Tópicos | PDT

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, fez, nesta segunda-feira (26), um pronunciamento que chamou de "manifesto à nação". Durante sua fala, Ciro disparou contra os adversários que lideram as pesquisas de intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Ciro também ponderou que o chamado "voto útil" pregado pela campanha petista é um "falso argumento", segundo ele de uma "campanha virulenta" para fazer com que desista do pleito. 

"É o que está acontecendo agora quando estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura. Mas nada deterá nossa disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas", declarou o postulante.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas pesquisas divulgadas pelos institutos desde o início da campanha eleitoral. No levantamento BTG/FSB desta segunda, ele aparece com 7% das intenções de votos. 

Como sempre vem fazendo em seus discursos, o ex-governador do Ceará reforçou a fala de que Lula e Bolsonaro são reflexo político um do outro. 

"Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas. Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro. Mesmo assim, as máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro. E que este passo atrás é o único meio de levar o país adiante", disparou, referindo-se a Lula. 

Diversos apoiadores de Ciro já estão fazendo um movimento para que seus eleitores mudem de posição já no primeiro turno e optem por votar no candidato petista. 

Leia o pronunciamento da íntegra:

Na maioria das vezes em que um movimento nacionalista se levanta no Brasil, ele é destruído pelas forças do atraso ou se autodestrói por acordos eleitorais espúrios.

É um jogo de culpa-desculpa, trágico e repetitivo.

Para esconder a culpa da renúncia covarde aos verdadeiros ideais de mudança, muitos se escondem na desculpa de que para governar é necessária uma aliança com as forças do atraso.

E para eliminar, na raiz, a diversidade do embate democrático tentam transformá-lo, de forma artificial e prematura, no embate de duas forças que utilizam falsos argumentos morais para se tornarem hegemônicas.

Aqueles que ousam resistir –como é nosso caso–, são vítimas das mais violentas campanhas de intimidação, mentiras e de operações de destruição de imagem.

É o que está acontecendo agora quando estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura.

Mas nada deterá nossa disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas.

Hoje, a máscara desta farsa cobre duas faces que, mesmo possuindo certos conteúdos e contornos diferentes, trazem, de forma profunda, a matriz histórica dos erros que há décadas atrasam o Brasil e escravizam nosso povo.

É esta matriz –escrava de um modo corrupto de governar e de um modelo econômico submisso aos interesses do mercado financeiro– que une Lula e Bolsonaro.

Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas.

E Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro.

Mesmo assim, as máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro. E que este passo atrás é o único meio de levar o país adiante.

Esse rito suicida tem o incentivo comodista e covarde de setores da mídia e da inteligência que, em uma mistura de cumplicidade, amnésia e medo, perderam a nitidez dos fatos, das causas, dos efeitos e de suas perigosas consequências.

Reduziram o debate a um choque vazio e oportunista entre um suposto bem e um suposto mal, enquanto produzem a campanha mais sem propostas e sem projeto da nossa história recente.

De forma deliberada, não questionam o fato de o Brasil vir adotando, há 30 anos, um modelo político baseado no conchavo, na corrupção e no toma lá dá cá; e de vir prolongando a vida de um modelo econômico que entrega a riqueza do país para quem já tem muito e que distribui migalhas para quem tem pouco.

Em uma das engenharias financeiras mais perversas da história mundial conseguiram transformar, de 2003 a 2021, uma dívida pública de pouco mais de 600 bilhões de reais em uma dívida que ultrapassa 7 trilhões, mesmo que tenhamos pago, neste mesmo período, outros 7 trilhões.

Praticamente, a cada trilhão que pagamos da dívida, em lugar de diminuir ela aumentou em mais um trilhão, algo completamente absurdo, ainda mais se lembrarmos que as taxas de juros são definidas pelo próprio governo.

Não por acaso, esta trágica engenharia financeira transformou-se em uma pavorosa tragédia social.

Por esta e outras razões, o Brasil tem uma das piores concentrações de renda e desigualdades sociais do mundo.

Aqui, os cinco mais ricos acumulam uma fortuna equivalente a tudo que os 100 milhões de brasileiros mais pobres possuem, e cinco bancos concentram 85% do mercado, o que lhes permite impor à população os juros mais altos do planeta.

Esquecem-se, ou fingem esquecer, que, exatamente por isso, cerca de 40 mil indústrias e mais de 350 mil comércios fecharam as portas do governo Dilma para cá; e que mais de 66,6 milhões de pessoas e 6 milhões de micro, pequenas e médias empresas estão com o nome sujo no SPC ou no Serasa.

É por conta desse esquecimento deliberado e criminoso que ostentamos tantos outros números que nos causam vergonha e indignação.

Somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo, porém aqui mais de 33 milhões de brasileiros passam fome, 125 milhões não conseguem fazer as três refeições diárias e até carcaças de animais são vendidas como alimento.

Somos uma das maiores economias do planeta, mas aqui 55,5 milhões de pessoas vivem só com 14 reais ou menos ainda por dia; o desemprego ronda a casa dos 10 milhões; 5 milhões são desalentados, ou seja, pessoas que já desistiram de procurar emprego; e o subemprego, que paga menos que o mínimo e não garante nenhum direito, tornou-se a regra geral e não a exceção.

