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Um homem cometeu suicídio com uma arma de fogo nesta terça-feira (21) na catedral de Notre-Dame de Paris, provocando a retirada de todas as pessoas da igreja, um dos grandes monumentos turísticos da capital francesa, informou a polícia.

Segundo os primeiros elementos da investigação, o homem, que teria entre 50 e 60 anos, cometeu suicídio diante do altar.

Um homem de cerca de 60 anos cometeu suicídio nesta quinta-feira (16), com um tiro, na frente de uma dúzia de crianças, na entrada de um jardim de infância, em Paris. O homem entrou na escola em um bairro nobre da capital francesa, perto da Torre Eiffel, às 11h30 local (6h30 no horário de Brasília), segundo o reitor de Paris, François Weil, que indicou que dois adultos tentaram impedir o suicídio sem sucesso.

As crianças que presenciaram a morte, todas com seis anos, foram atendidas por psicólogos. Os outros alunos foram mandados para casa. Segundo uma fonte próxima à investigação, o homem não entrou pela entrada principal do estabelecimento, mas por um edifício ao lado.

Com uma escopeta e alguns papéis na mão, o homem, muito agitado, conseguiu se desvencilhar das pessoas que tentavam pará-lo antes de colocar a arma em seu queixo e atirar. A polícia ainda não descobriu a identidade e nem as razões que o levaram a agir neste local.

O jardim de infância, um estabelecimento privado católico sob contrato com o Estado, faz parte de um complexo escolar que inclui uma escola primária e uma de ensino médio, a dois passos da Torre Eiffel. No início dessa tarde, o corpo do homem continuava no local.

A mãe de um dos alunos da instituição expressou sua indignação pela "falta de medidas de segurança" e lamentou o fato de apenas uma "senhora" tomar conta da entrada da escola. "Precisamos esperar que haja sangue para que tomem medidas de segurança", acrescentou, visivelmente agitada.

O prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, expressou "grande comoção" em um comunicado, afirmando seu "inteiro apoio a todos os pequenos parisienses presentes no local" e a seus pais, antes de ir para o local do suicídio.

O ministro da Educação, Vincent Peillon, desistiu de uma viagem a Bruxelas e também foi para o jardim de infância no início desta tarde. Vários políticos de Paris, de todas as correntes políticas, também expressaram solidariedade.

Este suicídio acontece 20 anos depois de uma tomada de reféns em uma escola maternal de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris. Em 15 de maio de 1993, um homem armado de um revólver e explosivos, que exigia 100 milhões de francos (15 milhões de euros), manteve como reféns durante dois dias as crianças de uma turma antes de ser morto em um ataque da polícia.

O ex-presidente Nicolas Sarkozy, na época presidente de Neuilly-sur-Seine e ministro do Orçamento, tentou negociar a libertação das crianças.

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O julgamento de apelação do venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido por Chacal, começou nessa segunda-feira (13), em Paris. Ele é acusado de terrorismo, por quatro atentados cometidos na França há 30 anos e que deixaram 11 mortos e quase 150 feridos. O próprio acusado não permitiu que a sua defesa, composta por dois advogados franceses e um venezuelano, participasse da audiência.

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Segundo Sánchez, a recusa das autoridades do seu país em assumir os gastos de sua defesa é considerada uma "sabotagem". Ele pediu que advogados de ofício o representassem na continuidade do seu julgamento, que deve ir até o final de junho. Entretanto, esses podem se recusar a defender o réu, o que adiaria o julgamento.

Milhares de manifestantes voltaram às ruas de Paris, nesta sexta-feira à noite, em um protesto contra o casamento gay que terminou com alguns detidos. A manifestação teve início algumas horas depois do término do exame parlamentar do projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e permite a adoção de crianças por parte de um casal homossexual. Pelo menos 2.500 pessoas, segundo a polícia, e 7.000, de acordo com os organizadores, estavam reunidas nos arredores da Assembleia Nacional.

Seguindo uma rotina que se repete desde a última terça, os manifestantes seguiram da estação de metrô Sèvres-Babylone, no centro da capital francesa, até a Esplanade des Invalides, perto da Assembleia.

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O protesto transcorreu sem confusão até 21h30 (16h30 de Brasília). A polícia determinou o encerramento do ato pouco antes das 22h (17h de Brasília), mas de 200 a 300 pessoas continuaram no local, apesar da chuva.

Cerca de 50 pessoas, algumas de capuz, confrontaram a polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo. Pelo menos um homem foi detido. O ato foi totalmente encerrado por volta de 1h de sábado (20h horário de Brasília).

As manifestações de terça, quarta e quinta já haviam sido marcadas por incidentes, durante os quais dezenas de pessoas foram detidas.

Os manifestantes prometeram voltar às ruas no domingo (hora local).

O Museu do Louvre reabriu nesta quinta-feira com o reforço de 20 policiais, um dia depois de uma paralisação dos funcionários como protesto contra a violência na área do centro cultural.

Na quarta-feira, os funcionários interromperam os trabalhos para protestar contra as ações dos ladrões que circulam entre os visitantes.

