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Um processo movido por acionistas acusa os membros do conselho da Meta, controladora do Facebook e Instagram, de se esquivarem de seus deveres ao ignorarem o tráfico de pessoas e sexual nas redes sociais da gigante da tecnologia.

A ação pede que Mark Zuckerberg e outros executivos e membros do conselho sejam condenados a instituir reformas e pagar indenizações.

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“Na última década, os aplicativos da Meta ajudaram, respaldaram e facilitaram o trabalho dos criminosos responsáveis por proxenetismo, tráfico de pessoas e crimes contra menores de idade que ocorrem em larga escala nas plataformas” do grupo californiano, aponta a denúncia apresentada na segunda-feira em um tribunal de Delaware.

"Provas substanciais mostram que o conselho de administração fechou os olhos, apesar de ter conhecimento desse fenômeno em plena expansão", afirmam os demandantes, entre eles o Sistema de Aposentadoria dos Empregados do Estado de Rhode Island, o Kiwi Investment Management Wholesale Core Global Fund e o Teamsters Pension Fund, segundo o processo.

Mark Zuckerberg, presidente-executivo e acionista majoritário da Meta, é o principal alvo do processo. Procurado pela AFP, o porta-voz Andy Stone afirmou que a empresa “proíbe claramente a exploração de seres humanos e a exploração sexual de crianças”, e que as denúncias não refletem “os esforços” da empresa “para combater esse tipo de atividade”.

O processo afirma, no entanto, que o conselho de administração da Meta "falhou em explicar como tenta erradicar o problema", motivo pelo qual a única "conclusão lógica" é que "decidiu, conscientemente, permitir que as plataformas da Meta promovam e facilitem" esses tipos de tráfico.

A Meta enfrenta várias acusações, em particular envolvendo efeitos na saúde mental de crianças e adolescentes.

O ex-treinador da seleção brasileira Tite entrou com um processo contra o comentarista e ex-jogador, Neto por conta de xingamentos direcionados a ele, após a eliminação do Brasil da Copa do Mundo do Catar 2022 no dia 9 de dezembro.

“Filho de uma p..., desgraçado, sem-vergonha, burro, idiota, imbecil e vagabundo”, foram os termos usados por Neto. Os xingamentos viraram uma queixa-crime contra ele, por parte de Tite, que ingressou na última quarta-feira (15) no Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo.

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"As sete expressões – algumas delas proferidas repetidamente – formam um conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas. Possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra do querelante [Tite], ofendido em sua dignidade (respeitabilidade) e seu decoro", disseram os advogados de Tite.  

O ex-treinador e seus advogados se basearam nos artigos 140 e 141 do Código Penal que abordam injúrias e calúnias como crimes. A pena pode levar até um ano de detenção.

Vereadores do município de São Sebastião, no litoral paulista, autorizaram na terça-feira (14), a abertura de um processo de cassação contra o prefeito Felipe Augusto (PSDB). O pedido foi feito pelo advogado Roberto Magiolino, a partir de denúncias apresentadas pelo Ministério Público e que constam em operação policial que está em tramitação e investiga desvios de recursos da saúde.

O requerimento aponta possíveis ilegalidades na administração municipal feita pelo prefeito em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Segundo o advogado, os atos ilícitos se deram durante a compra de produtos, equipamentos, prestação de serviços e instalações dos hospitais de campanha desenvolvidos nesse período.

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A denúncia acompanhou arquivos digitais da "Operação Mar Revolto", na qual tanto o prefeito, quanto secretários e servidores são apontados como réus. O arquivo também une análises técnicas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, no qual, Magiolino afirma que "pode-se constatar as ilegalidades, bem como o prejuízo causado aos cofres públicos."

A votação foi em sua maioria em favor da abertura do processo de investigação. A comissão responsável pelo processo foi escolhida na base de sorteio e ficou nas mãos dos vereadores Giovani Pixoxó (MDB), como presidente, Diego Nabuco (PSDB), como relator, e Daniel Simões (PP), como membro. A comissão tem o prazo de cinco dias para iniciar os trabalhos e 90 dias para finalizar o processo.

O processo ocorre logo após crise ocasionada por fortes chuvas que abalaram o município em fevereiro deste ano.

Procurado, o prefeito Felipe Augusto não foi localizado até o fechamento deste texto.

A Controladoria Geral da União (CGU) determinou que o Exército tem 10 dias para retirar o sigilo do processo administrativo que envolveu o general da reserva, ex-ministro da Saúde e hoje deputado eleito Eduardo Pazuello. Em 2021, o oficial participou de um ato político ao lado de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Código de conduta militar impede que a participação em eventos de caráter partidário sem autorização do Comando do Exército.

Ainda durante o governo Bolsonaro, por conta da violação do código de conduta, foi instaurado um processo administrativo, mas Pazuello acabou absolvido. Desde então o Exército vinha se negando em dar acesso ao resultado da apuração sob alegação de que se tratava de uma questão pessoal que, por lei, deveria ficar protegida por 100 anos. A justificativa, no entanto, violava todos os precedentes de pedidos de acesso a sindicâncias já encerradas. A CGU entendia que uma vez concluída a apuração, a documentação é pública.

