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Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), através de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, no primeiro semestre de 2022, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por 961,9 mil vagas de emprego (72,1% do total), enquanto as médias e grandes responderam por pouco mais de 279,8 mil (21%). O quadro é semelhante ao resultado registrado no primeiro semestre de 2021, quando os pequenos negócios geraram sete em cada 10 vagas.

 Durante esses seis meses do ano, as MPEs do setor de serviços continuaram sendo a principal força geradora de postos de trabalho no País, superando a marca de 533 mil contratações.

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Construção e indústria da transformação seguem em segunda e terceira posições, com 168,8 mil e 126,3 mil empregos gerados respectivamente. Em todos os setores, as micro e pequenas empresas apresentaram saldo positivo no período, inclusive no comércio, que foi o único com saldo negativo entre as médias e grandes. Enquanto as MPEs criaram 90,6 mil novos postos, as MGEs encerraram 42,8 mil vagas.

Segundo o Caged, o Brasil teve um saldo positivo de 277,9 mil novas vagas em junho. Desse total, as MPE foram responsáveis pela criação de 176,8 mil empregos (63,6% do total), enquanto as médias e grandes tiveram uma participação de 26,6% no total de vagas (saldo de 73,9 mil vagas). De modo semelhante ao mês anterior, todos os setores, em todos os portes – MPE e Médias e Grandes Empresas (MGE) -, apresentaram saldos de contratações positivos. Entre os pequenos negócios, o setor de serviços liderou com 78 mil novos postos de trabalho.

No acumulado do primeiro semestre de 2022, o Brasil já criou mais de 1,3 milhão de novos postos de trabalhos formais. As MPE foram responsáveis por 961,9 mil (72,1%) das novas contratações. As MGE são responsáveis por pouco mais de 279,8 mil vagas (21%). As micro e pequenas do setor de serviços criaram 533 mil novos empregos no acumulado de 2022. Em junho deste ano, as MPE desse segmento responderam por 78 mil empregos.

O Banco Nacional Econômico e Social (BNDES) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmam nesta terça-feira (12) um acordo de cooperação técnica para a criação de um fundo garantidor voltado exclusivamente para operações de crédito envolvendo microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. Espera-se que diversas instituições financeiras atuem como parceiras da iniciativa. A expectativa é que os financiamentos alavanquem inicialmente cerca de R$ 4,5 bilhões, podendo chegar a até R$ 15 bilhões.

Os fundos garantidores são criados para reduzir o risco das operações de crédito das instituições financeiras. Nomeado de BNDES FGI Sebrae, o novo fundo deve estar disponível em todo o país a partir dezembro de 2022. Conforme o acordo, BNDES e Sebrae irão aportar, a princípio, R$ 150 milhões cada um. Esse valor pode ser ampliado para R$ 500 milhões. 

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O acordo prevê ainda outros serviços. Microempreendedores individuais e empresários de micro e pequenas empresas poderão receber orientação do Sebrae, por meio do programa Crédito Assistido. A iniciativa envolve acesso a diagnósticos, ferramentas digitais, conteúdos, capacitações e consultorias com o objetivo de reduzir os riscos de inadimplência e ampliar a sustentabilidade financeira dos negócios.

Já o BNDES disponibilizará sua plataforma de gestão para operacionalização do novo fundo. Trata-se de um sistema totalmente digital utilizado por dezenas de instituições financeiras parcerias, pelo qual já se viabilizou mais de R$ 100 bilhões em operações de crédito.

No Brasil, 99% das empresas são pequenos negócios. Esses empreendimentos são responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, assim como geraram, em 2021, 70% de todos os empregos.

Os dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destacam a força e a relevância dos pequenos negócios brasileiros para a economia do País. São empreendimentos liderados por trabalhadores aguerridos, que ao longo da história, mesmo diante de sérias crises, batalharam para conduzir as suas empresas, garantindo o sustento de suas famílias e da economia nacional.

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A partir desse mote, o LeiaJá publica, nesta quarta-feira (29), um novo projeto especial, o podcast “Pequenos negócios, grande história”, comandado pelos jornalistas Nathan Santos e Camilla de Assis; a edição técnica é de Caio Lima.

Em seis episódios, o podcast aborda a evolução histórica dos pequenos negócios brasileiros, partindo do período colonial ao contexto de pós-pandemia da Covid-19. Os conteúdos jornalísticos explicam como eles tornaram-se os pilares econômicos da nação. Ouça a seguir:

A história dos pequenos negócios: dos primórdios ao atual cenário, entenda como tornaram-se pilares da economia

Na fuga à crise, empreender por necessidade é a saída de milhões de brasileiros

Covid-19, crise e resiliência empreendedora

Empreender por oportunidade: o cenário ideal para o universo empreendedor

Sebrae: 5 décadas de bons negócios

Pós-pandemia e o futuro dos pequenos negócios no Brasil

As micro e pequenas empresas (MPE) estão puxando a criação de empregos formais em 2022. Dos 700,59 mil postos de trabalho formais criados no Brasil de janeiro a abril, 585,56 mil, o equivalente a 76% do total, originaram-se de pequenos negócios.

A conclusão consta de levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. As MPE abriram 470,52 mil vagas a mais que as médias e grande empresas nos quatro primeiros meses de 2022.

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Apenas em abril, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 84% das vagas formais no mês, com 166,8 mil de um total de 196,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. Na divisão por setores da economia, somente os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na criação de empregos em todos os segmentos.

O setor com mais destaque é o de serviços, com a abertura de 93,4 vagas em micro e pequenas empresas, de um total de 117 mil postos apurados pelo Caged. De acordo com o Sebrae, a reabertura da economia, após a vacinação contra a covid-19, tem impulsionado a recuperação do segmento.

