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O Congresso americano se reúne hoje para confirmar a certificação da votação do colégio eleitoral, que deu a vitória a Joe Biden na eleição de novembro. Deveria ser um procedimento protocolar, mas que ganhou outro peso. Nos últimos dias, Donald Trump aumentou a pressão sobre aliados do Partido Republicano para subverter a ordem democrática e barrar a vitória de um adversário. No esforço, seu vice, Mike Pence, como presidente do Senado, virou o principal alvo.

Em seu comício na Geórgia na noite de segunda-feira (4), talvez o último antes de deixar a Casa Branca, Trump repisou um argumento defendido por ele desde que foi derrotado em 3 novembro: "Nós nunca perdemos a Geórgia. Não tem como". Sua viagem ao Estado tinha como objetivo dar apoio aos candidatos republicanos que disputavam o segundo turno ao Senado, mas Trump resolveu pressionar ainda mais o seu partido já dividido a não certificar a vitória de Biden.

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Na Geórgia, Trump sugeriu que Pence poderia não reconhecer a vitória de Biden na sessão conjunta do Congresso. "O vice-presidente tem o poder para rejeitar eleitores escolhidos de modo fraudulento", escreveu Trump no Twitter. Um pouco antes, ele havia postado que os dois candidatos que disputavam o segundo turno na Geórgia, Kelly Loeffler e David Perdue, decidiram se juntar ao grupo de congressistas que pretende obstruir a certificação.

Segundo o jornal Washington Post, Trump sabota seu partido antes de deixar a Casa Branca. Na avaliação do jornal, assim como fez em seus quatro anos de governo, o republicano provocou uma divisão profunda na legenda. As lutas internas criam um cenário que o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, queria evitar quando alertou aos membros para que não se opusessem à certificação.

Os senadores Josh Hawley e Ted Cruz se posicionam como os principais porta-vozes para contestar a vitória de Biden. Já Tom Cotton e Ben Sasse se colocaram contra o presidente. Outros republicanos de destaque, como os senadores Marco Rubio e Tim Scott, além do próprio vice, tentam se manter em uma posição segura e falam pouco. "Tem pessoas que querem se candidatar à presidência, então sua prioridade não é necessariamente a mesma que a de McConnell", disse o estrategista republicano Doug Heye, ex-diretor de comunicações do Comitê Nacional Republicano, ao site The Hill.

De acordo com a imprensa americana, é quase certo que o esforço de Trump fracassará, com a Câmara e o Senado rejeitando a tentativa de anular a eleição. A investida, porém, força um debate público que permitirá projeções de nomes com pretensões eleitorais para 2024.

A jogada, de acordo com o New York Times, garantirá um confuso confronto ao final da era Trump com líderes republicanos temendo uma divisão do ainda maior no partido, que pode comprometer até o seu futuro. Em editorial, o jornal Wall Street Journal acusou Hawley e Cruz de atuarem de acordo com seus cálculos eleitorais, e presidenciais, à custa do país.

"Dar crédito à falsa alegação de Trump de que a eleição foi roubada é um ataque altamente destrutivo ao nosso governo constitucional", disse o republicano John C. Danforth, que ajudou a projetar a carreira política de Hawley, em um comunicado. "Isso é o oposto de ser conservador. É ser radical." Ontem, mais um juiz federal rejeitou um pedido do presidente para anular votos na Geórgia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, negou que estaria começando a preparar terreno para sua possível candidatura presidencial em 2020, caso o atual presidente, Donald Trump, não busque a reeleição pelo lado republicano. A afirmação tenta desmentir o jornal "The New York Times", que publicou uma investigação sobre o caso neste domingo (6).

Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Pence disse que a reportagem "é vergonhosa e ofensiva para mim, para minha família e toda a nossa equipe". Ainda segundo o político, "as afirmações neste artigo são categoricamente falsas".

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A matéria detalhou as ações de diversos republicanos com vistas na próxima eleição presidencial, em novembro de 2020. O jornal descreveu a operação como "uma campanha nas sombras" e destaca o programa político e as ativas arrecadações de fundos de Pence que, segundo assessores que não se identificaram, adotou uma postura condizente com quem concorrerá ao cargo, caso Trump não possa ou queira um novo termo como mandatário.

Trump não dá sinais de que deixará de concorrer como candidato republicano em 2020. A atitude do presidente contrasta com seu primeiro semestre na Casa Branca, dominado por crises e turbulências internas e externas, controvérsias legislativas e investigações contra ele e sua família.

O fato de Mike Pence ter comentado oficialmente a respeito de uma matéria sobre si é um caso incomum. No comunicado, o vice-presidente sinalizou que sua equipe "concentrará todos os esforços no avanço da agenda do presidente [Trump] e espera vê-lo se reelegendo em 2020". A assessora da Casa Branca, Kellyanne Conway, também saiu em defesa dos políticos. "O vice-presidente Pence é muito leal e responsável, mas também é incrivelmente efetivo e ativo com Trump", afirmou em entrevista ao canal de TV ABC. Fonte: Associated Press

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, descreveu hoje a Rússia como "país imprevisível" que tenta desestabilizar a região dos Bálcãs.

Pence, que falou durante cúpula em Montenegro, afirmou que "a Rússia continua tentando redesenhar as fronteiras internacionais à força" e que trabalha para desestabilizar os Bálcãs, "minando suas democracias e separando vocês uns dos outros e do restante da Europa."

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Segundo Pence, Moscou esteve por trás de uma tentativa de golpe em Montenegro, em outubro do ano passado, para evitar que o país se aliasse à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Rússia nega a acusação. Montenegro passou a integrar a Otan em junho.

Pence comentou ainda que "as intenções da Rússia foram expostas quando agentes apoiados por Moscou tentaram atrapalhar as eleições de Montenegro, atacar seu Parlamento e até mesmo tentar assassinar o primeiro-ministro" do país, numa tentativa "de impedir o povo montenegrino de entrar na aliança da Otan". Fonte: Associated Press.

Neste domingo (6), Mike Pence, vice do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, expressou a confiança de que os hispânicos apoiarão sua campanha, apesar de a maioria das pesquisas de intenção de voto sugerirem o contrário. "A verdade é que os americanos hispânicos têm as mesmas preocupações", disse Pence na Fox News neste domingo. "O povo americano quer mudar, e isso vem dos americanos de todas as categorias".

Trump, que disse que alguns dos imigrantes não autorizados que atravessam a fronteira mexicana para os EUA são criminosos e estupradores, apoia medidas agressivas de deportação e um muro ao longo da fronteira sul dos Estados Unidos, retórica que tem pesado em seu apoio entre muitos eleitores hispânicos. Ele é favorecido por cerca de um em cada cinco eleitores hispânicos, que preferem de forma esmagadora a candidata democrata, Hillary Clinton.

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"Os republicanos estão voltando para casa e reconhecendo que precisamos eleger Donald Trump como o próximo presidente", disse Pence.

"Donald Trump vai ganhar esta eleição", disse ele quando perguntado se Trump reconheceria a eleição se os resultados mostrarem claramente que Hillary Clinton ganhou. Pence acrescentou que se ocorrer um "resultado claro", então "obviamente ambos os lados vão aceitá-lo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Prestes a ter oficializada sua candidatura à Casa Branca pelo Partido Republicano, o empresário Donald Trump indicou hoje a outros membros da legenda que irá escolher o governador Mike Pence, do Estado de Indiana, para concorrer como vice em sua chapa.

A confirmação, no entanto, foi negada pelo gerente da campanha, Paul Manafort. "Nós não confirmamos nada", disse em uma mensagem de texto. Jason Miller, porta-voz de Trump, afirmou no Twitter que o candidato ainda não havia tomado uma decisão final.

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Pence é um governador de primeiro mandato e já esteve no Congresso. Ele tem base eleitoral na Igreja Evangélica, um segmento onde Trump tem tido dificuldade em conseguir aderência. Pence já descreveu a si mesmo como "cristão, conservador e republicano, nesta ordem", e se opõe fortemente ao casamento gay, ao aborto e ao programa de assistência médica que ficou conhecido como Barack Obama.

O apoio de Pence pode impulsionar a votação de Trump em Indiana, um dos chamados "swing states", Estados que historicamente não são nem democratas e nem republicanos e que, por isso, têm tido peso decisivo para definir as eleições presidenciais no país. Fonte: Dow Jones Newswires.

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