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O papa Francisco presidirá, em 5 de janeiro, o funeral de seu antecessor Bento XVI, que morreu em sua residência dentro do Vaticano, neste sábado (31), aos 95 anos — anunciou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.

"Na quinta-feira, 5 de janeiro, às 9h30 (5h30 em Brasília) será realizado o funeral, na praça de São Pedro, que será presidido pelo Santo Padre", detalhou Bruni.

Pela primeira vez na história milenar da Igreja Católica, um papa em exercício, o argentino Francisco, presidirá o funeral de outro papa, Bento XVI, sem funções após renunciar ao pontificado em 2013.

O corpo do pontífice emérito estará exposto a partir de segunda-feira, dia 2, na Basílica de São Pedro para receber o último adeus dos fiéis.

"Segundo o desejo do papa emérito, o funeral será realizado com a maior simplicidade", acrescentou o porta-voz papal.

Segundo especialistas em assuntos religiosos, como não existe um protocolo específico para a morte de um papa emérito, seu funeral será muito semelhante ao de um papa ativo, "mas sem conclave" e "sem assento vago".

Durante esse tempo, o cadáver do pontífice permanecerá à vista de todos, sobre uma sóbria tapeçaria, com paramentos litúrgicos.

Algumas horas antes de seu enterro, será colocado em um caixão coberto por outros dois: o exterior, feito em madeira de olmo; o do meio, de chumbo; e o interior, de madeira de cipreste.

Um espaço na cripta localizada junto às catacumbas de São Pedro foi reservado para acolher o corpo de Bento XVI, a menos que ele tenha deixado instruções para ser enterrado em outro lugar.

Segundo as normas estabelecidas pela Constituição Apostólica Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II em 1996, Francisco vai decretar luto oficial. Cardeais de todo mundo celebrarão eucaristias para seu descanso eterno durante esses dias.

O papa Francisco anunciou nesta quarta-feira (28) que seu antecessor, Bento XVI, de 95 anos, está "muito doente.

"Eu gostaria de pedir a todos vocês uma oração especial pelo papa emérito Bento ... porque ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e o apoie", disse Francisco durante a audiência geral.

Bento XVI se tornou em 2013 o primeiro papa a renunciar ao posto em seis séculos. Desde então ele vive afastado do olhar público.

As poucas fotografias publicadas do papa emérito mostram que sua saúde piorou nos últimos anos.

Em 2013, ele mencionou justamente seu declínio físico como uma das razões pelas quais decidiu renunciar ao cargo de chefe da Igreja Católica.

Em abril, o arcebispo Georg Gaenswein, que foi secretário de Bento XVI durante vários anos, declarou ao Vatican News que o papa emérito estava "relativamente frágil", mas de "bom humor".

O papa Francisco telefonou no domingo de Natal para o marido de uma mulher italiana morta após o parto de seus filhos gêmeos.

A notícia foi revelada pelo padre Donato Liuzzi, que acompanha o casal e havia escrito ao pontífice para pedir orações pela família. No último dia 22, Viviana Delego, 41 anos, morreu depois de dar à luz dois filhos prematuros no Hospital Perrino, em Brindisi, sul da Itália.

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No Natal, o marido de Delega, Giacomo Cofano, recebeu um telefonema inesperado do pontífice, que buscou passar palavras de conforto diante de uma tragédia familiar e de esperança para os dois bebês, que seguem internados.

"O Papa, com uma humildade desarmante, me enviou uma carta e, no fim da tarde, telefonou para Giacomo. Ouvimos o coração do pastor atento e sensível. Agradecemos a Deus por essa carícia na carne humana ferida que ele vem salvar", escreveu o padre Liuzzi no Facebook. 

Da Ansa

O papa Francisco fez um apelo neste domingo (25) para "silenciar as armas" na Ucrânia, país afetado por uma "guerra sem sentido", durante sua tradicional mensagem de Natal na Praça de São Pedro, momento em que voltou a mencionar uma "Terceira Guerra Mundial".

"Que o nosso olhar seja preenchido com os rostos dos irmãos e irmãs ucranianos, que vivem este Natal no escuro, sob a intempérie ou longe de suas casas, por causa da destruição provocada por 10 meses de guerra", declarou o papa argentino diante de milhares de fiéis reunidos na famosa praça do Vaticano, incluindo alguns com bandeiras ucranianas.