Lula e o PT passaram 14 anos no poder e deixaram o Brasil com os mesmos problemas que encontraram. A prova disso é a rápida evaporação dos efeitos da fugaz benesse que conseguiram produzir impulsionada por ciclos favoráveis das commodities.

Lula continua a repetir que colocou os pobres no orçamento quando, na verdade, os contentou com migalhas, deixando-os onde sempre estiveram: na escravidão da pobreza.

Bolsonaro, sua cria maligna, seguiu parte desta cartilha, aliando-se ao Centrão e rendendo-se à corrupção e ao clientelismo.

E acrescentou, sem dúvida, conteúdos gigantescamente mais pavorosos: o desrespeito às instituições e crimes contra a humanidade. Mas estas diferenças não conseguem os separar de todo.

Ao contrário, conteúdos políticos e econômicos profundos mais os aproximam do que os separam.

Por isso tudo, o Brasil está na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da nossa história.

Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas, inventada por Bolsonaro. Mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem, nas urnas invioláveis, o 13 ou o 22.

As urnas são de fato invioláveis, mas a legítima vontade popular está sendo tremendamente violada.

Pois os que pensam que ao apertar o 13 elegerão Lula (mesmo que com seus defeitos), estarão, na verdade, elegendo os mesmos que saquearam o país nos últimos anos, com os quais Lula vergonhosamente de novo se aliou.

Aqueles que pensam que ao apertar o 22 elegerão Bolsonaro (mesmo que com suas deformidades) estarão, na verdade, elegendo a outra parte da corja que saqueou o país em governos anteriores, e que pularam agora para um novo barco que disputa, com a mesma rota, a reta de chegada ao caos. Mas ninguém traz isso para o debate.

Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do “voto útil”.

Com esta pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem, no regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores, e, se for o caso, de optarem depois por aquele que mais se aproxime de suas ideias.

Querem privá-las do direito de expressar seus sonhos e de testar a força de suas posições, enriquecendo o debate e fortalecendo a pluralidade de ideias.

Querem calar as vozes das dissidências e submetê-las, sob o regime do medo e do terror velado, a dois blocos rivais que se escondem no maniqueísmo e no personalismo para disfarçar as profundas semelhanças de suas candidaturas.

Por mais jogo sujo que pratiquem, eles não me intimidarão. Não fugirei do verdadeiro embate democrático e não compactuarei com esta farsa.

Tenho compromisso de vida e morte com a luta por um Brasil melhor e nada me amedrontará nem irá me deter!

Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto, como firme e legítima opção, para livrar nosso país de um presente covarde e de futuro amedrontador.

Com rebeldia e esperança ainda podemos, juntos, salvar nossa pátria.

Levanta, Brasil!

 

Com o PT em árdua campanha para tentar sangrar a terceira via e liquidar a disputa presidencial em primeiro turno, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta sexta-feira, 23, que Leonel Brizola, se fosse vivo, votaria no candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. Brizola foi fundador do PDT, partido que tem Ciro Gomes como candidato ao Palácio do Planalto.

"Se vocês conhecem companheiros de fé, trabalhistas, do PDT - eu fui do PDT -, vocês lembrem eles, que eu tenho certeza de uma coisa: Leonel de Moura Brizola jamais iria para Paris. E no dia 2 de outubro, se ele fosse vivo, estaria votando no presidente Luiz Inácio Lula da Silva", declarou Dilma no comício final de Lula em Minas Gerais. Nas eleições de 2018, a ex-presidente disputou uma vaga para o Senado no Estado e terminou em quarto lugar.

##RECOMENDA##

Dilma engrossou a campanha petista para tentar fazer de Lula vitorioso no primeiro turno. "Espero que vocês se movimentem para que possamos ganhar no primeiro turno", afirmou a petista durante seu discurso. "Temos um inominável que ataca a democracia. Peço que no dia 2 de outubro sejamos capazes de resolver essa parada, para poder começar a reconstruir esse Brasil", acrescentou.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País e considerado decisivo nesta disputa. Desde 1989, quem venceu em solo mineiro levou a Presidência da República. Lula está no Estado pela terceira vez desde o início das eleições, também para embalar as candidaturas dos aliados Alexandre Kalil (PSD) ao governo e Alexandre Silveira (PSD) ao Senado.

Para Dilma, as mulheres, que apresentam maior rejeição ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, serão capazes de virar votos de homens. "Seremos capazes de convencê-los a constituírem barreira contra Bolsonaro", avaliou a ex-presidente.

Antes da petista, quem discursou foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador da campanha de Lula. "O time de Tiradentes é o time de Luiz Inácio Lula da Silva", disse.

O PDT pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade e cassação do registro de candidatura do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Na ação, enviada ao tribunal na última quinta-feira (22), o partido alega abuso de poder político e econômico e uso indevido de meios de comunicação.

A legenda do presidenciável Ciro Gomes argumenta que Bolsonaro usou dependências do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, para promover sua campanha.

##RECOMENDA##

Além de pedir a investigação por abuso de poder econômico e político, o partido também quer que a Corte eleitoral proíba o presidente de fazer campanha nas transmissões e mande excluir das redes a live realizada na última quarta-feira (21).

