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Nesta quarta-feira (15), foi realizada uma missa de Natal com a participação de 200 pessoas privadas de liberdade que estão no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJalb), no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife.

O evento foi realizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), em parceria com a Arquidiocese de Olinda e Recife.

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A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Fernando Saburido que falou sobre a importância de fazer o bem “O amor, o perdão e ter Jesus no coração para viver a felicidade e fazer o bem, esse é o caminho de Deus, da igreja, e o verdadeiro espírito do Natal que está se aproximando", destacou Saburido. 

Na ocasião, o coral do Pjallb formado por 20 detentos se apresentou e o detento Vagner Oliveira da Silva, 35 anos, presenteou o arcebispo com uma luminária de produção própria. O gerente do presídio, José Sidnei, e demais servidores da unidade e convidados participaram da cerimônia.

*Com informações da assessoria 

Mianmar vai libertar mais de 5.000 pessoas detidas por protestar contra o golpe de Estado das Forças Armadas em fevereiro, anunciou nesta segunda-feira (18) o comandante da junta militar.

Um total de 5.636 prisioneiros receberão indulto e serão libertados antes do festival das luzes 'Thadingyut', que começa na terça-feira (19), afirmou o general Min Aung Hlaing, poucos dias depois de ser excluído da próxima reunião de cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Mianmar vive um cenário de caos desde o golpe de Estado que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.

Desde então, mais de 1.100 civis morreram na violenta repressão contra os dissidentes e mais de 8.000 pessoas foram detidas, segundo a ONG local Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).

De acordo com a organização, mais de 7.300 pessoas estão presas atualmente no país.

A junta militar não revelou detalhes sobre as pessoas que serão libertadas e as autoridades penitenciárias, procuradas pela AFP, não responderam os questionamentos.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou nesta sexta-feira (24) números da Operação Maria da Penha, lançada em agosto com o objetivo de enfrentar a violência doméstica contra a mulher e aprimorar o sistema de proteção às vítimas.

Entre 20 de agosto e 20 de setembro, mais de 14 mil pessoas foram presas por violência doméstica, descumprimento de medidas protetivas e demais crimes contra a mulher.

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Outras 40 mil medidas protetivas de urgência foram acompanhadas por policiais civis. Ao todo, 127 mil mulheres foram atendidas, segundo os dados divulgado pelo governo.

A operação foi um esforço concentrado coordenado pelo Ministério da Justiça para atender casos de violação da Lei Maria da Penha. A operacionalização ficou a cargo das forças de segurança estaduais. As polícias de 26 estados e do Distrito Federal foram mobilizadas, e mais de 108 mil profissionais trabalharam para atender ocorrências ligadas à violação Lei Maria da Penha, de acordo com o ministério.

“A operação teve o engajamento de diferentes instituições para qualificar o atendimento às vítimas, reforçar o cumprimento de medidas protetivas e conscientizar a população sobre a importância de denunciar as agressões. Os resultados mostram a importância de um olhar integrado para coibir casos de violência contra a mulher e prevenir a ocorrência de feminicídios”, disse o ministro Anderson Torres, em nota.

Ainda segundo os dados do ministério, foram realizadas cerca de 35 mil diligências policiais, instauradas quase 37 mil inquéritos e 349 apoios foram prestados a oficiais de justiça para intimação de medidas protetivas de urgência. Os dados foram compilados pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do ministério.

“No resultado de todas as operações, o protagonismo é todo das forças de segurança”, disse Bráulio do Carmo, secretário adjunto da Seopi. “Nosso papel foi integrar e levar ferramentas”, explicou.

A Operação Maria da Penha contou com a parceria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; das Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal; do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares do Brasil (CNCG); do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC); do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Em votação definitiva, os deputados estaduais de Goiás aprovaram o projeto que obriga os presos do Estado a pagarem pelo uso e a manutenção da tornozeleira eletrônica, utilizada nas saídas temporárias, prisões domiciliares e em detentos que estão no semiaberto.

