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O advogado Carlos Azeredo, que defende os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, entrou com um habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-RJ) para soltar a ex-governadora, presa ontem (22) junto com o marido na Operação Caixa D'Água por determinação do juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira.

O advogado disse que deve apresentar o pedido de soltura de Anthony Garotinho ainda hoje. No pedido de prisão, o juiz disse que havia uma estrutura bem determinada, com divisão de tarefas, envolvendo empresários, políticos e secretários de governo do município de Campos dos Goytacazes durante o período em que Rosinha foi prefeita da cidade, entre 2009 e 2016. As operações de caixa 2 investigadas pela operação somaram R$ 3 milhões.

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Parte das informações foi obtida por meio da colaboração do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, dono da empresa Ocean Link Solutions Ltda, que realizou contrato simulado com a JBS para viabilizar o pagamento de milhões à campanha de Garotinho ao governo do Rio de Janeiro em 2014.

Se é verdade que um jornalista deve ter bastante cuidado ao redigir uma matéria, elaborando seu texto com base em fontes fidedignas e outras atenções necessárias, também é verdade que o cidadão tem um papel muito importante no sentido de não repassar as notícias falsas, as famosas fake news. No cenário político, essas informações erradas podem trazer sérios prejuízos a um candidato em uma disputa eleitoral. 

Muitos podem achar o tema bobagem, no entanto, o problema é mais sério do que se imagina. Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento recente divulgado pelo O Estado de S.Paulo, em apenas um dia são mais de 3, 5 mil notícias relacionadas à política. Em dias onde há notícias de forte impacto, as falsas ou não verificadas publicadas em sites sempre estão entre as dez mais lidas. Fato é que, entre as dez mais lidas, já aconteceu de seis não terem sido verificadas ou não forem verdadeiras. 

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Um dado do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), da Universidade de São Paulo (USP) revela um dado ainda mais grave: cerca de 12 milhões de pessoas difundem notícias falsas sobre política no Brasil. O dado foi resultado de um monitoramento de 500 páginas, no mês de junho, que abordavam conteúdos políticos distorcidos ou falsos. 

Nesse contexto, há um verdadeiro vilão para a propagação de fake news: o Facebook, considerado uma das principais fontes de informação dos brasileiros. Na prática, para se ter noção do prejuízo que pode causar uma notícia falsa, basta ter como exemplo um vídeo publicado, nessa quarta-feira (8), pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC) em sua página do Facebook. Nele, o parlamentar atribuiu ao Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) uma invasão que aconteceu em uma produtora de alimentos localizada na Bahia, no qual torres de energia foram derrubadas. No entanto, o episódio não tinha nada a ver com o movimento. 

Feliciano, que criticou veemente, chegou a pedir que os internautas compartilhassem o vídeo, que teve mais de 430 mil visualizações. Ao todo, mais de 17 mil pessoas fizeram o compartilhamento da fake news. 

Mais especificamente na política, um dos deputados que mais se diz prejudicado nesses casos é o psolista Jean Wyllys. O parlamentar, não raro, critica a atuação dos que chamou de “caluniadores inesgotáveis”. No mês passado, ele contou que foi vítima até de uma montagem onde colocaram um cartaz escrito “Pedofilia não é crime, é doença”. A foto foi repassada por meio de perfis fakes nas redes sociais. 

Jean afirmou que quem assim agia eram criminosos sem limites. “São capazes de tudo pelo poder, até recorrerem à prática de calúnia e difamação e ainda se dizem pessoas de bem, defensores da moral e bons costumes”, desabafou dando a entender que o ato ilícito teria sido protagonizados por adversários políticos. 

Recentemente, um vereador da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, também cometeu um grande equívoco. No plenário, ele falou sobre uma turnê que Jean Wyllys e a cantora Pabllo Vittar fariam nas escolas para debater diversidade sexual. O parlamentar chegou a dizer que iria prender os dois, caso isso acontecesse, no entanto a reportagem também era falsa. 

Pós-verdade

O cientista político Elder Bringel destaca um novo termo utilizado que tem uma ligação direta com notícias falaciosas e com o cenário político. “Essa palavra ganhou o cenário mundial na eleição dos Estados Unidos, com o marketing do Trump, e ganhou as páginas dos jornais com a saída da Inglaterra do Bloco Europeu. A pós-verdade está ligada com as inverdades e mentiras criadas dentro do cenário político para, de certa forma, promover alguém ou desestabilizar um outro alguém, um inimigo político que seja”, explicou. 

“A fake news e a pós-verdade possuem uma ligação direta com o pleito eleitoral e com a vontade geral do povo manifestada nas urnas. Tanto a fake news e a pós-verdade tem uma ligação direta com o crescimento e a robustez da comunicação via mídia social”, declarou.

Bringel salientou que a pós-verdade tomou corpo e robustez maior quando se trata das mídias sociais. “A internet é um campo minado para a busca da informação. Você tem que ter muito cuidado com as informações veiculadas nas redes sociais e em páginas criadas tão somente para fazer ou para produzir essas notícias falaciosas. Isso tem que ser um ponto essencial de discussão em toda campanha política. Você tem, em primeiro lugar, tomar cuidado com as notícias veiculadas”.

O cientista pontuou que todos os candidatos que tenham interesse de concorrer de forma séria e competitiva, na eleição de 2018, terão que destinar um esforço para trabalhar na desvinculação de notícias falsas. “Para quem quiser concorrer de forma competitiva vai ter que ser um ponto de foco e de preocupação na preparação da campanha e fiscalizar as notícias que, por ventura, tenham sido veiculadas de forma mentirosa. Isso porque a fake news e as pós-verdade, depois de veiculadas na internet, fazem uma devastação de ponto de vista conceitual do candidato. O trabalho é infinitamente maior de tentar sanar eventuais riscos ou danos à imagem do que propriamente a sua construção. Então, construir uma imagem perante a opinião pública talvez hoje seja mais fácil do que desconstruir uma fake news". 