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O Exército sustentava ainda que, por conta do posto de general, a exposição do caso Pazuello poderia abalar o princípio da hierarquia militar. Durante o governo Bolsonaro, foram apresentados pedidos de acesso ao processo, mas tanto o Comando como a própria CGU preferiram manter os documentos em sigilo.

O Estadão apresentou um novo pedido no final do ano passado. O pedido foi novamente negado pelo Exército. Ao analisar um recursos no caso, a CGU, que pela Lei de Acesso à Informação, tem poder de rever decisões de outras Pastas do governo federal, decidiu acabar com o sigilo dos documentos.

"O órgão recorrido (Exército) deverá disponibilizar aos requerentes, no prazo de 10 (dez) dias a contar da publicação desta decisão, o acesso ao inteiro teor do procedimento disciplinar requerido, com o tarjamento, estritamente, de informações pessoais e dados biográficos inerentes a aspectos da vida privada do titular constantes nos autos, tais como: CPF, número de identidade, endereço físicos e de correios eletrônicos, assinaturas, etc", diz o despacho da CGU.

Até o momento, o Exército só havia concordado em divulgar um extrato com mero resumo do processo, relatando apenas que a investigação foi aberta, Pazuello apresentou sua defesa e foi absolvido.

GENERAL NA CPI

O general Pazuello foi nomeado ministro da Saúde no meio da pandemia. Na época, Bolsonaro queria liberar o uso da cloroquina como medicamento para prevenir a contaminação. Os ministros que ocuparam o cargo até então se negaram a fazer isso. Pazuello não se opôs. Ele fez editar documento facilitando o uso do medicamento que não tinha eficácia comprovada. Pazuello também retarnou negociações do governo federal com a gestão do tucano João Doria que se preparava para fabricar a primeira vacina no Brasil.

Numa "live" ao lado de Bolsonaro, Pazuello resumiu sua linha de atuação: "É simples assim: um manda e o outro obedece". A gestão do general na Saúde e a atuação do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus foram alvo de uma CPI do Senado. Pazuello terminou indiciado por crimes cometidos durante a pandemia.

O VAI E VEM DO CASO PAZUELLO

No palanque com o presidente

No dia 23 de maio de 2021, o então ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello subiu num palanque com o presidente Jair Bolsonaro. No ato político, o presidente criticou governadores que incentivaram o isolamento social como forma de evitar o alastramento da covid 19. O regimento militar proíbe que militares participem de atos políticos sem autorização do superior. O Exército abriu uma sindicância para apurar o caso. Pazuello se defendeu e foi absolvido.

O sigilo de 100 anos

No dia 7 de julho de 2021, o Exército negou acesso ao processo disciplinar, já arquivado, do caso Pazuello. Alegou que eram informações pessoais protegidas por 100 anos. O caso foi parar na CGU, em grau de recurso, e a Controladoria, ignorando julgamentos anteriores que permitiam o acesso a processos disciplinares já concluídos, aderiu aos argumentos do Exército para considerar que a divulgação dos documentos poderiam abalar a hierarquia das Forças Armadas.

Sigilo reeditado

O Estadão apresentou um novo pedido de acesso ao processo de Pazuello em dezembro de 2022. Mais uma vez o requerimento foi rejeitado. Foi apresentado mais um recurso ao Comando da Força que foi julgado já no governo Lula. A resposta foi assinada pelo coronel Emílio Ribeiro, subchefe do gabinete do Comandante. O oficial se limitou a dizer que ratificava as decisões anteriores do governo Bolsonaro e que elas estavam "em conformidade" com a Lei de Acesso à Informação.

A revogação

A CGU anunciou na sexta-feira, 3, a produção de 12 enunciados com entendimento sobre o que deve ou não permanecer em sigilo. Um dos enunciados diz que sindicâncias militares devem ter mesmo tratamento das civis, ou seja, após a conclusão os documentos são públicos.

O parecer

Novo parecer da CGU determina a liberação do processo e dá 10 dias para Exército retirar o sigilo do caso Pazuello.

Após a colunista Fábia Oliveira revelar detalhes de uma ligação em que a mãe biológica de Jojo Todynho dispara ofensas à filha durante conversa com o ex-genro, Lucas Souza, a cantora fez um desabafo nas redes sociais. Mas não foi só sobre o relacionamento familiar que a funkeira falou. Ela revelou que vai estudar Direito e sonha em ser juíza e desembargadora.

Todynho disse que iniciará o curso de Direito em março para se tornar uma advogada.

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- Estou muito feliz, porque agora na primeira ou segunda semana de março começo a cursar Direito. Já fiz minha inscrição, tudo bonitinho. A Jojo Todynho, essa pessoa aqui, não vai desaparecer nunca, mas a Doutora Jordana Gleice está chegando. Vou me dedicar, me formar, abrir um escritório foda de advocacia. E quem sabe no futuro, porque é meu sonho me tornar juíza, desembargadora. Cada vez mais a minha vontade de estudar fica aguçada, porque eu acho que conhecimento não ocupa espaço, só acrescenta na minha vida.

