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O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (7), em audiência, os membros do comitê organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), celebrada no Rio, em julho do ano passado. Em seu discurso de boas-vindas, o papa argentino chamou carinhosamente os cariocas de "ladrões": "Roubaram meu coração" durante os cinco dias de duração do evento.

"Depois de nove meses de minha inesquecível viagem ao Brasil, onde fui recebido de braços abertos pelo povo carioca, sinto uma alegria especial acolhendo este grupo", declarou o pontífice.

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Francisco assegurou à representação, encabeçada pelo cardeal brasileiro d. Orani Tempesta, que o trabalho deles durante aqueles dias eles "fizeram possível que o amor de Deus tocasse, literalmente, o coração de milhões de pessoas".

O papa destacou os esforços e sacrifícios realizados pelos voluntários no Rio na primeira jornada da qual Francisco participou. A próxima será em Cracóvia, na Polônia, em 2016. "Quando Jesus pediu a seus apóstolos que dessem de comer à multidão, eles sabiam que aquilo era impossível. No entanto, foram generosos. Deram ao Senhor tudo aquilo que tinham. E Jesus multiplicou seus esforços. Não é precisamente isso que ocorre nas jornadas?"

Francisco encorajou a que se fossem repetidas as jornadas "todos os dias, em cada paróquia, em cada comunidade, no apostolado pessoal de cada um", e colocou como exemplo a seguir o brasileiro declarado santo na semana passada, José de Anchieta, para seguir Cristo "com coragem e alegria". O papa argentino reiterou à delegação seu agradecimento e se despediu dos integrantes com o conhecido pedido para que "nunca deixem de rezar" por ele.

O Papa Francisco aprovou nesta segunda-feira (7) uma proposta para manter em funcionamento o Banco do Vaticano, envolvido em operações de lavagem de dinheiro, e reafirmou "a importância de sua missão para o bem da Igreja Católica".

O pontífice confirma, assim, a opção que parecia mais plausível, a de preservar a instituição, mas com um tamanho reduzido e melhor controlada, ao invés de criar um banco ético ou inclusive fechar o Instituto para as Obras de Religião (IOR, o nome oficial do banco).

"O Santo Padre aprovou uma proposta sobre o futuro do IOR, reafirmando a importância de sua missão pelo bem da Igreja, a Santa Sé e o Estado do Vaticano. O IOR vai continuar servindo com prudência e fornecendo serviços especializados à Igreja Católica em todo o mundo", afirma um comunicado.

As atividades permanecerão "sob a supervisão da Autoridade de Informação Financeira (AIF)", um órgão de controle criado por Bento XVI e reforçado por Francisco. O Vaticano também anunciou a criação de uma "estrutura legal e institucional para regular as atividades financeiras dentro da Santa Sé e do Vaticano".

Desde que chegou ao Vaticano, Francisco se comprometeu a realizar uma reforma do IOR, uma instituição afetada por muitos escândalos, incluindo lavagem de dinheiro da máfia. O papa solicitou a especialistas e comissões que estudassem a melhor forma de transformá-lo em uma instituição mais transparente.

O Papa Francisco convocou no Vaticano para os dias 9 e 10 de abril uma conferência internacional com autoridades das forças de ordem de 20 países para examinar os avanços na luta contra o tráfico de seres humanos. O tráfico ilegal de seres humanos gera lucros de 32 bilhões de dólares ao ano e afeta uma média anual de 2,4 milhões de pessoas, segundo os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A conferência, organizada pelos bispos britânicos, será realizada na Academia Pontifícia para as Ciências, dentro do Vaticano. "Trata-se de criar uma conexão eficaz entre os chefes de polícia e a Igreja católica", explicou o Vaticano em um comunicado. O Papa, filho de imigrantes italianos, é muito sensível ao tema e em várias ocasiões condenou esta forma de "escravidão moderna" que afeta tanto regiões pobres e subdesenvolvidas quanto os países ricos, onde traficantes recrutam para a exploração sexual mulheres das ex-Repúblicas Soviéticas, da Ásia e da América Latina.

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Junto com os líderes da Interpol e da Europol participarão importantes personalidades da Igreja católica provenientes dos países mais atingidos pelo fenômeno, como o cardeal africano John Onaiyekan, assim como vítimas do tráfico de seres humanos. Em um relatório recente da ONU sobre o tráfico de seres humanos, a organização reconheceu que o fenômeno se agravou a partir do ano 2000 devido aos efeitos da globalização.

A ONU redigiu um Protocolo sobre a prevenção, supressão e perseguição deste tráfico, particularmente de mulheres e crianças, e foi adotado conjuntamente por 117 membros. Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2012, entre os anos 2002 e 2010 mais de vinte milhões foram vítimas do trabalho forçado, incluindo as vítimas do tráfico de pessoas e de exploração sexual.

