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Com o objetivo de enriquecer o conhecimento dos professores de inglês que trabalham na rede pública e aprimorar a qualidade do ensino do idioma nas escolas municipais e estaduais, o British Council inicia hoje (2) no Brasil uma iniciativa voltada para ouvir esses educadores e compreender quais habilidades, de acordo com eles mesmos, necessitam de um aprimoramento mais significativo.

Esta é a primeira edição da pesquisa "Self-Assessment for Teachers" (SAT), que tem como objetivo identificar as principais demandas de competências pedagógicas entre os professores de inglês da rede pública de ensino. A organização britânica espera que até 20 mil docentes de todo o Brasil participem dessa pesquisa, que é anônima, gratuita, totalmente online e acessível por meio de qualquer dispositivo (computador, celular ou tablet) por meio do link.

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O acesso à pesquisa estará disponível por três semanas, de 2 a 22 de outubro, abrangendo o Dia dos Professores, celebrado mundialmente em 5 de outubro e no Brasil em 15 de outubro. O questionário contém 28 perguntas, incluindo 12 relacionadas a habilidades específicas, e a estimativa é que leve aproximadamente 15 minutos para ser concluído.

As informações coletadas neste levantamento serão utilizadas como fundamento para a próxima iteração do programa Teaching for Success, agendada para o primeiro trimestre de 2024, após o feriado de Carnaval. Esse programa compila conteúdo de qualidade para a formação profissional contínua, com a orientação de profissionais certificados globalmente pelo British Council. Seu propósito é auxiliar os professores a aprimorar seu desempenho em sala de aula, visando a alcançar melhores resultados para os alunos.

“Considerando o sucesso sem precedentes da ELT Week Brazil 2023, que atraiu mais de 100.000 profissionais em sessões de formação continuada online nos últimos meses, acreditamos que professores de inglês de todo o País irão colaborar conosco nesse mapeamento. Assim poderemos ouvir suas vozes e preparar projetos com uma aderência cada vez maior aos seus interesses”, afirma Alessandra Moura, gerente sênior de programas de língua inglesa e educação básica do British Council. 

As datas comemorativas são oportunidades para impulsionar o varejo em épocas sazonais do ano e o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, é uma delas. Depois de um ano sofrido, com tantas adversidades econômicas, o setor vê a data como uma possibilidade de potencializar as atividades econômicas.

Tomando como base essa premissa e para entender um pouco mais acerca da perspectiva de consumo das famílias da Região Metropolitana de Recife (RMR) para a data, bem como, suas relações com as variáveis econômicas e sociais, como sexo, faixa de renda e nível de escolaridade, o Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE) através do Núcleo de Inteligência de Mercado, acaba de concluir uma pesquisa onde foram ouvidas 787 pessoas em diversos espaços públicos do Recife.

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Através de questionários estruturados, estudantes da Projetos Junior supervisionados pelos consultores, buscaram informações acerca da pretensão de compra dos recifenses, se irão ou não comprar algum presente. O valor que pretendem gastar nele e, também, se pretendem aproveitar o dia de folga para visitar algum parque ou praça pública com as crianças, por se configurarem como uma boa opção de lazer a baixo custo.

Do total de entrevistados, o estudo concluiu que aproximadamente 52%, ou seja, 399 pessoas responderam que irão comprar algum presente para o Dia das Crianças e as 388 pessoas restantes disseram que não pretendiam comprar nenhum presente. A maioria dos que responderam que desejam comprar algo deverão gastar acima de R$ 50. A participação das mulheres é maioria na avaliação e uma boa parcela recebe até 2 salários mínimos.

Para o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, esse resultado reflete as diversas questões econômicas vividas atualmente, a exemplo dos altos índices de desemprego no Estado e no país de uma maneira geral. "A população tem encontrado muitas dificuldades para conseguirem ter uma renda e, consequentemente, isso se reflete nesse poder de compra. Mas o que se percebe é que mesmo assim existe um esforço grande das pessoas para tentar comprar o presente", aponta.

Outro ponto curioso que a pesquisa revelou, de acordo com o economista,  foi com relação à intenção das pessoas em frequentar algum parque no Dia das Crianças, por ser uma alternativa de baixo custo para o entretenimento infantil, a grande maioria, ou seja, 74% responderam que não pretendem ir a esses locais nesse dia. A resposta foi unânime para todas as faixas etárias pesquisadas.

"O resultado serve como uma espécie de alerta para o poder público que deveria estimular o uso e escolha desses locais como espaços de lazer por serem ambientes gratuitos, agradáveis e com bastante espaço para as crianças se divertirem", aponta o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, dizendo que a questão da segurança tem influência nesse resultado.

*Da assessoria 

Especialistas em saúde coletiva da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, realizaram um levantamento que mostra quais profissionais têm risco de sofrer demência. O estudo, publicado na revista The Lancet, contou com 7 mil pessoas com mais de 70 anos de idade.

De acordo com a pesquisa, os quadros de demência foram mais observados em profissões que exigem força física. Segundo o levantamento, vendedores, estoquistas, auxiliares de enfermagem, cuidadores de pessoas, agricultores e pecuaristas estão no grupo de risco.

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Os especialistas justificam que pessoas dessas áreas têm 15,5% mais probabilidade de desenvolver demência, quando comparados ao grupo de baixa atividade física ocupacional. “Maiores exigências físicas, falta de recuperação e exaustão resultante do emprego poderiam implicar mais desgaste somático e períodos de recuperação mais curtos, piorando a cognição”, aponta o artigo.

A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex.

A aterrizagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", além de lançar luz sobre "o início da história do sistema solar", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

- Duas amostras japonesas -

Assim que pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede, elevando-a em direção a um helicóptero.

Na segunda-feira (25), será transferida de avião ao Centro Espacial Johnson em Houston, Texas, onde será analisada em um processo que deve durar dias.

Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.

A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% serão usadas imediatamente para experimentos e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.

Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.

Mas a amostra de Bennu é "muito maior, então poderemos fazer muito mais análises", afirmou o presidente da Nasa.

- 'História de nossa origem' -

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.

Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon.

Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro.

Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico.

Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

O Procon-PE, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), realizou, entre os dias 12 e 15 de setembro, uma pesquisa de medicamentos genéricos, onde foram pesquisados 26 tipos de medicamentos. Durante a pesquisa foram identificadas diferenças de valores para um mesmo medicamento, que chegaram a até 544,13%, a exemplo do Hemitartarato de Zolpidem, de 10mg, com 30 comprimidos, que pôde ser encontrado em farmácias diferentes nos valores de R$ 8,00 e R$ 51,53.

Os fiscais do órgão de defesa do consumidor passaram por 13 farmácias nos bairros de Boa Viagem, São José, Encruzilhada, Casa Amarela, Torre, Madalena e Iputinga.

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Um outro exemplo é o Cloridrato de Fluoxetina, utilizado para tratar transtornos como: humor, síndromes psicóticas, depressão e ansiedade. A caixa de 20 mg, com 30 comprimidos, varia entre R$ 6,00 e R$ 38,05. Uma diferença percentual de 534,17%.

Outros medicamentos também chamaram a atenção com variações que ultrapassam 400%:

O Maleato Enalapril, usado para controle da pressão arterial, a caixa de 20mg, com 30 comprimidos, apresentou uma variação de 495,42%.

O Ácido acetilsalicílico- ASS, a cartela do analgésico, com dez comprimidos, chegou a apresentar uma variação de 460%.

A Rosuvastatina Cálcica, utilizada na redução dos níveis elevados de colesterol total e gordura no sangue, encontrada por R$ 11,99 em uma farmácia, e por R$ 61,93, em outra representando uma diferença percentual de 416,51%.

“O objetivo da pesquisa é oferecer ao consumidor pernambucano um instrumento auxiliar para a determinação de compras mais racionais do ponto de vista do preço”, explicou Hugo Souza, Gerente Geral do Procon - PE.

Enfermagem é a graduação mais buscada em Pernambuco, aponta levantamento realizado pela Quero Bolsa. Ainda segundo o estudo, os cursos de direito, psicologia e fisioterapia também estão no topo do ranking de preferência do estudantes pernambucanos. O resultado da pesquisa leva em consideração as buscas por um curso de ensino superior na modalidade presencial, no primeiro semestre deste ano, no Estado, e conta com 199 mil estudantes.

“Os cursos mais buscados são representados por áreas que oferecem oportunidades sólidas de emprego e carreira e podem abrir portas para diversas indústrias e setores de atuação. Desta forma, demonstram ser escolhas bem pensadas pelos candidatos”, destaca o diretor da Quero Bolsa, Marcelo Lima.

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Confira o ranking dos 10 cursos de ensino superior na modalidade presencial mais buscados no site Quero Bolsa no primeiro semestre no estado:

1. Enfermagem

2. Direito

3. Psicologia

4. Fisioterapia

5. Administração

6. Odontologia

7. Farmácia

8. Nutrição

9. Educação Física

10. Pedagogia

A polarização política no Brasil entre os apoiadores do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda é uma realidade entre o eleitorado mesmo após quase um ano da eleição presidencial de 2018. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (15), 29% dos eleitores se definem como petistas convictos, enquanto 25% afirmam ser bolsonaristas raiz.

Segundo a pesquisa, a parcela neutra - que diz não estar ligada nem a Lula nem a Bolsonaro - representa 21% do eleitorado.

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Aqueles que dizem ser mais próximos do petismo são 11% e os mais alinhados ao bolsonarismo, 7%, enquanto 1% afirma não saber.

Desde a primeira edição dessa pesquisa, em dezembro de 2022, a parcela de petistas convictos diminuiu três pontos porcentuais, indo de 32% para 29%. Por outro lado, a quantidade de bolsonaristas raiz se manteve a mesma, estável em 25% ou com oscilação dentro da margem de erro.

A permanência de apoiadores fiéis a Bolsonaro ocorre ao mesmo tempo em que o ex-presidente é alvo - direta ou indiretamente - de cinco investigações diferentes. Desde que deixou a Presidência, há nove meses, ele também teve o celular apreendido no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e os sigilos fiscal e bancário quebrados no bojo da operação sobre a venda de joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse mesmo período, também viu aliados próximos serem presos.

A pesquisa Datafolha foi realizada com 2.016 pessoas nos dias 12 e 13 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

Aprovação estável de Lula

Na quinta-feira (14), o Datafolha mostrou que a taxa de aprovação do governo Lula está estável enquanto a reprovação teve um crescimento entre os eleitores. Segundo o levantamento, 38% consideram a gestão do petista boa ou ótima, enquanto que 30% a avaliam como regular. Outros 31% acham o mandato do presidente ruim ou péssimo, e 2% não souberam opinar.

Também foi perguntado aos eleitores sobre a expectativa para o governo no futuro. Para 43% do eleitorado, será bom ou ótimo. Os que veem uma piora são 28%. Outros 27% preveem um mandato regular.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado bom ou ótimo por 38%, regular por 30% e ruim ou péssimo, por 31%, de acordo com pesquisa do instituto Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira, 14. Não souberam responder 2% dos entrevistados.

O Datafolha ouviu 2.016 entrevistados em 139 municípios na terça, 12, e quarta-feira, 13. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais.

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Segundo o instituto, o único índice que oscilou acima da margem de erro ante sondagem de junho, foi a reprovação, que era então de 27%. Em junho, a aprovação era de 37% e a avaliação regular, 33%.

As melhores taxas de aprovação de Lula estão entre os nordestinos (49%), os entrevistados com menor escolaridade (53%) e os mais pobres (43%).

Já a rejeição é maior na Região Sul (39%), entre os mais escolarizados (39%), entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos (44%) e evangélicos (41%).

Entre os jovens de 16 a 24 anos, 43% consideram o governo Lula regular, enquanto os que rejeitam são 23% e os que aprovam, 31%.

Expectativa

Sobre a expectativa com o governo, 43% acham que será ótimo ou bom no futuro, ante 50% que consideravam isso em março. Os que esperam um governo regular continuam estáveis (26% a 27%), mas os que creem na piora, com Lula ruim ou péssimo, subiram de 21% para 28%.

Desempenho

Segundo a pesquisa, a avaliação sobre o desempenho de Lula segue em estabilidade: 17% acham que ele fez mais do que se esperava, 53% que ele fez menos e 25% que cumpriu as expectativas.