O partido aponta que o presidente anunciou a realização de lives diárias com dedicação da metade do tempo às eleições de 2022.

Até então, as transmissões eram feitas somente às quintas-feiras. "As referidas transmissões tinham por finalidade propagar os feitos do Governo, mas ganharam outros contornos com o início do período de propaganda eleitoral", escreveram os advogados na ação.

O anúncio de Bolsonaro foi feito na última quarta-feira, quando o presidente antecipou a tradicional live de quinta.

Na ocasião, também chamou apoiadores para comparecer a uma "grande motociata" no dia 1º de outubro em Brasília (DF) e pediu voto para aliados.

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse hoje (21) que a melhoria da educação pública passa pela mudança do padrão pedagógico e de avaliação de alunos utilizado em todo o país. Segundo ele, é preciso abandonar o “decoreba e o enciclopedismo raso” e implantar métodos que valorizem o pensamento crítico e analítico dos alunos. 

“Precisamos revogar esse enciclopedismo raso e introduzir uma pedagogia que seja a pedagogia disruptiva do profissional do mundo digital, da economia do conhecimento, aqui são coisas muitos instigantes. Temos que ensinar conteúdos, inclusive de dois pontos de vista diferentes, para, mexendo com a cabeça do estudante, força-lo à atitude correta do profissional digital, que é associar as informações que estão postas e criar informação nova”, disse. 

##RECOMENDA##

Segundo Ciro, isso exigirá um retreinamento de todo o magistério brasileiro e um reforço nas estruturas de cofinanciamento e redistribuição de recursos destinados à educação. E para viabilizar esses valores, o candidato propõe revogar a renúncia fiscal sobre 36 “produtos de luxo” da cesta básica, como salmão, queijo suíço e filé mignon. “A renúncia fiscal de PIS/Cofins sobre esses produtos são R$ 8 bilhões. Com isso, posso colocar 1 milhão de crianças em tempo integral na creche”, disse. 

Ciro participou, nesta quarta-feira, de sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela Fundação Armando Álvares Penteado. Durante o evento, o candidato também falou sobre temas como infraestrutura, criação de emprego, segurança pública e reforma tributária.

O PDT, partido do candidato à Presidência Ciro Gomes, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste sábado, 17, uma ação contra o candidato a deputado Augusto de Arruda Botelho (PSB-SP) e o perfil @jairmearrependi por apropriação da marca "Prefiro Ciro". Os representados usaram o filtro temático alterado para "Prefiro Lula" com o objetivo de mostrar apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os advogados da campanha do pedetista argumentam que a apropriação da marca dá a impressão que Ciro decidiu apoiar Lula. "A partir do uso da expressão 'Prefiro' e a utilização das mesmas cores da respectiva propaganda eleitoral utilizada pelo Senhor Ciro Gomes, denota-se a similitude criando, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais capazes de confundir o eleitorado brasileiro", afirmam na ação.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O perfil @jairmearrependi publicou no Twitter uma nota afirmando que a "paródia visual e a sátira em eleições é algo comum em todas as democracias" e que "uma coisa feita como piada interna" acabou ganhando grande proporção devido à divulgação de Ciro.

Botelho também se manifestou no Twitter. "33 milhões de pessoas passando fome e um candidato à presidência me processa por isso. @cirogomes vem com a gente, vamos virar juntos a página mais triste da nossa história", escreveu.

O candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), não gostou nada de ver que alguns apoiadores do ex-presidente Lula (PT) usarem a mesma logomarca que ele está usando em sua campanha. O "Prefiro Ciro" com as cores da bandeira do Brasil se transformou em "Prefiro Lula".

O pedetista ainda afirmou que os petistas "chuparam" a marca oficial da campanha do ex-presidente de uma empresa americana. 

##RECOMENDA##

"Viciados em meter a mão no bolso alheio, alguns petistas tão conseguindo se superar. Escondidinho, 'chuparam' a marca oficial da campanha de Lula de uma empresa americana. Agora tentam se apropriar da nossa marca. Onde vai parar a roubalheira?", publicou Ciro em sua conta no Twitter.

[@#video#@]

 

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, voltou a rejeitar o "voto útil" em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e argumentou que, se for seguida a tese defendida pelos petistas, "daqui a pouco vamos abolir a eleição". Opositores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam convencer os eleitores de Ciro Gomes (PDT) a desistirem do voto no pedetista para tentar eleger em primeiro turno o candidato do PT, que lidera as pesquisas.

"Voto útil só serve aos inúteis. Quem imagina que eleição é corrida de cavalo, para escolher o que a pesquisa diz que vai ganhar, daqui a pouco, com esse pensamento de inutilidade, nós vamos abolir a eleição. Se a pesquisa diz quem vai ganhar, para que votar?", afirmou ao Estadão.

##RECOMENDA##

Descartando a hipótese de Ciro Gomes desistir da disputa, Lupi disse que defenderá até o "último minuto" o Projeto de Desenvolvimento Nacional, nome dado ao plano de governo do presidenciável do PDT.