O segundo setor que liderou a criação de postos de trabalho em setembro foi o comércio, com 28,42 mil vagas em micro e pequenas empresas, de um total de 29,26 mil. Em terceiro lugar, vem a indústria, com 25,26 mil empregos gerados, contra um total de 26,37 mil.

Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que o número de pequenos negócios que fabricam produtos derivados de chocolate aumentou durante a pandemia de covid-19. Neste ano, a Páscoa, melhor momento para as vendas no setor, será comemorada em 17 de abril.

Segundo a entidade, a abertura de novos negócios na área aumentou 57% em 2021 em comparação com o resultado de 2019. Os dados foram obtidos a partir da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que é formalizada pelos empreendedores no momento da abertura do negócio.

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Em relação ao faturamento, a pesquisa mostrou que 42% dos empreendedores venderam mais em 2020 - primeiro ano da pandemia - em relação a 2019.

Os dados também indicam que o número de empresas abertas no setor foi maior do que o fechamento de firmas por três anos seguidos. Somente em 2021, foram registradas 2.397 aberturas e 883 encerramentos. A maioria dos negócios (2.319) foram abertos por microempreendedores individuais (MEIs). Os demais envolvem microempresas (72) e empresas de pequeno porte (6).

De acordo com o Sebrae, o setor de chocolates atrai microempreendedores por ser uma área que não exige formação profissional prévia. Não são necessárias máquinas sofisticadas e a matéria-prima é acessível. Além disso, é um setor caracterizado pela facilidade em empreender, seja por necessidade ou por oportunidade.

A analista de competitividade do Sebrae Mayra Viana avalia que o crescimento do setor está relacionado à falta de barreiras para entrada no mercado.

"Temos um contingente de empreendedores que normalmente elaboram ovos e bombons a partir da barra de chocolate comprada pronta, em sua própria casa, sem grande necessidade de máquinas e equipamentos. Estão incluídos também os doceiros ocasionais, que buscam uma renda extra em determinadas épocas do ano, como a Páscoa”, disse.

O Sebrae também oferece dicas para o microempreendedor alavancar suas vendas na Páscoa. A entidade sugere o investimento em kits e cestas, antecipação do período de encomendas pelas redes sociais, apostas em embalagens que facilitem o transporte e também o planejamento da produção e logística.

No caso dos ovos de Páscoa vendidos em supermercados, os produtos estão até 40% mais caros em relação ao ano passado, segundo pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Pela expectativa do setor, os consumidores devem optar pelos ovos menores, de cerca de 250 gramas, além de chocolates e bombons.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), está realizando uma campanha de mediação para donos de micro e pequenos negócios até 31 de janeiro. A campanha é gratuita, online e pegará causas de até R$ 20 mil. Para participar, o empresário deve se cadastrar por meio do site da CACB.

Na inscrição, deve ser descrito o problema, uma solução, os dados cadastrais corretamente do solicitante e contatos da outra parte. Na sequência, a outra parte envolvida é convidada para participar da medicação. Uma vez o convite aceito, todo o processo é realizado de forma o online, segura e confidencial, na área do cliente, onde é possível também acompanhar o andamento do caso. Caso ambas a partes cheguem num acordo, um documento é assinado evitando que o caso seja judicializado.

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Lilian Toledo, analista de Políticas Públicas do Sebrae, aponta as vantagens de aderir à mediação: “Economia de tempo e dinheiro, rapidez na solução dos conflitos, as duas partes têm o poder de decidir qual o melhor acordo, ainda são orientadas por profissionais capacitados, podendo contar com a imparcialidade do mediador e total sigilo e preservação da empresa”, destacou, segundo informações da agência Sebrae de Notícias.

Segundo a analista, mediar conflitos não é uma prática adotada pelos brasileiros, muitas vezes pela falta de informação: “Com a pandemia e as respectivas medidas de combate ao avanço da Covid, como fechamento dos comércios, por exemplo, há uma tendência de aumento dos problemas envolvendo os mais diversos assuntos, como aluguéis, empréstimos bancários, fornecedores e clientes. A mediação serve para resolver essas e muitas outras controvérsias, e prevenir que cheguem ao Judiciário. Infelizmente, muitas pessoas desconhecem essa facilidade e acabam recorrendo aos processos judiciais”, afirmou.

Nesta sexta-feira (19), é comemorado o Dia do Empreendedorismo Feminino, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, que visa destacar a batalha das mulheres para emplacar seus negócios.

Atualmente, a figura feminina ocupa uma parcela expressiva nos negócios individuais do Brasil. De acordo com os dados do Microempreendedor individual (MEI), dos 52 milhões de empreendedores do país, 48% são mulheres.

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Além disso, uma pesquisa feita pela Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), mostra que o Brasil é o sétimo país a apresentar o maior número de empreendedoras femininas. Segundo o mesmo estudo, 52,1% dos brasileiros conhecem alguém que tenha se tornado empreendedor na pandemia de Covid-19, com um crescimento mais elevado entre as mulheres.

Embora o crescimento seja evidente, as mulheres ainda precisam lidar com o preconceito daqueles que duvidam de suas capacidades. Segundo a consultora de moda e dona da marca Surrender, Andressa Gomes, ser mulher e atuar no mercado em uma posição de liderança ou negociação, não é uma tarefa fácil.

Apesar dos desafios, Andressa afirma que, cada vez mais, as mulheres ocupam seus lugares e hoje é possível vê-las em diversas posições de liderança. “Quando decidi largar meu emprego para montar meu negócio fui muito questionada, me apontaram muito o dedo, mas valeu muito a pena. Construí minha marca e meu sonho junto”, recorda.