A gestão de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 55% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipespe, contratada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). É o maior patamar de apoio ao petista desde o início do ano na apuração do instituto. Em relação ao último levantamento, o crescimento foi de quatro pontos percentuais - em julho, o percentual era de 51%. Lula é reprovado por 38%, uma diminuição de dois pontos no mesmo período de tempo.

Lula tem aprovação maior entre moradores Nordeste (65%), brasileiros que possuem até o ensino fundamental (60%), aqueles com renda até dois salários mínimos (59%), mulheres (59%) e pessoas entre 25 e 44 anos (59%).

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Sobre as áreas que deveriam ser prioritárias para o governo, 29% dos entrevistados citam saúde. Outros 27% mencionam emprego e renda, e 17%, educação.

O levantamento foi realizado entre 28 de agosto e 1º de setembro de 2023. Foram ouvidos 2.000 entrevistados de todas as cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e a taxa de confiança é de 95,5%.

Mudanças no governo

Na última quinta-feira, 7, o Palácio do Planalto anunciou o desfecho de uma negociação de dois meses pela entrada de mais dois partidos no governo. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram nomeados, respectivamente, como ministros do Esporte e de Portos e Aeroportos. Márcio França, que era titular de Portos e Aeroportos, assumiu o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, criado nesta quarta-feira, 13.

Com a reforma ministerial, o governo espera destravar pautas importantes para o Executivo no Congresso. Desde o início do mandato, Lula dispôs as pastas de forma a abranger o máximo de partidos aliados que conseguia. Na época, além dos aliados da campanha eleitoral, o petista conseguiu agregar também União Brasil, MDB e PSD, totalizando dez siglas diferentes na Esplanada. A aliança, entretanto, não foi o suficiente para o governo ter seus interesses sustentados nas votações no Congresso Nacional. Agora com a mudança ministerial, há 12 partidos representados na Esplanada, contando com o PT.

Uma pesquisa realizada no Departamento de Zoologia do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriu cinco novas espécies de lagartos amazônicos do gênero Iphisa. A novidade foi celebrada pela comunidade científica, e uma homenagem foi feita a ativistas ambientais que atuaram nas regiões onde as espécies foram registradas, entre eles Bruno Pereira e Dorothy Stang. 

A investigação científica, encabeçada pela pesquisadora Anna Virginia Albano de Mello, doutoranda em biologia animal na UFPE, teve como objetivo catalogar as novas espécies à medida que diferenças morfológicas foram identificadas. Das sete espécies catalogadas na pesquisa, cinco são a novidade na comunidade zoológica, e seus nomes científicos foram escolhidos para homenagear os seguintes ativistas: Dorothy Stang, Ivaneide Suruí, Alessandra Korap Munduruku, Kátia Pellegrino e Bruno Pereira. 

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Lagartos amazônicos levam nome de ativistas ambientais. Foto: Divulgação/UFPE 

“A nossa ideia era nomear os bichos de uma forma que fosse ajudar os cientistas a localizar cada um, mas diante da situação socioambiental do Brasil nos últimos anos, principalmente no que se refere à Amazônia, com invasões a Terras Indígenas e queimadas, a gente decidiu homenagear essas pessoas que defendem a Amazônia. A gente escolheu Dorothy Stang, Ivaneide Suruí, Alessandra Korap Munduruku, Kátia Pellegrino e por último já em 2022 a gente resolveu homenagear Bruno Pereira. Os nomes não foram aleatórios, eu escolhi homenagear as pessoas que foram atuantes nas áreas onde cada um dos bichos foi descoberto”, afirmou Anna de Mello em entrevista ao portal ((o))eco. 

A pesquisa foi realizada em parceria Universidade de São Paulo (USP) e o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França. A orientação do trabalho foi feita pelo professor Pedro Murilo Sales Nunes. 

 

Pessoas com maior nível de escolaridade tendem a acreditar menos em teorias conspiratórias, de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados mostram que essas pessoas tentem a se engajar mais civicamente, fazendo trabalhos voluntários, ou mesmo participando de manifestações. 

A pesquisa revela que, entre os adultos com ensino superior, cerca de 15% acreditam na teoria conspiratória de que o coronavírus foi desenvolvido por alguma organização ou governo. Entre aqueles que não concluíram o ensino médio, a porcentagem dobra, chegando a mais de 30%. Aproximadamente as mesmas porcentagens acreditam que grupos de cientistas manipulam, fabricam e escondem evidências para enganar as pessoas. 

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Segundo o relatório, tais crenças são perigosas e desinformam a população. “No debate público, as teorias da conspiração têm sido consideradas fatores por detrás do crescente populismo político e da relutância em seguir recomendações para limitar a propagação da covid-19. De um modo mais geral, a crença em teorias da conspiração está ligada a uma série de práticas social e individualmente prejudiciais”, diz o texto. 

O relatório Education at a Glance 2023 reúne uma série de dados relacionados à educação, de diferentes fontes de diferentes países. Estes, por exemplo, são dados de questionário aplicado em 2020, em meio à pandemia, a pessoas de 25 a 64 anos. Participaram cerca de 32 países, dentre os quais, membros da OCDE e candidatos a membros do grupo. O Brasil não participou desse formulário. 

“Trata-se de uma área que a OCDE vem pesquisando: a capacidade crítica dos alunos, das crianças e dos adolescentes de ver uma informação e avaliar se está correta, se não se trata de uma fake news [notícia falsa]”, disse a técnica da OCDE Manuela Fitzpatrick, em webinário realizado para divulgação do relatório no Brasil.

No Brasil, o combate à desinformação também vem sendo discutido. No âmbito nacional, está sendo elaborada uma política nacional de educação midiática, que, de forma geral, inclui um conjunto de habilidades para analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos. A chamada Estratégia Brasileira de Educação Midiática está sendo discutida na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, que realizou recentemente uma consulta pública para definir as principais diretrizes dessa política.

Além do aspecto da desinformação, os dados do Education at a Glance mostram que, quanto maior o nível de escolaridade, mais as pessoas tendem a se engajar civicamente. Aproximadamente 25% das pessoas com ensino superior fazem trabalhos voluntários em organizações sem fins lucrativos. Entre aquelas que não concluíram o ensino médio, a porcentagem cai para menos de 12%. Cerca de 10% das pessoas com ensino superior participam de manifestações públicas e em torno da metade, 6%, daqueles com ensino médio incompleto o fazem.

