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Classificação dos 10 melhores países ou territórios em matemática, compreensão escrita e cultura científica dos alunos de 15 anos escolarizados, segundo o novo relatório Pisa da OCDE, publicado nesta terça-feira (5).

Matemática

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Neste caso, trata-se de "formular, aplicar e interpretar a matemática em diferentes contextos".

1/Singapura (575 pontos), 2/Macau (552), 3/Taiwan (547), 4/Hong Kong (540), 5/Japão (536), 6/Coreia do Sul (527), 7/Estônia (510), 8/Suíça (508), 9/Canadá (497), 10/Holanda (493).

Compreensão escrita

Os jovens precisam demonstrar que são capazes de "compreender e utilizar textos escritos, e também refletir sobre eles".

1/Singapura (543 pontos), 2/Irlanda (516) e Japão (516), 3/Coreia do Sul (515) e Taiwan (515), 4/Estônia (511), 5/Macau (510), 6/Canadá (507), 7/Estados Unidos (504), 8/Nova Zelândia (501), 9/Hong Kong (500), 10/Austrália (498).

Ciências

Inclui conhecimentos de física, ciência e vida na Terra e no Universo, além de noções de iniciativas e explicações científicas.

1/Singapura (561), 2/Japão (547), 3/Macau (543), 4/Taiwan (537), 5/Coreia do Sul (528), 6/Estônia (526), 7/Hong Kong ( 520), 8/Canadá (515), 9/Finlândia (511), 10/Austrália (507).

Uma diferença de poucos pontos é considerada não significativa devido às margens de erro típicas de um estudo realizado com amostras populacionais.

O Brasil manteve-se estável nas pontuações em matemática, leitura e ciências no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). No entanto, menos de 50% dos alunos conseguiram nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências.  

Em 2022, o país alcançou 379 pontos em matemática, 410 em leitura e 403 em ciências, conforme resultados divulgados nesta terça-feira (5) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já em 2018, ano anterior avaliado, o desempenho foi 384 pontos em matemática, 413 em leitura e 404 em ciências. 

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“Os resultados médios de 2022 foram praticamente os mesmos de 2018 em matemática, leitura e ciências. Os resultados do Pisa têm-se mantido notavelmente estáveis ​​durante um longo período: depois de 2009, nas três disciplinas, apenas foram observadas flutuações pequenas e, em sua maioria, não significativas”, diz o relatório sobre o desempenho dos estudantes brasileiros.  

Aplicado a cada três anos, o Pisa avalia os conhecimentos dos estudantes de 15 anos de idade nas três disciplinas. No total, 690 mil estudantes de 81 países fizeram os testes. No Brasil, 10.798 alunos de 599 escolas passaram pela avaliação. Na edição de 2022, o foco foi em matemática.

Com os resultados de 2022, o Brasil continua no grupo abaixo da média dos países da OCDE nas três disciplinas: 472 pontos em matemática, 476 em leitura e 485 em ciências. 

Cada 20 pontos equivalem a um ano escolar. Em ciências, por exemplo, o Brasil está com pelo menos quatro anos de atraso em relação aos membros da OCDE. 

No ranking, ficou no 64º lugar entre as notas em matemática, 53º em leitura e 61º em ciências, atrás de outros latino-americanos, como o Chile, Uruguai, México e a Costa Rica.  

Matemática

De acordo com o levantamento, 27% dos alunos brasileiros alcançaram o nível 2 de proficiência em matemática, considerado o patamar mínimo de aprendizado, enquanto que a média dos países da OCDE na disciplina é 69%.  

Apenas 1% dos estudantes no país conseguiram os níveis 5 ou 6, considerados os mais altos, quando os alunos resolvem problemas complexos, comparam e avaliam estratégias. A média da OCDE é 9%.   

Dos 81 países e economias participantes do Pisa 2022, somente em 16 mais de 10% dos alunos atingiram o nível 5 ou 6. 

Leitura e Ciências

Quanto à leitura, metade dos estudantes no Brasil obtiveram o nível 2 ou mais. Apesar de melhor desempenho, o percentual ainda fica abaixo da média da OCDE, 74%.  Nos patamares 5 e 6, o percentual foi de apenas 2%. 

Em ciências, cerca de 45% dos alunos chegaram ao nível 2, contra 76% da média da OCDE. Os estudantes com melhor desempenho somaram apenas 1%. 

Cenário global e pandemia

Em comparação ao Pisa de 2018, o desempenho médio nos países da OCDE caiu dez pontos em leitura e quase 15 pontos em matemática. Em ciências, a média ficou estável.  

Conforme o relatório, estima-se que aproximadamente 25% dos jovens de 15 anos nos países membros da OCDE, ou seja 16 milhões, não atingiram o nível 2, ou seja, têm dificuldade em fazer cálculos com algoritmos básicos ou interpretar textos simples. 

Em nações como a Alemanha, Islândia, os Países Baixos, a Noruega e Polônia, as notas em matemática caíram 25 pontos ou mais entre 2018 e 2022.  

“Embora seja evidente que alguns países e economias têm desempenho muito bom na educação, o quadro geral é mais preocupante. Em mais de duas décadas de testes globais do Pisa, a pontuação média não mudou drasticamente entre avaliações consecutivas. Mas este ciclo viu uma queda sem precedentes no desempenho”, diz o relatório. 

De acordo com o levantamento, a pandemia de covid-19 causou impacto na educação dos jovens nesse período – com fechamento de escolas e adoção de aulas online -  porém não pode ser apontada como única causa para o desempenho inferior nos países. 

O relatório diz não ter identificado “diferença clara” nas notas de 2022 em razão do fechamento de escolas por mais ou menos de três meses na pandemia.   

“A pandemia da covid-19 parece um fator óbvio que pode ter impactado os resultados nesse período. Na leitura, por exemplo, muitos países como a Finlândia, Islândia, os Países Baixos, a República Eslovaca e Suécia registraram estudantes com notas mais baixas durante algum tempo – em alguns casos durante uma década ou mais. As trajetórias educacionais foram bem negativas antes da pandemia chegar. Isso indica que as questões de longo prazo nos sistemas educativos também são culpadas pela queda no desempenho. Não se trata apenas de covid”. 

