Tópicos | Pastor Cleiton Collins

A mais de um ano das eleições municipais, os políticos bolsonaristas de Pernambuco já estão trabalhando estratégias para o pleito do próximo ano. Mesmo com os partidos que compõem a direita pernambucana afirmando que ''ainda é cedo'' para a definição dos nomes que concorrerão às prefeituras, alguns parlamentares se mostram interessados pela disputa, que acontecerá em um ano no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá ser um forte cabo eleitoral.

No Recife, são muitos os cotados para a disputa, porém a expectativa é de que as siglas da direita se unam para definir apenas um nome, e assim, possam ter fôlego em competir contra o atual prefeito da cidade, o jovem João Campos (PSB-PE). Os atores políticos que forem entrar na disputa precisam estar preparados de fato para o embate com João e sua legenda. Isto porque, o Partido Socialista Brasileiro em 2024, completará 12 anos governando a capital pernambucana, e as últimas pesquisas que avaliaram o desempenho da gestão, apontam que o filho do ex-governador Eduardo Campos, tem o trabalho aprovado pela maioria dos recifenses.

Um levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, entre os dias 30 de março e 2 de abril de 2023, o psbista detém a aceitação de 66,3% dos eleitores entrevistados, e apenas 28,4% desaprovam a gestão. Uma curiosidade, é que o nível de aprovação é maior do que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no município. O líder petista possui 62,6% de aceitação entre os moradores.

Mesmo cientes do atual cenário eleitoral, alguns bolsonaristas do estado, ainda optam pela aproximação com Bolsonaro, e adotam os mesmos posicionamentos políticos do ex-presidente, em busca do capital eleitoral do ex-chefe do Executivo. Sendo assim, assuntos como criminalização ou legalização do aborto, direitos da comunidade LGBTQIAP+, religiosidade e porte de armas, poderão ser comentados com maior frequência pelos parlamentares. Alguém irá querer se destacar e mostrar que é o verdadeiro defensor do ''bolsonarismo raíz''.

Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro, avalia que a contribuição de Bolsonaro na disputa dependerá do seu futuro na política brasileira, algo que ainda é imprevisível diante das polêmicas envolvendo o seu nome. "Bolsonaro é uma figura que deve enfrentar uma série de percalços e contratempos na política, correndo o risco inclusive de ficar inelegível. Então a gente não sabe exatamente o quanto será interessante estar próximo a Bolsonaro em 2024", afirma.

Pelo nome do ex-mandatário não ser bem avaliado nos municípios pernambucanos, algo que refletiu na sua derrota no estado na última eleição, o estudioso acredita que no Recife, o bolsonarismo não deve ser considerado um ativo decisivo para um candidato da direita conquistar a prefeitura.

O especialista ainda lembrou da participação da Delegada Patrícia (PSDB-PE) na eleição municipal do Recife de 2020 para explicar esse efeito. Na época, a delegada que era filiada ao Podemos, iniciou a disputa como uma forte candidata, porém, sua aproximação com Bolsonaro nos últimos dias que antecederam o primeiro turno, fez alguns de seus eleitores migrarem seus votos para outros candidatos. Bastou Jair Bolsonaro sinalizar apoio à candidatura, que o Cidadania, legenda do vice na chapa da delegada, Léo Salazar (Cidadania-PE), e do ex-deputado federal Daniel Coelho, que foi coordenador da campanha, declarasse afastamento da disputa. Ela terminou a eleição na quarta colocação, com 14,06% dos votos.

Porém, o cientista político considera que a direita recorrerá a outras estratégias para ganhar fôlego na corrida eleitoral, como por exemplo, se apresentar como "anti-João", trazendo duras críticas ao PSB. Dessa forma, o bolsonarismo não seria o protagonista ou assumiria sua identidade na disputa, apenas faria parte de um movimento contrário aos psbistas.

A queda de braço entre Gilson Machado e os irmãos Ferreira

O ex-ministro do turismo da gestão Bolsonaro, Gilson Machado (PL-PE), é um dos cotados pelo Partido Liberal na competição pela prefeitura. Porém, terá dificuldades de emplacar sua candidatura a prefeito do município. Com o comando estadual da sigla nas mãos do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL-PE), Gilson acabou ficando isolado e precisará disputar a vaga com o irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira (PL-PE), que em 2022, foi o mais votado no estado, obtendo 273.267 votos.