Tirar nome da mãe da certidão

Na noite da última quinta-feira, dia 16, a artista revelou nos Stories do Instagram que entrou em um processo para tirar o nome da matriarca de sua certidão de nascimento.

- Queria deixar um recado aqui para uma fã minha que insiste em dizer por aí que me ama e é notório esse amor dela por mim. Te dar uma dica, começa a juntar porque eu vou arrancar até o que tu não tem. É assim que funciona... Outra coisa que queria deixar aqui é que, daqui a pouco vai sair aí na mídia, que eu entrei com um processo de exclusão do nome dessa senhora que me colocou no mundo, da minha certidão de nascimento, vou deixar apenas o nome do meu pai.

Em seguida, explicou melhor a sua decisão:

- E por quê? Porque quem me criou foi minha avó, ela me educou, me deu amor, amparo, carinho, tudo mundo sabe do amor e carinho que tenho pela minha avó... não só por ela, mas pela minha família. Não fico fazendo exposição aqui da minha avó, tanto é que já pedi: as pessoas ficam indo na porta da minha avó e eu pedi, pelo amor de Deus, tenho minha vida, a minha avó a dela, ela já é uma senhora, então evite. Coloquei câmera na casa da minha avó, vocês sabem que ela é tudo para mim.

O ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual deputado federal, Marcelo Crivella (Republicanos), tornou-se réu no processo que ficou conhecido como QG da Propina. A Justiça Eleitoral aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público, dando segmento ao processo que chegou a passar dois anos parados até ser encaminhado para a Justiça Eleitoral.

Crivella e mais 25 pessoas vão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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A defesa de Marcelo Crivella afirmou que "não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal. Sendo assim, a defesa acredita que o arquivamento deve ser mantido”.

 

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi processado pelo Banco do Nordeste por não pagar dívida que fez com a instituição. O banco cobra R$ 831,4 mil desde 2009 na Justiça do Maranhão em função de um empréstimo rural.

A informação foi revelada pela coluna Radar, da revista Veja. O processo corre na comarca de Vitorino Freire (MA), onde o ministro e a família têm fazendas. O Estadão mostrou, no dia 30 de janeiro, que ele destinou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar estrada que dá acesso às propriedades.

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O Estadão também revelou que o ministro forneceu informações falsas para a Justiça Eleitoral ao usar R$ 385 mil do fundo eleitoral na contratação de voos de helicóptero para sua campanha, em 2022.

Assessores, amigos e parentes de Juscelino foram beneficiados por emendas parlamentares direcionadas pelo ministro para Vitorino Freire, cidade governada pela irmã de Juscelino, Luanna Rezende. Empresas de pessoas próximas faturaram R$ 36 milhões.

O esquema envolve amigos de Juscelino que não aparecem nos documentos oficiais, mas que são os verdadeiros donos das empresas. A Folha de S.Paulo mostrou ontem que o ministro patrocinou emendas no total de R$ 42 milhões que bancaram empreiteiras alvo da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça de São Paulo negou pedidos da defesa do empresário Thiago Brennand para revogar seu decreto de prisão preventiva e trancar o processo em que ele responde por agressões físicas, sexuais e psicológicas em série contra mulheres.

Por unanimidade, a 5.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou três habeas corpus. Os desembargadores concluíram que há indícios suficientes para manter a ordem de prisão do empresário e para seguir com a ação penal.

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"A prova é farta no sentido dos indícios de cometimento dos delitos, que a instrução poderá aclarar", diz um trecho do voto do desembargador Geraldo Pinheiro Franco, relator dos HCs, que foi acompanhado por Tristão Ribeiro e Geraldo Wohlers.

Thiago Brennand chegou a ser preso em outubro do ano passado, quando foi localizado nos Emirados Árabes Unidos, após passar quase um mês foragido com o nome da lista de difusão vermelha da Interpol. Ele foi solto depois de pagar fiança e se comprometer a ficar no país. A extradição ainda não foi feita.

"As informações colhidas até o momento evidenciam indícios de um comportamento reiterado do paciente de agressões verbais, físicas e morais, de excessos negativos, de desconsideração com o próximo, de desrespeito à lei, de sentimento de impunidade em face de seu poderio econômico, de ameaças, que ofendem sim a ordem pública, notadamente pela repetição de condutas", destacou o relator.

O processo por estupro, registro não autorizado da intimidade sexual, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal corre na Comarca de Porto Ferreira (SP).

Os desembargadores também rejeitaram a tese da defesa de que houve 'excessos' nas acusações do Ministério Público de São Paulo.

"A contextualização dos fatos, trazida pelo Ministério Público, não invade a honra do paciente, nem traz a julgamento fatos exteriores àqueles a serem examinados", rebateu Pinheiro Franco. "Uma coisa é a desqualificação da vítima mediante a apresentação de fatos alheios aos autos, outra coisa é o Ministério Público, legitimamente, trazer aos autos indicações da conduta do agente de crime para serem sopesadas a tempo próprio e em caso de condenação."