Ele opinou, ainda, que a defesa pelo voto útil pode ser um "tiro no pé". "A população começa a pensar: ‘Vem cá, por que estão querendo tirar esse cara? Ele deve ter valor".

O principal argumento usado para defender a adesão a Lula no primeiro turno é evitar que o presidente Jair Bolsonaro siga na disputa até o fim de outubro, com maiores chances de vitória. Segundo os favoráveis a essa tese, o chefe do Executivo poderia se beneficiar de mais tempo de propaganda no rádio e na TV e da campanha nas ruas; no segundo turno, o horário eleitoral é dividido igualmente entre os concorrentes.

A tese ganhou adesão até mesmo entre brizolistas históricos e ex-integrantes do PDT. Ex-liderança da Juventude Socialista do partido, Gabriel Cassiano, hoje no PSB, foi às redes defender que "o maior bem que Ciro Gomes poderia fazer não só pela nação, mas para si mesmo, é retirar sua candidatura e apoiar Lula ainda no primeiro turno." O mesmo argumento é reproduzido por Francisco Carlos Teixeira da Silva, ex-secretário de Educação de Brizola no Rio de Janeiro.

Lupi descartou que essas pessoas possam ser chamadas de "dissidentes" do partido. "Quando você fala dissidente, a pessoa tem que estar dentro do partido, fazendo movimento de dentro para fora. Ninguém ali é do PDT mais".

Fundado por nomes como Getúlio Vargas, Lionel Brizola e Darcy Ribeiro, o PDT chega às eleições de 2022 sem aliados no palanque. Com o partido fragmentado entre os estados, nesta quinta-feira (15), o presidente, Carlos Lupi, garantiu que a legenda está unida e que suas lideranças vão "lutar até o fim". 

Em campanha com Ciro Gomes no Recife, Lupi concluiu que a decisão do partido de não participar de coligações não enfraqueceu a campanha dos seus candidatos. "Eu não vejo prejuízos. Eu acho que quando se tem uma causa que nos alimenta e nos motiva, essa é a própria causa", pontuou. 

##RECOMENDA##

Perto de perder um dos seus três senadores eleitos, o partido conta com 19 deputados federais, mas esbarra em um tempo curto de propaganda nas rádios e na televisão para atrair eleitores. Ainda assim, Lupi se mostrou confiante no resultado de 2022. "Vamos lutar até o fim, apresentando nosso projeto, visitando o Brasil todo e acreditando na inteligência do povo brasileiro", considerou. 

Para Pernambuco, o presidente do PDT espera fechar a campanha com dois representantes na Câmara e pelo menos três na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). "Vamos eleger dois federais aqui, Wolney e a Isabella de Roldão, e três a quatro estaduais", projetou. 

Carlos Lupi ainda reforçou que o partido vem forte para as urnas, sustentado por sua representatividade histórica e por um projeto de governo consolidado. "Nós vamos eleger mais de 30 deputados, podendo chegar a 35. O partido tá unido, tem 10 candidaturas a governador, 10 ao Senado, cinco a vice, e vamos continuar lutando. Nosso partido não tem 40 dias, tem 42 anos", complementou. 

Terceiro mais bem avaliado entre os candidatos à Presidência, mas ainda longe de estremecer a polarização dos dois primeiros colocados, nesta quinta-feira (15), Ciro Gomes (PDT) descreveu que a campanha pelo 'voto útil' é um instrumento de covardes e autoritários. Em agenda no Recife, o pedetista vai visitar o Porto Digital à tarde e transmite à noite a CiroTV em uma comunidade na Zona Norte. 

##RECOMENDA##

A campanha pelo 'voto útil' é defendida por militantes bolsonaristas e petistas para concentrar os votos em seus candidatos e evitar a vitória precoce do adversário. Quem mais sofre com essa configuração é Ciro Gomes, que desde o início da campanha tenta se estabelecer entre 10% dos eleitores. 

Para o candidato, a orientação reforçada pelos apoiadores dos concorrentes limita a liberdade do voto e evita que o debate político se aprofunde. Essa realidade foi caracterizada por ele como a "Ciência da insanidade", a qual se repetem os mesmos erros com objetivo de alcançar um resultado diferente.

"Voto útil é o instrumento que os autoritários e os covardes têm para tirar a liberdade do povo, por que eles querem que as pessoas deem a eles todo o poder cegamente, e os covardes não querem que o debate se aprofunde para que a gente não mostre para o povo quem são os vendilhões da pátria, quem são aqueles que produziram o desastre que o Brasil tá vivendo", apontou o pedetista. 

Ciro ainda voltou a atacar diretamente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), mas dessa vez foi mais incisivo contra o atual presidente e o definiu como " a pior tragédia da política brasileira". 

Sem deixar de atingir o ex-presidente, o candidato disse mais uma vez que Lula é o responsável pelo surgimento da ideologia bolsonarista. "Se o Bolsonaro é uma tragédia, e de fato o Bolsonaro é a pior tragédia que já se abateu sob a vida pública brasileira, ele vem na sequência de quatro mandatos que nosso povo generosamente deu ao PT e ao Lula. Será que a solução para a tragédia do Bolsonaro é voltar àqueles que deram causa pela corrupção e pela crise econômica que o Lula produziu no Brasil?", questionou.