"Que o Senhor nos prepare a fazer gestos concretos de solidariedade para ajudar aqueles que estão sofrendo e ilumine as mentes daqueles que têm o poder de silenciar as armas e acabar de maneira imediata com esta guerra sem sentido", acrescentou.

"Lamentavelmente se prefere escutar outras razões, ditadas pelas lógicas do mundo", afirmou o sumo pontífice, antes de constatar "com dor que [...] os ventos cruéis da guerra continuam a soprar sobre a humanidade".

Antes de pronunciar a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), o papa destacou os conflitos que abalam o mundo, algo faz com frequência, e citou 10 países afetados por violências ou tensões, que descreveu como "cenários desta Terceira Guerra Mundial".

Francisco mencionou o Afeganistão, o conflito israelense-palestino, Iêmen, Síria, Mianmar, Líbano, nação assolada por uma grave crise econômica e social, e Haiti, onde mais de 1.400 pessoas morreram em atos de violência este ano, segundo a ONU.

Pela primeira vez, o papa citou o Irã, cenário de uma onda de protestos sem precedentes desde a Revolução Islâmica de 1979, com mais de 14.000 detenções desde setembro, segundo a ONU, e 469 manifestantes mortos, de acordo com ONG 'Iran Human Rights', com sede em Oslo.

O papa Francisco também pediu que a comida não seja utilizada como "arma", em referência aos conflitos que afetam em particular a região do Chifre da África.

"Toda guerra - sabemos - provoca fome e usa a própria comida como arma, impedindo sua distribuição entre as pessoas que já estão sofrendo. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da Paz, nos comprometamos todos - em primeiro lugar os que têm responsabilidades políticas - para que a comida não seja mais que um instrumento de paz", declarou.

O papa Francisco celebrou na noite deste sábado (24), na Basílica de São Pedro, Vaticano, a missa do Natal do Senhor e denunciou uma "humanidade insaciável por dinheiro, poder e prazer".

"Penso sobretudo nas crianças devoradas pelas guerras, pela pobreza e pela injustiça", disse o líder da Igreja Católica para um público de 7 mil pessoas, sem contar os 3 mil fiéis que acompanhavam do lado de fora da basílica por meio de telões.

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Esse foi o maior público da missa de Natal desde o início da pandemia de Covid-19, que nos últimos anos havia obrigado o Vaticano a limitar a capacidade na basílica para evitar aglomerações.

Por outro lado, ficou consolidada a nova tradição de realizar a celebração às 19h30 (horário local), e não mais às 21h30, como era de costume antes da pandemia.

"Também neste Natal, uma humanidade insaciável por dinheiro, poder e prazer não deixa lugar, assim como foi com Jesus, aos menores, aos muitos não nascidos, aos pobres e esquecidos. Mas Jesus chega justamente ali, menino na manjedoura do descarte", afirmou Francisco em sua homilia.

O pontífice ainda aproveitou a ocasião para criticar a "voracidade do consumo". "Os homens do mundo, esfomeados por poder e dinheiro, consomem até seus vizinhos, seus irmãos. Quantas guerras! E em quantos lugares, ainda hoje, a dignidade e a liberdade são pisoteadas! E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis", acrescentou.

O Papa também pediu que as pessoas deponham aos pés da manjedoura as "desculpas, justificativas e hipocrisias". "Não deixemos passar este Natal sem fazer alguma coisa de bom. A verdadeira riqueza não está nas coisas, está nas pessoas, sobretudo as mais pobres", disse.

Às 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira (25), Francisco dá continuidade às celebrações natalinas com a bênção "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo"), na qual ele aborda os principais temas da atualidade. 

*Da Ansa

O papa Francisco voltou a rezar pela paz na Ucrânia durante a audiência geral desta quarta-feira (21) e lamentou o sofrimento que as crianças do país vivem por conta da guerra iniciada pela Rússia em fevereiro.

"Pensemos - falando em Menino Jesus - nas muitas crianças da Ucrânia que sofrem, sofrem muito, por essa guerra. Nessa festa em que Deus se faz menino, pensemos nas crianças ucranianas. Quando eu os encontrei aqui, a maioria não conseguia mais sorrir e quando uma criança perde a capacidade de sorrir é grave", afirmou ao fim da celebração.