Ao se tornar empreendedora, a micropigmentadora e dona de uma clínica de estética, Natasha Sheeny, pontua que conquistou uma liberdade que seria impossível em outro tipo de negócio. “Me deixa à vontade para testar novas coisas, para fazer o que eu amo, para escolher o meu horário, por mais que muitas das vezes eu trabalhe mais do que um regime CLT. Mas é por vontade própria, porque eu amo aquilo que eu faço”, relata.

A dona do Espaço Fabi, Fabi Ferreira, comenta que estudou muito sobre o papel de uma líder e continua a estudar para ampliar seus conhecimentos. “Porque além de treinar, também precisamos motivar, influenciar, tolerar, entender os limites e trabalhar em cima de cada um de maneira diferente, além de sempre mostrar os pontos fortes de cada um”, descreve.

É importante destacar que ainda existem algumas barreiras impostas pelo universo masculino, mas a dona da Ely’s Joias, Latife Elys acredita que aos poucos esse cenário é mudado. “Com competência, criatividade e muita persistência não há limites. Amo o que faço, a cada novo desafio me torno melhor e mais forte”, define.

O LeiaJá lança, nesta quarta-feira (14), o podcast “Sonoras Empreendedoras”. A proposta do projeto é mostrar a atuação e os desafios enfrentados pelos pequenos negócios em meio à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Ao todo, seis episódios estão disponíveis.

Conduzido pelo editor do LeiaJá Nathan Santos e pela jornalista Camilla de Assis, o “Sonoras Empreendedoras” aborda, em sua primeira edição, o que motivou o recorde de empreendedores iniciais durante a pandemia. No segundo episódio, os pequenos empreendimentos se mostram como fortes geradores de empregos, o que reforça a importância desses negócios para a economia nacional.

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No terceiro episódio do podcast, é discutida a queda na taxa de empreendedorismo total no Brasil, motivada, principalmente, pela crise do novo coronavírus. No quarto episódio, o projeto detalha um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Pequenas Empresas (Sebrae) que mostrou: negócios liderados por negros foram os mais afetados.

A quinta edição debate o processo de digitalização dos empreendimentos, enquanto o sexto e último episódio sugere ações que os empresários podem adotar para vencer a crise, além de projetar quais serão as características das empresas no pós-pandemia.

“No momento econômico mais crítico do Brasil, o empreendedorismo se apresenta, mais uma vez, como uma solução para os trabalhadores que precisam sobreviver. A partir desse cenário, o podcast humaniza a história dos empreendedores e traz opiniões de especialistas em empreendedorismo”, destaca Nathan Santos.

"Contar histórias de pessoas que estão sobrevivendo a este momento, por meio do empreendedorismo, é particularmente importante, porque pode ajudar outros empreendedores que se reconhecem nessas realidades e lutam para manter seus negócios", comenta Camilla de Assis.

O “Sonoras Empreendedoras” pode ser ouvido no Spotify:

Episódio 1 – Crise da Covid-19 desencadeia recorde de empreendedorismo inicial, por necessidade.

Episódio 2 – A força dos pequenos negócios na geração de empregos e na economia como um todo

Episódio 3 – O que explica a queda na taxa de empreendedorismo total?

Episódio 4 – Negócios liderados por negros foram os mais afetados

Episódio 5 – Digitalização dos negócios: caminho sem volta

Episódio 6 – O que fazer para os empreendedores de pequenos negócios vencerem a crise? Como será o empreendedor do futuro?

Um levantamento realizado pelo Sebrae, com base no Caged do Ministério da Economia, apontou que micro e pequenas empresas (MPE) geraram mais postos de trabalho que as empresas de médio e grande porte (MGE). Segundo os dados, os postos gerados pela MPE correspondem a 57,9% (aproximadamente 107 mil vagas) enquanto as MGE geraram um pouco mais de 67 mil vagas. O resultado positivo foi registrado pelo nono mês consecutivo.

Carlos Melles, presidente do Sebrae, aponta a importância das micro e pequenas empresas para a retomada da economia brasileira: “Esse é o 9ª mês que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos formais no Brasil. Não há dúvida que elas são o motor da nossa economia. Mesmo diante da sobrevida da pandemia, os resultados positivos sinalizam o quanto é importante a continuidade de medidas emergenciais que amparem o segmento”.

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Quando comparado o primeiro semestre de 2021 com o de 2020, ambos em contexto epidemiológico, 2021 apresentou um cenário mais favorável. Mesmo com a diminuição de contratações, as MPE criaram, entre janeiro e março de 2020, quase 118 mil vagas, enquanto as MGE geraram 94 mil vagas e estavam demitindo mais que do que contratando. Sendo assim, as MPE tiveram um aumento de 398% de contrações no primeiro semestre de 2021.

O mês de março se mostrou positivo para todos os setores, com exceção, do segmento de agropecuária das grandes e médias empresas que  apresentou números negativos. Entre os setores liderados pelas MPE estão: Serviços com 38.884 novas vagas, Indústria da Transformação com 27.759 novas vagas e Construção Civil que gerou 18.386 novos empregos. O setor do comércio que, anteriormente em fevereiro de 2021, ocupava o segundo lugar no ranking, gerou 11.884 postos de trabalho.

O Amazonas foi o Estado que apresentou melhor recuperação. Após fechar janeiro e fevereiro com saldos negativos, em março, tornou-se o terceiro estado que mais contratou ofertando uma média de 12,17 novas oportunidades de trabalho a cada mil existentes. Na avaliação do primeiro semestre como todo, o destaque foi para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Norte, que, inclusive, subiu no ranking de Estado que mais contrata, saindo da quarta posição para a segunda.