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou, nesta quarta-feira (1), ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), representações contra o jogador de vôlei Wallace Souza, atleta do Cruzeiro e campeão olímpico pela seleção brasileira, que, na última segunda-feira (30), sugeriu, em uma postagem em uma rede social, “dar um tiro” no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na representação destinada ao COB a AGU afirmou que houve uma violação ao artigo 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (incitação pública ao ódio ou a violência) e dos artigos 8º e 34 do Código de Conduta Ética do COB (respectivamente por uso indevido de expressões discriminatórias e por incitação a práticas de ato de violência por meio de redes sociais).

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Desta forma, a AGU pede ao Conselho do COB que seja aberto um processo disciplinar e que sejam aplicadas as penalidades máximas previstas nos dois códigos: multa no valor de R$ 100 mil e banimento do esporte olímpico.

Já na representação apresentada à CBV, a AGU afirma que Wallace infringiu o art. 43 do Código de Ética e Disciplina da entidade (que estabelece como dever dos atletas rejeitar com energia manifestação violenta oriunda de preferência política, tanto no âmbito esportivo como fora dele) e o artigo 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (incitação pública ao ódio ou a violência).

Por esta razão, a AGU solicita que a CBV aplique as penalidades máximas previstas nas normas: a adoção de censura escrita, multa e suspensão.

Na última terça-feira (31), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, informou em postagem no Twitter que acionou a AGU para “tomar todas as providências necessárias” contra o jogador, que, no Instagram, publicou uma fotografia portando uma espingarda calibre 12 e abriu para comentários dos seguidores. Um deles perguntou se o atleta “daria um tiro na cara do Lula com essa 12”. O jogador fez, então, uma enquete sobre o comentário com a mesma pergunta. Em seguida, exibiu o resultado.

Suspensão

Ainda na terça, o Cruzeiro divulgou uma nova nota informando que Wallace seria punido, a partir desta quarta, com afastamento e suspensão por tempo indeterminado, conforme está previsto em seu contrato: “Esperamos que o episódio sirva de aprendizado para todos, com uma reflexão sobre o uso consciente das redes sociais, e da responsabilidade que cada um tem em disseminar bons valores. O esporte deve ser uma ferramenta para propagar igualdade, tolerância e respeito”.

Entidades desportivas

A CBV foi outra entidade a criticar a postagem do jogador: “A CBV repudia qualquer tipo de violência, ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”.

Já o COB divulgou nota sobre o caso informando que encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da entidade contra o atleta de vôlei. O órgão, que é independente, dará andamento às etapas do processo. “O Comitê classifica como inaceitável a postagem feita pelo jogador, que representou a seleção brasileira de vôlei em três Jogos Olímpicos”, diz a nota. “O COB reforça que o que move o esporte brasileiro são os valores olímpicos como excelência, respeito e amizade e que, portanto, não há espaço para nenhuma conduta violenta ou de incitação à violência”.

Em uma postagem no Instagram, Wallace fez um pedido de desculpas e reconheceu que errou ao fazer a postagem. “Quem me conhece sabe que eu jamais incitaria a violência em hipótese alguma contra qualquer pessoa e principalmente o nosso presidente, então vim aqui pedir desculpas, foi um post infeliz que acabei fazendo. Errei e estou aqui pedindo desculpas, porque quando você erra não tem jeito, você tem que assumir o erro e se desculpar. Jamais tive a intenção de incitar a violência, ódio. Não é da minha pessoa. Não foi isso que o esporte me ensinou e não é isso que quero passar para ninguém”, declarou.

Um grupo de 42 famílias de vítimas do incêndio na Boate Kiss estuda ir à Justiça contra a Netflix. O motivo é a série ficcional Todo Dia a Mesma Noite, que retrata a história do desastre do dia 27 de janeiro de 2023, quando 242 pessoas morreram após a boate em Santa Maria (RS) pegar fogo. Os parentes afirmam que não foram consultados e dizem estar incomodados com parte das cenas e com o que classificam como comercialização da tragédia.

O empresário Eriton Luiz Tonetto Lopes é um dos líderes do movimento, e alega ter sido pego de surpresa pela obra audiovisual. "A maioria não foi ouvida, então me achei no direito de protestar", conta ele que perdeu a filha Evelin, com 19 anos na tragédia. De acordo com ele, os responsáveis pela série não procuraram os familiares de outras vítimas além das retratadas nas obras.

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Lopes garante que os pais não vão procurar qualquer indenização da empresa. "Não queremos dinheiro da Netflix, a gente quer que parte desse valor arrecadado seja usado para ajudar os sequelados", diz. Lopes é bastante crítico pelas ações comerciais que envolvem a memória da tragédia, como venda de camisetas, canecas e garrafas d'água.

Segundo ele, uma empresa já estuda a criação desses produtos com imagens ligadas à tragédia. "Nosso intuito é parar por aí, que não seja mais comércio. Estão lucrando com a tragédia desses pais. "Não queremos dinheiro. Queremos justiça e que parem de comercializar nossos filhos", afirma.