A aprovação, que aconteceu na última quinta-feira (16), contou com 21 votos favoráveis e apenas um voto contrário, do deputado Antônio Gomide (PT). O projeto é de autoria do deputado Vinícius Cirqueira (Pros).

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) publicou, no Diário Oficial da União de hoje (2), portaria que autoriza o retorno gradual das visitas presenciais de cônjuges, companheiros e parentes a presos custodiados em penitenciárias federais. De acordo com a Portaria nº14, estão mantidas as visitas virtuais para atendimentos de advogados, por intermédio da Defensoria Pública da União.

O retorno, segundo a portaria, será gradual. Cada preso terá direito a uma visita presencial mensal “em parlatório e com duração de uma hora”, sendo permitida a entrada de um adulto, podendo estar acompanhado de uma criança ou adolescente.

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Para prevenir contaminações por Covid-19, só será permitida a visita de pessoas que comprovem ter recebido as duas doses da vacina, ou a vacina de dose única, há mais de 14 dias. A apresentação do cartão de vacinação original pelo visitante é obrigatória no dia da visita. A aferição de temperatura e de sintomas gripais também será obrigatória aos visitantes.

Já os atendimentos de advogados continuam limitados a quatro agendamentos por dia, com duração de 30 minutos, sem prejuízo dos casos urgentes. A portaria autoriza atividades de educação e de assistência religiosa aos presos custodiados.

As escoltas de presos continuam suspensas “exceto quando se tratar de escoltas requisitadas judicialmente, inclusões emergenciais e daquelas que, por sua natureza, precisem ser realizadas em atendimento ao interesse público”.

Por fim, a portaria informa que as penitenciárias federais deverão observar o procedimento operacional padrão de medidas de controle e prevenção do novo coronavírus do sistema penitenciário federal, de modo a reforçar a frequência da higienização dos locais destinados aos atendimentos e às visitas, bem como o uso obrigatório de máscara.

A Polícia Civil do Ceará prendeu dois homens, um deles tido como líder religioso, suspeitos de praticarem pelo menos sete crimes de estupro e estupro de vulnerável em um espaço religioso localizado no município de Iracema, a 430km da capital do estado, Fortaleza. Os dois também são acusados de extorsão, ameaça e lesão corporal.As capturas ocorreram no âmbito da Operação “Corpo Fechado”, deflagrada na última sexta (30), com o objetivo de localizar a dupla.

Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. As vítimas são sete mulheres -sendo três delas adolescentes-, com idades entre 14 e 36 anos, que também foram ameaçadas e obrigadas a deixar seus pertences pessoais com o líder religioso.

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No espaço religioso, os policiais apreenderam quatro celulares e um tablet, que passarão por perícia. Em um primeiro momento, os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Municipal de Iracema e, posteriormente, levados para uma unidade prisional.

Quem tiver quaisquer informações que possam auxiliar nas investigações do caso pode entrar em contato com o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), através do telefone 181, bem como com o Whatsapp (85) 3101-0181, por onde é possível enviar mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

Outro contato disponível é o telefone (88) 3428-5020, da Delegacia Municipal de Iracema. As autoridades policiais garantem o sigilo e o anonimato dos denunciantes.

Dois líderes religiosos, de 39 e 49 anos, foram presos na cidade de Lavras-MG na segunda-feira (28). Eles são suspeitos de usarem a religião para cometer crimes como estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude, tráfico de pessoas, fornecimento de drogas para adolescentes e corrupção de menores.

As investigações foram iniciadas em fevereiro deste ano. Durante as apurações, a polícia ouviu três vítimas e diversas testemunhas que apontaram que os crimes eram cometidos em um centro religioso.

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As vítimas teriam sido abusadas sexualmente ou presenciado os abusos. Os suspeitos também são acusados de oferecer drogas e bebidas a adolescentes e os levarem para cometer crimes como furtos.

Segundo a Polícia Civil, os jovens não recusavam o que era oferecido devido aos suspeitos serem representantes religiosos. Uma das vítimas relatou que foi obrigada a manter relação sexual com os investigados sob pena de não comprarem medicamentos para o irmão, portador de HIV. As investigações prosseguem a fim de identificar outras possíveis vítimas.

