Tópicos | Postos de Gasolina

Apesar da redução imposta por lei federal sobre as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), o impacto das bases entre 17% e 18% na arrecadação ainda é ínfimo nos postos de gasolina de Pernambuco. Em ronda por postos do Grande Recife nesta quinta-feira (7), a equipe do LeiaJá conversou com motoristas de diferentes perfis e repercutiu a aparição dos descontos nas tabelas, três dias após o Governo de Pernambuco anunciar que cumpriria a medida sancionada por Jair Bolsonaro (PL).

Com exceção de um estabelecimento — onde o preço caiu R$ 0,40 —, em todos os postos de gasolina visitados, a redução foi de R$ 0,10. Os preços variaram entre R$ 6,74 e R$ 6,84 para a gasolina comum e aditivada, e na maioria dos casos, o pequeno desconto entrou em vigor entre a terça-feira (5) e a quarta-feira (6). Nos casos em que o LeiaJá pôde verificar, a incidência do imposto estadual sobre o consumo de combustíveis era de 25,32%.

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A base ainda muito além da proposta pela lei federal acontece pois, no último fim de semana, o governador Paulo Câmara (PSB) informou, através das redes sociais, que a redução inicial imediata, atendendo à nova lei complementar, seria de R$ 0,41. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tramita a proposta de uma outra redução, cumulativa, de R$ 0,52, que ainda não foi aprovada. Assim, a redução total por litro da gasolina seria de R$ 0,93.

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Há quem não acredite que o imposto estadual cumprirá a proposta informada pelo governador. No geral, através dos clientes ouvidos pela reportagem, a sensação segue sendo de insatisfação.

“O valor ideal, hoje em dia, seria de R$ 4,50 a R$ 5, no máximo, considerando o restante do custo de vida, ainda mais para quem depende do carro. Quando a gasolina baixa, as outras coisas aumentam. Eu nem percebi a diferença desses R$ 0,10, vou descobrir nas notas do dia 30 se realmente melhorou algo. Não acho que o governador vai liberar esse desconto no imposto aí, não”, disse o empresário Wellington Andrade, de 40 anos, ao LeiaJá.

O autônomo abastecia uma motocicleta própria, utilizada para sua locomoção e a dos seus funcionários. No posto de gasolina onde Andrade estava, o litro da gasolina era R$ 7,19 até terça-feira (5). O estabelecimento pertence à rede Postos Olinda e fica situado à Avenida Olinda Dom Hélder Câmara, no bairro de Santa Tereza, próximo ao Centro Histórico. Desde a quarta-feira (6), o preço em vigor, por litro do combustível, é R$ 6,79. No cartão de crédito, o valor sobre para R$ 6,99. Já o etanol, à vista, custa R$ 5,69 e R$ 5,89 no crédito.

“Eu tenho uma empresa própria, boto o pessoal na rua para fazer serviço. São cinco carros e uma moto. Teve um tempo que eu tive que reduzir a quantidade de carros na rua, colocar mais gente para trabalhar num carro só e deixar só dois carros rodando, para conseguir diminuir os custos. E só uso gasolina, por uma questão de qualidade e rentabilidade, mas, recentemente, paguei R$ 7,69 no litro de gasolina em um posto aqui no Bairro Novo. Quase R$ 500 semanalmente só com a moto, com os carros, uns R$ 6 mil”, acrescentou Wellington.

O autônomo Ulisses Gomes de Carvalho, cliente regular de posto no Recife. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Em um outro posto de gasolina, na região central do Recife, o preço caiu R$ 0,10 nessa quarta-feira (6). O responsável pela loja, em conversa com o LeiaJá, explicou como tem sido as condições de repasse na compra e na venda.

“O movimento está muito fraco esse mês, aí vamos baixando o preço. Se esse ICMS chegar em agosto, a gente vai estar aqui com uma margem [de lucro] de 3%, 4%, como acontece às vezes. Então se baixar R$ 0,90, a gente não reduz os R$ 0,90, porque precisamos recuperar a margem saudável que tínhamos”, explica Fernando Miranda, gerente comercial de um posto Petrobras (BR) na avenida Agamenon Magalhães, próximo ao Shopping Tacaruna.