Singapura liderou em matemática (575 pontos), em leitura (543 pontos) e em ciências (561 pontos), o que equivale que os estudantes têm de três a cinco anos de escolaridade a mais em comparação aos demais alunos dos países com a média da OCDE.  

Em apenas quatro locais, houve melhora nas três disciplinas entre as avaliações de 2018 e 2022: Brunei Darussalam, Camboja, República Dominicana e Taipé chinês.

No Brasil, há, disponível nas escolas, em média, menos de um computador para cada quatro estudantes de 15 anos. Essa situação coloca o país em penúltimo lugar em um ranking de 78 países e regiões com respostas para esta questão disponíveis no quinto volume de análise dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018, divulgado hoje (29) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Aplicado a cada três anos, o Pisa avalia o desempenho de estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências. Além das provas, as escolas respondem a questionários que ajudam a entender melhor a situação de cada país participante. Na última avaliação, de 2018, foram 79 países e regiões. O estudo divulgado nesta terça-feira, Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso, é o quinto de seis volumes previstos com análises dos resultados do Pisa.   

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De acordo com o relatório, em média, os países da OCDE possuem cerca de um computador por estudante para fins educacionais. Países como Áustria, Islândia, Luxemburgo, Macau (China), Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, possuem até mesmo mais de um computador, chegando a uma média de 1,25 ou mais aparelho por estudante de 15 anos.

Na outra ponta, em países como Albânia, Brasil, Grécia, Kosovo, Montenegro, Marrocos, Turquia e Vietnã, havia apenas um computador ou menos disponível para cada quatro alunos. 

O estudo mostra que a relação entre um melhor desempenho dos estudantes e a disponibilidade de computadores varia. Nem sempre estudantes com maior acesso vão melhor nas provas. Mas, no Brasil, assim como, por exemplo, na Estônia, Cazaquistão, Malásia, Nova Zelândia e Ucrânia, estudantes de escolas com mais computadores pontuaram mais em leitura.

Desigualdade

Apesar de os resultados serem de 2018, antes da pandemia do novo coronavírus, de acordo com a OCDE, já é possível notar desigualdades entre países, regiões e entre escolas mais ou menos favorecidas economicamente dentro de um mesmo país que podem ter impacto neste período. Em média, entre os países da OCDE, 27% dos estudantes estavam matriculados em escolas cujos diretores relatam que a aprendizagem é prejudicada pela falta de professores e a falta de pessoal. "Aqueles que podiam, continuaram ensinando e aprendendo online; aqueles que não tinham computadores ou acesso à internet tiveram mais dificuldade", diz o texto. 

Segundo o relatório, garantir que todas as escolas tenham recursos adequados e de alta qualidade, e o apoio apropriado, é fundamental para que os alunos de todas as origens tenham oportunidades iguais de aprender e ter sucesso na escola.

Os resultados mostram que, em casa, assim como na escola, o ambiente de estudos nem sempre favorece a aprendizagem. Em média, entre os países da OCDE, 9% dos estudantes de 15 anos não têm um lugar silencioso para estudar. Essas porcentagens variam entre os países. Na Indonésia, Filipinas e Tailândia, por exemplo, mais de 30% dos alunos não têm um local para estudar.

O estudo remoto, que passou a ser amplamente difundido por conta do fechamento das escolas devido a pandemia, requer também, muitas vezes, um computador. O relatório mostra que, enquanto na Áustria, Dinamarca, Islândia, Lituânia, Holanda, Noruega, Polônia, Eslovênia e Suíça, mais 95% dos alunos relataram que têm um computador em casa para usar nos trabalhos escolares, essa porcentagem é 34% entre os alunos na Indonésia. 

Já a conexão da Internet varia entre estudantes com maiores vantagens e desvantagens econômicas. Essas porcentagens chegam, no México, por exemplo, a 94% dos estudantes com maiores vantagens econômicas com acesso a internet contra apenas 29% daqueles economicamente em desvantagem. 

Pisa 2018

O Pisa 2018 foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes de 15 anos. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. O Brasil teve uma leve melhora nas pontuações de leitura, matemática e ciências, mas apenas dois a cada 100 estudantes atingiram os melhores desempenhos em pelo menos uma das disciplinas avaliadas

O desempenho na avaliação posicionou o Brasil no 57ª lugar entre os 77 países e regiões com notas disponíveis em leitura, na 70ª posição em matemática e na 64º posição em ciências, junto com Peru e Argentina, em um ranking com 78 países. China e Singapura lideram os rankings das três disciplinas. O Brasil, nos três, fica atrás de países latino americanos como Costa Rica, Chile e México. Supera, no entanto, Colômbia e Peru em leitura e a Argentina em leitura e matemática. 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou que devido à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), as provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2021 e 2024 serão adiadas para os anos de 2022 e 2025, respectivamente. Os resultados do Pisa geram um ranking mundial e permitem que cada país analise seus números, faça comparação com os pontos obtidos por outras nações e com isso planeje políticas públicas para a educação. 

O Pisa é um teste aplicado a cada três anos com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino em diversos países do mundo, através de provas respondidas por estudantes na faixa etária dos 15 anos, terminando o ciclo da educação básica na maioria dos países. 

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Em todas as edições são avaliados os domínios leitura, matemática e ciências, mas a cada novo Pisa um deles é escolhido como o principal, tendo mais questões na prova. Em 2022, será a vez da matemática, junto a testes adicionais de letramento financeiro, já aplicado em 2015, e de pensamento criativo, esse inédito. Já o Pisa 2025 terá como objetivo principal a inclusão de avaliações de língua estrangeira. 

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Fechada desde março devido à pandemia do novo coronavírus, a Torre de Pisa, um dos monumentos mais famosos da Itália, reabrirá suas portas ao público no próximo sábado (30), porém com adaptações para evitar aglomerações.

