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A presidente do Parlamento Europeu convidou o dono do Twitter, Elon Musk, para depor perante os eurodeputados, disse uma porta-voz nesta segunda-feira (19).

Roberta Metsola enviou uma carta ao bilionário americano com um convite para que compareça pessoalmente a Bruxelas.

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A Eurocâmara não tem autoridade para obrigar Musk a depor. A resposta do empresário ainda é uma incógnita.

Musk, fundador da montadora de veículos elétricos Tesla, semeou agitação e provocou seguidas polêmicas desde que comprou a rede social Twitter em outubro por US$ 44 bilhões.

As decisões que Musk tomou no comando da plataforma nas últimas semanas - demitir metade da força de trabalho, restabelecer a conta do ex-presidente americano Donald Trump, suspender as orientações contra desinformação sobre a covid-19, bloquear a conta de alguns jornalistas e em seguida voltar atrás, proibir referências a plataformas rivais no Twitter - atraiu o escrutínio de legisladores de ambos os lados do Atlântico.

A Comissão Europeia alertou Musk de que ele está exposto a "sanções" da UE por violar a liberdade da imprensa.

No domingo, Musk lançou uma enquete perguntando aos usuários da rede social se ele deveria continuar no comando do Twitter. A pesquisa terminou com 57,5% de votos a favor da saída do bilionário.

O preço das ações do Twitter despencaram desde que Musk comprou a plataforma. Os anunciantes se afastaram do Twitter pelas seguidas polêmicas e mudanças de diretrizes.

O Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (4) uma lei que impõe um carregador universal, com entrada USB-C, para smartphones, tablets e dispositivos portáteis a partir do final de 2024, uma medida que obrigará a Apple a modificar seus modelos.

O regulamento foi aprovado por maioria esmagadora de 602 votos a favor e 13 contra, com oito abstenções. A medida forçará a Apple a abandonar a entrada específica para seus modelos de iPhone, chamada Lightning.

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Durante as discussões, os eurodeputados argumentaram que a adoção de um modelo de carregador universal reduzirá a montanha de carregadores obsoletos descartados todo ano e reduzirá os custos para os consumidores.

Espera-se que a mudança economize pelo menos 200 milhões de euros (195 milhões de dólares) por ano e reduza mais de 1.000 toneladas de lixo eletrônico anualmente na UE, disse a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager.

A Apple resistiu energicamente às medidas para padronizar as entradas de carregamento para celulares e dispositivos portáteis, alegando que tal legislação prejudicaria a inovação tecnológica.

No entanto, os usuários dos modelos mais recentes do iPhone reclamam que a entrada Lightning é capaz de transferir dados em apenas uma fração da velocidade do USB-C.

Os regulamentos aprovados nesta terça-feira pelo Parlamento Europeu devem ser aplicados integralmente no prazo de dois anos para celulares, tablets, câmeras digitais, caixas de som portáteis, consoles portáteis de videogames e leitores eletrônicos, entre outros.

O Parlamento Europeu ratificou por ampla maioria, nesta terça-feira (5), uma nova legislação sobre mercados e serviços digitais, com a qual a União Europeia (UE) pretende pôr fim aos abusos de poder por parte dos gigantes digitais e ordenar esse segmento.

O pacote é composto por uma Lei de Mercados Digitais, para regular a atividade e evitar práticas anticoncorrência, e outra sobre Serviços Digitais, uma ferramenta para reprimir conteúdos ilegais on-line.

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A nova lei dos Mercados Digitais foi aprovada por 588 votos a favor (com apenas 11 contra e 31 abstenções), enquanto a normativa dos Serviços Digitais teve o apoio de 539 legisladores (com 54 contra e 30 abstenções).

O projeto havia sido apresentado oficialmente em dezembro de 2020 com o objetivo declarado de colocar "ordem no caos" dos serviços e mercados digitais.

Este pacote legal visa, portanto, regular um segmento da economia para impor obrigações, direitos e proibições aos gigantes tecnológicos.

