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O Grande Prêmio do Catar aconteceu neste domingo (8) com um Redbull e duas McLarens no pódio. Porém, o foco principal da corrida foi o calor e umidade alta que atrapalharam a vida dos pilotos. A alta temperatura fez com vários passassem mal durante e depois da prova.

O calor extremo no Catar neste período é comum. A última corrida que foi realizada no Catar foi no ano de 2021, em novembro, onde a temperatura é "mais baixa". Justamente por isso, recebeu a Copa do Mundo de 2022 no mesmo período.

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Um dos casos que mais chamou atenção foi do francês Esteban Ocon que vomitou no próprio capacete quando estava entre as voltas 15 e 16. Ocon relatou a equipe pelo rádio ao final da prova o que havia acontecido

“Foi bem quente. Eu não contei a vocês, mas vomitei na volta 15”,  disse Ocon.

O calor era tão grande que teve piloto perdendo a consciência no momento da corrida e após a bandeirada.

O canadence Lance Stroll da Aston Martin relatou que chegou a perder a consciência por alguns segundos ainda na pista, por conta da combinação da força G nas curvas e a alta temperatura dentro do carro.

“Essas temperaturas... tudo ficava borrado, nas curvas de alta velocidade estávamos quase desmaiando. A pressão ficando baixa. Com a força G nas curvas de alta, nas últimas 20 voltas já não dava pra enxergar mais nada, porque era como se perdêssemos a consciência nesses trechos”, disse, em um entrevista à SkySportsF1.

Após o término da corrida, Stroll teve dificuldade de sair do carro, e foi direto para ambulância.

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Os dois pilotos da Williams tiveram bastante dificuldade para sair do carro e tiveram a ajuda dos mecânicos.

O americano Logan Sargent, da Williams, não conseguiu terminar a prova e abandonou na volta 40. Já o seu companheiro de equipe, Alex Albon, terminou a prova em 13º, mas precisou ser levado para o centro médico.

Carros quentes

Além do esgotamento físico, os pilotos tiveram que lidar com o superaquecimento dos carros.

O espanhol Fernando Alonso reclamou muito do assento estar muito quente, pedindo para que a equipe fizesse algo, mas estava fora de alcance. Alex Albon relatou o mesmo problema à Williams.

George Russell da Mercedes encontrou uma solução breve para os seus problemas, Russell abriu a viseira em alguns momentos e também chegou a pilotar sem a mão no volante para se refrescar.

Lando Norris, que usou o mesmo recurso, relatou que alguns pilotos desmaiaram enquanto estavam no centro médico.

“Foi uma corrida difícil. Alguns pilotos quase desmaiaram no centro médico. Isso mostra o quão difícil é nosso trabalho. É fácil dizer que temos que preparar melhor, mas estamos expostos a 50, 60 graus no cockpit, não é algo normal para o corpo humano. Até pra mim, em alguns momentos minha visão ficou borrada, e isso é perigoso. Chegamos ao limite do corpo humano nessa corrida”, disse ele, em entrevista coletiva na zona mista.

Vencedores da batalha

Lando Norris e Verstappen se enxugam após corrida do calor. Foto:Ben Stansall / AFP

A exaustão não fugiu nem de quem tava no pódio, com Max Verstappen em primeiro, Oscar Piastri em segundo e Lando Norris em terceiro, os pilotos chegaram esgotados na antessala do pódio, Oscar Piastri deitou no chão assim que chegou na sala.

O tricampeão Max Verstappen também sentou no chão, e ainda brincou pedindo uma cadeira de rodas.

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