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O primeiro prêmio da indústria pornográfica brasileira reuniu atrizes, atores, diretores e produtores em cerimônia de gala em São Paulo. A premiação contava com 11 categorias divididas entre o voto popular e o júri técnico. Os vídeos exibidos com os indicados não mostravam nenhuma cena picante, e a premiação é uma iniciativa do PIP (Prêmio da Indústria Pornô), que já existe em outros países.

A atriz Fabiane Thompson, atualmente grávida e aposentada, ganhou o prêmio de melhor atriz. O título de melhor ator ficou com Ed Júnior. A apresentação do evento contou com Serjão Loroza e Rita Cadillac, que já gravou filmes pornô. 

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Entenda como funciona:

As produtoras se inscrevem nas categorias disponíveis, o Sexy Hot seleciona 3 indicados para cada categoria, e o voto popular escolhe as categorias de Melhor cena de orgia, Melhor cena de fetiche, Melhor cena de sexo oral, Melhor cena de DP, Melhor cena de sexo anal, Melhor atriz, Melhor ator, Melhor título e a Revelação do ano. Já o júri técnico escolhe o Melhor filme e o Melhor diretor. Os vídeos que foram premiados podem ser vistos no site do PIP (Atenção: o conteúdo é para maiores de 18 anos).

Confira as premiações:

Melhor cena de orgia

Amigas da Minha Irmã

Melhor cena de fetiche

Bundas Alucinantes

Melhor cena de sexo oral

Profissão: Atriz Pornô

Melhor cena de DP

Meninas Más

Melhor cena de sexo anal

Anal maníacas 2

Melhor atriz

Fabiane Thompson

Melhor ator

Ed Júnior

Melhor título

Transa ao Tom de Cinza

Revelação do ano

Renatinha Gaúcha

O tribunal correcional de Marselha, que julga desde quarta-feira o caso das próteses mamárias adulteradas da empresa francesa PIP, rejeitou nesta quinta-feira dois recursos de constitucionalidade apresentados pela defesa e, assim, o processo continua.

No início da audiência desta quinta-feira, a juíza Claude Vieillard, que preside o tribunal, rejeitou o pedido dos advogados de dois acusados, que desejavam a transmissão ao tribunal de cassação de dois questionamentos de constitucionalidade.

Os advogados de Hannelore Font e Claude Couty, diretores da PIP, argumentavam que a maneira como a promotoria organizou o procedimento afeta os direitos da defesa.

Depois de deliberar, o tribunal rejeitou os recursos, que foram considerados "carentes de caráter sério".

"Portanto, a audiência prossegue e o tribunal vai examinar agora os incidentes relevados pelos acusados", disse a juíza.

Jean-Claude Mas, fundador da empresa PIP (Poly Implant Prothèse) e outros quatro diretores da companhia são processados por fraude pelo uso em implantes mamários um gel de silicone impróprio para uso médico.

As próteses foram implantadas em dezenas de milhares de mulheres na França e no exterior, em particular na América Latina.

Os acusados podem ser condenados a até cinco anos de prisão.

Mais de 5.200 mulheres processam a empresa.

Durante anos, a empresa francesa PIP escapou da vigilância da líder mundial de controle de qualidade TÜV, que certificava seus implantes mamários, recorrendo a atividades como esconder material, realizar contabilidade falsa ou produzir próteses em conformidade com as regras apenas em caso de fiscalização.

"Escondíamos o material Brenntag e RTV 141, tudo o que não era para ser visto". Havia um depósito "para esconder os recipientes e materiais, e antes desse depósito, escondíamos onde podíamos, alguns em um caminhão, outros em qualquer canto".

Essa declaração de um ex-diretor da fábrica PIP foi feita à polícia em 29 de outubro de 2010. Sete meses antes, as próteses de silicone fabricadas pela PIP haviam sido retiradas do mercado francês pela agência de controle de produtos médicos.

Os inspetores da agência tinham acabado de descobrir durante uma inspeção na fábrica de Seyne-sur-Mer (sul) que a PIP preenchia suas próteses com um gel feito por ela mesma com silicone industrial, comprado do grupo alemão Brenntag, e não com o gel produzido nos Estados Unidos, o Nusil, único aprovado pelas autoridades de saúde.

