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O presidente americano, Joe Biden, pediu neste domingo (14) ao Congresso para agir "agora" para restringir a circulação de armas de fogo nos Estados Unidos, três anos depois do tiroteio no instituto de Parkland, na Flórida.

"Este governo não vai esperar o próximo tiroteio em massa" para escutar os apelos para a ação, disse o presidente democrata em uma declaração com motivo do aniversário do ataque, que deixou 17 mortos em 14 de fevereiro de 2018.

"Agora, peço ao Congresso que promulgue reformas de sentido comum na questão das armas", disse Biden, pedindo que se exija a comprovação de antecedentes dos compradores "para todas as vendas de armas", e que os rifles de assalto sejam proibidos.

Para o presidente, é preciso "acabar com a imunidade dos fabricantes de armas que colocam armas de guerra nas ruas".

Em 2018, no dia dos namorados nos EUA, Nikolas Cruz, de 19 anos, abriu fogo no instituto Marjory Stoneman Douglas, no sudeste da Flórida, matando 14 estudantes e três professores antes de ser detido.

Expulso da escola no ano anterior por "razões disciplinares", ele conseguiu obter legalmente um rifle de assalto semiautomático, apesar de seus antecedentes psiquiátricos.

Apesar da mobilização sem precedentes dos estudantes da escola de ensino médio de Parkland por um controle mais rígido da venda de armas, o então presidente Donald Trump se recusou a considerar a proibição dos rifles de assalto.

Estados Unidos vive há vários anos assassinatos em massa, geralmente em escolas, centros comerciais, empresas e locais de culto.

A Rússia não espera "nada bom" do futuro presidente americano Joe Biden, cuja política será guiada pela "russofobia", afirmou nesta quarta-feira (23) o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov.

"Não esperamos nada bom, está claro. Seria estranho esperar algo bom de pessoas que, em muitos casos, fizeram carreira com a russofobia, derramando fel sobre meu país", disse Riabkov à agência de notícias Interfax, em um momento de grandes tensões entre os dois países devido a um gigantesco ciberataque nos Estados Unidos atribuído a Moscou.

Riabkov é um dos principais nomes do governo russo para as relações com as Américas e a não proliferação do armamento, em particular nuclear, o que faz dele um dos principais interlocutores do Departamento de Estado americano.

Riabkov considera que a Rússia deve ter um "diálogo seletivo" com os Estados Unidos, concentrado apenas nos "temas que interessam" a Moscou.

A Rússia deve manter uma política de "contenção total dos Estados Unidos, em todas as direções, porque a política americana a respeito da Rússia é profundamente hostil", afirmou Riabkov.

Ele disse ainda que a bola está no lado do campo americano para uma retomada das relações bilaterais e que Moscou não tem a intenção de iniciar contatos com a equipe de transição de Biden.

As declarações do vice-ministro aconteceram poucas horas depois de Biden prometer que responderia o gigantesco ciberataque atribuído à Rússia e criticar Donald Trump por sua inação.

Para Riabkov, a atual administração americana deixa uma "dura herança" por ter adotado múltiplas sanções contra a Rússia, devido principalmente a ações de hackers e à interferência nas eleições presidenciais de 2016.

"Tudo vai de mal a pior. Tem sido a característica dos últimos quatro anos e não temos a sensação de que a tendência vai mudar", completou Riabkov.

O presidente americano, Donald Trump, e o rival democrata, Joe Biden, trocaram farpas nesta segunda-feira (7), no início da reta final de sua corrida pela Casa Branca, com o republicano chamando o oponente de "estúpido" e este último acusando o presidente de não ter tido coragem de enfrentar a pandemia.

Biden e sua companheira de chapa, Kamala Harris, bem como o vice-presidente americano, Mike Pence, visitaram dois estados de grande importância para as eleições: Pensilvânia e Wisconsin.

Trump, que está atrás nas pesquisas, convocou uma entrevista coletiva inesperada na Casa Branca. O presidente alardeou a criação de empregos, após a perda de 10 milhões de postos devido à pandemia, e afirmou que o país está conseguindo contornar a doença.

Trump especulou sobre a possibilidade de uma vacina antes das eleições, o que especialistas consideram improvável, e voltou a atacar a China, seus parceiros na Otan e o acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. O presidente também chamou Biden de "estúpido, porque deseja que o país se renda ao vírus, que nossas famílias se rendam aos grupos violentos de extrema esquerda, e quer entregar nossos empregos para a China".

Biden visitou a Pensilvânia, onde se reuniu com líderes sindicais e respondeu on-line a perguntas feitas por membros da poderosa central sindical AFL-CIO.

- 'Totalmente antiamericano' -

"Sabemos que ele foi muito bom com seus amigos ricos, mas nem tanto com o restante de nós", criticou Biden, que também atacou Trump por causa de um relatório da revista "The Atlantic" que atribuiu ao presidente ter falado com desprezo sobre os veteranos da Primeira Guerra Mundial: "É totalmente antiamericano."

Embora Trump tenha chamado de "farsa" o informe da revista, o tema é considerado sensível, uma vez que uma pesquisa mostrou que ele está perdendo apoio entre militares da ativa. "Não estou dizendo que as lideranças militares me amam, mas os soldados, sim", afirmou o presidente, durante a coletiva de hoje.

Os candidatos à presidência, que costumam percorrer vários estados por dia, limitaram seus deslocamentos este ano, e, no caso de Biden, 77, reúnem-se com muito poucos eleitores.