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Segundo o líder católico, essas crianças "trazem dentro de si a tragédia dessa guerra, que é desumana, dura". "Pensemos no povo ucraniano nesse Natal: sem luz, sem aquecimento, sem as coisas principais para sobreviver, e rezemos para que o Senhor leve para eles a paz o mais rápido possível", acrescentou.

A referência sobre a infraestrutura básica foi feita por conta dos ataques russos das últimas semanas, que miraram toda a parte energética do país, deixando a nação com constantes apagões elétricos - o que também provoca problema no abastecimento de água.

Ainda sobre o conflito na Ucrânia, o líder católico agradeceu aos peregrinos poloneses que estavam na audiência geral pelo acolhimento dos refugiados do país vizinho.

"Conforme a tradição de vocês, durante a noite da vigília, vocês deixam um lugar vago na mesa para um convidado inesperado. Esse ano, ele será ocupado por muitos refugiados vindos da Ucrânia, aos quais vocês abriram as suas casas com muita generosidade. Que o Filho de Deus, nascido em Belém, encha de amor cada um de vocês, as suas famílias e quem vocês ajudam e leve a paz a todas as pessoas de boa vontade", pontuou.

A Polônia é a nação europeia que mais recebeu ucranianos que fugiram desde o início do conflito. Cerca de 1,5 milhão receberam proteção temporária para ficar na nação, mas mais de 8,1 milhões atravessaram a fronteira em algum momento de intensificação de ataques ou para se dirigir a outras partes da Europa.

*Da Ansa

O papa Francisco afirmou que o processo que culminou na prisão do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), começou devido a "notícias falsas" contra o petista. Em entrevista publicada neste domingo (18), pelo jornal espanhol ABC, o sumo pontífice declarou que a disseminação de fake news pode "destruir a vida de uma pessoa" e que o julgamento do líder do PT "parece não ter sido adequado".

"Começou com notícias falsas na mídia, que criaram uma atmosfera que favoreceu a colocação de Lula em um julgamento", afirmou o papa. "Um julgamento deve ser o mais limpo possível, com tribunais que não tenham outro interesse a não ser fazer justiça".

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Lula foi preso em abril de 2018, condenado no âmbito da Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá (SP). A condenação expedida pela força-tarefa foi mantida pelo TRF-4 e, posteriormente, pelo STJ.

No ano seguinte, foi alvo de outra condenação, dessa vez pelo caso do sítio de Atibaia (SP). O petista foi acusado pelo Ministério Público de usar os imóveis para receber propina de empreiteiras, com reformas e benfeitorias personalizadas.

O presidente eleito saiu da prisão após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância, que era o caso do petista. A Corte entendeu que um condenado tem o direito de aguardar em liberdade a decisão definitiva da Justiça até que estejam esgotados todos os recursos.

Lula tornou-se elegível após decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que anulou as condenações por considerar que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar as denúncias de corrupção. Depois de apontar a incompetência da Vara, o STF também declarou suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

O papa Francisco revelou pela primeira vez em uma entrevista neste domingo (18) a um jornal espanhol que assinou uma carta de renúncia há quase uma década, caso sua saúde o impeça de desempenhar suas funções.

Francisco, que completou 86 anos no sábado, já havia dito que deixaria o papado se problemas de saúde o impedissem de fazer seu trabalho.

"Já assinei minha renúncia em caso de impedimento médico", disse em entrevista ao jornal espanhol ABC.

Francisco explicou que assinou a carta e a entregou em 2013 ao então secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, antes dele se aposentar.

"Assinei e disse: 'Em caso de impedimento por razões médicas ou qualquer outra coisa, aqui está a minha renúncia. Você já tem'", explicou o papa.

Questionado pelo entrevistador se gostaria que este fato fosse conhecido, Francisco respondeu: "É por isso que te disse".

Francisco tem dificuldade para andar devido a um problema inoperável no joelho que o obrigou a usar uma cadeira de rodas nos últimos meses. Ele também teve que cancelar ou reduzir as atividades várias vezes no ano passado devido à dor.

Em uma entrevista em julho, ele reconheceu que precisava desacelerar. “Acho que com a minha idade e com essa limitação, tenho que me preservar um pouco para poder servir a igreja. Ou, alternativamente, pensar na possibilidade de me afastar”, disse então.