No acumulado do ano, aproximadamente 837 mil empregos criados no primeiro semestre, 587 mil (70,1%) foram gerados pelas micro e pequenas empresas, enquanto as de porte médio e grande criaram 190 mil vagas (22,7%). O levantamento constatou também que a cada novo posto de trabalho gerado por uma média e grande empresa, os micro e pequenos empreendimentos geram outros 3 novos postos de trabalho.

*Com informações da assessoria de imprensa

O mês de fevereiro registrou um saldo positivo de empregos formais criados no Brasil. Foram 401.639 vagas registradas em carteira, sendo que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 68,5% dos empregos criados no Brasil. Isso corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas geradas pelos pequenos negócios. Já as médias e grandes empresas tiveram saldo positivo de pouco mais de 101 mil vagas no mês.

Esse levantamento foi feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base nos dados do o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou o desempenho das micro e pequenas empresas e sua importância para a recuperação econômica do país.

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“Esse é o oitavo mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos nos país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, disse.

Grandes e médias

Enquanto as micro e pequenas empresas tiveram saldo positivo em todos os setores da economia, as médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram no comércio e na agropecuária, em fevereiro. No primeiro, o saldo negativo foi de 2.107 empregos e no segundo, 1.571. O melhor desempenho das médias e grandes empresas foi no setor de serviços, com saldo positivo de 57.956 empregos gerados.

O setor de serviços também puxou o melhor saldo das micro e pequenas no mês, com 183.944 empregos. Se o desempenho do comércio entre as médias e grandes foi ruim em fevereiro e continua fechando postos de trabalho, o mesmo não se pode dizer das micro e pequenas, com saldo positivo de 92.909. Nos demais setores (construção, indústria de transformação, serviços, serviços industriais de utilidade pública e extrativa mineral) todas as categorias de empresas fecharam o mês com mais contratações do que demissões.

Primeiro bimestre

No acumulado do primeiro bimestre, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação foram os maiores geradores de empregos entre as micro e pequenas empresas. No caso das médias e grandes, o setor de comércio apresenta um saldo negativo de 24.626.

Estados

Entre os estados, o que mais contratou proporcionalmente em fevereiro foi Mato Grosso, com um saldo de 23,26 por mil empregados. Amazonas tem o pior desempenho e foi o único estado com saldo negativo, tanto em números absolutos, com 868 demissões, quanto proporcionalmente, com saldo negativo de 5,65 por mil empregados. Em números absolutos, São Paulo foi o estado com melhor saldo de emprego, 73,7 mil empregos gerados.

Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que micro e pequenas empresas estão assumindo um papel importante na retomada dos empregos no Brasil e também na inclusão de negros no mercado de trabalho. A pesquisa foi realizada com base em dados do Novo Caged, sistema composto por informações captadas dos sistemas eSocial, do Ministério da Economia.

Segundo o Sebrae, o levantamento também demonstrou que entre pessoas negras e brancas, os negros sofreram menos com demissões. “Os trabalhadores negros têm encontrado mais vagas no mercado de trabalho do que os brancos, neste ano, tendo em vista que as empresas, sobretudo as de pequeno porte, dispensaram mais trabalhadores brancos do que negros e contrataram mais negros do que brancos”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles, segundo informações da assessoria de comunicação do órgão.

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Em 2020, de julho a outubro, cerca de 287 mil negros e negras foram contratados pelas micro e pequenas empresas, número 62,5% superior ao de contratação de pessoas brancas, que foi de 177 mil. Também há uma quantidade superior quando comparado às médias e grandes empresas, que no mesmo período, contrataram 223 mil negros e 61 mil brancos.

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de pessoas brancas que sofreram com demissões foi alta, independente do porte da empresa, além disso, esse grupo sofre um saldo negativo de geração de emprego. Em contraste, em relação aos empregados negros, o saldo é positivo com 38.612 mil empregos gerados em 2020.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou dados sobre a geração de vagas de emprego durante 2020. De acordo com o órgão, os pequenos negócios criaram quase o dobro de oportunidades em relação às empresas de médio e grande portes.

Entre julho e outurbo deste ano, as micro e pequenas emrpesas geraram um total de 714,3 mil postos de trabalho em todo o Brasil. Por outro lado, as corporações maiores abriram 364,8 mil vagas. Os dados são do Sebrae, com informações do Novo Caged do Ministério da Economia, que compila o encerramento e a abertura de vagas em todos o país.

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“Esses números comprovam a tese que há muito defendida pelo Sebrae. As pequenas empresas contratam mais na expansão. Por isso é tão importante que desenvolvamos políticas de fomento e crédito para esse segmento vital à economia do nosso país. Elas precisam disso para continuar desempenhando seu importante papel”, disse o presidente do Sebrae, Carlos Melles, segundo nota divulgada à imprensa.

O estudo ainda constata que entre os meses de março e junho, os pequenos negócios foram os que mais desempregaram na crise econômica causada pela pandemia. O fato, segundo o Sebrae, foi indicado como "atípico". O saldo de demissões nesse período foi cerca de um milhão de contratos encerrados, enquanto nas médias e grandes esse montante foi de 606 mil. 

O acumulado deste ano, até outrubro, é de um saldo negativo de 26 mil postos de trabalho, enquanto nas grandes e médias empresas essa quantidade quase dez vezes maior, totalizando -215,3 mil. De acordo com o presidente de Sebrae, de julho a outubro os micro e pequenos negócios voltaram a puxar a economia brasileira. “Com o retorno gradual da atividade econômica, as micro e pequenas empresas voltaram a ser a  locomotiva da nossa economia, implementando um ritmo de contratação bem mais forte do que as de maior porte”, pontuou Carlos Melles.

Os dados também revelam um recorte por região. Com isso, o lado Norte do Brasil se destacou na geração de empregos nas micro e pequenas empresas. Roraima ocupou o primeiro lugar no ranking de outubro e no do acumulado do ano com 81,12 - considerando o “saldo por 1.000 empregados”.

O Pará, por sua vez, ocupou a segunda colocação, tendo gerado 63,21 vagas a cada mil empregados. São Paulo aparece na posição 24 no ranking, com um saldo negativo de 13,45. A Unidade da Federação com pior desempenho foi o Rio de Janeiro, com 41,96 negativos.

Já em relação aos setores das atividades econômicas, de janeiro a outubro, as micro e pequenas empresas da construção civil foram as que mais empregaram, registrando um saldo de 137,1 mil novas vagas; seguidas pela Agropecuária, com 29,7 mil postos. Já o Comércio e Serviços ainda acumulam neste ano saldos negativos de – respectivamente - 154,3 mil e 65,7 mil empregos.

De acordo com um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Ministério da Economia, as companhias de pequeno porte do País estão próximas de recuperar o saldo de empregos perdidos até então devido à pandemia de Covid-19. 

Responsável pelo maior volume de demissões, o setor de pequenos negócios chegou a fechar 1 milhão de vagas, mas tem apresentado rápida recuperação na reabertura: em outubro, foram 271 mil postos de trabalho; agora, o saldo negativo é de 26 mil empregos no acumulado de janeiro a outubro de 2020. 

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Observando a situação por setores, no mês de outubro, comércio, serviços e indústria, respectivamente, apresentaram o melhor saldo de empregos em todas as áreas. No recorte regional, os estados de Roraima (22,1), Amazonas (20,98), Maranhão (19,75), Ceará (19,66) e Santa Catarina (19,11) são os que obtiveram os melhores saldos positivos. 

Setores com melhores saldos positivos de emprego em outubro: 

Comércio

* Micro e pequenas empresas: 93.643 vagas

* Médias e grandes: 18.676 vagas

Serviços

* Micro e pequenas empresas: 92.004 empregos

* Médias e grandes: 67.387

Indústria

* Micro e pequenas empresas: 57.373 empregos

* Médias e grandes: 27.501

Já as médias e grandes empresas, por sua vez, tiveram, em outubro, um saldo negativo de aproximadamente 215 mil vagas (oito vezes mais que os pequenos negócios), e 123 mil contratações, o que é menos da metade do que foi gerado por micro e pequenas empresas.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, A enorme capacidade de resiliência e de recuperação dos pequenos negócios mostra o quanto foram acertadas as políticas públicas do governo que reduziram a burocracia e melhoraram o acesso a crédito, por parte das MPE”, defendendo a continuidade de tais políticas para que os pequenos negócios sejam capazes de acelerar a retomada da economia.

*Com informações do Sebrae

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--> Mulheres são mais confiáveis para instituições financeiras

Sete em cada dez - 70% - Microempreendedores Individuais (MEI’s) que procuram instituições financeiras em busca de crédito para viabilizar ou ampliar seus negócios enfrentam dificuldades na contratação de empréstimos. O dado foi obtido por meio de uma pesquisa realizada pelo C6 Bank/H2R, na qual também foi revelado que 65% dos pequenos empresários perderam renda na pandemia.

Para metade deles, a redução foi de 50% nos ganhos mensais. Entre os MEIs (Microempreendedores Individuais) brasileiros, 65% perderam renda durante a pandemia do novo coronavírus. Nesse universo, 16% afirmam que a renda foi zerada de uma hora para outra, 26% mantiveram a remuneração e 9% aumentaram seus rendimentos.

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Observando o perfil dessas pessoas, percebe-se que a maioria (77%) é de homens que vivem nas regiões Norte (87%) e Nordeste (80%) do País e têm baixa escolaridade (83%). No sentido oposto, homens que moram no Sudeste e têm pós-graduação são os que enfrentam menos problemas na contratação de serviços de crédito para micro e pequenas empresas. 

Outro problema relatado pelos MEI’s foi a falta de produtos financeiros para atender às necessidades da empresa. Dos pequenos empresários, 75% dizem que estariam dispostos a contratar mais serviços financeiros, caso fossem mais acessíveis, o que pode explicar a dificuldade de vários empreendedores em separar as contas bancárias pessoais e da empresa: a pesquisa mostrou também que 57% dos MEI’s usam a conta bancária pessoal também para gerenciar o negócio.

“É importante separar a gestão das contas da família e da empresa para mapear as receitas e as despesas da empresa. Só assim o empresário pode ter visibilidade e controle sobre o desempenho do negócio. O cartão de crédito na modalidade business também é fundamental, porque com ele fica mais fácil deixar a gestão da empresa apartada da vida pessoal”, diz Philipe Pellegrino, chefe da área de distribuição de produtos para pessoas jurídicas no C6 Bank.

*Com informações da assessoria

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--> Empreendedoras usam mais internet para vendas que homens

A rede de restaurantes Outback criou um projeto chamado “Conheça Quem Faz”, com o objetivo de divulgar o trabalho de empreendedores que têm pequenos negócios em suas redes sociais durante a pandemia de Covid-19. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que o setor tem sofrido muito com o distanciamento social: entre os 17,7 milhões de empreendimentos de pequeno porte do Brasil, pelo menos 13 milhões de já foram fortemente impactados.

