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Com três sacolas grandes sob o guidão de sua motocicleta, Oleksandre percorre as ruas de Siversk para distribuir pão aos habitantes desta cidade do leste da Ucrânia.

A linha de frente fica a menos de 10 quilômetros de distância. Quase todos os dias, Siversk é alvo de ataques do exército russo, em particular contra as posições de artilharia ucraniana localizadas dentro e ao redor desta cidade.

Oleksandre recupera as sacolas em um centro de ajuda humanitária da prefeitura e as enche com 30 pães cada.

Duas vezes por semana, cerca de 2.500 pães são entregues nas cidades de Kramatorsk e Kostiantynivka.

Oleksandre sai da prefeitura e dirige a toda velocidade para seu bairro, sob um sol forte após vários dias de chuva.

"Tem que ir rápido para que nada te alcance", explica, sorridente, o homem de 44 anos, aludindo ao risco de um projétil cair sobre ele.

Distribui os pães aos moradores da sua rua, numa estrada de terra esburacada, rodeada de casinhas e árvores floridas.

Este ex-soldador, vestido com um uniforme de trabalho azul, conta que iniciou esta ação solidária quando "estava consertando o telhado de um vizinho e me pediram para trazer pão".

Oleksandre começa seu passeio na casa de sua vizinha do outro lado da rua. Olena Ichakova, de 62 anos, sai vestida com um longo roupão azul com bolsos amarelos.

"Terça-feira são dois pães brancos (por pessoa) e quinta-feira é um pão doce e um pão escuro", diz a mulher, levando quatro pães embrulhados em sacos plásticos com a sigla "WFP" (Programa Mundial de Alimentos, em inglês).

Sua filha e neta foram levadas para o oeste da Ucrânia em fevereiro, mas ela permaneceu em Siversk com o marido.

"O dia 5 de maio marcará um ano desde que perdemos a eletricidade”, conta, enquanto um disparo de artilharia ucraniana ecoa nas proximidades.

"Não sabemos nem quem está atirando, nem onde. Só ouvimos explosões. Quando eles atiram e eu estou sentada em casa, o vidro treme, é assustador. Quando isso vai acabar?", ela se pergunta.

- Moradores têm medo -

Em julho e agosto, Siversk (população de 12.000 habitantes antes da guerra) foi alvo de pesados bombardeios das forças russas, que também tentaram ataques malsucedidos à cidade.

Sua parte ao leste, um conjunto de edifícios altos, foi particularmente destruída. O oeste, com suas pequenas casas, foi menos afetado. Cerca de 1.500 habitantes ainda estão presentes, segundo as autoridades.

O entregador Oleksandre encontra Valentina Zaruba, de 73 anos, responsável pela distribuição em uma rua próxima. No inverno, a mulher fez seu passeio com um carrinho de mão. Agora, na primavera, faz isso de bicicleta.

O homem da moto dá a ela cerca de vinte pães, que Zaruba coloca em uma cesta na frente do guidão e em uma caixa de madeira fixada no bagageiro.

A entregadora vai até a casa de Liubov Shcherbak, de 76 anos, que a recebe cercada por quinze galinhas e quatro galos.

"Como podemos viver sem pão? Não temos onde fazê-lo" em Siversk, detalha esta mulher ao recuperar sua entrega.

Ao seu lado, Valentina Zaruba salienta que não pode "deixar uma idosa sozinha. A minha consciência não me permite deixá-la sozinha".

Segundo ela, 'todos os moradores estão com medo. Rogamos a Deus que a guerra termine o mais rápido possível, que continuemos vivos e que nossas casas não sejam destruídas".

Maíra Cardi está atenta aos passos do marido, o ator Arthur Aguiar, dentro do Big Brother Brasil 22. No Instagram, ela tem comentado a participação do amado no reality e, na madrugada desta quarta (26), deixou bem claro que não está gostando muito da aproximação entre ele e a cantora sertaneja Naiara Azevedo. Engana-se, porém, quem pensa que a coach está com ciúmes do seu amor. Sua preocupação, de fato, é a dieta do moço e o que parece ser o maior vilão nesse imbróglio: o pão.

Coach de emagrecimento, Maíra fez um plano para Arthur que o fez secar nove quilos antes de entrar no confinamento. Porém, ao que tudo indica, o artista tem quebrado a dieta e comido pão dentro da casa, o que tem sido alvo de muitas reclamações de sua esposa. Na madrugada desta quarta (26), enquanto Aguiar e a cantora Naiara Azevedo combinavam um lanchinho rico em glúten, Maíra não ficou muito feliz e ‘esbravejou’ nos stories. “Pão no furinho? Eu tava gostando dessa amizade antes do pão no furinho. Não me venha com pão no furinho essa hora, são duas da manhã, Naiara Azevedo. Deixa o homem em paz!”. 

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As intervenções de Maíra, e sua 'implicância' com o pão têm rendido assunto fora do BBB 22. A coach garante que tudo não passa de uma brincadeira, no entanto, tem enfrentando alguma repercussão negativa. O marido de Ivete Sangalo, o nutricionista Daniel Cady, disse que está havendo um “terrorismo nutricional na internet”. Já o humorista Paulo Vieira falou em “gordofobia” e Cardi decidiu acioná-lo judicialmente. 

Daniel Cady, marido de Ivete Sangalo, ironizou nessa terça-feira (25) fala recente de Maíra Cardi criticando Arthur Aguiar por comer um pão no Big Brother Brasil. Em vídeo, a coach afirma ter lutado tanto junto com o marido para que ele chegasse ao BBB com ótima forma física e ele comer o pão estava jogando fora a batalha dos dois.

O nutricionista apareceu em vídeo comendo um pão com o áudio de Mayra de fundo e após a crítica ao alimento, cospe assustado. Depois da brincadeira, Daniel alerta seus seguidores sobre o risco do terrorismo nutricional a saúde física e psicológica. 

