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Depois de uma eleição recheada de polêmicas no Santa Cruz, a chapa de oposição Pró-Santa, com Joaquim Bezerra para presidente e André Frutuoso para vice, foi declarada vitoriosa nas eleições desta quinta-feira (11). A nova gestão vai dirigir o clube pelos próximos três anos

A chapa Pró-Santa fez uma oposição construída ao longo de alguns meses e teve como principal bandeira a defesa da reforma do estatuto do Santa Cruz, contando com apoio do movimento reformista Intervenção Popular Coral. O candidato Joaquim Bezerra, chegou a dizer em entrevista ao portal LeiaJá, antes das eleições, que a primeira ação seria convocar a assembleia para realizar a reforma caso conquistasse o pleito.

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Ao longo de todo o dia as pesquisas de boca de urna apontavam para uma vantagem tranquila da chapa Pró-Santa, Joaquim chegou a dizer que estava confiante na vitória.  Além de Joaquim e André Frutuoso como presidente e vice, a chapa será composta por Mario Godoy para presidente do Conselho Deliberativo, Thomaz de Aquino para Presidência Patrimonial, além de Eduardo Cavalcanti, Edgar Francisco e Cristhian José como membros efetivos da Comissão Fiscal.

O candidato a presidente do Santa Cruz Dody, da chapa 'A Voz da Arquibancada', de oposição, assim como o Pró-Santa, disse à reportagem do LeiaJá em meio às eleições nesta quinta-feira (11) que estava com 'expectativa boa' em relação ao pleito, mas posteriormente, ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, acabou confessando que votou em Joaquim Bezerra.

Durante a fala à nossa reportagem ele chegou a convocar os torcedores para votarem, mas sem citar a sua chapa. "A expectativa está muito boa, a gente espera que o torcedor venha e declare seu voto democrático na chapa de oposição", disse Dody. 

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E assim o fez, só que não na sua própria chapa, mas sim no Pró-Santa, chapa encabeçada por Joaquim Bezerra e com André Frutuoso como vice, conforme revelou ao repórter da Rádio Jornal. "Eu votei no sentimento do torcedor, na mudança, a gente fez uma coalizão, eu votei em Joaquim Bezerra", contou. 

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O candidato da oposição, Joaquim Bezerra, da chapa Pró-Santa, disse em entrevista ao LeiaJá, durante as eleições que acontecem no Arruda nesta quinta-feira (11), que está confiante em uma vitória segura. 

Segundo ele, a maioria dos sócios que estão votando no Arruda estão dando seu voto para a chapa Pró-Santa. "A maioria dos votantes que estão aqui são Pró-Santa e acredito que a gente vá ganhar a eleição tranquilimente", disse, apesar de apontar indícios de fraudes nas eleições. 

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Ele ainda aproveitou para dar um recado a quem tiver irregular e pretende ainda assim participar da votação. "É muito importante que aquele sócio que é fraudado não venha para cá porque nós estamos investigando", garantiu Joaquim Bezerra. "Faltando quatro horas para terminar as eleições com uma expectativa muito boa de vitória, acreditamos que sairemos vitoriosos", completou. As eleições seguem no Arruda até as 20h.

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A chapa de oposição Pró-Santa, em nota, disse que o adiamento das eleições, que aconteceriam nesta quarta-feira (10), na sede social do Arruda, não passa de uma 'manobra' e causou 'estranheza' por acontecer na véspera do pleito. O documento é assinado pelo candidato a presidente, Joaquim Bezerra.

O adiamento aconteceu após a Secretaria de Saúde de Pernambuco declarar ser 'iviável' a eleição, por conta do número esperado de pessoas, cerca de duas mil. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Paulo Borba, foi quem solicitou a análise pelo órgão sanitário da liberação das eleições. Atualmente, por conta da pandemia, só é permitido reuniões com até 150 pessoas.

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“Observamos com isso, que o intuito maior dos gestores do clube não é com a relação segurança sanitária, mas sim com a evidente insegurança da chapa da situação de concorrer a um pleito limpo", aponta o Pró-Santa

"É lamentável essa manobra para, mais uma vez, adiar a eleição de um clube que anda clamando por transparência, credibilidade e governabilidade", complementa a nota. Ainda não houve um posicionamento oficial por parte do clube.

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André Frutuoso, advogado e membro do grupo Pró-Santa – de oposição à atual administração do Santa Cruz – conseguiu, na justiça, reverter a prorrogação do mandato de Constantino Júnior à frente do clube, sob pena de multa. A eleição deverá ser realizada na data marcada anteriormente ou o clube pagará R$ 20 mil por dia, com valor máximo estimado em R$ 1 milhão de reais. Para o juiz do caso, o adiamento da eleição seria uma ameaça à democracia, “a qual deve existir inclusive no ambiente futebolístico”.

Em post no twitter, o advogado comemorou a vitória na 2ª Vara Cível da Capital. “Comunico a toda torcida Coral que a ilegal prorrogação dos mandatos do presidente do Santa Cruz foi revogada judicialmente! Avisem lá que haverá eleições! Viva à democracia! Chega de tirania!”, postou.

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Na decisão, o juiz Julio Cezar Santos da Silva disse que o Santa Cruz deveria ter programado as eleições já em janeiro de 2020, antes da pandemia, o que não teria ocorrido. O magistrado afirmou que a direção do clube “usou a pandemia” para prorrogar os mandatos e que era “inconstitucional e uma ameaça à democracia, a qual deve existir inclusive no ambiente futebolístico - uma paixão nacional”.

O julgador comparou a situação à uma ditadura. “Entender pela prorrogação do mandato da atual gestão sem o direito do voto implica em real exercício ditatorial, não cabível em nosso ordenamento jurídico”, disse o magistrado em sua decisão.

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Discordância dentro da atual direção - No último domingo (4), o presidente Constantino Júnior enviou uma carta ao Conselho Deliberativo do clube defendendo a realização das próximas eleições corais dez dias após a final do Campeonato Brasileiro da Série C, em janeiro de 2021. Integrantes do Conselho Deliberativo defendem que a eleição seja realizada apenas na metade de 2021. O novo gestor assumirá o triênio 2021-2023.

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