Em novembro, a pedido do papa Francisco, foi realizada no Vaticano a primeira reunião sobre o tema, na qual participaram vários especialistas, assim como religiosos responsáveis pela reinserção social das vítimas, sobretudo prostitutas.

"Já errei e ainda erro", afirmou o Papa Francisco em uma entrevista pouco comum com cinco jovens católicos belgas reproduzida nesta sexta-feira por vários meios de comunicação italianos e a agência I.Media.

Neste encontro em sua biblioteca particular, transmitido no site deredactie.be, o Papa argentino afirma ter aprendido a "ouvir o que os outros pensam", embora seja uma pessoa "teimosa".

"Dizem que o homem é o único animal que cai duas vezes no mesmo lugar. Erros foram grandes mestres para a (aprendizagem) da minha vida. Eu não diria que aprendi com todos os meus erros. Alguns não, porque eu sou teimoso", declarou.

Os cinco jovens católicos foram recebidos em 31 de março, graças à intervenção de seu bispo, Lucas Van Looy. As perguntas foram feitas em inglês e o Papa respondeu em italiano.

Questionado sobre esses erros, o ex-arcebispo de Buenos Aires disse que foi nomeado superior muito jovem e admite que "cometeu muitos erros com o autoritarismo".

Jorge Mario Bergoglio foi eleito em julho de 1973, aos 36 anos, provincial dos jesuítas argentinos por seis anos. O fim de seu mandato, sob a ditadura militar, foi marcado por tensões entre jesuítas de posições opostas.

O Papa também voltou a falar sobre a desigualdade social: "Eu ouvi uma pessoa dizer: quando ele fala dos pobres, o Papa é comunista! Mas não, é uma bandeira do Evangelho: a pobreza sem ideologia, os pobres são o centro do Evangelho".

Jorge Bergoglio lamentou a "cultura da rejeição" das crianças, dos jovens e idosos: "As crianças são rejeitadas, não queremos ter filhos, apenas pequenas famílias! Os velhos são rejeitadas: quantos morrem vítimas de uma eutanásia escondida, porque não cuidam deles!"

"E agora também são os jovens que são rejeitados", acrescentou, citando o desemprego juvenil na Itália.

O Papa Francisco falou de sua esperança, após citar os "muitos políticos jovens, aqui, como em Buenos Aires". "Estou feliz porque, à esquerda ou à direita, eles tocam novas músicas, eles têm um novo estilo de política".

Sobre o medo, Francisco respondeu: "medo de mim mesmo! Há um medo bom e um mau medo. Este último é a prudência. Aniquila você, e temos de expulsar da gente".

A rainha Elizabeth II se reuniu com o Papa Francisco pela primeira vez nesta quinta-feira (3), uma visita que coincide com o aniversário da Guerra das Malvinas e que marca a primeira viagem ao exterior da monarca, de 87 anos, desde 2011.

Vestida de lilás e segurando um buquê de flores, a rainha sorriu ao chegar ao aeroporto de Ciampino, cumprimentando autoridades no tapete vermelho. Elizabeth e seu marido, o príncipe Philip, almoçaram em seguida com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no Palácio do Quirinel, onde foram recebidos com uma saudação militar e por uma multidão de simpatizantes, alguns deles agitando bandeiras da Union Jack.

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Vestindo um de seus tradicionais chapéus decorados com flores, e com uma bolsa preta no braço combinando com seus sapatos, a monarca parecia satisfeita de encontrar o presidente de 88 anos. Posteriormente, os membros da realeza britânica se dirigiram ao Vaticano para uma audiência privada com Francisco, em uma sala ao lado do auditório Paulo VI, enquanto centenas de pessoas acenavam em sua passagem.

O encontro da rainha com o pontífice argentino ocorre um dia após o 32º aniversário do início da Guerra das Malvinas (também chamadas de Falklands) entre a Grã-Bretanha e a Argentina e ocorre em meio a relações tensas entre católicos e anglicanos. Mas as autoridades britânicas minimizaram a perspectiva de quaisquer questões controversas na agenda da rainha, a líder suprema da Igreja da Inglaterra.

O embaixador da Grã-Bretanha para a Santa Sé, Nigel Baker, declarou à rádio Vaticano que houve um progresso extraordinário nas relações anglicanas-católicas e entre a Grã-Bretanha e o Vaticano desde a coroação de Elizabeth II, em 1952. "Ela vai querer, eu acho, entender do Papa Francisco como ele vê o papel da fé no mundo", afirmou.

Sobre a Guerra das Malvinas, ele declarou: "O Vaticano tem sido claro conosco, incluindo na semana passada, e em um nível muito alto, que a sua posição de neutralidade de longa data sobre esta questão continua em vigor". Já o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, declarou que o encontro era "muito informal".