A briga entre o candidato Ciro Gomes (PDT) e o Partido dos Trabalhadores ficou mais evidente em 2018, quando Haddad, que era o candidato do PT à Presidência foi disputar o segundo turno com Bolsonaro (PL), e Ciro, que havia demonstrado apoio ao petista para a disputa do segundo turno, viajou para Paris e não fez a campanha. Ainda que Ciro tenha voltado ao Brasil para votar e declarou ter votado "na democracia", ficou o burburinho sobre essa "fuga" para outro País para não fazer a campanha. 

No entanto, se colocando como uma possível terceira via e tendo Lula como principal adversário, mesmo tendo feito parte do governo petista como ministro de Lula, Ciro Gomes vem evidenciando os ataques ao adversário, usando um tom mais duro. Ainda assim, Lula demonstra interesse em tentar atrair o apoio de Ciro num possível segundo turno. Uma coisa é unânime entre os especialistas: os ataques fazem parte de um projeto político próprio de Ciro Gomes e do PDT. 

##RECOMENDA##

O doutor em ciência política e professor da Asces-Unita, Vanuccio Pimentel, contou que a disputa entre Ciro (PDT) e o PT acontece desde 2010. Ele lembrou que o pedetista já queria ser presidente em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito. Ciro se candidatou novamente em 2002, mas quem venceu esta eleição foi Lula (PT) e ele passou a compor o governo petista. “Ele não se lançou na reeleição do Lula e o apoiou, porque era ministro do governo. Depois ele sai [do governo], se lança deputado federal em 2010 e é bem eleito. É quando começa a primeira ruptura”, disse. 

De acordo com o especialista, Gomes estava no PSB e não queria apoiar a candidatura de Dilma, pois queria lançar um projeto próprio, mas foi barrado pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que estava dirigindo o PSB na época. “Eduardo também tinha o próprio projeto político dele. Naquele momento, embora Ciro não quisesse apoiar Dilma, acabou não declarando apoio pessoal, mas o partido apoiou e ele acabou ficando ali. É a partir do governo Dilma que ele tem maiores divergências e se lança completamente independente. Ele não aceitava Dilma como sucessora de Lula e é a partir daí que ele se coloca mais afastado”, contou. 

No entanto, de acordo com Vanuccio, mesmo não apoiando o PT em 2014, Ciro tentou uma reaproximação com a sigla em 2018. “O cenário que ele via em 2018 com Lula preso era que ele poderia ser a pessoa que capitalizaria e concentraria a eleição da esquerda, a que teria mais condições de representar a esquerda na disputa, então, ele busca se reconciliar com o PT. Ele tenta ter o apoio de diversas maneiras e, inclusive, ele fala em 2018 que seria o sonho dele ter Haddad como vice”, lembrou. 

Para o especialista, quando Ciro percebeu que não tinha chances de ter o apoio do PT, sobretudo com a candidatura de Lula posta, ele começou a antagonizar Lula e Haddad e não conseguiu reverter a situação. “Ele teve um percentual de votos que foi o maior que teve ao longo dessas eleições presidenciais que ele disputou [em 2018, com 12,47%]. Então, ele acha que nesse momento pode e deve se apresentar como uma outra via. Essa disputa de Ciro com o PT começa em 2010, mas o projeto político do Ciro já é antigo. Em 2018 ela marca uma ruptura que talvez seja difícil de conciliar até pelo próprio Ciro, porque ele não tem vontade, mas esse não é o primeiro desentendimento dele com o PT”, evidenciou. 

Por sua vez, o cientista político da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Ranulfo Paranhos, declarou que Ciro investiu muito na campanha - que ele faz desde 2018 - e até lançou um livro com a plataforma do “seu propenso governo”. “Ele investiu muito nisso e quando os números começaram a se cristalizar, Lula não perde voto, Bolsonaro avança, Ciro percebe que não tem para onde crescer. Sobrou para ele a posição no espectro político que se parece com a dele, a do Lula. Os dois têm origens entre esquerda e centro, com propostas trabalhistas que são progressistas. Com toda a configuração da campanha do Lula ao conquistar essa quantidade de votos, Ciro percebe que vai ter que atacar o Lula. Há um burburinho de que Ciro é linha auxiliar do fascismo, mas o nome disso é pragmatismo”, disse. 

Para ele, Ciro tem consciência de que só pode ganhar votos se for da esquerda, mas por conta do tradeoff, que é “a melhor escolha entre as piores opções”. “A leitura que os eleitores fazem é que não querem o Bolsonaro de jeito nenhum, e tem que tolerar o Lula”. Ou seja, para ele, a “briga” entre Ciro e o PT é de 2018. “É uma questão recente de estratégia de um projeto próprio”. “Imagina que ele conquistasse 3% do Lula e chegasse na casa dos 10% [nas pesquisas] e essa comparação ficasse muito clara. Ele começaria a aparecer como uma opção viável para o segundo turno. A massa cinzenta do Bolsonaro podia votar nele, já que detesta tanto o Lula. É mais ou menos essa leitura que ele faz estrategicamente: de que precisa bater no Lula para crescer e se tornar alguém viável”, finalizou. 

