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A Justiça do Maranhão condenou a 12 anos de reclusão, em regime fechado, por crime de peculato, o vereador Josibeliano Chagas Farias, o Ceará, ex-presidente da Câmara de Açailância, município de 115 mil habitantes localizado a 445 quilômetros da capital São Luís. Também foi condenada a ex-chefe do Departamento Administrativo da Câmara Regina Maria da Silva e Sousa. Ela pegou 12 anos de prisão. Ambos podem recorrer em liberdade.

A reportagem do Estadão fez contato com a Câmara de Açailândia e pediu manifestação de Ceará e de Regina. O espaço está aberto.

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A sentença foi assinada no último dia 27 pela juíza Selecina Henrique Locatelli, titular da 2ª Vara da Comarca de Açailândia.

Os réus também foram condenados a 363 dias-multa, fixando-se cada dia-multa em cinco vezes o salário mínimo vigente à época do fato, aumentada ao triplo, para o ex-presidente da Câmara, e em duas vezes o salário mínimo da época, para a ex-chefe do Departamento Administrativo.

Na mesma sentença, foi condenado o representante da empresa A N M da Silva Supermercados Marcos Paulo Andrade Silva a cinco anos e quatro meses de reclusão e ao pagamento de 155 dias-multa, sendo cada dia-multa fixado em três vezes o salário mínimo da época do fato.

Segundo a denúncia do Ministério Público estadual, formulada em setembro de 2018 pela promotora de Justiça Glauce Mara Lima Malheiros o vereador e a ex-chefe do Departamento Administrativo da Câmara desviaram R$ 281.823,07 dos cofres públicos, 'em proveito próprio ou alheio' - decorrente de contratos firmados entre a Câmara e o supermercado.

Segundo informou a Coordenadoria de Comunicação do Ministério Público do Maranhão, um contrato tinha como objeto a aquisição de materiais de consumo, alimentos, descartáveis, material de limpeza, material de higiene e utensílios de cozinha. O outro era destinado à compra de material de expediente (papelaria), ambos para atender a demanda da Câmara, no exercício financeiro de 2017.

Investigações

Nos dois casos, as investigações do Ministério Público "apontaram uma série de irregularidades, desde a realização dos processos licitatórios até a suposta entrega dos produtos".

No contrato de material de escritório, por exemplo, foram incluídos itens como 10 caixas de disquetes de computador, 1 mil lápis e 50 mil fotocópias.

Uma inspeção da Promotoria verificou que o fornecedor contava apenas com duas impressoras de uso doméstico (que seriam utilizadas para o fornecimento de 50 mil fotocópias) e, dos itens constantes do contrato, tinha em estoque apenas lápis, canetas e borrachas.

Outra inspeção na sede da Câmara foi executada para verificar a existência dos bens duráveis supostamente adquiridos, como 10 saboneteiras plásticas, que não foram encontradas. Havia apenas duas, antigas, apesar da sede do Legislativo Municipal ter sete banheiros.

De um total de 20 grampeadores, nenhum foi encontrado e das três fragmentadoras de papel que teriam sido entregues, foi encontrada em uso somente uma, de modelo diferente e "em avançado estado de uso".

Também não foram encontradas 200 baterias de nove volts, três garrafas térmicas, 100 bobinas para fax, 100 disquetes, 60 fitas para impressora, porta-copos, pranchetas, quadro branco entre outros itens.

De acordo com o Setor Financeiro da Câmara, blocos de cheques - 100 foram adquiridos - e recibos de salários (6), que também são itens faltantes, "há muito tempo não são utilizados, pois o sistema é informatizado".

Ainda entre os itens não mais utilizados, além de disquetes de computador, estão 60 fitas VHS.

Outro ponto que chamou a atenção do Ministério Público foram as "quantidades exorbitantes" de produtos adquiridos.

De açúcar, por exemplo, foram três mil quilos; de papel A4, 3 mil resmas, o que representa 1,5 milhão de folhas; e de refrigerantes, 3 mil litros.

Comparativamente, a ata de registro de preços do Supremo Tribunal Federal, com 1738 servidores e com processos judiciais de todo o país, para a compra de papel previa quatro mil resmas.

No mesmo ano, a Câmara Municipal de Açailândia, com cerca de 100 servidores, incluindo os vereadores, teria adquirido três mil resmas de papel.

Reparação do dano

A juíza Selecina Henrique Locatelli, titular da 2ª Vara da Comarca de Açailândia, também condenou os réus, solidariamente, a pagar o valor de R$ 281.823,07 ao erário municipal, a título de reparação mínima dos danos causados pela infração, acrescidos de correção monetária calculada pela Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Maranhão, bem como incidirão juros à razão de 1% ao mês, ambos desde a publicação desta sentença até o efetivo pagamento.

