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Nesta sexta-feira (13), após a Assembleia Geral realizada no Teatro da Boa Vista, área central do Recife, os professores da Rede Municipal de Ensino saíram em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista, como forma de protesto para reivindicar condições melhores de trabalho.

Entre as reinvindicações da categoria, está o pagamento do piso salarial da classe por parte da Prefeitura do Recife e respeito à educação e valorização dos profissionais de ensino. “A gente está solicitando que a Prefeitura abra as negociações com os professores, porque os professores estão abertos a negociação. A categoria quer que a prefeitura cumpra a lei. Vários municípios já pagaram o piso a partir de janeiro, como Paulista, Camaragibe, Olinda. E a Prefeitura do Recife, uma das mais ricas País, nega-se a pagar o piso dos professores. A gente quer a reabertura das negociações e o repasse do piso”, explicou Carlos Elias, diretor do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). Segundo o sindicato, 95% dos docentes estão paralisados e 90% das escolas estão fechadas.

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Durante o protesto, a diretora de comunicação do Simpere, Sandra Souza, falou em nome da categoria dizendo que: “A gente (os professores) não vai dispersar aqui na rua, não. A gente vai dispersar ali, na porta da Câmara. É lá que a gente tem que chegar. Porque a casa do povo tem que receber essa categoria que aguenta o ano inteiro. Essa caminhada é fichinha para o que a gente passa o ano inteiro nas escolas, sofrendo com o calor, com as péssimas condições de estrutura”, disse.

Sobre as reinvindicações que estão sendo feitas, a coordenadora geral do Simpere, Cláudia Ribeiro, alega que a ilegalidade é do prefeito Geraldo Júlio. “Os professores e professoras do Recife continuam em greve. Nós consideramos que quem está ilegal é o prefeito Geraldo Júlio por não atender às condições mínimas de trabalho, de condições das escolas públicas continuarem funcionando em situação digna para as crianças que mais precisam do acesso à educação pública. A gente precisa, também, que esses senhores que se colocam como representantes do povo entendam, abram também caminhos para que a Prefeitura do Recife possa atender o nosso pleito”, comentou.

Os professores decidiram manter a greve sem prazo para acabar, embora tenha sido decretada ilegal pela Justiça. “Nós, professoras, entendemos que a luta tem que ser unificada. Que só indo para a rua mostrando a população a verdadeira face de Geraldo Júlio (prefeito do Recife), de que ele não quer negociar conosco. Para nós, não é confortável estarmos na rua, levando sol ou chuva, deixando as nossas crianças sem atendimento na escola", disse Lívia Tavares, professora da educação infantil da Escola Municipal Chico Science.

Cláudia Ribeiro disse, ainda, que as atividades que terão até o grande ato são a reunião dos professores com o grande comando de greve, nesta sexta-feira (13); piquete nas comunidades, na próxima segunda-feira (16); nova assembleia, na terça-feira (17); e, no dia 18 de março, os professores irão aderir à Greve Nacional da Educação do Serviço Público. A classe dispersou em frente à Câmara dos Vereadores e segue em planejamento de outras atividades no Simpere.

*Com informações de Maya Santos

Professores da rede municipal de ensino do Recife param suas atividades, nos próximos dias 6 e 7, em protesto contra o não atendimento das reivindicações da categoria pela Prefeitura da cidade. De acordo com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE), os pontos da campanha dos educadores são o reconhecimento como profissional da educação, redução de carga horária de oito horas para seis horas. A categoria também solicita o reajuste salarial, item que será definido na próxima reunião do fórum dos servidores municipais da capital pernambucana.

Segundo o SIMPERE, os docentes avaliaram que há a necessidade de avançar em todos os pontos. No dia 7, os profissionais de educação irão se concentrar, às 8h, no Pátio da Prefeitura, no centro da cidade. Na ocasião, será realizada uma Mesa Geral de Negociação, visando mostrar ao órgão que os professores estão insatisfeitos com as propostas apresentadas pelas mesas de negociação.



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