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Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Para Arthur Leandro, o deputado estadual Alberto Feitosa (PL-PE) e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil-PE), também são nomes cotados na corrida eleitoral. Feitosa vem sendo umas das vozes mais ativas do bolsonarismo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e em 2020 concorreu à Prefeitura do Recife pelo Partido Social Cristão, porém ficou em quinto lugar, obtendo 1,18% dos votos. Já o Miguel, que é filho do ex-líder da gestão Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, foi candidato a governador do estado em 2022, porém não conseguiu ir para o segundo turno. Obteve apenas 18,04% dos votos.

Casal Tércio

Outro nome ventilado na disputa, é o da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), que é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos golpistas do 8 de janeiro. No início deste ano, o Partido Progressista se mostrou interessado em indicar a parlamentar como candidata. A Filha do pastor da Assembleia de Deus Ministério Novas de Paz, Francisco Tércio, tem uma boa popularidade entre os evangélicos do estado, e isso vem trazendo bons resultados para ela nas urnas. Na eleição de outubro do ano passado, recebeu 240.511 votos, se tornando a primeira mulher mais votada entre os pernambucanos para o cargo.

Clarissa também é cotada para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, por se mostrar interessada em assuntos ligados à cidade. Em março, a parlamentar acionou a Polícia Militar, solicitando reforço dos agentes na 1ª Marcha da Maconha do município, que está marcada para o próximo dia 28 de maio. Ela acredita que a ação policial servirá “para que se apure eventuais condutas criminosas e uso ou tráfico de entorpecentes”.

Créditos: Reprodução/Redes Sociais

A força política da parlamentar também consegue favorecer o seu esposo, Júnior Tércio (PP-PE), que conseguiu ser o deputado estadual mais votado do estado, com mais de 183 mil votos. Nos bastidores políticos do Pernambuco, ele é cotado para a eleição do município de Paulista. O motivo é que a maioria dos requerimentos apresentados pelo parlamentar são para a cidade.

O forte apoio dos evangélicos no estado

O casal Tércio que conseguiu ganhar uma maior visibilidade durante os quatro anos que Bolsonaro esteve no poder, já se envolveu em algumas polêmicas, antes mesmo de entrarem na lista dos parlamentares mais bem votados da história de Pernambuco.

A família evangélica que se assume uma das maiores apoiadoras de Bolsonaro no estado, comanda há mais de 20 anos a emissora de rádio líder de audiência na Região Metropolitana do Recife, Novas de Paz. O conteúdo da rádio que também é transmitido pelo Facebook e Youtube, tem uma programação de 24 horas, e funciona como um canal midiático da igreja cristã.

Em 2020, com o apoio de fundamentalistas evangélicos e alguns parlamentares da extrema direita, Clarissa comandou um grupo de pessoas para impedir o procedimento de aborto legal em uma criança de 10 anos, que foi estuprada por seu tio. O grupo gritava “assassina” ao se referir à menina que veio do estado do Espírito Santo, para realizar a interrupção da gravidez em Pernambuco, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), unidade hospitalar de referência nesse tipo de atendimento.

O casal que está de olho em prefeituras da RMR, já posou para fotos ao lado de conhecidos líderes evangélicos do estado, como por exemplo, o pastor Aílton José Alves, presidente da Assembleia de Deus Pernambuco.

Durante uma visita de Bolsonaro ao Recife na campanha eleitoral do ano passado, Pastor Aílton, ao lado da sua esposa, Judite Alves, declarou apoio à reeleição do ex-presidente, mesmo ciente das polêmicas envolvendo o nome do então gestor no segundo turno. “No dia 30, vote 22. Eu estarei votando também. Vote por Deus, pátria, família, liberdade e pela Igreja do Senhor Jesus”, disse o pastor.

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Bolsonaristas de olho em Olinda e Ipojuca

Em Olinda, a líder do PL Mulher Pernambuco, Izabel Urquiza (PL-PE), poderá disputar a prefeitura. Izabel foi candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Anderson Ferreira nas eleições de 2022. Os dois terminaram em terceiro lugar, atrás da adversária Marília Arraes (Solidariedade), e da atual governadora, Raquel Lyra (PSDB). No município, a chapa bolsonarista obteve 26,61% dos votos, sendo a mais votada no primeiro turno. Devido ao ótimo resultado, Urquiza passou a ter seu nome credenciado para as eleições em Olinda no próximo ano. Porém, é necessário lembrar, que ela já disputou duas vezes a prefeitura, e nas duas ocasiões, perdeu no primeiro turno.