A intenção da UE é regular a atividade do grupo de gigantes conhecido como GAFAM (Google, Apple, Meta - ex-Facebook -, Amazon e Microsoft), embora também inclua também empresas como Booking, de reservas on-line, ou a rede social TikTok.

Também afeta a companhia de comércio online Alibaba e o aplicativo de mensagens Snapchat.

O ponto crítico da proposta é a definição de critérios para classificar uma plataforma como "sistêmica", ou "guardiã", empresas de tal porte que eliminam a concorrência e atuam basicamente à margem das regulamentações vigentes.

O parâmetro para classificar uma empresa como "sistêmica" é a existência de "mais de 45 milhões de usuários ativos" na União Europeia.

As empresas que se enquadram nesta definição serão auditadas anualmente por órgãos independentes e permanecerão sob a supervisão da Comissão Europeia.

Após vários anos de tentativas sem sucesso de combater as infrações cometidas por essas gigantescas empresas, a UE decidiu enquandrar as atividades do setor, dando à Comissão Europeia o poder de decidir e agir.

A nova normativa vai instaurar a possibilidade de escolher entre várias lojas de aplicativos, o que permitirá evitar a App Store, da Apple, um dos pontos criticados pelos eurodeputados.

A legislação estabelece ainda um controle sobre todas as operações de compra desses gigantes para limitar o acúmulo de inovação de "startups" e evitar as aquisições com o único objetivo de acabar com a concorrência.

Também inclui cerca de 20 regras para conter os abusos constatados nos últimos anos e, em caso de infração, prevê multas que podem chegar a 10% das vendas mundiais do grupo, ou até a 20%, em caso de reincidência.

As grandes plataformas estarão proibidas de promover qualquer favoritismo em relação a seus próprios serviços nos resultados dos motores de busca, algo de que o Google foi acusado de fazer com seu site de vendas on-line Google Shopping.

O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, faleceu nesta terça-feira (11), aos 65 anos, em um hospital na Itália - informou seu porta-voz no Twitter.

Sassoli estava internado há duas semanas no hospital, em estado grave, devido a uma disfunção de seu sistema imunológico, disse seu porta-voz, Roberto Cuillo, na segunda-feira (10).

"David Sassoli faleceu em 11 de janeiro, à 1h15, no CRO (Centro de Referência de Oncologia) de Aviano, Itália, onde estava internado" desde o final de dezembro, escreveu Cuillo.

"A data e o local do funeral serão comunicados nas próximas horas", acrescentou.

Cuillo anunciou, ontem à tarde, a hospitalização do presidente do Parlamento Europeu "por uma complicação grave, devido a uma disfunção do sistema imunológico", e a suspensão de suas atividades oficiais.

O italiano, que superou uma leucemia no passado, esteve internado no outono boreal (primavera no Brasil) por causa de uma pneumonia que o manteve afastado da atividade parlamentar durante várias semanas.

O mandato deste ex-jornalista começou em 2019 e expirava este mês no meio da legislatura europeia, de cinco anos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil sob elogios de eurodeputados, após discurso emocionado no Parlamento Europeu, onde visitou nessa segunda-feira (15), em Bruxelas, na Bélgica, como parte de sua tour pelo continente. Em sua fala, disse que sua gestão quer provar “que é possível resolver os problemas do povo pobre, quando ele é colocado no Orçamento”, que o Brasil “tem jeito” e que é possível “construir uma economia justa, sem a destruição do meio ambiente e livre da exploração desumana da força de trabalho”.

O momento rendeu aplausos de pé por parte dos convidados do Parlamento e se tornou assunto das manchetes internacionais das últimas 24 horas. À ocasião, também foi crítico ao seu opositor e possível concorrente em 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Disse que o conservador “representa uma peça importante da extrema direita fascista e nazista mundial” e que “não passa de uma cópia mal feita de Trump”.

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“Acabamos com a fome, a ONU reconheceu. Criamos 22 milhões de empregos”, disse recentemente o ex-presidente. A seguir voltou a dirigir seus dardos contra Bolsonaro: “A extrema direita não pensa no povo trabalhador, no pobre, no emprego, no índio, no negro, na população LGBT+, não pensa em nada que não seja a ganância e o processo de desestruturar o Estado brasileiro”, criticou Lula. Não sabe governar. Vendem, como estão fazendo com a Petrobras e querem fazer com os bancos públicos”.