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Os sindicatos denunciaram que são "vítimas cada vez mais de agressões, cusparadas, ameaças, golpes e insultos de ladrões em grupo, muitos menores de idade, que roubam os visitantes e que ninguém consegue conter".

De acordo com agentes do Louvre, muitos ladrões são menores de idade procedentes do leste europeu que entram com facilidade no museu, grátis para pessoas com menos de 26 anos.

Milhares de pessoas se reuniram neste domingo em Paris para protestar contra o casamento entre homossexuais, em uma última mobilização em massa antes da adoção definitiva do projeto de lei que legaliza a união e adoção por casais do mesmo sexo.

Telões foram instalados do Arco da Defesa até o Arco do Triunfo. Faixas foram penduradas nas varandas: "Não toquem em minha filiação", "Queremos emprego, não casamento gay" ou ainda "Não ao gay-extremismo".

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A última manifestação de opositores ao casamento gay reuniu em 13 de janeiro 340.000 pessoas, de acordo com a polícia, e quase um milhão, segundo os organizadores.

"Queremos atrair pelo menos o mesmo número", ressaltou um dos organizadoros.

A polícia espera uma mobilização menor, entre 150.000 e 200.000 manifestantes.

A convocação foi feita apenas na quinta-feira à noite e a organização do percurso foi caótica.

Os manifestantes foram chamados a se reunir a partir das 14h (10h no horário de Brasília) em "um acesso único e simbólico", do Arco da Defesa ao Arco do Triunfo, distantes 5 km um do outro.

Os organizadores também esperam "melhor visibilidade" do "número de participantes" e um "efeito de massa".

Em janeiro, os opositores consideraram que a polícia foi responsável por diminuir o número de manifestantes.

O opositor Jean-Pierre Bernardin espera a presença de muita gente porque "nada ainda foi feito" a uma semana da análise no Senado da lei, que já foi votada na Assembleia Nacional. "A reforma pode ainda ser adiada", acredita.

Neste domingo de Ramos, vários manifestantes levaram ramos em suas mochilas.

Os opositores querem pedir a François Hollande que retire o texto para ser submetido a um referendo.

Segundo eles, este projeto, que possibilita o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo, "perturba totalmente a sociedade, negando o parentesco e a filiação natural" e isso teria "consequências econômicas, sociais e étnicas incalculáveis".

Enquanto a manifestação se diz apolítica, o partido de extrema-direita Frente Nacional convidou seus militantes a se juntarem a uma delegação nacional do partido.

Vários políticos de direita também expressam apoio ao movimento, entre ele o deputado da UMP Henri Guaino, que fez um apelo para que os manifestantes "censurem" o governo "nas ruas".

O presidente da UMP, Jean-François Copé, também convidou militantes de seu partido a manifestar. Segundo ele, o governo ignora "700.000 cidadãos" que "assinaram uma petição" em oposição ao projeto.

O desfile do estilista da Louis Vuitton, Marc Jacobs, evocou o erotismo de um grande hotel de luxo, com as modelos, entre elas a top britânica Kate Moss, saindo e entrando nos quartos exibindo roupas íntimas e tecidos brilhantes, no nono e último dia da Semana de Moda de Paris. Para criar sua coleção outono/inverno, Jacobs se concentrou nos tecidos e se deixou levar pela "emoção e imaginação", o que resultou em um "ambiente de mistério", explicou o estilista americano, 49, à frente das coleções da Vuitton há 15 anos.

Sua passarela - espetacular, como todas da marca - incluiu casacos pesados usados sobre roupas íntimas, pijamas suntuosos e vestidos longos de noite em tecidos metálicos. Enquanto recebia abraços e cumprimentos, e as modelos se trocavam nos bastidores, Jacobs revelou algumas de suas inspirações para o desfile, que contrastou com sua coleção anterior de prêt-a-porter, apresentada em setembro, baseada nas linhas geométricas do artista francês Daniel Buren.

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"Na temporada passada, fizemos algo conceitual, geométrico e rígido, em que não houve emoção. Acho que esta coleção é mais sobre a emoção e imaginação", explicou o estilista, que recebeu os cumprimentos da plateia vestindo um pijama de seda vermelho estampado. "A coleção é uma espécie de reação à passarela passada", reafirmou, acrescentando que sua inspiração "não foi uma mulher, e sim 50, diferentes".

"Mulheres reais ou imaginárias, algumas delas amigas; outras, saídas do meu mundo imaginário", disse o criador, que citou, entre suas fontes de inspiração, estrelas da época de ouro de Hollywood, como Gloria Swanson e Elizabeth Taylor, e a cantora francesa Juliette Greco. "Houve algo de Hollywood e algo de Paris, da margem esquerda do Sena", resumiu Jacobs, que disse ter criado a coleção pensando "em uma mulher com uma certa decadência, que prefere se arrumar e ficar em casa, em vez de sair e se exibir".

Em sua passarela "decadente e cheia de glamour", Jacobs deu destaque para o azul, verde, violeta, bege e tons metálicos. O estilista - que apresenta na Semana de Moda de Nova York uma coleção com seu próprio nome, Marc by Marc Jacobs - assinalou que o ponto de partida para sua passarela parisiense foram os tecidos e a forma como eles são trabalhados nos ateliês da marca.