Confira as agendas dos candidatos à Presidência da República neste domingo (11): 

Ciro Gomes (PDT): participa de lançamento de campanha de candidata local, às 11h, na Academia de Samba Praieira, em Praias Belas, em Porto Alegre (RS) 

##RECOMENDA##

Constituinte Eymael (DC): descansa com a família. 

Felipe D’Ávila (Novo): participa, às 10h, de bicicleata no Ibirapuera, a partir do portão 6, em São Paulo (SP). 

Jair Bolsonaro (PL): não divulgou sua agenda. 

Léo Péricles (UP): não divulgou sua agenda. 

Lula (PT): não divulgou sua agenda.

  Padre Kelmon (PTB): não divulgou sua agenda. 

Simone Tebet (MDB): não divulgou sua agenda. 

Sofia Manzano (PCB): não divulgou sua agenda. 

Soraya Thronicke (União): não divulgou sua agenda. 

Vera Lucia (PSTU): não divulgou sua agenda.

Nesta quinta-feira (8), o PDT entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado por suposto abuso de poder político e econômico praticados nos atos de 7 de Setembro, no Rio de Janeiro e Brasília, e que ele se torne inelegível.

Na ação, o Partido Democrático Trabalhista alega que "por ser um ato político destinado a louvar um fato histórico para o país, o evento não poderia ter sido transformado em um palanque eleitoral, com a utilização de toda estrutura custeada com dinheiro público". 

##RECOMENDA##

A legenda aponta ainda que Bolsonaro se aproveitou do seu cargo de presidente e da estrutura pública para se favorecer na disputa eleitoral e desequilibrar o pleito. 

"O senhor Jair Messias Bolsonaro, valendo-se de sua condição funcional, aproveitou-se de toda a superestrutura do evento cívico do Bicentenário da Independência do Brasil – custeado com o erário público (R$ 3.380.000,00 – três milhões, trezentos e oitenta mil reais), especificamente para promover a sua imagem perante os eleitores, em total alvedrio às regras eleitorais e com o claro viés de desequilibrar o pleito, haja vista que está se valendo do uso da máquina pública", pontua o partido.

Na tarde desta segunda-feira (5), o candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou que a linguagem neutra adotada por pessoas não-binárias, que não se identificam com o gênero feminino ou masculino, "só nos divide". 

"Tenha santa paciência. Pode ser que eu esteja ficando velho, mas isso só nos divide. Quero unir o Brasil”, disse o pedetista em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. O presidenciável aproveitou para criticar a proposição de políticas públicas embasadas em pautas identitárias e que o PT se vendeu e resolveu fazer no Brasil o "esquerdismo à moda americana". 

##RECOMENDA##

“Os americanos jamais puderam defender o socialismo, o marxismo, o leninismo, mas eles têm aquele pulso solidário. Então, vamos lá pegar questões identitárias, hiperfragmentar os interesses da sociedade, vou falar de negro, de mulher, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados, e não falo mais em superação da miséria, da desigualdade na proporção justa dos negros e das mulheres que de fato sofrem dobrado numa sociedade machista e racista como a nossa”, afirmou.

Ciro aponta que o seu papel é mostrar que não há contradição em ser solidário com as questões identitárias, mas só que essa tem que ser "uma grande luta na superação da miséria e da desigualdade". 

"Eu tenho que ir para um modelo tributário que cobre mais dos supericos para diminuir o imposto dos pobres e da classe média e no consumo, que é o imposto indireto mais injusto, porque eu promovo a superação da miséria e da desigualdade", analisou.

O pedetista reforçou que é uma "baboseira achar que a hiperfragmentação da sociedade vai dar na superação da miséria e da desigualdade". Como forma de comparação, o candidato apontou que se a questão do meio ambiente for tratado como algo identitário, teremos "meia-dúzia de pessoas que são simpáticas, do bem porque defendem a fragilidade da natureza, mas não tem compromisso nenhum de como não vai faltar energia no país", pontuou.

Na estratégia de tentar arrancar votos do PT, Ciro Gomes (PDT) fez uma publicação em que questionou a saúde do ex-presidente Lula. O candidato voltou atrás, excluiu a postagem e admitiu que exagerou no teor da crítica. 

Na mensagem apagada nessa segunda-feira (29), Ciro afirmou que o adversário estava "cada dia mais fraco, fisicamente, psicologicamente e teoricamente para enfrentar a direita sanguinária". 

##RECOMENDA##

Após participar da sabatina promovida pela Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), o pedetista explicou que não teve a intenção de "falar nada sobre estado de saúde" e que foi "meio duro demais". Ele não pediu desculpas ao concorrente. 

"Eu não falei nada sobre estado de saúde, não. Eu só acho que aquilo ali era meio duro demais e que podia ficar na má inteligência. O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer", declarou. 

O PDT, sigla pela qual o candidato Ciro Gomes concorre à Presidência neste ano, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de realizar showmício durante a campanha, o que é proibido pela lei eleitoral. O PDT acusa Bolsonaro de transformar sua participação na 65ª Festa do Peão do Boiadeiro, em Barretos (SP), na última sexta-feira, 26, num showmício, "com a presença de animadores, entonação de discursos inflamados, slogans e músicas de campanha".