Relatório

O estudo Education at a Glance reúne informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Fornece dados sobre estrutura, finanças e o desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em países candidatos e parceiros da organização. Este ano, foram analisados dados de 49 países, dos quais 38 pertencem à OCDE e 11, entre os quais, o Brasil, são parceiros.  

A edição de 2023 é centrada no ensino e na formação profissional. A edição inclui também um novo capítulo - Garantir a aprendizagem contínua aos refugiados ucranianos - que apresenta os resultados de uma pesquisa da OCDE 2023 que recolheu dados sobre as medidas tomadas pelos países da OCDE para integrar essas pessoas em seus sistemas educativos.

Uma pesquisa realizada pela plataforma de empregabilidade Taqe mostra dados referentes ao preconceito no mercado de trabalho. O levantemento, que contou com nove mil respondentes, aponta que 8% das pessoas já sofreram algum tipo de preconceito. Além disso, os dados expõem que 27% dos participantes disseram que já sofreram mais de um tipo de preconceito.

Realizando um recorte de raça, a pesquisa apresenta um cenário em que 11% dos respondentes afirmam que sofreram esse tipo de discriminação no ambiente profissional, sendo, 24% de pessoas pretas, 12% indígenas, 7% asiáticos e 5% pardos. No que se refere à classe, 10% alegam ter sofrido com algum tipo de preconceito. Outro dado apresentado no estudo revela que 8,4% das pessoas sofreram preconceito por gênero. Fazendo também um recorte com pessoas acima de 40 anos, 23% relataram já ter sofrido discriminação por conta da sua idade.

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"Os números são reflexo de um mercado que não compreendeu o valor da diversidade e o papel das empresas no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa. Como uma saída para minimizar o problema e ter um olhar para diversidade, algumas empresas têm optado pela formação de jovens em programas de entrada como aprendizagem, estágio, trainee, buscando maior participação de populações minorizadas em termos de raça, gênero, orientação sexual e situação socioeconômica, por exemplo", afirma Ana Correa, Diretora de Produto da Taqe.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado como ótimo ou bom por 40% dos entrevistados em pesquisa do instituto Ipec divulgada na noite desta quarta-feira, 6. A administração é apontada como regular por 32% e como ruim ou péssima, por 25%. De acordo com o levantamento, 3% não sabem ou não responderam.

A avaliação positiva de Lula subiu 3 pontos porcentuais em comparação com a pesquisa divulgada em 9 de junho, quando a gestão era considerada ótima ou boa por 37% dos entrevistados. Já a avaliação negativa caiu 3 pontos - na ocasião, estava em 28%.

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Sobre a maneira de Lula governar, 56% dizem aprovar enquanto 39% afirmam desaprovar. Os que não sabem ou não responderam são 6%.

A sondagem foi realizada entre sexta-feira, 1º, e esta terça-feira, 5. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais.

O Procon-PE divulgou, nesta terça-feira (5), a pesquisa de preço da cesta básica na Região Metropolitana do Recife (RMR) referente ao mês de agosto, feita entre os dias 21 e 25. Em comparação com o mês de julho, houve uma redução total de 0,86%, passando de R$ 660,76 para R$ 655,05, uma diferença absoluta de R$ 5,71, para o bolso do consumidor. Julho, por sua vez, apresentava um aumento de 0,70% em relação ao mês de junho. 

Segundo o órgão, o produto da cesta que apresentou maior redução na variação foi o quilo do arroz, que foi encontrado pelo menor preço de R$ 3,79 e pelo maior preço de R$ 5,67, tendo uma variação percentual de 49,60%. Em segundo lugar, o açúcar cristal chamou a atenção na queda do preço, com uma variação percentual de 53,10%, podendo ser encontrado por R$3,39, no seu menor preço, até R$5,19, no seu maior preço. Já em terceiro lugar no ranking de redução, está o café em pó, com variação percentual de 55,09%, podendo ser encontrado por R$ 5,99, menor preço, e por R$ 9,29, maior preço. O produto chegou a essa colocação no hanking de redução de preço devido ao aumento da safra e da produção em 2023, além da ampliação sazonal da oferta nos meses de junho e julho, assim como o tempo seco tem favorecido o desempenho das atividades no campo, no sudeste do Brasil.  

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Entre os produtos que apresentaram o maior percentual de variação de preços, em agosto, foi o quilo da farinha de mandioca, chegando a 241,46%, podendo ser encontrada por R$ 4,39, no seu menor preço, e por R$ 14,99, no seu maior preço. Em segundo lugar, o produto que chamou atenção foi a salsicha avulsa, com uma variação percentual de R$ 213,30%, podendo ser encontrado por R$ 6,99, no menor preço, e por R$ 21,90, no seu maior preço. E, por fim, em terceiro lugar, aparece a batata inglesa com uma variação percentual de R$ 187,97%. Podendo ser encontrado por R$ 3,99, no seu menor preço, e por R$ 11,49, no seu maior preço.  

Produtos de higiene pessoal e limpeza 

Já os produtos de higiene pessoal, o papel higiênico com 4 unidades continua liderando o ranking de aumento, com a diferença de 326,73%, onde foi encontrado o menor preço de R$ 1,99, e por R$ R$ 8,49 com maior preço.  

Nos itens de limpeza doméstica, o sabão em pó de 500 gramas ficou em destaque com a maior variação, com uma diferença percentual de 310,08%, onde foi encontrado por R$ 1,29 a R$ 5,29, em diferentes locais. Outro item de limpeza pesquisado, foi a lã de aço que teve destaque por ter uma variação percentual de 157,03%, sendo encontrado por R$ 1,28, no seu menor preço, e por R$ 3,29, no seu maior preço.  

O Procon-PE pesquisou um total de 27 itens, abrangendo 24 estabelecimentos localizados no Recife e na RMR, nos municípios de Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. A pesquisa está disponível no site do Procon-PE.

*Com informações da assessoria

 

A Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) revelou uma prévia da 2ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, coordenada pela própria associação em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil). Entre diversos recortes de destaque, o material revela um crescimento de 3,27% no número de estúdios nacionais de desenvolvimento de games ativos, que chegou a 1.042 em 2022, frente aos 1.009 de 2021. Além disso, a pesquisa mostra que foram publicados cerca 2.600 games brasileiros desde 2020, dos quais 1.008 foram lançados exclusivamente no ano passado. 