"Houve cetim, seda, cashmere e belas lãs bordadas com renda", detalhou, assinalando que, na verdade, não se tratava de renda, e sim de pequenas plumas recortadas. Sobre o erotismo na passarela, que recriou um hotel, Jacobs explicou que desejava gerar um ar de mistério. "O mistério é tão estimulante quanto a realidade", disse o diretor criativo da marca francesa.

Jacobs lembrou a amizade de longa data com a modelo Kate Moss. "É uma amiga muito querida, e lhe pedi que desfilasse. Ela estava muito feliz. A Vuitton fechou com chave de ouro uma temporada de desfiles que começou em fevereiro, em Nova York, e seguiu para Londres e Milão. A festa da moda recomeça em setembro, quando centenas de estilistas irão apresentar suas propostas para a primavera/verão de 2014, alimentando uma indústria milionária.

Atrizes de cinema e membros da realeza assistiram nesta terça-feira ao desfile da marca Chanel, que trouxe uma elegância clássica e romântica, em contraste com a silhueta desalinhada e muito jovem que dominou a passarela da Saint Laurent na véspera e gerou polêmica. Casacos de tweed usados com botas de cano alto, jaquetas sobre saias muito curtas, calças justas, abrigos em tweed, malhas com fios metálicos: o diretor artístico da Chanel, o alemão Karl Lagerfeld, enviou uma mensagem de elegância discreta, mas com um toque "sexy" e "chique".

"Usaria tudo", disse após o desfile a atriz Jessica Chastain, sentada na primeira fila, assim como a princesa Caroline de Mônaco e um príncipe do Oriente Médio. "É uma coleção romântica, que me lembra a Coco (Chanel) dos anos 50", disse Chastain, enquanto a cantora e atriz francesa Vanessa Paradis dizia ter "adorado tudo", especialmente os looks com saia, que pareciam "muito chiques". O próprio Lagerfeld descreveu sua coleção como "chique sexy". Mas é um "sexy discreto, não de sex shops", disse.

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A paleta de cores do estilista foi dominada pelo azul profundo, confirmando que os tons escuros, mais noturnos, vão dominar o próximo inverno. Também apareceram o preto e o cinza misturados a alguns looks em tons de rosa. A surpresa dos convidados para a apresentação da coleção prêt-a-porter outono/inverno da Chanel começou logo na entrada do Grand Palais: sob a majestosa cúpula de cristal estava um imenso globo terrestre preto, onde brilhavam centenas de pequenos pontos iluminados.

Para alguns, como Vanessa Paradis, a esfera em tons de preto e cinza evocava o mal estado do planeta. "Acho que Karl quer que nos conscientizemos da situação do planeta", disse a atriz no final do desfile. Mas o glogo terrestre com luzes representa, explicou Lagerfeld, a expansão comercial da marca de luxo no mundo inteiro. A esfera representa "a globalização da Chanel", disse Lagerfeld após saudar os convidados no final do desfile, realizado no oitavo e penúltimo dia da Semana de Moda de Paris.

"Há 100 anos a Chanel abriu sua primeira loja em Deauville. Hoje existem 300 lojas Chanel em todo o mundo. Não é nada ruim em 100 anos ter 100 lojas Chanel no planeta", acrescentou. "Onde se vê uma bandeira (no globo) há uma loja da Chanel", disse Lagerfeld, que não escondeu sua satisfação por estar à frente dessa expansão. "Posso estar feliz, porque quando comecei, há 30 anos, só existiam três ou quatro" (lojas da Chanel), disse.

O estilista explicou que o ponto de partida de sua coleção foram "os materiais, as proporções, o volume e a largura" das peças. A coleção da Chanel parece ter produzido consenso, diferente do desfile de Hedi Slimane para Saint Laurent, na segunda-feira à noite, cuja estética "grunge" -inspirada na banda Nirvana- provocou controvérsia e suscitou muitos comentários negativos.

"Me pareceu estar no desfile de uma amiga do meu filho de 20 anos, que é estudante de moda e chamou há pouco tempo suas amigas anoréxicas para desfilarem algumas de suas criações", disse nesta terça-feira na entrada do Grand Palais uma editora de moda que não quis se identificar. "Sinto como se Slimane estivesse nos fazendo de bobo", disse outra editora comentando a passarela da maison Saint Laurent, que é sempre uma das mais esperadas da Semana de Moda parisiense, que termina na quarta-feira com o desfile da Louis Vuitton.

Sapatos biodegradáveis, tecidos nobres, e onde o couro e as peles brilharam, como sempre, por sua ausência: a britânica Stella McCartney, que apresentou nesta segunda-feira, em Paris, sua coleção para o próximo inverno, foi a única estilista que conseguiu a façanha de construir um império econômico com uma moda "ética". Desde o convite, a filha do ex-Beatle Paul McCartney - que assistiu ao desfile da primeira fila - reafirmou seu ideal ambientalista, pedindo a manutenção da proibição da caça de ursos polares com fins comerciais.