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"Brincadeiras à parte, o terrorismo nutricional está cada dia mais presente aqui na internet, em casa, nas clínicas e consultórios. Para muitas pessoas, o comer virou algo estressante e carregado de culpa, uma relação de amor e ódio com a comida", iniciou.

O marido de Ivete prosseguiu alertando que a busca pela estética perfeita e emagrecimento rápido deixa as pessoas doentes de variadas formas e aconselha fazer as pazes com a comida e buscar ajuda médica especializada para quem tem problemas alimentares.

"Se você já vem sofrendo com isso, procure a ajuda de uma equipe multidisciplinar (psicólogos, nutricionistas e médicos) capacitados para o atendimento de transtornos alimentares", concluiu.

Confira a publicação de Daniel:

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Apesar de diversas celebridades terem sido diagnosticadas com o novo coronavírus recentemente, algumas insistem em furar as medidas de isolamento social. Esse foi o caso de Elís Miele, Miss Brasil Mundo 2019, que na última quinta-feira, dia 3, furou o isolamento para comprar pão - mesmo estando com a Covid-19.

No Stories do Instagram, Elís publicou dois vídeos nos quais aparece dirigindo seu carro e afirma que está a caminho da padaria. A Miss também alega que perguntou para a panificadora se eles tinham serviço de entrega e, diante da negativa, decidiu ir até o estabelecimento de carro para pegar seus produtos na porta.

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"Tô dando um pulinho aí na padaria pra comprar alguma coisa pra comer, porque eu to com fome. É a padaria que eu sempre compro, pertinho da minha casa. Eu até mandei mensagem se eles entregavam, mas ela falou que não entregava, daí eu perguntei, será que eu poderia pegar aí na porta, vou de carro você me entrega? Não foi o caso dela, mas eu tive medo de não quererem me atender por causa do Covid", disse.

Em seguida, a modelo ainda disse que existe um preconceito em relação a doença, e reforçou o medo de que se recusassem a atendê-la por conta do vírus: "É tão ruim essa sensação, juro. Quando ela falou que sim eu fiquei tão aliviada, porque eu fiquei com tanto medo de ela falar que não, a gente não entrega porque você tá com Covid. Eu sei que existe um preconceito muito grande com a doença, sabe. Falei pronto, se a mulher falar que não vai entregar o meu pão como é que eu vou comer, vou ficar com fome. Passa cada coisa na cabeça da gente. Vou comer meu pãozinho que eu to com vontade de comer. Não vejo a hora disso acabar logo pra eu voltar pra minha rotina".

Os vídeos, como poderia se esperar, tiveram uma repercussão bem negativa, de modo que diversos internautas passaram a comentar sobre o ocorrido nas postagens da Miss: "Olha lá o alecrim dourado que não vive sem pãozinho", criticou um seguidor; "Empatia e bom senso zero, né???? O pão vale mais que vidas...", atacou outro; "Eu vi a notícia e pensei 'não é possível'. Ai vim no insta, vi os stories e ainda não to acreditando", desabafou um terceiro.

Diante disso, Elís restringiu os comentários de suas fotos, apagou os Stories e publicou na madrugada desta sexta-feira (4), um vídeo no qual pede desculpas por suas ações e se retrata.

"Eu não estava esperando pelo diagnóstico [do coronavírus], então eu não tinha comida estocada em casa. Quando eu fui tomar café, não tinha nada pra eu comer. Tentei entrar no aplicativo, mas nenhuma padaria fazia entrega para minha residência. Então eu entrei em contato com a padaria perto da minha casa, avisei que eu estava com Covid e perguntei se eu poderia ir até lá buscar", contou.

Em seguida, a modelo ainda aconselha os seguidores que estejam em uma situação similar a sua a buscarem ajuda de amigos e parentes para conseguir os produtos que precisam sem ter que sair de casa.

"Eu não aconselho ninguém a tomar esse tipo de atitude, se você está passando por esse momento, que tente entrar em contato com algum amigo, ligue pra alguém que seja próximo e que possa te ajudar. Nesse momento de tensão eu acabei tomando uma atitude errada e eu gostaria de pedir perdão pelas palavras, pelos erros. Nós sabemos como tem sido difícil esse momento de reclusão social", emendou.

Criado por um alemão que resolveu rechear o pão com uma salsicha, iguaria bastante apreciada no país europeu, o cachorro-quente, celebrado na última quarta-feira (9), virou mania nas ruas de Nova York (EUA) no fim do século XIX. De lá para cá, o lanche, que tinha como acompanhamento apenas o molho de mostarda, ganhou outros complementos na receita e faz sucesso em diversas partes do mundo.

No Brasil, o cachorro-quente ganhou o acréscimo de itens como purê de batata, molho vinagrete, milho, ervilha, batata palha, queijo cheddar, entre outros condimentos que transformaram a iguaria em uma verdadeira refeição. Ainda há quem prefira saborear o hot-dog tradicional, mas com a correria do trabalho e os demais afazeres do dia, o famoso "dogão" acaba sendo uma boa opção.

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O Supreme Dog, da rede paulistana Busger | Foto: Divulgação

Para Rodrigo Arjonas, sócio-fundador da rede paulistana de hamburguerias Busger, a iguaria conquistou o mundo pela simplicidade. "É um lanche que não requer muitos ingredientes para o preparo e nem para o consumo. Atinge todas as idades, agrada aos mais variados paladares e pode ser considerada uma refeição que sustenta", ressalta.

Embora aposte na tradição e no trivial, Arjonas cita que os clientes têm o preferido. "O Supreme Dog, feito no pão de brioche, com salsicha Frankfurt preparada na churrasqueira, acompanhada da nossa maionese verde artesanal. O sanduba recebe uma dose caprichada de catupiry e bacon triturado, a combinação entre salsicha e bacon fica super saborosa", garante o proprietário que aponta o equilíbrio dos sabores como grande diferencial do cachorro-quente da rede.

