país europeu.

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Mesmo com a promessa do encontro, os organizadores do evento garantem que o evento seguirá as restrições impostas de distanciamento e higiene. Serão colocados limites rígidos no número de participantes e apenas quatro funções principais sendo uma vitrine de inovação para marcas, uma plataforma para tecnologias de ponta, um evento de sourcing para OEMs e ODMs e um mercado onde varejistas e marcas podem se unir.

Dentro de cada espaço serão colocadas no máximo mil pessoas por dia. Também haverá algumas etapas para minimizar o número de funcionários da produção do evento. Quem não puder comparecer presencialmente poderá participar virtualmente. 

 

A participação no Big Brother Brasil está rendendo bons frutos a vencedora do reality, Thelma Assis. Após assinar contrato com algumas marcas, inclusive a L'oréal Paris, a médica ganhou agora um quadro fixo no programa ‘É de Casa’, na TV Globo.

A estreia de Thelma no programa aconteceu no último sábado (16), ainda em caráter experimental, mas com uma boa avaliação por parte da direção e do público, o que a manteve ainda por mais algumas semanas. No quadro, Thelma entrevista profissionais de saúde.

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Em sua primeira participação, a vencedora do BBB entrevistou amigos médicos que estão trabalhando na linha de frente no combate ao coronavírus, para mostrar ao público o drama enfrentado por esses profissionais diariamente nos hospitais.

Diferente do que aconteceu nos anos anteriores do reality, a vencedora não assinou contrato de exclusividade com a emissora, visto que a maioria dos programas foram suspensos, por causa da pandemia. A participação de Thelma no programa foi acertada durante as últimas semanas, mas o contrato pode ser encerrado a qualquer momento a depender da direção.

Em decorrência dos debates em torno do adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em sua conta do Twitter, sugeriu, nesta quarta-feira (20), que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. A sugestão foi dada, segundo o comandante do Ministério da Educação (MEC), em conversar com "líderes do centro".

Na postagem, Weintraub ainda pede ao Congresso Nacional que escutem “os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”. Em uma live realizada nesta terça-feira (19), o ministro disse que uma votação será disponibilizada em junho para que os estudantes opinem sobre o adiamento do Enem.

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O Projeto de Lei 1.277/2020, da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), foi votado a favor, nesta terça-feira (19), pelo Senado Federal. Agora, o texto, que pede o adiamento da prova, vai para a Câmara dos Deputados. Com a movimentação em torno do processo de adiar o Exame, movimentos, estudantes, professores e sociedade em geral se posicionam sobre o assunto.

Estudantes podem realizar as inscrições para o Enem até 22 de maio, através da Página do Participante. As provas do Exame serão aplicadas em novembro. Nos dias 1º e 8 será realiza a versão impressa, enquanto a versão digital será aplicada nos dias 22 e 29 do mesmo mês. No mesmo endereço eletrônico é possível obter mais detalhes a respeito das provas. 

Confira, abaixo, postagem do ministro da Educação na íntegra:

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-> Weintraub critica Senado Federal sobre adiamento do Enem

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