Francisco será o quinto Papa que a rainha conhece, começando com Pio XII, em 1951, quando ela ainda era uma princesa. Ela também conheceu João XXIII, João Paulo II e Bento XVI, que renunciou no ano passado.

Fumaça branca sobre as Falklands - A última viagem internacional do casal real foi à Austrália em 2011, e a visita desta quinta-feira durará apenas algumas horas, sem muita da pompa associada às viagens reais para evitar cansar Elizabeth II e Philip, já idosos.

Embora o encontro tenda a ser puramente formal, os laços entre anglicanos e católicos são um problema devido ao ressentimento da Grã-Bretanha pela ação do Vaticano de receber sacerdotes anglicanos conservadores que discordavam da ordenação feminina existente na Igreja da Inglaterra.

Mas as relações entre o papa Francisco e o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, o líder espiritual da Igreja da Inglaterra, são cordiais e os dois se conheceram em 2013, esperando se reunir ainda neste ano.

A Igreja Anglicana, que se separou de Roma no século XVI, tem cerca de 80 milhões de fiéis, em comparação com o 1,2 bilhão de católicos. Outra questão polêmica é sobre as Ilhas Malvinas - chamadas de Falklands pelos britânicos, que as governam, de Falklands - um tema que o Papa já demonstrou ser sensível, ao se referir à região como "nossa" antes de se tornar pontífice.

Ele também já declarou que a Grã-Bretanha "usurpou" as ilhas. Francisco se encontrou no mês passado com um grupo de 12 veteranos de guerra argentinos que seguravam um cartaz pedindo "paz no Atlântico Sul", durante uma audiência geral na Praça de São Pedro.

As forças argentinas invadiram as ilhas no dia 2 de abril de 1982, mas foram obrigadas a se render em junho, depois que as forças britânicas recapturaram a região em combates que mataram 649 argentinos, 255 britânicos e três ilhéus.

Após a eleição de papa Francisco, no ano passado, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que discordava respeitosamente do Papa, depois de um referendo, também em 2013, no qual 99,8% por cento dos habitantes das Malvinas votaram a favor de permanecer britânicos.

"A fumaça branca sobre as Falklands foi muito clara", brincou - uma referência ao sinal de fumaça usado pelos cardeais na Capela Sistina para mostrar que um novo Papa foi eleito.

A assinatura do decreto de canonização do beato José de Anchieta foi adiada para se ajustar à agenda do papa Francisco. A informação foi transmitida nesta quarta-feira (2) pelo arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer. “Não tem nada adiado. Simplesmente, por alguma razão, não coube na agenda do papa”, minimizou dom Odilo sobre a mudança. A proclamação do jesuíta, um dos fundadores da cidade de São Paulo, prevista para hoje (2), foi transferida para esta quinta-feira (3).

Ele disse que sabia da possibilidade de que a assinatura fosse postergada, desde a tarde de terça (1º). “Tive a sinalização de que isso pudesse ocorrer ontem à tarde. Mas, foi hoje de manhã, às 6h30, que eu recebi um telefonema dizendo que isso [transferência] de fato se confirmava”, contou. Dom Odilo ressaltou que a decisão de canonizar Anchieta já está tomada. “É um fato confirmado, que a Igreja vai fazê-lo”, enfatizou.

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Anchieta será canonizado junto com dois beatos nascidos na França, ligados à evangelização do Canadá: Maria da Encarnação Guyart e o bispo Francisco de Montmorency-Laval. O arcebispo disse ainda que “não é raro, muito menos único”, o caso de Anchieta, que será considerado santo sem ter seus milagres comprovados. “O que importa é a vida santa, o exemplo de vida”, explicou dom Odilo. De acordo com ele, os atos sobrenaturais partem diretamente de Deus, e são apenas intermediados pelos escolhidos. “Não é o santo que faz milagre. É Deus quem faz o milagre”, disse, ao explicar porque a questão não é fundamental na canonização.

Segundo dom Odilo, a demora para o reconhecimento de Anchieta como santo está ligada a uma “campanha de difamação”, feita contra a ordem dos jesuítas. “Foram atribuídas muitas barbaridades, que eles não fizeram”, disse sobre as acusações de que a Companhia de Jesus fazia “batizados à força” e “escravizava indígenas”. O arcebispo lembrou que, no século 18, os jesuítas chegaram a ser expulsos do Brasil, por ordem do Marquês de Pombal.

José de Anchieta nasceu em 1534, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus e, quando se tornou jesuíta, foi designado para o Brasil, em 1553, como missionário. Em 1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, juntamente com o provincial do Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou aquela que seria a cidade de São Paulo. No local, foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou.

Anchieta desempenhou intenso trabalho no colégio, o primeiro dos jesuítas na América, informou texto publicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e portugueses. O padre Anchieta também estudou a língua dos indígenas e compôs a primeira gramática da língua tupi. No mesmo idioma dos índios escreveu um catecismo, várias peças de teatro e hinos.