O antecessor de Francisco, Bento XVI, renunciou em 2013 devido a problemas de saúde. Ele agora vive na Cidade do Vaticano.

Na entrevista, o pontífice também disse que planeja viajar a Marselha no próximo ano para participar de uma reunião de arcebispos, cuja data ainda não foi especificada.

O papa Francisco não conteve as lágrimas ao falar da guerra que afeta a "martirizada" Ucrânia, numa cerimônia pública na tarde desta quinta-feira (8) no centro de Roma.

Por ocasião da tradicional cerimônia de homenagem à Virgem Maria na festa da Imaculada Conceição, o papa visitou a Praça da Espanha esta tarde e rezou diante do monumento à Virgem.

"Virgem Imaculada, hoje gostaria de lhe trazer o agradecimento do povo ucraniano...", disse ele, lendo seu discurso, antes de parar emocionado.

Com o corpo trêmulo, o papa ficou em silêncio por alguns segundos, e então a multidão o aplaudiu calorosamente.

Em seguida, retomou a fala, apoiando-se no braço da cadeira, mas permanecendo de pé, "o agradecimento do povo ucraniano pela paz que há muito tempo pedimos ao Senhor. Ao invés, devo lhe apresentar a súplica das crianças, dos idosos, dos pais e das mães, dos jovens daquela terra martirizada", continuou com a voz embargada pela emoção.

"Olhando para ti, que és sem pecado, podemos continuar a acreditar e esperar que o amor vença o ódio, que a verdade vença a falsidade, que o perdão vença a ofensa e que a paz prevaleça sobre a guerra. Assim seja!", concluiu.

Em sua oração pública do Angelus na Praça de São Pedro, o papa já havia evocado "o desejo universal de paz, especialmente para a martirizada Ucrânia que tanto sofre".

O pontífice argentino tem defendido incansavelmente a paz desde o início da invasão russa, um tema que ele cita regularmente em seus discursos.

Em entrevista publicada no final de novembro pela revista jesuíta americana America, o papa havia denunciado a "crueldade" que a Ucrânia enfrenta diante da ofensiva russa.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), encontrou-se com o papa Francisco, nesta quarta-feira (7), no Vaticano, em Roma. Garcia compartilhou o momento em publicação no Twitter e se disse emocionado com a ocasião. Segundo o chefe do Executivo paulista, o papa disse estar orando pela recuperação de Pelé, que está internado no Hospital Albert Einstein desde a semana passada. 

"Um momento de grande emoção. Assim posso definir meu encontro com o Santo Padre, o papa Francisco. Junto a minha família, recebemos as bênçãos. Um encontro de paz, fé e esperança no futuro. Apaixonado por futebol, o papa disse que está orando pela saúde do nosso Rei do Futebol, o Pelé", escreveu Rodrigo Garcia.

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O governador também aproveitou para dizer que há muito tempo queria fazer a viagem e as despesas foram custeadas por recursos próprios. 

"Esta é uma viagem que queria há muito tempo fazer com minha família. Fiz com recursos próprios e sem custo algum ao Estado. Foi uma oportunidade de agradecer pela vida e pedir bênção a toda população de São Paulo e do Brasil", completou. 

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A página do Vaticano na internet deixou de funcionar na tarde desta quarta-feira (30), após "tentativas de acesso anormais", informou o serviço de imprensa da Santa Sé, após sofrer um suposto ciberataque.

O embaixador ucraniano na Cidade do Vaticano atribuiu à Rússia este ciberataque, que ocorre no dia seguinte a Moscou criticar declarações do papa Francisco sobre a guerra na Ucrânia.

"Investigações técnicas estão em curso, devido a tentativas anormais de acesso à página web", informou na noite desta quarta-feira à AFP Matteo Bruni, diretor do serviço de imprensa do Vaticano.

Várias páginas da Santa Sé ficaram fora do ar na tarde desta quarta e o portal oficial, vatican.va, continuava assim durante a noite.

Este suporto ciberataque ocorre um dia depois de as autoridades russas expressarem sua "indignação" com declarações recentes do pontífice, que classificou como "cruéis" as minorias russas que participam da guerra na Ucrânia.

"Geralmente, os mais cruéis talvez sejam os povos que são da Rússia, mas não são da tradição russa, como os chechenos, os buriatos, etc", disse Francisco em entrevista concedida para "America", uma publicação jesuíta americana.

