Brigitte Macron está na vida de seu marido desde que ele tinha 15 anos - primeiro como professora, depois como companheira sentimental e agora como sua primeira-dama.
E ela estará ao lado de Emmanuel Macron quando o centrista pró-União Europeia (UE), de 39 anos, assumir o cargo como o presidente mais jovem da história da França, depois de ter vencido a eleição deste domingo.
Elegante e esbelta, Brigitte Macron, de 64 anos, é a colaboradora mais próxima de seu marido, e ele lhe prometeu um papel oficial no palácio presidencial.
"Todas as noites conversamos e repetimos o que ouvimos um sobre o outro", disse Brigitte à revista Paris Match no ano passado. "Eu tenho que prestar atenção em tudo, fazer o máximo para protegê-lo".
Brigitte já saiu na capa de quase uma dúzia de revistas, e esteve ao lado de seu marido em muitos comícios lotados, enquanto o mundo acompanhava com fascínio o romance pouco ortodoxo do casal.
Mas antes disso tudo ela foi esposa de outro homem e mãe de três filhos, e ensinava francês, latim e teatro. Brigitte estava no caminho para uma vida confortável, embora um tanto convencional.
Brigitte Trogneux nasceu em 13 de abril de 1953 em Amiens, no norte da França, que também é a cidade natal de Emmanuel Macron, em uma família próspera que dirige um negócio conhecido de pastelaria e chocolate.
No início da década de 1990, ela foi surpreendida por um jovem que estava atuando em uma produção de "Jacques e seu Amo", de Milan Kundera. Era Emmanuel.
Ela concordou rapidamente quando ele lhe pediu que o ajudasse a trabalhar em um roteiro e, assim, eles começaram a construir um vínculo.
A professora, então com 39 anos, foi "totalmente cativada" pela inteligência de Emmanuel, que tinha apenas 15 anos. O sentimento era mútuo, e dois anos depois ele fez uma previsão ousada.
"Quando tinha 17 anos, Emmanuel me disse: "Faça o que você fizer, eu vou me casar com você!", contou Brigitte Macron à revista Paris Match em abril passado.
- Compromisso político -
Emmanuel Macron terminou o ensino médio em um colégio de elite em Paris, mas continuou a persegui-la, e aos poucos conseguiu conquistá-la.
Em 2006, Brigitte deixou seu marido Andre Louis Auziere, um banqueiro, e um ano depois se casou com Macron. Mudou-se para Paris, onde ele continuou seus estudos e ela trabalhou como professora.
"Quando eu decido fazer algo, eu faço", disse ela em um documentário sobre Emmanuel.
Ela é descrita como uma pessoa afetuosa e pé no chão pelos que a conhecem, que também destacam seu charme e positividade.
Um deles, Gregoire Campion, conheceu-a em uma praia na cidade turística de Le Touquet há mais de 40 anos. Suas barracas de praia estavam próximas, e ele se lembra que a jovem Brigitte "não era festeira" e era "muito educada".
Le Touquet continuou sendo parte da sua vida, e a agora avó de sete netos passou muitos fins de semana lá com sua família. Ela estava ao lado de Emmanuel quando ele votou neste domingo.
É um lugar para se reunir com seu filho, engenheiro, e suas duas filhas, uma cardiologista e uma advogada, todos do seu primeiro casamento.
No entanto, a vida com seu marido político e o compromisso maciço da campanha continuam sendo um grande foco.
"Tenho sorte de compartilhar isso com Emmanuel, mesmo que, quando se trata de política, eu não tenha tido muita escolha", disse, manifestando também o desejo de ajudar jovens desfavorecidos como primeira-dama.