Ao longo dos anos percorreu o litoral, desde Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, para acompanhar as várias missões que os jesuítas faziam no Brasil. No Rio de Janeiro, em 1582, iniciou a construção da Santa Casa de Misericórdia, destinada a assistir os doentes e as vítimas das frequentes epidemias. Durante sua trajetória, deu atenção especial aos pobres e doentes, aos grupos indígenas ameaçados e aos negros escravizados. José de Anchieta morreu no dia 9 de junho de 1597, sendo reconhecido como o "apóstolo do Brasil".

José de Anchieta será o terceiro santo que tem ligação com o Brasil. Os outros dois são Madre Paulina, nascida em território inicialmente austríaco, hoje pertence à Itália, que viveu no Brasil e foi canonizada em 2002; e Frei Galvão, nascido em Guaratinguetá (SP) e canonizado em 2007. 

O Papa Francisco descreveu nesta quarta-feira o casamento entre um homem e uma mulher como um "ícone", no qual "Deus é refletido", enfatizando o compromisso definitivo que ele representa.

Em um sermão sobre o sacramento do matrimônio para cerca de 50.000 pessoas reunidas na Praça de São Pedro, por ocasião da audiência geral semanal, o Papa afirmou que "a imagem de Deus é o casal conjugal".

"Não apenas o homem, não apenas a mulher, mas ambos", disse.

"Fomos criados para amar, e na união conjugal, homem e mulher realizam esta união sob o signo da reciprocidade e da vida plena e definitiva", insistiu.

Sem mencionar as novas formas de casamento entre dois homens ou duas mulheres, o Papa argentino expressou claramente sua opinião de que só há uma forma válida de casamento, conforme a doutrina da Igreja Católica.

Além disso, por ocasião do aniversário da morte de João Paulo II há oito anos, o Francisco saudou o "incansável pregador da palavra de Deus, da verdade e da bondade".

"Karol Wojtyla fez o bem, mesmo no sofrimento" (da doença) que marcou os últimos anos de seu pontificado de 26 anos.

À espera de sua canonização, em 27 de abril, "deve ser para nós uma oportunidade para reviver a herança da fé que ele nos deixou", disse ele.

João Paulo II deve ser canonizado, ao mesmo tempo que o Papa do Concílio Vaticano II, João XXIII. Centenas de poloneses são esperados para participar da celebração.

O papa Francisco pediu aos fiéis que sempre tenham um exemplar do Evangelho "no bolso" para possam fazer a leitura "a qualquer hora do dia". "Vocês leem todos os dias uma passagem do Evangelho?", perguntou o papa à multidão reunida na praça de São Pedro do Vaticano. "Vejo que a resposta é metade e metade", disse, depois da reação da multidão.

Francisco pediu então aos fiéis que tenham no bolso um pequeno livro com os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) ou pelo menos um deles para "para poder ler um pequeno trecho a qualquer hora do dia". Após um retiro espiritual nas colinas fora de Roma com os cardeais, Francisco insistiu sobre os dois movimentos complementares: a "subida" à montanha em um "espaço de silêncio (...) para nos reencontrarmos com nós mesmos e perceber melhor a voz do Senhor" e depois a "descida".

"Não podemos ficar ali! O encontro com Deus na oração nos estimula novamente a 'descer da montanha' e a voltar para baixo, para a planície, onde nos encontramos com muitos irmão afetados por fadigas, injustiças, pobreza material e espiritual", completou.

O papa também saudou Comunidade Papa João XXIII, que organiza na próxima sexta-feira (21) uma "Via-Crúcis" pelas ruas de Roma em favor das "mulheres vítimas de maus-tratos".

O Papa se reunirá na próxima sexta-feira em uma igreja próxima ao Vaticano com 700 familiares de vítimas do crime organizado, com a associação católica antimáfia Libera, anunciou neste sábado um comunicado da Santa Sé.

Este encontro, o primeiro deste tipo, será realizado na véspera do XIX "Dia de Memória e do Compromisso", organizado pelo fundador do Libera, Don Luigi Ciotta, em Latina, ao sul de Roma.

O Papa se reunirá com os familiares das vítimas na igreja de San Georgio VII, do outro lado dos muros do pequeno Estado.

Em linha com seus antecessores João Paulo II e Bento XVI, o papa Francisco demonstrou ser muito sensível à luta contra os tráficos e o crime organizado.

Libera é uma associação voltada para a luta contra as máfias italianas, principalmente a 'Cosa Nostra', originária da Sicília, a 'Ndrangheta', da Calábria, e a 'Camorra', de Campania". Ela se especializou, entre outras coisas, na reconversão de bens confiscados destas organizações.