- Tensão -

O vice-presidente Mike Pence, novamente companheiro de chapa de Trump, viajou para Wisconsin, no norte, onde o presidente venceu por uma margem mínima em 2016. A candidata democrata à vice-presidência também esteve no local, em sua primeira visita a um estado-chave após a sua indicação.

Assim como Biden o fez na semana passada, Kamala se reuniu a portas fechadas com a família de Jacob Blake, gravemente ferido a tiros por um policial. A senadora da Califórnia é a primeira candidata à vice-presidência negra e de origem indiana na história do país.

A participação dos negros, eleitorado tradicionalmente democrata, despencou nas eleições de 2016 em Wisconsin, e sua mobilização será fundamental em 3 de novembro.

O presidente americano, Donald Trump, criticou na quinta-feira (27) o "fraco" Joe Biden, seu rival democrata na disputa pela reeleição, ao aceitar a indicação republicana em um país que sofre as consequências da Covid-19 e das tensões raciais.

Trump voltou a combinar patriotismo e retórica antissocialista para traçar um apocalipse caso Biden, que chama de "marionete da esquerda radical", chegue ao poder em 3 de novembro.

"Esta eleição decidirá se salvamos o sonho americano ou se permitimos que uma agenda socialista derrube nosso precioso destino", disse o presidente, ao lado de bandeiras americanas em um imponente palanque montado nos jardins da Casa Branca.

"Biden é fraco", declarou a respeito do ex-vice-presidente de Barack Obama. "Não é o salvador da alma dos Estados Unidos (...) e se tiver a oportunidade, ele será o destruidor da grandeza americana".

A segunda indicação do magnata republicano, de 74 anos, acontece em um cenário de crise de saúde, econômica e social sem precedentes, com quase 180.000 mortes provocadas pela covid-19, taxa de 10,2% de desemprego e grandes manifestações contra o racismo e a brutalidade policial.

Mas, em desvantagem nas pesquisas, Trump se apresentou como o único líder capaz de velar pelos americanos.

"Ninguém estará a salvo nos Estados Unidos de Biden", completou.

Trump também prometeu "acabar" com o coronavírus com uma vacina até o fim do ano.

"Produziremos uma vacina até o fim do ano, talvez antes", disse. "Derrotaremos o vírus, acabaremos com a pandemia e sairemos mais fortes do que nunca".

Um total de 58,2% dos americanos não aprovam a gestão de Trump na pandemia, de acordo com o site FiveThirtyEight.com.

A covid-19 quase não foi citada na convenção, exceto nas palavras de compaixão da primeira-dama, Melania, que reconheceu na terça-feira o impacto do "inimigo invisível" e a dor e angústia provocadas.

A outra voz que expressou a preocupação do presidente com a covid-19 foi a sua filha mais velha e assessora, Ivanka, que na quinta-feira apresentou o pai em um discurso repleto de elogios no qual pediu "mais quatro anos".

- "Otimismo ilimitado" -

"Com um coração repleto de gratidão e otimismo ilimitado" com a candidatura, o presidente encerrou uma Convenção Nacional Republicana celebrada em grande parte em formato virtual, mas que em nenhum momento deixou de ser um espetáculo sobre Trump.

Fogos de artifício e as estrofes da Ave Maria finalizaram o evento, marcado por quatro dias de elogios a Trump como um virtuoso da economia, defensor da vida e de Deus, além de firme na aplicação da lei.

Mas enquanto o presidente era a aplaudido em um ambiente de gala, sem distanciamento social ou máscaras, era possível ouvir o som dos manifestantes do movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), reunidos diante da Casa Branca para expressar revolta e pedir a saída de Trump.

Trump fez uma entrada triunfal, ao lado da primeira-dama, diante de mais de mil convidados e dois telões.

O cenário, que gerou críticas por confundir os limites tradicionalmente respeitados entre as funções do presidente e as ações do candidato, contrastou com os protestos que abalaram várias cidades americanas durante a semana.

Abaladas por atos de violência, as manifestações têm como alvo Kenosha, uma pequena cidade de Wisconsin, onde no domingo um policial branco atirou pelas costas em um jovem negro, Jacob Blake. Na quarta-feira, um adolescente branco, supostamente partidário de Trump, foi detido sob a suspeita de matar duas pessoas e ferir gravemente uma terceira durante confrontos na noite anterior.

"Senhor presidente, faça com que nos sintamos seguros de novo", afirmou o ex-prefeito Nova York e assessor de Trump, Rudy Giuliani, em um discurso.

- "Recordem", responde Biden -

Biden respondeu no Twitter às críticas de Trump. "Recordem: todos os exemplos de violência que Donald Trump denuncia aconteceram durante seu mandato. Sob sua liderança. Durante sua presidência".

O candidato democrata criticou o que considera uma exploração cínica de eventos trágicos por parte do presidente.

"Ao invés de tentar acalmar as águas, joga lenha na fogueira. A violência não é um problema para ele, é uma estratégia política", afirmou em um discurso mais cedo.

A candidata a vice de Biden, Kamala Harris, criticou o presidente por não ter cumprido o dever de proteger os americanos.

Ela disse que "sempre defenderá" os manifestantes pacíficos, mas não os que "saqueiam e cometem atos de violência". Também advertiu contra quem deseja fazer justiça com as próprias mãos, uma referência velada ao adolescente detido.

O presidente americano, Donald Trump, orgulha-se de seus bons resultados em um teste cognitivo e de memória, que demonstram - segundo ele - sua boa capacidade mental, e desafiou seu concorrente democrata na eleição de novembro, Joe Biden, a fazer o mesmo.

"As últimas perguntas são muito mais difíceis", comentou, em entrevista à Fox TV, falando sobre o teste.

