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Movimentos conservadores e parte do clero dos Estados Unidos têm aumentado sua desconfiança sobre a postura do papa Francisco, cuja última novidade vem a ser o lançamento de uma encíclica defendendo a luta contra a mudança climática.

O documento, usado tradicionalmente para os ensinamentos papais mais importantes, está sendo redigido há meses e terá como tema o meio ambiente. Francisco levantou o tema em sua viagem às Filipinas, onde disse o aquecimento global é, "em sua maioria", um feito do homem. Ele também afirmou que gostaria que sua encíclica fosse divulgada a tempo de ser digerida antes da próxima rodada das negociações climáticas das Nações Unidas, que acontecem em novembro, em Paris.

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Mesmo antes das últimas declarações, diversos conservadores norte-americanos já haviam criticado o tema da encíclica. "O papa Francisco, e digo isso como um católico, tem sido um completo desastre em seus pronunciamentos sobre políticas públicas", escreveu Steve Moore, economista-chefe do The Heritage Foundation, um think-thank conservador. "Na economia, e ainda mais no meio ambiente, ele tem se aliado com a ultra-esquerda e abraçado uma ideologia que fará as pessoas mais pobres e menos livres."

Enquanto os papas João Paulo II e Bento XVI tinham forte posição em favor da proteção do meio ambiente, Francisco será o primeiro a enfrentar as mudanças climáticas de forma significativa. Ele já faz isso através de uma série de sermões, entrevistas e textos que têm desconcertado conservadores norte-americanos, acostumados a terem muitas de suas prioridades, aborto e casamento à frente, bastante ouvidas em Roma.

"Em sua maior parte, são conservadores que criticaram outros pontífices no passado por discordar das instruções papais contidas em suas encíclicas", afirmou David Cloutier, teólogo da Universidade de St. Mary. "Eles têm medo que o documento irá fazer algo definitivo com o qual eles não concordam. Isso os coloca em uma posição bastante difícil", disse.

As frequentes denúncias do papa contra o sistema financeiro global e outros temas levaram o radialista Rush Limbaugh a dizer que as posições econômicas de Francisco são "puro marxismo". O pontífice afirma que está simplesmente levantando ensinamentos da igreja sobre ajudar os pobres.

A defesa de causas ambientais faz Francisco entrar em um tema bastante espinhoso nos Estados Unidos, e se colocar em larga medida do lado dos democratas, mais abertos a considerar o aquecimento global um problema causado pelo homem. Recentemente, o senador republicano James Inhofe, que já chamou o aquecimento global de "farsa", foi escolhido por seus colegas como presidente do Comitê do Meio Ambiente e da Infraestrutura.

"O que os preocupa é a solução", afirma Anthony Leiserowitz, da universidade Yale. "As mudanças climáticas são um problema que exige ação coletiva. Vão precisar de mudanças nas políticas local, estadual, nacional e internacional", diz.

Para o reverendo James Bretzke, da Universidade de Boston, o documento deve falar mais sobre temas espirituais e morais, como o cuidado para com as criações de Deus com os pobres, que são mais afetados pelas mudanças climáticas. Ele também deve urgir por mais cooperação global para resolver o problema.

"O aquecimento global será aceito e sublinhado", afirmou Bretzke. "Acredito que a encíclica deva fazer insinuações éticas que podem deixar determinados setores desconfortáveis, de indústrias do primeiro mundo a economias emergentes como a China."

O papa deve falar nas Nações Unidas em setembro, meses antes da conferência de Paris. Ele já instou os negociadores a serem "corajosos." Fonte: Associated Press.

O papa Francisco anunciou, nesta segunda-feira, que visitará a Bolívia, o Paraguai e o Equador em 2015, em declarações à imprensa que o acompanha no voo de volta do Sri Lanka e das Filipinas.

"Tenho o projeto de visitar a Bolívia, o Paraguai e o Equador este ano", afirmou o papa argentino, sem revelar as datas de sua viagem à América Latina.

Segundo antecipou nesta segunda-feira o presidente boliviano, Evo Morales, o pontífice viajará em julho para a Bolívia, embora não tenha especificado quantos dias ficará no país.

"Em 2016 tenho o projeto, mas não é nada certo, de visitar Chile, Argentina e Uruguai", acrescentou o Papa diante dos cerca de 70 jornalistas que o acompanharam em seu giro de seis dias por Sri Lanka e Filipinas, onde celebrou no domingo a missa mais multitudinária da história recente da Igreja.

