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Autoridades russas acusaram neste sábado (9) a plataforma YouTube, que pertence à gigante de tecnologia americana Google, de ter bloqueado o canal parlamentar russo e ameaçaram com represálias.

O presidente da Câmara baixa do Parlamento, Viacheslav Volodin, afirmou que o canal no YouTube "Duma-TV" tinha sido bloqueado e denunciou que com esta medida os Estados Unidos violaram "os direitos dos russos".

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"Os Estados Unidos querem ter o monopólio da difusão da informação", declarou em sua conta no Telegram. "Não podemos permiti-lo", assegurou.

Jornalistas da AFP em Moscou verificaram que na manhã deste sábado não era possível acessar o canal na plataforma, com ou sem rede virtual privada (VPN), um dispositivo que permite evitar bloqueios.

Segundo Moscou, o canal "Duma-TV" tem mais de 145.000 seguidores no YouTube. Divulga trechos de debates parlamentares, entrevistas com deputados russos e transmissões ao vivo.

"Tudo parece indicar que o YouTube assinou sua própria condenação", reagiu a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no Telegram.

O regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, pediu à Google que restabeleça "imediatamente" a conta "Duma-TV".

Nas últimas semanas, em pleno conflito na Ucrânia, as autoridades russas acusaram em várias ocasiões o YouTube de bloquear contas de veículos de comunicação e autoridades russas.

A loja de souvenirs da Câmara de Deputados do Parlamento russo (Duma) em Moscou vende bustos em bronze e estatuetas do ditador soviético Joseph Stalin, informou a agência de notícias Interfax, nesta segunda-feira (13). Em um dos corredores, no primeiro andar da Duma, os preços dos bustos em bronze variam de 6.000 a 30.000 rublos (de 125 a 750 euros), e as estatuetas, de 8.000 a 18.000 rublos (de 200 a 450 euros).

Questionados pela Interfax sobre o interesse do público nessas lembrancinhas, os vendedores não quiseram fazer qualquer comentário. Integrantes de três das quatro bancadas parlamentares da Duma (Partido Rússia Unida, de Vladimir Putin; Partido Liberal-Democrata, do ultranacionalista Vladimir Jirinoviski; e o Partido Comunista) disseram não ver nada de estranho na venda desses objetos.

Já para o líder da bancada do Rússia Justa, Serguei Mironov, esses "souvenirs" não deviam ser vendidos na Duma. Para a ex-dissidente soviética Liudmila Alexeeva, é algo preocupante. "Isso mostra que nossa sociedade não está bem de saúde", disse ela à Interfax.

O regime stalinista se caracterizou pelo terror e pela arbitrariedade, pela deportação (de chechenos, inguches, tártaros da Crimeia, etc.) e pela morte de milhões de pessoas - fuziladas, ou exterminadas nos campos de trabalho.

Desde meados dos anos 1990, sua imagem melhora progressivamente. As reformas liberais têm provocado um aumento da nostalgia pela época soviética e, com a chegada de Vladimir Putin à presidência em 2000, o processo de reabilitação de Stalin se manteve.

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