No local, o preço do litro da gasolina comum não sofre acréscimo nas diferentes formas de pagamento. O valor atual é de R$ 6,79 (custava R$ 6,89 até 6 de julho). A gasolina aditivada também sofreu redução, caindo de R$ 6,99 para R$ 6,89.

“A diminuição, para mim, não foi relevante. Baixou centavos, mas quando sobe, é bastante, em reais. Não vejo muita flexibilização em postos. Antes da redução, eu estava pagando uns R$ 5,79 [no etanol]. Depois que decretaram a redução foi que começou a cair, mas agora. Quase não boto gasolina por causa do preço, não tem quem aguente. Misturo só pra dar partida”, compartilhou o autônomo Ulisses Gomes de Carvalho (foto), de 47 anos, cliente regular do estabelecimento.

Em outros postos BR nas imediações, entre Recife e Olinda (altura da avenida  Presidente Getúlio Vargas), o preço chegou a R$ 6,84. Alguns ofereciam a opção de pagamento sem juros, no crédito, em até três parcelas, e com juros, acima disso. As taxas de parcelamento também foram motivo de queixa dos clientes.

“Se todo mundo parasse de andar de carro e fosse andar de ônibus, com a demanda caindo, eles diminuiriam. Eu fiz isso quando houve a greve dos caminhoneiros, deixei meu carro na reserva em casa e parei de usar. A população precisa dar a resposta, não se acomodar. Na época da greve, teve fila em posto que estava cobrando R$ 10 pelo litro de gasolina. E ainda tem isso da bomba que aceita cartão e cobra taxa. De R$ 6 e pouco, o valor sobe para a casa dos R$ 7. Não existe isso”, concluiu Ulisses.

Em um posto da rede Shell, na avenida Doutor José Augusto Moreira, no bairro de Casa Caiada, em Olinda, o litro da gasolina comum custava R$ 6,89, nesta quinta-feira (7). Até o fim do mês de junho, o preço do litro era R$ 7,48 (o mais alto do semestre). Da terça-feira (5) em diante, o preço caiu de R$ 6,99 para o valor atual.

O mesmo desconto (R$ 0,10) foi aplicado ao etanol comum e à gasolina aditivada, que estão custando R$ 5,89 e R$ 7,19, respectivamente. No cartão de frota, o preço sobe: R$ 6,19 para o etanol e R$ 7,19 para a gasolina comum.

“Consumo uns R$ 100 ou mais de gasolina por semana. É muito alto. Uso para locomoção mesmo, para trabalho, todo dia. Mesmo com a redução, está muito caro ainda. Isso tem impactado nas minhas contas, mas não precisei deixar de usar o carro. Mesmo com o preço, a gasolina é mais rentável, porque o álcool, por exemplo, também está caro. Se o imposto estadual também reduzir, ainda vai ser muito alto. Eu já paguei gasolina na casa dos R$ 2. O valor ideal precisaria ser, pelo menos, na casa dos R$ 4, mas toda redução que chegar ajuda, só não é ideal”, compartilhou a médica Natielly Saraiva, de 33 anos, cliente regular da rede.

Outras redes

Rede Costa do Dendê - avenida Cruz Cabugá (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,74 (à vista) e R$ 7,29 (a prazo)

Gasolina aditivada: R$ 6,74 (à vista) e R$ 7,29 (a prazo)

Diesel: R$ 7,29 (à vista e a prazo)

Etanol: R$ 5,77 (à vista) e R$ 6,09 (a prazo)

Posto Alvorada - avenida Norte (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,79 (à vista) e R$ 6,99 (a prazo)

Etanol: R$ 5,69 (à vista e a prazo)

Diesel: R$ 7,27 (à vista) e R$ 7,79 (a prazo)

Dislub - avenida Agamenon Magalhães (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,79 (à vista e a prazo)

Etanol comum: R$ 5,79 (à vista e a prazo)

GNV: R$ 4,08 (à vista e a prazo)

Diesel: R$ 7,29 (à vista e a prazo)

Com a paralisação de caminhoneiros em prol do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda na noite dessa quarta-feira (8), postos de combustíveis foram tomados por filas extensas no Recife. Apesar do alto preço do diesel e da gasolina, a cena se repete na manhã desta quinta (9).