“Temos que comemorar muito o momento da indústria nacional de games. Inclusive, esse ano, o Brasil foi o grande homenageado da gamescom e está sendo reconhecido mundialmente como um importante pólo de desenvolvimento do setor”, celebrou o presidente da Abragames, Rodrigo Terra. “É gratificante ver o que os nossos estúdios têm feito e como estamos evoluindo em todos os aspectos, da qualidade das entregas à diversidade das nossas produções”.

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Outro dado na prévia da pesquisa diz respeito à distribuição geográfica dos estúdios pelo país. O Sudeste segue sendo a região com a maior quantidade de empresas, com 58%, seguido do Sul com 20%. Já a região Nordeste segue crescendo e já representa 15%, à frente do Centro-Oeste, com registrou 6%, e do Norte, 2%. 

A pesquisa também mostra que em 2022 existiam 13.225 pessoas trabalhando com desenvolvimento de games no Brasil, um crescimento de cerca de 5,9% em comparação a 2021, quando eram 12.441 profissionais. Mais do que isso, no mesmo período, houve um aumento no número de mulheres presentes e interessadas em ingressar no setor. Atualmente, 14,3% das mulheres da indústria são sócias de algum estúdio e 28,2% estão entre as colaboradoras. A participação delas em cursos de ensino superior relacionados a jogos digitais chegou a 24%.

“A participação das mulheres no ensino superior de jogos digitais até 2010 não atingia 3% dos formandos. Este número praticamente quadruplicou entre 2011 e 2020, chegando a 12%, e dobrou se considerarmos o biênio 2021 e 2022 chegando a 24%”, explicou a vice-presidente da Abragames, Carolina Caravana. “Esse movimento se dá, primeiro, porque o número de mulheres jogando vem crescendo a cada ano, sendo muito próximo e até mesmo superior ao dos homens. Com o crescimento no consumo, naturalmente aumenta-se o interesse pela criação desses produtos e pela possibilidade de carreiras na área”.   

Made in Brazil  

Em 2022, 92% dos estúdios nacionais desenvolveram propriedades intelectuais (PIs) próprias. No entanto, observou-se que a participação em projetos transmídia (15%) e o licenciamento das próprias PIs para terceiros (13%) superaram o volume de licenciamento de PIs de outras empresas, que caiu de 18% em 2021 para 10% em 2022. A prévia da pesquisa indica ainda que 49% das empresas desenvolveram pelo menos um jogo próprio no ano passado e que, em termos de finalidade, os serviços de arte (28%) superaram a gamificação (24%), ocupando a primeira colocação nesse ranking. Animação com 23%, e desenvolvimento de software, com 22%, completam a relação. 

Quando o recorte diz respeito ao tipo de conteúdo desenvolvido, 86% das empresas indicam que criaram jogos com foco no entretenimento, suas principais fontes de receita, seguidos dos jogos educacionais (8%), dos advergames (3%) e dos treinamentos corporativos (2%). Por fim, em relação às plataformas de preferência para os projetos de desenvolvimento de games, os PCs e plataformas móveis aparecem empatados com 25% cada. Do ponto de vista de receita, os computadores também lideram, com 44%, seguidos pelos dispositivos móveis (23%) e consoles (12%). 

Situação dos estúdios no país 

Considerando que os dois primeiros anos da abertura de uma empresa no Brasil são os mais difíceis e essenciais para sua consolidação no mercado, 81% dos estúdios desenvolvedores de games do Brasil já passaram desse estágio, sendo 17% deles há mais de 10 anos no mercado. Além disso, 85% dos estúdios nacionais afirmam estar totalmente formalizados.

“A prévia da 2ª edição da pesquisa revela dados muito importantes e essenciais para o futuro da indústria. Além de um mapeamento geral dos estúdios, ela nos permite entender os objetivos dessas empresas e seus níveis de maturidade. Certamente, será mais um material fundamental para que a Abragames possa seguir contribuindo para o crescimento do segmento no Brasil.”, acrescentou Terra.

 

De que forma o uso de agentes autônomos computacionais ou bots no contexto da internet tem influenciado a execução de processos informacionais e a interação com os seres humanos? Este foi um dos questionamentos levantados – e confirmados – pela tese de doutorado “A Influência dos Bots em Processos Informacionais: limitações, benefícios e desdobramentos”, de Camila Oliveira de Almeida Lima.

O estudo foi defendido, em 2022, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e teve orientação da professora Sandra de Albuquerque Siebra, do PPGCI e do Departamento de Ciência da Informação.

Um bot – forma reduzida da palavra robot – é um software que executa tarefas automatizadas, repetitivas e pré-definidas. Por ser automatizado, ele é capaz de executar uma infinidade de processos informacionais em uma velocidade superior à dos seres humanos e em áreas tão diversas como saúde, educação, comércio e jurídica.

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“Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante a pesquisa foi essa versatilidade dos bots em executar diferentes tipos de processos informacionais de forma autônoma, ou seja, sem intervenção humana na realização das atividades”, afirma Camila Lima. 

Processos informacionais para os quais é possível especificar uma lógica, por exemplo, são facilmente desempenhados por esses agentes, sem intervenção humana e com um bom nível de precisão, o que torna essas ferramentas atraentes para empresas e organizações. No entanto, conforme ressalta Camila, esses softwares ainda possuem limitações quando o processo informacional envolve cognição, empatia e criatividade, consideradas habilidades humanas.

Durante o estudo, Camila se deparou com três situações: uma na qual os processos eram realizados exclusivamente por seres humanos; outra, em que o trabalho era desenvolvido de forma híbrida, com validação humana; e uma terceira, na qual a ação era realizada pelos bots de forma incompleta ou com falhas de execução. Nesse caso, ao invés de apenas pontuar que não havia compreendido a mensagem recebida, o bot oferecia alternativas para tentar descobrir o que o usuário desejava para poder atender sua necessidade informacional. Tal cuidado foi visto como uma medida de segurança, uma vez que os agentes autônomos providos de mecanismos de aprendizagem mais complexos e evoluídos podem agir de forma imprevisível.