"Os terroristas russos atacaram hoje as páginas do Estado do Vaticano", escreveu no Twitter o embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrei Yurash, segundo quem o suposto ciberataque foi "uma resposta às últimas declarações" do papa.

O papa Francisco voltou às suas raízes neste fim de semana com uma visita ao Piemonte, região noroeste da Itália onde viveram seus antepassados.

"Meu pai deixou estas terras para emigrar para a Argentina", disse o papa neste domingo durante uma missa celebrada na catedral de Asti.

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O papa chegou de cadeira de rodas à catedral, sorrindo e visivelmente emocionado.

No dia anterior, ele comemorou o aniversário de 90 anos de um de seus primos, descendente do irmão de seu avô, Carlo Bergoglio, o único dos irmãos que não emigrou para a Argentina.

Já o avô do papa emigrou com toda a família, inclusive o pai. "Obrigado por sua recepção calorosa!", declarou o papa, nascido Jorge Bergoglio em Buenos Aires em 1936.

"Agradeço muito às autoridades civis e religiosas pelos preparativos que permitiram a realização desta tão esperada visita", acrescentou durante o Angelus, a tradicional oração dominical.

“Fiquei muito feliz em vê-los (...) que estão bem!”, declarou o papa em piemontês, dialeto que sua avó, Rosa, lhe ensinou na Argentina.

O pontífice também se referiu à guerra na Ucrânia: “Pensemos em todos os lugares do mundo afetados pela guerra, em particular na martirizada Ucrânia (...) Continuemos orando pela paz”.

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho apareceu em mais um "rolê aleatório", nesta segunda-feira (14). O campeão do mundo se encontrou com o Papa Francisco, na Sala Paulo VI, no Vaticano. Ronaldinho participará da Partida pela Paz no Estádio Olímpico, em Roma, promovida pela Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes.

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Além de Ronaldinho, o encontro contou com a presença de 200 jogadores de futebol, familiares e amigos. Em sua terceira edição, o jogo, que possui o slogan #WePlayForPeace (#NósJogamosPelaPaz), conta com a presença de diferentes jogadores do futebol mundial.

“Agradeço a todos vocês que vêm de diferentes lugares para jogar um jogo. Uma partida, sim, mas pela paz. Basta pensar que as maiores despesas do mundo hoje são da indústria de armas. Porque sempre se pensa em fazer guerras para destruir. Vocês pegaram o seu tempo para vir e fazer a gratuidade da paz”, afirmou o Pontífice.

Fazendo referência a uma bola feita de trapos, presente do atacante Ciro Immobile, o Papa exaltou a simplicidade de um esporte como o futebol e criticou os países que se encontram em guerra.

“E obrigado por nos dizer que é mais importante uma bola feita com trapos, com a gratuidade do jogo, do que a conquista de um território com guerras; isso não pode. Obrigado pelo testemunho de vocês”, finalizou.

O papa Francisco rezou neste domingo (6) pelo "tão sofrido" Líbano, pela "Ucrânia martirizada" e por "todos os povos que sofrem no Oriente Médio", no final de sua primeira visita ao Bahrein, um pequeno país muçulmano no Golfo.

O pontífice argentino também agradeceu às autoridades pela acolhida, durante um encontro com o clero católico na igreja do Sagrado Coração, na capital Manama.

O papa saudou os fiéis do Líbano presentes e dedicou uma oração a esse país "bem-amado", "tão cansado e sofredor, e a todos os povos que sofrem no Oriente Médio", como declarou Francisco em seu último discurso público no Bahrein, aludindo à grave crise econômica e social libanesa.

"E também não quero esquecer de rezar e pedir a vocês para que rezem pela Ucrânia martirizada, para que esta guerra termine", acrescentou.

O papa também convidou os membros da Igreja a promover o diálogo “com irmãos de outras religiões e confissões” em uma “sociedade inter-religiosa e multicultural”.

- "Sentimento indescritível" -

"É um sentimento indescritível. Estávamos muito próximos do papa na igreja", disse Oualid Naoufal, um fiel libanês, à AFP.

"Senti uma grande paz interior", comentou, elogiando as "palavras tão intensas" do pontífice, especialmente aquelas relacionadas ao Líbano.

Após uma visita de quatro dias, o papa de 85 anos retornou a Roma neste domingo, onde deve chegar às 16h30 (12h30 de Brasília).