A entrada na torre pendente já acontecia mediante reserva e com horário marcado, mas o limite de turistas em cada grupo diminuiu de 35 para 15.

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Os visitantes ganharão dispositivos eletrônicos que emitirão sinais visuais e sonoros para advertir quem não respeitar a distância interpessoal mínima de um metro. O uso de máscaras será obrigatório.

O acesso também será contingenciado nas outras atrações da Piazza dei Miracoli, como a Catedral de Pisa (150 visitantes por vez), o Museu dell'Opera del Duomo (100), o Batistério (100) e o Camposanto (250).

Devido à pandemia do novo coronavírus, o governo italiano ainda não permite deslocamentos inter-regionais e só reabrirá as fronteiras internas em 3 de junho. Já a reabertura para turistas estrangeiros ainda não tem data definida. 

Da Ansa

O Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa) do ano de 2021 terá um foco maior para a matemática. A cada edição da prova, um dos três domínios (ciências, leitura e matemática) que são abordados pela avaliação é escolhido para ganhar um papel de destaque. 

A última vez que a matemática foi escolhida como o domínio de destaque do Pisa foi no ano de 2012. Na prática, os estudantes responderão a mais questões de matemática no exame, que segue a nova Matriz de Referência de Matemática do Pisa, lançada no fim de 2019 e indica competências, conteúdo programático e raciocínio matemático. 

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O Pisa é um exame aplicado pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde o ano 2000 para estudantes de mais de 80 países para testar as habilidades dos alunos das diferentes nações comparativamente, gerando um ranking. No Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é o responsável por aplicar as provas e preparar tanto professores quanto gestores para a realização do teste. 

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a atacar o Partido dos Trabalhadores (PT). Dessa vez, atribuindo a sigla o último resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que apontou o Brasil como sendo o país com o pior resultado da América Latina. 

“Nós vamos sair da última posição da América do Sul. O fundo do poço foi 2018, o último ano da maldição do PT. Quem fez o Pisa em 2018 começou a estudar com Lula presidente. Quem fez o Pisa 2018, que é o pior aluno da América do Sul, é fruto 100% do PT”, afirmou. 

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A crítica foi feita durante um café da manhã com jornalistas para apresentar os resultados das ações do Ministério da Educação (MEC) no ano de 2019. De acordo com o chefe da pasta, há um compromisso pessoal para que o Brasil saia da última posição do Pisa e reforçou que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está trabalhando para melhorar o índice. O ministro, no entanto, não revelou planos para a melhora. 

Os estudantes brasileiros com condição socioeconômica e cultural elevada apresentaram pior desempenho em leitura comparados aos alunos pobres de outros países, como a China. Os dados foram levantados pela avaliação internacional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado nesta terça (3). 

Na avaliação, realizada em 2018, o Brasil ficou na 57ª colocação no ranking, na disciplina leitura. A média do grupo de alunos brasileiros mais ricos é de 470 pontos, nota superada pela média dos alunos mais pobres de oito países: China, Estônia, Cingapura, Canadá, Finlândia, irlanda, Coreia do Sul e Reino Unido. 

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O relatório divide os alunos em quatro grupos, de acordo com suas condições socioeconômicas e culturais. os brasileiros que alcançam o topo da pirâmide são minoria e estão entre os mais ricos. Apenas 2% alcançou os níveis cinco ou seis em uma das matérias, contra uma média de 16% nos países desenvolvidos.  

 

De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o símbolo do fracasso na educação é representado na lápide, construído na entrada do Ministério da Educação (MEC) , o Mural Paulo Freire. “O símbolo máximo do fracasso da gestão do PT começou quando foi construída a lápide da educação. Ela está lá embaixo na entrada do MEC, que é esse mural do Paulo Freire. Representa esse fracasso total e absoluto”, disparou o ministro.

A declaração veio após a divulgação do resultado do Programme for International Student Assessment (PISA), nesta terça-feira (3). O PISA é o maior exame de estudantes do mundo e tem seu resultado divulgado a cada três anos.

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Os novos resultados divulgados não foram favoráveis para o Brasil, que ficou entre os 20 piores países do ranking mundial ocupando a 57° posição, sendo atribuído 413 no quesito Leitura, 384 em Matemática (70°) e 404 em Ciências (64°).

De acordo com Weintraub, a culpa pelo resultado do país é integralmente da gestão do PT. “Dinheiro só não resolve. É técnica, é ciência. (Esse resultado) é integralmente culpa do PT, integralmente culpa dessa doutrinação esquerdófila sem compromisso com o ensino. Quer discutir sexualidade e não quer ensinar a ler e escrever” concluiu.

A nota dos estudantes brasileiros de 15 anos teve uma leve melhora na maior avaliação de educação básica do mundo, o Pisa. No entanto, 4 em cada 10 adolescentes não conseguem identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver problemas com números inteiros, entender um experimento científico simples.

Apesar de já ter tido posições piores, o País também se mantém entre as últimas colocações do ranking internacional nas três áreas avaliadas, Leitura, Matemática e Ciência. E ainda é uma das nações com maior diferença de desempenho entre estudantes ricos e pobres.

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Os resultados do Pisa foram divulgados nesta terça-feira (3) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em Paris. Participaram da prova, realizada no ano passado, 600 mil estudantes em 79 países. O exame é feito desde 2000, de três em três anos, com países membros da OCDE e convidados, como é o caso do Brasil. A China, representada pelas províncias de Pequim, Shangai, Jiangsu e Zhejiang, ficou em primeiro lugar dos rankings mundiais das três áreas.

A nota média do Brasil em Leitura subiu de 407 para 413 pontos, entre 2015 e 2018, a mais alta já registrada no Pisa pelo Brasil. Apesar do avanço em relação à última edição não ser estatisticamente significativo, a tendência de aumento desde 2000 é considerada relevante pela OCDE.

Além disso, a amostra de alunos do Brasil cresceu muito nos últimos anos, o que, em geral, tenderia a baixar a nota do País. Isso porque o País tem aumentado nos últimos anos o índice de jovens de 15 anos na escola - idade em que o adolescente deve ingressar no ensino médio. A inclusão leva jovens de baixa renda a frequentarem a escola.