“Os bots possuem uma programação inicial que é feita por humanos, e isso já pode influenciar o comportamento deles. Contudo, ao passo que o bot é disponibilizado em rede, ele assume sua personalidade de acordo com as interações e o contexto, podendo adotar padrões benéficos, melhorando a eficiência em determinados processos; como de forma maléfica, propagando desinformação ou violando princípios éticos e legais”, alerta Camila.

Arte: Asscom/UFPE

Com base nisso, a pesquisadora destaca a importância de serem consideradas as implicações éticas, morais e legais relacionadas ao uso dessas ferramentas na interação com a informação. “Houve casos nos quais os bots violaram essas restrições, levantando questões importantes sobre a necessidade de regulação e diretrizes para seu uso responsável”, afirma Camila Lima.

ANÁLISE

Para obter os resultados apresentados na tese, Camila Lima fez um mapeamento da literatura envolvendo o tema, a análise documental e a observação direta da utilização de alguns bots. Para essa observação, ela analisou nove casos distintos nos quais os bots foram protagonistas ativos a fim de verificar os processos informacionais executados, limitações, benefícios, desdobramentos e também a influência em temáticas da área de Ciência da Informação para entender se o comportamento das pessoas poderia ser afetado pela interação com esses agentes computacionais. Os critérios utilizados para a escolha foram abrangência, impacto social da ferramenta, casos reconhecidos pela sociedade e comunidade científica e, principalmente, a existência de informações suficientes para a investigação.

Os chatbots mapeados e listados na tese, assim como aqueles analisados especificamente por Camila, tinham finalidade benigna e influenciaram positivamente seus usuários, motivando-os, orientando-os, informando-os e, em alguns casos, favorecendo o aprendizado. Com relação aos socialbots, segundo tipo de mecanismo mais mencionado nas produções analisadas pela pesquisadora, verificou-se que o cenário mudou um pouco, uma vez que foram encontrados casos de sistemas que atuaram tanto de forma benigna como maligna. Chatbot é um tipo de bot que se concentra na comunicação, enquanto que o socialbot é um software que se comunica de forma autônoma nas redes sociais.

Entre os episódios analisados por Camila está o das eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, quando o conteúdo propagado artificialmente pelos bots enfraqueceu o debate político, influenciando opiniões e revertendo votos em favor do candidato republicano Donald Trump – estima-se que 81,9% do conteúdo automatizado sobre as eleições indexado no Twitter envolvia alguma mensagem pró-Trump, o que sufocava as mensagens contrárias ao republicano ou a favor de sua oponente. O mesmo fenômeno foi observado nas eleições presidenciais de países como México, Rússia, Venezuela e Brasil.

Outro contexto apresentado por Camila foi o uso de bots na análise da qualidade da informação publicada na Wikipédia, enciclopédia on-line de licença livre escrita de maneira colaborativa. Os bots presentes nesse ambiente têm por finalidade atuar de forma autônoma na correção do conteúdo inserido por humanos ou por outras máquinas, estando em constante processo de aprendizado. Isso já levou a situações, conforme explica a pesquisadora, nas quais os softwares entraram em conflito entre si e com os internautas a fim de manter na plataforma as informações na forma como julgavam corretas.

CAMINHO SEM VOLTA

Além da necessidade de uma regulamentação envolvendo o uso de bots, o trabalho de Camila ressalta que é preciso que o profissional da informação considere a presença e atuação desses agentes autônomos em suas pesquisas e estudos – uma vez que a realidade atual é marcada pela interação cotidiana entre máquinas e pessoas. Traz ainda como reflexão a importância de que sejam delimitados os papéis e responsabilidades tanto dos atores humanos como dos não humanos.

“Para garantir uma relação saudável e equilibrada, é essencial que sejam estabelecidas regulamentações adequadas para o uso de bots, especialmente no que diz respeito à ética e à proteção dos Direitos Humanos. Os profissionais da informação e pesquisadores da área devem continuar acompanhando de perto esses avanços tecnológicos e compreender como os bots afetam os processos informacionais, a fim de garantir o desenvolvimento responsável e ético dessas tecnologias”, afirma Camila.

Imagem: Pixabay

Deixa ainda um aviso para aqueles que ainda não perceberam a crescente presença desses softwares em nosso dia a dia – tanto em quantidade como em relevância.

“A relação entre seres humanos e bots/chatbots continuará a se desenvolver e evoluir. Este é um caminho sem volta”, diz. “Não há mais como pensar que os bots e a inteligência artificial não farão mais parte do nosso cotidiano, pois já o fazem em vários aspectos, mesmo quando não percebemos. Certamente, todo mundo tem um celular ou utiliza redes sociais. Essas ferramentas, tão comuns de nosso dia a dia, têm uma inteligência artificial sofisticada que conhece cada usuário tão profundamente a ponto de sugerir conteúdos relevantes para cada um”, completa Camila Lima.

Camila finaliza: “É crucial que o fator humano, com suas características únicas, continue sendo valorizado e preservado, evitando que sejamos meramente direcionados por algoritmos; e preservando nossa capacidade de sermos críticos, emocionais e conscientes em nossas interações com a informação na era da inteligência artificial.”

NÚMERO CRESCENTE

De acordo com o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots mais recente, publicado em agosto do ano passado, de 2020 a 2022, a quantidade de bots produzidos no Brasil triplicou, passando de 101 mil para 317 mil. O dado reforça a necessidade de atenção ao tema.

Mais informações

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE

(81) 2126.7754

ppgci@ufpe.br

 

Por Anderson Lima, da assessoria da UFPE

E-commerce: Jovens lideram em compras online e, após a pandemia,  Em sondagem realizada pela Fecomércio PE, também se constatou que 46,3% das famílias que recebem até dois salários mínimos nunca realizaram compras online e a participação do varejo cai de 84,7% para 74,6% nos últimos dois anos 

A Pesquisa de Sondagem Especial - Comércio Eletrônico, realizada pela Fecomércio-PE em conjunto com a Ceplan, apontou que um terço dos consumidores em Pernambuco ainda não ingressaram nas compras online. O estudo também revelou que os indivíduos jovens, com idades entre 18 e 29 anos, são mais ativos no comércio eletrônico, com 78,8% dos consumidores desse grupo já tendo efetuado pelo menos uma compra até o ano de 2023. No que tange aos níveis de renda domiciliar, constatou-se que 46,3% das famílias que recebem entre 1 a 2 salários mínimos nunca realizaram uma transação no ambiente digital de compras.