Lula participou nessa segunda-feira (15) de um ato no Parlamento Europeu em que também esteve presente o ex-primeiro-ministro socialista espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. “Temos o objetivo de compartilhar as agendas das esquerdas na América Latina e na Europa. E temos que enfrentar os populismos de direita e de extrema direita”, disse a líder dos social-democratas europeus, a espanhola Iratxe García, que declarou que apoiará o Partido dos Trabalhadores (PT) na próxima eleição.

Desde que saiu da prisão, Lula lidera as pesquisas em clima de polarização. “Estou preparado, motivado e com plena saúde”, tem dito. Mas não admite isso abertamente, cauteloso e respeitando os prazos do partido. “Estamos em um momento muito especial da política brasileira. Meu partido é atacado todos os dias”, destacou. “Mas meu partido vai ter um candidato em fevereiro ou março, e também temos que ver se vamos formar coalizão”, continuou.

Em visita ao Parlamento Europeu nesta segunda-feira (15) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter "extraordinária relação de respeito" com o ex-governador Geraldo Alckmin, apontado como possível vice em uma chapa encabeçada pelo petista à Presidência da República. A fala vem três dias após o quase ex-tucano ter dito que ficou "muito honrado" por ser lembrado para a vaga.

O petista disse, porém, que só irá procurar um vice quando decidir pela oficialização da candidatura à eleição presidencial de 2022. Ainda sobre Alckmin, de saída do PSDB, Lula afirmou que "não há nada que não possa ser reconciliado" e comparou as divergências do passado, quando disputaram a eleição de 2006, com o futebol.

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"Você dá uma canelada no cara, ele cai chorando de dor, mas depois que termina o jogo, eles se encontram, se abraçam, vão tomar uma cerveja e discutir o próximo jogo", disse o ex-presidente, ao lado de Iratxe García Perez, eurodeputada presidente do bloco social-democrata do Parlamento Europeu e anfitriã da Conferência de Alto Nível da América Latina, que teve a participação de Lula, além de lideranças latinoamericanas e europeias.

O brasileiro participou do evento "Juntos durante a crise para uma nova agenda progressista". No discurso, Lula destacou a situação de fome sofrida no Brasil, a destruição do meio ambiente e a condução da pandemia por parte do presidente Jair Bolsonaro. Estiveram entre outras lideranças que compuseram a mesa o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero e o ex-presidente do Equador Rafael Correa.

O Parlamento Europeu organizou, nesta quinta-feira (29), um debate para discutir a pandemia de coronavírus na América Latina, que virou uma sessão de críticas ao "negacionismo" e à "necropolítica" do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O objetivo da sessão era discutir o impacto da pandemia na região e as possibilidades de ajuda da União Europeia (UE) aos esforços dos governos nacionais para enfrentar a Covid-19.

Em particular, as discussões pretendiam analisar a relação entre o elevado nível de desigualdades sociais e econômicas no continente, assim como o avanço fora de controle da pandemia, mas as denúncias contra Bolsonaro dominaram por completo a sessão.

"Por ação ou omissão, a necropolítica de Bolsonaro constitui um crime contra a Humanidade que deve ser investigado", afirmou o eurodeputado espanhol Miguel Urbán.

Outro eurodeputado espanhol, Jordi Solé, advertiu que a gestão da crise de saúde por parte do presidente brasileiro pode "transformar o país em uma incubadora de novas cepas" do coronavírus.

Para a legisladora portuguesa Isabel Santos, a situação no Brasil é mais difícil por causa do "irracional negacionismo de Bolsonaro", a quem acusou de "fazer tudo para que a população não seja vacinada".

"Não é um erro, e sim uma irresponsabilidade deliberada", completou.

Os legisladores conservadores que participaram no debate também apresentaram críticas, mas sem mencionar o nome do presidente brasileiro.