Outro restaurante que aposta no hot-dog como opção no cardápio é a rede Bullguer. Instalada em várias regiões do país, a hamburgueria também tem uma das receitas prediletas da clientela, como explica Cátia Moura, gerente de marketing da rede. "O nosso Bulldog é o preferido. Acreditamos que pelo fato de ter o diferencial do bacon enrolado na salsinha húngara e o frescor do sabor com a salada de repolho", explica. De acordo com ela, a possibilidade de oferecer uma refeição completa em apenas um item tem explicação. "Certamente uma combinação com produtos de qualidade e uma boa pitada de sabor", fala Cátia.

Lanche Nutritivo

Para a nutricionista e health coach Tâmara Borges, o cachorro-quente pode ser considerado um alimento substancioso pelo equilíbrio da composição do lanche, mas é preciso que o consumidor atente ao baixo teor de nutrientes. "O lanche tradicional fornece principalmente dois macronutrientes: o carboidrato do pão e a proteína do recheio. A grande questão é a baixa presença de vitaminas e minerais tornando o alimento pobre em micronutrientes que encontramos legumes e verduras", aponta.

A especialista ainda alerta para a quantidade de produtos que podem não ser benéficos se consumidos em grandes quantidades. "O excesso de farinhas refinadas e substâncias químicas nocivas como nitrito e nitrato, presentes na salsicha, são associados à maior incidência de câncer e os complementos ricos em gorduras saturadas como a maionese", indica.

Ainda segundo Tâmara, o preparo caseiro do sanduíche pode trazer versões mais saudáveis para a degustação. "É sempre bom incentivar o preparo de alimentos em casa e, neste caso, muitas adaptações podem ser feitas como o uso de pães integrais, um recheio feito de carnes magras, além da adição de cenoura em cubos e a salada que acrescenta micronutrientes e fibras ao lanche fazendo dele uma excelente opção para adultos e crianças", completa.

O trigo está espalhado pelo chão, misturado às cinzas, escombros e cimento. A explosão do porto de Beirute afetou os maiores silos de armazenamento de cereais do Líbano, provocando o pânico entre a população pelo medo de escassez de pão.

A destruição do porto da capital libanesa limitou ainda mais o acesso à comida em um país que importa 85% de seus alimentos, como o trigo necessário para a produção de pão, um alimento imprescindível na dieta libanesa e que atualmente é vendido com preço subsidiado de 2.000 libras libanesas (1,20 euro) o pacote de 900 gramas.

"Quando vimos os silos, entramos em pânico", admite Ghasan Bu Habib, presidente da rede de padarias Wooden Bakery.

Quase 15.000 toneladas de trigo, milho e cevada armazenadas em silos antiquados, de mais de 50 anos, foram destruídos na gigantesca explosão, assim como uma fábrica de farinha que ficava ao lado.

Os libaneses temem que a destruição dos silos, com capacidade para armazenar 120.000 toneladas, acentue a escassez de trigo no Líbano, que já era grave pela profunda crise econômica no país.

As importações foram reduzidas nos últimos meses pela falta de liquidez e as restrições bancárias.

As atividades nos contêineres de cereais já havia diminuído 45% no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Blominvest Bank, enquanto os preços aumentaram de maneira expressiva devido à desvalorização da libra libanesa.

"Já tínhamos dificuldades com a pouca farinha e trigo disponíveis", reconhece Ghasan Bu Habib. "As fábricas de farinha não tinham o trigo ou combustível necessários para funcionar", explica o presidente da Wooden Bakery: as 50 unidades da rede recebiam apenas dois terços da farinha necessária por dia.

Após a explosão, o medo tomou conta dos habitantes de Beirute e centenas de pessoas correram para uma padaria no bairro comercial de Hamra, onde compraram cinco pães ao invés de apenas um pelo temor de uma eventual escassez, afirma Haidar Mussaui, funcionário do estabelecimento.

"O pão é a única coisa que pode saciar os pobres, já que não podemos sentar para comer um bife com faca e garfo", lamenta.

Os gerentes da padaria tentaram acalmar os libaneses assegurando uma reserva de trigo suficiente para um mês e que novas importações devem chegar esta semana aos portos de de Trípoli (norte) e Saida (sul), menores que o de Beirute.

"Nada é comparável ao porto de Beirute, onde cargas de cereais desembarcavam as 24 horas do dia", recorda Musa Khury, empresário agrícola que administrou um armazém de cereais em Beirute entre 2014 e 2017.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) também afirmou que teme "a curto prazo um problema de abastecimento de farinha".

"Já enfrentamos a Covid-19 e a crise econômica, agora esta catástrofe", lamenta Suha Zeaiter, diretora executiva do banco de alimentos libanês que organiza programas de distribuição de alimentos para as famílias pobres.

Um atrevido macaco foi flagrado invadindo supermercado e furtando um saco de pão em Singapura, no último sábado (2). Moradores da região garantem que não foi o primeiro delito do animal.

O perfil no Facebook Raven Qiu compartilhou um vídeo que registra o momento em que o animal, provavelmente um macaco do Velho Mundo (macaca fascicularis), sorrateiramente, adentra um supermercado e apodera-se de um saco de pão.

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Após o bem-sucedido furto, o macaco corre para a árvore mais próxima e, com toda tranquilidade do mundo, começa a desfrutar do espólio.

Um funcionário do supermercado, citado pelo tabloide Daily Star, afirma que macacos haviam realizado cerca de meia dúzia de incursões na loja, quase sempre fugindo com um saco de pão. "No começo deste ano, ligamos para a Associação de Pesquisa em Cuidados com Animais", mas, acrescenta, "inesperadamente […] ressurgiram recentemente".