Stella publicou, em sua conta no Twitter, que viajou a Manitoba, Canadá, para admirar estas "criaturas espetaculares" presentes na natureza, e lamentou que, até 2050, dois terços da população mundial de ursos polares irão desaparecer. Sua coleção mostrou casacos longos e tecidos listrados, combinados com pantalonas ou saias compridas, nas cores azul-escuro, preto e cinza, para criar uma silhueta dinâmica, inspirada na vida agitada da mulher moderna.

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A estilista, 42, também propôs vestidos românticos e acetinados, enfeitados com renda ou desenhos, que deram um ar romântico a parte da coleção. Stella não economizou nas cores vibrantes, como violeta, berinjela e ametista, que deram um toque luminoso à coleção, de prêt-à-porter. A estilista, que estreou no mundo da moda em 1997, à frente da marca francesa Chloé - que deixou em 2001, para criar sua própria marca dentro da Gucci -, propriedade do grupo de luxo PPR, dirige agora um império estimado em 100 milhões de euros.

O crescimento de sua marca, que nunca se desviou dos valores ecológicos, foi de 30% em 2012 e 2011, segundo o jornal econômico francês "Les Echos". A estilista, vegetariana como a mãe, Linda McCartney, que morreu em 1998, conseguiu este resultado mantendo os compromissos com a causa ambientalista e o desenvolvimento sustentável. Ao contrário da maioria das coleções desfiladas nesta temporada em Nova York, Londres, Milão e Paris, na passarela de Stella não se viu couro, peles ou qualquer outro produto produzido a partir de cadáveres de animais.

A estilista britânica substituiu estes materiais por tecidos orgânicos, como lã e algodão, e mostrou que a palavra "ética" não vai de encontro ao desenvolvimento de uma marca de moda. A organização ambientalista Greenpeace divulgou, em fevereiro, uma classificação das 15 grandes marcas de moda com base em critérios ecológicos, em que criticou empresas como Louis Vuitton, Hermes, Chanel, Alberta Ferretti, Dolce&Gabbana e Prada, por não os levarem em conta. Em troca, a organização deu uma boa nota à italiana Valentino, por seu compromisso em promover "uma política de compras que implica o desmatamento zero".

Jean-Paul Gaultier imaginou uma mulher guerreira, feminina e boêmia em sua coleção outono/inverno apresentada neste sábado na Semana de Moda de Paris. A coleção é marcada por uma grande variedade de tecidos, que o estilista francês soube mesclar para criar uma silhueta original.

O aplaudido desfile incluiu desde saias em musselina até jaquetas e vestidos em couro, passando por sedas, chiffons e tecidos em lã que envolvem o corpo. Gaultier foi do preto ao vermelho, passando pelo marrom, vinho, violeta e até por um verde muito escuro. "O ponto de partida foi uma couraça", disse Gaultier, que desenhou a coleção imaginando "uma espécie de guerreira". Por isto criei uma "silhueta um pouco forte, mas também com um lado muito feminino"

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Antes, o japonês Junya Watanabe apresentou uma opção contra o frio no próximo inverno: jaquetas em tweed e couro, com muito volume nas costas, calças jeans justas e vestidos em seda e lã, usados com leggings. A japonesa Tsumaro Chisato ofereceu uma coleção inspirada no fundo do mar. "Quis capturar o espírito das paisagens submarinas", disse à AFP a estilista, que utilizou tecidos em tons de azul adornados com elementos marinhos.

A coleção inclui vestidos que evocam a forma de uma concha e várias estampas com animais marinhos. A Semana da Moda de Paris será encerrada nesta quarta-feira com a apresentação da coleção da casa Louis Vuitton, que promete muito luxo diante de milhares de fotógrafos, editores de moda e compradores.

"Romântica", "poética", "artística" e "feminina" foram os adjetivos ouvidos por quem assistiu ao desfile da maison Christian Dior, nesta sexta-feira, em Paris. O consenso é que a marca manteve o espírito do seu fundador e, ao mesmo tempo, refletiu a sensibilidade de seu estilista, Raf Simons, que teve como colaboradora a Fundação Andy Warhol.

As modelos caminhavam por um cenário onírico inspirado pelas nuvens do surrealista René Magritte, e suas silhuetas refletiam em gigantes esferas metálicas que pendiam do teto. O estilista belga Raf Simons, que está a frente das coleções da maison Dior desde 2012, após o escândalo de março de 2011 com a queda do britânico John Galliano, diretor artístico da marca por 15 anos, propôs 48 looks, entre eles duas túnicas de modelagem ampla com estampas do pai americano da pop art.

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"Para mim Warhol faz muito sentido", disse Simons no release do aplaudido desfile, em que destaca sua colaboração com a Fundação Andy Warhol. "Me interessava a delicadeza e sensibilidade do trabalho que Warhol fez no início", acrescentou Simons, lembrando também que Christian Dior, fundador da histórica marca, começou sua carreira como dono de uma galeria e representou no início de carreira o espanhol Salvador Dalí e o suíço Alberto Giacometti.