COM A PALAVRA, CEARÁ E REGINA

A reportagem do Estadão entrou em contato com a Câmara de Açailândia e pediu manifestação do vereador Ceará e da ex-diretora do Departamento Administrativo. O espaço está aberto.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (6) absolver o ministro da Integração e Desenvolvimento Social, Waldez Góes.

Em 2019, Góes foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a seis anos e nove meses de prisão pelo crime de peculato. Na época, ele era governador do Amapá e recorreu em liberdade. A acusação trata do suposto desvio de valores de empréstimos consignados de servidores para custear despesas do governo.

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De acordo com a acusação, o suposto crime teria ocorrido entre 2009 e 2010, durante o primeiro mandato de Goés na chefia do Executivo local. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os valores que eram descontados dos servidores deveriam ser repassados aos bancos credores e não poderiam ser usados para financiar a máquina pública. Após a decisão, a defesa recorreu ao Supremo para suspender a condenação. 

Ao julgar o recurso, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, entendeu que Góes não tirou proveito próprio dos recursos, que foram usados em outras áreas da administração. Dessa forma, segundo o ministro, o ex-governador não cometeu crime de peculato. O voto foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux.   Durante a tramitação do processo, a defesa de Waldez Góes afirmou que não houve desvio de recursos públicos, e outros acusados no processo foram absolvidos das mesmas acusações.

Uma nova representação apresentada ao Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal pede a abertura de investigação para que seja apurado possível crime de peculato pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A notícia-crime também mira a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes.

O pedido de investigação foi encaminhado no dia 7 de março ao MPF-DF pela deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP). É provável que essa representação da parlamentar seja encaminhada para o MPF de Guarulhos (SP), que já tinha sido acionado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Os procuradores de São Paulo já receberam documentos e provas colhidas sobre o caso e, agora, avaliam a abertura de um procedimento de investigação.

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Ambas as acusações se baseiam no escândalo revelado pelo Estadão, em 3 de março, e reportagens seguintes que detalharam todas as iniciativas que Bolsonaro mobilizaria para tentar, de alguma forma, retirar as joias de diamantes estimadas em cerca de R$ 16,5 milhões e que acabaram retidas na alfândega do aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo tentava entrar ilegalmente com os itens no País.

"Há duas versões dos fatos: a primeira, na qual os presentes recebidos seriam personalíssimos da ex-primeira-dama e do ex-Presidente da República; a segunda, na qual seriam os presentes destinados ao acervo do Governo Brasileiro", afirma a deputada Luciene Cavalcante, na notícia-crime enviada à 5ª Câmara de Combate à Corrupção do MPF.

Caso se confirme a primeira versão, diz Cavalcante, houve crime de descaminho (artigo 334 do Código Penal), quando da não declaração dos bens na entrada do país com o pagamento dos impostos devidos, além dos crimes de advocacia administrativa (artigo 321 do Código Penal) e tráfico de influência (artigo 332 do Código Penal), por causa da utilização de cargo público pelos assessores, ministros e secretário da Receita Federal para favorecimento pessoal.

"Caso se confirme a segunda versão, de que as joias eram destinadas ao acervo da Presidência da República, pode-se citar o crime de peculato (artigo 312 do Código Penal), quando da tentativa de apropriação pessoal de bens públicos", declarou a parlamentar, pedindo que os denunciados sejam investigados pelas "condutas descritas eivadas de imoralidade, desarrazoabilidade e prejuízo aos cofres públicos".

O caso é apurado paralelamente pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Comissão de Ética da Presidência da República, Tribunal de Contas da União e Receita Federal.

No Congresso, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado decidiu chamar o embaixador da Arábia Saudita para ajudar a esclarecer o caso das joias de diamantes que o regime saudita deu para o então presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Nesta quarta-feira (29), a Polícia Civil do Ceará indiciou o cantor Wesley Safadão, sua esposa Thyane Dantas e mais seis pessoas pelos crimes de peculato e por infração a determinação do poder público, cujas penas somadas podem chegar a treze anos de prisão.

O inquérito da polícia investigava a vacinação irregular dessas pessoas em um shopping no bairro do Jóquei Club, em Fortaleza, Ceará, no dia oito de julho deste ano. Na época, o calendário municipal de vacinação da cidade previa a aplicação da vacina contra a Covid-19 apenas em pessoas com 32 anos ou mais - Thyane tinha 30 anos e não poderia ser vacinada.