O medo de uma nova crise de abastecimento decorrente do bloqueio de rodovias deu início a uma corrida de consumidores para encher o tanque. O protesto dos caminhoneiros defende pautas antidemocráticas do chefe do Executivo, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso, já derrotado no Congresso.

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“Hoje me acordei de 4h para abastecer meu carro e minha moto. Eu vi a paralisação, fiquei com medo e vim encher, e tô enchendo agora o carro do meu irmão”, relatou o eletricista automotivo, Edson da Fonseca, que foi ao posto no cruzamento da Estrada dos Remédios com a Estrada do Bongi, na Zona Oeste da capital.

Após gastar R$ 389 para abastecer o carro e a moto, ele considerou os preços abusivos, exorbitantes e apontou que o combustível consome parte do salário que poderia ser usada em lazer.

“A gente deixa de ter um passeio, um jantar e um almoço só para botar combustível”, disse. “Eu acho isso errado, se eles querem fazer protesto, façam sem prejudicar a gente”, reclamou.

Também preocupado com os efeitos da mobilização, o técnico em Segurança do Trabalho, Rafael Carvalho, chegou cedo ao posto localizado no cruzamento da Rua Fernandes Vieira e com a Joaquim Felipe, no bairro da Boa Vista, área Central da capital.

Mesmo com a possibilidade de trabalhar em esquema home office, ele também se mostrou contra a interdição nas BRs. "Vai gerar um impacto muito forte no nosso bolso. A gente que vai pagar o pato", prevê.

Uma coletiva de imprensa foi realizada na manhã deste domingo (2), no Recife, pela Secretaria de Justiça e Direitos Humano de Pernambuco. O objetivo foi tranquilizar a população sobre as informações de que o Estado pode ser palco de uma nova greve dos caminhoneiros que poderia acarretar falta de combustíveis nos postos.

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O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, garantiu que não há o que temer. “Não há qualquer risco de desabastecimento de combustíveis em Pernambuco. Quem criou essa situação de pânico será punido rigorosamente”, declarou, conforme informações da assessoria de imprensa do Governo de Pernambuco.

Pedro Eurico criticou veemente uma postagem no Instagram da rede de postos PetroMega que informava sobre uma suposta nova paralisação dos caminhoneiros a partir da madrugada desta segunda-feira (3). O secretário afirmou que a empresa será responsabilizada por uma ação classificada por ele como “criminosa e leviana”.

“Quem pratica o delito de divulgação de notícias falsas, que levam a população ao pânico, intranquilidade e insegurança, tem que ser impulso nas penas previstas na Lei de Contravenções Penais e, principalmente, no Código de Defesa do Consumidor”, declarou Pedro Eurico. Nesta segunda-feira, a PetroMega deverá ser notificada pela SJDH e pelo Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon/PE).

O secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Marcos Baptista, também participou da coletiva de imprensa. Ele garantiu que no Complexo Portuário de Suape, principal ponto do Estado de abastecimento dos caminhões que transportam combustíveis, tudo está ocorrendo normalmente. “Suape funciona plenamente, com todos os caminhões saindo sem alterações”, disse Baptista. 

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Ramos, a sociedade pode se tranquilizar. “Pedimos que a população fique em casa, não se desespere, porque não há motivo para isso. Os postos podem apresentar uma certa dificuldade no abastecimento, mas não pela falta do produto em Pernambuco, mas pelo aumento descontrolado da demanda neste final de semana”, argumentou.

Fiscalizações 

O Procon/PE promete realizar várias fiscalizações, nesta segunda-feira, em estabelecimentos de combustíveis do Estado. O objetivo é “verificar se os postos estão praticando abuso no preço da gasolina”. Caso sejam encontradas irregularidades, o órgão informou que puirá os responsáveis.