A sigla ainda pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) remova do Youtube os vídeos realizados na ocasião, além de aplicar multa à campanha do atual presidente "devido à gravidade da conduta, pela veiculação de propaganda eleitoral na internet", sem aviso prévio à Justiça Eleitoral.

##RECOMENDA##

Em julgamento realizado no ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou a proibição, sob o argumento de que esse tipo de evento fere a paridade de armas. A denúncia do partido foi feita ao Tribunal Superior Eleitoral neste sábado, 27, juntamente com um pedido para que Bolsonaro seja proibido de participar de eventos dessa natureza, "especificamente para que não desvirtue sua participação para transformar atos festivos em comício eleitoral em tons de showmício ou eventos assemelhados".

O documento é assinado pelos advogados do PDT Walber Agra e Ezikelly Barros. Segundo o partido, a remoção dos vídeos não deve ser considerada censura por ser uma medida necessária para barrar atos ilícitos.

"Na oportunidade, o Senhor Jair Messias Bolsonaro proferiu discurso com nítido viés eleitoral, destinado ao público alvo do evento (agropecuária), de modo a verbalizar os pontos centrais do seu programa de campanha, bem como os bordões 'Deus', 'pátria' e 'família', tradicionalmente utilizados como slogan eleitoral", argumenta o PDT. Para o partido, a participação de Bolsonaro no evento desvirtuou o propósito original da festividade.

A sigla argumenta que o presidente causou "graves violações à legislação eleitoral e à higidez do pleito". O caso foi distribuído à ministra Maria Cláudia Bucchianeri, que atua como juíza da propaganda eleitoral nas eleições deste ano.

O presidente Jair Bolsonaro teria cometido crime eleitoral ao pedir votos para 17 candidatos a vários cargos durante a sua tradicional "live" da última quinta-feira, dia 18, gravada dentro do Palácio do Planalto. Esta é a tese de uma ação judicial apresentada pelo PDT, partido do presidenciável Ciro Gomes, ao Tribunal Superior Eleitoral nesta segunda-feira, dia 22. A ação é assinada pelo presidente da sigla, Carlos Lupi.

Geralmente, as "lives" de Bolsonaro são gravadas na biblioteca do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República, local que em tese poderia ser usado para fins particulares. Para os advogados do PDT, porém, Bolsonaro cometeu crime eleitoral ao utilizar um prédio público que é seu local de trabalho - o Palácio do Planalto - para fazer campanha eleitoral de terceiros. A prática é proibida pelo artigo 73 da Lei das Eleições, de 1997. Pelo texto, é proibido usar "em benefício de candidato, partido ou coligação (...) móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União", diz um trecho.

##RECOMENDA##

No texto, a equipe jurídica do PDT pede a retirada imediata do vídeo da "live" do ar, e a retirada de Bolsonaro e de seu vice, o general Walter Braga Netto, da corrida eleitoral, pela prática do abuso do poder político.

Durante a "live", Bolsonaro chegou a dizer que voltaria a fazer campanha para novos candidatos na próxima transmissão ao vivo, marcada para esta semana. "Vamos lá para o horário eleitoral gratuito. Vai faltar gente, vamos reclamar, mas vamos deixar para semana que vem. Algumas candidaturas pelo Brasil que eu peço apoio", disse ele, antes de apresentar os candidatos.

No texto da ação, o PDT lembra ainda que a "live" contou com o apoio de um tradutor da Língua Brasileira de Sinais (Libras) bancado com recursos públicos. "As transmissões ao vivo ocorrem dentro das dependências privativas do Palácio do Planalto, com a utilização de todo o aparato e mobiliário do prédio público na consecução desse fim, bem como do intérprete de libras custeado pelo Erário", diz um trecho.

"A referida 'live', transmitida de dentro das dependências privativas do Palácio do Planalto, durou quase uma hora e foi publicada no canal do Youtube e do Facebook do ora demandado, que possui aproximadamente 3,8 milhões de seguidores. A referida 'live' conta com mais de 346 mil visualizações", diz o texto dos advogados do PDT.

Esta não é a primeira ação judicial eleitoral do PDT sobre a conduta de Jair Bolsonaro. Na semana passada, a equipe jurídica do partido acionou a campanha de Jair Bolsonaro por conta da reunião promovida pelo presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada para repetir a tese, nunca comprovada, de que há fraude nas urnas eletrônicas.

O PDT ingressou nesta sexta-feira, 19, com pedido de investigação e inelegibilidade da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição e de seu vice Braga Neto. No pedido, o partido que tem Ciro Gomes como candidato, sustenta que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral em reunião com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho, e cometeu abuso de poder pelo fato de a reunião ter sido veiculada em meio de comunicações oficiais.

Na peça, advogados do PDT alegam que a tônica do encontro de Bolsonaro com os embaixadores foi a de "reerguer protótipos profanadores" da integridade do processo eleitoral e das instituições da República, especificamente o TSE e ministros. "O senhor Jair Messias Bolsonaro criou uma ambiência propícia para a propagação de toda sorte de desordem informacional ao asseverar, por diversas vezes, que o sistema eletrônico de votação é receptivo a fraudes e invasões que, sob a ótica do delírio presidencial, podem comprometer a fidedignidade do resultado dos pleitos", informam.