Reduzir quatro dias de pena para cada livro lido na prisão já é possível desde 2013, por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Uma pesquisa divulgada esta semana, mostra, no entanto, que pouca gente consegue ter acesso a esse direito. O estudo mostra que as atividades de leitura nos presídios enfrentam uma série de dificuldades, como a proibição de títulos, exclusão de pessoas presas com baixa escolaridade e migrantes e falta transparência em relação à remição da pena.

O que era apenas uma recomendação do CNJ, tornou-se uma resolução, o que de forma simplificada, significa que tem maior peso jurídico. Publicada no mês passado, a resolução estabelece procedimentos e diretrizes a serem observados pelo Poder Judiciário para o reconhecimento do direito à remição de pena por meio de práticas sociais educativas em unidades de privação de liberdade. Essa medida entrou em vigor este mês.

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O estudo, inédito, foi realizado pelo Grupo Educação nas Prisões, que reúne diversas organizações ligadas ao tema.  A pesquisa, realizada entre dezembro de 2020 e março de 2021, identificou o perfil dos projetos que atuam no sistema prisional com o objetivo de promover a leitura e com outras atividades de educação não formal e elaborou um diagnóstico de suas práticas.

Os dados mostram que em relação aos últimos seis meses, a grande maioria, 53,8%, dos projetos não tinha informações sobre o total de dias reduzidos na penas dos detentos decorrente de suas ações. A mesma proporção, 53,8%, não sabia do tempo para o Poder Judiciário avaliar cada caso de remição e 61,5% não tinham informações sobre se os pedidos de remição foram ou não negados.

Segundo a assessora da Ação Educativa, uma das organizações que integram o Grupo Educação nas Prisões, Claudia Bandeira, não há transparência quanto a essas informações. “As pessoas que realizam os projetos não sabem se de fato a situação está tendo impacto na remição da pena. Nem as pessoas que coordenam os projetos, na ponta, nem as próprias pessoas presas, que participam, têm informação se a participação está remindo ou não, nem seus familiares”, diz.

Outro desafio encontrado foi a exclusão de pessoas que poderiam se beneficiar com as atividades. A maioria das respostas, 28,6%, indicou que não havia participação de pessoas não alfabetizadas ou com dificuldades de leitura. O problema disso, segundo Bandeira, é que a maior parte da população carcerária tem baixa escolaridade.

De acordo com dados de 2020 do Departamento Penitenciário Nacional, o Brasil tem hoje uma população privada de liberdade de mais de 670 mil pessoas, o que extrapola as quase 450 mil vagas em presídios, o que indica uma superlotação. Dados de 2017 mostram que 75% da população prisional brasileira não chegou sequer ao ensino médio e que menos de 1% dos presos possui graduação.

Apesar disso, apenas cerca de 92 mil presos têm acesso a estudos nas prisões, o que equivale a aproximadamente 12% do total. Desses, 23 mil têm acesso a remição da pena por estudo ou esporte. Apenas 9 mil, cerca de 1% do total, têm acesso a atividades complementares, como a leitura.

Resolução do CNJ

Muitos dos desafios apontados no estudo, de acordo com Claudia, estão contemplados na recente resolução do CNJ, que entre outras coisas, permite a adoção de estratégias específicas de leitura entre pares, leitura de audiobooks, relatório de leitura oral de pessoas não-alfabetizadas ou, ainda, registro do conteúdo lido por meio de outras formas de expressão, como o desenho.

Os presos precisam comprovar que leram os livros. Antes da resolução isso era feito por meio de uma resenha. Agora, a resolução permite que isso seja feito por meio de desenhos, por exemplo. “A gente sabe que existem esses desafios para garantir o direito à remição pela educação não formal, pela leitura. Agora, a gente, enquanto grupo, vai monitorar os estados para que se adequem à resolução”, diz.

