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Paulo Hartung foi um dos primeiros governadores do País a ter que lidar com uma greve de policiais. Em 2017, quando estava à frente do Executivo do Espírito Santo, enfrentou uma paralisação de mais de 20 dias das forças de segurança pública. Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta sexta-feira (21), o ex-governador disse que movimento é provocado por acúmulo de erros, mas que anistiar os envolvidos é "equívoco gravíssimo."

"O movimento agora é resultado de erros acumulados, como o que está sendo cometido agora por governos dando aumento sem poder pagar. O governo não está pagando os seus servidores e vai lá e dá aumento para uma categoria. É um mal exemplo que vai contagiando o País", disse Hartung. E completou: "Essas anistias que foram sendo dadas são um equívoco grotesco, porque elas realimentam esse tipo de processo."

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Forças de segurança em ao menos 12 Estados estão pressionando os governos estaduais por reajuste de salário. Em cinco deles, policiais já realizaram atos ou paralisações neste mês. Segundo integrantes de governos que estão negociando reajustes, algumas entidades têm usado o caso de Minas Gerais, que concedeu aumento de 41% às forças policiais. As associações dizem que "se Minas que está quebrada pode dar 41% porque aqui não pode?".

O ex-governador também destacou a ilegalidade de movimentos grevistas por funcionários públicos que utilizam armas. "Uma greve de um setor desses. Aliás, não é nem greve, é um motim, é uma chantagem contra a sociedade", afirmou.

No caso da greve do Espírito Santo em 2017, Hartung enfatizou que a punição dos responsáveis foi um passo importante para impedir novos amotinamentos, mas que algumas outras medidas colaboraram para que as forças de segurança voltassem a operar.

"Modernizamos a política de promoção dos policiais. Reduzimos a promoção automática, que é por tempo de serviço, e ampliamos a avaliação de desempenho dos policiais", conta.

Cid Gomes

Hartung também afirmou que a cena protagonizada pelo senador licenciado Cid Gomes, que dirigiu uma retroescavadeira para tentar debelar um protesto em Sobral, no Ceará, teve um "papel relevante" para levar o tema aos holofotes. Contudo, o ex-governador condenou o ato.

"Eu acho que o gesto de Cid Gomes teve um papel relevante: chamou a atenção do Brasil. Eu não acho um gesto correto, acho absolutamente incorreto, porque eu cultuo a lei, as boas práticas de diálogo. Mas o gesto chamou a atenção para o tamanho do problema", declarou.

Durante a greve no Espírito Santo, o ex-governador diz que um dos resultados foi o aumento no número de mortes, principalmente em áreas periféricas das cidades. No entanto, apesar dos efeitos da paralisação no Estado, a imagem construída para a opinião pública foi, em grande parte, feita em outras partes do Brasil.

"Todo o movimento foi feito para gerar pânico para a sociedade capixaba. Quando a gente foi estudar as postagens que traziam pânico, mais de 80% delas não tinham sido produzidas no território do Espírito Santo, o que mostra uma articulação nacional."

No fim do seu terceiro mandato como governador do Espírito Santo, o ex-emedebista Paulo Hartung (sem partido) lança virtualmente nesta quinta-feira, 13, o livro "Espírito Santo - Como o governo capixaba enfrentou a crise, reconquistou o equilíbrio fiscal e inovou em políticas sociais". A obra, disponível desde o dia 11, já é a mais vendida na plataforma da Amazon na categoria Finanças Públicas. Hartung foi o único governador que rejeitou a proposta de renegociação de dívidas dos Estados com a União em 2016.

Também deixa o Espírito Santo como o único Estado a ser avaliado com a nota máxima pela Secretaria do Tesouro Nacional em 2018, nas categorias endividamento, poupança corrente e liquidez. "O livro traz uma experiência de que é possível melhorar o serviço público. Também é possível cuidar das contas com responsabilidade e simultaneamente focar naquilo que é prioritário na vida da população e produzir resultados", afirmou Hartung.

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O governador diz que recebeu o Estado em 2015 das mãos do seu sucessor, Renato Casagrande (PSB), com um déficit fiscal de quase R$ 1,5 bilhão. No livro, relata que encerrou o mesmo ano com superávit de R$ 199 milhões. Hoje, afirma que entrega o Estado com a melhor avaliação nacional do Ensino Médio e a menor taxa de homicídios.