Para o português Paulo Rangel, o impacto da pandemia foi agravado "por erros políticos e por visões negacionistas, como é o caso do Brasil".

O eurodeputado espanhol Leopoldo López afirmou que é necessário "destacar a negação da gravidade por parte dos governantes de alguns dos países com maior população".

A comissária europeia da Estabilidade Financeira, Mairead McGuiness, destacou que a UE já destinou 38 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 a 30 países da América Latina por meio do mecanismo internacional COVAX.

O Senado brasileiro instalou esta semana uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do governo na pandemia de coronavírus, no momento em que o número de mortos no país se aproxima de 400.000.

Desde o início da pandemia no Brasil, em fevereiro de 2020, Bolsonaro se opôs às medidas de isolamento social, rejeitou o uso de máscara, questionou a eficácia das vacinas e defendeu o uso de remédios, como a hidroxicloroquina, sem eficácia comprovada contra a doença.

O Parlamento Europeu declarou nesta quinta-feira a urgência climática e ambiental, uma votação simbólica para pressionar os líderes da UE antes da COP25 sobre o clima e a chegada de um novo executivo europeu.

A resolução, adotada por uma grande maioria (429 votos a favor, 225 contra e 19 abstenções) confirma o compromisso do parlamento de "limitar o aquecimento global do planeta a 1,5 ° C e, assim, evitar uma perda maciça de biodiversidade".

A votação é semelhante a de outros parlamentos de países da UE, como França, Reino Unido ou Áustria.

"O fato de a Europa ser o primeiro continente a declarar urgência climática e ambiental ... é uma forte mensagem enviada aos seus cidadãos e ao resto do mundo", disse Pascal Canfin (Renovar a Europa, centro e liberais), a Presidente da comissão ambiental do Parlamento Europeu.

O coordenador do Brexit para o Parlamento Europeu, o eurodeputado Guy Verhofstadt, disse que legisladores especialistas avaliarão na segunda-feira os desdobramentos da decisão do Parlamento britânico de adiar a votação sobre o Brexit, tendo em vista que o prazo ficará apertado para qualquer aprovação legislativa da União Europeia antes de 31 de outubro.

Verhofstadt disse que o Grupo de Direção do Brexit do Parlamento Europeu se reúne na segunda-feira, conforme planejado. Anteriormente, ele havia afirmado que o processo de aprovação do Brexit britânico precisava ser concluído antes que o Parlamento da UE o apreciasse.

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Com pouco tempo antes da próxima sessão do Parlamento da UE, prevista para quinta-feira, provavelmente seria necessária uma extensão técnica da data final de 31 de outubro. A próxima plenária da UE para além da semana que vem deve ocorrer em 13 de novembro, com a necessidade de uma extensão de prazo de pelo menos duas semanas para aprovação final da UE. Fonte: Associated Press.

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira, 18, por 544 votos a 126 uma resolução reafirmando que continua apoiando um Brexit ordenado que seja baseado no acordo de retirada já negociado. O Legislativo da União Europeia (UE) pontuou no documento que está aberto a uma possível extensão da data-limite para a separação se ela for solicitada pelo Reino Unido e tiver "um propósito específico, como evitar um desembarque sem acordo, realizar eleições gerais ou um referendo, revogar o Artigo 50 (que acionou o Brexit) ou aprovar o acordo de retirada".

De acordo com o texto aprovado na votação, o Parlamento ressalta que o Reino Unido teria de assumir responsabilidade completa por uma eventual saída sem acordo e as "sérias consequências" que ela implicasse.

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Em discurso no plenário da Casa, o negociador-chefe da UE para o Brexit, Michel Barnier, afirmou que Bruxelas precisa de "uma solução legalmente operacional" no acordo do Brexit "que responda integralmente a cada um dos problemas e riscos criados" pelo divórcio.

"O novo governo do Reino Unido delineou em Luxemburgo os aspectos do backstop de que não gosta. Isso, no entanto, não é suficiente para nos aproximar de uma solução", comentou o francês, referindo-se ao mecanismo, rejeitado por Londres, que, no caso de um acordo ser aprovado por ambas as partes, mas o arcabouço legislativo para a nova relação não estar todo de pé ao fim do período de transição do Brexit, criaria automaticamente uma união aduaneira temporária englobando o Reino Unido.