Na conversa com a imprensa, Francisco contou que este ano está programando visitar também Estados Unidos e México.

Ele ainda revelou que está organizando sua primeira viagem à África "por volta do fim do ano", para visitar a República Centro-africana e Uganda.

O presidente boliviano, que se reuniu com Francisco em outubro passado, anunciou em dezembro a possibilidade de uma visita do pontífice na esperança de que ajude seu país em temas internacionais, em aparente alusão ao conflito marítimo que mantém o Chile.

Com estas viagens, Francisco, que completou 78 anos em dezembro, quer manifestar com gestos concretos sua aproximação de populações que estão na "periferia" do mundo e da Igreja.

O Papa Francisco solicitou a uma multidão de 3 milhões de pessoas no principal parque de Manila para proteger suas crianças do pecado e do vício, para que elas não terminem necessitadas e nas ruas.

Ele pediu proteção às crianças, de forma que elas não sejam tentadas pelo pecado ou o demônio ou distraídas por "promessas de prazeres efêmeros e superficiais". "Precisamos cuidar dos nossos jovens, não permitindo que seja tirada deles a esperança e que sejam condenados a uma vida nas ruas", disse Francisco.

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Francisco dedicou a homilia final da sua semana em peregrinação na Ásia aos jovens. O domingo também foi um importante dia de festividade em homenagem ao menino Jesus.

O papa Francisco partiu nesta segunda-feira para o Sri Lanka e as Filipinas em sua segunda viagem de seis dias ao continente asiático.

O sumo pontífice partiu do aeroporto de Roma-Fiumicino às 19H00 locais (16H00 de Brasília) e deverá chegar a Colombo, capital do Sri Lanka, às 09H00 locais (01h30 de Brasília).

Trata-se da sétima viagem ao exterior desde que foi eleito pontífice em março de 2013 e o segundo ao continente asiático.

Como é de hábito, o papa argentino subiu ao avião carregando ele próprio sua mala preta de viagem.

Na quinta-feira, seguirá para as Filipinas, onde provavelmente será aclamado pelas multidões católicas deste país, como ocorreu durante sua viagem triunfal à Coreia do Sul, em agosto passado.

Francisco, que fez 78 anos em dezembro, percorrerá em uma semana mais de 12 mil quilômetros, seguirá com vários voos e se deslocará de helicóptero e papamóvel para manifestar com gestos concretos sua proximidade e solidariedade com estas populações tão diferentes da "periferia" do mundo, como costuma dizer.

O papa Francisco afirmou neste sábado (10) que ainda resta muito trabalho a fazer para reconstruir o Haiti. "Mucho se fez neste período para reconstruir o país. Mas não devemos ignorar o fato de que há muito trabalho por fazer", afirmou, ao receber em audiência os participantes de uma reunião organizada pelo Vaticano para tratar do tema.

"Não há verdadeira reconstrução sem reconstrução da pessoa em sua plenitude. Isso supõe que cada pessoa no Haiti tenha o que é necessário do ponto de vista material, mas também que, ao mesmo tempo, possa viver sua liberdade, suas responsabilidades e sua vida religiosa e espiritual", afirmou o papa argentino.

Francisco convocou para este sábado uma conferência sobre o Haiti por ocasião do quinto aniversário do devastador terremoto que deixou mais de 300.000 mortos no país mais pobre das Américas.

"O Papa deseja atrair a atenção para uma crise humanitária que está muito longe de ser resolvida e reiterar a proximidade da Igreja católica do povo do Haiti", informou a assessoria de imprensa do Vaticano.

A "Jornada de Reflexão", como batizada, foi organizada a pedido do pontífice e tem como lema "A comunhão da Igreja: memória e esperança para o Haiti cinco anos depois do terremoto" e reúne bispos, especialistas e ONGs para avaliar o difícil processo de reconstrução material e espiritual do país.

O Haiti foi atingido em 12 de janeiro de 2010 por um importante terremoto de magnitude 7. O balanço foi de 250.000 mortos, 300.000 feridos graves e 1,2 milhão de haitianos sem onde morar.

O papa Francisco condenou com a "maior firmeza" o "horrível atentado", cometido nesta quarta-feira contra o semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, declarou seu porta-voz, padra Federico Lombardi.