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Da Sputnik Brasil

Na manhã desta sexta (10), o Procon Recife realizou uma operação de fiscalização em duas unidades do supermercado Minuto Pão de Açúcar localizadas no Recife. A ação foi motivada por oito denúncias de consumidores feitas ao longo da última semana, relatando divergências entre os preços de etiqueta dos produtos e seu valor registrado no caixa. Após a visita, os fiscais confirmaram a existência de irregularidades na rede.

Segundo o Procon, um desinfetante que na prateleira custava R$ 5,19, no visor estava registrado como R$ 5,49; um pão tipo tortilha, que, segundo a gôndola custava de R$ 7,89, na verdade era R$ 8,59; um saco de ração para filhotes que apresentava o valor de R$12,59 na prateleira, tinha o real valor de R$14,99, dentre “vários outros itens”.

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“No caso de divergência de preços, é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor que o cliente deve pagar o menor valor. Mas a maioria paga mais, e nem sabe disso. O preço na prateleira não bate com o preço no caixa e a pessoa nem percebe.” explica Ana Paula Jardim, presidente do Procon Recife. Além disso, foi observado que alguns produtos apresentavam no visor de consulta apenas o preço para quem tem cadastro no programa de fidelidade da rede.

“Essa prática induz o consumidor ao erro. Ele acaba decidindo levar mais unidades do produto, achando que está pagando um preço e às vezes nem percebe que o valor era outro”, completa Ana Paula. O Procon lavrou um auto de infração, cabendo às lojas apresentar suas defesas no prazo de 10 dias. De acordo com o órgão, uma multa será arbitrada de acordo com o porte da empresa.

O pão é um dos alimentos mais consumidos em todo o planeta. Além de fonte de renda, a receita tem seu espaço na culinária de diversos povos e é tradição nas receitas de família. Por isso, nos dias em que o isolamento social se faz necessário, devido ao surto do novo coronavírus (Covid-19), preparar pães em casa fez da pandemia a época ideal para colocar a mão na massa.

O gosto por cozinhar sempre esteve presente na vida de Anne Carvalho, 46 anos. Para a professora, o ato sempre foi um gesto de amor à família. "Minha relação com a comida vai além de nutrir. Gosto de estar com as pessoas e fazê-las felizes com o afeto que coloco nas minhas preparações", comenta. Com a quarentena e a impossibilidade de fazer os pratos preferidos, Anne decidiu recordar os tempos em que avó e bisavó lideravam a produção para o café da tarde nas férias. "Adoro o cheiro do fermento levedando a massa, me lembra aconchego de avó. Elas faziam pães deliciosos para o café da tarde no sítio", recorda Anne.

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A professora aproveita o tempo em que a saída às ruas não é recomendada para elaborar novas receitas. Até o marido, Roberto, começou como auxiliar de panificação e, hoje, se vira sozinho em meio à "pãodemia". "Ontem fizemos o primeiro pão integral de farinha orgânica com o fermento que criei. A sensação foi ótima e o pão ficou muito saboroso", conta. Segundo Anne, a possibilidade de distribuir um pouco do carinho que aplica na cozinha pode render bons frutos no futuro. "Quem sabe um dia posso abrir um cantinho do pão caseiro, de fermentação natural, em algum canto por aí, não é?", diverte-se.

O educador Roverson Ferreira, ao lado da esposa, Lilian, e do filho, Miguel | Foto: arquivo pessoal

Outro que encontrou uma saída para driblar a crise por meio da produção de pães foi o educador e diretor escolar Roverson Ferreira, 40 anos. O talento para cozinhar veio de família, assim como a arte da panificação. "Minha mãe tinha o hábito de fazer pão e sempre foi um motivo para juntar pessoas em volta da mesa, conversar e aprender com os mais velhos", lembra. "O processo de fazer pão demanda paciência por conta da ação do fermento, então sempre foi um momento muito rico para mim na proximidade com a família", complementa.

 Além da tradição, a cozinha serve como terapia para aliviar a tensão das 13 horas diárias de Ferreira, que tem dois empregos. "Como minha rotina de trabalho é bem estafante pela dinâmica das escolas, a cozinha me desestressa. É algo que eu faço por horas no tempo livre. Sou a referência no almoço de família", brinca.

Satisfeito com o rendimento na cozinha, o educador deseja que o hobby possa se tornar um empreendimento em breve. "Tenho interesse em trabalhar com alimentação de alguma maneira, é algo muito prazeroso", fala. "Se tiver a oportunidade de ter um negócio, de alguma maneira o pão vai estar lá", finaliza.

A Panificadora Dolci Nonna, em Goiânia, criou o projeto “Padaria do Amor” para doar pães a quem não possui condições de comprá-los e tem fome. A iniciativa é mais um ato de solidariedade em meio às dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus.

Para informar a população sobre a ação durante o período de isolamento social, a proprietária Mariana Rocha colocou faixas na porta do estabelecimento. “Vençamos o mal pela prática do bem. Para você que não pode comprar, retire aqui o nosso pãozinho para saciar sua fome", informa o cartaz.

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Mariana Rocha disse que ainda pretende disponibilizar outros cinco pontos de distribuição da “Padaria do Amor” na região. "Venha conhecer esse projeto e nos ajude a dar o pãozinho de cada dia para muitos que necessitam", disse ela, em postagem no Instagram (abaixo).

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De manhã, o cheiro do pão italiano quentinho vai impregnando as ruas do Bexiga, na Bela Vista, região central de São Paulo. Clientes locais, gente que veio de longe e até turistas são guiados pelo aroma e pela promessa de uma bela mordida na tradição - que também pode vir recheada com linguiça e provolone.

