Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) mostra que os professores das redes municipais e estadual de ensino estão doentes. O levantamento, realizado pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais (Gestrado/UFMG), aponta que nos últimos dois anos 24% dos professores pediram licença médica.
De acordo com a pesquisa, entre os professores, os problemas decorrentes do trabalho em sala de aula representam 36% dos pedidos de afastamento. Depressão, ansiedade, nervosismo, doenças musculoesqueléticas e estresse são os casos mais corriqueiros. Em relação aos pedidos de afastamento para a realização de cirurgias, licença maternidade, acidentes e doenças infectocontagiosas são as situações mais comuns.
##RECOMENDA##Outra constatação do estudo é que mais da metade dos funcionários das escolas públicas e quase 30% dos docentes não praticam atividades físicas durante a semana. Além disso, segundo o levantamento, o tempo livre dos entrevistados é pouco aproveitado para o lazer: 48% das docentes mulheres relataram que dedicam seu tempo livre a atividades domésticas e 38% a programas de família.
O estudo, denominado “Trabalho na Educação Básica em Pernambuco”, contou com a participação de 1591 pessoas, entre funcionários e professores das escolas. Foram avaliadas 60 unidades educacionais, localizadas em 17 cidades pernambucanas, incluindo o Recife.