Em nota, o CNJ diz que embora o estudo mostre questões que vêm sendo objeto de atenção do conselho, a resolução publicada recentemente não se baseou nesse diagnóstico. As discussões que resultaram na normativa começaram em 2019 e envolveram diversas instituições e organizações ligadas ao tema.

“A resolução muda totalmente a forma de organizar o acesso ao livro e à leitura nas unidades prisionais”, diz o conselho. “O primeiro impacto será que as unidades prisionais terão que implantar estratégias para acesso universal, para que todas as pessoas tenham direito ao livro e, ao lerem o livro, apresentarem um relatório de leitura para solicitar a remição de pena. A redução de pena deixa de ser um privilégio e passa a ser um direito de todas essas pessoas que são privadas de liberdade”, acrescenta.

O CNJ informa também que atua para garantir formação de magistrados, gestores e dos demais envolvidos para garantir o controle e fiscalização para que de fato a norma seja implementada. O Conselho está iniciando a contratação de organizações que irão realizar duas grandes pesquisas de abrangência nacional: um Censo Nacional de Esportes nas Prisões e um Censo Nacional de Leitura em espaços de privação de liberdade, esse abrangendo, também, o sistema socioeducativo. Essas ações devem resultar na apresentação, em cooperação com o Departamento Penitenciário Nacional, de dois planos nacionais destinados ao fortalecimento das práticas sociais educativas nos espaços de privação e restrição de liberdade.

Implementação

Segundo o coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o defensor público Mateus Oliveira Moro,  para que a resolução seja de fato implementada é preciso que o poder executivo crie convênios com as Secretarias Estaduais de Educação e que haja um "investimento nos direitos de pessoas presas. O Judiciário precisa ser mais sensível em relação a essas questões. Muitas vezes, [juízes] pegavam muitas resenhas que comprovariam a remição e, por uma série de questões, não a concediam”, diz.

Moro integrou o grupo de trabalho que deu origem à resolução do CNJ. Pela resolução, os presos podem usar até 12 leituras por ano para solicitar a redução da pena em até 48 dias. Uma Comissão de Validação formada por voluntários ligados à educação pública, docentes, bibliotecários, membros de organizações da sociedade civil entre outros, deverá analisar os relatórios de leitura produzidos para cada obra. Eles terão 30 dias para verificar se a pessoa privada de liberdade leu ou não o livro. A comissão será estabelecida pelo Juízo competente, que ao final deliberará sobre a redução da pena.

“Para ler um livro tem que ser um herói e na pandemia, um herói ao quadrado, porque o acesso a esses livros é bem limitado, o acesso à educação é limitado”, diz Moro, ressaltando que os presídios estão superlotados e não oferecem qualidade de vida para os detentos. “Se está fechado em uma cela sem janela, sem iluminação artificial e com 40 pessoas em um espaço com 12 camas, como vai estudar e ler?”, questiona.

Leitura para a vida 

Mesmo com todas as dificuldades, foi a leitura que mudou a vida da farmacêutica Sirlene Domingues, 45 anos. Em 2011, quando estava presa, ela participou do programa Remição em Rede, um das organizações que também faz parte do Grupo Educação nas Prisões, e que promove grupos de leitura nas penitenciárias do estado de São Paulo.

“Era o acesso que tinha à educação, à literatura e ao mundo aqui fora. Querendo ou não, no bate papo acabavam falando coisas do mundo de fora, coisas que não tinham a ver com o lugar que estava”, diz e acrescenta que foi ali que começou a valorizar a educação. “Passei a ser mais atenta à educação. Eu tinha só a noção de que era algo que precisava para a formação, só para ter um diploma. No clube de leitura, eu tive acesso a esse conhecimento de que a educação é mais profunda. Foi o que me libertou”.

Por conta dos livros, ela tirou uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve uma bolsa integral pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Formou-se em farmácia. Hoje, em liberdade, é pós-graduada e atua como voluntária no Remição em Rede. Na época, ela não pode usar os livros para reduzir a pena. “É preciso fazer algum tipo de trabalho com as pessoas que estão lá dentro para poder conscientizar sobre o poder da educação e sobre os caminhos que ela pode trazer. As pessoas não têm noção, acabam sendo mais inferiorizadas e marginalizadas”.