Tump relatou que o teste incluía, entre outros, "uma pergunta sobre memória", na qual é necessário repetir as palavras "pessoa", "mulher", "homem", "câmera" e "televisão".

"Eles disseram: 'Você pode repetir isso?' Então eu disse: 'Sim, pessoa, mulher, homem, câmera, televisão' '", contou Trump.

"Então, dez minutos, 15, ou 20 minutos depois, eles lhe dizem: 'Você se lembra da primeira pergunta? Repita novamente", explicou.

"E então você diz: pessoa, mulher, homem, câmera, televisão", acrescentou.

Trump, de 74 anos, desafiou Biden, de 77, a passar pelo mesmo teste.

"Você precisa de resistência física", disse Trump, referindo-se à posição de presidente.

"Você precisa de resistência mental (...) temos que ser perspicazes (...) O presidente Xi é forte, o presidente Putin é forte, Erdogan é forte", enumera.

A entrevista da Fox News virou motivo de piada na Internet.

"Realmente, não consigo acompanhar o ritmo", tuitou Sarah Cooper, uma comediante famosa por suas paródias de Trump.

O governo do presidente americano, Donald Trump, voltou atrás de forma surpreendente e desistiu de suspender os vistos de estudantes universitários estrangeiros que precisarem acompanhar as aulas remotamente devido à pandemia do novo coronavírus, após ser contestado por várias universidades e estados.

A volta atrás foi anunciada por uma juíza federal de Boston a cargo da ação apresentada pela Universidade de Harvard e o MIT contra a decisão do governo americano, anunciada no último dia 6. "As partes chegaram a uma solução (...) o governo aceitou anular a decisão", informou a juíza Allison Burroughs em breve audiência, realizada remotamente.

A ação apresentada na Justiça pelas duas universidades, que estão entre as mais prestigiadas do mundo, foi apoiada pelo estado de Nova York e por dezenas de outras instituições e sindicatos de professores. Outros 17 estados e o Distrito de Columbia entraram com uma ação semelhante contra o governo.

Empresas de tecnologia que contratam muitos estrangeiros, como Google, Facebook, Twitter e Spotify, também apoiaram a ação das universidades.

- Um milhão de estudantes estrangeiros -

Centenas de milhares de estudantes estrangeiros corriam o risco de serem deportados dos Estados Unidos, epicentro mundial da pandemia do novo coronavírus, porque suas universidades oferecerão apenas cursos remotos a partir do próximo semestre.

Harvard e MIT foram as primeiras instituições a fazerem frente à decisão da polícia migratória na quarta-feira passada, quando pediram à Justiça para bloquear a ordem, que qualificaram de "arbitrária e caprichosa".

"Parece que foi desenhada de propósito, para pressionar as universidades a fim de que abrissem seus campi para aulas presenciais neste outono, ignorando as preocupações com a saúde e a segurança de estudantes, professores e outros", declarou o presidente da universidade de Harvard, Lawrence Bacow.

Os Estados Unidos contam com cerca de 1 milhão de estudantes estrangeiros (5,5% do total) e muitas instituições dependem em grande medida do dinheiro dos mesmos. O presidente Donald Trump não reagiu à decisão.

Trump, que fez da luta contra a imigração uma marca registrada de seu mandato e aposta na reativação da economia para se reeleger em novembro, pede incansavelmente a reabertura das escolas e universidades. Apesar da pressão do presidente, vários distritos escolares, principalmente na Califórnia, onde a pandemia está em plena explosão, anunciaram ontem que os alunos só retornarão parcialmente às escolas em setembro.

John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou acreditar que o líder norte-coreano Kim Jong Un deve "rir muito" da percepção que o presidente Donald Trump tem da relação entre os dois.

Bolton deu sua primeira entrevista, ao canal ABC News, antes do lançamento na terça-feira (16) do seu já polêmico livro de memórias, que contém duras acusações contra Trump.

Ao ser questionado pela jornalista Martha Raddatz se Trump "realmente acredita que Kim Jong Un o ama", Bolton respondeu de maneira direta.

"Acredito que Kim Jong Un deve rir muito disso. As cartas que o presidente mostrou à imprensa (...) são escritas por algum funcionário norte-coreano".

"Ainda assim o presidente as considera a evidência de uma profunda amizade", completou.

No livro, Bolton afirma que Trump não estava preparado para sua primeira reunião com Kim em Singapura, mas esperava que fosse um "grande teatro".

Também critica o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e afirma que o cenário diplomático era uma "criação da Coreia do Sul, mais relacionada com seu programa de 'unificação' que com uma estratégia séria para Kim ou nós".

O gabinete da presidência sul-coreana reagiu e acusou Bolton de distorcer os fatos e colocar em perigo as futuras negociações.

Na entrevista, Bolton também afirmou que não considera Trump apto para o cargo e que espera que ele seja um presidente de apenas um mandato. Porém, afirmou que não votará no republicano nem no democrata Joe Biden nas eleições de novembro.

A administração Trump tentou impedir a publicação do livro de Bolton, mas um juiz americano rejeitou no sábado a tentativa e afirmou que era muito tarde para emitir uma ordem neste sentido.

O livro "The Room Where it Happened" (A Sala Onde Aconteceu) é o relato de Bolton dos 17 meses que trabalhou no governo Trump, até sua demissão em setembro do ano passado.

Na entrevista, Bolton afirma, no entanto, que pediu demissão e que a gota d'água para ele foi o convite que Trump fez aos talibãs a Camp David durante as negociações de paz afegãs.