##RECOMENDA##

"É inegável que o senhor Jair Messias Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral, de modo que há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news, o que consubstancia-se em um fato de extrema gravidade, apto a ser apurado na ambiência desta Ação de Investigação Judicial Eleitoral", completam.

Além da inelegibilidade dos investigados citados na ação, o PDT pede a cassação do registro ou do diploma, pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e que seja determinado às redes sociais que "promovam a imediata retirada da postagem objeto" da ação.

 O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) apresentou, nesta terça-feira (16), como proposta de governo, o programa "Eduardo Suplicy", que pretende fornecer R$ 1 mil para famílias que vivem em situação de pobreza.

"O Programa de Renda Mínima ‘Eduardo Suplicy’ será o maior programa de transferência de renda da nossa história. Ele vai garantir uma renda de R$ 1 mil, em média, para 24,2 milhões de famílias carentes", prometeu o candidato em postagem nas redes sociais

##RECOMENDA##

De acordo com Ciro, o dinheiro utilizado para a realização da proposta seria de programas de transferência de renda já existentes (como o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família) + imposto sobre grandes fortunas e taxação de lucros e dividendos. Além disso, o candidato detalhou que terão acesso ao dinheiro todas as famílias pobres. 

Por fim, Ciro escreveu, em tom de disputa, que " Enquanto eles matam com esmola, vou garantir a sobrevivência do povo", "ainda dá tempo de você salvar o Brasil". Vale destacar, que de acordo com a última pesquisa eleitoral do IPEC, o candidato aparece em terceiro lugar com 6% das intenções de voto, bem atrás do primeiro lugar, o candidato Lula (PT), que aparece com 44% e do atual presidente Bolsonaro (PL), que vem em segundo lugar, com 32% dos votos.

O deputado federal David Miranda (PDT-RJ) está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do Rio de Janeiro, de acordo com informações do seu marido, o jornalista Glenn Greenwald. O parlamentar foi hospitalizado no último sábado (6), e publicou um vídeo nas suas redes. 

Segundo informações de Glenn, David começou a sentir muita dor na área do estômago ainda no sábado, quando estava em um evento público, mas voltou para casa e cancelou toda a agenda do dia pela dor insuportável, que logo se intensificou e ele foi para o hospital.

##RECOMENDA##

“Quando chegou lá, os médicos perceberam que tinha um problema bem sério com o sistema gastrointestinal, provavelmente com várias infecções, e ele entrou na hora na UTI. David não teve melhora nas próximas 48 ou 72 horas, muito pelo contrário, tudo estava piorando. David está num estado bem grave, gravíssimo”, contou o jornalista.

Apesar do estado grave e da falta de perspectiva, o parlamentar começou a apresentar melhoras nesta quarta-feira (10). “Mas hoje foi o primeiro dia que as coisas pararam de piorar. Os exames estão mostrando um pouco de melhoras e estão nos dando um certo otimismo de que ele vai resistir a esses problemas que estão acontecendo”, informou Glenn. 

[@#video#@]

Confirmado na disputa à Presidência pelo Pros, Pablo Marçal calibrou seu discurso de estreia como candidato em ataques aos principais concorrentes, nesse domingo (31). Alinhado com uma parcela do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL), ele amenizou as críticas ao presidente e foi mais duro com Lula (PT) e, principalmente, Ciro Gomes (PDT). 

Com o desejo de quebrar o cenário polarizado, Marçal defende o slogan “chega desses 2” e se colocou como o candidato da terceira via "que ninguém tem coragem de assumir". De olho na posição de Ciro Gomes, ele lembrou dos insucessos do pedetista nas tentativas de ser Presidente e propôs que o concorrente "vá caçar outra coisa para fazer". 

##RECOMENDA##

“Ciro Gomes, se desde 2011 você tenta ser Presidente e o povo não quer saber de você, vá caçar outra coisa pra você fazer. Se o povo não quer, acabou”, afirmou durante a convenção do partido, em São Paulo. 

Ainda em seu discurso, Pablo Marçal destacou que era cristão e estigmatizou o aborto. O candidato do Pros também incentivou a venda de empresas públicas, como a Petrobras, e deixou um recado para Lula (PT): “o Brasil não quer mais o senhor como Presidente”. 

Conhecido na internet por vídeos motivacionais, o "coach messiânico" arriscou a vida de 32 pessoas quando desrespeitou as recomendações da Defesa Civil e subiu a Serra da Mantiqueira, em São Paulo, no início de janeiro. Antes da caminhada, ele fez uma oração para que o clima melhorasse e, mesmo assim, encarou as péssimas condições climáticas. Na madrugada do dia 6, após alguns integrantes desistirem, o grupo pediu socorro aos bombeiros devido ao risco de hipotermia. 

Em tom mais ameno ao citar Bolsonaro, Marçal indicou que não enxerga possibilidade de crescimento com o atual governo. “Bolsonaro deu o melhor que pôde, mas não pode levar o Brasil para o próximo nível. Por isso me coloquei a disposição da nação”, apontou. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando