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Um policial militar derrubou e deu um soco na pedagoga Eliane da Silva, de 39 anos, na cidade de Macapá. O vídeo que registra a ação truculenta do PM repercutiu neste domingo (20) nas redes sociais, sendo, inclusive, compartilhado pelo ex-candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, e pelo cantor Salgadinho, que em seu Twitter repudiou a ação do policial.

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Ao ‘Fantástico’, Eliane disse que o marido levou um soco durante abordagem policial em frente à própria residência. Revoltada, ela começou a filmar os policiais, assim como um de seus filhos, do primeiro andar da casa da família, registrou o fato também em vídeo. Um policial, então, foi em direção à pedagoga, deu voz de prisão, a derrubou no chão e deu um soco.

Em entrevista ao G1, ela tratou a agressão como uma tortura. “Para mim isso foi uma tortura, mexeu muito com meu psicológico. [...] Eu fui chamada de preta, fui chamada de vagabunda por eles na delegacia. Eu me senti ofendida e para mim foi um preconceito muito grande, porque éramos os únicos negros ali", disse.

A pedagoga ainda foi levada à delegacia. Precisou pagar uma fiança de R$ 800 para ser liberada. Ela e o seu marido registraram boletim de ocorrência contra a abordagem e a agressão do policial militar.

A Polícia Militar do Amapá informou que um inquérito e um processo administrativo apurarão a atitude do soldado. Segundo a PM, ele já foi afastado do trabalho.

Por meio do Twitter, o governador do Amapá, Waldez Góes, criticou o servidor. “A cena fica ainda pior pois é recheada de atitudes racistas. Determinei ao Comando Geral da Polícia Militar uma apuração criteriosa e rápida dos fatos mostrados no vídeo”, escreveu Góes.

O corregedor da PM, coronel Edielson Batista, em entrevista à Rede Amazônica, reprovou a ação do policial.  “Ele pode ser responsabilizado desde a prática de agressão física até o descumprimento das normas institucionais no âmbito administrativo. É totalmente reprovável a ação agressiva a qualquer cidadão; ela não é a orientação da instituição. A instituição tem procedimentos operacionais para adotar em uma abordagem. E (o policial) extrapolou os procedimentos que são orientados”, declarou o coronel.

Uma portaria do Ministério da Saúde, publicada no “Diário Oficial da União” do último dia 13, prorrogou até 16 de junho a autorização para as instituições de ensino substituírem disciplinas presenciais por aulas remotas.  A medida é uma tentativa de reduzir prejuízos nos calendários acadêmicos, visto que os encontros presenciais estão suspensos em virtude da pandemia da Covid-19.

Toda essa situação trouxe adaptações para a rotina de professores e estudantes, além de diversas dúvidas. De acordo com Geisa Ferreira, coordenadora do curso de Pedagogia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió é importante que, falando em ensino superior, todos entendam a diferença entre Educação a Distância (EAD) e ensino remoto.

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“Ensino remoto e EAD não são a mesma coisa. Na literatura educacional não existe escritura sobre o "ensino remoto", uma vez que, diante do contexto de pandemia (Covid-19), é uma experiência extremamente nova. Para esclarecer o conceito de EAD, o artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) nos diz, em seu inciso 4º, que: esta educação tem como pressuposto desenvolver-se a distância assíncrona, ou seja, que não ocorre ao mesmo tempo. Já a modalidade remota utiliza plataformas para adaptação da mediação didática e pedagógica de forma síncrona, que significa ao mesmo tempo”, esclarece Geisa.

Ainda de acordo com a coordenadora, não deve haver preocupação quanto à perda de qualidade no conteúdo preparado pelos professores. “Se o docente é empenhado e tem formação na área, não haverá prejuízos na qualidade em decorrência da modalidade, nem tampouco na mediação dos processos para o alcance da tríade ensino - desenvolvimento – aprendizagem”, afirma Geisa.

Mantendo a qualidade do aprendizado

De acordo com a pedagoga, a principal dica para manter a qualidade do aprendizado é evitar a procrastinação. “É ideal que o estudante não perca o ritmo de estudo iniciado com o ano letivo antes da pandemia. O que pode ser realizado é, por exemplo, um plano de estudos organizado, para que se preserve o desenvolvimento da aprendizagem. Planners, aplicativos de tarefas, alertas, entre outros meios, permitem que a tecnologia auxilie na mediação da vida de estudos, sem cair na dispersão”, aconselha Geisa.

Outro fator que deve ser levando em consideração, segundo a profissional, é o ambiente de estudos. O local não deve ser nem muito confortável, nem desconfortável, além de contar com uma boa luz e com adequação postural. “Tenha um material organizado antes de iniciar o tempo de estudo. Esquecer um lápis, uma caneta, um livro ou qualquer outra tecnologia, pode fazer com que o estudante perca o foco”, orienta.

Da assessoria da UNINASSAU

Com o objetivo de promover a alfabetização para pessoas idosas, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conta com um projeto de extensão vinculado ao Proidoso: Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati). O programa, além de oferecer curso de alfabetização, conta com aulas de automassagem, bordado em fita, crochê, espanhol básico, desconstrução da velhice, teatro e entre outros. 

Para participar de um dos cursos é necessário que o estudante tenha no mínimo 60 anos. O curso de alfabetização é realizado das 8h às 11h30, todas as terças-feiras no Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI), localizado na Cidade Universitária. Vale ressaltar que o curso de alfabetização é exclusivo para os idosos que, por algum motivo, não tiveram acesso aos estudos. Por diversas vezes os alunos comentam que boa parte do conhecimento adquirido em sala de aula é utilizado tanto no dia a dia, quanto para iniciar um empreendimento, como, por exemplo, o crochê que pode ser comercializado, resultando em uma renda extra. 

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Transformação literalmente em letras

Luzinete Silva tem 68 anos e frequenta as aulas de alfabetização do NAI há três anos. A idosa comenta que o curso tem agido de maneira positiva em diversas áreas da sua vida. “Sempre tive o sonho de estudar e antes não tinha condições e nem oportunidades eram oferecidas, assim que a instituição abriu vagas para o curso, logo me interessei. Quando iniciei as aulas sabia ler pouquíssimas coisas e escrever não sabia, atualmente consigo escrever meu nome, ler um letreiro de ônibus, nome de um colégio, enfim, palavras que vejo diariamente.” A aluna ainda comenta que trabalha como empregada doméstica, participa de um grupo de interação de idosos, faz caminhada, aula de natação e hidroginástica. “Hoje me sinto mais realizada e com mais força de vontade. Antes eu era muito tímida, não falava  muito e agora sou bem comunicativa. Hoje posso dizer que sou outra Luzinete”. 

A procura dos idosos por aulas de alfabetização mostra que nunca se é tarde para adquirir conhecimentos. O momento além de promover o aprendizagem, contribui para uma boa qualidade de vida. “A aquisição dos conhecimentos é um processo lento devido à idade dos alunos, mas os resultados acontecem mesmo que um pouco demorado. Quando conseguem ler e entender algum assunto é como se fosse um sonho que demorou anos para ser realizado. Aqui é um trabalho de mão dupla, tanto compartilho meus conhecimentos como também aprendo com eles”, comenta Rosa Maria, professora de alfabetização da projeto extensionista da UFPE.  

Alfabetizar pessoas da terceira idade significa devolver, mesmo que com o atraso da indiferença, a oportunidade de um reencontro ou encontro dessa população com os infinitos conhecimentos que o prazer do saber ler e escrever proporciona ao ser humano.

No ano de 1968, o país contou com um órgão do governo brasileiro: Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). O objetivo do programa foi promover a alfabetização funcional, tendo em vista conduzir jovens e adultos a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida. 

Na época era considerada uma pessoa alfabetizada aquela que conseguisse compreender algum texto e escrever. Moradores das zonas rurais das regiões do nordeste tinham o objetivo de aprender a ler e escrever para enviar cartas para amigos e familiares que moravam em outra cidade. 

As aulas do Mobral realizadas na Zona Rural do município de Belo Jardim, no estado de Pernambuco, eram realizadas durante a noite. As turmas eram formadas por agricultores familiares ou pessoas que trabalhavam como empreitada, meada e foreiro, que eram modos de produção anteriormente dos produtores que não possuíam terra. De modo geral, de alguma maneira todos viviam da agricultura.

O LeiaJá entrou em contato com a pedagoga Erica Mota, que vivenciou em sua infância o procedimento de alfabetização do programa Mobral. Sua mãe, Maria Aparecida, foi professora, atuante na região rural do município de Belo Jardim.

Quando o projeto chegou na cidade, sua mãe foi convocada para ensinar, pois conhecia a comunidade. Na época não existia escola gratuita nem escola para todos, muito menos educação básica, fundamental, nem tão pouco universidade. “Acompanhei minha mãe no processo de alfabetização desses alunos. A maior dificuldade que ela encontrou no período foi fazer com que eles segurassem o lápis, pois não tinham condições motoras, já que passavam o dia trabalhando com a enxada. Eu ficava encarregada de enrolar fita crepe nos lápis para poder aumentar o diâmetro, para que os agricultores conseguissem utilizar”, relata, Erika, emocionada. Ela ainda comenta que sua mãe chegou a alfabetizar mais de 200 pessoas através do Movimento Brasileiro de Alfabetização. 

Em um levantamento realizado no ano de 2018 pela Pesquisa Nacional Amostragem Domiciliar (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela-se  que 81,4% da população com idade a partir de 60 anos é alfabetizada, número superior em comparação ao ano de 2017, em que contava com 80,8% de pessoas alfabetizadas em uma faixa etária a partir de 60 anos. 

Veja, abaixo, o vídeo:

Com a proposta de mostrar a importância da leitura para ampliar horizontes e fortalecer a individualidade das crianças, a pedagoga Celina Bragança lança seu primeiro livro infantil. Intitulado Bia entre Sonhos e Letras, o livro conta a história de Bia e sua avó. A menina - que sempre esteve em contato com os livros - cresce e se influencia pelas leituras adquiridas, sempre contando com o incentivo da vovó Lenka.

Com ilustrações de Simone Matias, a publicação, apesar de ser voltada para os pequenos, é recomendada pela autora - segundo informações da assessoria - para os pais e professores que desejem semear o hábito da leitura nos filhos e alunos. O livro possui 32 páginas e sai pela Editora Dimensão. Confira a capa da publicação:

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