Também ressaltou que quem quiser disputar de forma competitiva, a pós- verdade tem que ser o centro, a essência de toda e qualquer discussão de campanha política.

Monitoramento

Que costuma repassar informações sem o zelo necessário deve redobrar a atenção, ao menos na eleição de 2018. No final de outubro passado, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a regulamentação da propaganda eleitoral na internet por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSF). 

Moraes garantiu que a regulamentação não irá provocar censura e, sim, “responsabilidade”. “A Constituição proíbe censura, é vedada, mas a Constituição prevê a responsabilização. Ou seja, proíbe censura prévia. Se [alguém] descobre que algo é mentiroso, não só o Judiciário pode tirar, como pode mandar indenizar se descobrir quem postou”, alertou. 

O pensamento do ministro vai de sintonia com o do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. O magistrado ressaltou que não se pode menosprezar as notícias falsas. “Não dá para menosprezar. Temos a fake news simples, mas temos as manipulações muito elaboradas”. 

Gilmar lembrou a eleição do presidente Emmanuel Macron, na França, onde milhares de documentos de campanha dele foram vazados na internet. “Houve aquilo que chamaram de ‘MacronLeaks’ em que misturam coisas verdadeiras com falsas, documentos que foram vazados e que afetavam de maneira significativa as eleições”, pontuou em um evento. 

Crime

Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB), quer tornar crime o compartilhamento ou a divulgação de notícias falsas na internet. O parlamentar argumentou que a internet é um “campo fértil” para propagar informações que não são verdadeiras, que podem causar “prejuízos muitas vezes irreparáveis”. 

 

Caso aprovada, a pena prevista pode chegar de 2 a 8 meses de reclusão e pagamento de 1,5 mil a 4 mil dias-multa, que serão revertidos para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD).

 

 

 

Um proeminente político austríaco anunciou que abrirá mão de sua vaga no parlamento da Áustria em meio a alegações de assédio sexual. Peter Pilz, ex-membro do Partido Verde que deixou a sigla para fundar um novo partido de oposição, foi acusado de apalpar uma jovem mulher em uma conferência em 2013, conforme comentários na publicação semanal Falter.

A agência de notícias Austria Press relatou neste sábado que Pilz disse a repórteres não se lembrar de tal incidente, mas que lutou contra abusos sexuais e que "este empenho também se aplica a mim".

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O político negou alegações de que ele também teria apalpado uma parlamentar do Partido Verde. Pilz afirmou que vai entrar na Justiça contra a parlamentar. Fonte: Associated Press.

O senador Cristovam Buarque (PPS), que já chegou a ser chamado de “traidor” e “golpista” por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, escreveu um artigo no qual faz uma reflexão sobre o atual cenário político. O pernambucano iniciou o texto afirmando que “todo político sem causa é um corrupto em potencial” e que acaba utilizando o poder para enriquecer ou para ficar no poder. 

No texto escrito, Cristovam ressaltou que a escassez de bons filósofos é tão grave quanto o excesso de maus políticos e disse que algumas filosofias que contribuíam com o debate político ficaram “ultrapassadas”. 

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“Até recentemente, havia filosofias que empolgavam os debates políticos: capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, desenvolvimentismo, nacionalismo, oferecendo bases filosóficas que justifiquem as causas das lutas dos políticos. Com a globalização, robotização, comunicação instantânea, crise ecológica, pobreza persistente, desigualdade crescente, migração em massa, fracasso do socialismo e injustiças do capitalismo, essas filosofias ficaram ultrapassadas, sem bandeiras claras no horizonte filosófico e político”, salientou. 

O senador falou que há três alternativas que orientam o comportamento político: a filosofia do conformismo, a da resistência e a da construção. Os que se inserem no primeiro, segundo ele, assistem “sem reação” à marcha da história sem direção “à modernidade descontrolada”. Os que se encaixam no segundo comportamento não aceitam “a marcha”, mas não propõem alternativas.

Por último “a filosofia da construção” representa os que “desejam fazer política com causa, sem ignorar nem naufragar nas vertiginosas transformações que ocorrem no mundo contemporâneo”.

 

 

Jovem, mulher e filha do ex-vereador Menudo, que foi preso [hoje cumprindo pena no semiaberto], após ter sido condenado pela Justiça por tortura e concussão, além de falsificação de documento público, Natália de Menudo (PSB) diz que não teve receio de disputar uma vaga na Câmara Municipal do Recife em 2016. Ela venceu o pleito com mais de dez mil votos e, para a série Entrevista da Semana, nesta quinta (19), a pessebista foi categórica ao afirmar que o preconceito que precisou enfrentar e ainda convive não a intimida. 

A vereadora, que aos 25 anos é a segunda mais jovem da Casa José Mariano, falou sobre o início com obstáculos. “Foi um pouco difícil porque acontece o preconceito das pessoas por ser jovem, mulher, então, no início, sempre havia críticas. Existem as construtivas e aquelas que vêm para tentar te derrubar e para tentar te fazer triste. Muitos dias acordava triste, mas quando olhava para as pessoas que estavam confiando em mim, no meu trabalho, me reerguia e consegui passar por cima disso tudo e hoje eu tenho uma imagem na comunidade de uma pessoa forte, de uma jovem que está sabendo trabalhar”. 

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Natália conta que não teve o objetivo de passar uma imagem que não era dela e, sim, de trabalhar de forma a passar com o tempo uma boa imagem naturalmente. “Eu trabalho e aprendo com todos porque cada vez mais a gente aprende. E sempre digo, nas minhas reuniões com jovens e com a minha assessoria, que a gente está aqui para aprender um com o outro, que ninguém é melhor do que ninguém. Sempre falo que não é porque você é um vereador e a outra pessoa um carroceiro, até porque meu pai era carroceiro, que não sabe. Ele sempre ensinou isso para a gente e eu sempre levo isso comigo. Não é porque sou vereadora que sou melhor que a minha assessoria ou que os jovens da minha comunidade. Eles sentem a minha segurança quando falo isso”, ressaltou.