As artes dos produtores serão postadas na página @OutbackBrasil, no Instagram, que possui quase 2 milhões de seguidores, para valorizar e dar visibilidade aos trabalhadores locais. “Temos total consciência que o período é delicado e queremos ajudar essas pessoas a alavancarem ainda mais seus negócios. Sabemos da importância que os pequenos produtores têm em nossa sociedade, porque além de expandir ainda mais a cultura do nosso país, eles também movimentam a economia, assim como as grandes empresas”, comenta Renata Lamarco, diretora de marketing do Outback Brasil.

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A empresa já desenvolveu outras ações semelhantes, como a distribuição de 13,6 mil unidades do ovo de páscoa exclusivo Outback Duo Thunder para 81 mercadinhos de bairro localizados na cidade de São Paulo em abril deste ano. “Está em nosso DNA pensar no bem de todos e colaborar, seja por meio da doação de alimentos ou outro formato que conseguimos atender. Sempre tivemos uma preocupação com as comunidades e instituições que estão no entorno dos nossos restaurantes e, neste momento, não poderia ser diferente, pois para nós o importante é apoiar quem mais precisa e sabemos que mesmo virtualmente, toda ajuda é bem-vinda. Temos certeza que o projeto Conheça Quem Faz será um sucesso e que através dele conseguiremos divulgar e incentivar a compra do trabalho desses pequenos produtores”, conclui Renata.

"Os primeiros produtores que participaram do projeto foram mapeados pelo time de monitoramento de redes sociais do Outback e pelo próprio Facebook, que tem um programa de incentivo ao pequeno negócio e ajudou na curadoria, compartilhando com a marca alguns nomes que fazem trabalhos incríveis. Mas para quem tiver interesse em participar ou mesmo indicar alguém, basta entrar em contato com a rede de restaurantes via Instagram, através dos comentários e/ou mensagens por direct", destaca a diretora de marketing.

*Com informações da assessoria

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--> Sebrae: pesquisa revela mudanças para pequenos negócios

Uma pesquisa qualitativa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela tendências para negócios a partir da pandemia. O levantamento foi feito com base em microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas de 18 estados brasileiros e mostra que as mudanças vieram para ficar no mundo dos pequenos negócios. 

A pesquisa foi realizada entre abril e junho deste ano, com empresários de 11 segmentos, sendo a maior parte microempresas (54%), principalmente nos ramos de varejo, alimentação, moda, beleza e turismo. O levantamento revela que a mudança de postura e consumo dos clientes refletirão diretamente nas transformações dos negócios. Além de mais exigentes e mais conscientes, os consumidores também estão cada vez mais explorando as compras e o relacionamento on-line.

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De acordo com a pesquisa, dentre as mudanças definitivas destaca-se a maior digitalização dos negócios. No entanto, em segmentos como a moda, por exemplo, a transformação caracteriza-se por um modelo híbrido, com fortalecimento de experiências presenciais e o intenso uso de canais online em vendas e relacionamento com o mercado. No segmento da alimentação, os donos de pequenos negócios destacaram que os clientes vão continuar mais atentos às medidas de higienização e qualidade dos produtos. Para isso, serão necessárias mudanças com uso ou novos usos dos estabelecimentos para reconquistar o cliente e transmitir segurança. Já no ramo do turismo, a tendência é de roteiros regionais e locais, com predominância de ações ao ar livre e grupos em número reduzido.

Os dados mencionam que o relacionamento com o cliente deve ser feito com segurança e de forma ágil. Eles estarão mais exigentes e, por isso, serão atraídos por uma oferta cada vez mais personalizada. Além disso, o uso das redes sociais para vendas e divulgação deve continuar em alta. Para isso, os serviços de delivery ganham mais atenção com a qualificação dos entregadores.

Em relação a gestão, o levantamento realizado pelo Sebrae mostra que os negócios atuarão de forma mais sustentável, com produções enxutas, com foco na produtividade, evitando o desperdício. Já em relação aos funcionários, as equipes ficarão mais reduzidas e multitarefas. A saúde dos colaboradores receberá atenção e o trabalho remoto, quando possível, será uma realidade também para os pequenos negócios. A ampliação de parcerias com mais fornecedores também será uma mudança definitiva para os negócios.

O Sebrae ainda pontuou que a empresa de turismo Sou+Carioca, no estado do Rio de Janeiro, já se planeja para voltar a funcionar a partir dos últimos meses do ano. De acordo com uma das sócias, Gabriela Palma, a equipe de colaboradores tem se reunido virtualmente para discutir como será a retomada. Ela avalia que as reuniões de forma remota deram bons resultados e devem continuar ocorrendo mesmo depois da pandemia. Além disso, a empresária destaca que iniciativas que surgiram nesse período serão adotadas, agregando novos serviços. 

Também foi mencionado os passeios virtuais,que se tornaram uma experiência de sucesso no Facebook. O “QuarenTour Colaborativo” é aberto para quem quiser participar e tem levado milhares de pessoas a conhecer virtualmente a história de lugares do país, principalmente do estado do Rio de Janeiro. Desde abril, já foram realizados cinco encontros virtuais, onde uma guia de turismo visita os pontos com uso de ferramentas do Google, que permitem visualizar exatamente como é o lugar, as ruas, o interior de construções. Durante o passeio, as pessoas são convidadas a colaborar com valores entre R$ 10 e 20 para ajudar nos custos da empresa, que não está funcionando normalmente por causa da pandemia.

“A ideia surgiu como uma forma de manter o relacionamento com nosso cliente e de nos manter no mercado. A participação tem sido boa e as pessoas têm contribuído”, contou. A empresa também tem realizado lives com a participação de especialistas de diversas áreas e lançou um e-book com sugestões de 50 lugares diferentes para conhecer no Rio de Janeiro com vendas disponíveis por meio de plataforma online. “Estamos preparados para retornar com tranquilidade, assim que possível. Sabemos que o turismo local tem boas expectativas na retomada e como já trabalhamos com isso há cinco anos, temos tudo pronto para atender nosso principal cliente, que é o morador carioca”, destacou, de acordo com informações do Sebrae.