“A medida que [as pessoas privadas de liberdade] se aprofundam nas leituras, podem olhar para o mundo que as cerca e fazer uma leitura crítica desse mundo”, diz a educadora e idealizadora e articuladora do Remição em Rede, Janine Durand. Segundo ela, a organização prepara-se para retomar o programa de leitura, que foi suspenso por conta da pandemia. Mudaram a metodologia e pretendem usar vídeos para fazer as oficinas de leitura.

Diagnóstico de práticas de educação não formal no sistema prisional do Brasil, está disponível na íntegra, na internet. Criado em 2006, o Grupo Educação nas Prisões reúne Ação Educativa, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Conectas Direitos Humanos, Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, Remição em Rede, Núcleo Especializado de Situação Carcerária, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e Grupo de Atuação Especial de Educação, do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Ministério da Justiça

Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, informa que doou 267.352 livros às administrações penitenciárias das Unidades Federativas e às penitenciárias federais, investindo mais de R$ 4,5 milhões. Segundo o Departamento, a ação tem como objetivo contemplar o Programa Nacional de Remição de Pena pela Leitura no Brasil. “A aquisição das obras servirá para o incremento do acervo de livros nas unidades prisionais, fomento aos clubes de leituras, ampliação das ações de remição de pena pela leitura, e atividades de leitura, em geral”, diz.

Em março de 2020, o Depen publicou a Nota Técnica Remição de Pena pela Leitura, com a finalidade de apresentar orientação nacional para fins da institucionalização e padronização das atividades de remição de pena pela leitura e resenhas de livros no sistema prisional brasileiro. O Depen acrescenta que no Sistema Penitenciário Federal, sob responsabilidade direta do Depen, a remição pela leitura foi instituída em 2009 na Penitenciária Federal em Catanduvas (PR). O projeto foi implementado pela equipe de Especialistas e Técnicos em execução penal, como uma das primeiras iniciativas que se tem registro no país.

Quatro presos apontados como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram transferidos na quarta-feira (2) de unidades prisionais paulistas para presídios federais. Eles integram a cúpula da facção criminosa e são investigados por ligação com uma movimentação bilionária oriunda do tráfico de drogas.

Com a nova medida, chegou a 60 o número de presos transferidos de São Paulo para o sistema federal, cujas unidades são consideradas de segurança máxima. A quantidade de transferências cresceu sob a gestão do governador João Doria (PSDB): no início de 2019, eram apenas 22 detentos.

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A polícia e o Ministério Público têm solicitado essa providência para combater o contínuo crescimento do PCC, que continuou lucrando mesmo com lideranças presas - como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O chefe da facção está na Penitenciária Federal de Brasília, após ser transferido de São Paulo em fevereiro de 2019.

Os quatro transferidos ontem foram: Marcelo Moreira Prado, o Sem Querer; Eduardo Aparecido de Almeida, o Pisca; Decio Gouveia Luis, o Decio Português; e Bruno Fernando de Lima Flor, o Armani. Prado. Luis e Almeida estavam no presídio de Presidente Bernardes e foram levados para Mossoró (RN); Flor foi de Presidente Venceslau para Porto Velho.

Sem Querer e Pisca, com atuação no Paraguai, figuraram entre os acusados pelo Ministério Público na chamada Operação Sharks, deflagrada em outubro do ano passado. A apuração apontou que o PCC movimentou por ano R$ 1,2 bilhão com o tráfico internacional de drogas.

Drogas e lavagem

A Justiça de São Paulo decretou na oportunidade a prisão de 18 acusados de pertencer à cúpula da estrutura de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro e de comandar as ações da organização nas ruas. Só uma parte do dinheiro detectado pelos promotores foi movimentada no sistema financeiro - cerca de R$ 200 milhões - por meio de contas bancárias em nomes de laranjas e de empresas fantasmas.