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Já Wesley e a sua assessora, que foi indiciada apenas por infração de medida sanitária, estavam agendados para receberem a imunização no mesmo dia, no Centro de Eventos do Ceará, mas foram para outro posto de vacinação em um shopping. A polícia investiga se eles procuraram outro local a fim de escolher o tipo da vacina que estava sendo aplicada.

As investigações indicaram que três servidores públicos da Secretaria de Saúde de Fortaleza foram os responsáveis pela vacinação de Thyane, Wesley e da assessora de Safadão, contando ainda com o apoio e as participações de outras duas pessoas que não atuavam na administração pública.

A Polícia Civil afirma que os servidores agiram de maneira voluntária e deliberada, sem qualquer autorização ou conivência da Secretaria de Saúde municipal. 

O delegado responsável pelas investigações aponta que a vacinação de Wesley e das mulheres decorreu de um ajuste prévio entre eles e de uma pessoa próxima do cantor que possuía contato com os três servidores públicos. Por isso, a polícia descartou a hipótese de coincidência ou falha do sistema.

Ainda não existem provas de que houve alguma vantagem financeira entre as partes envolvidas. O inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário nesta quarta (29), onde segue para apreciação.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro afirmou ter "indícios suficientes" de que houve desvio de dinheiro público e ação de organização criminosa no gabinete do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (23) pelo jornal O Globo.

Segundo a publicação, a afirmação consta de pedido de quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador. O documento foi encaminhado à Justiça do Rio meses atrás e atendido em 24 de maio. Segundo o jornal, o MP-RJ apontou que "no presente caso, restam indícios suficientes da prática dos crimes de peculato materializados no esquema das 'rachadinhas' e de organização criminosa". A organização criminosa se caracterizaria pela existência de uma "divisão de tarefas" no gabinete, "caracterizada pela permanência e estabilidade, formada desde 2001 por diversos assessores nomeados pelo parlamentar (Carlos)".

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Ao jornal O Globo a defesa de Carlos não quis se manifestar.

Nove servidores vinculados ao turismo brasileiro se tornaram alvo de denúncia enviada à Justiça pelo Ministério Público Federal. Os envolvidos seriam parte de esquema de fraudes com recursos federais no âmbito de convênios firmados pelo Ministério do Turismo (Mtur) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) com entidades sem fins lucrativos e empresas para promoção de eventos culturais. Os denunciados são acusados de desviar cerca de R$ 3,5 milhões do projeto Relix Pernambuco 2017. O caso é de responsabilidade da procuradora da República em Pernambuco Silvia Regina Pontes Lopes. Todos os citados já foram alvos de denúncias anteriores do MPF no âmbito da mesma operação, nomeada “Fantoche”.

A nova denúncia é a quarta oferecida no curso da operação, deflagrada em fevereiro de 2019. As investigações – iniciadas a partir de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) – indicaram o uso de empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados para desvio da verba federal.

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São acusados do crime de peculato o diretor do Departamento Nacional do Sesi e presidente da Confederação Nacional da Indústrica (CNI), Robson Braga de Andrade, o diretor regional do Sesi em Pernambuco, Ricardo Essinger, o superintendente regional do Sesi no estado, Nilo Augusto Câmara Simões, o empresário e à época secretário de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, os diretores do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, os administradores da Aliança Comunicação e Cultura, Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, bem como o administrador da Alto Impacto Entretenimento, Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva.

Segundo a procuradora da República, Robson Braga de Andrade, Ricardo Essinger, Nilo Augusto Câmara Simões e Sérgio Luís de Carvalho Xavier participaram da liberação dos recursos do Relix Pernambuco 2017, segunda edição do festival no estado, sem nenhum tipo de avaliação financeira, pesquisa de mercado ou acompanhamento da execução orçamentária e financeira do projeto, possibilitando o enriquecimento ilícito de terceiros às custas de verba do Sistema S.

O MPF destaca que os denunciados Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, respectivamente presidente e diretor sociocultural do Instituto Origami, uma das entidades cooptadas no esquema, utilizaram empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados na execução do Relix. As investigações ainda apontaram que a Aliança Comunicação e Cultura Ltda. foi a principal destinatária dos recursos alocados no projeto, que foram repassados mediante a emissão de notas fiscais faturadas pela Aliança por serviços supostamente prestados em benefício do Instituto Origami.

Ainda de acordo com a denúncia, uma parcela dos serviços referentes ao contrato de patrocínio firmado entre o Sesi e o Instituto Origami foi viabilizada mediante contratações realizadas por intermédio da empresa Alto Impacto Entretenimento Ltda. Na contratação, foi detectado sobrepreço e consequente superfaturamento referente ao valor contratado pelo Sesi. As apurações evidenciaram que o instituto exerceu função meramente instrumental na execução do projeto, atuando como intermediário entre Sesi/PE e os destinatários finais dos recursos.