O papa Francisco retornou nesta sexta-feira (14) ao Vaticano após um retiro de seis dias em um convento dos arredores de Roma, onde cumpriu os tradicionais exercícios espirituais da Quaresma. Os retiros espirituais coincidiram com o primeiro aniversário do pontificado, que Francisco decidiu festejar de maneira sóbria e pedindo que rezem por ele. Com um tuíte dirigido na quinta-feira (13) aos seus seguidores, o Papa pediu que o acompanhem com orações em sua tarefa de líder da Igreja católica.

"Rezem por mim", tuitou o Papa em sua conta @pontifex em nove idiomas. O pontífice passou estes dias na pequena localidade de Ariccia, a 20 km de Roma, acompanhado por 80 membros da Cúria Romana.

Pela primeira vez, os retiros espirituais foram realizados fora do Vaticano e, para a ocasião, cada pessoa presente pagou de seu próprio bolso os gastos da estadia. O Papa, acompanhado pelos participantes, retornou a bordo de ônibus comuns, assim como fez na ida, gerando admiração ao rejeitar o uso de automóveis de luxo oficiais.

Antes de seu retorno, Francisco agradeceu ao padre Angelo De Donatis pelas pregações preparadas para a ocasião. "Obrigado por tudo isso. Peço que continue rezando por este 'sindicato de fiéis' (ri), todos somos pecadores, mas todos queremos seguir Jesus mais de perto, sem perder a esperança na promessa, e também sem perder o sentido do humor. Obrigado, padre', declarou o Papa, segundo a Rádio Vaticano.

Mais uma obra escrita por Jorge M. Bergoglio, o Papa Francisco, é publicada no Brasil. Deus não se cansa de perdoar! tem como intuito resgatar a certeza de que "Deus jamais abandonará um filho seu". Jorge M. Bergoglio escreveu este livro antes de assumir o pontificado, quando ainda era Cardeal, com a intenção de estimular as pessoas despertarem para o amor divino como um amor incondicional que perdoa sempre.

O papa vem conseguindo atrair a simpatia de pessoas por todo o mundo e suas obras tem também atraído muitos leitores. O livro tem 88 páginas e já está à venda no site da editora Ave-Maria, com um valor promocional R$ 17,91.

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Em um ano, o Papa Francisco mudou a imagem da Igreja Católica, devastada por escândalos, com uma revolução pacífica, marcada por uma linguagem direta e simples, embora muitos especialistas e católicos ressaltem que ainda falta muito para adaptar o mundo moderno a uma instituição milenar e antiquada.

O papa argentino, que veio "do fim do mundo", como ele mesmo afirmou, e que prometeu uma Igreja pobre para os pobres poucos dias após sua eleição, na tarde de 13 de março de 2013, quando apareceu com um crucifixo de ferro no balcão da basílica de São Pedro, despertou grandes expectativas e muitas esperanças entre os católicos de todo o mundo por seus gestos de abertura e suas palavras tolerantes.

O primeiro papa jesuíta e latino-americano da história cumpriu com regularidade no Vaticano o tradicional protocolo de cerimônias e visitas de Estado que lhe impõe seu papel de líder de mais de um bilhão de católicos.

Paralelamente, foi capaz de romper os moldes, de improvisar e falar abertamente durante suas homilias matinais e ângelus dominicais contra as injustiças sociais, a falta de ética e até das fofocas, intrigas e ambições que tanto desacreditaram a Cúria romana, a influente maquinaria vaticana.

O Papa que concedeu entrevistas exclusivas aos três principais meios de comunicação italianos, que se define como uma pessoa normal, que abandonou qualquer luxo e circula em um carro comum, atrai multidões à praça de São Pedro, gerando o que muitos classificaram de uma verdadeira "franciscomania".

Isso ficou marcado em sua primeira viagem ao exterior como Papa, quando participou na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013. Ele atraiu multidões de jovens e conquistou admiradores que sequer esperavam se deixar seduzir por seu carisma.

A bordo do avião de volta para o Vaticano, não evitou a pergunta da repórter brasileira sobre a delicada questão da homossexualidade e se despiu de qualquer arrogância ao responder à pergunta com outra pergunta que ganhou as manchetes: "quem sou para julgar os gays?".

O Ângelus de domingo se transformou no programa mais visto da televisão pública italiana.

Durante as audiências de quarta-feira, cuja presença de fiéis aumentou em 30%, beija crianças, saúda amigos, abraça políticos. Entrou para a história a foto do Papa beijando o rosto de uma pessoa que sofre de neurofibromatose, um gesto de compaixão inédito, tão popular quanto as chamadas telefônicas a desconhecidos que o escrevem.

Diante do tímido "avô sábio", como chama seu antecessor, Bento XVI, com quem convive dentro do Vaticano após sua surpreendente renúncia, Francisco se apresenta como uma pessoa extrovertida, que não teme controvérsias, que aborda temas tabu para a igreja, como a homossexualidade, inclusive a dos padres, a barriga de aluguel, as mães solteiras e até seu papel de Papa infalível.