O restante foi mantido em casas-cofre e transportado em carros até ser entregue a doleiros, que remetiam os recursos para o exterior, onde a facção pagava a seus fornecedores de drogas no Paraguai, na Bolívia e no Peru.

Foi a primeira vez que o MPE se aproximou da decisão de qualificar o PCC como organização de tipo mafioso, pois esclareceu os esquemas de lavagem de dinheiro do grupo, última etapa para que ele pudesse ser considerado uma máfia. "Mostramos que o dinheiro do PCC não fica no Brasil. Ele vai para o exterior", afirmou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya.

Já Armani e Decio Português são apontados como sucessores no comando da facção com a ida de outros líderes para unidades federais, onde o regime de comunicação é mais restrito. Em novembro de 2020, Armani foi alvo da Operação Fast Track.

Decio Português foi preso pela última vez em agosto de 2019, no Rio, e chegou a ser internado em 2020 com um quadro grave de covid. Investigadores acreditam que ele já foi o braço direito de Marcola, com quem cumpriu pena por mais de dez anos em Presidente Venceslau, e chegou a ser o número 3 do comando da facção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 50kg de maconha foram apreendidos na noite dessa quarta-feira (19), na comunidade do Iraque, bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife. Sete suspeitos estavam no local e foram presos em flagrante.

A Polícia Militar recebeu a denúncia de que traficantes da área esperavam pela carga de maconha. Após abordagem, o entorpecente foi localizado com sete envolvidos. A droga pertenceria a um presidiário que comanda tráfico na comunidade, indica as autoridades.

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Os 50kg de maconha e os sete suspeitos foram encaminhados à Central de Plantões, onde ficaram à disposição da Justiça.

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A Polícia Militar já recapturou 10 dos 27 presos que fugiram da cadeira pública de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. No fim da tarde dessa quinta (13), um grupo de criminosos invadiu a prisão, rendeu três policiais e levou duas pistolas.

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) ressalta que a busca pelos demais fugitivos continua. As circunstâncias da invasão estão sendo investigadas pela Polícia Civil, que já prendeu quatro suspeitos de participarem da ação.

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Após a divulgação de imagens da cadeia destruída, o órgão desmentiu a veracidade do conteúdo. "As fotos da cadeia destruída que estão circulando em blogs da região não procedem", destacou.

 

Pelo menos 25 detentos fugiram da cadeia pública de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, após uma invasão registrada na noite desta quinta-feira (13). De acordo com informações da assessoria do Sistema Penitenciário de Pernambuco, a polícia já conseguiu capturar dois fugitivos e segue fazendo buscas pelos demais nas proximidades da Cadeia.

A invasão ocorreu na hora do jantar. Os homens chegaram numa Saveiro branca e aproveitaram para entrar na unidade prisional quando o portão foi aberto para a entrega da janta dos presos. Eles renderam os três policiais militares que estavam de plantão e ainda conseguiram levar duas pistolas do 14ºBPM. A parte interna da cadeia ficou revirada e os portões da celas foram destruídos durante a fuga.

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A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (28) uma mulher de 32 anos por associação criminosa, no centro de compras de um shopping em Paulista, no Grande Recife. Companheira de um preso interno no Presídio de Igarassu, também na região metropolitana, a autuada funcionava como ‘delivery’ para o namorado e um outro amigo encarcerado, que juntos anunciavam falsamente a venda de armas de fogo em uma rede social. O caso foi coordenado pelo delegado Adyr Almeida, junto aos agentes da delegacia de Paulista.

A polícia informa que os interessados marcavam encontro sempre em um shopping, por ser local público, para a entrega da mercadoria. Em vez de entregar o artifício, a presa preenchia a sacola com um objeto de peso semelhante, se aproveitando do cunho ilícito da aquisição, que impede a conferência no momento. Quando a vítima se dava conta, o produto era na verdade um pacote de sal.

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Segundo o delegado Adyr Almeida, o grupo publicava as ofertas no Facebook e deixava um telefone para contato. A equipe policial, ao ter conhecimento das publicações, realizou contato com os criminosos e marcou encontro no Paulista North Way, shopping do município. O coordenador também afirma que a prática fraudulenta é recorrente.