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Outro município que o bolsonarismo quer protagonismo, é Ipojuca. O deputado estadual, Pastor Cleiton Collins (PP-PE), anunciou aos seus aliados que será candidato a prefeito da cidade em 2024. O evangélico ainda afirmou que irá se reunir com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP).

Dez deputados de direita se reuniram para lançar a Frente em Defesa da Família na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Os trabalhos serão coordenados pelo pastor Cleiton Collins (PP), que foi responsável pela definição dos nomes da composição. 

Um dos integrantes é o deputado Joel da Harpa (PP), que explicou à reportagem que a nova Frente vai tratar a família "como um princípio" e discutir sobre seu papel na formação do ser. "Tudo começa na família. Esse debate vai desde a questão da infância, da formação da criança, da figura do pai e da mãe no seio da família, na formação do adolescente e o exemplo para com os filhos dentro de casa", comentou. 

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O debate vai girar em torno do conceito de família tradicional e discutir até o onde o Estado pode interferir em questões como aborto e sexualidade. Outro objetivo é  propor políticas públicas voltadas ao fortalecimento da família, descrita pelo deputado como a célula-mãe da sociedade. 

A criação da frente passou pelo pastor Cleiton Collins, responsável por convidar os colegas da Alepe. Entretanto, além do bloco se restringir a representantes da direita, a falta de quadros femininos também chama atenção. A reportagem tentou confirmar com o coordenador se deputadas e deputados da esquerda também foram convidadas, mas obteve retorno até a publicação. Segundo publicação do site da Alepe, o deputado João Paulo (PT) entregou um ofício no último dia 15, quando foi instalada a Frente, para passar a integrar o grupo, mas a publicação no Instagram oficial da Casa não mostra o petista como um dos membros.

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A Frente em Defesa da Família foi lançada com o número mínimo de componentes e, de acordo com Joel da Harpa, está aberta a receber deputadas interessadas nas discussões. "Eu não sei se no decorrer dos trabalhos alguma mulher vai integrar a frente, mas independente da participação direta de uma mulher, a gente não vai fugir desse debate dentro das audiências públicas e das reuniões nós vamos trazer outras mulheres da sociedade organizada, de ONGs, mulheres e igreja e profissionais", assegurou o deputado. 

Conforme a atual conjuntura, além das participações de Cleiton Collins (PP) e Joel da Harpa (PL), o início dos trabalhos será tocado pelos deputados: 

Abimael Santos (PL);

Adalto Santos (PP);

Jeferson Timoteo (PP); 

Kaio Maniçoba (PP);

Júnior Tércio (PP);

Renato Antunes (PL); 

Romero Sales Filho (UB);

William Brigido (Republicanos). 

O Pastor Cleiton Collins (PP) protocolou um projeto de lei para que a atividade religiosa seja considerada serviço essencial em Pernambuco durante "agravos endêmicos contagiosos na saúde ou catástrofes naturais". Na justificativa do projeto, o deputado estadual pede a abertura dos locais destinados a cultos religiosos e suas liturgias.

Caso o projeto seja aprovado, o governo estará reconhecido as atividades religiosas realizadas nos templos e fora deles como serviço essencial a ser mantido em situações como a da pandemia da Covid-19. 

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A lei deverá obedecer as determinações da Secretaria Estadual de Saúde. A recomendação no projeto é que sejam adotados meios virtuais em casos de reuniões coletivas e, quando não for possível, observar a manutenção de distância mínima de um metro entre as pessoas.

 "A assistência religiosa e o socorro espiritual está protegido na Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso VII, especialmente para o acolhimento aos necessitados e aos vulneráveis através das liturgias presenciais e remotas e todas e todas quaisquer outras atividades sacerdotais por parte das organizações religiosas", diz Collins. 

 Ele ressalta que medidas semelhantes estão sendo tomadas no Ceará, Santa Catarina e Paraná. Por decretos, o Governo de Pernambuco permitiu o funcionamento apenas de serviços essenciais e proibiu aglomerações com mais de dez pessoas.