O relatório do Pisa destaca, logo nas primeiras páginas, o Brasil como um dos seis países em que "a qualidade da educação não foi sacrificada quando se aumentou o acesso à escola". Os outros são México, Albânia, Indonésia, Turquia e Uruguai.

"Um aumento na inclusão tende a mascarar eventuais melhoras no desempenho dos alunos, já que é possível assumir que os jovens que não estavam no sistema escolar nas edições passadas teriam um desempenho relativamente baixo", disse a analista de educação da OCDE Camila de Moraes, que é brasileira. "Em países onde a inclusão aumentou, a manutenção dos resultados em um mesmo patamar pode ser em si um fato positivo."

Além disso, ao comparar os 25% dos jovens de melhor desempenho no Brasil, o relatório mostra um aumento de 10 pontos a cada três anos, entre 2003 e 2018, em Matemática. Em Ciência, são oito pontos a cada três anos. Ou seja, se não houvesse inclusão a nota geral do Brasil poderia estar maior.

A Leitura foi o foco desta edição do Pisa, o que quer dizer que os resultados dessa área são mais detalhados. Além de cobrar interpretação e compreensão de texto, a prova incluiu competências necessárias para "construir conhecimento, pensamento crítico e tomar decisões bem embasadas", como explicou o relatório da OCDE. "O smartphone transformou a maneira como as pessoas leem e a digitalização levou ao surgimento de novas formas de textos", explicou o documento.

Os resultados mostram que só 10% dos jovens no mundo conseguem distinguir fato de opinião, habilidade considerada complexa pelo Pisa. No Brasil, esse grupo representa 2% e não inclui jovens de baixa renda.

A mais alta colocação brasileira está também no ranking de Leitura (54ª posição), ficando acima de cinco países latinos: Argentina, Colômbia, Peru, Panamá e República Dominicana. Há duas semanas, o ministro da educação, Abraham Weintraub, havia dito que o Brasil ficaria em último lugar na América Latina no Pisa por causa das "abordagens esquerdistas" de governos anteriores.

Mesmo assim, metade dos estudantes não consegue chegar ao nível 2 de desempenho na área (os patamares vão de 1 a 6), considerado o conhecimento mínimo esperado para a idade. Isso quer dizer que os estudantes de 15 anos não entendem o propósito de um texto e não encontram informações que estão explícitas.

A maior parte dos brasileiros (26,7%) está no nível 1A, ou seja, apenas entendem o significado literal de frases ou passagens curtas, reconhecem o tema principal ou o objetivo do autor em um texto sobre um assunto familiar.

Matemática

Em Matemática, também houve melhora significativa nos resultados entre 2003, primeiro ano em que o Pisa destacou a área, e 2018. Entre 2015 e o ano passado, a nota do Brasil subiu de 377 para 384. No entanto, a pior posição no ranking do Brasil é em Matemática, 70ª colocação, ficando atrás de Peru, Colômbia e Líbano. Mas ainda acima de Argentina, Panamá, Filipinas, entre outros.

No Brasil, só 32% dos estudantes estão no nível 2, considerado básico, e acima dele em Matemática. Apenas esse grupo consegue, por exemplo, comparar distância de duas rotas ou converter preços em diferentes moedas. Entre os países da OCDE, o índice de jovens do nível 2 para cima é de 76%.

Entre os melhores resultados de Matemática estão os países asiáticos, como China, Cingapura, Hong Kong e Coreia. Na China, 16% dos estudantes estão no mais alto nível da disciplina, com raciocínio matemática considerado muito avançado. Entre os países da OCDE, só 2,4% chegam a esse patamar.

Destaque asiático

No ranking de Ciência, os asiáticos também se destacam, junto com a Estônia, com mais de 90% dos seus estudantes acima do nível básico. O Brasil ficou na 66ª posição entre os 79 países. A nota também subiu entre 2015 e 2018, de 401 para 404. Mas só 1% dos estudantes brasileiros está nos maiores níveis de desempenho, o que quer dizer que dominam conceitos científicos sobre vida e espaço e sabem até mais do que se espera no currículo para a idade.

A Ásia, e em especial a China, brilha mais uma vez no ranking Pisa da OCDE publicado nesta terça-feira (3), onde o Brasil aparece entre os 20 piores, segundo esta avaliação da qualidade, igualdade e eficiência da educação básica.

Publicado a cada três anos desde 2000 pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, o relatório, que avalia competências nas áreas de ciência, matemática e compreensão textual de alunos de 15 anos se tornou uma referência mundial para organismos especializados e governos.

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O relatório conclui este ano que um em cada quatro estudantes nos países da OCDE "não pode completar nem as tarefas de leitura mais básicas", o que significa que é provável que tenham dificuldades "para encontrar seu caminho na vida em um mundo digital cada vez mais volátil".

Os exercícios foram apresentados em maio de 2018 a 600.000 jovens de 79 países e territórios, uma amostra que representa 32 milhões de estudantes.

Vários países asiáticos estão entre os mais bem-educados do mundo em leitura, ciência e matemática. Quatro metrópoles e províncias chinesas (Pequim, Xangai, Jiangsu, Zhejiang) lideram o ranking, seguidas por Singapura, Macau (China) e Hong Kong (China), Estônia e Canadá.

"Em muitos países asiáticos, a educação infantil é prioridade número um. Os professores recebem formação de qualidade e há grande investimento nos estabelecimentos em dificuldade", explica Éric Charbonnier, especialista em educação na OCDE.

Os países latino-americanos melhores colocados nessas áreas são Chile (43), Uruguai (48), Costa Rica (49) e México (53). O Brasil figura na 57ª posição, à frente de Colômbia (58), Argentina (63), Peru (64), Panamá (71) e República Dominicana (76).

Na região foram excluídos do estudo a Bolívia, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Venezuela.

"Sem educação adequada, os jovens vão permanecer à margem da sociedade, incapazes de enfrentar os desafios do mundo do trabalho, e a desigualdade continuará aumentando", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, ao apresentar o relatório em Paris, na abertura de uma conferência de dois dias sobre o futuro da educação.