'Minissérie é diferente do que já foi produzido até agora'

Advogada que representa as famílias, Juliane Korb, diz que as medidas legais ainda estão sendo avaliadas, já que é necessário avaliar as queixas dos familiares em relação à lei. "Ainda estamos estudando a o que podemos fazer juridicamente a respeito de algumas informações desses pais." De acordo com ela, o principal motivador para esse movimento dos pais foi a surpresa e falta de comunicação sobre a produção da Netflix.

"Uma minissérie é muito diferente de tudo que foi produzido até hoje de conteúdo jornalístico. Muitos pais não tiveram estrutura psicológica de entrar naquele ginásio para fazer o reconhecimento dos seus filhos, e muitos até hoje não tiveram coragem de se deparar com essas imagens", afirma. "E a série traz no trailer imagens desse momento."

A cena do ginásio onde os corpos foram levados no dia tragédia é uma das que compõem o trailer da minissérie de cinco episódios que estreou em 25 de janeiro. Juliane diz que o primeiro pedido a ser feito diretamente à Netflix é uma adequação desse trailer pois, de acordo com ela e com Lopes, as imagens já despertaram problemas psicológicos em alguns familiares que conseguirem "se blindar" de cenas que remetessem ao ginásio.

"Faltou muita sensibilidade, porque os familiares envolvidos de forma direta com a associação tinham conhecimento. Mas faltou sensibilidade da plataforma aos demais pais serem pelo menos comunicados que estava acontecendo", diz Juliane. Segundo ela, esses pais são favoráveis que a história siga sendo contada, mas defendem que isso seja feito por meio de conteúdos jornalísticos e documentários.

Em nota publicada nas redes sociais no domingo, 29, a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) declarou apoio à produção, disse estar ciente e afirma que se sentiu representada pela minissérie. Acrescenta ainda que a obra retrata as famílias que chegaram a ser processadas por críticas ao trabalho do Ministério Público na época.

A reportagem não conseguiu contato com a Netflix até a publicação deste texto.

A defesa de Cássia Kiss está trabalhando para diminuir uma possível indenização em um processo movido pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT. Para isso, tem alegado que a atriz está desempregada e, portanto, não teria como arcar com as despesas. A associação abriu uma ação civil pública na Justiça do Rio de Janeiro contra a Kiss por conta de falas de cunho homofóbico durante entrevista à jornalista Leda Nagle. 

Por entender que as falas de Cássia foram discriminatórias contra a população LGBTQIA+, o grupo entrou com um pedido de danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil contra a intérprete, que atualmente está no ar como a Cidália em Travessia. A defesa da atriz apresentou uma contestação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em 17 de janeiro. Os advogados dela teriam afirmado que as declarações não trazem "qualquer agressão, preconceito, incitação ao ódio ou discriminação em relação às famílias homoafetivas". As informações são do Metrópoles.

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Para tentar diminuir uma possível indenização, os advogados de Cássia também alegaram que ela está desempregada e não teria como arcar com os valores. Porém, a atriz teve o vínculo com a Globo renovado durante a pandemia de Covid-19. Ela segue na emissora até 2025, ainda que já tenha dito que Travessia é a sua última novela. 

Mais um capítulo na batalha travada entre Pedro Scooby e Luana Piovani acaba de acontecer. Depois da atriz revelar que está sendo processada pelo ex-marido e dele se pronunciar com uma nota enviada por sua assessoria de imprensa, agora foi a vez do próprio surfista ir às redes sociais para fazer um desabafo daqueles sobre tudo o que está acontecendo.

Em Portugal, Scooby publicou um vídeo na noite desta sexta-feira (27), onde afirma que está cansado de ter que desmentir diversas histórias e fica triste por ter sempre que fazer isso em datas importantes em sua vida, já que desde o nascimento de Aurora, sua filha com Cíntia Dicker, ele vem passando por diversas barras - e na última quinta-feira (26), a pequena completou um mês de vida, logo quando Luana revelou todo o novo bafafá que os dois vêm enfrentando.

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Com cara de bastante cansado e abalado, ele explica o porquê de estar em terras lusitanas e repete diversas vezes ao mencionar todas as histórias que envolvem Luana: "Estou no meu limite".

Coincidência ou não, o tal desabafo foi feito pouco tempo depois de uma conta no Instagram que supostamente seria de Dom, filho mais velho de Scooby e Luana, fazer um post apoiando o pai. A conta, no entanto, está fora do ar neste momento.

A socióloga e primeira-dama Janja Silva abriu um processo contra a Jovem Pan e a comentarista Pietra Bertolazzi por danos morais no valor de R$ 50 mil. A ação é por uma fala de Pietra durante um programa do ano passado, em que ela afirmou que a primeira-dama usava maconha. 

“Enquanto tem a Janja abraçando Pabllo Vittar, fumando maconha, fazendo sei lá o quê, você tem uma mulher impecável representando a direita, seus valores, a bondade, a beleza. Um monte de artista maconhista ali, que não sabe para onde vai, de onde vem, com uma ânsia enorme por brilho fácil e por dinheiro fácil também. Todos abraçando a Janja, porque é este tipo de valor que ela demonstra”, afirmou a apresentadora da Jovem Pan. 