Após alguns meses de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, o comércio vem reabrindo suas portas gradativamente para manter os negócios em funcionamento. As micro e pequenas empresas brasileiras, por exemplo, apresentaram sinais de pequena reação diante dos impactos da pandemia, como mostra um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A 5ª edição da Pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”,  realizado entre os dias 25 e 30 de junho, contou com 6.470 participantes entre Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte, para obter os dados. Segundo as informações levantadas, houve uma leve e gradual recuperação, com uma redução na queda média mensal do faturamento dos pequenos negócios.

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Enquanto na primeira semana de abril a perda média do faturamento chegou a 70%, no último levantamento esse percentual caiu para 51%. Apesar dessa pequena evolução, a pesquisa mostra também que a concessão de crédito para as pequenas empresas ainda não tem acompanhado o aumento significativo da procura desses negócios por empréstimos.

O levantamento aponta que, desde o início da pandemia, 800 mil empresas conseguiram estancar a queda no faturamento. A proporção de pequenos negócios com redução no faturamento caiu de 89% para 84%, desde março, quando foi feita a primeira edição da pesquisa. Essa recuperação, entretanto, não é igual para todos os segmentos. Alguns setores como o agronegócio, indústria alimentícia e pet shop/veterinária apresentam maior capacidade de retomada, ao contrário de setores como turismo e economia criativa.

“O estancamento na queda de faturamento sinaliza um tímido movimento de recuperação. Mas ainda estamos longe de vencer a crise. E sem o destravamento do dinheiro disponível nos bancos, essa retomada será extremamente lenta ou até fatal para os pequenos negócios, pois a reabertura implica em gastos e não necessariamente em demanda de clientes”, ressalta, por meio de nota, o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

O levantamento do Sebrae também mostrou que 30% das empresas voltaram a funcionar desde o início da crise, adaptando-se ao novo cenário, intensificando a transformação digital dos negócios com o aumento das vendas on-line. Em dois meses, 12% das empresas adaptam seus negócio para a internet. Ao mesmo tempo em que houve um aumento de 37% para 44% das empresas que estão utilizando ferramentas digitais para se manterem em funcionamento, houve uma redução de 39% para 23% das empresas que afirmam que só podem funcionar presencialmente.

De forma geral, o levantamento realizado pelo Sebrae ainda mostra outros dados sobre os impactos da pandemia nas pequenas e grandes empresas do Brasil. Quem deseja obter mais informações e conferir os dados da pesquisa, pode acessar o documento.

A cabeleireira Aline Lima viu sua renda despencar 90% entre março e abril, no primeiro mês em que passou a vigorar a quarentena e o fechamento do comércio não essencial na maior parte do país, por causa da pandemia do novo coronavírus. Proprietária de um salão de beleza em Araraquara, no interior de São Paulo, ela paralisou as atividades de forma repentina e teve dificuldade de pagar as contas, que continuaram chegando.

"No começo, eu ainda tinha um resto de dinheiro que havia entrado no mês anterior, mas logo as reservas acabaram e foi bem difícil pagar o aluguel do ponto do salão", afirma. Aline chegou a recorrer ao auxílio emergencial de R$ 600, mas não teve seu cadastro aprovado. Em meio ao cenário de incerteza, surgiu a oportunidade de um novo negócio. "A esposa de um amigo, que tem uma fábrica de pijamas, me ofereceu as peças de forma consignada, em que ganhava parte da comissão na venda de cada roupa, e tem dado muito certo. É o que tem salvado", relata.

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Assim como Aline, milhares de microempreendedores têm buscado alternativas para minimizar a perda de renda durante a pandemia. Uma pesquisa da startup SumUp, instituição financeira com foco nos pequenos negócios, mostra que 35% passaram a adotar a venda online, inclusive de outros produtos e serviços. A SumUp, que oferece principalmente maquininhas de cartão para microempreendedores, vem realizando o levantamento para acompanhar a situação de seus clientes em todo o território nacional.

A terceira rodada da pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de maio, com 3.800 pequenos negócios, para entender o impacto da covid-19 sobre o segmento. São profissionais das mais diversas áreas, como uma manicure que também oferece cosméticos, um vendedor de roupas e bijuterias, uma tatuadora com estúdio próprio ou até mesmo um profissional de assistência e instalação. A média de transações dessas pessoas é de cerca de R$ 2 mil mensais, segundo a SumUp.

Até março, menos da metade (35%) desses pequenos negócios usava a internet para vender produtos e serviços. Em pouco mais de três meses, já são 70%. Entre os novos produtos que passaram a ser vendidos pelos microempreendedores, os mais citados são máscaras e roupas, por exemplo.

É o caso de Dionísio da Silva Pereira, de Horizonte (CE), que vende cosméticos, mas que durante a pandemia viu a demanda pelo produto cair. Foi então que decidiu investir em novo negócio. "Eu trabalhava com venda direta de cosméticos, sem loja física, só que aí eu parei com os cosméticos, compramos umas máquinas e começamos a costurar para vender máscaras", conta. O novo negócio não resolveu a queda na renda, mas reduziu seu impacto negativo e abriu a perspectiva de uma nova atividade. "A gente pretende investir no ramo de vestuário, agora que temos a máquina e estamos desenvolvendo a costura", afirma.

Tanto para novos negócios digitais quanto para os que já funcionavam antes da pandemia, os aplicativos de mensagem, principalmente o whatsApp, são a principal ferramenta de vendas, utilizados em 67% dos casos, segundo a pesquisa. O Instagram é a rede social preferida por 22% dos microempreendedores que adotam a venda online.