Durante o voo, dará a sua habitual coletiva de imprensa aos jornalistas que o acompanham nesta viagem.

No sábado, Francisco se reuniu com autoridades política e muçulmanas, celebrou uma missa diante de 30.000 pessoas reunidas em um estádio e se encontrou com o rei Hamad ben Issa Al-Khalifa.

Durante sua visita, Francisco criticou a lógica dos "blocos opostos" entre Oriente e Ocidente e instou "que os direitos humanos fundamentais não sejam violados, mas promovidos".

Desde o levante de 2011 no contexto da Primavera Árabe, o Bahrein tem sido regularmente acusado por ONGs e instituições internacionais de realizar uma repressão feroz contra dissidentes políticos, particularmente os da comunidade xiita, em um país governado por uma dinastia sunita.

O governo, por sua vez, garante que não tolera a "discriminação" e que implementou mecanismos para proteger os direitos humanos.

Mas pouco antes de uma reunião do papa com jovens em Manama, uma dúzia de pessoas, que se manifestavam para exigir a libertação de parentes presos, foram brevemente detidas, segundo a ONG Bahrain Institute for Rights and Democracy (BIRD), com sede em Londres.

Durante sua visita ao Bahrein, o papa Francisco também se encontrou com Ahmed al-Tayeb, o grande imã de Al-Azhar, a mais importante instituição do islamismo sunita com sede no Cairo, como parte de um fórum inter-religioso.

Esta visita de Francisco foi a 39ª ao exterior desde sua eleição em 2013 e a segunda à Península Arábica.

O reino do Bahrein, que formalizou relações diplomáticas com a Santa Sé em 2000, tem cerca de 80.000 católicos segundo o Vaticano, principalmente trabalhadores asiáticos.

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (26) que reza para que o povo do Brasil fique livre do ódio, da intolerância e da violência.

A declaração chega duas semanas depois de militantes bolsonaristas terem causado tumulto no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e a quatro dias do segundo turno das eleições presidenciais.

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"Rezo para que Nossa Senhora Aparecida proteja e cuide do povo brasileiro, para que o libere do ódio, da intolerância e da violência", afirmou Francisco durante sua audiência geral na Praça São Pedro, Vaticano.

O Papa também mencionou a recente beatificação de Benigna Cardoso da Silva, jovem católica assassinada em 24 de outubro de 1941, aos 13 anos de idade, durante uma tentativa de estupro.

"Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em especial os que vieram de São Salvador da Bahia, Anicuns, Taubaté e São Paulo. Queridos irmãos e irmãs, anteontem, em Crato, no estado brasileiro do Ceará, foi beatificada Benigna Cardoso da Silva, uma jovem mártir que, seguindo a palavra de Deus, manteve pura a sua vida, defendendo a sua dignidade", disse o líder da Igreja Católica.

"Que o seu exemplo nos ajude a ser generosos discípulos de Cristo. Um aplauso à nova beata", acrescentou. 

Da Ansa

O papa Francisco se reuniu nesta segunda-feira (3) com o CEO da Apple, Tim Cook, em audiência no Vaticano, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Vaticano não divulgou mais detalhes sobre o encontro. Cook, no entanto, é conhecido por ser apoiador de causas como preservação do meio ambiente e da privacidade, além dos direitos LGBTQIA+, temas que podem ter sido debatidos.

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O executivo está atualmente fazendo um tour por países europeus. Na Itália, ele recebeu um mestrado honorário em Inovação e Gestão Internacional pela Universidade de Nápoles no fim de setembro.

Cook ingressou na Apple - uma das gigantes da Big Tech e uma das maiores empresas de capitalização do mundo - em março de 1998 como vice-presidente de operações globais, depois atuou como vice-presidente executivo de vendas e operações.

Ele foi nomeado CEO em 24 de agosto de 2011, antes da morte de Steve Jobs em outubro daquele ano. Durante seu mandato, ele apoiou a reforma política de vigilância doméstica e internacional, segurança cibernética, tributação corporativa, fabricação nos EUA e proteção ambiental.

Em 2014, Cook se tornou o primeiro CEO de uma empresa da Fortune 500 a se declarar publicamente homossexual. Ele também atua nos conselhos da Nike, National Football Foundation, e é um administrador da Duke University.