De acordo com um ex-empregado da usina de produção, havia dois tanques de armazenamento: "o direito armazenava o Med 3 6300 (o gel Nusil) e o outro o gel PIP", mas todos os lotes de próteses vinham com as palavras "Med 3 6300 ".

Durante a investigação policial iniciada com o escândalo, constatou-se que de dezembro de 2003 a outubro de 2005 a fábrica nem sequer fez encomendas novas de gel "Med 3 6300", informação confirmada pelo responsável pelo controle de qualidade da PIP. "Por volta de 2005-2006, fabricamos por um longo período de tempo sem o preenchimento do Nusil".

No entanto, "a cada ano" os inspetores da alemã TÜV realizavam inspeções regulares na fábrica da PIP, "mas faziam os testes de qualidade apenas em próteses legais, sem que vissem as outras", segundo a testemunha.

Também eram submetidas a análise as matérias primas, mas, como os tanques ficavam escondidos, as encomendas feitas aos fornecedores de gel de empresas não autorizadas, como a Brenntag e a Gaches Chimie, eram ocultadas, de acordo com outra ex-funcionária do serviço de compras.

"Durante a última inspeção da TÜV, fiquei a ponto de explodir em lágrimas quando disseram que a empresa era séria (...) porque me pediram para esconder os pedidos no computador, e eu me recusei, mas outro fez isso ", declarou à polícia em maio de 2010.

Outras testemunhas falaram da existência de duas bases de dados: "uma indicava o que fazíamos de fato, e a outra era destinada à TÜV". A mudança de uma para outra era realizada através de um pendrive. Os "preparativos" para as inspeções também incluíam a produção de próteses fabricadas conforme à lei. "Quando anunciavam a inspeção da TÜV (...), passávamos a fabricar apenas próteses com Nusil".

Durante o interrogatório policial, o fundador da PIP, Jean-Claude Mas, chamou essas manobras de "rotineiras". Era ele que dava as ordens, e os outros ex-diretores que se apresentaram à Justiça com ele em Marselha em 17 de abril cumpriam tais ordens. Muitos funcionários da fábrica estavam aparentemente cientes da fraude.

Jean-Claude Mas só se arrepende de uma coisa, que seu filho Nicolas tenha dirigido o caminhão em que os tanques estavam escondidos e que foi descoberto pela agência francesa de fiscalização.

A fraude poderia ter sido descoberta antes. A empresa de controle TUV tinha um contrato com a PIP desde 1997, e poderia realizar inspeções surpresa, mas não tinha obrigação de fazê-lo e nunca o fez e, portanto, responde por negligência.

Após o escândalo PIP, a União Europeia prepara um projeto para tornar obrigatórias as inspeções sem aviso prévio.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro da prótese holandesa Rofil, também fabricada com silicone impróprio para uso médico e, por isso, com maior risco de ruptura e complicações para pacientes. A medida ocorre quinze dias depois de autoridades sanitárias holandesas informarem que a Rofil, sediada naquele país, havia importado implantes da PIP e dias depois de mulheres registrarem queixas sobre reações provocadas pelo implante holandês na agência.

A Sociedade Internacional de Estética e Cirurgia Plástica também já havia divulgado um alerta sobre os riscos da prótese Rofil e sobre a necessidade de pacientes adotarem os mesmos cuidados que aquelas que receberam implante PIP. Na Holanda, a venda dos implantes da Rofil havia sido suspensa em 2010. O registro da prótese holandesa foi concedido no País para empresa Pharmedic Pharmaceuticals em 2009, com validade até 2014.

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A empresa informou na tarde de hoje que iria pedir o cancelamento do registro. De acordo com a distribuidora, apenas uma importação foi realizada da Rofil: em abril de 2009, com 193 unidades. A Pharmedic diz que nenhuma queixa foi feita sobre o produto e que ela se responsabiliza apenas por esse material. Mas, antes da Pharmedic, o produto já estava no mercado. Em 2001, a prótese Rofil foi registrada pela empresa Pró-Life Equipamentos. Em 2004, pela empresa Andema, que afirmou não ter porta-voz para se pronunciar.