Em seu livro, o ex-conselheiro afirma ainda que Trump "suplicou" ao presidente chinês, Xi Jinping, durante as negociações comerciais para que aumentasse as compras de produtos agrícolas americanos com o objetivo de conquistar votos em estados cruciais na eleição de novembro.

Também respalda as acusações contra Trump sobre a suposta pressão exercida sobre a Ucrânia para revelar informações que prejudicassem Biden.

Congressistas republicanos e democratas criticaram Bolton por publicar o livro e afirmaram que ele deveria ter apresentado as informações durante o processo de "impeachment" contra Trump.

O presidente americano, Donald Trump, voltou a defender a polícia do Texas, nesta quinta-feira (11), fugindo de um pronunciamento sobre o racismo e a violência policial bastante aguardado, após semanas de protestos que sacudiram o país.

Desde o início das manifestações, o presidente republicano defendeu a "lei e a ordem", mas se manteve discreto sobre a indignação e necessidade de mudança expressa por dezenas de milhões de cidadãos após a morte de George Floyd por um policial.

Em viagem a Dallas, Trump mencionou um decreto em preparação para "encorajar" a polícia a respeitar "os padrões profissionais mais atuais para o uso da força". Mas defendeu a necessidade de uma força policial "mais forte".

"Sempre há uma maçã podre, não importa aonde se vá. Não há muitas delas no departamento de polícia", afirmou o presidente, voltando a reivindicar sua fórmula polêmica sobre a necessidade de "dominar as ruas".

Trump também alertou para o que considera generalizações abusivas: "Temos que trabalhar juntos para lutar contra a intolerância e os preconceitos onde quer que eles estejam, mas não iremos progredir, nem curar nossas feridas, ao rotularmos erroneamente dezenas de milhões de americanos honestos como racistas ou intolerantes."

Em Washington ressoa há dias a ideia de uma iniciativa presidencial forte, como um discurso solene, para abordar a questão da discriminação racial na maior potência mundial, o que ainda não ocorreu. Trump permaneceu calado esta semana durante o funeral de Floyd em Houston, onde seu rival democrata, Joe Biden, expressou-se por vídeo em tom muito pessoal.

Em todo o país, cresce o debate sobre a necessidade de uma mudança profunda na cultura policial americana.

O presidente americano, Donald Trump, quer retomar seus comícios de campanha nas próximas duas semanas, após interrompê-los pela pandemia do novo coronavírus.

Embora a decisão pareça ter sido tomada, ainda se desconhece onde serão celebrados estes comícios e em que condições, informou nesta segunda-feira (8) sua equipe de campanha, confirmando informações publicadas no site Politico.

Segundo a fonte, o presidente e sua equipe estão convencidos de que as grandes manifestações contra o racismo, celebradas nos últimos dias no país, ofuscarão as críticas de seus adversários sobre a volta dos eventos de campanha, o que alguns consideram prematuro.

Trump nunca ocultou sua impaciência por voltar a se dirigir a seus seguidores em atos de campanha.

O mandatário republicano quer aproveitar a inesperada queda do desemprego em maio para transmitir a ideia de que a economia americana vai se recuperar com força e que o país deixou o pior da pandemia para trás.

"Os americanos estão prontos para voltar à ação e o presidente Trump, também", afirmou seu diretor de campanha Brad Parscale, citado pelo Politico.

"O grande retorno dos Estados Unidos é uma realidade e os comícios serão fantásticos", acrescentou. "Voltarão a ver multidões e um entusiasmo que 'Joe, o sonolento' não pode sonhar", disse, em alusão ao apelido de Trump a seu adversário democrata, Joe Biden, nas presidenciais de 3 de novembro.

Líderes religiosos americanos criticaram duramente nesta terça-feira (2) a decisão do presidente Donald Trump de posar com uma Bíblia em frente a uma igreja, minutos depois de ordenar uma repressão a um protesto contra a morte de um cidadão negro por um policial branco.

"Foi traumático e profundamente ofensivo no sentido de que algo sagrado foi mal utilizado para um gesto político", denunciou na rádio pública NPR Mariann Budde, episcopisa da diocese de Washington, à qual pertence a igreja de Saint John, que Trump visitou.

O presidente usou "o poder simbólico do nosso texto sagrado, segurando-o na mão como se fosse uma reivindicação de suas posições e sua autoridade", acrescentou Budde.

A Igreja de Saint John, um edifício histórico perto da Casa Branca, é um templo episcopal protestante que foi danificado no domingo (31) à noite em meio aos protestos.

Mas na segunda-feira (1°) os manifestantes protestavam pacificamente quando foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo para que Trump caminhasse por alguns metros entre a Casa Branca e o templo, onde posou para fotos.

O protesto e a repressão foram transmitidos ao vivo em muitas emissoras, então as críticas vieram rapidamente. "Naquele momento, o protesto era totalmente pacífico", disse Budde. "Não havia justificativa para isso", acrescentou.

Na segunda-feira, antes de visitar o templo, Trump adotou um tom marcial em um discurso solene à nação, no qual ameaçou mobilizar os militares para reprimir os maiores protestos raciais vistos no país desde os anos 1960.

Milhares de pessoas têm ido às ruas protestar desde 25 de maio, quando George Floyd, um cidadão negro de 46 anos, morreu quando era detido pela polícia em Minneapolis.

Os protestos foram em grande parte pacíficos, mas houve tumultos à noite, apesar do toque de recolher imposto em várias grandes cidades. Outros líderes da Igreja Episcopal dos Estados Unidos denunciaram a visita de Trump como "um evento embaraçoso e moralmente repugnante".