Também falou que, apesar da contribuição do seu pai para iniciar sua carreira na política, sempre foi envolvida na área, desde criança, na época em que seu pai era presidente da comunidade do bairro do Bongi onde já acompanhava o seu trabalho. “Quando ele se elegeu vereador, ficou mais forte. Aos 16 anos, eu criei o Grupo de Apoio ao Subúrbio, que desenvolve projetos voltados para as pessoas menos favorecidas”, explicou. 

“O grupo é composto por 40 pessoas, na maioria, jovens e temos reuniões de 15 em 15 dias e nessas reuniões discutimos projetos sempre trazendo os jovens para dentro da política e para repassar que a gente não pode depender apenas do poder público. O cidadão também pode buscar melhorias para a sua comunidade. Eu sempre falo que eu não tenho uma bandeira certa, mas que eu trabalho um projeto geral pelos menos favorecidos”, detalhou. 

A vereadora da comunidade

Por sua trajetória estar intimamente ligada às comunidades do Bongi, Mustardinha, Vietnã e arredores, Natália diz que seu trabalho é focado em ajudar as pessoas mais carentes. Em seu primeiro mandato, o foco principal dela é a luta para que o Centro Social Urbano da Mustardinha, que pode ser comparado a um mini Compaz, seja reformado. 

O local se encontra abandonado, de acordo com ela, desde sua infância, o que lamenta já que a área pode ser usada a favor dos jovens mais carentes. Na época de funcionamento, o Centro era palco de diversas atividades tanto esportivas como para realização de cursos profissionalizantes inserindo os alunos no mercado de trabalho. “Então, a minha marca de luta neste mandato é pelo Centro, mas também há outros projetos”, ressaltou.

“Sou vereadora da comunidade, eu acompanho de perto o sofrimento dessas pessoas e faço o máximo para tentar minimizar a dor de cada um presente. Já fui em busca do prefeito porque, como sabemos, eu não tenho o poder de executar. Desde criança o Centro está da forma que se encontra hoje: abandonado. Eu ainda tento fazer um trabalho. Há um café da manhã com as crianças, sempre dou um jeito para a iluminação da área para que as crianças e os jovens venham jogar e também apoio outros grupos de danças sempre dando aquela força, mas o certo era ele ser reformado. Se eu tivesse o poder, já tinha reformado”. 

De acordo com Menudo, ela tem conversado bastante com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), que afirmou que o importante local será reformado, porém sem prometer data. “Tenho conseguido espaço. Eu converso e tenho abertura. Geraldo sempre foi solícito em todas as vezes que fui conversar com ele. Tenho muito que agradecer pela abertura”. 

A vereadora também tem conseguido atuar em reformas de praças e tem procurado a construção de Academias Recife nas comunidades para que cidadãos possam ter o direito de praticar atividades físicas de graça. 

Natália é apenas um dos nomes novos que compõe a Casa de José Mariano. Para se ter ideia, a Câmara teve um percentual alto de índice de renovação na eleição de 2016: 43,59%, o que equivale a 17 novatos dos 39 parlamentares da Casa. Em 2012, a título de comparação, a renovação foi de 36%.

 

 

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), não gostou nem um pouco do novo programa do PT, que foi ao ar em rede nacional nessa quinta-feira (12). O vídeo reverencia o ex-presidente Lula afirmando que no seu mandato a vida de 36 milhões que viviam na "pobreza" mudou e ressalta que cortes na educação estão sendo feitos no governo do presidente Michel Temer (PMDB). 

O programa político também destaca que os jovens passaram a ter mais, nas gestões do PT, oportunidades com o Ciência Sem Fronteiras, Programa Universidade Para Todos, Fies e o Pronatec. “Nos governos do PT, o Brasil mais que dobrou o número de vagas nas universidades e quadruplicou o número de escolas técnicas”, diz um trecho do programa político e afirma que o governo Temer congelou por 20 anos os gastos com saúde e educação, que está acabando com o Ciência Sem Fronteiras e cortou e verba das universidades. 

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O auxiliar ministerial de Temer rebateu. “Assisti há pouco ao programa do PT e é incrível como os petistas insistem na mentira como arma de ataque. Ao falar de Educação, o PT mente. Primeiro quando fala sobre suposto fechamento de universidades federais por falta de repasses. Depois, quando fala do Ciência sem Fronteiras”, escreveu na sua página do Facebook. 

O ministro garantiu que todas as 63 universidades federais do País estão funcionando. “Estamos em outubro e o MEC já repassou 100% custeio para a assistência estudantil, R$ 5,8 bilhões em recursos financeiros e R$ 7,8 bilhões de limite para universidades e institutos federais. Além de R$ 43,5 bilhões para folha de pagamento de pessoal”, justificou. 

Mendonça também falou que diversas obras paralisadas nos governos do PT foram retomadas pela nossa gestão e estão sendo entregues. “Mente quando nega que foi o governo Dilma que encerrou o Ciência sem Fronteiras, tendo feito a última edição em 2014”, frisou. 

Confira o programa completo:

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Presente na coletiva de imprensa onde o presidente estadual do PMDB, Raul Henry, falou sobre a decisão liminar da Justiça que suspendeu o processo de dissolução da executiva estadual da sigla, o deputado estadual Ricardo Costa, em entrevista ao LeiaJá, lamentou a postura que vem sendo tomada pelo senador Fernando Bezerra Coelho, filiado ao partido  no mês passado após a possibilidade aberta pelo presidente nacional da legenda, Romero Jucá, de comandar o partido em Pernambuco. Dessa forma, FBC conseguiria levar o partido, que hoje é principal aliado do governador Paulo Câmara (PSB), para a oposição.