O bilionário e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que se lançou há 25 anos na arena política, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento Europeu.

O magnata das comunicações, de 82 anos, com problemas de saúde, preparou-se a seu modo para esta nova missão: comprou uma magnífica mansão em Bruxelas com piscina, academia e salão de festa no bairro das embaixadas, segundo o jornal La Stampa.

Seu partido, Forza Italia, faz parte da família do PPE - um conjunto de siglas da direita a favor da Europa - e reivindica a presidência da Comissão Europeia, o principal cargo em jogo.

"Eu serei o único líder que realmente estará na Europa, porque estarei fisicamente em Bruxelas, além de ser um parlamentar muito experiente", disse ele dois dias antes da votação.

"Eu acho que Viktor Orban (ultraconservador) é um cão solto, mas ele está fazendo um bom trabalho na Hungria e definitivamente vai ficar no PPE", comentou.

O partido soberanista do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, obteve uma vitória esmagadora no domingo, com 52,3% dos votos.

Berlusconi prometeu renovar os laços da UE com a Rússia de Vladimir Putin, seu grande amigo.

"Precisamos superar os problemas e fazer com que a Federação Russa se junte a outros países europeus, porque a Rússia é certamente um país ocidental", disse.

"O perigo para o nosso futuro é a China, por causa de sua economia e população", alertou.

Berlusconi chega ao Parlamento Europeu liderando uma legenda muito fraca, que representa apenas 8,8% dos votos na Itália, amplamente superada pela Liga de extrema direita.

A última vez que "Il Cavaliere" se apresentou foi nas eleições gerais do ano passado, em que seu nome liderou a lista do seu partido. Ele estava inelegível, por fraude fiscal, desde 2013, ano em que teve de deixar o Senado.

Berlusconi foi considerado pela Comissão Antimáfia do Parlamento italiano como um dos "candidatos não representáveis" nas eleições europeias, devido aos seus inúmeros problemas jurídicos.

Três novos países votam neste sábado (25) para eleger os deputados do Parlamento Europeu, onde as pesquisas anunciam um novo crescimento dos partidos populistas e de extrema direita.

A magnitude desse aumento, seu impacto no equilíbrio de poder dentro do hemiciclo europeu e suas consequências na disputa por posições-chave no topo da União são questões políticas importantes.

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Os resultados dos partidos de extrema direita Rassemblemnt National da francesa Marine Le Pen, da Liga de Matteo Salvini na Itália e do Partido do Brexit de Nigel Farage no Reino Unido despertam expectativa.

Assim como a taxa de abstenção entre os 427 milhões de eleitores, o interesse nesta votação vem caindo constantemente nas últimas décadas, mesmo com o aumento das prerrogativas dos eurodeputados.

Depois dos britânicos e holandeses na quinta-feira, seguidos pelos tchecos (que votam em dois dias) e irlandeses na sexta-feira, é a vez dos letões, malteses e eslovacos votarem neste sábado.

Nos outros 21 países da UE, incluindo França, Alemanha e Itália, a votação ocorrerá no domingo (26). Os resultados oficiais só serão publicados a partir do final da tarde para os 28 países da União.

No Reino Unido, onde estas eleições foram organizadas após o adiamento do Brexit, a votação foi eclipsada pelo anúncio da renúncia da primeira-ministra Theresa May.

May lamentou não ter conseguido implementar o Brexit, um divórcio que preocupa na Irlanda, onde o partido pró-europeu do primeiro-ministro Leo Varadkar liderava a pesquisa realizada na sexta-feira.

- Surpresa holandesa -

Na Holanda, a votação trouxe uma primeira surpresa: as estimativas colocam o Partido Trabalhista (PvdA) de Frans Timmermans, candidato à sucessão de Jean-Claude Juncker à frente da Comissão Europeia, liderando, à frente dos Liberais (VVD) e dos populistas (FvD).