Segundo o MPF, assim como nos eventos anteriores, a edição 2017 do Relix contou com intensa participação do então secretário de Meio Ambiente Sérgio Luís de Carvalho Xavier, que teria cuidado das tratativas formais e aprovação do projeto, também articulando sua realização.

A procuradora da República destaca que as entidades do Sistema S, por gerirem recursos públicos e estarem sujeitas aos princípios constitucionais inerentes à atividade administrativa, estão obrigadas a exigir prestação de contas dos valores transferidos a entidades privadas por meio de contratos de patrocínio, assim como os terceiros patrocinados estão obrigados a essa prestação.

Em caso de condenação pelo crime de peculato, a pena para cada um dos denunciados pode chegar a 12 anos de reclusão, podendo ser maior devido à prática continuada, além do pagamento de multa. Na denúncia, a procuradora da República requereu ainda que a Justiça Federal decrete a perda de eventual cargo ou função pública exercida pelos acusados, bem como a perda de bens acrescidos ao patrimônio em decorrência da prática criminosa e a reparação dos danos causados aos cofres públicos.

 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) afirmou que irá protocolar um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da 'rachadinha' no Senado.  O parlamentar informou, por meio de sua conta no Twitter, que "ninguém está acima da lei".

"Os fatos narrados são graves e exigem apuração imediata. Apresento hoje o pedido de CPI da rachadinha. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:32)", compartilhou.

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Gravações feitas por Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apontam que o presidente mantinha um esquema de entrega de salários de assessores - conhecido como ‘rachadinha’ - em seu gabinete como deputado federal, entre 1991 e 2018. A denúncia reforça a participação do ex-assessor da família, Fabrício Queiroz, na coleta dos valores, que configura crime de peculato.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em sua conta no Twitter, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "sempre foi corrupto". A declaração do pedetista acontece após acusações de rachadinhas por parte de Bolsonaro na época em que foi deputado federal (1991 a 2018). 

"Bolsonaro enganou muitos brasileiros se apresentando de combatente à corrupção. Hoje nosso povo foi surpreendido com mais evidências dos seus crimes de peculato - que chamam docemente de 'rachadinha'. Ele sempre foi corrupto e corrompeu todos ao seu redor", compartilhou.

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Até o fechamento desta matéria, o presidente Jair Bolsonaro não se posicionou sobre a fala de Ciro.

Gravações feitas pela ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apontam que ele mantinha um esquema de entrega de salários de assessores -conhecido como ‘rachadinha’ - em seu gabinete como deputado federal, entre 1991 e 2018. A denúncia reforça a participação do ex-assessor da família, Fabrício Queiroz, na coleta dos valores, que configura crime de peculato.

A fisiculturista e ex-assessora do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Andrea Siqueira Valle, é irmã da ex-esposa do presidente, Ana Cristina Valle. Ela relatou ao UOL que o irmão, identificado como André, era assessor de Bolsonaro e foi demitido porque não aceitava devolver a maior parte do salário.

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"O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: 'Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolver o dinheiro certo'", explicou a ex-cunhada.

Nas investigações contra Flávio em 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) quebrou o sigilo bancário dos envolvidos e descobriu que, pelo menos, 10 familiares da ex-esposa do pai participavam do esquema. 

Movimentação semelhante foi verificada no gabinete do irmão, o vereador Carlos Bolsonaro. Ao todo, a família Bolsonaro teria empregado 18 familiares de Ana Cristina.

Ainda de acordo com a denúncia, uma troca de mensagens de áudio entre a filha e a companheira de Queiroz, Nathália e Márcia Aguiar, revela que Bolsonaro usava o codinome '01' para evitar ser pronunciado.

Além da articulação do suposto esquema operado por Fabrício Queiroz, Andrea aponta que um coronel da reserva do Exército, que teria conhecido Jair na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), também chegou a recolher seu salário quando integrava o gabinete de Flávio.

Questionado sobre as revelações de Andrea, o advogado da família Frederick Wassef - que escondeu Queiroz em seu escritório enquanto foragido - afirmou que as informações "são narrativas de fatos inverídicos, inexistentes, jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do deputado Jair Bolsonaro ou de qualquer de seus filhos".

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu à Justiça a segunda denúncia oriunda da Operação Apneia, deflagrada para investigar irregularidades em contratos celebrados pela Prefeitura do Recife para aquisição de 500 ventiladores pulmonares durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19. A denúncia tem como alvos três pessoas ligadas à microempresa Juvanete Barreto Freire ME (Brasmed Veterinária), contratada para o fornecimento dos equipamentos.