O especial de Natal do Porta dos Fundos, intitulado A primeira tentação de Cristo, estreou no serviço de streaming Netflix na última terça (3) e causou barulho na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Três parlamentares, entre eles os pastores Eurico e Cleiton Collins, além da deputada Clarissa Tércio, repudiaram o conteúdo da produção e prometeram tomar medidas contra a Netflix.

No segundo especial de Natal do grupo realizado pela plataforma, Jesus (Gregório Duvivier) descobre não ser filho de José (Rafael Portugal) em meio a uma festa surpresa, com álcool e drogas, em que estão presentes outros personagens da Bíblia além de um homem que, supostamente, seria seu namorado. O conteúdo segue o modelo do especial feito pelo Porta em 2018, Se beber não ceie, que acabou sendo premiado na categoria melhor comédia no Emmy Internacional. 

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Líder da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e deputado estadual, o Pastor Cleiton Collins (PP) se reuniu com os também deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC) e Pastor Eurico (Patriotas) para tomar medidas contra o filme. Segundo Collins, o Ministério Público será acionado: "Estão ferindo, difamando, tentando denegrir e fazendo chacota com a fé das pessoas. Quem não gosta de Jesus, pode dizer que não gosta, a gente respeita. Mas fazer o que o Porta dos Fundos vêm fazendo não dá. A Netflix que é bancada pela maioria dos cristão do Brasil, tem que parar com isso".

A deputada Clarissa Tércio endossou o colega: "Deixo meu repúdio como parlamentar, representante do povo, do segmento evangélico, como cristã e em nome do Ministério Novas de Paz. Nossa tristeza é profunda, por ver que leis no Brasil não são cumpridas. Isso é vilipêndio, é escárnio, é um desrespeito total à figura mais amada pelo povo, já que o Brasil é cristão. Respeitem a nossa fé! A mão de Deus vai pesar sobre eles". O Pastor Cleiton Collins sugeriu, ainda, um boicote ao serviço de streaming: "Vou cancelar a partir de hoje, em minha casa nunca mais!” e convidou os fiéis para fazerem o mesmo “Desligue a Netflix da sua vida, até que eles se retratem".

Já o deputado Pastor Eurico assegurou a intenção dos parlamentares de levar o caso à instâncias competentes: "Não vamos baixar a guarda frente a esses instrumentos do diabo, elementos satânicos que buscam  cada vez mais denegrir a imagem dos evangélicos, das igrejas, dos símbolos religiosos, e é claro, da nossa fé, atingindo ao Deus Pai criador, ao filho Jesus Cristo, a história dessa base de nossa religião vamos seguir buscando nas instâncias de competência agir em cima desses elementos que realmente só fazem atingir ou atacar aos religiosos em nosso país". 

*Com informações da assessoria

 

Jingles, bordões, os políticos fazem o possível para permanecer na cabeça do eleitorado. No fim da década de 80, uma frase ficou conhecida com o médico e então candidato à presidência pelo partido PRONA, Enéas Ferreira Carneiro. O bordão ‘Meu nome é Enéas’, sempre reproduzido no fim do pronunciamento do candidato durante suas aparições na mídia, ganhou as ruas do Brasil. Desde estão, era comum ver a população reproduzir a celebre frase de campanha, que não elegeu Enéas presidente da república, mas conseguiu proliferar pelo país e permanecer na mente dos brasileiros da época. Com essa brincadeirinha, Enéas Carneiro foi eleito deputado federal, em 2002, conquistando mais de 1 milhão e meio de votos.  Após a morte de Enéas, em 2007, a frase perdeu o sentido e ‘saiu’ de circulação. 

Um jingle de campanha 'famoso' foi o do ex-presidente Lula (PT): Lula lá – Brilha uma estrela. Lançada em 1989, a música começou a tocar no período em que Lula concorreu o segundo turno das eleições presidenciais com Fernando Collor. Mesmo derrotado, a canção ganhou força e foi levada até os demais pleitos disputados pelo petista. Até hoje o jingle é lembrado por alguns eleitores. Aos 77 anos, a aposentada Luiza de Souza, ainda recorda a músiquinha que era entoada na época. “ ‘Lula lá’ é antiga, mas ainda me lembro. Durante essa época (eleições), quando Lula era candidato, essa música ficava tocando direto e não saia da cabeça”, afirmou a aposentada.