“Vamos verificar os preços que estavam sendo operados na última sexta-feira e o que estão praticando atualmente. Já há denúncias de que estão elevando os preços do botijão (gás de cozinha) para R$ 70, na cidade de Paulista. Não iremos tolerar abusos contra a população. Nós iremos alcançar essas pessoas e elas serão responsabilizadas”, disse Pedro Eurico.

Denúncias de abusos podem ser feitas pela população junto ao Procon-PE. Os telefones para contato são 0800.282.1512 ou (81) 3181-7035.

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Dezenas de postos de combustíveis recebem intensa movimentação de clientes na manhã deste domingo (2). Depois que mensagens sobre uma possível nova paralisação dos caminhoneiros foram compartilhadas nas redes sociais neste fim de semana, boa parte dos consumidores foi aos estabelecimentos garantir gasolina e etanol para seus veículos. Em vários bairros da capital pernambucana, há filas de clientes consideradas longas; o cenário de hoje, no entanto, não é tão crítico como o presenciado entre maio e junho deste ano, durante a crise dos combustíveis.

Uma das mensagens compartilhadas foi publicada em um Instagram que seria da rede de postos PetroMega. No texto, o estabelecimento informa aos clientes que pode acontecer uma nova paralisação dos caminhoneiros na madrugada desta segunda-feira (3). “Não temos confirmação, mas são fortes as evidências”, diz trecho do conteúdo. Além dessa postagem, áudios e outras mensagens correram a internet, principalmente em grupos de WhatsApp, alegando que as entidades representativas dos caminhoneiros estariam preparando uma greve.

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Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, em trabalho paralelo ao Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon/PE), garantiu que notificará, nesta segunda-feira, a empresa PetroMega, que deverá “prestar esclarecimentos quanto à nota veiculada em suas redes sociais neste sábado”. A SJDH ainda acrescentou: “O informativo, sem qualquer fundamentação, alerta de forma irresponsável a população quanto à possibilidade de paralisação no abastecimento de combustíveis no Estado. A SJDH esclarece, ainda, que provocar alarme, anunciando perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime previsto no Art. 41, da Lei de Contravenções Penais (LCP), sob pena de prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa”.

Entre os consumidores, o clima foi de receio. Muitas pessoas não quiseram ficar sem combustíveis para seus veículos. O gerente de restaurante Daniel Mesel resolveu abastecer seu carro ainda de madrugada. Ao largar do estabelecimento onde trabalha, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Daniel foi a um posto no mesmo bairro e esperou cerca de uma hora na madrugada deste domingo para encher o tanque. “Duas horas da madrugada e a gente tentando abastecer. Ainda bem que consegui, porque estava com medo de ficar sem combustível para ir trabalhar”, disse Daniel, acrescentando que o preço pelo litro de gasolina estava por R$ 4,19.

O LeiaJá circulou em vários bairros do Recife nesta manhã. O preço da gasolina gira em torno de R$ 4,17 a R$ 4,20, enquanto o etanol está sendo comercializado em muitos estabelecimentos a R$ 3,17. Confira o vídeo a seguir:

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O estudante universitário Thales Graf, 26 anos, mora ao lado de um dos postos mais movimentados da Zona Norte do Recife, o Norte Braz, no bairro de Água Fria. Ele relata que na noite de ontem as filas já eram enormes. Hoje, em virtude de uma necessidade urgente, precisou abastecer e deu “sorte”. Saiu às 7h e conseguiu encontrar um posto próximo ao estádio do Arruda com as filas ainda se formando, mesmo assim ainda esperou 40 minutos.

 

“Acredito que toda essa situação desnecessária, isso é boato. Eu mesmo recebi diversas mensagens em grupos com tom de terrorismo, de que iria faltar combustível, de que só medicamentos seriam liberados. Quando me informei no posto, o frentista negou qualquer tipo de greve ou possibilidade de falta de combustível”, detalhou o estudante. Ele complementa: “Infelizmente, o pior do Brasil é o próprio brasileiro. Fui em um posto anteriormente em que um funcionário já está informando a suspensão da utilização do cartão de crédito, apenas pagamentos em dinheiros, no intuito de se aproveitar da situação”, lamentou.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco, Alfredo Pinheiro Ramos, garantiu que não há desabastecimento nos postos e que existem poucas chances de uma nova greve. “Desacreditamos 99% que vá acontecer uma nova greve com aquela dimensão”, declarou.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, informou que a população pode ficar tranquila porque não há greve. Ele ainda garantiu que vai intensificar as fiscalizações contra os postos de combustíveis que aumentaram os preços dos produtos em decorrência do receio da população.