O parlamentar falou que a legenda não tem nada contra ninguém e lamenta a atual situação. “Ninguém aqui tem nada contra ninguém, mas é pela forma como as coisas vieram se processando. Eu vejo tudo isso lamentando porque ele [FBC] é um político de muito vigor e de muita energia e acontecer uma coisa dessa justamente com  o nosso partido e com ele não nos leva a nenhuma alegria. Eu lamento”. 

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Ricardo Costa também falou que todo esse processo é penoso. “É um caminho tortuoso, penoso, mas necessário e que nós temos que realmente participar dele em defesa, como disse o presidente Raul Henry há pouco, em defesa dos nossos ideais, da nossa história e em defesa do PMDB de Pernambuco. De alguma forma contribuímos para que essa história fosse até hoje conduzida com democracia e com liberalidade”. 

Ele ainda ressaltou que é preciso “lutar” pela integridade do partido. “É um partido aberto, realmente democrático onde participam todas as forças que compõem a sociedade pernambucana e esse atropelo que nós estamos vitimados precisa de um combate e esse combate está sendo feito dentro da lógica, dentro da juridicidade que o tema requer e é decisão do diretório e da executiva estadual lutar pela integridade do partido”.

A atriz Juliana Paes, aos 38 anos e mãe de dois filhos (Pedro, de 6 anos, e Antônio, de 4), estrela um ensaio fotográfico em que aparece nua. Juliana mostrou o corpo impecável e, em entrevista, posições firmes. Para ela, posar nua vai além de mostrar as curvas. 

No ar atualmente com a personagem Bibi, da novela Força do Querer, Juliana Paes tirou a roupa pela segunda vez neste ensaio, feito para o caderno Ela, do jornal O Globo. Em 2004, ela havia posado para a revista Playboy. Ela contou que na prmeira vez fez pelo dinheiro, mas que, dessa vez, fotografar nua funcionou como uma forma de se posicionar politicamente: "Posar nua é um ato político. Fiz essas fotos para um jornal feminino, para outras mulheres. A minha geração titubeava diante da palavra feminismo, isso acabou. Eu acredito na causa, reitero os valores do passado e me orgulho de ver minhas colegas batalhando por nós. Essas fotos dizem que o corpo é meu, ser empoderada é ter coragem". Juliana é embaixadora da ONU Mulheres. 

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Ainda sobre o tema empoderamento, Juliana revelou que, seu exemplo de "Mulherão" é a cantora pop Madonna. A atriz explicou sua escolha: "Ela levantou a bandeira do girl power (poder feminino), exerceu sua sexualidade, a autoridade sobre o próprio corpo, falou sobre o nosso direito de escolha. É muita força". 

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Um vereador do PDT de Mara Rosa, em Goiás, foi preso nessa terça (8) após atropelar e matar uma idosa que estava em uma bicicleta. Segundo a Polícia Militar, Luiz Carlos Barcelos estava bêbado.

Elza Maria da Luz, 60 anos, pedalava em uma rua da cidade, que fica a 368km da capital Goiânia, quando foi atropelada violentamente pelo carro dirigido pelo vereador. De acordo com a PM, Barcelos fugiu sem prestar socorro e só foi preso em sua casa.

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'Batata', como é conhecido o político de Mara Rosa, ficou em silêncio em seu depoimento, foi detido e preso no presídio da cidade goiana.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) é o melhor parlamentar do país. Ao menos, essa foi a conclusão que chegou o site independente político.org.br. A notícia foi comemorada em postagem feita na página do Facebook do tucano. 

Segundo o site independente, ele chegou a 623 pontos em um ranking que leva em conta a presença nas sessões, processos judiciais, qualidade legislativa, participação pública, entre outros tópicos. No texto da postagem na rede social, o texto enaltece o tucano: “A coerência que Pernambuco já conhecia, hoje é reconhecida em todo o Brasil”. 

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A última colocação ficou com o senador Ivo Narciso Cassol (PP), na posição 626° com uma pontuação negativa de -384 pontos. Entre os deputados da bancada pernambucana, Creuza Pereira (PSB) aparece em última colocação [368°] com 314 pontos. Entres os senadores, Armando Monteiro (PTB) também consta entre os últimos com 341 pontos ficando no 318° colocação. 

Segundo a explicação da plataforma, os legisladores são classificados do melhor para pior e que o objetivo é “oferecer informação para ajudar de forma objetiva as pessoas a votarem melhor”. 

“Sabemos que existe uma enorme quantidade de corruptos e incompetentes na política brasileira. No entanto, se votarmos em massa nos melhores ou menos piores  incentivaremos uma melhoria no panorama político do Brasil. Somos um site particular criado por dois administradores de empresa. Não somos filiados a nenhum partido político ou grupo de interesse”, está escrito na apresentação. 

Rebatendo as declarações do prefeito de Salgueiro, Clebel Cordeiro (PMDB), que chegou a dizer que a oposição da cidade faz uma “política nojenta”, o vereador da oposição Hercílio de Alencar Carvalho (PSB) declarou, em entrevista ao LeiaJá, que o peemedebista prometeu demais. “Prometeu muito emprego, prometeu fazer tudo a mil maravilhas, tinha a transposição, só que a realidade está sendo outra. Clebel foi eleito prometendo muita coisa, prometeu demais”, cravou. 

Hercílio contou que uma das promessa do atual governo foi procurar “pessoas capacitadas” para fazer parte do secretariado. No entanto, segundo o parlamentar, o prefeito não cumpriu e anda teria aumentado o salário dos secretários em 80%. De acordo com o vereador, eles passaram a ganhar R$ 9 mil; Antes, o valor era de R$ 5 mil. 