A coleção criada por Simons incluiu desde elegantes casacos em pele de astrakan (tipo de cordeiro) e vison ou em suave lã vermelha, adornado com um laço, até delicadas capas em seda rosa pálido sobre um corpete preto e uma saia curta em seda azul marinho metálico, passando por vestidos tomara-que-caia. No desfile da Dior, que aconteceu em um lugar histórico de Paris, Les Invalides, não poderiam faltar as calças cigarrete, justas até os tornozelos e os looks de cintura marcada, assim como a emblemática jaqueta Bar, todos inspirados nos arquivos Dior.

O estilista belga trouxe também para a passarela saias de cortes irregulares, minissaias e casacos-vestidos em uma paleta que ia do branco e rosa, suas cores fetiche, até o preto. "Fiquei encantado com esta coleção, achei poética, artística, mas ao mesmo tempo dá vontade de usar essa roupa", disse à AFP a modelo russa Natalia Vodianova. Simons, ex-estilista da marca Jil Sanders e que antes de assumir a Dior era conhecido principalmente por sua moda masculina vanguardista, que comercializava em sua própria marca, trouxe para Paris também vestidos curtos.

A passarela da Dior, que hoje é a jóia do grupo de luxo LVMH, de Bernard Arnault, atraiu atrizes como Marion Cotillard e Mélanie Laurent, além de influentes editoras de moda e compradores do mundo inteiro.

No terceiro dia da Semana de Moda de Paris, a top Isabeli Fontana teve duas entradas. Após arrasar com uma fenda na perna a la Angelina Jolie no desfile de Anthony Vaccarello na terça-feira (26), Isabeli desfilou de lingerie para a Etam em dois looks super ousados. Na primeira entrada a modelo vestiu um corselet de couro com spikes, meias brancas e luvinhas. Bem sexy.

Já a segunda entrada contou com inspiração indiana, com calcinha e sutiã adornados com maxiacessórios. O desfile com perfil de show, semelhante ao da Victoria's Secret, contou com hits ao vivo de M.I.A, Rita Ora, Lykke Li, Selah Sue e Lily Allen, afastada dos palcos há quatro anos. A semana de moda de Paris segue até o dia 6 de março.

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A Semana de Moda de Paris começou nesta terça-feira com um dia consagrado aos jovens talentos, entre os quais se destacam três estilistas da Bélgica que estão deixando sua marca no mercado da moda com suas linhas arquitetônicas e fluidas.

Anthony Vaccarello, Cédric Charlier e Véronique Branquinho, que apresentam suas coleções para o próximo outono/inverno no primeiro dia dos desfiles de prêt-à-porter, confirmam que a Bélgica, e a Antuérpia em particular, é atualmente um dos berços da moda e do design.

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Alguns destes estilistas, como Branquinho, são egressos da Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, uma das melhores escolas do mundo, onde estudou também Martin Margiela, Dries van Noten e Haider Ackerman -nascido em Bogotá e adotado por um casal de franceses-, cujos desfiles figuram entre os mais aclamados em Paris, por sua surpreendente paleta de cores e elegância dos cortes.

"Como se explica que muitos criadores belgas estejam mudando a paisagem da moda em Paris, capital indiscutível da Alta-Costura?", perguntou a AFP a Cédric Charlier, na véspera da apresentação de sua coleção.

"A Bélgica é um país pequeno, onde não existem os códigos de Alta-Costura, onde tudo está ainda por inventar", explicou o estilista de 34 anos, que conversou com a AFP enquanto dava os últimos retoques de costura em uma de suas criações no corpo de uma modelo parisiense jovem e magra, alta e ruiva.

"Como não temos uma história de moda, isso não pesa sobre nossos ombros, o que ajuda a despertar a imaginação", disse.

"Acredito que é por isso que temos uma grande liberdade para inventar e sonhar", disse Charlier, que antes de lançar sua própria marca, há três anos, trabalhou com o israelense Alber Elbaz, à frente das coleções da histórica maison Lanvin, e foi durante quatro anos diretor artístico da maison Cacharel.

"A Bélgica parece um país onde não há nada, mas está cheio de surpresas", disse o jovem estilista, cuja coleção, salpicada de cores, se inspira na arte flamenca da Idade Média, mas é totalmente moderna.

Seus vestidos são justos, de corte intricado, mas ao mesmo tempo se movem com fluidez e parecem fáceis de usar. O vestido preto usado pela modelo no momento da entrevista era adornado com bordados inspirados nas coloridas ilustrações de manuscritos medievais flamencos..

O corte dos casacos e jaquetas é feminino, com ombros arredondados, e os tecidos são nobres: cetim, cashmere, mas também algodão, que Charlier trabalha para dar uma maior suavidade.

O estilista ressalta o lado onírico e artístico de seu trabalho, dizendo que suas criações "estão ancoradas na realidade" e se dirigem às mulheres de hoje.

Graduado na Escola de Artes Visuais de Bruxelas , Charlier lançou sua própria marca com o apoio da marca industrial italiana Aeffe, que produz e distribui várias marcas de luxo.

Suas criações, assim como as de Vaccarelo, figuram cada vez mais nos tapetes vermelhos e são exportadas para vários continentes.