Na República Tcheca, no entanto, o movimento populista ANO do primeiro-ministro, o bilionário Andrej Babis, é o favorito. Quanto à Eslováquia, provavelmente enviará pelo menos um parlamentar de extrema direita ao Parlamento, segundo analistas.

De um modo geral, todas as forças eurocéticas, populistas e nacionalistas devem, segundo as pesquisas, registar uma clara progressão no Parlamento Europeu, onde 751 eurodeputados desempenham um papel fundamental na elaboração das leis europeias durante cinco anos.

A Liga do ministro do Interior italiano Matteo Salvini, impulsionada por seu discurso anti-imigrante e hostil às instituições de Bruxelas, poderia conquistar muitos assentos.

Quanto ao RN de sua aliada Marine Le Pen, lidera as intenções de voto na França, à frente da lista apoiada pelo presidente Emmanuel Macron, que, no entanto, ambiciona desempenhar um papel central dentro do novo Parlamento Europeu.

O atual grupo que reúne a Liga e o RN, o ENL, que atualmente conta com 36 eleitos, deve sair mais fortes dessas eleições, com mais de sessenta eleitos.

- Recomposição de alianças -

Mas, mesmo contando os assentos do grupo ECR, que reúne os Tories britânicos e os poloneses do PiS no poder em Varsóvia, as forças eurocéticas e anti-europeias estão longe de serem capazes de alinhar uma maioria no Parlamento Europeu.

Ainda mais porque as possibilidades de aliança se chocam com as profundas divergências entre os movimentos.

De acordo com as pesquisas, as eleições deverão marcar o fim do bipartidarismo entre os democratas-cristãos do PPE e os social-democratas (SeD), que dominavam o Parlamento Europeu desde 1979.

Enquanto isso, os liberais (ALDE) esperam se tornar a terceira força do Parlamento, graças a uma aliança com os futuros macronistas eleitos.

As recomposições de alianças no Parlamento Europeu, onde os Verdes também esperam avançar, serão cruciais na disputa por altos cargos nas instituições europeias.

"Ninguém pode se tornar presidente da Comissão sem o apoio de pelo menos 376 dos 751 eurodeputados", recordou o porta-voz do Parlamento Europeu, Jaume Duch.

Quanto a Jean-Claude Juncker, ele lamentou em entrevista neste sábado que "os extremistas de direita, os populistas de todas as esferas são seguidos em seu raciocínio errado por partidos políticos tradicionais", acrescentando que "não quer viver em um mundo caracterizado pela rejeição do outro".

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi afirmou que será candidato nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio, porque quer lutar por uma União Europeia mais unida e fiel à visão dos fundadores do bloco.

Berlusconi, de 82 anos, discursou na convenção do seu partido de centro-direita, Forza Italia, que nos últimos anos tem perdido popularidade com a ida de eleitores para partidos de direita com mensagens anti-migração e céticas quanto à UE, especialmente o partido Liga, que governa a Itália em coalizão com o populista Movimento 5 Estrelas (M5S).

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Berlusconi disse neste sábado que quer que a Europa "retorne ao projeto dos fundadores, que queriam uma Europa muito mais unida, uma Europa com só uma política externa, com só uma política de defesa". Ao se unir no âmbito militar, a Europa poderia se tornar "uma potência militar mundial", disse ele, que poderia se sentar "com outras potências militares à mesa em que o destino do mundo" é decidido.

Berlusconi havia sido proibido de se candidatar a cargos públicos por quase cinco anos em decorrência de uma condenação por fraude fiscal. Mencionando sua boa conduta, um tribunal decidiu no ano passado que ele poderia se candidatar novamente.

Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, de 82 anos, anunciou na quinta-feira (17) que voltará à política como candidato ao Parlamento Europeu.

Ele participou da campanha nas eleições parlamentares de 2018, mas não pôde ser candidato porque havia sido suspenso em razão de uma condenação por evasão fiscal. (Com agências)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Europa celebra hoje (23) o Dia Europeu em Memória das Vítimas de todos os Regimes Totalitários e Autoritários, que ficou popularmente conhecido como o Dia da Fita Preta. Essa data foi instituída pelo Parlamento Europeu em 2008 e coincide com a data de assinatura do Pacto Ribbentrop-Molotov, assinado por alemães e soviéticos antes da Segunda Guerra Mundial e previa, entre outras coisas, dez anos de paz entre as duas nações.