Por lá, há quatro padarias italianas que ultrapassaram os 100 anos: Italianinha (fundada em 1896), 14 de Julho (1897), São Domingos (1913) e Basilicata (1914). Com boa vontade (e desejo de queimar as calorias conquistadas nos próprios estabelecimentos em questão) é até possível fazer um circuito a pé para conhecê-las. Hoje, todas ostentam uma quarta geração de descendentes interessados nas próximas fornadas.

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A história das padarias centenárias do bairro tem muitos pontos em comum. O primeiro, claro, é a imigração italiana. No início do século 19, diversas famílias recém-chegadas ao País foram morar na região. Na época, trouxeram para a cidade um hábito de sua terra natal - o de fazer pão em casa.

"Na Itália, cada família tinha um forno, girava sua massa e fazia o próprio pão por um mês. Depois, as famílias passavam seu fermento natural para o vizinho, que após produzir o seu pão também repassava o fermento para a próxima família", contou Ângelo Agazio Lorenti, da quarta geração da família que está no comando da Basilicata.

O prazer de produção caseira veio antes da comercialização do produto. Como a quantidade produzida era grande, os pães eram compartilhados entre amigos e vizinhos. Depois, a crise econômica e a dificuldade de arrumar trabalho em outras áreas fizeram com que aquilo que era um hobby virasse profissão. Nos primeiros anos, as padarias do Bexiga faziam suas entregas em carroças, usando cavalos para levar os pães de casa em casa.

A mais antiga delas é a Italianinha, com quase 123 anos, que em seus primórdios se chamava Lucânia (mais conhecida hoje como região da Basilicata), terra natal do fundador, Felipe Poncio. Nos anos 1960, foi comprada por Rafaelli Franciulli e passou a se chamar Italianinha.

Naquele período, a padaria era muito maior - e estendia-se até a metade da Rua Rui Barbosa. Com o processo de urbanização do bairro, a Rui Barbosa foi alargada e boa parte da padaria, desapropriada. Hoje, a Italianinha ocupa o que era o depósito da padaria original. "Tenho muitos clientes que me conheceram quando eu era criança", conta Sandra Franciulli, da quarta geração a trabalhar ali.

Como as outras padarias centenárias, a Italianinha fabrica pães respeitando o processo de fermentação natural, usando um forno tão velho quanto a própria padaria e uma receita que vem de longe. Além do italiano tradicional, a casa se destaca pelo pão recheado com linguiça calabresa e antepastos como sardela e alichela.

O irmão de Sandra, Alexandre Franciulli, é hoje o responsável por outra padaria centenária do bairro, a 14 de Julho. Fundada em 1897 por Rafaelli Franciulli (que anos mais tarde também seria dono da Lucânia/Italianinha). Originalmente, Franciulli trabalhava como mecânico em Santa Maria di Castellabate, na Itália, mas ao chegar ao Brasil notou que quase não existiam automóveis circulando pela cidade. "A saída dele foi abrir uma padaria", contou o neto, Alexandre, da terceira geração.

O pai, Wilson Franciulli, foi quem cuidou da padaria por mais tempo - até que perdeu um braço em um acidente de trabalho. Depois do ocorrido, Rafaelli vendeu a padaria - que teve outros donos até ser recomprada pelo próprio Wilson. Hoje, Alexandre é quem toca o lugar e mantém a tradição familiar. Além dos pães italianos, o lugar é conhecido pela porchetta recheada. Ao lado da padaria, Alexandre abriu uma cantina com o mesmo nome.

À margem do viaduto que dá acesso à Avenida Radial Leste está a padaria São Domingos. Fundada em 1913 por Domenico Albanese, militar da Guarda Nacional Italiana. No início, Albanese percorria as ruas do bairro entregando pães com um carrocinha. Depois, estabeleceu-se no endereço onde a padaria existe até hoje. Detalhe: por muitos anos, Albanese e a família moraram nesse mesmo sobrado. "Nós estávamos aqui antes do viaduto. Tem na família quem conte que, por pressão e boa influência dos meus avós, a padaria não foi desapropriada na época da construção do viaduto", conta Victor Albanese, 28 anos, da quarta geração.

Na São Domingos, os pães saem do mesmo forno desde a inauguração. O espaço também não mudou - continua charmoso e apertado (a expressão mais repetida pelos clientes é ‘com licença’). Além dos pães (com destaque para o recheado com calabresa), vale a pena beliscar um cannoli. Um dos clientes históricos da casa foi o músico Adoniran Barbosa (seria de lá o tal torresmo à milanesa cantado pelo compositor?).

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Por fim, a Basilicata. No início, o espaço que hoje tem um característica sofisticada (com produtos importados e restaurante) era um empório popular (do tipo que vende pasta de dente, vassoura...). O espaço era dividido com uma cocheira - lugar onde ficavam os cavalos usados na entrega dos pães. O lugar também era casa da família e abrigo para pessoas que saíam de sua terra natal para tentar a sorte no Brasil.

"Os padeiros e leiteiros tinham a chave de casa e entravam de madrugada para o trabalho. Eles entregavam pães para todos os casarões da Avenida Paulista", conta Lorenti. "Os cavalos eram tão condicionados que, diz a lenda familiar, quando o entregador descia para bater na porta de alguém e entregar o pão, o cavalo já ia sozinho para a próxima residência - porque conhecia o itinerário." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Famílias carentes de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, receberam doações de pães e peixes para a celebração da Semana Santa. A Fundação Terra, responsável pelas doações, também realizou a ação em Maracanaú, no Ceará.

Em Pernambuco, três mil famílias receberam os alimentos, sendo duas mil na zona urbana e 500 na zona rural de Arcoverde. Em Maracanaú, foram mais 500 famílias atendidas.

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Ao todo, foram distribuídas 18 toneladas de peixes e 30 mil pães. “Estamos entrando no período de preparação da Páscoa. Comecei a distribuir em 1984. E, todos os anos, segui a tradição da celebração e da partilha”, destacou o Padre Airton Freire, que participou das entregas.