“[O golpe] é muito frequente, não só em PE, mas no Brasil todo. Fiz uma rápida pesquisa no Google com “golpe revólver” e apareceram algumas reportagens do gênero. Conheço por informações outros cinco golpes [do mesmo grupo], porém as vítimas não quiseram registrar a ocorrência”, explica Almeida, responsável pela prisão e apreensões.

O delegado também ressalta que os policiais penais de Igarassu conseguiram identificar os presidiários e apreenderam, imediatamente, o aparelho celular utilizado por eles no crime.

 

Oito egressos do sistema prisional de Pernambuco receberam bolsas de estudos de nível superior. As oportunidades são fruto de uma parceria entre o Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), o Instituto Recomeçar e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Os cursos oferecidos são recursos humanos, análise de desenvolvimento de sistema e gastronomia. As aulas são realizadas de forma remota há um mês, em razão da pandemia da Covid-19, na sala de informática do Patronato, no Recife.

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Um dos beneficiados é Clodoaldo Martins, 45. Acompanhado há três anos pelo Patronato Penitenciário, ele celebra a oportunidade de ingressar em uma graduação. “É o acontecimento mais importante da minha vida, sem sombra de dúvidas. Estou adquirindo conhecimento para em um futuro breve ser um profissional capacitado no ramo da gastronomia”, disse Martins, conforme informações da assessoria de imprensa da SJDH.

De acordo com a Secretaria, os egressos foram escolhidos após análise psicológica e da assistência social do Patronato. “Esses reeducandos estão aproveitando essa oportunidade para melhorar o seu futuro profissional, como pessoa e como cidadão”, comemorou o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

O papa Francisco fez uma saída incomum neste domingo (11) para fora do Vaticano para celebrar uma missa sobre a "misericórdia divina" com presos, refugiados e profissionais da saúde.

A missa foi realizada em uma igreja próxima à Praça de São Pedro, diante de um público reduzido de cerca de 80 pessoas, devido às restrições pelo coronavírus.

Entre elas, havia presos de dois presídios de Roma e de um centro de detenção de jovens, assim como refugiados da Síria, Nigéria e Egito e profissionais da saúde de um hospital próximo.

O líder espiritual dos 1,3 bilhão de católicos do mundo destacou a importância para os cristãos de servir os demais.

"Não podemos permanecer indiferentes. Não podemos viver uma meia fé, que recebe mas não dá (...). Fomos misericordiados, sejamos misericordiosos", pediu Francisco.

O papa, que tem 84 anos e foi vacinado contra o coronavírus antes de sua viagem ao Iraque no início de março, não usou máscara durante a missa.

Os que fizeram as leituras da Bíblia também não usaram máscaras, enquanto todos os outros na igreja, incluindo os coroinhas e outros sacerdotes, usaram corretamente.

Nesta sexta-feira (2) a Polícia Militar (PM) filmou materiais ilícitos sendo arremessados mais uma vez para dentro da Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Em 20 de março, o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (Sinpolpen-PE) havia divulgado um vídeo mostrando um homem arremessando objetos para a mesma unidade prisional.

O Sinpolpen-PE critica a quantidade reduzida de efetivo. Segundo nota da categoria, com o número atual de profissionais de segurança no local não é possível realizar rondas e impedir a entrada de ilícitos e a aproximação dos presos ao muro.

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Nos vídeos gravados nesta sexta-feira, é possível observar dois homens arremessando os sacos do lado de fora. Dentro, ao menos quatro presos recolhem o material. Eles usam bonés, máscaras de proteção e cobrem o rosto com a camisa para dificultar a identificação

Na ocorrência anterior, a Polícia Penal conseguiu apreender os sacos arremessados por causa de uma revista ao redor da unidade. "Fato que não aconteceu desta vez, segundo informações", diz a nota do sindicato.