A Anvisa não soube informar quantas próteses holandesas foram usadas e quantas ainda estão no mercado. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib, disse que a prótese não é mais encontrada no mercado brasileiro. A Anvisa não informou também se há risco de outras próteses, a exemplo da Rofil, terem terceirizado a produção para PIP.

O registro da PIP foi cancelado no Brasil dia 30 de dezembro, depois da comprovação de que a empresa havia usado silicone industrial para fabricação do implante. As próteses adulteradas apresentam maior risco de ruptura. Como o material é impróprio para uso em humanos, o risco de inflamações e outros efeitos colaterais é considerado mais elevado. Não houve confirmação de que o produto é cancerígeno. Estima-se que 12,5 mil mulheres usaram a prótese PIP no Brasil entre 2005 e 2010. No Brasil, até semana passada, 94 reclamações de implantes mamários foram registrados na Anvisa - dos quais 12 relacionados à PIP. A agência não informou quantos registros de queixas foram feitas por pacientes da prótese holandesa.

Diante do escândalo da adulteração das próteses, a Anvisa decidiu rever do acompanhamento da qualidade do material - considerada frouxa por médicos ouvidos pelo Estado. A proposta, que começou a ser analisada pela equipe técnica há dois anos mas ainda não foi concluída, prevê a análise de amostras de lotes das próteses antes de serem comercializadas. Esse procedimento já é adotado para camisinhas e luvas descartáveis.

Numa reunião marcada para amanhã entre Anvisa, Ministério da Saúde, representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica devem pedir pressa para adoção de medidas mais rígidas de fiscalização. Desde 2010, a renovação ou concessão de um novo registro de prótese mamária de silicone está condicionada à inspeção da Anvisa para verificar a forma como é feita a fabricação. O cancelamento da prótese Rofil deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial. A empresa deverá providenciar a coleta e o descarte do material.

Pelo menos duas mulheres que usaram as próteses de silicone PIP e tiveram problemas com o rompimento registraram queixas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2010 e nunca receberam resposta.

Em entrevista ao Grupo Estado na última semana de 2011, Dirceu Barbano, presidente da Anvisa, afirmou que, embora existam registros de reações adversas em outros países, a agência não tinha recebido nenhuma comunicação de problemas relacionados ao implante no Brasil.

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Ontem, procurada novamente pela reportagem, a Anvisa não explicou os motivos de não ter respondido às queixas das pacientes sobre os problemas com as próteses. Disse apenas: "aguarde a reunião que será realizada no próximo dia 11".

A esteticista Jany Simon Ferraz, de 54 anos, e a artista plástica Denise Villar Berretta, de 56, registraram reclamações na Anvisa em 2010 - logo após a agência ter suspendido a comercialização das próteses da marca Poly Implant Protheses (PIP) no País por causa da baixa qualidade. Desde então, nunca receberam nenhuma ligação e ainda aguardam resposta da área técnica.

Jany teve câncer de mama e fez mastectomia (retirou os dois seios). Colocou as próteses da marca PIP em 2005 por indicação do seu médico. "O plano de saúde pagaria por uma nacional, mas meu médico falou que só garantiria a cirurgia se eu usasse a prótese francesa PIP, que era melhor e mais segura. Segui a orientação dele e paguei R$ 3 mil."

Quatro anos depois, Jany começou a sentir dor e desconforto nas mamas. Fez um ultrassom que constatou o rompimento da prótese - o que foi confirmado depois com uma ressonância magnética. "O silicone tinha se espalhado por toda a região do tórax e axilas", conta.

Jany procurou o cirurgião que fez o implante de silicone e a EMI, empresa responsável pela importação das próteses PIP, mas nenhum deles quis se responsabilizar e arcar com os custos de outra cirurgia. Em 2010, com a suspensão da comercialização, a esteticista registrou a queixa na Anvisa.

A esteticista entrou com uma ação judicial que determinou que a EMI pagasse os custos da cirurgia e de um novo implante. Ao todo, entre exames, deslocamento e a cirurgia, foram gastos cerca de R$ 14 mil.

Mas os problemas de Jany não acabaram nessa cirurgia. Pouco tempo depois de trocar as próteses, ela voltou a ter febre e sentir dores. Teve de se submeter a outro procedimento para trocar novamente a prótese do lado direito, porque ainda havia resquícios do silicone vazado. Além disso, ela desenvolveu um tipo de reação alérgica grave - provavelmente causada pelo silicone que ficou no corpo - e toma medicamentos para controle até hoje.