Em março de 2015, ele disse que planejava doar toda a sua fortuna para caridade. Segundo a Forbes, ele tem um patrimônio líquido de US$ 1,3 bilhão.

Da Ansa

O papa Francisco viajará ao Bahrein de 3 a 6 de novembro para participar em um fórum de diálogo entre Oriente e Ocidente, tornando-se o primeiro sumo pontífice a visitar este país na Península Arábica, anunciou o Vaticano nesta quarta-feira (28).

"Ao receber o convite das autoridades civis e religiosas, o papa Francisco fará uma viagem apostólica ao Bahrein de 3 a 6 de novembro", disse Matteo Bruni, diretor do serviço de imprensa do Vaticano, em nota.

O papa visitará as cidades de Manama e Awali em sua viagem ao chamado Fórum para o Diálogo-Oriente e Ocidente para a Convivência Humana, diz a nota.

Em meados de setembro, ao ser questionado sobre suas próximas viagens, o papa, de 85 anos, afirmou durante seu retorno do Cazaquistão que seu joelho "ainda não estava curado", mas que considerava uma visita ao Bahrein.

É a primeira vez que um pontífice visita este país insular do Oriente Médio, que tem uma população de cerca de 1,2 milhão de habitantes, em sua maioria muçulmanos.

O Bahrein inaugurou em dezembro de 2021 a maior igreja católica da península arábica, a Catedral de Nossa Senhora da Arábia, a um quilômetro e meio de uma grande mesquita e próxima a um poço de petróleo no sul do país.

Segundo estimativas do Vaticano, existem cerca de 80.000 católicos no Bahrein, principalmente trabalhadores asiáticos da Índia e das Filipinas.

A agência de notícias da Santa Sé, Vatican News, lembra que os 2,5 milhões de católicos no Bahrein, Kuwait, Catar e Arábia Saudita, muitas vezes trabalhadores estrangeiros, nem sempre têm liberdade para praticar sua religião e, portanto, são muitos os que visitam regularmente o Bahrein.

Na inauguração da catedral, o papa argentino enviou uma carta ao rei Hamad Bin Issa Al Khalifa para agradecer.

O soberano, que o papa Francisco recebeu em audiência em 2014 e 2020, respondeu expressando seu "grande desejo de ver o pontífice no Bahrein" e reafirmando "sua intenção de promover uma abertura cada vez mais ampla do país para pessoas que não seguem a religião muçulmana".

O Kuwait foi o primeiro país da região a formalizar suas relações com o Vaticano em 1968.

O Iêmen fez o mesmo em 1998, Bahrein em 2000, Catar em 2002 e os Emirados Árabes Unidos em 2007. A Arábia Saudita e Omã ainda não estabeleceram relações diplomáticas formais com o Vaticano.

O chefe dos católicos não deixa de defender a tolerância religiosa e a convivência pacífica dos crentes, especialmente no mundo muçulmano.

Ele já visitou Jordânia, Turquia, Bósnia e Herzegovina, Egito, Bangladesh, Marrocos, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Cazaquistão, entre outros lugares, em setembro deste ano.

O Para Francisco apareceu em uma foto ao lado da candidata à deputada estadual Carina Vitral (PC do B), que usava uma camisa do ex-presidente e candidato à presidência Lula (PT). A imagem foi compartilhada por Carina nas rede sociais.

"Acenei pro Papa @Pontifex_pt da primeira fila da plateia mostrando a camisa do @lulaoficial que eu estava vestindo, ele respondeu com um joinha e sorriu. Fiz sinal que queria uma foto e ele acenou pra eu subir no palco pra tirar foto com ele", legendou. E acrescentou: "Morrendo de emoção, tá aí a foto. Essa é a força do Lula, esse é o Brasil feliz de novo e forte perante o mundo. Viva Lula, Viva Papa Francisco!"

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O encontro de Carina Vitral com o Papa Francisco aconteceu durante um reunião de jovens economistas e lideranças juvenis de todo o mundo para pensar “uma economia diferente, que faz vida e não mata, que inclui e não exclui, que humaniza e não desumaniza, que cuida da criação e não a despoja”. Ao todo, 100 jovens brasileiros foram escolhidos para o Encontro da Economia de Francisco, na Itália. 