"O Santo Papa expressa sua mais forte condenação pelo horrível atentado, que deixou de luto, esta manhã, a cidade de Paris", indicou o porta-voz do Vaticano, em um comunicado.

Nesta condenação sem ambiguidade, Jorge Bergoglio lançou ainda um apelo a todos que "se oponham com todos os meios à difusão do ódio e a toda forma de violência, física ou moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade da pessoa".

"O que quer que possa ser a motivação, a violência mortal é abominável, nunca é justificada, a vida e a dignidade devem ser garantidas", declarou, ainda, o Papa, segundo o comunicado.

"Qualquer instigação ao ódio deve ser repudiada", avaliou, ainda, o Papa.

Aos gritos de "Allah Akbar" (Alá é maior), pelo menos dois homens armados atacaram nesta quarta-feira, em Paris, o semanário satírico Charlie Hebdo, matando a sangue frio 12 pessoas, entre elas personalidades importantes do semanário, que já tinham sido alvo de ameaças por fazer caricaturas do profeta Maomé.

A Charlie Hebdo costuma satirizar a religião Católica, assim como as outras, colocando o Papa ou o Vaticano em situações humorísticas.

No Réveillon que marcou o início das comemorações pelos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, o povo brasileiro, especialmente os cariocas, recebeu as felicitações do Papa Francisco. Durante a festa da virada na praia de Copacabana, uma mensagem do pontífice foi exibida simultaneamente em vários telões espalhados pela orla.

"Querido povo brasileiro, é com grande alegria que me dirijo a vocês, às vésperas do ano novo, que marcará o início das comemorações pelos 450 anos de fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, para saudar, numa tão feliz circunstância, o amado povo carioca, que me recebeu de braços abertos por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de 2013", disse.

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O Papa também lamentou "o contraste gerado por grandes desigualdades sociais: opulência e miséria, injustiças, violência". E continuou: "e qual seria o caminho a seguir? Não podemos ficar de braços cruzados, mas abrir os braços, como o Cristo Redentor. Por isso, o caminho começa pelo diálogo construtivo."

O pontífice aproveitou para convidar as pessoas a colocarem "água no feijão", como uma atitude solidária. "Creio que todos podem aprender muito do exemplo de generosidade e solidariedade das pessoas mais simples, aquela sabedoria generosa de saber colocar mais água no feijão, da qual o nosso mundo ressente tanto."

Ainda na noite de réveillon foi inaugurada a nova iluminação da estátua do Cristo Redentor, que foi abençoada pelo Papa. "Ao acender as luzes do Corcovado, faço minhas as palavras pronunciadas pelo Beato Papa Paulo VI, no dia 1º de janeiro de 1965: que "esta luz, iluminando a cidade do Rio de Janeiro, se espalhe por todo o Brasil."

 

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (26) durante o Angelus na praça de São Pedro que o mundo se comprometa em reconhecer e assegurar a liberdade religiosa como um direito inalienável, aludindo às perseguições contra cristãos.

O Papa, que falou da janela do palácio apostólico para uma grande multidão, prestou homenagem às pessoas que "são perseguidas, discriminadas e mortas por professar a fé cristã".

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No dia 26 de dezembro se celebra a festa de São Estêvão, o primeiro mártir da Igreja católica.

"Os cristãos devem dar o testemunho de sua fé sem medo de ir contra a corrente ou sofrer consequências pessoais. É preciso ser coerente, não se pode pensar de forma cristã e viver de forma pagã", afirmou.

O Papa já havia criticado no Dia de Natal a perseguição brutal de cristãos, principalmente na Síria e no Iraque.

O papa argentino Francisco celebrou antes da meia-noite desta quarta-feira (24), na Basílica de São Pedro, a segunda Missa do Galo de seu pontificado, durante a qual pediu aos católicos que respondam com "ternura" às dificuldades do mundo.

"Temos a coragem de acolher com ternura as situações difíceis e os problemas de quem está ao nosso lado, ou preferimos soluções impessoais, talvez eficazes, mas sem o calor do Evangelho?", questionou o papa durante a solene homilia.

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"Quanta necessidade de ternura o mundo tem hoje!", conclamou ele, diante dos milhares de peregrinos que assistiam à cerimônia.

O papa também explicou o significado do nascimento de Jesus para os cristãos: "uma luz que irrompe e dissipa a mais densa escuridão".