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De acordo com o Portal Uol, que acessou o processo, a ação corre na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e é conduzida apenas por advogadas mulheres. E, além da indenização por danos morais, as representantes de Janja pedem retratação pública, retirada do vídeo que contém a ofensa das redes sociais e pagamento das custas processuais e despesas com advogados de 20% sobre o valor da causa. 

O juiz Cassio Pereira Brisola, do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu o prazo de 15 dias para que Pietra e a Jovem Pan apresentem a defesa. 

 

Uma mulher entrou com uma ação acusando o ex-campeão de boxe Mike Tyson de estupro no início dos anos 90, depois que ela o conheceu em uma casa noturna na cidade de Albany, nos Estados Unidos. A mulher, que o está processando por US$ 5 milhões (cerca de R$ 25,6 milhões), disse que Tyson a estuprou em uma limusine e que ela sofreu "danos físicos, psicológicos e emocionais" desde então.

A declaração da mulher não diz a data do suposto abuso, mas afirma apenas que aconteceu no início dos anos 90 - mais ou menos na mesma época em que Desiree Washington disse que Tyson a estuprou em Indianápolis. Tyson foi condenado por esse caso em 10 de fevereiro de 1992 e cumpriu três anos de prisão.

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A ação legal em Nova York foi movida sob a Lei de Sobreviventes Adultos (Adult Survivors Act) do estado, que dá às vítimas de agressão sexual uma janela de um ano para abrir processos por agressões que aconteceram anos ou mesmo décadas antes.

A mulher disse em seu depoimento que entrou na limusine de Tyson e o boxeador imediatamente começou a tocá-la e a tentar beijá-la. "Eu disse várias vezes que 'não' e pedi para ele parar, mas ele continuou a me atacar", disse a mulher. "Ele então puxou minhas calças e me estuprou violentamente."

A mulher está tentando manter seu anonimato porque, disse ela, a publicação de seu nome "certamente representaria um risco para mim de mais danos mentais, assédio, ridículo ou constrangimento pessoal".

O advogado da mulher, Darren Seilback, disse em um documento separado que seu escritório não simplesmente aceitou a palavra da mulher, mas investigou suas alegações e determinou que elas são "altamente confiáveis". Seilback afirmou na terça-feira que não poderia comentar mais sobre o caso. Uma mensagem da reportagem solicitando comentários de Tyson sobre o caso foi enviada a uma agência que o representa.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou o Google, nesta terça-feira (24), por "monopólio" no mercado da publicidade online, segundo um documento judicial, enquanto a ferramenta de buscas na Internet enfrenta outras queixas judiciais relacionadas à lei de livre concorrência.

A autoridade acusa o grupo californiano de ter abusado de sua posição dominante para excluir seus concorrentes, particularmente "tomando o controle de forma sistemática de uma ampla variedade de ferramentas de alta tecnologia, usadas por editores, anunciantes e outros atores do mercado", destacou.

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Segundo a ação, o Google mantém ilegalmente um monopólio, que "corrompeu a concorrência legítima no setor da tecnologia publicitária".

"O Google usou meios anticompetitivos, excludentes e ilegais para eliminar ou diminuir gravemente qualquer ameaça ao seu domínio sobre as tecnologias de publicidade digital", acrescenta.

O caso foi aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), juntamente com oito estados: Califórnia, Colorado, Connecticut, Nova Jersey, Nova York, Rhode Island, Tennessee e Virgínia.

O centro do caso é o domínio do Google no negócio de tecnologia publicitária, na qual as empresas confiam para suas necessidades de publicidade online.

Segundo os promotores, o Google "agora controla" o setor, o que significa que os criadores de sites na Internet ganham menos e os anunciantes pagam mais, enquanto a inovação é sufocada pela falta de concorrência no setor.

"Em seu afã por obter benefícios desmedidos, o Google gerou grande prejuízo aos editores e anunciantes online e aos consumidores americanos", disse, em nota, a vice-procuradora-geral dos Estados Unidos, Lisa Monaco.

O Ministério Público Federal (MPF) ratificou integralmente, nesta segunda-feira (23) a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais contra a Vale, a Tüv Süd e 16 pessoas físicas em razão do desastre em Brumadinho em 2019.

A denúncia imputa às pessoas físicas denunciadas o crime de homicídio qualificado, por 270 vezes (número de mortos no desastre); crimes contra a fauna; crimes contra a flora; e crime de poluição. As pessoas jurídicas foram denunciadas pelos crimes ambientais - contra a fauna e a flora e crime de poluição.

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Os autos estavam em análise no MPF em Brasília. Mas a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), alertou que o prazo para o fim do julgamento está marcado para a quarta-feira, 25, e encaminhou o processo, que correrá na Justiça Federal de Minas.

O MPF destacou, na petição, que poderá aditar a denúncia, se for o caso, e acrescentar ou substituir denunciados ou fatos delituosos. "Isso se deve ao fato de que novos fatos e autores podem surgir durante a instrução criminal. A urgência da ratificação da denúncia reside no teor da decisão da ministra Rosa Weber, que chamou a atenção para a possibilidade de prescrição de alguns crimes", explica a procuradora Mirian Moreira Lima.