Na segunda-feira, uma foto de Kim Kardashian, celebridade namorada do rapper Kanye West, em um vestido de Charlier deixou a internet em polvorosa.

"Mas eu não ando atrás de celebridades, ela comprou o vestido, é uma cliente", disse o estilita, cuja atitude contrasta com a de outros que, como é sabido no mundo da moda, pagam alta somas às celebridades para que vistam suas criações.

A formulação de políticas públicas na área de saneamento foi o assunto discutido na reunião ocorrida nesta terça-feira (26), entre o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) e a vice-prefeita de Paris, Anne Le Strat. Os gestores conversaram no gabinete municipal do socialista e articularam uma cooperação técnico-científica entre as duas cidades com o objetivo de trocar informações. A ideia é que o Recife possa aproveitar a experiência da capital francesa na universalização do acesso à água e tratamento do esgoto.

De acordo com Geraldo Julio o encontro serviu para a troca de experiências. “Nós articulamos uma cooperação técnico-científica que servirá como primeiro módulo para o processo que vamos estabelecer. Paris é uma cidade conhecida por sua capacidade de geração econômica. Portanto, esse encontro foi muito positivo”, afirmou o gestor.

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Para Anne Le Strat, que acumula a função de presidente da companhia que trata do saneamento em Paris, a cooperação entre as duas cidades é apenas o primeiro passo da cooperativa que pode se estender para as questões de políticas urbanas. “Apesar de contextos muito diferentes entre uma cidade e outra, há muito o que compartilhar sobre as redes de água”, destacou a vice-prefeita.

Com informações de assessoria

Depois de seduzir meio milhão de pessoas em Paris, a exposição Impressionismo e Moda abre suas portas na próxima semana no Museu Metropolitan (Met), em Nova York, com pinturas de mestres da época apresentadas pela primeira vez nos Estados Unidos. A filosofia da mostra é a mesma do Museu de Orsay em Paris: ilustrar as inúmeras facetas do diálogo entre a arte e a moda durante o período impressionista através de obras de Monet, Manet, Renoir e Degas - entre outros - e vestidos da época.

A comparação permite ver como estes grandes artistas refletiram em suas pinturas a evolução e a divertida audácia da moda feminina. O Metropolitan apresenta 80 obras, 16 vestidos - a maior parte americanos -, revistas de época consagradas a moda, acessórios, leques e chapéus.

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As estrelas da mostra são duas das três partes que sobreviveram do gigantesco Almoço na grama de Monet (1865-66), emprestadas pelo museu de Orsay e que nunca antes foram exibidas nos Estados Unidos, disse em entrevista à AFP o presidente do museu francês Guy Cogeval, presente em Nova York. Cogeval afirmou que a mostra do Met, intitulada Impressionismo, Moda e Modernidade é "radicalmente diferente" do Orsay em relação à sua "apresentação". "A seleção de pinturas não é a mesma", disse Susan Stein, curadora da famosa instituição nova-iorquina. "A maioria dos vestidos são diferentes, assim como os documentos expostos. E a organização da exposição é temática e cronológica", disse.

A mostra ocupa oito grandes salas, entre elas uma dedicada ao "vestido branco", outra ao "vestido preto", uma terceira a trajes masculinos e duas a cenas ao ar livre e à moda parisiense da época. O repouso de Manet (1871), que não foi exposto em Paris, é apresentado na sala "vestido branco", junto com Lise de Renoir (1867), ao lado de um esplêndido vestido de crinolina, armação usada para dar volume aos vestidos.

Na sala vizinha, O retrato da senhora Charpentier e suas crianças de Renoir (1878) aparece ao lado de um impressionante vestido preto de seda e A Parisiense de Manet (1875). O visitante também pode admirar Na estufa, de Albert Bartholomé (1881), exposto junto a um vestido de poá e listras violetas utilizado por sua mulher para este retrato. "A esposa de Bartholomé o conservou por toda sua vida com a pintura. Antes de morrer, deu a uma pessoa que mais tarde doou os dois ao Museu de Orsay", contou Guy Cogeval.

Após a exibição em Nova York, aberta até 27 de maio, a mostra, que levou quatro anos de preparação, será apresentada no Instituto de Arte de Chicago de 26 de junho a 22 de setembro. "Cinco anos atrás era uma ideia nova. Não era óbvio colocar pinturas tão importantes ao lado de vestidos. É sobre isso que muitos historiadores da arte refletiram", disse Cogeval.

Além de poucas críticas negativas,"o público compreendeu perfeitamente" a aposta, acrescentou, se considerados os 500.000 visitantes em Paris.

Um dos principais nomes do heavy metal brasileiro, a banda Shadowside embarcou neste domingo (24) para sua sexta turnê Hellish Rock Tour Part II pela Europa. O grupo já têm 37 datas confirmadas e as apresentações acontecem nas principais casas de espetáculos do continente europeu como o Olympia, em Paris.

