Tópicos | Postura de presidente

Deputado federal e coordenador nacional do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que falta postura de presidente a Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista ao LeiaJá, Kataguiri argumentou que isso tem trazido prejuízos econômicos ao país. 

“Sem dúvida [Bolsonaro não tem postura de presidente]. Ele deixa isso muito claro e, inclusive, traz prejuízos econômicos para o país, mesmo com a aprovação da reforma previdenciária e a estimativa de crescimento de 3% no início do ano, a instabilidade política do presidente não traz boas perspectivas”, observou o parlamentar. 

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Questionado sobre porque, então, o MBL tinha ido às ruas pedir votos para a eleição de Bolsonaro em 2018, Kim justificou que opção foi de um “voto útil” e “anti PT”. E ponderou, ainda, que o presidente mudou suas bandeiras depois que foi eleito e isso tem feito com que ele e outras lideranças do movimento disparem críticas constantes contra a atuação de Bolsonaro. 

“O que mudou [após a eleição] foi o Bolsonaro, o discurso dele que deixou de lado as promessas de campanha, principalmente as anticorrupção, para beneficiar o próprio filho. Ele tem usado o cargo para blindar alguém da família”, observou, citando as mudanças no antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que identificou as movimentações bancárias atípicas de funcionários do gabinete do agora senador e então deputado estadual, Flávio Bolsonaro (PSL), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

“O discurso do combate à corrupção já foi abandonado pelo governo há muito tempo, o novo Coaf é um exemplo disso. Abandonou o discurso para proteger o próprio filho”, emendou, alfinetando. 

Apesar disso, Kim disse, ainda, que sua crítica hoje são às pautas do governo e não à instituição ou às pessoas. E ressaltou acreditar que dá tempo do presidente, “se ele quiser”, reverter o quadro de avaliação negativa da gestão com ações propositivas até o fim do ano. “Ele tem ministros em posições chaves que são competentes, que fazem um bom trabalho”, considerou. 

O deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ) protagonizou mais uma discussão com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais. Após o chefe do Executivo nacional publicar que a quinta-feira (25) foi um "grande dia", Freixo mandou Bolsonaro deixar de "agir como moleque".

O ainda deputado estadual carioca, já que a posse na Câmara Federal só acontece no próximo dia 1º, entendeu que a expressão foi irônica por ter sido publicada logo após o deputado Jean Wyllys (PSOL) anunciar que desistiria de assumir o novo mandato e deixaria o país.

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"Grande dia", publicou Bolsonaro no Twitter. As palavras provocaram reação de Freixo. "Que tal você começar a se comportar como presidente da República e parar de agir como um moleque? Tenha postura", disparou o psolista.

Um internauta rebateu a afirmativa de Freixo e questionou: "que tal o senhor para de andar com segurança pago pelo povo já que o povo não tem segurança?", ele, por sua vez, também foi irônico e fez referência às homenagens que o senador eleito e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL), fez a policiais milicianos. “Ando com seguranças porque enfrentei as milícias, se tivesse feito homenagem pra elas, não precisaria. Né?”, indagou Freixo.

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Após a discussão, que se limitou à rede social, Jair Bolsonaro chamou uma matéria que ligava a frase publicada por ele à desistência de Jean de “fake news” e explicou: “Referi-me à missão concluída, reuniões produtivas com Chefes de Estado, voltando ao país que amo, Bolsa batendo novo recorde na casa dos 97.000 e confiança no nosso país sendo restabelecida, isso faz de hoje um grande dia”.

Sendo sobre Jean Wyllys ou não, o fato é que o presidente e o ex-BBB já travaram embates na Câmara dos Deputados. Jean, inclusive, chegou a cuspir Bolsonaro após ouvir provocações no dia da votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ao desistir de permanecer como político no Brasil, Jean alertou que vinha sendo ameaçado e deixaria o país para proteger a sua vida. A notícia repercutiu internacionalmente e Jean vem sendo apontado como o primeiro o ‘exilado político do governo Bolsonaro’.

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