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Em Pernambuco, alguns jingles de campanhas estão se perpetuando. É o caso da música do vereador André Ferreira (PMDB), utilizada nos pleitos de 2008 e 2012, que o ajudou ser eleito vereador do Recife. Hoje o candidato usa o mesmo hit na campanha para deputado estadual. Outro slogan-chiclete é o do parlamentar Cleiton Collins (PP). O deputado estadual conseguiu ocupar uma das cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco com a colaboração da música utilizada na sua propaganda eleitoral. Com a força do jingle, o deputado conquistou o primeiro mandato como um dos parlamentares mais votados, alcançando a marca de, aproximadamente, 90 mil votos. Em 2010, Cleiton Collins continuou  utilizando a sonora música  ‘Pastor Cleiton Collins xxxxx’ e foi eleito com uma votação expressiva, cerca de 140 mil votos.  O ‘sucesso’ foi tão grande que o parlamentar resolveu utilizar o mesmo hit na eleição deste ano. Segundo Cleiton Collins, o jingle caiu nas graças das pessoas, em especial das crianças, por isso resolveu apostar na música de sua autoria para tentar se manter no legislativo estadual. Apesar de ter o número alterado, a música permanece com duas dezenas repetidas, separadas pelo número 6.  

Alguns candidatos preferem parodiar canções que já grudaram na cabeça da população na versão original. O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tem alguns hits do gênero espalhados pelas cidades do estado. A música Subidinha, da banda Garota Safada, foi parodiada e utilizada pela equipe do socialista. Outro jingle que também teve a letra alterada e passou a ser utilizado na campanha do candidato do PSB foi amúsica do ‘Pintinho Piu’, que virou febre no Youtube, em 2011, com a dublagem do cearense Dheymerson Lima, com apenas 11 anos na época. Na campanha de Câmara, a música engraçada e um tanto infantil, ganhou o número do candidato da Frente Popular. A garotada curtiu a investida e teima em  ficar cantarolando o jingle. Ana Júlia, com apenas 8 anos, insiste em repetir a canção parodiada. A mãe da menina, Sula Souza, afirmou que Júlia, assim que ouviu o hit, não para de cantar. “No começo, até achei engraçado, mas hoje cansa. É uma coisa repetitiva, mas ela gosta. Fazer o que?”, concluiu. 

Em todos os pleitos, seja qual for a disputa, é claro que os jingles de campanha serão marcas registradas dos candidatos. Alguns serão ‘sucessos’, outros podem beirar o  ‘fracasso’,  mas o eleitorado pode ter certeza que algo engraçado vai surgir para descontrair. Pegajosas ou não, as músicas têm o seu valor, pois tem o poder de fixar o nome e o número dos candidatos. De acordo com o analista político Maurício Romão, os hits podem influenciar a escolha do voto das pessoas que ainda não têm candidato definido. “O jingles é uma poderosa ferramenta de campanha que aproxima a imagem do candidato ao eleitor. Dependendo da forma que é musicado, facilita a memorização. Quem já tem uma opinião formada sobre a escolha do candidato, dificilmente vai se deixar influenciar pela música, mas para o eleitorado indeciso, pode ser fundamental”, pontuou o Analista. 

Romão ainda comentou que o nível de escolaridade da população pode revelar quem se deixará influenciar pelos jingles com mais facilidade. “Também há uma relação direta com o grau de instrução das pessoas, pois o eleitor que tem um nível de escolaridade mais elevado acaba sendo mais crítico na hora de diferenciar a melhor proposta política, do apelo de marketing utilizado na campanha. Logo, não se deixa  influenciar na escolha do voto com facilidade”, concluiu o analista. 

 

O deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP), resolveu manter o jingle da última campanha eleitoral para tentar à reeleição este ano. A única mudança é o seu número que passa a ser 11611, o mesmo que elegeu sua esposa, a vereadora Missionária Michele Collins (PP).

De acordo com o parlamentar, os organizadores da campanha fizeram uma pesquisa e constataram que grande parte dos pernambucanos preferem o jingle, inclusive o público infantil.

Confira o jingle da campanha no arquivo em anexo:

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