Representantes dos caminhoneiros 

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) divulgou uma nota sobre o aumento do preço do óleo diesel, que seria fator motivador para possíveis levantes dos caminhoneiros. A entidade garantiu que “fará o possível para evitar uma nova paralisação”. Confira a nota:

 A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou na noite desta quinta-feira (30) os novos preços de referência para o óleo diesel, que registram alta de até 14,4% em alguns Estados.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), defensora dos direitos dos caminhoneiros autônomos do país e entidade responsável pelas negociações com o Governo durante a paralisação geral da categoria, informa que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do referido aumento.

A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano.

A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação.

Já uma nota divulgada à imprensa por outra entidade, a União Nacional dos Caminhoneiros, promete nova paralisação, mas não na madrugada desta segunda-feira. Segundo o texto, uma mobilização está sendo programada em todo o País para depois do dia 7 de setembro, feriado da Independência. O grupo pretende protestar contra o aumento no preço do diesel.

Com colaboração de Thiago Graf

Chegando ao sexto dia consecutivo da paralisação nacional dos caminhoneiros, neste sábado (26), motoristas seguem esperançosos e continuam formando filas quilométricas para abastecer seus veículos na Região Metropolitana do Recife. 

No posto de gasolina da Avenida Cosme Viana, no bairro de Afogados, os motoristas aguardam ansiosamente a chegada de caminhões que vão reabastecer a unidade. De acordo com o motociclista Filyp Magalhães, a informação repassada pela gerência é de que o combustível deve chegar por volta das 15h.

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Em decorrência da greve dos caminhoneiros, que bloqueia vias de todo o país, o abastecimento de postos de gasolinas foi afetado. Com medo de faltar gasolina centenas de motociclistas e motoristas, na manhã desta quinta-feira (24), fazem fila em diversos pontos da Região Metropolitana do Recife (RMR) para abastecer.

Com o medo da escassez, o comerciante Jeferson Lima, esperava há uma hora, em fila enorme, no centro do Recife, para abastecer. “Estou aqui, por que se eu não conseguir encher não sei o que vou fazer. A gasolina já acabou antes de eu chegar à fila”, diz.

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No posto Petrovia, localizado na Avenida Real da Torre, na Zona Norte do Recife, o preço da gasolina sofreu um reajuste significativo. Na manhã da quarta-feira (23) o litro de combustível estava sendo comercializado por R$ 6,99. Já nesta quinta-feira (24), a reportagem do LeiaJá verificou a mudança no preço, registrando R$ 4,54.

Depois da repercussão em torno do preço considerado alto, Adelmo Alexandrino, proprietário do estabelecimento, decidiu fechá-lo ainda na quarta-feira. “O que aconteceu foi um equívoco cometido por um funcionário. Ele errou os letreiros”, explica Adelmo. Com a nova tarifa, o posto foi reaberto hoje, mas o proprietário garante que os tanques serão esvaziados antes do meio-dia, devido a alta demanda.

Para contornar os aumentos nos preços, o Procon realizou uma ação, ainda na quarta-feira, visando coibir as ações consideradas irregulares. O órgão reafirma que os postos de gasolinas não podem utilizar-se de situações de escassez temporária para aumentar o preço do produto.

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Na Av. Manuel Borba, região central do Recife, o Posto BR comercializava apenas gasolina aditivada, com preço de R$ 6.10. O proprietário, Antonio Vitor Costa, que trabalha na área há 39 anos não vivenciou nenhuma situação parecida. No estabelecimento, a previsão para esgotamento será ainda na manhã desta quinta (24).

Em outro estabelecimento, a gasolina estava sendo comercializada a R$4.70, formando uma fila enorme de motoristas, que se estendia por toda a Av. Eng. Abdias de Carvalho. Durante apuração da reportagem do LeiaJá por ruas do Recife, não foram encontrado altos preços. Estabelecimentos temem multa. Outros pontos identificam estabelecimentos já fechados, na Zona Sul do Recife e em Olinda.

Com informações de Jorge Cosme

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A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou hoje (9) a proposta que obriga os postos revendedores de combustíveis a expor informações atualizadas, em local de fácil visão, sobre a quantidade de combustível disponível em tanques de estoque. Os preços de compra e venda também deverão estar visíveis ao consumidor.

O Projeto de Lei (PL 3351/15) é do deputado Vinícius Carvalho (PP-MG). De acordo com o parlamentar, os postos omitem a informação do aumento de preços previamente anunciados pelas refinarias. “O consumidor não pode continuar a ser vítima de uma conduta nefasta dessa classe de comerciantes”. Segundo Carvalho, a ausência dessas informações configurará infração penal para o revendedor, com detenção de três meses a um ano e multa.

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O PL também indica a fixação dos preços dos combustíveis mantendo a variação do valor sugerido pela refinaria fornecedora. A ocultação desta informação será considerada prática abusiva ao consumidor, com punição que irá de multa à cassação de licença do estabelecimento.

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e também pela de Constituição, Justiça e Cidadania.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou um grupo de proprietários de postos de combustíveis de Bauru interior paulista, por formação de cartel para controle de preços de gasolina. O tribunal administrativo aplicou multa de R$ 6,164 milhões sobre nove empresas e seis pessoas envolvidas no esquema identificado por investigação conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2000.

O Cade baseou as multas em 15% do faturamento das empresas envolvidas, após a formação combinada ter sido confirmada em gravações telefônicas realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que identificou também a atuação do grupo para pressionar postos que não integravam o esquema. A Lei 12.529/2011 permite multas de até 20% do faturamento das empresas envolvidas em cartéis.

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A agência apresentou denúncia ao Cade naquele ano, indicando que 60 postos da cidade do interior paulista atuavam com alinhamento de preços, adotando uma variação de apenas um centavo de real entre os valores de cada posto. O esquema envolveu cerca 70% dos postos de Bauru, distante cerca de 330 quilômetros da capital paulista.

A conselheira-relatora Ana Frazão observou que, em função da cidade da região centro-oeste do Estado de São Paulo ser um polo industrial metal-mecânico, com produção escoada por transporte rodoviário, o cartel contribuiu para "elevar os custo de produção" das empresas do município. "Apesar de não haver elementos para se auferir as vantagens pelo grupo, é certo que ela foram altas", afirmou.

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O sonho de consumo de todo motorista é poder abastecer o tanque do carro em um lugar que ofereça um “precinho camarada”, e principalmente, sem deixar algum tipo problema para o automóvel. Desde a semana passada, dois postos de gasolina, situados na Zona Sul do Recife, estão tendo um movimento intenso, chegando a criar filas para o abastecimento. Sabe qual é o segredo? Preço baixo. 

Atualmente o preço do combustível na cidade do Recife está custando em torno de R$ 2,86 a R$ 2,89, já nos postos com promoção, a gasolina está custando R$ 2,59. Segundo o proprietário de um dos estabelecimentos localizados na Rua Ernesto de Paula Santos, no bairro em Boa Viagem, a promoção instantânea fez com que os clientes eventuais virassem clientes assíduos. “Os fregueses adoram. Agora tem que aproveitar enquanto há tempo, porque tanto faz a promoção durar mais alguns dias como acabar daqui para o final da noite”, contou. 

O motorista e vendedor de materiais de limpeza, Valdir Luiz, de 66 anos, saiu do município de Abreu e Lima, próximo a cidade do Paulista, situada na Região Metropolitana do Recife para abastecer no posto. “Eu acho que esse preço é muito acessível e vale a pena sair de longe pra encher o tanque aqui”, enfatizou o homem. “Aproveitamos para fazer entregas desse lado também”, afirmou.  O advogado Jeferson Coelho, 38 anos, é morador do Barro, situado na Zona Oeste do Recife e disse que já tinha visto a trifa reduzida desde a última sexta-feira (30). “Eu resolvi aproveitar, não é todo dia que encontramos um valor tão bom”, contou. 