O desempenho positivo de um dos Estados mais afetados pela crise em 2016 proporciona a Hartung hoje os convites para prestar consultoria a Romeu Zema (Novo) e Eduardo Leite (PSDB), governadores eleitos de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, respectivamente.

"Farei aquilo que estiver em meu alcance, não só no caso de Minas, mas também no trabalho de formação de lideranças no país", comenta Hartung, que não tentou a reeleição neste ano. Ele afirma que estará voltado a auxiliar iniciativas de movimentos como o Todos Pela Educação. "Quero fazer da educação uma prioridade nacional". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), decidiu que não concorrerá à reeleição neste ano. A declaração foi dada após reunião com a equipe de secretários na tarde desta segunda-feira, 9, em Vitória.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa, Hartung disse que "é hora de passar o bastão". Ele comandou o Estado de 2003 a 2011, pela primeira vez, e voltou em 2015.

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O governador também não declarou apoio a nenhum pré-candidato no Estado. Já há dois nomes no cenário: a senadora Rose de Freitas, que deixou o MDB pelo Podemos para concorrer; e o ex-governador Renato Casagrande (PSB).

Hartung também cogitou deixar o partido, mas em abril anunciou que continuaria na sigla do presidente Michel Temer.

O governador faz parte do grupo político que defendeu a entrada de outsiders na disputa eleitoral deste ano. Manteve conversas com Luciano Huck e Joaquim Barbosa - mas ambos desistiram da empreitada.

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STF), determinou o arquivamento de uma sindicância que havia sido aberta para apurar possíveis ilegalidades relacionadas a doações eleitorais solicitadas pelo governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSDB), ao Grupo Odebrecht.

Fischer acolheu manifestação do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o ministro, a Procuradoria sustenta que "se trata de uma doação eleitoral não contabilizada, não se cogitando de corrupção, pois além de referidas doações terem sido destinadas a terceiros, não houve solicitação de vantagem indevida em contrapartida".

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"Já quanto ao possível crime eleitoral, caberia ao destinatário da contribuição, e não ao solicitante, o dever de declarar oficialmente a doação, não podendo ao governador ser responsabilizado criminalmente por eventual omissão dos beneficiários de suas ingerências políticas. Diante disso, o MP requer o arquivamento do caso", assinalou o ministro, fundamentando o arquivamento.

De acordo com um dos delatores da Odebrecht, Hartung teria recebido R$ 1,08 milhão para campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, quando não participou de eleições. Em 2010, Hartung, então governador, apoiou o eleito José Renato Casagrande (PSB).

"Não há na prova colaborativa, na delação, nenhuma comprovação. São palavras lançadas ao vento. Essa delação não fica de pé, como não ficou", afirmou o advogado de Paulo Hartung, Rodrigo Rabello.

"Nós esperávamos que isso fosse acontecer. Mais cedo ou mais tarde, a verdade iria prevalecer. Nós precisamos entender que a vida precisa prosseguir. Nós já prestamos todos os esclarecimentos à Justiça e a Justiça entendeu por acolher nossos argumentos", disse Rabello.

Um dos sete governadores eleitos pelo PMDB em 2014, o economista Paulo Hartung, do Espírito Santo, decidiu deixar a legenda do presidente Michel Temer. Embora faça críticas pontuais ao governo, Hartung não pretende migrar para a oposição, mas mudar para um partido do grupo político que espera lançar um nome da situação à Presidência em 2018.

Pelo menos duas portas foram abertas. O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, fundador do PSD, fez um convite e aguarda resposta. Mas o PSDB também está na fila.

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"Vim de uma militância socialista, mas evolui minha maneira de entender o mundo. Evolui para uma posição de centro-esquerda e sou hoje um social democrata. Eu teria muito conforto em ir para um partido que tenha um projeto e um programa que tenha total compatibilidade com meu pensamento político", disse o governador à reportagem.

Sobre a possibilidade de participar da criação de um novo partido nesses moldes, Hartung prontamente descarta a ideia. "Não tenho tamanho para isso."

Questionado, então, se a compatibilidade com a social democracia sugere uma aproximação com os tucanos, Hartung desconversa. "Tenho muita vontade de migrar para uma organização partidária que tenha a ver com minha história de militância", afirmou.

Histórico

A história de militância do governador, porém, permite diversas interpretações. Ele começou a carreira no PMDB e depois foi um dos fundadores do PSDB. Antes de voltar às origens em 2005, passou pelo PSB e PPS.