"Simplesmente pelo fato de segurar uma Bíblia fechada, ele acreditou que ganharia o apoio dos cristãos", disseram os bispos da Nova Inglaterra, uma região na costa leste dos Estados Unidos, em um comunicado.

Na terça-feira, o magnata republicano, que busca a reeleição em novembro, visitou o monumento em homenagem ao papa João Paulo II, no nordeste de Washington, gerando desconforto entre os líderes católicos.

"Acho desconcertante e reprovável que um lugar católico possa ser usado e manipulado de maneira a violar os princípios religiosos mais básicos", disse o arcebispo de Washington, Wilton Gregory, em comunicado.

O pontífice, que morreu em 2005, "certamente não toleraria o uso de gás lacrimogêneo e outros elementos para silenciar, dispersar ou intimidar" antes de fotografar em um local de culto, acrescentou.

O presidente americano, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira (1°) restaurar a ordem nos Estados Unidos após a maior explosão de protestos em décadas pela morte de um homem negro nas mãos de um policial branco, ameaçando os estados com a mobilização de militares se a violência não ceder.

Uma semana depois da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos que foi asfixiado por um policial branco que o imobilizou em Minneapolis, os protestos se espalharam de costa a costa do país e as manifestações, a maioria pacíficas, degeneraram em distúrbios na noite de domingo.

Na capital, Washington, foram registrados distúrbios nas imediações da Casa Branca, com destroços, incêndios provocados pelos manifestantes, bandeiras americanas em chamas e muros grafitados com palavras de ordem contra a polícia.

A Casa Branca ficou às escuras e o presidente teve que se abrigar em um búnquer.

"O que aconteceu na cidade ontem à noite é uma desonra absoluta", disse Trump em discurso proferido na Casa Branca, ao mesmo tempo em que a Polícia dispersava um protesto a poucos metros da sede do Executivo americano.

Trump anunciou que mobilizará militares na capital para conter "os distúrbios, os saques, o vandalismo, os ataques e a destruição gratuita da propriedade".

"Estou enviando milhares e milhares de soldados fortemente armados", afirmou Trump, ameaçando as outras cidades com a mobilização do exército para "arrumar rapidamente o problema" se não tomarem decisões para frear os protestos.

Pouco depois de a polícia dispersar os manifestantes reunidos do lado de fora da igreja de Saint John, um edifício histórico perto da Casa Branca, danificado no domingo à noite à margem do protesto, Trump dirigiu-se ao local levando uma bíblia em uma das mãos.

Nesta segunda, a prefeita de Washington antecipou em quatro horas o início do toque de recolher, que começou às 19h locais (21h de Brasília). Em Nova York, as restrições à circulação vão começar às 23h locais (01h de terça-feira em Brasília).

Durante o dia, Trump responsabilizou a "esquerda radical" pelas mobilizações e criticou os governadores, chamando-os de "fracos" e exigiu que "se imponham".

Estes protestos ocorrem em um momento em que mais de 100.000 pessoas morreram nos Estados Unidos pelo novo coronavírus e em que as medidas tomadas para mitigar a pandemia acertaram um forte golpe na economia americana em um ano eleitoral.

A epidemia teve um impacto devastador na comunidade negra e alguns estudos mostram que esta população corre até três vezes mais riscos de morrer da doença do que os brancos.

"Temos filhos negros, irmãos negros, amigos negros e não queremos que morram", disse à AFP na localidade de Saint-Paul Muna Abdi uma manifestante negra de 31 anos.

"Estamos cansados de que isto se repita, esta geração não vai permiti-lo", afirmou.

- Duas necropsias -

A família de George Floyd divulgou nesta segunda-feira os resultados de uma segunda necropsia, que apontaram que o policial provocou-lhe asfixia mecânica, contradizendo as conclusões de um exame preliminar.

Os resultados definitivos entregues pelas autoridades do condado de Hennepin também se alinharam a esta tese e determinaram que Floyd morreu vítima de "homicídio", devido a uma "compressão no pescoço".

Também revelaram que a vítima tinha consumido fentanil, uma poderosa droga sintética. As imagens da morte de George Floyd, depois de ser imobilizado pelo policial que pressionou o joelho contra seu pescoço durante nove minutos, causaram indignação na opinião pública.

Trump condenou a morte de Floyd, mas também se referiu aos manifestantes como "pistoleiros".

- "Votem" -

Em Minneapolis, o irmão do falecido visitou um memorial improvisado no local do crime. Terrence Floyd pegou um megafone e disse: "Parem de pensar que nossas vozes não importam e votem" e pediu o fim da violência.

No centro da polêmica está o tratamento judicial que o policial Derek Chauvin, que está preso, terá pela morte de Floyd. Ele foi denunciado por homicídio culposo e deveria ter se apresentado a um tribunal nesta segunda-feira, mas a audiência foi adiada pra 8 de junho.

Depois de exibido um vídeo mostrando que outros policiais também mobilizaram o tronco e as pernas do falecido, os manifestantes pedem que os outros três agentes também sejam detidos.

Em muitos protestos, os manifestantes ficaram de joelhos, repetindo um gesto popularizado por esportistas para denunciar a violência policial contra os negros nos Estados Unidos.

Vários vídeos mostraram policiais em Santa Cruz, Califórnia, Nova Jersey e Michigan fazendo o gesto para dialogar com os manifestantes.

Mas em outra dezena de cidades, a tônica foi o envio de unidades da tropa de choque e efetivos da Guarda Nacional. Esta resposta esteve acompanhada do uso de blindados para transportar as tropas, assim como bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.