 

No nordeste da Jordânia, cientistas descobriram restos de pão sírio feito por caçadores-coletores há 14,4 mil anos - a evidência mais antiga da existência do pão já registrada até hoje.

De acordo com os autores do estudo, publicado nesta segunda-feira, 16, na revista científica PNAS, a descoberta indica que a panificação já era feita pelo menos 4 mil anos antes do advento da agricultura. Foram analisadas 24 amostras de pão pré-histórico encontradas no sítio arqueológico de Shbayqa 1, no Deserto Negro, Jordânia.

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Segundo os cientistas, o achado sugere que a produção de pão com base em cereais selvagens pode ter motivado os caçadores-coletores a cultivarem cereais, o que pode ter contribuído para a revolução agrícola do Neolítico.

"A presença de centenas de restos de comida carbonizada nas estruturas feitas para fogueiras de Shubayqa 1 é uma descoberta excepcional e nos deu uma chance de caracterizar práticas alimentares de 14 mil anos atrás", disse a primeira autora do estudo, Amaia Arranz Otaegui, arqueobotânica da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

De acordo com a cientista, foram analisadas 24 amostras de pães pré-históricos feitos com cevada, aveia e einkorn - uma forma selvagem do trigo. A análise mostra que os grãos foram moídos, peneirados e amassados antes de irem para o fogo.

"As amostras lembram muito o pão ázimo (sem fermento) identificado em vários sítios neolíticos e romanos na Europa e na Turquia. Assim, agora sabemos que produtos semelhantes ao pão já eram produzidos muito antes do desenvolvimento da agricultura. O próximo passo é avaliar se a produção e consumo de pão influenciaram de alguma forma o advento do cultivo de plantas", afirmou Amaia.

De acordo com o líder das escavações no sítio jordaniano, Tobias Richter, arqueólogo da Universidade de Copenhague, os caçadores-coletores do fim do período Paleolítico interessam particularmente os cientistas, porque eles viveram em um período de transição, quando as pessoas se tornaram mais sedentárias e sua dieta começou a mudar.

Há cerca de 80 anos os arqueólogos estudam a chamada cultura Natufiana, que existiu entre 12,5 mil e 9,5 mil anos atrás no Levante - região do Oriente Médio que inclui a Síria, a Jordânia, o Líbano e a Palestina. Os primeiros vestígios da cultura Natufiana - que incluem os primeiros indícios de agricultura do mundo - foram encontrados na década de 1930 na caverna de Shubayqa.

"Ferramentas de pedra e lâminas de sílex em forma de foice que foram encontradas nos sítios arqueológicos Natufianos, no Levante, fizeram com que os arqueólogos suspeitassem por muito tempo de que essas pessoas começaram a explorar plantas de uma forma diferente, talvez mais eficaz. Mas o pão ázimo encontrado em Shubayqa 1 é a mais antiga evidência da existência do pão já descoberta. Isso mostra que o pão foi inventado antes de termos o cultivo de plantas", disse Richter.

Segundo Richter, as evidências confirmam algumas das hipóteses dos cientistas. "De fato, é possível que a produção precoce do pão com base em cereais selvagens - e o fato de que ela consumia bastante tempo - tenha sido uma das principais forças por trás da revolução agrícola que viria depois, quando os cereais passaram a ser cultivados para fornecer fontes de alimento mais convenientes", afirmou.

Os restos de comida carbonizada foram analisados com microscópios eletrônicos em um laboratório da University College London (Reino Unido) pela arqueóloga Lara Gonzalez Carratero, que é especialista em pão pré-histórico.

"A classificação como 'pão' ou outro produto com base em cereais na arqueologia não é inequívoca. Tem havido uma tendência a simplificar a classificação sem realmente testar os critérios de identificação", disse ela.

"Nós estabelecemos um novo conjunto de critérios para identificar o pão, a massa e o mingau como produtos nos registros arqueológicos. Utilizando microscopia eletrônica, nós identificamos as microestruturas e as partículas de cada resto de comida carbonizada", afirmou a pesquisadora.

"O pão envolve uma intensiva mão-de-obra de processamento, que inclui descascar, moer, amassar e assar os cereais. O fato do pão ser produzido antes do surgimento dos métodos de cultura agrícola sugere que ele era visto como algo especial - e que o desejo de produzir mais desse alimento especial provavelmente contribuiu para a decisão de começar a cultivar cereais", declarou Lara.

"Tudo isso se baseia em novos desenvolvimentos metodológicos que nos permitem identificar os restos de pão a partir de fragmentos carbonizados muito pequenos, utilizando alta ampliação", disse outro dos autores da pesquisa, Dorian Fuller, também do Imperial College London.

De acordo com Richter, a equipe da Universidade de Copenhaguen obteve financiamento para um projeto que permitirá continuar os estudos sobre a produção de comida na transição para o Neolítico.

"O Conselho de Pesquisa Independente da Dinamarca aprovou recentemente um financiamento para nosso trabalho, que nos permitirá investigar como as pessoas consumiam diferentes plantas e animais em maior detalhe. Aprimorar nossas pesquisas sobre o pão pré-histórico nos dará, no futuro, uma ideia mais precisa sobre os motivos que levaram aquelas populações a favorecer certos ingredientes que foram selecionados para o cultivo", disse Richter.

Uma unidade da Burger King, em Wilmington, nos Estados Unidos, foi interditada e obrigada a fechar suas portas temporariamente. O fato aconteceu depois que um cliente compartilhou, em suas redes sociais, um vídeo onde ratos correm por dentro do saco de pão de hambúrguer.

No vídeo é possível ver, pelo menos, dois ratos correndo por cima dos pães. As imagens logo viralizaram e circularam por toda a internet. Por conta disso, o departamento de Segurança alimentar de Delaware foi obrigado a realizar uma inspeção no local.