Dois dos denunciados são os empresários Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire, sócios de grupo empresarial formado pela Bioex Equipamentos Médicos e Brasmed Veterinária. O terceiro é o representante local, Adriano César de Lima Cabral. O MPF os denunciou pela prática criminosa de venda de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais sem registro pelo órgão de vigilância sanitária competente. 

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A conduta é prevista como crime hediondo na legislação brasileira. O MPF também requer que a Justiça Federal decrete a perda de eventual cargo público exercido pelos denunciados, bem como o pagamento de indenização para reparação dos danos morais e/ou patrimoniais causados.

Em resposta a ofício enviado pelo MPF, a Anvisa reiterou em 8 de junho em nota técnica que a Juvanete Barreto Freire ME não possui autorização de funcionamento ou pedido de funcionamento até a presente data. Além disso, informou que, quanto ao ventilador pulmonar BR 2000, fornecido pela Juvanete e fabricado pela Bioex Equipamentos Médicos e Odontológicos, não existe autorização para sua fabricação e comercialização no país, tampouco para utilização em humanos.

Na denúncia, o MPF destaca a gravidade da conduta praticada pelos denunciados, uma vez que a documentação recebida pela Polícia Federal apontou a ocorrência de óbitos na cidade de Hortolândia-SP decorrentes das impropriedades do ventilador BR 2000. A prefeitura do município paulista reconheceu a ineficácia dos equipamentos adquiridos da BRMD Produtos Cirúrgicos, ligada ao mesmo grupo empresarial da Juvanete Barreto Freire ME.

Segundo o MPF, relatórios técnicos de análises financeiras elaborados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) demonstraram transações financeiras atípicas, com valores vultuosos envolvendo a Juvanete Barreto Freire. Os dados apontam ainda para outras possíveis contratações irregulares da empresa em Moreno e Ipojuca.

Na ação, o MPF reforça que os denunciados, apesar de terem conhecimento da ausência de certificação do equipamento pela Anvisa, formalizaram os contratos e termo aditivo com a Prefeitura do Recife. A procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, que assina a denúncia, ressaltou que, apesar de os gestores públicos envolvidos na contratação não terem sido alvos da nova denúncia, o órgão ministerial instaurou inquérito civil para apurar possível prática de improbidade administrativa em razão da aquisição de respiradores impróprios para uso em humanos e da contratação indevida. 

Os mesmos fatos são apurados no âmbito criminal, em denúncia oferecida em maio, a primeira no âmbito da Operação Apneia. O valor total dos contratos foi de R$ 11,5 milhões, embora o faturamento anual da microempresa perante a Receita Federal fosse de R$ 50 mil.  A empresa também não demonstrou capacidade técnica e operacional para o fornecimento dos ventiladores.

Primeira denúncia

Foram alvos da primeira denúncia o ex-secretário de Saúde do Recife Jailson de Barros Correia, o ex-diretor executivo de Administração e Finanças da Secretaria de Saúde do município Felipe Soares Bittencourt e a ex-gerente de Conservação de Rede da Secretaria de Saúde do Recife Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, bem como os empresários Juarez Freire da Silva, Juvanete Barreto Freire e Adriano César de Lima Cabral. Eles foram acusados da prática dos crimes de dispensa indevida de licitação (atribuída a todos), peculato (Jailson de Barros Correia, Felipe Soares Bittencourt, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire) e crime contra a ordem tributária (Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire).

As apurações apontaram que, embora tenha sido viabilizado o pagamento de mais de um milhão de reais, referentes a 50 unidades do ventilador pulmonar, constatou-se que só foram adquiridos e posteriormente devolvidos à Juvanete a quantia referente a 35 equipamentos, caracterizando desvio dos recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS). As contratações foram realizadas em caráter emergencial e supostamente fundamentadas na Lei Federal nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou 17 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de "fura-fila" da vacinação contra a Covid-19 em Apucarana-PR. A ação penal decorre de uma investigação relacionada à conduta de uma falsa enfermeira que teria desviado doses de vacinas no município.

Segundo a denúncia, oferecida na segunda-feira (31) pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, a falsa enfermeira, admitida para trabalhar como voluntária pelo coordenador da Vigilância Epidemiológica do município, exerceu ilegalmente a profissão de técnica de enfermagem e teria aplicado a vacina em pelo menos 12 pessoas que não preenchiam os requisitos dos grupos prioritários entre 16 de abril e 11 de maio.