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Quanto à adesão dos consumidores ao comércio eletrônico, a pesquisa  revelou que mais da metade (53,5%) dos consumidores com 50 anos ou mais optaram por explorar esse mercado durante ou após a pandemia de Covid-19. Os anos de maior destaque para a entrada desse grupo foram 2020 e 2021, quando aproximadamente 41% desses consumidores deram os primeiros passos nas compras virtuais.

A sondagem também analisou os motivos que levaram os consumidores a efetuarem sua primeira compra no e-commerce. Os resultados apontaram que os jovens entre 18 e 29 anos fizeram sua primeira aquisição impulsionados pelo fator preço, enquanto os consumidores de faixas etárias mais avançadas optaram por essa modalidade devido à conveniência de não necessitarem se deslocar até uma loja física.

No que diz respeito à frequência mensal das compras online, observa-se que 19,6% daqueles com uma renda domiciliar entre 2 a 5 salários mínimos efetuam pelo menos uma compra virtual a cada mês. Paralelamente, constata-se que 7,1% dos consumidores com idades entre 18 e 29 realizam no mínimo três transações mensais.

De acordo com os resultados da pesquisa, o smartphone se destaca como o dispositivo preferencial utilizado para realizar compras, conforme relatado por 70% dos consumidores entrevistados. Entre os consumidores com renda domiciliar superior a 5 salários mínimos a preferência por dispositivos varia, com 43,3% deles optando por desktops ou notebooks como ferramenta para concretizar suas aquisições.

A pesquisa também analisou as plataformas que os consumidores utilizam ou já utilizaram para realizar compras online: 79,9% dos consumidores com idades entre 30 e 49 anos utilizaram o marketplace de redes varejistas. Já o aplicativo de delivery se mostrou mais prevalente (69,7%) entre os consumidores cuja renda domiciliar ultrapassa os 5 salários mínimos.

A razão pela qual a loja virtual se sobressai para os consumidores é, principalmente, a "facilidade no processo de compra e pagamento", como enfatizado por 51,5% dos consumidores. Em seguida, 38,7% dos consumidores apontam a "média de preços mais baixos" como um ponto chave, enquanto 30,9% destacam "prazos de entrega mais rápidos". Importante notar que a soma das porcentagens ultrapassa 100% devido à natureza não excludente das alternativas.

A preferência dominante para a forma de pagamento é o cartão de crédito (56,2%); entre os consumidores mais jovens, 30,2% optam pelo Pix ou transferência bancária. Quando se analisa o recorte da renda domiciliar, aqueles com rendimentos mais modestos, variando entre 1 e 2 salários mínimos, recorrem mais ao pagamento à vista (Pix, transferência bancária, cartão de débito ou boleto bancário), totalizando cerca de 36% e contrastando com a faixa de renda mais alta (cujo percentual é de 28,9%).

Os benefícios do comércio eletrônico foram identificados pelos consumidores de diversas formas: 68,5% destacaram a comodidade de não precisar sair de casa para efetuar compras; 43,2% mencionaram que os preços são mais atrativos em relação às lojas físicas; 28,6% valorizaram a facilidade de comparação de preços; 28,6% ressaltaram a ampla disponibilidade de produtos; e, adicionalmente, 16% dos consumidores observaram que o comércio eletrônico lhes proporciona mais tempo para planejar suas compras de maneira adequada.

Dentre os produtos que os consumidores do comércio eletrônico mais procuram na internet, destacam-se roupas e acessórios (45,8%), seguidos por calçados (30,5%) e alimentos/bebidas (30,5%). Ao observar a demanda segmentada por gênero, nota-se que os consumidores do sexo masculino têm uma inclinação para buscar equipamentos de comunicação, enquanto as consumidoras do sexo feminino demonstram maior interesse por perfumes e cosméticos.

74,6% das empresas varejistas adotam vendas online  No que diz respeito às empresas, a sondagem revelou que 74,6% das empresas varejistas estão engajadas em vendas por meios digitais. No entanto, quando contrastamos esses resultados com os dados da pesquisa de sondagem do comércio eletrônico de 2021 (84,7%), percebe-se uma diminuição no número de estabelecimentos que afirmam utilizar esses canais de vendas. Ainda segundo a pesquisa, em 2021, apenas 15,3% das empresas não estavam envolvidas em vendas pela internet, ante 25,4% em 2023. 

Dentre os estabelecimentos que ainda não adotaram o comércio eletrônico para suas vendas, surgem como motivos principais o custo associado à manutenção de mão de obra qualificada (17,7%), bem como a complexidade da implementação de processos logísticos para entrega de produtos (13,7%). Além disso, a introdução de um sistema de atendimento e gestão de vendas online (11,5%) também é apontada como um desafio relevante.

A análise da importância dos canais de vendas online revelou um avanço notável nos sites de lojistas. Esse resultado representa uma inversão em relação à tendência indicada pela sondagem realizada em 2021, na qual o WhatsApp havia sido apontado como a ferramenta ou canal de venda mais prevalente.

No que diz respeito às opções de pagamento disponibilizadas pelas empresas online, o cartão de crédito (95,4%) continua sendo a forma predominante entre os consumidores, alcançando taxa de 100% quando analisamos especificamente as empresas localizadas em shopping centers. Quando comparado ao levantamento realizado em 2021, merece destaque a ascensão do Pix, que evoluiu da terceira para a segunda opção mais aceita.

No que diz respeito à porção das vendas que provém do comércio eletrônico em relação ao volume total de vendas do estabelecimento, cerca de 51,6% dos lojistas ou gestores declaram alcançar faixas de faturamento a partir de 10% por meio da internet. Quando focamos nos estabelecimentos situados em shoppings, a proporção daqueles que obtêm faturamento dentro desse intervalo atinge 57,6%, enquanto nos estabelecimentos de varejo tradicionais, essa proporção é de 49,3%.

Ao contrário da pesquisa anterior, na qual cerca de um terço dos lojistas e gestores afirmava que a contribuição dos canais de vendas online era insignificante, a situação atual revela um cenário diferente, isto é, de reconhecimento dos meios eletrônicos.

A pesquisa também abordou a visão dos empresários em relação à participação das vendas online nos próximos 6 meses. Cerca de 48% acreditam num forte aumento, 32,2% preveem um aumento moderado, enquanto 17,3% têm a expectativa de que o nível atual será mantido. 