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Depois disso, as operações no estabelecimento foram encerradas devido às péssimas condições de segurança alimentar encontrada. Em resposta, a Burger King afirmou que iria investigar o caso e as medidas necessárias seriam tomadas. 

Confira o vídeo: 

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A rede de fast food McDonald’s informou, nesta quinta-feira (24), que suas lojas também podem ser prejudicadas pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. Por meio de nota da assessoria de imprensa, a empresa reconheceu que “eventualmente podem faltar alguns produtos do cardápio dos restaurantes”.

De acordo com matéria publicada pelo jornal ‘O Globo’ nessa quarta-feira (23), uma unidade da McDonald’s localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro não tinha pão para produção do Big Mac, um dos principais sanduíches da companhia. No entanto, a rede não detalhou os locais de outras unidades que sofrem com a falta de produtos.

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Ainda segundo a assessoria de imprensa da McDonald’s, não está faltando pão nos restaurantes da rede localizados em Pernambuco. Confira, a seguir, a nota da empresa na íntegra:

“A paralisação dos caminhoneiros está provocando um desabastecimento no comércio em geral, incluindo todo o setor de alimentação. No caso do McDonald’s, informamos que eventualmente podem faltar alguns produtos do cardápio nos restaurantes da rede. A empresa ainda afirma que está fazendo o possível para normalizar o atendimento onde necessário a fim de não gerar transtornos aos consumidores”.

 

A Penitenciária de Tacaimbó, no Agreste de Pernambuco, agora conta com uma padaria própria e produzirá pães para a população carcerária. Três detentos, que passaram por treinamento, produzirão 2,2 mil pães diariamente.

Antes da padaria de Tacaimbó, os pães eram fornecidos pelo Presídio Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, a 40 quilômetros da penitenciária. “As padarias das unidades são campos valiosos de atividades laborais para os reeducandos e significam oportunidades de trabalho para quem sai do sistema prisional”, avalia o secretário-executivo de Ressocialização, Cícero Rodrigues

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Os reeducandos que atuarão na padaria são do Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, e estão sob o regime semiaberto. A Penitenciária de Tacaimbó foi inaugurada há dois anos e possui cerca de 500 presos para 675 vagas disponíveis. 

Toneladas de pão acabam no lixo todos os anos. Uma associação britânica encontrou uma solução original para esses resíduos: transformá-los em cerveja.

Grandes quantidades de pedaços de pão são despejadas em uma cuba de aço inoxidável da cervejaria Wold Top, localizada perto de Driffield, no condado de Yorkshire (norte da Inglaterra). Trata-se das aparas de pão fresco que uma fábrica descarta.

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"Substituímos parte do malte por pão", explica Alex Balchin, que dirige a cervejaria que, desde 2016, faz esta bebida dourada através do método em nome da Feedback, uma associação que luta contra o desperdício de comida.

Esta cerveja chamada "Toast ale" nasceu graças a Tristram Stuart, o fundador da Feedback. Ele se inspirou nos cervejeiros belgas do "Brussels Beer Project", que lançou a cerveja Babylone.

"Eles me explicaram que os antigos babilônios inventaram a cerveja para aproveitar pães e grãos que, de outra forma, seriam perdidos. Era o objetivo inicial da cerveja" há milhares de anos, afirma o britânico de 40 anos.

"Hoje, quantidades industriais de pão são jogadas fora em todo o mundo, e as associações de ajuda alimentar não podem distribuir todo o pão que lhes são oferecidos. Ao mesmo tempo, há esta febre em todo o mundo por cervejas artesanais", constata Stuart.

"Eu queria criar uma empresa que associasse fornecedores e cervejeiros locais, bem como instituições de caridade, para fazer a 'Toast ale', uma empresa internacional que transforma o pão perfeitamente apropriado para consumo em uma cerveja ainda melhor", acrescenta.

Toda a renda vai para Feedback e a sobra da elaboração da cerveja serve para alimentar o gado.

A primeira cerveja "Toast" foi fabricada no programa de televisão do chef britânico Jamie Oliver, que a descreveu em termos muito elogiosos quando a provou.

Atualmente são produzidas cervejas de quatro tipos (duas lagers, uma pale ale e uma indian pale ale).

A cerveja recebeu vários prêmios e foram alcançados acordos com outras cervejarias que fazem suas próprias versões a partir deste método, como Wiper and True, da cidade de Bristol, que criou a Bread Pudding, cujo gosto recorda o famoso doce britânico.

Os cervejeiros da Wold Top "começaram com pão de forma, branco ou integral", explica Alex Balchin. "Agora experimentamos outras coisas, como brioches".

- Receita on-line -

No Reino Unido, 9,75 toneladas de pão já foram usadas para produzir mais de 300 mil garrafas de cerveja, vendidas entre 2,5 e 3 libras a unidade (entre 2,80 e 3,40 euros), um preço normal para cervejas artesanais.

É um pequeno passo, mas ainda há muito a ser feito para reduzir o problema dos resíduos: cerca de metade (44%) do pão produzido no Reino Unido acaba anualmente no lixo.

"Quando vemos o que acontece no mundo, é realmente deprimente", diz Tristram Stuart. Mas a solução para o problema "é deliciosa", comemora.

A popularidade do "Toast ale" está se espalhando rapidamente e já se produz em Nova York, Rio de Janeiro e Cidade do Cabo.

A receita foi publicada na internet para que todos possam começar a preparar cerveja com pão e contribuir de maneira direta para reduzir o problema.

O próximo passo? Estender a todos o modelo de cooperação entre padeiros e cervejeiros e, acima de tudo, que o Feedback deixe de existir: "o dia em que o pão não for jogado fora, a cerveja tostada não terá motivos para existir", afirma Tristram Stuart.