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As investigações apontaram que o coordenador responsável pela admissão da falsa enfermeira teria aplicado a vacina no filho de outro servidor, que também não integrava grupo prioritário, em uma casa de repouso de idosos. Todos os suspeitos, sendo três deles servidores públicos, foram denunciados, inclusive a proprietária da casa de repouso, pois ela teria conhecimento da conduta ilícita.

Os agentes públicos e as pessoas indevidamente vacinadas foram denunciados por peculato e infração de medida sanitária. Aos que receberam as doses ilegalmente, o Ministério Público propôs acordo de não persecução penal, mediante o pagamento de prestação pecuniária de R$ 22 mil por cada um dos acusados. 

A Promotoria de Justiça também requereu que o coordenador da Vigilância Epidemiológica seja afastado da função pública e proibido de manter contato com as testemunhas e ter acesso às dependências da Autarquia Municipal de Saúde e aos locais de vacinação.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta segunda-feira (26), o governador do Amazonas, Wilson Lima, e mais 17 pessoas pelos crimes de organização criminosa e peculato, cometidos no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Estado.  

Na peça, apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a subprocuradora Lindôra Araújo sustenta que Lima, o vice-governador Carlos Almeida, o secretário da Casa Civil, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias, além de servidores e empresários, estariam envolvidos em irregularidades na compra de respiradores para tratamento de pacientes com a Covid-19. 

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Segundo a subprocuradora, foi instaurada “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”. 

A PGR pede a condenação dos denunciados, a perda dos cargos pelos servidores públicos e pagamento de R$ 2,1 milhões de indenização pelos supostos desvios. 

De acordo com a procuradoria, uma segunda denúncia contra o governador e três servidores pelo crime de peculato também foi apresentada. A PGR acusa Wilson Lima de realizar o “fretamento indevido” de uma aeronave para transporte de respiradores. 

A Agência Brasil entrou em contato com o governo do Amazonas e aguarda retorno.

 

O prefeito de Palmares, Altair Júnior (MDB), dois diretores da Administração e uma empresa foram acusados de desviar mais de meio milhão de reais em recursos públicos destinados a promoção de eventos esportivos no município da Mata Sul de Pernambuco. Nesta quinta-feira (17), a Polícia Civil cumpriu 11 mandados em três cidades para apurar os crimes de formação de quadrilha, peculato e falsificação de documentos.

"Confirmamos que houve desvio de verbas da Prefeitura de Palmares através de convênios firmados entre a Secretaria de Esportes e a Liga Desportiva de Palmares, que é uma empresa privada que tinha a obrigação de fomentar o esporte na cidade", reforçou o delegado Diego Pinheiro, que deu início às investigações em janeiro deste ano, após receber denúncias anônimas e da Câmara Municipal.

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Os diretores executivo de Finanças e de Esportes de Palmares seriam os operadores do esquema de desvio, que envolvia um empresário de Água Preta. "Era bem simples. O dinheiro da Prefeitura era emitido através de cheques diretamente do diretor executivo de finanças para o diretor de esportes, em nome da Liga Desportiva. Esse diretor procurava o presidente da Liga, bem como o tesoureiro, endossavam os cheques, e o diretor ia no banco e sacava esse dinheiro. Tudo isso, segundo o próprio diretor de esportes, a mando do prefeito", revelou o delegado.

Os eventos da Liga Desportiva, que justificariam os convênios firmados entre 2017 e 2018, não chegaram a ser realizados. Por isso, a prestação de contas foi falsificada em documentos e batizou a investida policial como operação Fim de Jogo.

Ao longo da manhã, 70 agentes apreenderam um revólver municiado calibre 30, R$ 10 mil, celulares, computadores, extratos bancários e documentos, em residências e centros administrativos do Recife, Palmares e Água Preta.

 Segundo às autoridades, os crimes em si não cabem prisão, pois são fatos antigos. O afastamento de Altair Júnior (MDB) não chegou a ser solicitado, tendo em vista que seu mandato encerra ao fim do mês.

A candidata Marília Arraes (PT), que disputa as eleições à Prefeitura do Recife, foi notificada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em um processo de improbidade administrativa. A citação foi formalizada na última terça (24), dia em que Marília participou de um debate na televisão com seu oponente, o candidato João Campos (PSB). O processo chegou a ser mencionado durante o programa e Marília se defendeu dizendo acreditar que o mesmo seria arquivado. 

A decisão do juiz Gomes da Tocha Neto, do TJPE, diz respeito a um processo no qual Marília é acusada de contratar funcionárias fantasmas para seu gabinete quando ainda era vereadora do Recife, entre 2014 e 2017. Coincidentemente, tal investigação havia sido comandada pela delegada Patrícia Domingos, que também concorreu à prefeitura da capital pernambucana no primeiro turno das eleições. No entanto, a denúncia por crime de peculato acabou sendo arquivada pelo Ministério Público por falta de provas.