"Dizem que está dessacralizando a função do Papa, que é muito acessível", lembrou recentemente o vaticanista italiano Andrea Tornielli, do site Vatican Insider.

São as primeiras críticas a um estilo de papado que oscila entre o folclórico e o moderno, que para alguns observadores latino-americanos é peronista, pelo fato de se proclamar como o "porta-voz dos humildes", e se apresentar ao mesmo tempo como conservador e progressista.

"É um pontífice ponderado", resume Sandro Magister, o especialista em assuntos vaticanos da revista italiana L'Espresso.

Expectativas provocadas por Francisco

Embora não existam dúvidas de que a imagem da Igreja mudou em um ano, surgiram muitas perguntas sobre a modernização moral e social que Francisco quer levar adiante dentro da entidade.

Como primeiras medidas, o Papa impulsionou um gigantesco debate sobre a família, convocou dois sínodos, enviou um questionário a todos os bispos sobre as "novas formas de família", razão pela qual são esperadas importantes decisões sobre este tema quente.

A Igreja católica deverá responder em um prazo não muito longo e com medidas concretas às esperanças dos divorciados que voltaram a se casar, de mães e pais solteiros, dos casais que não oficializaram sua união, dos que defendem a contracepção.

Mas traduzir em gestos concretos as palavras de Francisco não é uma tarefa fácil para uma organização que sobreviveu por dois mil anos e cujas transformações são viáveis no longo prazo.

A batalha a favor da reforma da desacreditada Cúria romana e de suas controversas finanças, acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, já começou.

Para isso criou um tipo de ministério da Economia, com uma equipe mista internacional de cardeais, bispos e especialistas auditores, de modo a acabar com o ancestral centralismo da Igreja e favorecer a transparência financeira e administrativa.

Todas estas medidas foram tomadas por recomendação de várias comissões lideradas por cardeais de sua confiança, muitos deles latino-americanos, um método incomum dentro dos palácios pontifícios.

São apenas os primeiros passos, cujos resultados ainda não chegaram.

Os mais duros e críticos ao pontificado foram as vítimas dos padres que abusaram sexualmente delas e que pedem medidas mais firmes contra o fenômeno, negando-se a se resignar e a aceitar os pedidos de perdão e as promessas de tolerância zero.

Elas pedem a prisão para todos em todos os países, enquanto o movimento conservador Legionários de Cristo, símbolos desses abusos, se renovou com a bênção papal.

O Papa Francisco chamou os fiéis a "construir suas vidas no que é essencial", neste domingo (09) durante o Angelus, poucas horas antes de viajar a uma aldeia ao sul de Roma, onde passará seis dias em retiro quaresmal. "Devemos nos livrar dos ídolos, das coisas vãs", declarou o pontífice argentino a uma multidão entusiasmada na Praça de São Pedro.

Ele comentava a passagem bíblica em que Satanás procura, em pleno deserto, fazer com Cristo caia em tentação. "Em sua resposta, o Senhor nos lembra que 'o homem não vive só de pão, mas de toda palavra da boca de Deus'", ressaltou o Papa, considerando que "isto nos dá força, nos apoia na luta contra a mentalidade mundana que reduz o homem ao nível das suas necessidades básicas e que faz perder a fome de tudo o que é verdadeiro, bom e belo, a fome de Deus e de seu amor".

O ex-arcebispo de Buenos Aires citou "três tentações" a serem resistidas: "o bem-estar econômico", "um estilo de vida espetacular e milagroso" e "a sede de poder e dominação". Deixando o discurso de lado, o Papa chamou os fiéis a lembrar da lição de Jesus contra o diabo, que é um "grande sedutor": "quando estamos sujeitos a tentações, não deve haver diálogo com Satanás, só é necessário se referir às palavras do Senhor, elas vão nos salvar".

"Nunca devemos discutir com Satanás, mas seguir o curso indicado pelo Pai, sem compromisso com o pecado e a lógica do mundo", acrescentou.

Depois de recitar o Angelus com a multidão, o Papa pediu aos fiéis que orem por ele e seus "colaboradores da Cúria Romana", que vão se retirar no início da tarde para exercícios espirituais, até sexta-feira. O Papa, portanto, não estará no Vaticano para o primeiro aniversário de sua eleição, em 13 de março.

Até o momento, esses retiros, muitas vezes conduzidos por cardeais e arcebispos, eram realizados no Vaticano. Desta vez, o Papa e 82 membros da Cúria vão se retirar para um convento construído na década de 60 em Ariccia, uma pequena aldeia de Castelli Romani, ao sudeste de Roma. Cardeais e bispos deverão pagar por sua estadia.