Uma receita de revirar o estômago, ou a solução para a fome mundial? Um grupo de padarias finlandesas anunciou nesta quinta-feira que será o primeiro do mundo a oferecer em suas lojas pães feitos de insetos.

O pão contém grilos secos pulverizados e misturados à farinha. Cada um contém 70 insetos, cerca de 3% do peso do pão.

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"A humanidade precisa de fontes novas e sustentáveis de nutrição", explicou Juhani Sibakov, diretor de inovação na Fazer Bakery, uma das maiores empresas de alimentação da Finlândia, em nota.

A Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas lançou, em 2013, um programa para encorajar a criação e o consumo de insetos, afirmando que os insumos baratos e ecológicos poderiam alimentar até 9 bilhões de pessoas até 2030.

No começo deste mês, a Finlândia de tornou o quinto país europeu a retirar uma proibição à venda de insetos comestíveis.

"Estamos ansiosos para ver como nosso novo pão será recebido", afirmou Sibakov.

Os primeiros pães de grilo estão disponíveis em 11 lojas da padaria finlandesa a partir desta sexta-feira.

As vendas serão feitas inicialmente em cidades próximas à capital Helsinque, devido à falta de farinha de grilo para o consumo nacional.

Diversas lojas na Bélgica, na Holanda, na Dinamarca e na Áustria vendem produtos de origem de insetos para consumo humano.

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas, sobretudo na Ásia, já comem insetos, que são ricos em ácidos graxos, cálcio, ferro e vitamina B12, de acordo com a FAO.

Nesta inusitada Copa do Mundo, é melhor começar esquecendo os 7 a 1. Porque o técnico da seleção brasileira nasceu justamente na Alemanha - mas passou boa parte da vida aqui no Brasil. Aos 42 anos, o padeiro Johannes Roos comanda a equipe amarelinha no campeonato mundial de panificação, certame que acontece entre os dias 22 e 24 deste mês em Saint Etienne, na França. E promete entrar em campo com ingredientes que representem bem a culinária tupiniquim.

O júri dessa deliciosa disputa avalia oito tipos de pães, tudo baseado na tradição da panificação francesa. Ou seja: sai o brasileiríssimo pão francês (que de francês só tem o nome) e dá-lhe baguete em campo, ou melhor, na mesa. "A baguete tradicional precisa ter exatamente 250 gramas cada", explica Roos. "Isto depois de assada. Ou seja: precisamos calcular exatamente a quantidade de água na massa e o tempo exato de forno, para que não fique nem um grama a mais, nem um grama a menos."

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Mas são nos brioches recheados que o padeiro teuto-brasileiro promete usar e abusar da brasilidade. "Estamos preparando versões com jerimum, milho verde, banana passa, castanha-do-pará, mandioca...A proposta é regionalizar o conceito que é bem definido pela França", aposta.

Criar e testar receitas faz parte do dia a dia de Roos. Ele comanda uma equipe de 20 profissionais que integram o departamento brasileiro de inovação e treinamento da Puratos, uma multinacional belga que fornece insumos para padarias. Seu trabalho, portanto, consiste em elaborar produtos que os padeiros do País podem aprender a fazer e incorporar às suas vitrines. "Passo boa parte do tempo viajando e passando essas ideias a eles", conta ele, que quando está em São Paulo divide-se entre dois QGs - uma cozinha-laboratório no Ipiranga, zona sul da cidade, e a sede da empresa, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

A seleção brasileira deste ano terá como integrantes o chef e padeiro recifense Douglas Miguel, de 34 anos, e a paulistana Milena Santos, de 19, auxiliar técnica. Ambos foram escolhidos por Roos para compor o time. "No dia do campeonato, eu, como técnico, não posso colocar a mão na massa. Mas ficarei ao lado orientando e passando instruções", explica ele. A dupla terá oito horas para preparar os oito tipos de pães.

Trajetória

Filho de um alemão (o engenheiro mecânico aposentado Dieter Roos, 73 anos, hoje artista plástico) e uma brasileira (a professora de idiomas Iara Reis, de 69 anos), o padeiro tem carreira internacional praticamente desde que nasceu. Aos 4 anos de idade, vivendo em Divinópolis, Minas, após a separação dos pais viu nascer o sonho de se tornar padeiro. "Quando comuniquei meu pai da decisão ele falou: 'tudo bem, mas vai se formar na Alemanha'", conta.

Roos vive em São Paulo há sete anos. Foi no trabalho que acabou conhecendo sua mulher, a nutricionista Ligia Ono, 39 anos, com quem teve seu filho caçula, de 8 meses - Roos é pai de um outro menino, de 14 anos, fruto de seu primeiro casamento.

Se o seu trabalho hoje envolve mais burocracias e reuniões do que a mão na massa, Roos garante que a paixão da panificação é praticada também dentro de casa. Sem que isso signifique fazer hora extra. "Tenho até um moinho caseiro para fazer minha própria farinha de trigo. Adoro ficar inventando pães", afirma Roos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Lula acordou inspirado, nesta quarta-feira (19), com o objetivo de incentivar as pessoas a cuidarem da saúde. Ele declarou que se arrependeu de não ter praticado exercícios a vida inteira. “Eu aconselho a todo mundo se movimentar, andar um pouco. Eu faço esteira, sobretudo depois do câncer e me arrependo de não ter feito a vida inteira”, disse. 

O líder-mor petista também falou que os exercícios físicos não teriam como principal finalidade “a beleza estética”. “Não é para ficar com músculo. É para ficar com saúde, ter a pressão boa, o batimento cardíaco bom e as pernas fortes”, explicou. 

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“Então, é preciso estar com a saúde perfeita e eu, hoje, depois de quatro anos, posso dizer para cada mulher e cada homem: se movimentem, façam esteira, vá comprar pão a pé, que você vai perceber que a sua saúde vai melhorar”, pediu o ex-presidente.

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