A turnê inicia no dia 28 de fevereiro, em Barcelona (ESP), e segue por Suíça, Itália, Grécia, Turquia, Bulgária, Romênia, Eslovênia, Hungria, Eslováquia, República Tcheca, Polônia, Finlândia, Noruega, Suécia, França, Bélgica, Inglaterra e termina no dia 21 de abril, na Alemanha.

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O GAC-PE, Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer, está arrecadando fundos para a construção da Casa Dia, um espaço para acolher pacientes que são assistidos pela instituição e seus familiares. A estilista Andréa Lins, com peças criadas em Paris, lança sua nova coleção coleção de camisas exclusivas em prol da instituição.

A linha Algodão Doce, da coleção criada pela estilista, possui elementos que remetem ao universo infantil como pipoca, algodão doce e sorvete, além de camisetas modernas e coloridas. Todas as camisas contam com a marca do GAC-PE e a renda da venda será revertida para a instuição. As camisas estarão disponíveis nas principais lojas da cidade até o final do mês de fevereiro. As reservas das camisas podem ser feitas através números (81) 34237 633 e (81) 3423 7636.

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O GAC-PE funciona atualmente dentro do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, junto com o Centro de Onco-hematologia Pediátrico do hospital. A maior parte das crianças que são assistidas pelo GAC são do interior do Estado. Os familiares que as acompanham durante o dia no Recife não têm um lugar para descansar, tomar banho e se alimentar. A construção da Casa Dia vai permitir a ampliação dos serviços prestados pela instituição.

Em plena temporada de desfiles, que chamam a atenção de todo o mundo, uma exposição em Paris tem como personagem principal as modelos, mostrando o alto custo pago por algumas das musas dos sonhos de muita gente.

As modelos "sofrem as imposições da moda e ao mesmo tempo ajudam a impor normas de beleza que muitas vezes custam seu próprio corpo", disse Silvie Lécallier, curadora da mostra "Modelos, o corpo da moda",

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A exibição, que acontece até 19 de maio na Cidade da Moda e do Design, nas margens do Rio Sena, gira em torno do corpo da modelo e de qual tem sido seu papel na milionária indústria da moda.

Através de fotografias, revistas, cartazes e filmes dos arquivos do museu Galliera (museu da moda parisiense), a exibição também mostra como a moda impôs, através de seus modelos, o culto da juventude e os cânones da beleza do século XIX até agora.

Em 1905, por exemplo, "a cintura deve ser marcada, o peito baixo, as nádegas empinadas para trás. Mas nos anos 1960 já não há quadris, nem seios, nem cintura", explica Lécallier em frente a uma foto da modelo britânica Twiggy, a primeira topmodel internacional.

A especialista lembra que no início, antes de ser apresentada por modelos de alto nível extremamente magras e jovens - o que acontece muitas vezes hoje em dia com as estrelas no tapete vermelho - as criações de moda eram exibidas por manequins fabricados em madeira, vime ou cera.

Foi somente no século XX que as vestimentas foram apresentadas por modelos profissionais que, "como viviam de seu corpo e podiam ser tocadas e apalpadas, eram consideradas prostitutas", disse.

A curadora lembrou que foi somente em meados da década de 1920 que se estabeleceu na moda a norma de magreza e altura, quando o estilista Jean Patou trouxe dos Estados Unidos modelos norte-americanas para apresentar suas coleções.

Patou "buscava mulheres jovens, altas, magras, sem quadris e com tornozelos finos", disse Lécallier, explicando porque as modelos estão "não só no centro do mundo e da indústria da moda, mas também da representação da mulher".

"A partir da década de 1960, as modelos eram cada vez mais jovens e a juventude passou a ser um dos atributos vinculados à moda", destacou.

A moda também deixa cicatrizes nos corpos das modelos: a foto de Kristen McMenamy, que posa com os seios desnudos para Juergen Teller, é o testemunho disso.

Entre os seios da modelo americana está escrito "Versace", e seu corpo adolescente mostra uma cicatriz deixada por um zíper que agarrou em sua pele quando se vestia apressadamente em um desfile.

"É uma foto que data de 1996 e que provocou um escândalo no momento em que foi publicada porque dá uma representação que parece negativa da modelo", disse a curadora.

"Esta imagem revela um corpo de mulher verdadeiramente marcado pela moda. E fala do status da modelo, do corpo da manequim à disposição das marcas. Um corpo que quase se vende, porque está diretamente marcado na pele".

Não podia faltar nesta exposição uma foto de Kate Moss, feita quando a modelo tinha 15 anos em uma praia, e que 23 anos depois continua como um ícone.

A imagem de Moss, que mostra seu corpo adolescente e traços irregulares, "não corresponde aos cânones da beleza" dos anos 1990, quando triunfavam as modelos sofisticadas. Essa foto "marcou um hiato na história da moda", disse Lécallier.

Para o diretor do museu Galliera, uma das imagens mais intrigantes desta mostra - a primeira consagrada pelo museu às modelos - é a da modelo espanhola Violetta Sánchez, ícone da moda nos anos 1980, feita por Helmut Newton.

Violetta, musa também de Thierry Mugler, Yves Saint Laurent e Moschino, posa reclinada, na mesma posição de sua cópia fabricada em plástico. "Não se sabe qual delas é a real e qual é a falsa", disse.