A tradicional missa começou às 21h30 (18h30 em Brasília) e durou menos de duas horas.

O núncio apostólico no México, Christophe Pierre, ofereceu nesta segunda-feira uma missa para os desesperados pais dos 43 estudantes desaparecidos em setembro, transmitindo-lhes uma mensagem de esperança do papa Francisco.

"O papa sente a dor que estão sentindo e lhes pede que não percam a esperança", disse Pierre aos familiares presentes na missa realizada na escola de Ayotzinapa, que fica em Guerrero (sul).

Segurando fotos ampliadas dos filhos e cartazes com frases como "Onde você está, filho? Continuo te esperando", pais e amigos ouviram emocionados a missa realizada na quadra de basquete da escola.

"A Igreja estará apoiando a busca de seus filhos desaparecidos", acrescentou o núncio apostólico, que estava acompanhado dos bispos de Acapulco, Carlos Garfias Merlos, e de Chilpancingo (capital de Guerrero) e Chilapa, Alejo Zavala Castro.

Os 43 estudantes desapareceram em 26 de setembro, em Iguala (Guerrero), a 125 km de Ayotzinapa e 200 km da Cidade do México, depois de serem baleados por policiais locais.

Os pais das vítimas convocaram uma nova marcha na Cidade do México para a próxima sexta-feira, quando a tragédia completa três meses.

O papa Francisco designou nesta quarta-feira (17) oito novos integrantes da comissão contra a pedofilia na Igreja, que agora conta com um total de 17 especialistas. Com essas nomeações, todas as culturas e situações serão representadas, afirmou o Vaticano.

O teólogo argentino Humberto Miguel Yáñez e outras sete pessoas, entre elas uma vítima de pederastia, foram nomeados em março pelo papa para integrar uma comissão de especialistas para a proteção das crianças em instituições católicas.

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Os novos membros completam a comissão formada por 8 mulheres e 9 homens. Presidida pelo cardeal americano Sean O'Malley, o grupo também é integrado por duas vítimas de abusos sexuais, além de laicos e religiosos.

Além disso, a comissão conta com o apoio do argentino Umberto Yáñez, diretor do departamento de teologia moral da Universidade Gregoriana de Roma, assim como representantes da Ásia e África, regiões onde esses atos são considerados tabus e não costumam ser denunciados.

Dois religiosos de Zâmbia e África do Sul, Karyula Gertrude Lesa e Hermenegild Makoro, e o psiquiatra filipino Gabriel Du-Liacco completam a equipe.

Os especialistas definirão os estatutos, suas competências e funções.

Milhares de apaixonados por tango se reuniram nesta quarta-feira na Praça de São Pedro do Vaticano ao som do bandoneon para comemorar o 78º aniversário do Papa argentino, Francisco. Provenientes de toda a Itália e alguns inclusive de mais longe, os dançarinos acompanharam na primeira fila a audiência geral tradicional das quartas-feiras.

Quando o papa Francisco chegou à praça, agitaram um lenço branco, enquanto outros fiéis, entre os 13.000 presentes, ofereceram ao pontífice bolos ou chá mate.

Posteriormente, depois de ouvir a catequese de Francisco sobre a família sob um belo sol invernal e vários cantos em espanhol de feliz aniversário, as notas de "Libertango", de Astor Piazzolla, abriram o baile na adjacente praça Pio XII. "Aos tangueiros presentes convido a fazer soprar aqui um pouco do vento dos pampas", disse o Papa ao se despedir. "A ideia surgiu em agosto, com um grupo de amigos, todos apaixonados pelo tango, enquanto ressaltávamos as qualidades do papa Francisco", contou à AFP a organizadora, a tangueira italiana Cristina Carmorani.

A enorme esplanada se convertia, assim, em um palco ante o qual se misturava o sagrado e o profano, padres e bailarinos. "Escolhi as músicas favoritas do papa", contou o técnico de som Marco Morgani, amigo de Carmorani, que levou de Forlí (norte) uma seleção de tangos que inclui canções de Amelia Baltar, Juan D´Arienzo e Aníbal Troilo.

Centenas de casais de dançarinos, cerca de 3.000, segundo a imprensa italiana, dançaram por cerca de uma hora e meia no início da famosa Avenida da Conciliação, que leva à Praça de São Pedro, para presentear simbolicamente o papa com esta sensual dança nascida nos bairros pobres da capital argentina.