"Essas próteses francesas acabaram com a minha vida. Estou sempre tensa, porque nunca sei qual será a próxima notícia ruim. É um absurdo a Anvisa, um órgão que deveria zelar pela saúde pública, dizer que não tem registro nenhum de problemas. O que eles fizeram com minha queixa? Engavetaram?"

Outro caso

A artista plástica Denise colocou as próteses em 2007 por razões estéticas. Também queria de outra marca, mas foi convencida pelo médico de que as próteses da PIP eram seguras e proporcionavam resultados estéticos melhores. Pagou R$ 4,3 mil pelo procedimento.

Dois anos depois, começou a sentir dor na axila esquerda e percebeu um caroço. Em 2010, fez exames que constataram o rompimento. "Fiquei apavorada, pois fui pesquisar sobre a PIP e descobri o escândalo na Europa. Registrei queixa na Anvisa, relatando a ruptura, e o que recebi de resposta foi um silêncio absoluto. Não é possível que a Anvisa ignore os casos."

Denise trocou as próteses por conta própria, mas ainda sente dores e os incômodos causados pelo silicone que ficou no corpo. Um mastologista vai avaliar a necessidade de realização de outra cirurgia. Ela também entrou com uma ação judicial que ainda está em andamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A maior parte das próteses mamárias de silicone francesas PIP (Poly Implants Protheses) usadas no Brasil estão nos Estados do Sul e Sudeste. Ao todo, a empresa EMI Importação e Representação importou 34.631 das próteses defeituosas. Dessas, pouco mais de 24 mil foram usadas por cerca de 15 mil mulheres. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou nos últimos dias um rastreamento das próteses vendidas e chamou a empresa responsável pela importação, EMI importação e representação, para que forneça os dados de venda do produto no País.

"Todas as próteses tem um número de identificação que fica registrado no prontuário médico do paciente. A empresa vai trazer para a agência todos os seus registros de venda para que possamos saber para onde foram as próteses no País", explicou Luiz Alberto Klassmann, presidente-adjunto da Anvisa. Um lote de 10 mil, ainda em poder da empresa, será destruído.

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Apesar do rastreamento, Klassmann disse que é importante que as mulheres que não saibam ou tenham esquecido a marca de suas próteses procurem a clínica ou o médico que as atendeu para saber se estão entre as que receberam o produto da PIP. Ao mesmo tempo, a Anvisa recomenda aos médicos que usaram essas próteses que procurem seus pacientes e informem dos possíveis riscos de ruptura do material.

Na próxima semana, a Anvisa fará uma reunião com representantes das sociedades brasileiras de mastologia e de cirurgia plástica para analisar os riscos e a possibilidade de estabelecer um protocolo de procedimentos no caso de rupturas das próteses mamárias. "Como não temos um número significativo de casos de alteração pós-uso das próteses no nosso sistema, não temos uma série histórica que possamos analisar para saber como proceder preventivamente. Há uma deficiência nas informações repassadas à agência. Daí a necessidade de consultas à área médica", disse Klassmann.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai cancelar o registro das próteses de silicone para seios da empresa francesa PIP (Poly Implants Protheses). A agência reguladora tomou a decisão depois que testes de laboratório, divulgados por autoridades sanitárias francesas, constataram que a empresa usou um tipo de silicone não autorizado para preencher as próteses.

Na semana passada, o governo francês recomendou às mulheres a retirar os implantes da marca PIP, porque eles apresentam maior risco de romper ou vazar. As cirurgias serão pagas pelo governo.

A Anvisa ainda irá recolher os produtos da marca que não foram utilizados no país. Das 34.631 próteses importadas, 24.534 foram implantadas. O restante será recolhido. Desde abril de 2010, o uso dessa marca de prótese de seio estava suspenso no Brasil.

A Vigilância Sanitária não registra problemas com os implantes nas brasileiras, mas aconselha que as pacientes com próteses da marca PIP procurem seus médicos para uma avaliação clínica. De acordo com a agência reguladora, os testes feitos na França descartaram ligação do produto com casos de câncer.

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