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No final de 2019, porém, foi iniciada nova ação contra a candidata do PT, na qual ela é acusada de improbidade administrativa. O Ministério Público de Pernambuco cobra de Marília uma quantia de R$ 156 mil, para que seja devolvida aos cofres públicos.

O segundo turno das eleições para Prefeitura do Recife acontece no próximo domingo (29). Segundo a última pesquisa de intenção de votos, feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), em parceria com a Folha de Pernambuco, a candidata aparece com vantagem com 54% de votos válidos contra 46% de seu oponente, João Campos. 

Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpre 25 mandados de busca e apreensão decorrentes do inquérito que apura os crimes de peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro oriundo de corrupção, por meio de casas lotéricas em Pernambuco. A investigação indica que mais de R$ 175 milhões foram desviados dos cofres públicos pelo esquema comandado por empresários, policiais, políticos e servidores públicos.

A investigação, iniciada em abril de 2018, percebeu que um cartel de empresas de vigilância e serviços gerais, comandado por um oficial da Polícia Militar de Pernambuco, cresceu de forma suspeita a partir de 2013. A evolução atípica ocorreu mediante dispensas de licitações ou processos direcionados em contratos selados com órgãos municipais, estaduais e federais, aponta a PF.

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O inquérito indica que os agentes políticos firmaram uma parceria com as duas empresas e com dirigentes de algumas entidades públicas, com o objetivo de facilitar a contratação. Somadas, as duas empresas receberam dos cofres municipais R$ 54 milhões; do estado, R$ 105 milhões; e do Governo Federal, R$ 16 milhões, calcula Controladoria-Geral da União (CGU).

Com o dinheiro dos contratos em mãos, as empresas beneficiadas transferiam parte das quantias milionárias para cinco lotéricas de propriedade dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para lavar o dinheiro desviado, já que as autoridades descobriram que não geravam lucros reais aos sócios. As transferências somam mais de R$ 14 milhões.

Diante dos indícios de corrupção, 23 mandados de busca e apreensão são cumpridos na Região Metropolitana do Recife. Outros dois foram expedidos em Caruaru, no Agreste, e em Floresta, no Sertão pernambucano. Documentos e carros de luxo já foram apreendidos. Os suspeitos podem responder por lavagem de dinheiro, fraude licitatória, desvio de dinheiro público e corrupção ativa. 

Em denúncia, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou uma prática 'sorrateira' para enriquecer por meio de desvios do dinheiro público na Assembleia Legislativa (Alerj). Nesta semana, ele foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de 'rachadinha", que supostamente mantinha em seu gabinete.

O procurador Ricardo Martins indica que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitava usar dinheiro em espécie e "fazia pouquíssimo uso de serviços bancários como cartões de crédito e débito". O conteúdo do documento foi divulgado pela TV Globo. A investigação foca no valor gasto por Flávio com cartões, entre 2007 e 2009. Segundo o MP, ele gastou uma média de R$ 195 por mês.

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Entretanto, foi percebida uma série de transações bancárias - sem procedência comprovada - realizadas pelo senador e terceiros no mesmo período. Uma delas foi o investimento de R$ 90 mil em uma corretora de ações - que lhe rendeu uma dívida de mais de R$ 15,5 mil -, a compra de 12 salas comerciais em uma edifício na Barra da Tijuca e o registro de gastos no valor de R$ 262 mil.

"Os extratos bancários do ex-deputado não registraram nenhum débito que fosse compatível com as datas e valores dos recebimentos informados pelas imobiliárias", destaca o MP, que descobriu que as salas eram pagas com "cheques de terceiros e depósitos em espécie".

De acordo com a declaração do imposto de renda de 2008, Flávio teria levantado a aquisição de empréstimos de familiares e assessores que somariam R$ 230 mil, o que reforça a indício da prática ilegal.

Em nota, a defesa do senador disse que a denúncia do MP é uma "crônica macabra" e não tem provas para sustentá-la.

A denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro enviada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro - acusando o filho do presidente de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa - traz um fato relevante divulgado pelo O Globo, nesta quarta-feira (4). De acordo com o jornal, a antiga assessora do gabinete, Luiza Souza Paes, confessou que era obrigada a devolver 90% do salário no caso das "rachadinhas", como ficou conhecido. 

O então deputado estadual Flávio Bolsonaro é suspeito de operar com apoio de Fabricio Queiroz, também denunciado, um esquema de "rachadinhas" em que funcionários devolviam a ele parte do salário. Luiza Souza, que era uma das funcionárias, confessou a prática em depoimento ao qual veículo de comunicação teve acesso.