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“O transporte escolar também está contra a lei e quebrando toda hora, todo mundo sabe disso. As empresas vindas da Bahia e de Fortaleza são de uma péssima qualidade. Ele também não é de seguir normas. Na minha opinião, Salgueiro corre um sério risco de se transformar em uma cidade que era modelo para o Brasil, que melhor aplicava educação e saúde, agora não tem concorrência para nada. Estou muito temeroso porque se o dirigente perde credibilidade, os governos estadual e federal também perdem. Estamos preocupados porque a gente acha que está tendo muita contrariedade”, falou entre outras críticas. 

Ele também citou as festividades no município. “Fizeram um Carnaval com mais de R$ 1 milhão [gastando]. Prometeram que o São João ía ser bom, quando chegou não passou de mil pessoa, duas mil, o que antes eram 30 (...) prometeu que ía buscar empresa, houve uma jogada de marketing político”, continuou. 

Apesar das críticas, o vereador confessa que houve um processo de desgaste da gestão anterior. “Na minha avaliação, a prefeitura foi muito técnica, se aprimorou muito em cumprir as normas, fazer as coisas da forma que tinha que ser feita, às vezes antipática”, disse. 

Hercílio ainda falou que com o falecimento do ex-governador Eduardo Campos, a cidade ficou “órfã” de líderes. “Eduardo era muito forte, ele também abria as portas nacionais. Lula também vinha muito aqui constantemente”, relembrou ao também creditar as dificuldades na cidade pela crise agravada pelos escândalos de corrupção. “Há uma gangue no poder. Foi um fator determinante para a crise”, disparou, fazendo referência ao cenário nacional de prisões constantes por corrupção.

Simone Veil, eminente figura da vida política francesa, descansará com o marido no Panteão, necrópole laica dos "grandes homens" franceses - anunciou nesta quarta-feira (5) o presidente Emmanuel Macron, durante uma homenagem nacional a essa sobrevivente do Holocausto.

"Decidi, de acordo com sua família, que Simone Veil repousará com seu marido no Panteão para dar o testemunho do imenso agradecimento do povo francês a um de seus filhos tão amados", declarou Macron, após uma cerimônia na presença de dezenas de personalidades francesas e estrangeiras.

"Você, madame, ofereceu a nossa velha nação dons que a tornaram melhor e mais bela", acrescentou Macron, diante do caixão coberto com a bandeira nacional.

"Você lançou em nossas vidas essa luz que estava em você e que nada, nem ninguém, pode tirar de você. Os franceses viram isso, entenderam isso. Sua grandeza se ajusta bem à nossa", completou.

Promotora da descriminalização do aborto e símbolo da emancipação feminina, Veil será a quinta mulher, em meio a 76 homens, a repousar no Panteão, "templo" da República situado no coração de Paris.

Lá estão, entre outros, os restos mortais dos escritores Victor Hugo (levado para lá em 1885), Émile Zola (1908), Alexandre Dumas (2002), o herói da resistência Jean Moulin (1964), ou a cientista Marie Curie (1995).

Depois do falecimento de Simone Veil, aos 89 anos, várias personalidades pediram que essa honraria lhe fosse concedida.

Nesta quarta, a marcha fúnebre de Chopin acolheu o caixão, transportado por guardas republicanos. O cortejo deixou o Hôtel des Invalides - um complexo arquitetônico que foi hospital militar e onde agora repousam os restos de Napoleão — ao som do chamado Chant de Marais, o canto dos deportados, em memória ao período de detenção de Simone e de sua família no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.

O elogio fúnebre do chefe de Estado foi precedido pelas palavras dos dois filhos de Simone Veil.

"Sua determinação teceu a trama da armadura que lhe permitiu sobreviver ao inferno", afirmou o advogado Jean Veil.

Seu irmão, Pierre-François, também advogado, lembrou-se das "lutas" de sua mãe por uma Europa "de paz, de solidariedade e de progresso compartilhado".

- Presenças ilustres -

Cerca de 700 convidados, entre eles dezenas de personalidades francesas e estrangeiras, assistiram à cerimônia. Estavam presentes vários chefes de governo, como o belga Charles Michel, o luxemburguês Xavier Bettel e o búlgaro Boiko Borissov, além de ex-presidentes franceses e ex-primeiros-ministros, sem falar em todos os membros do atual Executivo.

O ex-presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, de 90 anos, de quem Simone Veil foi ministra, lamentou - segundo assessores - não ter podido comparecer. Como ministra da Saúde do governo Giscard, Veil conseguiu contra todos os prognóstico fazer que a lei de descriminalização do aborto fosse aprovada em 1974.

Também estavam presentes membros da Fundação para a Memória da Shoa, da qual Simone Veil foi a primeira presidente. Até sua morte, ela continuou sendo presidente de honra da União de Deportados de Auschwitz.

Nascida Simone Jacob, em 13 de julho de 1927, em Nice, no sudeste da França, ela foi deportada junto com a família aos 16 anos.

Mais tarde, conheceu na prestigiosa Universidade de Sciences-Po aquele que seria seu marido, Antoine Veil, falecido em 2013.

Em 1979, foi cabeça da lista da Union pour la Démocratie Française (UDF, formada por liberais e centristas) nas primeiras eleições ao Parlamento europeu por sufrágio universal e renunciou ao governo para se tornar presidente dessa Casa (1979-1982). Manteve uma cadeira até 1993.

Em 2008, Veil foi eleita para a Academia Francesa e, em 2012, recebeu a Grande Cruz da Legião de Honor - a mais alta distinção francesa.