“Os regimes totalitários que assolaram a Europa restringiram as liberdades individuais, violaram os direitos das pessoas e sacrificaram milhões de cidadãos comuns em nome de uma ideologia” disseram o vice-presidente do Parlamento Europeu, Frans Timmermans, e a comissária Vera Jourová. Durante o período em que o comunismo soviético, o fascismo italiano e o nazismo alemão dominaram o continente, mais de 50 milhões de pessoas foram mortas.

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Segundo o comunicado, mesmo com o fim da Segunda Guerra, muitos países continuaram vivendo sob regimes totalitários. Os representantes do Parlamento Europeu destacaram que os recentes ataques terroristas são reflexo das ideologias totalitaristas, que devem ser combatidas para que não voltem a integrar governos.

Conhecido por suas declarações ofensivas, o deputado polonês Janusz Korwin-Mikke voltou a causar polêmica dentro do Parlamento Europeu. Desta vez, ao tomar voz dentro da casa, Korwin-Mikke insultou as mulheres, chamando-as de "menos inteligentes".

O caso ocorreu durante um debate sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. Durante seu discurso, o polonês afirmou que "é justo que as mulheres ganhem menos, porque são mais fracas, menos inteligente e menores que os homens".

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"Entre os 100 melhores jogadores de xadrez do mundo, não há nem ao menos uma mulher". Para ele, esta é uma prova de uma inteligência inferior, o que também justificaria salários menores. Korwin-Mikke, que já sofreu duas sanções por discursos racistas, poderá sofrer uma terceira.

O deputado já ofendeu imigrantes no Parlamento e os definiu como "lixo humano que não quer trabalhar". Além disso, afirmou que Hitler não tinha conhecimento sobre o Holocausto. O presidente do Parlamento, o italiano Antoni Tajani, abriu um inquérito interno após alguns deputados europeus denunciarem o político, incluindo o socialista Gianni Penna. As punições, neste caso, podem variar de multas à suspensão.

O Parlamento Europeu (PE) pediu a elaboração de um conjunto de regulamentos para governar o uso e a criação de robôs para garantir direitos e responsabilidades destas máquinas. Em uma votação, a comissão de assuntos legais aprovou o relatório, que delineia um possível enquadramento para o conjunto de leis.

"Um número crescente de áreas da nossa vida diária são cada vez mais afetadas pela robótica", disse a autora do relatório, deputada Mady Delvaux. "Para enfrentar esta realidade e garantir que os robôs estão e continuarão a serviço dos seres humanos, precisamos urgentemente de criar um quadro jurídico europeu robusto", complementou.

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O relatório identifica uma série de áreas que necessitam de supervisão específica. Entre as medidas está a criação de uma agência europeia para lidar com questões técnicas e regulatórias acerca da robótica, além da elaboração um código de conduta ética para aqueles que desenham e trabalham com robôs.

Os deputados também sugerem a criação de um seguro obrigatório que pagaria as vítimas de um acidente causado por um robô. Outra proposta é dar as máquinas mais sofisticadas uma espécie de personalidade eletrônica que poderia resolver questões de responsabilidade sobre suas ações, propôs o comitê.

O relatório também tem um interesse especial no futuro dos veículos autônomos, argumentando que os automóveis que dispensam motoristas precisam de regulamentação global. "Abordagens regulamentares fragmentadas dificultariam a implementação e comprometeriam a competitividade europeia", opina a relatora.

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O Parlamento Europeu decidiu nesta quinta-feira atribuir o Prêmio Sakharov 2016 de direitos humanos às yazidis Nadia Murad e Lamiya Alji Bashar, resgatadas das mãos do grupo extremista Estado Islâmico, informaram fontes coincidentes antes do anúncio oficial do premiado.

Os grupos parlamentares socialista e liberal propuseram os nomes destas duas mulheres, que se converteram em símbolos da comunidade yazidi depois de viver um inferno durante seu sequestro pelo EI.

