Uma caminhada reunindo trabalhadores de diversas categorias na manhã desta quarta-feira (15), no centro de Fortaleza (CE), marcou o protesto do Dia Nacional de Paralisação contra o projeto da terceirização. No Ceará, sindicatos e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) organizaram atos na capital e em outras cidades do estado.
A CUT calculou que a mobilização reuniu 8 mil pessoas no centro da capital. A Polícia Militar não fez estimativa de público e informou que não foi registrado nenhum incidente durante o ato.
##RECOMENDA##Segundo a presidenta do diretório da CUT no Ceará, Joana D'Arc, setores como os da educação, saúde e construção civil aderiram à paralisação. Alguns trabalhadores do transporte alternativo pararam vans na rua em apoio a manifestação.
“Diversas categorias aderiram ao protesto contra o projeto que não regulamenta a terceirização, mas abre espaço para precarizar o trabalho. Uma de nossas reivindicações é que seja retirada a liberação da terceirização para a atividade-fim”, disse Joana D'Arc.
O Dia Nacional de Paralisação contra o projeto da terceirização foi organizado também nos estados de São Paulo, Santa Catarina, do Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
O texto-base do Projeto de Lei 4.330/2004, que regulamenta a terceirização, foi aprovado no dia 8 deste mês. O ponto mais polêmico autoriza a terceirização total das atividades das empresas privadas, inclusive da chamada atividade-fim – que identifica a área de atuação de uma companhia. Atualmente, apenas atividades-meio - limpeza e segurança - podem ser ocupadas por trabalhadores terceirizados.
Nesta terça-feira (14), a Câmara dos Deputados voltou a analisar os destaques apresentados à proposta.