 

O papa Francisco confessou, nesta quinta-feira (6), que pegou a cruz de rosário de seu falecido confessor quando ele estava no caixão. O pontífice, que completa um ano de papado no dia 13 de março, disse que carrega o crucifixo até hoje, em uma pequena bolsa debaixo de sua batina, esperando ter metade da misericórdia do sacerdote. Francisco fez a declaração em uma reunião informal com sacerdotes de Roma, enquanto falava sobre a necessidade de ser compreensivo com os fiéis.

Francisco contou a história de um "grande confessor" de Buenos Aires, que escutava as confissões da maioria de seus sacerdotes, incluindo as do papa João Paulo II, quando visitou a argentina. Quando o sacerdote de Buenos Aires morreu, Francisco foi rezar perante o seu caixão aberto. Disse que viu o rosário que o religioso tinha em suas mãos e imediatamente lhe "despertou o ladrão que todos levamos conosco". "Enquanto organizava as flores, tomei a cruz", contou, lembrando ainda as palavras que mencionou no momento: "me dê a metade de sua misericórdia".

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Francisco acrescentou que, quando chegou ao caixão, ficou assombrado porque ninguém havia levado flores. "Esse homem havia perdoado os pecados de todos os sacerdotes de Buenos Aires e não tinha nem uma flor sequer", recordou. Ele disse que foi, então, comprar um ramo de rosas. "Cada vez que algum mau pensamento sobre alguém me assalta, minha mão se dirige para ela (a cruz), sempre", declarou.

O papa Francisco é um astro no Twitter, os comentários positivos sobre ele são mais numerosos que os negativos, por uma margem de cinco para um, afirma um estudo do Pew Research Center publicado nesta quinta-feira (6).

Francisco foi mencionado em 8 milhões de tuítes entre sua eleição em 13 de março de 2013 e final de janeiro de 2014, indico o estudo, que analisou a cobertura midiática do pontífice por ocasião de seu primeiro aniversário no Trono de Pedro.

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A maioria foi de tom neutro (85%) e se limita a difundir a informação, mas nos tuítes com algum tipo de opinião, 84% foram favoráveis e apenas 16% negativos. Em compensação, a conversa no Twitter sobre seu predecessor Bento XVI (40% dos tuítes) foi principalmente desfavorável, com 70% de mensagens negativas e 30% positivas.

Francisco, de 77 anos, tem 3,75 milhão de seguidores em sua conta @Pontifex. O usuário do Twitter mais seguido é a estrela pop Katy Perry, com mais de 51 milhões. Pew analisou também as 25 mídias digitais mais visitadas nos Estados Unidos e o Papa foi mencionado cerca de 48.000 até o final de janeiro, cifra que o coloca no mesmo nível dos principais dirigentes mundiais.

O Papa Francisco está entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz, segundo anunciou o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, ao apresentar a lista de 278 nomes escolhidos, informou a agência italiana Ansa.

A candidatura acontece poucos dias antes de Jorge Bergoglio completar, em 13 de março, o primeiro aniversário de seu pontificado. A comissão do Nobel vai reduzir a lista a uma dúzia de nomes antes do final de abril e, finalmente, o escolhido será anunciado em 10 de outubro, em Oslo, na Noruega, de acordo com a Ansa.

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Entre os candidatos também está o presidente russo, Vladimir Putin, que foi eleito por seu papel na crise da Síria, mas atravessa um conflito com a Ucrânia, que poderá desencadear em uma guerra na Crimeia.

Também aparece na lista Edward Snowden, ex-funcionário da CIA a serviço da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, que denunciou a existência de uma rede norte-americana de espionagem global, e hoje está refugiado na Rússia. "Tivemos um número crescente de indicações de pessoas de países que nunca antes haviam apresentado candidatura", disse Lundestad ao anunciar, em Oslo, os indicados.

O recorde anterior foi estabelecido no ano passado, quando houve 259 candidatos, entre os quais acabou vencendo a Organização para a Proibição de Armas Químicas, premiada por seus "grandes esforços" para eliminar esses arsenais.

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (5) que não gosta que o idealizem, em uma longa entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera na qual assegurou que "pintar o Papa como se fosse uma espécie de Superman, uma espécie de astro, soa ofensivo".

O pontífice argentino, que está prestes a celebrar seu primeiro ano de pontificado, ao ser interrogado sobre a "franciscomania" que foi desencadeada no mundo após sua eleição, no dia 13 de março de 2013, por seu estilo simples e direto, rejeitou a idealização.

"Não gosto das interpretações ideológicas, de uma certa mitologia do papa Francisco(...) Sigmund Freud dizia, se não estou errado, que em toda idealização há uma agressão", afirmou.

"Pintar o Papa como se fosse uma espécie de Superman, uma espécie de astro, é ofensivo. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. É uma pessoa normal", acrescentou.