Faltando menos de dois anos para a eleição presidencial, a movimentação de Hartung pode ampliar a área de influência dos tucanos. Como sinalizou que prefere disputar uma vaga no Senado em vez de tentar a reeleição, o governador teria de renunciar em abril ao comando do Estado, que tem um eleitorado de 2.716.371 pessoas. Em seu lugar assumiria o vice, César Colnago, do PSDB.

Neste cenário, o candidato do grupo ao governo seria o senador tucano Ricardo Ferraço, com o PSDB lançando uma chapa pura e com o controle da máquina pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em Vitória, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, chegou à Escola Municipal Álvaro de Castro Mattos, no bairro Jardim da Penha, às 8h30, para votar. Ele cumprimentou mesários e eleitores que estavam no local, registrou seu voto às 8h38 e fez críticas ao tom das campanhas.

"É uma grande novidade quatro municípios da região metropolitana estarem no segundo turno. Vi que aconteceram muitas promessas e compromissos de campanha em descompasso com a realidade do Espírito Santo hoje, pois estamos vivendo a maior crise econômica dos últimos 100 anos no País, e aqui no Estado não é diferente", disse o governador.

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Para o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB-ES), o possível aval do Tesouro Nacional a novos empréstimos que vierem a ser tomados pelos Estados não é o melhor caminho para resolver a crise fiscal. Segundo ele, o problema fiscal dos Estados não é o endividamento, mas a folha de pagamento de ativos e inativos. O governador capixaba defende um sério ajuste fiscal para evitar que novos pedidos de financiamento, como os feitos agora pelos governadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, se repitam. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Quando houve a rodada de renegociação da dívida dos Estados com a União o sr. foi contra. Por quê?

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Primeiro porque as dívidas dos Estados foram renegociadas no governo Fernando Henrique Cardoso em condições vantajosas para os Estados. Às vezes você ouve falar que aqueles contratos são leoninos. Isso não é verdade. Eles foram vantajosos para os Estados. Quem pagou os subsídios desses contratos foi a União. Quando a União paga, é o povo brasileiro que paga. Nós, brasileiros, precisamos aprender isso.

Por isso o sr. foi contra?

Sim. Por abrir novamente (a renegociação) e jogar mais uma conta para o cidadão brasileiro. Não me parecia uma coisa razoável. Me parecia também uma coisa equivocada do ponto de vista do diagnóstico.

Por que, governador?

Como um médico faz quando a gente chega doente? Ele vai tentar entender o motivo da doença. Faz um diagnóstico para prescrever o remédio certo. O diagnóstico estava errado porque mostrava ao Brasil que o problema dos Estados era o endividamento e não é.

E qual é o problema?

O problema fiscal dos Estados é folha de pagamento de ativos e de inativos. Prescreveram um remédio que não tinha nada a ver com a doença. Além de mandarem uma conta pesada para o cidadão brasileiro, para atender quatro, cinco, dos 27 entes da federação, e atender de forma não definitiva. Movimento contínuo, temos agora Estados do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste pedindo dinheiro para União. A doença continua.

E o que fazer?

Precisamos da reforma da Previdência para mudar este quadro de aposentadoria de pessoas tão jovens num País em que, graças a Deus, está se vivendo mais e melhor. O que precisamos é de gestão sobre a folha. Quando a Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada, ela olhava para o País que estava crescendo. Quer dizer, precisamos de instrumentos na LRF que permitam gerenciar a folha de pagamento em momentos de recessão econômica.

Qual sua expectativa quanto a isso?

Espero um diálogo nacional em torno dos problemas e a prescrição de remédios para a questão fiscal da União, que é a principal.

Qual sua opinião sobre o aval que a Fazenda daria a novos empréstimos dos Estados?

Quanto a isso, não há novidades. Ele dará aval para quem tem condições de ter acesso ao crédito. Para quem está ranqueado, quem tem nota A e B das instituições financeiras. No ano passado, nós capixabas, contraímos uma operação de crédito com o Banco Mundial para saneamento. Mas o Espírito Santo mostrou que tinha capacidade, que estava com suas contas organizadas. Fiz um ajuste antes de tomar posse agora para conseguir apoio da Assembleia, da Justiça, do Ministério Público, do TCE e da defensoria pública. Viramos 2015 com pequeno superávit e foi isso que nos deu credenciais acessar o crédito.

E foi para investimento, né?