Joe Biden, que provavelmente será o candidato democrata para enfrentar Trump em novembro, reuniu-se nesta segunda-feira com líderes comunitários negros em uma igreja e prometeu a eles combater o "racismo institucional".

Biden é o único concorrente democrata para enfrentar Trump nas eleições de 3 de novembro, mas ainda precisa ser nomeado formalmente na convenção de seu partido.

O presidente americano, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (27) "regulamentar fortemente", ou "fechar", as redes sociais, depois que o Twitter classificou dois de seus tuítes como "enganosos" e os tratou como disseminadores de informações não verificadas.

"Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam completamente as vozes conservadoras. Vamos regulá-las fortemente, ou vamos fechá-las, em vez de permitir que algo assim aconteça", tuitou o presidente.

O Twitter destacou dois tuítes de Trump publicados na terça-feira (26), nos quais o presidente dizia, sem provas, que o voto pelos correios levaria a uma eleição fraudulenta.

"Não há como o voto pelos correios seja outra coisa diferente de algo substancialmente fraudulenta", escreveu ele na época.

Abaixo das postagens, o Twitter postou um "link" que diz: "Obtenha informações sobre a votação pelos correios", uma novidade para a rede social que por muito tempo resistiu aos apelos para censurar o presidente americano por postagens que desafiam a verdade.

Trump voltou à carga nesta quarta-feira: "Não podemos permitir que as cédulas de correio em larga escala ocorram em nosso país. Seria a liberdade de todos os enganos, falsificações e roubos de cédulas".

"Quem trapacear mais, ganha. Do mesmo modo que as redes sociais. Limpe o que você fez, AGORA!", disse o presidente.

Trump também acusou as redes sociais de interferirem nas últimas eleições: "Vimos o que tentaram fazer e fracassaram em 2016".

"Não podemos permitir que volte a acontecer uma versão mais sofisticada disso", acrescentou.

Há muito tempo, o presidente usa o Twitter como uma plataforma para disseminar insultos, teorias conspiratórias e informações falsas para seus 80 milhões de seguidores.

Antes de ser eleito em 2016, ele construiu sua marca política apoiando a mentira de que Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, não havia nascido no país. Não seria, portanto, elegível para ser presidente.

E, recentemente, provocou mais uma tempestade ao espalhar o boato infundado de que o apresentador de televisão da MSNBC Joe Scarborough havia assassinado uma assistente.

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (21) que conseguiu superar sua aversão às máscaras para enfrentar o novo coronavírus, mas não quer ser fotografado usando uma.

Durante visita a uma fábrica da Ford em Ypsilanti, Michigan, cujos trabalhadores fabricaram respiradores e outros equipamentos médicos no âmbito da pandemia de Covid-19, Trump segurou uma máscara e disse tê-la usado.

"Eu estava usando uma antes. Usei uma nesta área dos fundos, mas não quis dar à imprensa o prazer de ver", disse a jornalistas e fotógrafos que o acompanharam na visita.

Praticamente todos na fábrica usavam máscaras, seguindo a política da empresa e as recomendações do governo para conter a disseminação do vírus.

Trump, que pressiona para deixar a pandemia para trás e reativar a economia, nunca usou uma máscara em público, alegando que não se ajusta à imagem que deve dar como líder mundial.

Mas nesta quinta, disse que a máscara "era muito bonita, ficou muito bem".

O presidente americano, Donald Trump, aprofundou nesta quarta-feira (13) as divergências com seu assessor médico, Anthony Fauci, sobre a rapidez com que se deve implementar a flexibilização das restrições impostas pelo novo coronavírus, afirmando que está "totalmente" em desacordo com a manutenção das escolas fechadas.

O retorno ou não dos estudantes às escolas e universidades em setembro se tornou um ponto de inflexão no abismo aberto entre a Casa Branca e os especialistas médicos, com visões contrapostas sobre como realizar o desconfinamento no país.

Trump considerou "inaceitável" o último apelo de Fauci em empreender uma reabertura mais cautelosa. "Estamos abrindo o nosso país, as pessoas querem que abra, as escolas vão abrir", disse Trump em conversa com jornalistas na Casa Branca.

Fauci, um renomado especialista em doenças infecciosas e assessor-chave de Trump durante a pandemia, disse ao Congresso na terça-feira que pôr fim ao confinamento rápido demais pode ter consequências "realmente graves".

"Existe um risco real de que se desencadeie um surto que talvez não se possa controlar", advertiu.

O discurso de Fauci se contrapõe às tentativas de Trump de deixar para trás a emergência sanitária e se concentrar na reativação da economia da primeira potência mundial, uma visão que ganha força em um momento em que as empresas lutam para se manter solventes e milhões de americanos se registram para receber o seguro desemprego.

Ao cenário marcado pela pandemia se soma a eleição de novembro, na qual Trump tentará a reeleição com o argumento de que conduzirá o país à recuperação econômica. Seu adversário democrata, Joe Biden, acusa o republicano de má gestão da pandemia e afirma que esta falha contribuiu para piorar a situação de contágios e mortes por Covid-19 no país.

Até agora, Trump manteve Fauci, mas o cientista está cada vez mais em segundo plano, enquanto o presidente pressiona com sua mensagem de reabertura.

"Anthony é uma boa pessoa, uma pessoa muito boa. Não estou de acordo com ele", disse Trump em entrevista à Fox Business Network, que será transmitida na quinta-feira.

"Temos que abrir nosso país. Agora, queremos fazê-lo de forma segura, mas também queremos fazê-lo o mais rapidamente possível. Não podemos continuar assim. Já há caos nas ruas", disse.