Tango é abraço

"Dançar para o Papa é nosso presente, porque o tango é como um grande abraço", explicou Cristina Carmorani, professora de dança em Conventello, perto de Ravenna (nordeste), e idealizadora da iniciativa "Um tango para Francisco" na rede social Facebook.

Um enorme cartaz com a frase "Um tango para Francisco de seus admiradores de Piedemonte" era carregado em meio aos dançarinos. Para organizar este original flashmob, Carmorani conseguiu a permissão das autoridades vaticanas e da polícia italiana. "Não sou crente, danço tango há muitos anos. Hoje quis homenagear o Papa pelo que está fazendo, pelas mudanças que impulsiona", sustenta Achille, que segue o ritmo da dança abraçado a Rosalba. "Francisco representa a honestidade moral", diz ela, uma elegante italiana de 50 anos.

Antes de ser eleito sucessor do trono de Pedro, Jorge Bergoglio confessou em certa ocasião sua paixão pelo tango. "Gosto muito, é algo que sai de dentro de mim", disse em uma entrevista publicada posteriormente no livro "El jesuita".

Segundo sua irmã, quando jovem foi inclusive um bom dançarino. No ano passado, para seu primeiro aniversário em Roma, a Rádio Vaticano divulgou seus tangos preferidos, entre eles "Por uma cabeza", de Carlos Gardel. O pontífice parece desejar que este seja um dia normal. Não tem nada especial previsto em seu programa oficial e a imprensa italiana informou apenas que foi feito um bolo para o almoço.

No ano passado, enquanto dezenas de milhares de pessoas o parabenizavam pelo Twitter, Francisco só convidou os funcionários da Casa Santa Marta, onde reside, para sua missa matutina. Depois tomou café da manhã com quatro moradores de rua.

O papa Francisco goza de uma imagem positiva em quase qualquer lugar do mundo, particularmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, indicou nesta quinta-feira um estudo de um instituto de pesquisa americano.

O Papa obteve cerca de 60% de opiniões favoráveis contra 11% desfavoráveis nos 43 países onde a pesquisa foi realizada, segundo o Pew Research Center de Washington.

O sumo pontífice é particularmente apreciado na Europa, que ocupa o primeiro lugar com 84% de opiniões positivas; seguida por Estados Unidos, onde estará de visita em 2015, onde soma 78%. O Papa, nascido na Argentina, tem 72% de aprovação na América Latina.

Na África sua imagem é mais indiferente. Francisco obteve 44% de resultados favoráveis, contra 40% que não emitiram opinião. Já na Ásia as porcentagens foram de 41% positivos e 45% sem opinião sobre o papa.

Sua popularidade logicamente cresce nos países católicos. Na Polônia tem 92% de imagem positiva, 91% na Argentina e 88% na Itália e na Espanha.

Na Jordânia, Egito e Turquia sua imagem tende a cair com números por volta dos 30%.

A pesquisa foi realizada em duas ocasiões. No inverno 2013-2014 em nove países da América Latina, onde foram interrogadas 14.564 pessoas; e na primavera de 2014 em outros 34 países com 36.430 pessoas entrevistadas.

O papa Francisco disse que a Igreja Católica deve encontrar formas de acolher os católicos divorciados e homossexuais. Em entrevista ao jornal argentino La Nacion publicada neste domingo, o pontífice afirmou que as discussões com grupos tradicionais da igreja durante seu papado de 20 meses são um "bom sinal" de que as discordâncias não estão ocultas dentro da instituição.

Os comentários sobre gays e católicos divorciados foram as primeiras declarações públicas após a reunião de bispos sobre os problemas enfrentados pela família. O encontro em outubro com quase 200 bispos despertou discussões sobre uma série de problemas que afetam as famílias católicas, envolvendo questões como uniões gays, divórcio, pobreza, violência doméstica e poligamia.

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O papa afirmou que os bispos não discutiram casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que a igreja se opõe, mas disse que os bispos devem considerar formas de ajudar "uma família que tem um filho ou filha homossexual (e considerar) como eles devem ser educados". Francisco também apontou que católicos divorciados são frequentemente barrados em atividades como fazer leituras em missas ou se tornarem padrinhos. "Parece que eles são excomungados de fato", afirmou. Em vez disso, a Igreja deve "abrir as portas um pouco mais", disse o pontífice.