Segundo o relatório, a maioria dos países, particularmente no mundo desenvolvido, teve poucas melhorias em seu desempenho na última década, embora os gastos com educação tenham aumentado 15% no mesmo período.

"Cada dólar investido em educação gera grandes dividendos em termos de progresso social e econômico e é a base de um futuro inclusivo e próspero para todos", acrescentou Gurría.

Em média, as meninas superam os meninos na leitura nos países da OCDE, enquanto os garotos estão acima em matemática, mas abaixo em ciência.

- O desafio da inteligência artificial -

De acordo com o relatório, as necessidades educacionais dos adolescentes de 15 anos "mudaram de maneira fundamental" com a chegada dos smartphones, que transformaram a maneira como as pessoas leem e trocam informações.

Ao mesmo tempo, a digitalização provocou o surgimento de novas formas de texto.

"No passado, os alunos podiam encontrar respostas claras para suas perguntas em livros aprovados pelo governo em que podiam confiar. Hoje encontram centenas de milhares de respostas on-line, e cabe a eles determinar o que é verdeiro e o que é falso", diz o relatório.

A OCDE também alerta que as disciplinas mais fáceis de ensinar são "igualmente fáceis de digitalizar e automatizar".

"A inteligência artificial amplifica ideias boas e ruins (...) É por isso que a educação no futuro não significa apenas ensinar a população, mas também ajudá-la a desenvolver critérios confiáveis que lhe permita navegar através de um mundo cada vez mais complexo, ambíguo e em mudança", destaca o relatório.

O desafio digital também tem como consequência, alerta o estudo, que "mais estudantes hoje consideram a leitura como um desperdício de tempo (+5 pontos percentuais) e meninos e meninas são menos propensos a ler por diversão (- 5 pontos) do que seus pares em 2009".

Meninas têm melhor desempenho que meninos em leitura no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018. Elas obtiveram 30 pontos a mais na prova, o que equivale a quase um ano de estudos de diferença em relação aos meninos. Os resultados da avaliação, que é referência mundial, foram divulgados hoje (3), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

O resultado é a média dos países da OCDE, grupo formado por 37 países, entre eles, Canadá, Finlândia, Japão e Chile. No Brasil, não é muito diferente, as meninas tiraram 26 pontos a mais que os meninos em leitura. Elas também tiveram, entre os países da OCDE, um desempenho levemente superior em ciências, de dois pontos a mais que os meninos. No Brasil, o desempenho em ciências foi semelhante entre meninos e meninas.  

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Os meninos, no entanto, superaram as meninas em cinco pontos em matemática entre os países da OCDE. No Brasil, a diferença foi maior, de nove pontos a mais para eles, em média. 

De acordo com os dados coletados pelo Pisa, no Brasil, há diferenças entre os dois grupos na hora de escolher a profissão que vão seguir. Entre os meninos com as melhores performances em matemática ou ciências, cerca de um a cada três espera, aos 30 anos, estar trabalhando com engenharia ou como cientista. Entre as meninas, apenas um a cada cinco esperam o mesmo. 

Entre as meninas com as melhores performances, cerca de duas a cada cinco esperam trabalhar em profissões ligadas à saúde. Entre os meninos, um a cada quatro esperam seguir as mesmas carreiras. Apenas 4% dos meninos e quase nenhuma menina pretende trabalhar com profissões ligadas a tecnologia da informação e comunicação. 

O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia estudantes de 15 anos quanto aos conhecimentos em leitura, matemática e ciências. Os países também podem optar por participar das avaliações de competência financeira e resolução colaborativa de problemas.  Em 2018, o Pisa foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. 

Vida dos estudantes

No Brasil, 29% dos estudantes relataram sofrer bullying pelo menos algumas vezes por mês. Essa porcentagem é maior que a média dos países da OCDE, que é 23%. A maioria dos estudantes, 85%, no entanto, diz que é bom ajudar alunos que não podem se defender. Entre os países da OCDE, a média é 88%. 

O estudo mostra ainda que cerca de 23% dos estudantes brasileiros dizem que se sentem sozinhos na escola, enquanto a média da OCDE é 16%. 

Metade dos alunos havia faltado um dia de aula e 44% haviam chegado atrasados nas duas semanas anteriores à aplicação do Pisa. Entre os países da OCDE, apenas 21% haviam faltado e 48% chegaram atrasados. 

A maior parte dos estudantes brasileiros, 90%, diz que sempre se sente feliz e, 77%, que geralmente encontram saídas para situações difíceis. 

Pouco mais da metade dos brasileiros, 55%, diz que quando falha, preocupa-se com o que os outros pensam. O relatório diz ainda que em quase todos os sistemas educacionais analisados, inclusive no Brasil, mulheres têm mais medo de falhar que os homens. A diferença entre os gêneros, segundo a OCDE, é maior ainda entre os melhores alunos.

O Brasil teve uma leve melhora nas pontuações de leitura, matemática e ciências no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), mas apenas dois a cada 100 estudantes atingiram os melhores desempenhos em pelo menos uma das disciplinas avaliadas. Os resultados da avaliação, que é referência mundial, foram divulgados nesta terça-feira (3), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

O Pisa 2018 foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes de 15 anos. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. O país obteve, em média, 413 pontos em leitura, 384 pontos em matemática e 404 pontos em ciências. Na última avaliação, aplicada em 2015, o Brasil obteve, 407 em leitura, 377 em matemática  e 401 em ciências.

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As pontuações obtidas pelos estudantes colocam o Brasil no nível 2 em leitura, no nível 1 em matemática e também no nível 1 em ciências, em uma escala que vai até 6. Pelos critérios da OCDE, o nível 2 é considerado o mínimo adequado. Ao todo, quase metade, 43,2% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível 2 nas três disciplinas avaliadas. Na outra ponta, apenas 2,5% ficaram nos níveis 5 e 6 em pelo menos uma das disciplinas.