O vereador André Regis (PSDB), durante pronunciamento no plenário da Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (4), não só elogiou o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, como também falou sobre o sistema político nos Estados Unidos. "Lá, o presidente eleito e reeleito não pode mais disputar a eleição. Então, ele não será mais alvo de ataques políticos. Isso faz com que sua biografia seja preservada e os defeitos esquecidos", disse. "Os ex-presidentes são vistos como pessoas que deram sua contribuição e que o tempo se encarregou de apagar os defeitos (...) isso não temos aqui", reforçou. 

Após a comparação, ao falar sobre o cenário político do país, Regis destacou que é preciso que as câmaras municipais também "pressionem" para a saída do presidente Michel Temer (PSDB). "Já que estamos em um sistema federativo, precisamos pressionar as instâncias nacionais. É o que faço aqui. Esse pronunciamento é para pressionar para que a posição apontada seja a saída imediata desse governo que não tem mais condições de continuar. Estamos em um ambiente no cenário nacional que é preciso que a gente valorize o nosso próprio debate aqui", cravou.

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O vereador ainda ressaltou que o povo precisa colocar, no Congresso Nacional, pessoas que tenham capacidade de liderança e de tratar os grandes temas nacionais com "respeito e decência". "Só assim a população pode contribuir para tirar o Brasil da situação em que se encontra".

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Bruno Ribeiro, em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes, pela sua postura no julgamento da Corte na chapa Dilma-Temer. O magistrado votou pela absolvição.

“O resultado nos revela tudo que já foi visto neste país recentemente. A posição, por exemplo, do ministro Gilmar Mendes, apenas confirma o que a gente tem denunciado. O ministro Gilmar Mendes é um militante político partidário no Supremo Tribunal Federal”, disparou. 

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Bruno disse que a posição tomada pelo TSE demonstra que o judiciário está longe do que a população almeja. “As posições que ele adotou claramente confirma o que a gente vem denunciando. Um tribunal tomar posição daquela [absolvição] em toda uma expectativa de uma sociedade mostra como o judiciario está distante do que o país precisa e do que o povo quer”. 

O dirigente também falou que o presidente Michel Temer (PMDB) não irá sair dessa. “Por causa da confissão dele na gravação. Ele se autoincriminou na prática de graves ilegalidades. Ele já poderia ter sido afastado nesse julgamento, mas ele terá que ser afastado pelos crimes que ele cometeu. Os graves crimes que se descobriram pela boca dele. Com certeza, a república do golpe desmoronou. Esse governo inviabilizou-se. Agora precisamos tirar essas ruínas da frente do povo brasileiro”. 

“O que o povo está vendo um ano depois do impeachemt é que foi vendido uma ilusão de que bastava afastar a presidente Dilma, que o país iria melhorar e piorou muito. Esse país só vai sair desse impasse restabelecendo a soberania do povo decidir quem preside a república e a que interesses atende. O povo brasileiro não vai sair dessa situação difícil sem um plano e sem uma eleição direta, que pressupõe o retorno da democracia”, acredita. 

 

 

 

 

O Facebook lançou um novo recurso que vai facilitar a vida dos usuários que costumam usar a rede social para realizar reclamações sobre governantes ou estruturas públicas. A partir de agora, ao clicar na janela para compor um post, a pessoa verá uma nova opção que permite pesquisar e adicionar o contato telefônico de um político à postagem. As informações são do site TechCrunch.

A opção serve apenas para fornecer o contato rápido de um representante público para quem lê a publicação, incluindo endereço de e-mail e telefone do gabinete em questão. O recurso está disponível para usuários individuais e proprietários de páginas do Facebook.

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O recurso, que está disponível tanto na web quanto no celular, não envia ao representante do governo uma notificação da postagem governo, mas facilita o contato de outras pessoas com ele. Por enquanto, a novidade só funciona nos EUA, e não há previsão de que chegue ao Brasil.

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Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela o que para muitos pode significar o fundo do poço em relação ao atual cenário político brasileiro: a maioria dos recifenses preferem o político que “rouba, mas faz”. 

A pesquisa qualitativa, feita com moradores de bairros periféricos do Recife, perguntou aos entrevistados qual seria a opção escolhida entre as duas alternativas: você prefere um político que rouba, mas faz ou um político que não faz e nem rouba? Em sua maioria, o panorama verificado remete a ideia de que “entre os males o menor” e a de que “melhor pouco do que nada”. 

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O morador do bairro de Água Fria Paulo Sérgio, de 50 anos, foi um dos que preferem a primeira opção. “Eles roubam, mas alguns fazem. É o que temos, né? Agora o mundo está assim”, disse em tom conformista. Ele não acredita que exista algum político honesto. “Eu acho muito difícil encontrar um. Eu não confio de jeito nenhum”, complementou. 

Para Paulo, só existem dois que se salvam: os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de acreditar que os dois petistas “roubaram”, em sua avaliação eles estão “perdoados”. “Antes de Lula, e depois ele passou pra Dilma, o pobre não tinha televisão não. A gente não tinha nem rádio de pilha. Ele "roubou" para dar para o pobre mesmo que tenha “comido” um trocado. O projeto de Lula é de ladrão pequeno porque o grande já vem roubando há muito tempo. Agora, tem muita gente aí na cadeia que continua roubando e recebendo dinheiro. Lula não roubou, ele fez desvio de verba para dar aos pobres. Se ele for candidato de novo, eu voto nele. Eu perdoava o “roubo” pelo que ele fez por nós”, justificou. 

Antônio Avelino, 82 anos, garante que na sua geração havia muitos políticos honestos. O aposentado diz que não pode discordar com o fato de que “melhor ruim do que nada”. “Eu dou apoio sim, pois pior é o que rouba e não faz nada. Na minha época, não era assim, eu já votei em muito político honesto. Agora, a situação é diferente, o que vejo com muita tristeza, mas acho que ainda pode melhorar”.