Ter acesso ao crédito, você tendo condições de pagamento, não vejo problema nenhum. Agora, renegociar uma dívida desta, suspender pagamento de dívida, num quadro como esse não é um caminho bom e, pior, é ir numa direção que não é a da solução dos problemas fiscais dos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma passageira foi retirada de um voo da TAM que seguiria de Vitória (ES) para Brasília, na manhã desta terça-feira, 14, depois de fazer comentário sobre uma bomba no avião em que estava o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). "Já pensou se tem uma bomba neste avião?", disse a mulher em voz alta, já dentro do avião. O incidente aconteceu quando a tripulação finalizava o embarque e iniciava os preparativos para a decolagem, no Aeroporto Eurico Sales.

O comandante do voo ouviu o comentário e determinou que a passageira fosse retirada da aeronave. Ele ameaçou chamar a Polícia Federal caso a mulher resistisse. Ela acabou concordando em desembarcar e saiu do avião escoltada pela tripulação.

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Além do governador, estavam na aeronave deputados da bancada capixaba em Brasília e o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Conforme a versão de outras pessoas que estavam no voo, a mulher já estava sentada, quando se levantou e manifestou desagrado com a presença dos políticos. Ela teria dito ainda que "queria ser uma mulher bomba para explodir o avião".

O deputado federal Carlos Manato (SD-ES), que também estava no avião, chegou a relatar que o clima ficou pesado após o desabafo da mulher, que não teve a identidade revelada. Ele a descreveu como uma senhora com idade entre 50 e 60 anos.

A TAM informou, por meio de nota, que a passageira teve o embarque cancelado por "comportamento indisciplinado". Segundo a empresa, o voo JJ3518, que deveria ter partido às 7h10, decolou às 7h32, pousando em Brasília às 9h20. A empresa esclareceu ainda que "segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo rigorosamente os regulamentos de autoridades nacionais e internacionais". O voo da passageira foi reprogramado para outra data.

A assessoria de Hartung informou em nota que, por volta das 7h05 desta terça-feira, 14, ele embarcou em voo comercial da TAM com destino a Brasília para cumprir agenda oficial com os demais governadores da Região Sudeste e a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a nota, os governadores discutiriam com a presidente uma ação conjunta com alternativas para o enfrentamento da crise econômica. "Antes da aeronave decolar, uma passageira foi convidada pela companhia a se retirar por ter apresentado comportamento considerado inadequado. Após o ocorrido, o voo seguiu sem a presença da passageira. O governador segue o dia cumprindo agendas em Brasília", informou a nota.

A assessoria do ex-governador Casagrande informou que ele foi um dos últimos a entrar na aeronave, por isso não presenciou o incidente envolvendo a passageira.

O governador eleito do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), eleito em primeiro turno, assumiu nesta quinta-feira (1°) o comando do Estado e anunciou um pacto contra crimes, que pretende unir prefeituras, Ministério Público, Defensoria Pública e Justiça para reduzir a violência. "Vamos fazer de forma articulada e coordenada o que chamamos de ocupação social, onde o governo estará presente nas regiões com os maiores índice de criminalidade", disse o governador.

Além da segurança, outro desafio para o governador está na educação. Hartung pretende implantar o Projeto Escola Viva, que aumenta a oferta de cultura e lazer em escolas que irão funcionar em tempo integral com novas unidades construídas ainda este ano. Por fim, na área da saúde, o governador quer melhorar a gestão e construir mais unidades hospitalares.

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"Vamos pensar em um hospital em parceria público-privada e temos que ter estrutura de controle nesta área. Já no que se refere à educação, até o final do ano devemos ter três unidades funcionando como escola viva, que irão atrair os adolescentes, não deixando que eles sejam presas fáceis para o tráfico e as drogas."

O governador Paulo Hartung manteve parte do secretariado do seu antecessor. Na pasta da Segurança, manteve o secretário André Garcia. Foram mantidos também o secretário de Justiça, Eugênio Ricas e o presidente do Banestes, Guilherme Dias.

Hartung chegou pontualmente às 15 horas à Assembleia Legislativa, acompanhado da esposa Cristina Gomes. A assinatura do termo constitucional de posse do peemedebista aconteceu às 15h24. Já a cerimônia de posse no Palácio Anchieta, sede do governo, foi no final da tarde em um evento simples, sem pompa, rápido e bem discreto.

Paulo Hartung assume no lugar de Renato Casagrande (PSB), que já foi seu aliado político no passado, e entra para a história porque pela primeira vez desde a instauração da República, em 1889, um governador vai assumir o Espírito Santo pela terceira vez.

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