Na entrevista, publicada também de forma simultânea e exclusiva pelo jornal argentino La Nación, o primeiro pontífice latino-americano garante que combinou com o papa emérito Bento XVI que participe ativamente da vida da igreja. "Não é uma estátua de museu", afirmou Francisco ao se referir ao seu antecessor, a quem admira por sua sabedoria, que é "um dom de Deus", disse.

Francisco confessa que quando foi eleito "não tinha nenhum projeto para mudar a Igreja" e que está aplicando as sugestões dos cardeais apresentadas durante as reuniões prévias ao conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI após sua histórica renúncia.

"Comecei a governar buscando colocar em prática tudo o que havia surgido no debate entre os cardeais das diversas congregações. E em minhas ações espero contar com a inspiração do Senhor", explicou.

Interrogado sobre temas como bioética e moral sexual, o Papa garantiu: "Nunca entendi a expressão 'valores não negociáveis'. Os valores são valores e basta. Não posso decidir qual dos dedos da mão é mais útil que o resto, então não entendo em que sentido podem existir valores negociáveis", declarou.

"O que tinha para dizer sobre o tema da vida deixei por escrito em 'Evangelii Gaudium'", explicou o pontífice, referindo-se a sua primeira Exortação Apostólica. Como anedota, o Papa confessou que teve uma namorada aos 17 anos e que, quando estava no seminário, uma menina "virou sua cabeça durante uma semana", contou. "Eram coisas de jovens. Falei depois com o confessor", explicou com um grande sorriso.

O papa Francisco pediu, durante a cerimônia dominical do Ângelus, que as partes envolvidas nos conflitos na Ucrânia superem sua "incompreensão" mútua e pediu para que a comunidade internacional faça o possível para promover o diálogo.

Pedindo aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro que rezassem pela Ucrânia, o papa desejou que "todas os lados no país trabalhem para superar suas diferenças". Ele também fez um apelo para que "a comunidade internacional apoie qualquer iniciativa em favor do diálogo e da harmonia".

Os católicos são numerosos no oeste da Ucrânia, majoritariamente europeu, enquanto os cristãos ortodoxos dominam o leste do país, mais próximo à Rússia.

O pedido do Papa ocorre no momento em que a Rússia ameaça intervir militarmente na Ucrânia, especialmente na península autônoma da Crimeia, alimentando o temor do Ocidente de uma possível divisão do país.

O Papa Francisco cancelou uma visita prevista para esta sexta-feira (28) à noite ao seminário de Roma, em razão de uma "leve indisposição", indicou o Vaticano em um comunicado.

"O Papa Francisco não irá nesta sexta-feira à noite ao seminário romano, em razão de uma leve indisposição acompanhada de um pouco de febre", informou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.

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"O médico aconselhou repouso", acrescentou. Não há informações sobre se o Papa argentino, de 77 anos, cumprirá os demais compromissos agendados, principalmente a missa dominical do Angelus.

Em novembro passado, o Papa cancelou uma série de audiências porque estava ligeiramente gripado.

O papa Francisco pediu neste domingo (23) aos 19 cardeais nomeados no sábado (22) que aspirem a santidade e evitem os "comportamentos próprios de uma corte", como "as intrigas, a fofoca, os favoritismos, as preferências", durante uma missa no Vaticano.

"Um cardeal entra na Igreja de Roma, não entra em uma corte", advertiu Francisco em uma missa celebrada na basílica de São Pedro, ao lado dos novos cardeais, os primeiros nomeados em seu pontificado, incluindo o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.

"Amemos aqueles que nos são hostis, abençoemos os que falam mal de nós, saudemos com um sorriso a quem talvez não o mereça, não aspiremos nos fazer valer, respondamos com doçura à tirania, esqueçamos as humilhações sofridas", recomendou o pontífice na homilia.

O bispo de Roma acrescentou que os cardeais devem ajudar uns aos outros e evitar "costumes e comportamentos próprios de uma corte, como as intrigas, a fofoca, os círculos, os favoritismos, as preferências".

Neste domingo, Franciso insistiu que Jesus não veio ao mundo "para ensinar boas maneiras, maneiras de salão". "Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo", clamou.

O papa presidiu a liturgia deste domingo ano lado de quase 150 cardeais, reunidos há vários dias no Vaticano para participar em um consistório extraordinário de dois dias sobre o tema família e para a "criação" de novos cardeais.

Dos cardeais nomeados no sábado, seis procedem da América Latina e outros de Burkina Faso, Costa do Marfim ou Filipinas, "a periferia", segundo os termos utilizados pelo papa argentino.

As nomeações incluem 16 novos eleitores, com menos de 80 anos, em um eventual conclave para escolher um novo papa.

Os outros três, eméritos, têm mais de 80 anos e não têm direito de voto no conclave.

O colégio de cardeais tem agora 218 membros, incluindo 122 eleitores.

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