O professor da UFPE e um dos coordenadores da pesquisa realizada pelo Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira explica que o quadro encontrado não significa que esses políticos sejam aprovados ou admirados pela população. “Outros mostram indignação com este tipo de políticos. Contudo, o relevante é que parte dos eleitores, diante das demandas que eles têm, as quais os governos não são eficientes para atendê-las, passam a tolerar gestores que roubam, mas faz”.

A flanelinha Edileuza Bezerra, 60 anos, reforça o diagnóstico de Adriano Oliveira. “A gente, infelizmente, fica peneirando para o menos ruim. O que vai, pelo menos, fazer alguma coisa pela saúde e pela educação, que andam juntas. A maioria despreza isso que o povo tanto precisa. Não é o ideal isso, mas a gente não tem político honesto 100%. Está para nascer um”. 

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Prisão para os corruptos

Os entrevistados também são unânimes ao enfatizarem que político corrupto tem que ir para a cadeia. “Tem que ser preso sim. Eles que roubam e querem ter o perdão. Que pague pelo que fez, mas na verdade quem vai mesmo para a cadeia é o pequeno ladrão, aquele que rouba por comida”, lamentou. 

A dona de casa Noêmia Ferreira pede por punição e vai além ao afirmar que mesmo um político honesto pouco pode fazer porque “os ruins” não vão deixar. “Então, esse político vai pelo círculo errado e fica tudo igual. Todos eles têm que pagar pelo que fizeram. Eu não digo pena de morte não, mas prisão perpétua. Porque um pai de família que rouba um pacote de fubá vai preso e os políticos não? É o pobre que sempre paga o pato. A gente não pode confiar não porque é tudo desonesto. Só trabalham por ambição e a gente pobre morre e não leva nada, mas no fundo eu acho que eles não têm sossego na alma”. 

Honestidade acima de tudo

Apesar de ser uma minoria, há quem opte pelos que “não fazem, mas não roubam”. Na opinião do funcionário público Rivaldo Gonçalves, morador da Bomba do Hemetério, não pode existir conformismo. “Se ele está roubando, ele está prejudicando aquele que não tem. É uma sacanagem”, pontuou. 

O bibliotecário Marcílio Freitas afirma que a população não pode concordar com a “roubalheira”. Para ele, é preferível que o povo se una para pleitear algo ou construam sem esperar o poder público do que aceitar a desonestidade. “Não podemos aceitar que um político roube. É melhor a ação popular como todos agora que estão se mobilizando para ajudar as vítimas das enchentes. É melhor do que esperar algo deles [políticos]”. 

O estudante Alessandro Silva, 18 anos, foi convicto ao ser questionado. “Eu não posso concordar com isso de que rouba, mas faz. Eu não me sinto confortável com essa posição. Não concordo de forma alguma”. O amigo Rodrigo Jefferson, 17 anos, tentou rebater. “Mas todos nós roubamos de alguma forma. Olha, furar uma fila é um tipo de roubo. Querer tirar vantagem por meio do outro também é roubo. Já virou costume, então, infelizmente, melhor roubar do que não fazer nada. Eu sei que o ideal é não roubar, mas eu não acredito em político honesto, então, é melhor roubar e fazer. Não tem outra opção”, argumentou. 

De acordo com Adriano Oliveira, essa opinião contrária demonstra que a corrupção pública é reprovada pelos entrevistados. “Eles consideram que a corrupção pública faz parte do cotidiano e que todos os políticos estão no mesmo saco”, declarou. O objetivo da pesquisa foi identificar as percepções dos eleitores - com mais de 16 anos e residentes em bairros da periferia do Recife - sobre o cenário político atual. O levantamento foi realizado no dia 24 de maio de 2017. 

O novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta a descrença dos pernambucanos com os políticos brasileiros. O estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (13), mostra que 84% dos entrevistados não confiam em nenhum político. Segundo os dados, apenas 9% disseram confiar na classe e 6% não souberam ou não responderam. 

O Instituto UNINASSAU também perguntou, de forma espontânea, qual o partido político mais admirado no Brasil. Na mesma linha de descrença, 71,5% responderam que nenhum. O Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de todas as polêmicas envolvendo a sigla nos últimos anos, é o mais admirado com 17,5%. As outras siglas, com um percentual bem abaixo do PT, aparecem com uma diferença pequena: PSB (1,7%), PMDB (1,3%), PSDB (1,3%) e outros (1,4%). Dos entrevistados, 5,3% não souberam ou não responderam. 

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Avaliando os dados, o coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, declarou que a reputação desfavorável da política é evidente. “Quase 85% dos eleitores não confiam nos políticos. Já os partidos políticos, isso não é novidade, estão em baixa para os eleitores. Tanto partidos políticos como classe política tem hoje um déficit forte de credibilidade. Esses dois dados juntos é um aspecto relevante”, reforçou. 

Se o PT é considerado o mais admirado, ao mesmo tempo, é o mais rejeitado. De acordo com a amostra, 10,7% não gostam da legenda. Em seguida, entre os mais rejeitados, está o PMDB que possui 7,4% Já o PSDB, o PSB e os que disseram outras siglas ficaram, respectivamente, com 5,2%, 2,5% e 1,7%. Os que afirmaram que não gostam de nenhum somam 52,8% e não souberam ou não responderam 19,8%. 

Ainda em destaque, o PT é apontado como a sigla que pode fazer mais pelos pobres com o percentual de 26,1% e, em segundo lugar, o PSB com 1,3%. O maior percentual, entretanto, está entre os que disseram nenhum, 58%. Já 11,4% não souberam ou não responderam e 3,1% disseram outros partidos. O apontado como o que pode fazer mais pelos ricos é o PMDB que ostenta 8,9%. O PSDB, o PT e o PSB receberam 7,1%, 4,6% e 3,5%, cada. 49,3% disseram nenhum e 25,6% não souberam ou não responderam. 