A ministra determinou à Justiça Federal de Minas que promova imediatamente o andamento da ação penal após analisar petição de familiares das vítimas. Eles pediram o imediato cumprimento da decisão anterior devido ao risco de prescrição em abstrato dos crimes ambientais.

O processo criminal, com 84 volumes, foi distribuído à 2.ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte (antiga 9ª Vara), que deverá decidir se recebe a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal.

Procurada para comentar o assunto, a Vale reafirmou, em nota, "seu profundo respeito para com as famílias impactadas direta e indiretamente pelo rompimento da Barragem 1, em Brumadinho" e afirmou que "segue comprometida com a reparação e compensação dos danos". A companhia reforçou ainda que sempre pautou suas atividades por premissas de segurança e seguirá contribuindo com as autoridades, assim como tem feito desde 2019.

A mineradora também informou que, a partir oferecimento da denúncia, compete ao advogado David Rechulski, a defesa jurídica processual.

Rechulski, por sua vez, divulgou nota afirmando: "Com relação à ratificação integral da denúncia do Ministério Público de Minas Gerais pelo Ministério Público Federal, (a defesa) se manifestará de forma mais completa e ampla em momento oportuno. Não obstante, pode desde logo afirmar que considera absolutamente impensável uma acusação que imputa dolo de forma verticalizada, desde os primeiros níveis operacionais até o presidente da companhia, como se todos, agindo com vontade única, atuassem direcionados a deliberadamente fazerem ou deixarem a barragem se romper, ocasionando, preponderantemente, a trágica morte de seus próprios colegas de empresa e pessoas no entorno. Essa teoria não é minimamente razoável e isso será claramente demonstrado."

A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o conselheiro do Corinthians Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne. Em uma publicação nas redes sociais, datada em dezembro e já retirada do ar, o conselheiro escreveu: “Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo e a putana da Janja e os quarenta ladrões juntos.” 

Além disso, Manoel Ramos respondeu um internauta depois de ser questionado sobre a ofensa. ”Por acaso eu menti?” e “Futura primeira-dama só se for sua, seu esgoto, lixo. Laranja do sapo barbudo”. A ação conta com um pedido de indenização de R$ 50 mil em danos morais.

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Em sua conta no Twitter, Janja disse que não vai aturar machismo e misoginia. “Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia”, escreveu a primeira-dama. O processo também pede que o conselheiro do Corinthians se retrate publicamente dos comentários, além de publicar em suas redes sociais a íntegra da sentença, revela reportagem da CNN

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A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, ordenou à Justiça Federal de Minas que promova 'imediatamente' o andamento do processo penal em que executivos e funcionários da mineradora Vale foram denunciados pelas mortes causadas após o rompimento da barragem de Brumadinho. A determinação leva em consideração o 'risco iminente' de prescrição de crimes ambientais descritos na peça de acusação.

A decisão atende um pedido de familiares das vítimas do tsunami de lama que, no dia 25 janeiro de 2019, deixou 259 mortos e onze desaparecidos. O grupo acionou o Supremo após a Segunda Turma da Corte máxima decidir, em dezembro de 2022, que caberia à Justiça Federal julgar o caso, e não à Justiça estadual.

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Com a decisão do STF, foi invalidado o recebimento da denúncia contra onze executivos e funcionários da Vale e outros cinco da consultoria Tüv Süd. A peça descreve homicídio doloso, por 270 vezes, e delitos contra a fauna e a flora, além de crime de poluição.

Ao analisar o caso, Rosa Weber alertou para 'risco iminente' de prescrição de todos os delitos imputados na denúncia cuja pena máxima não exceda a dois anos, considerando que os fatos foram consumados em 25 de janeiro de 2019. Em tais casos, o prazo prescricional é de quatro anos.

A ministra ponderou que, dadas as 'circunstâncias excepcionais' do caso, a falta de publicação do acórdão da Segunda Turma não impede 'a eficácia da decisão', no sentido de determinar a imediata remessa dos autos ao juízo da 9.ª Vara Federal de Belo Horizonte, para que dê andamento ao caso.

Chefiado por Flávio Dino, o Ministério da Justiça quer acelerar o processo de extradição do blogueiro Allan dos Santos, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. A pasta procurou a Interpol e os Estados Unidos para cumprir o mandado de prisão preventiva que pesa contra ele, expedido em 2021. O blogueiro, criador do canal "Terça Livre", está foragido no país norte-americano.

Ao Estadão, a pasta declarou que a lei é "para todos" e que acionará "mecanismos de cooperação internacional para que as ordens do Supremo Tribunal Federal sejam cumpridas, independente do destinatário". O ministério afirmou que não comenta casos concretos.

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O mandado de prisão preventiva contra Allan dos Santos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Polícia Federal. O blogueiro é investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias falsas na internet e a existência de milícias digitais que organizam ataques às instituições democráticas, aos poderes de Estado e aos ministros da Corte.

Em novembro do ano passado, o Supremo ordenou ao Ministério das Relações Exteriores o cancelamento do passaporte de Allan dos Santos. Já houve, também, pedido para que o nome do investigado seja incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol, que contém procurados internacionais, mas a solicitação ainda não foi atendida.