O Museu Galliera, que está em reformas, vai abrir suas portas em setembro com uma exposição dedicada ao estilista Azzedine Alaia.

Uma parte do Muro de Berlim grafitada pelo artista brasileiro Nunca é a atração de um leilão nesta segunda-feira, no Palácio de Tóquio, em Paris. O evento faz parte de uma ação beneficente em prol da associação SOS Racismo, que homenageia o Brasil. Nunca, que começou a fazer grafites nas ruas de São Paulo aos 12 anos, é dono de um estilo pessoal inspirado nas tradições indígenas do país.

Em 2011, ele foi convidado a pintar duas seções do muro de Berlim. O artista escolheu representar um gigantesco punho que quebra o muro em vários pedaços. Com 3,50 metros de altura, a obra, muito pesada, ficou na Alemanha. Ela está avaliada em 250.000 a 350.000 Euros pela casa de leilões Pierre Bergé & Associados, que organiza o evento com o arquiteto Alain-Dominique Gallizia, expert e colecionador de grafites.

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O leilão apresenta mais de 60 artistas grafiteiros da França e dos Estados Unidos (Ash, Bando, Bruce, CES, Faust, Revolt, Sonic, Spirit e Taki 183, entre outros), mas também do Brasil, convidado de honra da edição de 2013 desta venda. "Há uma identidade brasileira no grafite", declarou à AFP o artista Speto, 41 anos, um dos pioneiros da arte urbana no Brasil.

Nascido em São Paulo, jovem skatista, ele começou a transformar as paredes da cidade aos 14 anos. "A gente não tinha informação sobre o que acontecia fora e isso foi muito bom porque pudemos desenvolver nosso próprio estilo", explica o artista, que ficou mais conhecido após fazer uma participação na novela Cheias de Charme. "Nós somos rebeldes do bem, temos bons objetivos", falou. "Minha paixão é me comunicar com os outros através da arte. Uma obra na rua é destinada a todo mundo, não importando a cor da pele, a classe social ou o nível de escolaridade", completou Speto.

Skatista

Speto desenvolveu uma arte simples, naïf, inspirada na xilografia - técnica de gravura na madeira. Para o leilão, ele propôs um Pequeno Buda em Londres, que chora diante da triste realidade do mundo. A pintura, spray sobre tela, está avaliada entre 6 mil e 8 mil Euros.

Tihno também é um antigo skatista de São Paulo. Nascido no Brasil, filho de pai japonês, Walter Tada "Tihno" Nomura começou a grafitar em 1986, aos 13 anos. Ele desenhou camisetas e logomarcas para produtos de skate. Ele estudou, virou professor de artes e suas obras são cada vez mais reconhecidas. Thino apresenta ao leilão uma grande pintura: How it would be tomorrow, avaliada entre 5 mil e 7 mil Euros.

A arte de Herbert Baglione, também paulistano, é inspirada na caligrafia. Ele utiliza branco e preto para desenvolver obras poéticas e vibrantes. A tela Silver Piece, feita em spray e em tinta acrílica, foi avaliada entre 12 mil e 16 mil Euros. Para Alain-Dominique Gallizia, "O grafite sobre tela que existe há 40 anos não é muito mostrado ao público". "Ele ainda não é exibido nos grandes salões de arte contemporânea", garante o arquiteto que gostaria de vê-lo "entrar nos museus".

O colecionador tem pouco mais de 400 obras de grafiteiros sobre tela, algumas expostas no seu atelier em Boulogne-sur-Seine, cidade nos arredores de Paris. Para este leilão beneficente, nenhuma taxa será cobrada do comprador. Três quartos do lucro das vendas serão revertidos para a SOS Racismo, e um quarto irá para os artistas.

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Gratuito e com única apresentação, a peça A Viagem do Capitão Tornado vai ser encenada por atores com Síndrome de Down neste sábado (23), às 21h, no Teatro do SESI, em São Paulo. Após a sessão, o diretor Leonardo Cortez e o elenco participam de um bate-papo com o público. O espetáculo, que já passou por três cidades do interior de São Paulo no ano passado, chega à capital paulista pela primeira vez.

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Com inspiração no romance Le Capitaine Fracasse (O Capitão Fracasso), do escritor francês Théophile Gautier, a montagem é ambientada no século 17 e narra a história de um grupo teatral miserável que, em busca de reconhecimento profissional e de novos palcos para suas apresentações, percorre Paris a procura de oportunidade. Juntos, os atores pedem abrigo em um castelo aparentemente abandonado. 

Todos os atores fazem parte do Grupo ADID (Associação para o Desenvolvimento Integral do Down) de Teatro - mesmo grupo em que o ator Ariel Goldenberg (protagonista do filme Colegas) já fez parte.  

Serviço

A Viagem do Capitão Tornado 

Sábado (23), às 21h

Teatro do SESI-SP (Av. Paulista, 1.313, Metrô Trianon-Masp) 

Gratuito

Horário de funcionamento da bilheteria: quarta a sábado, das 13h às 21h e domingo, das 13h às 19h30

(11) 3146 7405 

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