Para Adriano Oliveira, o percentual que aponta o PT como o mais querido entre a classe mais desfavorecida é relevante porque explica a parte da consolidação e da manutenção da liderança do ex-presidente Lula em Pernambuco e no Brasil. 

“É importante destacar que o PT é um partido fortemente identificado com os pobres e o PMDB por conta das reformas, se identifica como o partido de ricos junto com o PSDB. Então, o PT tem a bandeira dos pobres e o PMDB e o PSDB a bandeira dos ricos. Isso nos sugere o porquê Lula mantém essa liderança e ainda existe espaço aberto para o PT apresentar um candidato que não seja Lula na eleição de 2018 com a capacidade de crescimento eleitoral”, explicou o cientista. 

Foram realizadas 2.263 entrevistas, no período de 8 a 10 de maio de 2017, com pessoas residentes em Pernambuco. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro de 2,1%. 

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Durante o ato público da greve geral na praça do Derby, na tarde desta sexta-feira (28), o senador Humberto Costa disse que a manifestação representa a retomada da luta popular no Brasil. 

"Eu não tenho dúvidas de que essa manifestação de hoje vai fazer muita diferença na hora que cada deputado e senador for colocar o seu voto no congresso nas próximas votações", afirmou Humberto.

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Para ele, a paralisação nacional é a maior em décadas e isso deve abalar alianças políticas em Brasília. "Nossa greve geral pode desestruturar o governo de Michel Temer, a ponto de termos eleições gerais no Brasil ainda neste ano", acredita o senador.

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Também presente na manifestação, o vereador Ivan Moraes destacou que a sociedade civil não organizada aderiu a greve geral. "As pessoas que às vezes nem se envolvem com política compreenderam a força da luta e o risco de perder direitos", disse.

Sobre as futuras votações das reformas propostas por Michel Temer, Ivan acredita   que a adesão a paralisação de hoje é um alerta para o congresso. "O protesto vem para coroar esse dia e mostrar aos senadores e deputados que quem votar a favor dessas reformas, não volta ao Cogresso Nacional no ano que vem".

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Após ter o seu nome citado na temida lista da Odebrecht e esperar alguns dias passarem, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) voltou a falar sobre a PEC 282/16, que propõe alterações no sistema eleitoral brasileiro. Ele, que é relator da proposta, concluiu nesta quarta-feira (19) a leitura do parecer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. 

De autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Ricardo Ferraço (PSDB) e já aprovada pelo Senado Federal, a PEC prevê a possibilidade da criação de cláusula de desempenho para as legendas que irão disputar as eleições de 2018 e o fim de coligações entre partidos a partir de 2020. 

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Betinho declarou que a proposta de emenda será essencial “para reduzir a quantidade de partidos que estão sendo criados no Brasil e isso, certamente, é um passo decisivo para que a gente possa ter um sistema político mais estável, mais claro e ao mesmo tempo em que se dificulte a criação de partidos que tem causado dificuldade, inclusive na discussão de temas importantes no parlamento”. 

O tucano também disse que a proposta será a correção de uma “deformação” do sistema político brasileiro. “É um debate rico, importante e que todos os representantes partidários poderão participar e que a sociedade deve acompanhar todo esse processo, pois é um assunto extremamente relevante”, finalizou. 

Citado pelos delatores da Odebrecht, Betinho é suspeito de receber duas quantias em vantagens indevidas: R$ 75 mil quando candidato à prefeitura de Cabo de Santo Agostinho, em 2012, e R$ 100 mil já como parlamentar, em 2014, segundo inquérito autorizado pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin. O dinheiro teria sido repassado para que a Odebrecht fosse favorecida em empreendimento imobiliário na cidade.

O parlamentar, após a citação do seu nome, se defendeu afirmando que todas as contas de sua campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que “jamais defendeu interesses privados em detrimento do interesse público e que tem total interesse que o caso seja o mais rapidamente esclarecido".

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos conversou com a imprensa, ainda na delegacia, após ser preso na manhã desta terça (17) durante a reintegração de posse da Ocupação Colonial, em São Paulo. Ele disse que o delegado responsável pelo caso ainda ouvirá outros policiais militares e ainda não informou quais serão as medidas a serem tomadas. “Eu vou ter que aguardar aqui até essa definição da Polícia Civil”, explicou. 

Boulos disse que sua detenção teve fins políticos. “Foi uma prisão política, evidente. Não teve nenhuma razão. Alegaram incitação à violência e agressão. Eles despejam 700 famílias com violência e eu que incitei. É uma prisão descabida. Depois que os fatos ocorreram, atribuíram a mim coisas que não aconteceram. O MTST estava lá nessa ocupação para buscar garantir o direito das pessoas que estavam sendo despejadas. Buscar uma saída negociada e pacífica”. 

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Ele contou a sua versão. “A tropa de choque avançou, jogou bombas e querem encontrar um culpado. É o que estão tentando fazer. O grupo de policiais da tropa de choque me cercaram e me conduziram à viatura dizendo que eu estava sendo preso”.

Guilherme declarou que episódio desta terça é mais um “capítulo” da luta do movimento e que acredita que não será o último. “O que eu vejo é que há no país uma ofensiva de criminalização dos movimentos sociais. Isso é notório e as pessoas percebem. Cada vez mais há uma tentativa de desmoralizar os movimentos descaracterizando a luta por direito. Essa desmoralização prepara o terreno para uma criminalização, para uma violência de Estado contra os movimentos sociais. O despejo de hoje é mais uma expressão disso e essa prisão também”, declarou.

Ainda definiu a reintegração de posse ocorrida nesta manhã como absurda e injusta. “Têm pessoas nas ruas jogadas na calçada, no meio da chuva, e que também estão indignados com uma prisão política que é, evidentemente, uma medida da Polícia Militar de São Paulo de criminalização dos movimentos sociais”. 

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