O papa Francisco assinou neste sábado (24) em Assis, no centro da Itália, um pacto com jovens do mundo todo para construir “uma economia de paz, e não de guerra”.

No pacto, assinado por cerca de mil jovens de uma centena de países que participaram de um encontro de três dias intitulado "A Economia de Francisco", eles se comprometem a construir uma economia "a serviço das pessoas, das famílias e da vida, respeitosa de cada homem, mulher, criança, idoso e, sobretudo, dos mais frágeis e vulneráveis".

Esses jovens, que são economistas, estudantes, empresários e trabalhadores, também querem “uma economia que combata a miséria em todas as suas formas” e que “crie riqueza para todos”.

"Nossa geração legou a vocês várias riquezas, mas não soubemos preservar o planeta e não preservamos a paz. Cabe a vocês construir a casa comum, uma casa comum que está em ruínas", disse o papa antes de assinar o pacto.

“Uma nova economia inspirada por Francisco de Assis pode e deve ser hoje uma economia que respeite a terra e uma economia de paz”, acrescentou o Sumo pontífice.

O papa Francisco recebeu uma série de cartas de órgãos civis e religiosos brasileiros nesta semana pedindo para que o pontífice se manifeste em prol da democracia no país por conta das eleições do próximo dia 2 de outubro.

Os documentos foram entregues para o chefe da Igreja Católica durante as celebrações no âmbito do encontro "Economia de Francisco e Clara" com jovens do mundo todo e na audiência geral no Vaticano.

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Uma das cartas foi entregue pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns - Comissão Arns, que revelou o conteúdo do documento em seus canais.

"O Brasil prepara-se para escolher aqueles que irão dirigir os seus destinos, começando por quem irá assumir a presidência da República. Seria um momento de júbilo, de coesão nacional e de afirmação da soberania popular não fossem as ameaças que pairam sobre algo precioso para o povo brasileiro: a democracia", ressalta o texto.

O documento ressalta os problemas econômicos que afetam muitos brasileiros, como o aumento da pobreza e da fome, e a violência "no campo ou na cidade".

"Os eleitores vão às urnas pressionados não só pelas vicissitudes da vida, mas pelas ameaças de ruptura da ordem democrática. São ameaças que partem de quem parece não aceitar um resultado eleitoral que não lhe favoreça. Que são diuturnamente inflamadas pelo discurso de ódio propagado a partir de gabinetes oficiais. Que estigmatizam mulheres, afrodescendentes, indígenas, fiéis de distintas religiões, promovendo sobretudo o extermínio da juventude negra e pobre, no contexto de um projeto criminoso de armar a população", acrescenta.

Quem também entregou uma carta ao Papa foi o candidato a deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), em texto escrito pelo candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva. No documento, o ex-presidente fala do risco à democracia no caso de um segundo turno na disputa e defende medidas "urgentes" para acabar com a fome no Brasil.

"Levo carta do presidente @LulaOficial para o Papa. Na carta, Lula defende combate urgente à fome e relembra minha luta pela #rendabásica que implementará em seu governo", ressaltou.

Também entregou uma carta e participou do evento católico o grupo de economistas do Educafro, que alertou no documento o problema do racismo estrutural vivido no Brasil e citou as eleições deste ano.

"Com denúncias fortes contra o racismo estrutural, que domina o sistema político brasileiro e a estrutura da Igreja Católica no Brasil, o grupo entregou a carta ao papa Francisco. Essa carta tem tudo para fazer uma mexida nas eleições brasileiras, pois ela denuncia o sistema politico que é excludente, gerando estragos na vida do povo afro-brasileiro", diz o Educafro.

Em um longo documento, apontando casos de racismo tanto na sociedade como na instituição religiosa, o grupo ainda pede que o líder se manifeste tanto para os líderes da Igreja Católica e para os candidatos e partidos brasileiros pedindo por políticas públicas para as minorias.

"Que faça uma carta aberta aos partidos políticos brasileiros solicitando-os a não deixarem crescer, no seio da sociedade brasileira, práticas que estão em dissintonia com os valores do Reino de Deus, como a perseguição e morte de quase 100 parlamentares afro-brasileiros desde 2018 até 2022. Também solicitamos que cobre o compromisso de todos os presidenciáveis de se concluir o inquérito, julgamento e prisão dos mandantes do assassinato da Vereadora Marielle Franco", pontua a organização.

Da Ansa

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