A Arena Pernambuco foi pauta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na tarde desta terça-feira (13). Os deputados da oposição ao governo de João Lyra Neto (PSB) questionaram se a Arena Pernambuco é economicamente viável e também debateram sobre a polêmica sobre a doação do terreno onde um dos palcos da Copa do Mundo foi construído, além do total gasto na construção.
Um dos integrantes da oposição, o deputado Silvio Costa Filho (PTB), questionou o procurador geral do Estado, Thiago Norões, sobre o retorno financeiro da Arena para o povo pernambucano. O político não demonstrou confiança na recuperação do dinheiro gasto na construção. “A arena custará 4 milhões ao cofre do Estado, não acredito que o retorno será suficiente e Pernambuco sairá no prejuízo. Pouco provável que o estádio gere o dinheiro apenas com o Náutico jogando lá”, disse, lembrando que o Sport e Santa Cruz mandam apenas dois jogos por ano no palco da Copa do Mundo.
##RECOMENDA##Outro integrante da oposição, Tony Gel (PMDB), perguntou a Norões se o município de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR), local em que está construído a Arena Pernambuco, não sairia perdendo renda, já que o terreno foi doado do Governo de Pernambuco para à Arena Pernambuco Negócios e a Investimento S/A para a construção da Cidade da Copa. “São Lourenço não sairá perdendo não, doando esses terrenos às empresas que irão levantar essa cidade? Já que é uma ampla área que deve ser valorizada e imagino que o município deve perder muito dinheiro”, repudiou o deputado do PMDB.
Ao responder os questionamentos da oposição, o procurador contou que existe um projeto urbanístico ao redor do estádio e que as moradias construídas serão comuns, onde será cobrados os impostos como IPTU. “Os prédios e casas que serão construídos no terreno, serão normais como em qualquer outro lugar do estado. Será cobrado o IPTU normalmente. E sobre a Arena não pagar imposto, é pelo fato de ser um empreendimento público, por isso que tem a isenção fiscal”, disse.
Sobre o valor total da Arena, o procurador afirma que a empreiteira responsável pela construção, a Odebretch, contou que gastou mais do que o necessário. Estavam previstos R$ 532 milhões, porém, teve uns adicionais a mais para acelerar a obra ficar pronta antes da Copa das Confederações.