O Brasil ficou abaixo das médias dos países da OCDE. Em leitura, os 37 países membros do grupo, composto por exemplo, por Canadá, Finlândia, Japão e Chile, obtiveram 487 pontos em leitura, 489, em matemática e 489, em ciências. Como na avaliação 35 pontos equivalem a um ano de estudos, o Brasil está a pouco mais de dois anos atrás desses países.  Na OCDE, 15,7% dos estudantes estão nos níveis 5 e 6 em pelo menos uma disciplina e 13,4% estão abaixo no nível 2. 

O desempenho na avaliação posicionou o Brasil no 57ª lugar entre os 77 países e regiões com notas disponíveis em leitura, na 70ª posição em matemática e na 64º posição em ciências, junto com Peru e Argentina, em um ranking com 78 países. China e Singapura lideram os rankings das três disciplinas. O Brasil, nos três fica atrás de países latino americanos como Costa Rica, Chile e México. Supera, no entanto, Colômbia e Peru em leitura e a Argentina em leitura e matemática. 

Apesar de participar do relatório, os resultados do Vietnã não são comparáveis, de acordo com a OCDE e, por isso não fazem parte do ranking, e a Espanha não teve os resultados de leitura divulgados. 

Leitura

O Pisa é aplicado a cada três anos e, a cada edição, a ênfase é em uma das disciplinas. Nessa edição, o foco é em leitura. Em 2009, último ano, em que o foco foi em leitura, o Brasil obteve 412 pontos. De acordo com a OCDE, o Brasil não apresentou grandes saltos desde esse ano. “Depois de 2009, na matemática, assim como na leitura e na ciência, o desempenho médio pareceu flutuar em torno de uma tendência estável”, diz o relatório. 

No Brasil, metade dos estudantes obteve pelo menos o nível 2 em leitura. Isso significa que esses estudantes são capazes de identificar a ideia principal de um texto de tamanho moderado e que podem refletir sobre o objetivo e a forma dos textos quando recebem instruções explícitas. Entre os países da OCDE, em média, 77% dos estudantes obtiveram esse desempenho.

Já os estudantes que obtiveram as melhores notas em leitura, que no Brasil representam apenas 2%, são capazes de compreender textos longos, lidar com conceitos abstratos e estabelecer distinções entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relativas ao conteúdo ou fonte das informações. Entre os países da OCDE, 9% dos estudantes estão nos melhores níveis.

Matemática e ciências

Após queda na última avaliação, em 2015, a nota dos estudantes brasileiros em matemática voltou a crescer, mas apenas um a cada três estudantes, 32%, teve o desempenho mínimo - nível 2 ou superior. Entre os países da OCDE, três a cada quatro estudantes, 76%, obtiveram esse resultado. 

Apenas 1% dos brasileiros está no nível 5 ou 6 em matemática. A média da OCDE é 11%. Esses alunos podem resolver situações complexas matematicamente.

Em ciências 45% dos estudantes brasileiros estão pelo menos no nível 2 e 1% está entre os melhores. Entre os países da OCDE, essas porcentagens são respectivamente, 78% e 7%.

Desigualdade

De acordo com a OCDE, o nível socioeconômico dos estudantes teve impacto no desempenho nas provas. No Brasil, a diferença de desempenho entre aqueles com nível socioeconômico alto e aqueles com nível baixo, foi de 97 pontos em leitura, o que equivale a quase três anos de estudo. Essa diferença superou a média da OCDE, que é de 89 pontos.  

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o Brasil deverá ficar em último lugar na América Latina no Programa Internacional de Avaliação de estudantes (Pisa), um exame feito com base amostral entre estudantes de 15 anos. Coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a avaliação terá seu resultado divulgado em dezembro.

Ele disse que resultados ruins já podem ser atribuídos a gestões anteriores, com "abordagens esquerdistas". Questionado se estava adiantando os dados, Weintraub foi vago. "Tem uma grande probabilidade de a gente está figurando lá no fundo, nas últimas posições", disse. "Estou supondo com base em números robustos."

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Durante evento no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que a meta é conseguir colocar o Brasil em primeiro lugar na América Latina nesse ranking. Mas conta para isso com um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro. "Não sou eu só quem vou fazer. Um monte de profissionais que não tinham espaço antes, estão substituindo os 'experts'", completou.

Na última edição do Pisa, de 2015, o Brasil já ficou entre os piores entre as nações avaliadas, mas não estava na lanterna. A República Dominicana teve resultados piores nas três competências avaliadas (Leitura, Matemática e Ciências) e o Peru, em duas delas (Leitura e Ciência). Na frente do Brasil estavam Colômbia, Chile, México e Uruguai.

Conexão

A fala ocorreu quando a equipe do MEC anunciava mais uma etapa do Educação Conectada, um programa criado na gestão do governo de Michel Temer para conectar escolas públicas com internet. Nesta fase, 32 mil instituições vão ganhar conexão em 2020.

Os recursos serão repassados diretamente para as instituições. A expectativa é de que o projeto como um todo tenha um investimento de R$ 224 milhões em 2020. A meta é de que 70 mil escolas sejam atendidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Destruída pelas inundações há uma semana, Veneza sofre com uma nova maré alta nesta domingo, um pouco menor que as últimas, e foram emitidos alertas para Florença e Pisa devido às chuvas incessantes que atingem o sul da Itália.

A "acqua alta", ou maré alta, alcançou 1,50 m neste domingo, longe do seu pico de 1,87 m que atingiu a "Sereníssima", como a cidade é conhecida, na terça.

"A água parou de subir", tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro. "Pico de 150 cm (...) Os venezianos só se ajoelham para rezar. Veneza está trabalhando duro para recomeçar", escreveu.

Os meteorologistas estimam que as marés não superem os 110 cm nos próximos dias, o que deve permitir que a cidade avalie os danos, já estimados pelo prefeito em mais de 1 bilhão de euros.

A emblemática praça São Marcos foi reaberta no fim deste domingo (no horário local).

- Pisa e Florença em alerta -

Mais ao sul, na Toscana, ficam outras duas joias italianas, Florença e Pisa, que estão em estado de alerta devido à ameaça das águas.