Durante a entrevista, Trump declarou: "Estou totalmente em desacordo com ele sobre as escolas".

O presidente americano, Donald Trump, encerrou abruptamente nesta segunda-feira (11) a coletiva de imprensa diária sobre o enfrentamento do novo coronavírus no país, após se envolver em uma áspera discussão com uma repórter americana de origem asiática.

Weijia Jiang, repórter da CBS News, perguntou a Trump porque ele continuava a insistir em que os Estados Unidos estavam se saindo melhor do que outros países nas testagens do coronavírus.

"Por que isso importa?", perguntou a jornalista. "Por que isto é uma competição mundial quando, todos os dias, americanos ainda estão perdendo suas vidas?".

"Estão perdendo vidas em todas as partes do mundo", reagiu Trump. "E talvez esta seja uma pergunta que você deveria fazer à China. Não me pergunte, faça esta pergunta à China, OK?"

Jiang, que se identifica em seu perfil do Twitter como uma "oeste-virginiana nascida na China", retrucou. "Senhor, por que está dizendo isso a mim especificamente?", perguntou, sugerindo que se devia à sua raça.

"Estou dizendo a todo aquele que fizer uma pergunta maldosa como esta", respondeu Trump. Quando tentou passar para outro repórter, Jiang continuou a pressioná-lo por uma resposta.

Trump chamou outra jornalista, mas imediatamente se dirigiu a uma terceira. Quando as mulheres tentaram lhe fazer a pergunta da colega asiática, Trump abruptamente encerrou a coletiva e voltou para a Casa Branca.

As reações de apoio a Jiang apareceram rapidamente na Internet e a hashtag #StandWithWeijiaJiang (Apoie Weijia Jiang, em tradução livre) se tornou rapidamente um dos assuntos mais comentados no Twitter, recebendo a adesão de personalidades como o ator de 'Star Trek' e ativista asiático-americano George Takei.

Trump, que nunca omitiu a irritação com a imprensa, costuma ter atritos com jornalistas durante suas coletivas sobre o coronavírus.

Mais de 80.000 pessoas morreram nos Estados Unidos na pandemia do novo coronavírus, com mais de 1,3 milhão de infectados, segundo os números mais recentes desta segunda-feira (11) da Universidade Johns Hopkins.

O número de mortos nos Estados Unidos é, de longe, o maior de um único país por Covid-19 em todo o mundo.

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (29) que permitirá a retomada dos voos dentro dos Estados Unidos na próxima semana e que espera ansioso pelo momento de voltar a realizar fortes ações de campanha pelo país.

Trump disse aos repórteres na Casa Branca que ele irá "ao Arizona na próxima semana e adoraria que isso acontecesse". Essa será sua primeira viagem pelo país desde que a pandemia do novo coronavírus atingiu os EUA.

Trump acrescentou que "em breve" visitará Ohio, um dos estados mais importantes para a eleição de novembro.

A viagem pelo Arizona tem como foco a recuperação econômica e não terá cunho político porque "é muito cedo" para eventos com aglomeração de pessoas em estádios, ressaltou o magnata.

Porém, o republicano - que enfrentará a eleição contra o democrata Joe Biden - fez questão de falar que pretende voltar a fazer campanha para a sua reeleição o mais rápido possível.

"Se tudo der certo em um futuro não muito distante, nós faremos grandes comícios e as pessoas poderão se sentar próximas umas às outras", disse.

"Espero que consigamos fazer comícios do modo antigo com 25.000 pessoas, onde todos poderão ficar muito animados porque amam o nosso país".

Em uma reunião com empresários do setor industrial, Trump insistiu em que a economia americana rapidamente se recuperará do impacto do confinamento necessário para conter o novo coronavírus.

Apesar de especialistas afirmarem que as medidas de distanciamento social deverão permanecer válidas até que uma vacina esteja disponível, Trump acredita que o perigo relacionado ao vírus sumirá por si próprio com o tempo e que os Estados Unidos estão equipados para acabar com qualquer vestígio da doença.

"Nós estamos desenvolvendo vacinas, estamos pesquisando medicamentos também", comentou. "Não estou dependendo dela (vacina), mas acho que ela dará certo". "Quero retomar (a economia) com ou sem (vacina), mas obviamente teremos que esperar que a doença suma. Ela sumirá".

Questionado como o vírus seria erradicado sem uma vacina, que ao que tudo indica não estará disponível tão cedo, Trump respondeu: "Ela irá embora. Ela sumirá, ela será erradicada", finalizou.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (2) que se submeteu a um segundo exame na Casa Branca desde que a pandemia teve início e que o mesmo deu negativo, assim como o primeiro.

"Eu fiz (o exame) esta manhã", disse Trump durante coletiva de imprensa. "Ele diz que o presidente testou negativo para a COVID-19".

Este é o segundo exame que Trump faz para o novo coronavírus. Desta vez, ele usou um novo método rápido que, segundo ele, leva um minuto para ser feito e menos de 15 para dar o resultado.

"Eu fiz por curiosidade para ver quão rápido funcionaria. É muito mais fácil. Fiz os dois. O segundo é muito mais agradável", afirmou.

O primeiro exame, feito em meados de março, usou um método mais invasivo e os resultados só saíram horas depois.

Trump, de 73 anos, havia resistido inicialmente a se submeter ao teste de coronavírus e argumentava que a doença não era mais grave que a gripe comum e não exigiria a paralisação maciça da economia.

Desde então, tem se apresentado como um "presidente de tempos de guerra" e supervisiona o aumento maciço das capacidades de testagem.