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A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que quatro detentos foram identificados e submetidos ao Conselho Disciplinar da unidade. Também foram apreendidos 25 latões de 473ml de aguardente, 81 latões cerveja, 500 ml de uísque, 500 ml de conhaque e 5 latas de 269 ml de cerveja

Em 20 de março, a pasta informou por nota que está em planejamento um concurso público para policiais penais.

 

 Dois homens foram presos por praticarem consecutivos estupros contra uma menina de 11 anos de idade portadora de deficiência intelectual, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O primeiro deles, de 53 anos, era vizinho da vítima e praticava os abusos em um imóvel abandonado, para onde atraía a criança e mostrava-lhe vídeos pornográficos, oferecendo-lhe ainda dinheiro. O segundo, de 47 anos, era seu padrasto e praticava os estupros quando a mãe da menina saia de casa para ir à igreja.

O vizinho teve mandado de prisão temporária expedida pela Segunda Vara Criminal de Jaboatão dos Guararapes cumprido na última sexta (12), por policiais civis da 2aDPCCAI. Ele infringiu os Artigos 69, 71 e  217-A do Código Penal c/c Art. 1º inciso VI da Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.079/90).

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O padrasto já havia sido preso no dia 10 deste mês, com base em mandado expedido pela Primeira Vara Criminal. Ele foi casado com a mãe da vítima por 11 anos. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o casal só se separou “quando o caso foi ‘denunciado’”.

As negociações para uma nova troca de prisioneiros entre as partes do conflito no Iêmen, realizadas em Amã, na Jordânia, terminaram em um fracasso, disse a ONU em um comunicado neste domingo (21).

"Estou decepcionado que esta rodada de negociações não tenha rendido os mesmos resultados que vimos em setembro na Suíça, com a histórica libertação de 1.056 detidos", lamentou o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, citado na nota.

"Exorto as partes a continuarem suas discussões e consultas (...) para libertar mais prisioneiros em breve", acrescentou.

No conflito no Iêmen, se enfrentam os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Em 2018, os dois lados chegaram a um acordo, patrocinado pela ONU, para a troca de 15 mil prisioneiros. Assim, centenas puderam retornar para suas casas em outubro.

No entanto, a quinta reunião do comitê de monitoramento do acordo sobre a troca de prisioneiros, co-presidido pela ONU e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que havia começado em 24 de janeiro em Amã, não obteve qualquer progresso.

Mesmo assim, os envolvidos "se comprometeram a continuar negociando os parâmetros de uma futura operação em grande escala", enfatizou a ONU.

O conflito no Iêmen já matou dezenas de milhares de pessoas e deixou 3,3 milhões de desabrigados. Além disso, 24,1 milhões de habitantes, mais de dois terços da população, precisam de assistência humanitária, segundo as ONU.

Uma operação policial deixou pelo menos um morto e 15 presos na manhã desta sexta-feira (19) no complexo do Boaçu, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A ação tem como alvo uma quadrilha que atua na venda de drogas ilegais e na exploração de empresários da região.

Segundo a Polícia Civil, o grupo é suspeito de extorquir fábricas e comércios da região, de explorar transporte ilegal de passageiros e de TV a cabo clandestina, de ocupar irregularmente o solo urbano e de roubar cargas e de vender entorpecentes, atuando como uma narcomilícia (milícias que também vendem drogas).

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A investigação policial identificou os suspeitos de integrarem a cúpula da organização criminosa.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), disse que não irá priorizar a vacinação contra covid-19 da população carcerária do estado. A fala surgiu quando o político foi questionado a respeito do surto da doença na cadeia pública de Barra do Garças, localizada a 515 km de Cuiabá, capital do estado.

“Não vejo lógica fazer isso. O cidadão que está lá dentro foi uma opção que ele fez. Não foi uma opção que o Estado fez. Foi uma opção dele, ele não foi obrigado, ninguém colocou uma arma na cabeça dele e mandou ele praticar um crime", afirmou o governador.

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De acordo com o site Mato Grosso Mais, até a última terça (2), cerca de 32 detentos de Barra do Garças foram diagnosticados com covid-19. A unidade prisional, que abriga 231 reeducandos, foi parcialmente interditada no dia 27 de janeiro.

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