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A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, orientou mais de 900 Procons de todo o país a abrir processos administrativos contra as empresas Apple e Samsung. O motivo é a venda de aparelhos de telefone celular sem os carregadores de energia.

Segundo nota divulgada nessa quinta-feira (12) pela Senacon, a abertura dos processos vai servir para que as empresas apresentem explicações para a retirada dos carregadores e até mesmo para tomarem medidas que garantam a satisfação dos consumidores.

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A retirada dos carregadores foi anunciada pela Apple, em outubro de 2020. A empresa disse que iria deixar de incluir o carregador na venda do iPhone 12. A estratégia foi mantida no lançamento do iPhone 13, no ano passado. Já a Samsung anunciou a retirada do carregador e do fone de ouvido, em janeiro de 2021, para a linha de celular Galaxy S21. As empresas justificaram a decisão com o argumento de redução do impacto ambiental.

A medida fez com que Procon de São Paulo aplicasse uma multa superior a R$ 10,5 milhões contra a Apple. Em Fortaleza, a multa aplicada pelo órgão de defesa do consumidor foi de R$ 26 milhões. O valor foi dividido com a Samsung.

“De acordo com estimativas dos órgãos de Defesa do Consumidor, se apenas cerca de metade dos Procons (450) penalizasse em R$ 10 milhões cada uma das duas gigantes tecnológicas, elas teriam de remeter ao fundo de recursos dos Procon nada menos que R$ 9 bilhões”, informou a Senacon.

Os microempreendedores individuais (MEI) poderão recorrer aos Procons, órgãos municipais e estudais de defesa do consumidor. Antes disponível apenas para pessoas físicas, o serviço agora pode ser utilizado pelos empresários que faturam até R$ 60 mil por ano, segundo informações divulgadas nesta semana pela Agência Sebrae de Notícias.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), uma nota técnica já foi divulgada com a recomendação aos Procons para que eles atendas às demandas dos MEI em casos de relações de consumo. “A partir de agora, o trabalhador individual, além de cidadão, também é reconhecido como consumidor. É um pacto entre os órgãos de defesa do consumidor e o mercado que confere proteção a essa parcela de trabalhadores”, declarou a secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva, em depoimento á Agência.

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A expectativa é que 5 milhões de empreendedores individuais utilizem a ajuda. Interessados em saber mais informações sobre o serviço podem acessar site do consumidor.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

As demandas contra as operadoras de telecomunicações nos Procons do Brasil subiram 55% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, junto ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça, foram registradas 277,8 mil demandas no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) relativas a telecomunicações.

Isso representou 24,39% do total dos mais de 1,1 milhão de registros recebidos. No mesmo período do ano passado, foram 179 mil demandas de telecomunicações - 20,7% das mais de 861,2 mil atendidas pelo órgão. O Sindec consolida informações de 25 Procons estaduais e 211 municipais. São 446 unidades espalhadas por 293 cidades, que atendem em média 174 mil consumidores por mês.

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Novas queixas

A novidade no período foi a liderança da telefonia fixa. De janeiro a junho, o número de atendimentos soma 102,2 mil, alta de 90,1% sobre o mesmo período do ano passado. Assim, esses serviços tiveram 8,98% das demandas entre todos os setores atendidas. A telefonia celular, porém, continua entre as maiores demandas nos Procons. Foram 100,3 mil registros no primeiro semestre, uma alta de 27,6% sobre o ano passado.

O número de reclamações poderia ser maior ainda. Segundo a coordenadora institucional da associação de consumidores Proteste, Maria Inês Dolci, muitos clientes não recorrem ao Procon. "As pessoas estão partindo diretamente para a troca de operadora", afirmou.

Entre as principais queixas contra operadoras estão problemas com a cobrança do serviço (149 mil demandas), falhas no contrato (34,7 mil), atendimento de SAC (24,6 mil), serviço não fornecido ou não concluído (21,9 mil) e serviços mal executado, inadequado ou impróprio (9,3 mil).

Segundo Maria Inês, a alta das reclamações contra telefonia fixa ocorre porque as empresas estão ampliando a atuação regional. "Novas operadoras passaram a oferecer o serviço em novas áreas e os consumidores, em muitos casos, sofrem com problemas desde ruídos nas ligações à falta de um atendimento local", disse.

O representante das teles e diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, afirma que as empresas são os maiores alvos das reclamações dos consumidores porque têm uma elevada base de clientes.

Nos demais serviços de telecomunicações também houve alta nas reclamações. Na categoria de TV por assinatura, foram 48,1 mil demandas, um aumento de 61%. Os serviços de internet somaram 27,1 mil (avanço de 62,3%). Dessa forma, os serviços de TV paga representaram 4,2% das demandas gerais encaminhadas ao Sindec, e as de internet, 2,3%.

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