O primeiro exame de Trump foi realizado depois de ele ter tido contato com alguns membros da delegação presidencial brasileira durante visita ao seu resort na Flórida e que testaram positivo para o novo coronavírus.

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira (31) que está considerando seriamente proibir viagens aos Estados Unidos originadas do Brasil, onde seu aliado, o presidente Jair Bolsonaro, tem desprezado os perigos que o novo coronavírus representa.

Durante coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump afirmou que está "absolutamente examinando uma proibição" a viagens do Brasil aos Estados Unidos.

Bolsonaro, que busca uma parceria próxima entre o Brasil e o país norte-americano, causou controvérsia ao afirmar que a pandemia do novo coronavírus não passava de uma "gripezinha" e insistir em que as pessoas fora do grupo de risco deveriam continuar trabalhando.

Suas falas e iniciativas contrariam as diretrizes da imensa maioria de especialistas e até mesmo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que prevê que a pandemia, que até o momento infectou 5.717 pessoas e causou 201 mortes no país, chegará ao auge no fim de abril.

O governo Trump já impôs proibições a viagens de fortes parceiros econômicos dos Estados Unidos, incluindo a China e a União Europeia, como parte de um esforço global para conter a disseminação do vírus.

O presidente americano, Donald Trump, defendeu neste domingo (8) a resposta "perfeitamente coordenada" dos Estados Unidos ao novo coronavírus em meio a críticas pelos cortes na saúde e erros estratégicos que não conseguiram deter sua rápida propagação.

O vírus chegou a 30 estados americanos e matou pelo menos 21 pessoas, enquanto a capital americana anunciou o primeiro caso no sábado (7) e milhões de pessoas em Califórnia, Nova York e mais recentemente Oregon estão em estado de emergência.

Trump, acusado de entregar informação errada sobre o surto, culpou os meios de comunicação em um tuíte mais cedo por tentar fazer com que seu governo "fique mal" à medida que aumentam as críticas pelos quase 500 casos registrados.

"Temos um plano perfeitamente coordenado e ajustado na Casa Branca para nosso ataque ao coronavírus", tuitou.

"Agimos de forma muito precoce para fechar fronteiras em certas áreas, o que foi um presente dos céus. O vice-presidente está fazendo um grande trabalho. Os veículos de notícias falsas está fazendo tudo o possível para que fiquemos mal. Triste!".

Mas Larry Hogan, governador republicano de Maryland, criticou as mensagens de Trump a respeito do surto. O presidente "não se comunicou da forma como eu faria e da forma como gostaria que o fizesse", disse à NBC.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que as autoridades federais de saúde tinham sido "pegas de surpresa" e bloqueado a capacidade individual dos estados de responder. "Suas mensagens estão por todas as partes, francamente", disse à Fox News.

Trump foi duramente criticado por contradizer reiteradamente os conselhos de especialistas de sua administração em seus pronunciamentos públicos sobre o coronavírus.

O presidente minimizou a ameaça representada pela epidemia, que matou mais de 3.500 pessoas desde que surgiu na China, sugerindo que os casos estavam "diminuindo substancialmente, não subindo".

Também prometeu falsamente que em breve estaria disponível e assegurou, sem ter provas, que a estimativa oficial da taxa de mortalidade era "falsa".

Desde o começo de fevereiro, o governo Trump se concentrou em bloquear as viagens da China e impor quarentenas em um esforço por manter o vírus fora dos Estados Unidos.

Os epidemiologistas asseguram que o esforço de contenção inicial pode ter atrasado a chegada do vírus, mas acusam a Casa Branca de perder tempo com uma estratégia mais ligada à narrativa política do que ao preparo interno.

A principal queixa é a falta de testes provocada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) que desenvolvem seus próprios kits defeituosos, ao invés de usar os aprovados pela Organização Mundial da Saúde. Os críticos também destacam profundos cortes nos CDC.

O Oregon se tornou o último estado a declarar emergência, ao elevar a 14 os pacientes afetados. A governadora Kate Brown disse que a medida visa a "desbloquear" recursos-chave e estará vigente por pelo menos 60 dias.

O presidente americano, Donald Trump, elogiou neste sábado (7) durante um jantar em sua residência de Mar-a-Lago seu colega brasileiro, Jair Bolsonaro, que iniciou uma viagem pelo sul da Flórida que prosseguirá no domingo (8) com a assinatura de um acordo de defesa.

"Ele faz um trabalho fantástico, fantástico. O Brasil o ama e os Estados Unidos o amam", disse Trump a jornalistas na saída, acompanhado de Bolsonaro, na porta de sua residência na cidade de Palm Beach.

"Nossa amizade é, provavelmente, mais forte agora do que nunca", prosseguiu. Bolsonaro, que se reconhece como um grande admirador do contraparte americano, não deu declarações à imprensa.

Os dois presidentes trocaram aperto de mãos e se retiraram para jantar, compartilhando a mesa com autoridades brasileiras, entre eles o ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva.

Apelidado de "Trump dos Trópico", Bolsonaro chegou no sábado ao sul da Flórida e tem previsto visitar no domingo o Comando Sul americano, na cidade de Doral, vizinha a Miami, onde assinará um acordo bilateral de defesa com o almirante Craig Faller.

A crise venezuelana é um dos principais tópicos de discussão entre Trump e Bolsonaro.

Os dois lideram as medidas de pressão contra o governo venezuelano e são parte de meia centena de países que consideram ilegítimo o presidente Nicolás Maduro e, ao contrário, reconhecem como presidente encarregado o líder da oposição, Juan Guaidó.

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