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Segundo a reportagem, ela ainda apresentou extratos bancários que mostram transferências entre os anos de 2011 e 2017 que chegam a R$160 mil. As operações bancárias eram feitas para Fabricio Queiroz, suspeito de ser operador do esquema. 

Luiza, além do gabinete, também foi 'transferida' pela TV Alerj e no Departamentos de Planos e Orçamento sem prestar nenhum tipo de serviço e com a obrigação de devolver valores de parte do salário, 13º, vale-alimentação e até férias.

Dos cercas de R$ 5 mil mensais que ganhava ficava apenas com R$ 700, conforme disse em depoimento. Ela ainda ressalta que conhecia outras pessoas que faziam parte do esquema entre elas as filhas de Fabricio Queiroz: Nathália e Evelyn. 

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta sexta-feira (4), a Operação Coalizão visando desarticular organizações criminosas que cometem crimes de fraude à licitação no Estado. O prejuízo aos cofres públicos, calculado a partir das licitações analisadas até agora, já chega a quase R$ 12 milhões.

A investigação teve início há nove meses para apurar os crimes de fraude e associação criminosa, envolvendo a contratação de empresas pela Prefeitura de Feira Nova, no Agreste de Pernambuco, que ocorreram desde 2017. Ao longo das investigações, a polícia encontrou evidências de irregularidades contratuais, que levantam a suspeita do possível favorecimento de seis empresas por meio de fraude.

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Na ação, foram emitidos pela Vara Única da Comarca de Feira Nova, 23 mandados de busca e apreensão domiciliar, destes, 15 de pessoas físicas, 8 de corpos empresariais. Também foi emitida uma ordem para bloqueio de bens dos envolvidos. A Polícia não divulgou os nomes dos investigados. Durante a operação, foram apreendidos documentos, mídias, um veículo, medicamentos e aproximadamente R$ 24 mil em espécie.

Essa é a 43ª Operação de Repressão Qualificada (ORQ) supervisionada pela Chefia de Polícia Civil, e coordenada pela Diretoria Integrada de Polícia Especializada (DIRESP) e Gerência de Controle Operacional das Especializadas (GCOI-E) da Polícia Civil. As investigações são conduzidas pela delegada Isabela Veras, adjunta na 2º DECOR/DRACCO, e têm suporte e assessoramento da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel). Participaram também da realização 130 policiais civis, incluindo delegados, agentes e escrivães.

O vereador Flávio Átila da Silva Leite, conhecido como Flávio do Fórum (PL), do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi preso na Operação Rateio, deflagrada nesta quarta-feira (22) pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). A informação foi confirmada pela Câmara Municipal da cidade. A Polícia Civil investiga os crimes de peculato, falsidade documental, organização criminosa e frustração de direito trabalhista.

Além da prisão, Flávio do Fórum também foi afastado do cargo político. Estão sendo cumpridos ainda 18 mandados de busca e apreensão, que também têm como alvo o presidente da Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho, Neto da Farmácia (PDT).

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Em nota, Neto da Farmácia afirmou ter recebido com tranquilidade a notícia da operação policial. Ele disse que a operação se estendeu ao seu gabinete "provavelmente em razão dele ser o atual presidente da Câmara Municipal, nada mais." O vereador está reunido com sua assessoria jurídica nesta manhã para tomar conhecimento dos detalhes da ação e adotar medidas cabíveis. 

Este é o primeiro mandato como vereador de Flávio do Fórum, que está como pré-candidato ao posto nas eleições deste ano. Identificado como "Irmão Flávio" no Facebook, seu nome político vem do fato de ser servidor do Poder Judiciário de Pernambuco há mais de 20 anos. Segundo o site da Câmara, o lema de Flávio do Fórum é "Eu acredito na família."

A Operação Rateio também cumpre quatro mandados de medidas cautelares diversas da prisão, oito afastamentos de cargos comissionados, sequestro de veículos, restrição de semoventes e bloqueio de bens. A ação envolve 102 policiais civis.

O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) realiza, nesta quarta-feira (22), a Operação Rateio no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). São investigados integrantes de grupo criminoso envolvido com os crimes de peculato, falsidade documental, organização criminosa e frustração de direito trabalhista.

Nesta manhã, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, 18 mandados de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de medidas cautelares diversas da prisão, um afastamento de cargo político, oito afastamentos de cargos comissionados, decisão de sequestro de veículos, restrição de semoventes e bloqueio de bens. Todas as medidas foram determinadas pela 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho.

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Estão sendo empregados 102 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães na operação. De acordo com a Polícia Civil, a investigação teve início em junho e 2019.

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