Presidente da região da Toscana, Enrico Rossi tuitou um alerta sobre o risco de transbordamento do rio Arno e afirmou que flutuadores foram instalados nas suas margens em Pisa "por medida de precaução".

O Exército italiano tuitou fotos de militares consolidando os bancos do Arno, que também atravessa Florença, onde as águas se elevaram perigosamente na noite de sábado para domingo. A proteção civil italiana aconselhou os moradores a não se aproximar das margens do rio.

A cidade tinha sido devastada em 1966 por inundações que deixaram cem mortos e destruiu obras-primas de valor inestimável da Renascença.

Os bombeiros tuitaram um vídeo de um de seus barcos resgatando pessoas ilhadas pelas águas na província de Grossetano, no sul da Toscana.

- Avaliação de danos em Veneza -

Desde terça, em Veneza mais de 50 igrejas foram danificadas, entre elas a Basílica de São Marcos, além de lojas e casas inundadas. Hotéis começaram a sentir os cancelamentos para as festas de fim de ano.

Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe cerca de 36 milhões de turistas por ano, dos quais 90% são estrangeiros.

O prefeito de Veneza anunciou na sexta a abertura de uma conta bancária para todos os que, na Itália e no exterior, desejarem contribuir com os reparos. "Veneza, um lugar único, é um patrimônio do mundo todo. Graças a sua ajuda, Veneza brilhará novamente", escreveu em um comunicado.

Moradores que tiveram as casas danificadas podem receber uma ajuda imediata do governo de 5 mil euros, e os comerciantes, de até 20 mil euros.

Enquanto Veneza enfrenta repetidas inundações desde o início da semana passada, o mau tempo que se abate sobre a Itália ligou o alerta em outra região turística do país, a Toscana.

As chuvas iniciadas na noite do último sábado (16) provocaram a cheia do Rio Arno, o segundo maior da Itália peninsular e que atravessa cidades como Florença e Pisa. Na capital toscana, o nível do curso d'água atingiu 4,8 metros e superou o primeiro patamar de alerta.

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A cidade registrou 62,6 milímetros de chuva em 24 horas e rajadas de vento de até 76 quilômetros por hora, o que provocou o fechamento dos Jardins de Boboli, uma das principais atrações turísticas de Florença. O Rio Sieve, afluente do Arno, transbordou em Pontassieve, na região metropolitana da capital toscana.

"Estamos acompanhando a situação com máxima atenção", disse a vice-prefeita de Florença, Cristina Giachi. No entanto, segundo o governador da Toscana, Enrico Rossi, a cheia não comporta riscos para a capital, já que as autoridades ainda não acionaram um piscinão situado nos arredores da cidade.

No centro histórico de Florença, turistas e moradores se aglomeraram nas pontes e nas margens do Arno para assistir à torrente do rio.

Pisa

Já em Pisa, a 80 quilômetros de Florença, a Prefeitura ordenou o fechamento de todas as atividades comerciais entre 18h30 deste domingo e o meio-dia desta segunda-feira (18).

"A situação está sob controle, mas, de qualquer maneira, pedimos para as pessoas não saírem de casa para não alimentar o tráfego e deixar as ruas o mais livre possível", disse o prefeito Michele Conti.

O pico da cheia do Arno na cidade está previsto para esta noite.

Mau tempo

Além de Veneza e da Toscana, o mau tempo na Itália também provoca transtornos na Província de Bolzano, no extremo-norte do país, onde comunidades inteiras foram isoladas por nevascas.

Já a Emilia-Romagna, no norte, registrou inundações e deslizamentos de terra. Tempestades também atingiram a região da Campânia, no sul do país, e causaram danos em plantações.

Da Ansa

Descobrir maneiras de incentivar as crianças nos estudos da matemática é um dos objetivos do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018, da sigla em inglês), que começou na última quarta-feira (1º) no RioCentro, na zona oeste do Rio de Janeiro. Só que seduzir as crianças para a ciência dos números não é fácil nem mesmo no Japão, conforme revelou o ganhador do Chern Medal Award, o professor emérito da Universidade de Kyoto, Masaki Kashiwara.

O Japão ficou em quinto lugar em matemática na mais recente edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), enquanto o Brasil está em 66 entre os 70 países avaliados. Kashiwara disse que, apesar de as crianças de seu país terem um bom conhecimento em matemática, é difícil fazer com que elas gostem da matéria, assim como ocorre no Brasil,

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“Isso é muito difícil no Japão também. Temos muitas crianças que não gostam. Eu penso que, o que acontece com as crianças no Japão é que temos milhares que sabem matemática porque a matemática é ensinada a várias crianças e elas não podem escapar. Nós ensinamos, mas não significa que elas gostem, infelizmente”, explicou. A Medalha Chern, vencida por Kashiwara, premia individualmente um matemático como reconhecimento pelas conquistas na área.

Já o italiano Alessio Figalli, ganhador da Medalha Fields, disse que é preciso mostrar para as crianças como “aprender pode ser um processo lindo e maravilhoso”, para conseguir a simpatia delas e motivá-las para seguir a área da pesquisa científica. Figalli ressaltou também que, assim como a sociedade muda, a matemática acompanha a evolução.

“A matemática envolve a sociedade, é uma disciplina que, quanto mais a sociedade muda, novos desafios aparecem. Matemática é uma disciplina muito dinâmica. Eu penso que há muitos objetivos a serem atingidos, temos a cada dia mais matemáticos no mundo. É uma área de ouro para continuar as pesquisas”.

Na coletiva de imprensa com os premiados do ICM 2018 que se realiza no Rio, os cientistas falaram também sobre seus trabalhos e sobre a influência da matemática no cotidiano, bem como a motivação para seguir carreira na área.

Tímido e pouco à vontade para dar entrevistas, o alemão Peter Sholze, o mais jovem a receber a Medalha Fields este ano, disse que a matemática é uma forma de descobrir o mundo. “Para mim, matemática é como descobrir algo no mundo, como ele é, completamente independente de nós, somente as estruturas internas que apenas seguem os números e têm suas propriedades, etc. Apenas explorar esse mundo é o que realmente me interessa”, afirmou.