Cauteloso, o taxista, Adriano Nascimento, de 39 anos, avaliou que a promoção é boa, mas é necessário ficar com receio. “Eu acho que eles conseguiram ganhar algum tipo de liminar para poder abaixar o preço dessa maneira”, falou. “A gente nunca sabe se vai dar problema ou não, temos que arriscar”, concluiu. Já o engenheiro, Alexandre Ferraz, 35, acha que foi por questões políticas. “Isso já era pra ter acontecido até porque isso será tendência por questões políticas, só espero que essa promoção fique por muito tempo”, contou.

No posto de gasolina da concorrência, situado também na Ernesto de Paula Santos, os clientes também saíram satisfeitos, e conforme a gerente Josy Campos, de 27 anos, a oferta vai continuar por tempo indeterminado. “A promoção vai durar até quando a ‘guerra’ de preço durar”, afirmou. De acordo com ela, a promoção atraiu mais clientes e não deixou nenhum tipo de prejuízo.

 

A partir desta quarta-feira (20), cerca de 200 frentistas dos postos de gasolina do Recife serão qualificados para bem receber os turistas da cidade. A ação inédita, promovida pela Secretaria de Turismo do Recife (Setur), segue até o dia 6 de julho. Atores profissionais, em forma de blitz, irão percorrer os postos fornecendo informações turísticas da cidade e dicas de bom atendimento.

A ação se estenderá por 20 postos de gasolinas espalhados nos principais corredores de turistas, a exemplo da BR-101 e das avenidas 17 de Agosto, Engenheiro Abdias de Carvalho, Recife e Conde da Boa Vista. O objetivo é capacitar os profissionais para que eles repassem informações sobre a cidade aos turistas que utilizam os serviços dos postos durante os grandes eventos que acontecem no Recife. Os frentistas irão receber camisa, caneta, bloco e cartilha alusivos à campanha.

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Na manhã desta sexta-feira (02), João da Costa anunciou mudanças na fiscalização dos postos de gasolina da Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma campanha intitulada por “Posto Legal”, terá como principal foco, identificar aqueles que não estão respeitando o meio ambiente. Para que a população possa ficar atenta a tal infração, a Prefeitura do Recife (PCR) junto com a Secretaria de Meio Ambiente, elaboraram um adesivo que indica a regularidade do posto de abastecimento. O primeiro a receber o adesivo, foi o Posto Petrobrás, da Avenida Norte, bairro do Rosarinho.

A PCR já havia lançado esta operação desde setembro. Estima-se que cerca de 85% dos 226 postos de combustíveis tenham sido vistoriados. Até agora, 98 foram notificados, 49 autuados, 15 interditados e um fechado. Por outro lado, 14 voltaram a funcionar, por ter se readequado as exigências feitas à Secretaria de Meio Ambiente. De acordo com o prefeito João da Costa, a população também pode agir como parceira neste projeto. “A prefeitura está fazendo uma verdadeira varredura em todos os postos para tentar identificar todos aqueles que estão fora da normalidade. A população pode informar diretamente a nós ou então a Secretaria de Meio Ambiente”, relatou.

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 Já o Secretário de Meio Ambiente Marcelo Rodrigues, esta ação é positiva, pois, incentiva os postos a não poluir a cidade. “É fundamental tudo isso. Porque evita o despejo indevido além de que serve como medido sócio educativa”, afirmou.

Para o administrador do primeiro posto a receber o adesivo de regularização, Fernando Cavalcanti, a adequação a estes tipos de normas é caro, mas vale à pena. “Isto é um grande benefício para todo mundo, porque sabemos que na cidade existem vários poços artesianos, com isso as pessoas não correm risco de beber água contaminada. Os tanques do nosso posto, são feitos com aço e fibras. Isso evita o desperdício do combustível e não polui o meio ambiente”, concluiu.

 

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