O líder católico também anunciou que uma reorganização da burocracia do Vaticano não será concluída no próximo ano devido a sua complexidade e disse que gostaria de acrescentar visitas à América Latina e à África em 2015. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco disse que Deus lhe deu uma "sã inconsciência" para encarar reformas na Igreja católica, segundo uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal argentino La Nación.

O pontífice argentino declarou que não gosta de "falar em faxina" para definir seu trabalho na instituição e afirmou que considera a oposição interna "um bom sinal", embora tenha se manifestado disposto a "seguir em frente".

"Deus nisso é bom comigo, me dá uma dose saudável de inconsciência. Vou fazendo o que tenho que fazer", disse o líder da Igreja Católica.

Sobre as reformas, afirmou que "o IOR (Instituto para as Obras de Religião) está funcionando de forma fenomenal" e que "a economia (da Igreja) está indo bem".

"É a reforma espiritual é o que neste momento me preocupa mais, a reforma do coração", ponderou.

- Dissidências saudáveis -

Em relação aos setores eclesiásticos resistentes às reformas, Francisco disse que "é saudável ventilar as ideias, muito saudável. Que não as digam escondidos quando não estiverem de acordo", opinou.

"Considero as resistências como pontos de vista distintos, não como uma coisa suja", ressaltou.

Questionado sobre as forças conservadoras, sobretudo nos Estados Unidos, em razão do último sínodo da família temem um desmoronamento da doutrina tradicional no tratamento da homossexualidade, respondeu que o pronunciamento final "é um processo".

"Ninguém falou de matrimônio homossexual no sínodo. Falamos sobre uma família que tem um filho ou filha homossexual, como educá-los, como se ajuda essa família a levar em frente essa situação um pouco inédita", esclareceu.

Sobre outro tema polêmico, o dos divorciados, o pontífice se perguntou: "O que faremos com eles? Que porta pode ser aberta? Não é uma questão se lhes vão dar comunhão. A solução é a integração".

O Papa Francisco denunciou o exílio forçado dos cristãos "expulsos do Oriente Médio" em uma mensagem gravada em vídeo que será transmitida sábado (6) à noite em Erbil, por ocasião da visita do cardeal Philippe Barbarin a capital do Curdistão iraquiano.

"Os cristãos estão sendo expulsos do Oriente Médio, em sofrimento", declarou o pontífice que apontou a responsabilidade dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), sem contudo nomeá-lo, de acordo com o texto de seu discurso recebido pela AFP.

"É principalmente a culpa de um grupo extremista e fundamentalista que essas comunidades, especialmente cristãs e yazidis, mas outras também, precisaram partir, e todos são vítimas da violência desumana por causa de sua identidade étnica e religiosa", disse Francisco.

"Parece que essas pessoas não querem que sejamos cristãos", acrescentou. A ofensiva lançada no início de junho pelo EI no Iraque forçou centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas. Entre eles, dezenas de milhares de cristãos, mas também milhares de yazidis, uma minoria que habita principalmente o norte do Iraque, encontraram refúgio no Curdistão.

Líderes muçulmanos e cristãos exortaram na quinta-feira os cristãos do Oriente Médio a não fugir da região, apesar das perseguições de grupos jihadistas, ecoando o apelo do Papa para a condenação da violência "terrorista" pelos líderes muçulmanos.

Durante sua visita ao Curdistão iraquiano, o Cardeal Barbarin, arcebispo de Lyon, visitará neste sábado campos de refugiados de maioria cristã no bairro cristão de Ainkawa. Esta é a segunda viagem do cardeal a Erbil este ano.

A infância de Jorge Bergoglio e seus passos como cardeal e arcebispo antes de ser eleito Papa serão narrados em um filme argentino que será rodado em 2015, informaram seus produtores na sexta-feira.

O sumo pontífice será interpretado por Dario Grandinetti, prolífico ator de 55 anos, que alcançou fama internacional como protagonista, em 1992, de "O Lado Escuro do Coração" e depois participou do elenco de "Fale com Ela" (2002) e integra o elenco da bem sucedida "Relatos Salvajes" (2014).

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O filme começará a ser rodado em janeiro próximo, sob a direção do cineasta espanhol Beda Docampo Feijoo, confirmou à AFP a produtora encarregada da obra, a Pampa Films.

O roteiro será baseado na biografia sobre Bergoglio, "Francisco: vida e revolução", escrita pela jornalista do La Nación, Elisabetta Piqué, noticiou o matutino.