O vencedor do prêmio Rolf Nevanlinna, o grego Constantinos Daskalaskis, falou da inspiração que a cultura de seu país tem em seus estudos. “A história grega tem grandes contribuições para a matemática, é uma grande inspiração para mim. Em certo sentido, minha pesquisa combina a matemática e a observação de pessoas, tentando entender os comportamentos racionais em situações de conflitos corporativos. Então, em certo sentido, minha pesquisa mistura matemática, computação e observação de pessoas e seu comportamento. Isso é inspirado na tradição grega de observar pessoas”.

Daskalaskis é professor no Massachusetts Institute of Technology (USA). O Prêmio Rolf Nevanlinna foi criado em 1981 e é concedido por contribuições de matemáticos no campo das ciências da informação.

Também foi revelado hoje o nome do vencedor do Prêmio Leelavati, que reconhece contribuições para aumentar a consciência pública da matemática como uma disciplina intelectual e o papel crucial que ela desempenha no desenvolvimento humano. O ganhador este ano foi o turco Ali Nesin, professor na Universidade de Bilgi.

O último prêmio anunciado hoje foi o Carl Friedrich Gauss, concedido para o estatístico norte-americano David Donoho, professor da Universidade de Stanford. A premiação homenageia cientistas cuja pesquisa matemática teve impacto fora da matemática, em áreas como a tecnologia, os negócios ou a vida cotidiana.

Artur Ávila

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o brasileiro Artur Ávila, ganhador da Medalha Fields em 2014, disse que a realização do ICM 2018 no Brasil é um reconhecimento internacional da ciência produzida no país.

“Tem uma importância simbólica muito grande, de mostrar que a matemática brasileira tem um reconhecimento internacional, que não é mais algo reduzido a algumas poucas pessoas fazendo um trabalho de qualidade”.

O matemático destaca que essa é uma oportunidade também de o Brasil olhar para a própria produção matemática “Da maneira como é apreciado e reconhecido lá fora, deveria ser reconhecido aqui dentro, porque há ainda uma falta de compreensão frequente interna do Brasil, das potencialidades científicas do Brasil”, afirmou.

Para o matemático, a comunidade científica brasileira trabalhou intensamente nos últimos anos para aproveitar o efeito positivo da premiação e do congresso no país, mas as condições econômicas e políticas foram desfavoráveis.

“A gente ficou lutando contra a crise que aconteceu. Muito do nosso trabalho, de toda a comunidade científica, nos últimos quatro anos, foi de não ir para trás, porque houve cortes, grandes dificuldades, havia um grande risco de fuga de cérebros, a nossa atratividade direta para pesquisadores estrangeiros diminuiu e foi um período muito difícil para a organização do congresso”.

Sobre a Medalha Fields, Ávila explica que o reconhecimento faz com que o premiado passe a ser um “embaixador” da matemática, para ajudar a divulgar a ciência para o público geral.

“Você ganha um prêmio que muitas pessoas que você respeita e ouvia falar há muito tempo ganharam, então você se sente em boa companhia. E te dá uma visibilidade maior, com relação ao grande público, como eu realizei um pouco aqui no Brasil. Na comunidade você é convidado um pouco mais, às vezes menos pelo seu trabalho e mais pelo que você representa, embora você continue trabalhando. É um papel adicional que você tem”.

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Ao menos três pessoas foram atingidas por tiros disparados nesta sexta-feira (9) por um motociclista em Pisa, na Itália.

O episódio ocorreu em um bar do bairro de Cep, na periferia da cidade. O homem estava realizando manobras com a moto, quando foi repreendido por pedestres e jovens que estavam no local. Em seguida, ele reagiu e disparou contra as pessoas com uma arma de baixo calibre.

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Depois de algum tempo, o motoqueiro voltou, com outra arma, e continuou os disparos. A polícia investiga o episódio, mas, até o momento, o motoqueiro está foragido.

A imprensa fala em três feridos no total, mas alguns jornais locais relatam que as vítimas seriam três italianos e um tunisiano. 

Da Ansa

Um paciente à espera de um transplante de rim se casou no último domingo (28) com a enfermeira que virou sua doadora de órgãos. O episódio, que poderia ser enredo de livro ou filme, aconteceu na Itália.

Giacomo Schinasi, gerente administrativo em Pisa, sofria de insuficiência renal, e precisou passar por três sessões semanais de diálise em uma clínica, em 2014, onde Cinzia Stracquedaini era enfermeira.

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O amor do casal começou durante o tratamento, e logo Cinzia decidiu se submeteu a um exame para saber se poderia doar parte de seu rim para Schinasi. A mulher descobriu que era uma doadora 99% compatível e, então, o transplante foi realizado.

No último domingo, os dois se casaram em uma cerimônia civil celebrada no município de Pisa.

Mas a história ainda não teve um final completamente feliz. Um ano após o transplante, Giacomo sofreu uma crise de rejeição e ainda é obrigado a fazer diálise, enquanto está na fila por um novo transplante. 

Da Ansa

O Pisa, o maior exame internacional do mundo, vai avaliar na sua próxima edição algumas habilidades socioemocionais. A prova atualmente cobra conteúdos de ciência, leitura e matemática e é feita por estudantes de 15 anos de cerca de 70 países.

O próximo exame será realizado em 2018. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que realiza a prova, anunciou que vai avaliar o que a entidade chamou de "competências globais" do aluno.

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Segundo os documentos divulgados, a ideia do Pisa é analisar se os sistemas de ensino dos países estão "tendo sucesso em ensinar os jovens a entender o mundo globalizado e que muda rapidamente". A maneira como isso será mensurado ainda está sendo desenvolvida.

A intenção é a de checar habilidades como a de agir criativamente e eticamente, colaborando com outras pessoas. Os novos questionários do Pisa também pretendem analisar atitudes como respeito ao próximo, responsabilidade e diversidade cultural. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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