Senadores que foram membros da CPI da Pandemia acionaram a Advocacia do Senado para fazer uma "radiografia" dos processos instaurados após a apresentação do relatório final e reunir todos os documentos que consideram ser provas de crimes cometidos pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante o período de enfrentamento à covid-19. Os parlamentares esperam que, sem foro privilegiado, Bolsonaro seja julgado em primeira instância. 

"Tomei a iniciativa de mobilizar os colegas senadores da CPI da Covid e vamos reunir as provas dos crimes cometidos por Bolsonaro, que não tem mais como se esconder por trás do foro privilegiado. A justiça será feita. A gestão irresponsável na pandemia não passará impune ", afirmou o senador Humberto Costa nas redes sociais. 

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O relatório final da CPI, apresentado em outubro de 2021 pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), acusou formalmente o então presidente Jair Bolsonaro de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade. 

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que sempre se opôs ao chamado “núcleo duro” da CPI da Pandemia e promoveu a defesa das ações do governo federal no enfrentamento à covid-19, contesta essa nova movimentação por parte de alguns senadores: "Depois de uma eleição controversa, com negativa de diversos pedidos de investigações sobre o sistema eleitoral e aplicação de censura, querem tornar Bolsonaro inelegível! Não existe elemento que possa sustentar essa denúncia, é um absurdo!”, rebateu Heinze. 

Ao se declarar o único senador independente da CPI da Pandemia, Eduardo Girão (Podemos-CE) afirma que essa proposta de levantar documentos é "muita desfaçatez, visto que todos perceberam que a CPI foi um palanque eleitoral visando apenas antecipar a disputa presidencial de 2022 para 2021, com o objetivo de desgastar unicamente o governo federal". 

"Tanto é verdade que além de a cúpula da CPI ter abraçado “de corpo e alma” a campanha do Lula no ano passado, na época da CPI eles blindaram apenas os governadores e prefeitos da investigação de desvios de verbas públicas (corrupção) quando tínhamos indícios fortes. Só eu entrei com dezenas de requerimentos nesse sentido, alguns negados e outros que nem sequer colocaram para votar. A CPI infelizmente foi zero na busca pela verdade e 100% politiqueira", afirmou. 

Entenda o caso Cópia do relatório final da CPI da Pandemia foi entregue em mãos pelos senadores ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, no dia 28 de outubro de 2021. Um dia antes, eles também estiveram com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. O documento foi distribuído ainda para órgãos do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos previstos na legislação para que fossem promovidos os devidos encaminhamentos.

Nas questões em que havia autoridades com foro privilegiado, a PGR solicitou ao STF para instaurar investigações preliminares. Em janeiro de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) informou que desmembrou em 12 apurações a investigação a partir do relatório final da CPI da Pandemia. No mesmo período, Augusto Aras e o procurador Claudio Drewes José de Siqueira encaminharam ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ofício em que comunicaram a "autuação de notícia de fato". Caberia então à PGR apurar e, se fosse o caso, oferecer denúncias contra os investigados. 

Mas, em julho de 2022, a PGR deu início a pedidos de arquivamento de investigações contra o presidente Jair Bolsonaro, o que foi contestado por um grupo de senadores que integravam o colegiado. Eles apresentaram uma petição ao STF, solicitando aos ministros que desconsiderassem o pedido feito pela PGR e promovessem ação contra o presidente para apurar denúncias feitas pela CPI no relatório final.

"A Advocacia do Senado entrou com um pedido no STF, informando que havia ainda um procedimento de indexação das provas, de estudo das provas, porque era muita coisa, vários documentos digitais que não foram processados devidamente. E havia no Senado um processo para verificar essas provas e fazer a correlação delas com as imputações dos indiciamentos do relatório final", diz o coordenador do núcleo de processos judiciais da Advocacia do Senado, Edvaldo Fernandes da Silva, responsável por coordenar a representação judicial e a assessoria jurídica da CPI da Pandemia.

Alguns processos que estavam com o ministro Ricardo Lewandowski já foram arquivados, mas há procedimentos em aberto com a ministra e presidente do Supremo, Rosa Weber, com o ministro Luís Roberto Barroso e a ministra Cármen Lúcia.   

Como o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seus ministros de Estado que motivaram a fixação do foro no Supremo perderam essa condição privilegiada, os processos devem ser encaminhados automaticamente à primeira instância. 

"O Supremo já faz esse encaminhamento, mas nós podemos pedir o desaforamento dos processos para acelerar. Se os senadores determinarem esse pedido de desaforamento, para as suas remessas à primeira instância, a Advocacia do Senado vai fazer a solicitação", explica o coordenador.

A Advocacia do Senado representou, por exemplo, contra Bolsonaro em razão de ele ter feito uma associação das vacinas anticovid com propagação da AIDS. Foi aberto inquérito e recentemente houve a conclusão pela Polícia Federal de que sim, houve cometimento de crime. 

"Nesse caso agora, certamente esse relatório da PF vai ser remetido para a primeira instância e o juiz de primeiro grau vai adotar as providências que achar cabíveis". 

*Da Agência Senado

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