O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto analisou os dados da pesquisa de Sondagem do e-commerce: "O comércio eletrônico está crescendo rapidamente em Pernambuco e é importante que as empresas se adaptem a essa tendência. Aquelas que propiciam vendas online estão em melhor posição para competir e atender às necessidades dos consumidores. O e-commerce oferece uma série de benefícios para os consumidores, como comodidade, preços mais competitivos e ampla seleção de produtos. Esses benefícios podem atrair novos clientes e, em consequência, aumentar as vendas."

Sobre a pesquisa: 

O relatório apresenta o resultado da Sondagem de Opinião de consumidores e gestores do comércio pernambucano, a respeito da atividade de compras pela internet, ou comércio eletrônico. A sondagem foi realizada entre os dias 1 e 9 de agosto e ouviu a amostra de 1020 consumidores e 451 estabelecimentos do comércio nas regiões do estado (Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão), tanto em shoppings centers quanto em estabelecimentos do comércio tradicional.

*Da assessoria 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Ticket, com mais de 500 pessoas, mais da metade dos trabalhadores brasileiros, 56%, nunca contou com apoio psicológico ou psiquiátrico. Entre os 44% que já se consultaram com especialistas, 22% o fizeram no último ano, 5% nos últimos 24 meses, 4% recorreram à ajuda nos últimos 36 meses e 13% há mais de três anos.

Nas justificativas para recorrerem ao apoio especializado, 35% disseram não ter certeza se precisam de apoio psicológico, 18% apontam que o plano de saúde não cobre sessão de terapia ou consulta com psiquiatra e outros 18% têm receio de sofrer preconceito no trabalho. Já 30% afirmam não precisar de qualquer apoio.

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Ainda segundo o levantamento, apesar da grande porcentagem de pessoas que nunca recorreram a algum tipo de suporte emocional, quando questionados sobre como têm gerenciado o tempo para promover um equilíbrio físico e mental, 40% mencionaram que procuraram por apoio de um psicólogo ou psiquiatra.

Gastos pessoais e apoio das empresas

O levantamento também revelou que 55% das empresas não oferecem benefícios de saúde mental aos funcionários. Esse fator faz com que 25% dos trabalhadores cheguem a desembolsar até R$ 500,00 em tratamento psicológico.

Ao serem questionados sobre quais benefícios gostariam de receber visando aumentar o bem-estar e a saúde mental, 53% escolheriam os voltados para cuidados com a saúde, como o convênio, e 50% mencionaram as sessões de terapia.

Ao serem perguntados sobre os fatores mais importantes para garantir o bem-estar e a saúde mental no trabalho, a maioria (58%) respondeu o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; 48% mencionaram o equilíbrio entre volume de trabalho e salário recebido; 34% disseram a boa relação com colegas de trabalho; e 31% responderam a boa relação com o gestor imediato.

Mulheres e pessoas de classes mais baixas sentem mais as dificuldades de entrar no mercado de trabalho em tecnologia. É o que aponta uma pesquisa feita pela Serasa Experian. 

Até 2024, o Brasil terá um atraso de 260 mil vagas a serem preenchidas na área de tecnologia, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia (Brasscom). Existem vagas disponíveis no mercado, mas falta que as minorias tenham acesso ao conhecimento necessário para conseguirem acesso às oportunidades.

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Segundo o levantamento, feito em março de 2023, nove em cada dez entrevistados identificam a área de tecnologia como a profissão do futuro. Contudo, apenas 29% acabam trabalhando nesse ramo. O percentual fica ainda mais preocupante quando o recorte de classe social é colocado, nele 23% da população das classes C, D e E trabalham com com TI.

O Serasa Experian em parceria com a Gerando Falcões, criaram o curso Transforme-se. São 316 bolsas gratuitas para jovens de baixa renda entre 18 e 29 anos que queiram ingressar no mercado de trabalho seguindo a área de TI. 

As inscrições vão até 15 de setembro, pela internet. Serão três cidades contempladas com o projeto, Belém, Fortaleza e Florianópolis. Além da gratuidade, os alunos receberão uma bolsa de R$ 500,00 para ajuda de custo.

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre fevereiro e março de 2023 com uma amostra representativa da população brasileira. Sua produção foi feita a partir de um questionário estruturado online de autoaplicação com cerca de 3 mil casos representando homens e mulheres acima de 18 anos de todas as classes sociais e regiões do país e com interesse na área de tecnologia. A margem de erro foi de 2 pp considerando um intervalo de confiança de 95%.

No Nordeste, o hábito de anotar e controlar gastos no tradicional “caderninho” prevalece em mais da metade de todas as gerações (X, Y, Z e os “Baby Boomers”), segundo aponta o levantamento inédito da Serasa sobre perfis de consumo e finanças. Na região, os cadernos são utilizados por 52% da Geração Z (18 a 28 anos), 61% da Geração Y (29 a 41 anos), 67% da Geração X (42 a 58 anos) e 70% dos Baby Boomers (acima de 59%). 

O segundo formato mais comum no Nordeste para anotar os gastos é a planilha de Excel, utilizada por 31% da Geração Z, 36% da Geração Y, 24% da Geração X e 29% dos Baby Boomers. A região Norte aparece em segundo lugar no índice desse mesmo hábito. Entre os Baby Boomers, o percentual fica acima dos nordestinos (72%), mas abaixo entre todas as outras gerações: Geração Z (42%), Geração Y (54%) e Geração X (62%). 

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“Essas informações são essenciais para entendermos como as pessoas lidam com suas finanças em um mercado que se transforma rapidamente. Esse é apenas o primeiro capítulo dessa iniciativa que terá grande contribuição para a educação financeira dos brasileiros”, afirma Matheus Moura, diretor da Serasa. 

O levantamento realizado pelo Serasa contou com a consultoria técnica do Instituto Opinion Box e ouviu 4.486 pessoas de todo o país no período de 4 a 20 de julho. A pesquisa deu ênfase a perguntas sobre segurança financeira, literatura digital e adaptação aos aplicativos de banco. A íntegra da pesquisa está disponível no site do Serasa Comportamento.

Gráfico mostra percentual de cada hábito financeiro entre as gerações (todas as regiões do Brasil). Crédito: Serasa

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