Este grupo extremista sequestrou milhares de jovens no Iraque para convertê-las em escravas sexuais.

Outras duas personalidades também estavam na disputa do prêmio que reconhece a defesa dos direitos humanos: o jornalista opositor turco Can Dündar e o líder histórico dos tártaros da Crimeia Mustafa Dzhemilev, exilado em Kiev desde que a Rússia anexou em 2014 esta península do Mar Negro, controlada até então pela Ucrânia.

O presidente da Eurocâmara, Martin Schulz, e os líderes das difrentes bancadas políticas concordaram nesta quinta-feira em conceder o prêmio às duas mulheres, informaram diversas fontes à AFP.

Os eurodeputados reconhecem desde 1988 o compromisso na defesa dos direitos humanos com o prêmio, que tem o nome do cientista soviético dissidente Andrei Sakharov. A cerimônia oficial está marcada para 14 de dezembro em Estrasburgo, nordeste da França.

O blogueiro saudita Raef Badaoui, preso em seu país por "insultos", recebeu em 2015 o prêmio.

Joseph Blatter foi instado nesta quinta-feira a deixar imediatamente a presidência da Fifa pelo Parlamento Europeu, a instituição parlamentar da União Europeia. Reunidos em Estrasburgo, na França, legisladores de 28 países europeus aprovaram uma resolução que pede para Blatter acelerar a sua anunciada renúncia, deixando a Fifa sob o comando de um interino.

Mergulhada em uma grave crise, a Fifa não apresentou uma resposta imediata ao pedido. Blatter é alvo de uma investigação dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol, enquanto promotores suíços avaliam o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

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Na resolução aprovada, o Parlamento Europeu defende que a presença de Blatter atrapalha a realização das reformas que a Fifa precisa passar e destaca que os carros de corrupção atingiram a imagem do futebol mundial.

Além disso, o Parlamento Europeu urgiu os Estados membros a "cooperar plenamente com a atual e futuras investigações sobre práticas de corrupção dentro da Fifa".

A eleição para substituir Blatter deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2015. As regras da Fifa exigem que o vice-presidente mais velho assuma presidência caso o atual mandatário deixe o cargo antes da votação. No caso, a função seria assumida pelo camaronês Issa Hayatou.

Hayatou foi repreendido em 2011 pelo Comitê Olímpico Internacional por recebido pagamentos da hoje falida ISL na década de 1990, quando ela era a agência de marketing da Fifa. Nos últimos anos, ele mudou duas vezes as regras da eleição presidencial da Confederação Africana de Futebol para se manter no cargo.

O dirigente camaronês está entre 10 membros - atuais ou no passado - do Comitê Executivo da Fifa investigados pelas Suíça pela participação no processo de escolha das sedes do Mundiais de 2018 e de 2022, designados para a Rússia e o Catar, respectivamente.

O Parlamento Europeu classificou a Rússia como uma "ameaça potencial à União Europeia" nesta quinta-feira. A resolução deve dar margem para a manutenção das sanções contra Moscou mesmo depois de março, quando as primeiras medidas impostas no ano passado devem ser reavaliadas.

Ao mesmo tempo, o Parlamento pediu que os canais diplomáticos permaneçam abertos. A chefe de Relações Exteriores da UE, Federica Mogherini, argumentou aos parlamentares que o bloco deve "pensar em restaurar, parcialmente, opções e instrumentos para a cooperação com a Rússia."

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A relação com Moscou deve ser a principal pauta da reunião de ministros de Relações Exteriores da UE na próxima segunda. Para o presidente da Comissão Europeia, Donald Tusk, os 28 países precisam continuar a pressionar a Rússia. Alguns membros, entretanto, já declararam apoiar uma flexibilização nas conversas com Vladimir Putin.

O Parlamento Europeu decidiu não retirar as sanções até que a Rússia saia da Crimeia. Deputados europeus também decidiram que, caso Moscou continue suas incursões na Ucrânia, as sanções podem aumentar. Fonte: Associated Press.

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