Entre os negócios afetados pelo fechamento do comércio, serviços esportivos, serviços para eventos e fotografia foram os mais atingidos, com mais de 60% de paralisação temporária ou permanente. Dos negócios que estão paralisados, 27% passaram a adotar a venda online, mas 40% seguem sem a oferta desse tipo de serviço.

Mais do que oferecer pagamento a distância ou contar com uma loja virtual, o serviço de delivery foi considerado o item mais importante para quem passou a fazer venda online durante a pandemia. De acordo com a pesquisa, 40% dos microempreendedores disseram que o serviço de entrega é o mais importante, seguido de pagamento a distância (30%), ter uma loja virtual (20%) e anúncios nas redes sociais (10%).

"Como o comércio estava fechado, teve muita demanda por entrega. No meu caso, que estava vendendo pijama e entregava em casa, os clientes ainda podiam experimentar a roupa, para verificar o tamanho certo", conta Aline Lima. Quase a totalidade dos pequenos negócios (95%) usa um serviço de delivery próprio e só 5% disseram utilizar os aplicativos de entrega.     

Situação financeira

O levantamento mostra que a queda na receita foi brutal para os pequenos negócios. A grande maioria (71%) dos entrevistados afirmou que a queda foi de mais de 60% na renda.

Em cidades que adotaram o lockdown, com regras mais rigorosas de isolamento social, um número ligeiramente maior de microempreendedores (74%) também registrou a mesma perda financeira. Entre os que tiveram o ponto de venda fechado por causa da pandemia, 63% relataram queda de mais de 80% no faturamento depois de um mês. Mesmo entre os empreendedores que puderam manter seu ponto de venda aberto, 58% amargaram perdas de mais de 60% na renda. 

A pesquisa mostrou que 67% dos pequenos negócios mapeados tinham reserva financeira para a quarentena e, mesmo assim, vão precisar de auxílio financeiro nos próximos seis meses, principalmente para pagar contas do próprio negócio, como aluguel, luz, internet e contas pessoais. Cerca de 30% dos empreendedores afirmaram que já estão sem reservas. 

Entre as pessoas que tiveram que fechar o negócio de forma permanente durante a pandemia, 56% solicitaram o auxílio emergencial e já tiveram o pedido aprovado ou ainda estão aguardando. Outros 21% tiveram o pedido negado. Do total de empreendedores que receberam o auxílio emergencial do governo, pelo menos 36% afirmaram que vão precisar de mais auxílio financeiro para sobreviver nos próximos meses. O auxílio emergencial do governo foi a única alternativa de renda emergencial para 95% dos entrevistados.

Professores e estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), idealizadores da plataforma No Bairro Tem!, anunciaram a expansão da plataforma para todo o Estado, nesta sexta-feira (10). A plataforma, lançada em março, tem o objetivo de aproximar pequenos negócios de consumidores. 

Em dois meses e com mais de 3 mil negócios cadastrados, a iniciativa incentiva consumidores a procurar diversos empreendimentos no próprio bairro, de forma remota, através de uma plataforma que divulgação e ajuda a economia local a permanecer ativa. 

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“Os empreendedores cadastram seus negócios, os consumidores buscam e encontram o que precisam e ainda ajudam a estimular a economia do seu bairro”, explica o professor Fábio Mascarenhas, coordenador geral do Projeto.

Em expansão, o projeto alcança outras regiões pernambucanas, como a região do São Francisco, Agreste, Zona da Mata e Sertão, que também têm força com seu empreendedorismo local. Os cadastros podem ser realizados através do site No Bairro Tem!.

Ao realizar o cadastro, prestadores de serviços e comerciantes receberão em seu smartphone uma senha provisória que poderá ser alterada posteriormente. Além do smartphones, outros dispositivos podem ser utilizados para acessar a plataforma, como tablets, computadores, smart TVs, desde que estejam conectados à internet.

Consumidores que desejarem encontrar os negócios cadastrados, deverão entrar na plataforma e colocar uma palavra chave - por exemplo: pizza - ou classificando a busca por categoria,  e assim terá acesso facilitado ao empreendimento, direcionado para WhatsApp de contato ou página oficial dos comerciantes ou prestadores de serviços. 

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O programa ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ exibiu, nesta quarta-feira (10), uma live que discute “Os desafios de empreender diante da maior crise dos últimos tempos”. Um dos convidados é o empresário Janguiê Diniz, fundador e controlador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo.

O coordenador do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco, Leonardo Carolino, também participou da transmissão, revelando estratégias para os pequenos negócios superaram a crise provocada pela Covid-19. O empreendedor e professor de redação Diogo Xavier, um dos criadores do pré-acadêmico ‘Squadrão Show”, completou a equipe de convidados. A mediação foi do jornalista Nathan Santos. Assista:

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Em seu percurso de vida, o empresário coleciona exemplos natos de um grande empreendedor, como os descritos em sua autobiografia, intitulada “Transformando sonhos em realidade – a trajetória do ex-engraxate que chegou à lista da Forbes”.

Janguiê Diniz é fundador do Ser Educacional, considerado um dos maiores grupos do setor no Brasil, atendendo mais de 160 mil alunos em 60 unidades distribuídas por todos os estados brasileiros. Mais de 11 mil colaboradores fazem parte do Ser Educacional.

Em maio de 2019, o empresário lançou o Instituto Êxito de Empreendedorismo, do qual é presidente. A instituição realiza atividades que buscam fomentar o espírito empreendedor entre a população brasileira, oferecendo, por exemplo, qualificações gratuitas.

O ‘Quando passar’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

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