As filmagens ocorrerão em Buenos Aires, Madri e Roma e sua estreia é aguardada para meados de 2015.

"Esperamos que o filme possa transmitir a admiração de todos nós pela coerência de uma vida baseada na austeridade e na caridade", disse Docampo Feijoo à revista The Hollywood Reporter.

Jesuíta argentino, austero e moderado, com longa experiência pastoral em regiões pobres, grande leitor e torcedor do clube de futebol San Lorenzo, Bergoglio foi eleito Papa Francisco, sucessor de Bento XVI, em 19 de março de 2013.

O Papa Francisco e os líderes de diversas religiões do planeta - judeus, muçulmanos, ortodoxos, anglicanos, budistas e hindus - firmarão nesta terça-feira, no Vaticano, uma declaração conjunta na qual se comprometem a lutar contra a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos.

A histórica iniciativa, promovida pelo Papa argentino e pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welbi, foi organizada por ocasião da Jornada Internacional pela Abolição da Escravidão, informou a Global Freedom Network, a rede mundial que combate a escravidão em todo o planeta.

O documento será assinado na sede da Pontifícia Academia para as Ciências, no Vaticano, na presença dos rabinos Abraham Skorka e David Rosen, do Comitê Judeu Americano; do líder ortodoxo Emmanuel, da França, e do grande aiatolá iraquiano Mohammad Taqi al-Modarresi, entre outros.

No documento, os líderes religiosos se comprometem a erradicar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e convidam os governo e chefes de Estado a apoiar publicamente tal iniciativa.

Os representantes das diversas religiões pedem a todos os países que reconheçam a "exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças como um crime contra a humanidade".

Estima-se que 36 milhões de pessoas vivem em condições de escravidão no mundo ou são vítimas do tráfico de pessoas.

O papa Francisco parou por alguns minutos para meditar neste sábado (29) na famosa Mesquita Azul de Istambul, onde foi recebido pelo grande mufti da cidade, no segundo dia de sua viagem a Turquia, dedicada ao diálogo entre as religiões.

Enquanto o mufti rezava, o sumo pontífice meditou por dois minutos com os olhos fechados e as mãos unidas, como havia feito simbolicamente há oito anos seu antecessor, Bento XVI, no mesmo local.

O papa, de 77 anos, chegou à mesquita a bordo de um veículo modesto e foi recebido por Rahmi Yaran, a principal autoridade religiosa de Istambul, com quem percorreu o edifício construído no século XVII sob o reinado do sultão Ahmet I, durante o império otomano.

Os dois pararam diante do "mirhab", que aponta a direção de Meca, onde está exposta a sura 19 do Alcorão que menciona a concepção virginal de Maria.

Durante a visita em 2006, o gesto de Bento XVI na mesquita foi interpretado como uma oração, mas o Vaticano o chamou de "meditação". A Santa Sé informou que Francisco faria o mesmo.

Após a visita à mesquita, o papa atravessou de carro a grande esplanada de Sultanahmet, que leva à basílica de Santa Sofia, uma igreja bizantina construída no século VI. Foi transformada em mesquita após a conquista de Constantinopla pelo império otomano em 1453 e transformada em museu em 1934.

O papa Francisco condenou o terrorismo de Estado que provoca vítimas inocentes e reiterou sua posição contrária a qualquer intevenção militar sem consenso internacional para combater o grupo Estado Islâmico.

Em com coletiva de imprensa a bordo do avião papal, de volta nesta terça-feira de Estrasburgo (França), onde realizou uma breve visitai a instituições europeias, o Papa falou das ameaças vividas pelo mundo, entre elas o terrorismo de grupos extremistas como a organização ultra-radical sunita.

"Quando as coisas pioram, a violência aumenta, o Estado se sente no dever de massacrar terroristas e, por isso, com frequência atingem inocentes", explicou.

"É a anarquia em alto nível, algo perigoso", comentou ainda.

"É preciso lutar contra o terrorismo. Mas para deter um agressor injusto, é preciso fazê-lo com o consenso internacional. Nenhum país pode fazer isso por conta própria", insistiu.

Em agosto passado, o papa declarou a posição da Igreja católica contrária a que apenas um país, em particular os Estados Unidos, realizasse ataques aéreos para impedir o avanço do grupo Estado Islâmico no Iraque.

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